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1. RESUMO DO MEMORIAL
Ingressei em 1961 na Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Alagoas (FM-UFAL). Exerci vários cargos adequados a estudantes de
Medicina em hospitais, inclusive assumindo chefias e coordenações. Assumi a
coordenação do Departamento Científico-Cultural do Diretório Acadêmico. Obtive
o primeiro lugar em concurso para acadêmicos em hospital público. Ainda
enquanto acadêmico, realizei estágios e cursos em instituições nacionais de
renome. Fui o Orador Oficial dos Formandos de 1966. Encerrei meu período
acadêmico com a apresentação em evento nacional de trabalhos científicos de
minha elaboração.
Logo após a Colação de Grau, prestei concurso para médico da
PETROBRÁS, tendo obtido o primeiro lugar em toda a Região de Produção do
Nordeste (Paraíba, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas). Entretanto, enquanto
aguardava o resultado do Concurso da PETROBRÁS, fui durante três meses
Interno-Residente do Hospital Silvestre do Rio de Janeiro. Retornando a Maceió
para assumir o cargo de médico da PETROBRÁS, em meados de 1967 fui
contratado como Cirurgião Geral do ex-INAMPS (hoje SUS), do qual atualmente
sou aposentado. Permaneci na Petrobrás até o início de 1968, quando pedi
demissão. Em 1968 e 1969 prestei Residência Médica/MEC em Cirurgia Geral.
No mesmo período, excerci as funções de professor Auxiliar de Ensino da
Disciplina de Fisiologia da FM-UFAL.
Durante o ano de 1970 e início de 1971 estive em Penedo, Alagoas, na
Santa Casa de Misericórdia, na qualidade de Chefe de Cirurgia, e na Santa Casa
de Misericórdia de Maceió, na qualidade de Plantonista de Cirurgia Geral. No
2
segundo semestre de 1971 transferi-me de Alagoas para São Paulo, com Bolsa
de Estudos do Ex-INAMPS para Estágio de Cirurgia no Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde realizei
pesquisas. Em 1971 fui admitido como Membro Associado do Colégio Brasileiro
de Cirurgiões (CBC) e fui aprovado no Concurso para Cirurgião Geral da
Prefeitura Municipal de São Paulo. Em 1973 obtive o Título de Especialista em
Cirurgia Geral e Membro Titular do CBC (atualmente sou Membro Titular-
Emérito). Ainda em 1973 ingressei como "Fellow" do Colégio Internacional de
Cirurgiões, mediante aprovação por banca examinadora de monografia científica
de minha lavra.
Em 1977 fui admitido como Professor Assistente da Disciplina de
Cirurgia Geral da Faculdade Bandeirante de Medicina, em Bragança Paulista,
exercendo a Chefia do Grupo de Vias Biliares e Pâncreas e do Centro Cirúrgico
do Hospital-Escola até março de 1982.
Em 1984 assumi por concurso público de provas e títulos as funções
de Professor Auxiliar de Ensino da Disciplina de Doenças do Aparelho Digestivo
do Departamento de Clínica Cirúrgica da FM-UFAL, de onde posteriormente fui
transferido para a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
No período de 1º de Maio de 1987 a 31 de Janeiro de 1988, fui
estagiário junto ao Departamento de Gastroenterologia da Disciplina de Cirurgia
do Aparelho Digestivo da Divisão de Clínica Cirúrgica II do HC-FMUSP.
No âmbito da Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de
Medicina (UNIFESP-EPM), Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia
Experimental (TOCE), em 1989 obtive o título de Mestre pelo Curso de Pós-
graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental. Nesse mesmo ano
3
assumi a função de Professor-Assistente da TOCE, por ter sido transferido da
FM-UFAL. Em 1991, obtive o título de Doutor pelo mesmo Curso, com progressão
imediata para Professor-Adjunto.
No período de Janeiro de 1992 a Dezembro de 1993 prestei serviços à
Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo, como Coordenador da Residência
de Cirurgia Geral e Chefe do Serviço de Emergência, tendo sido aprovado no
Concurso para Docente de Cirurgia daquela Faculdade.
Em 1993 fiz durante um mês o Curso de Aperfeiçoamento no Instituto
Chileno-Japonês de Enfermidades Digestivas, em Santiago do Chile.
Em 1998 obtive o Certificado de Habilitação em Cirurgia Videolaparoscópica
emitido pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia, da qual sou Membro Titular.
No período de 1998 a 2000 fiz Pós-Doutorado na França, na qualidade
de Professor Visitante remunerado da Universidade de Lyon, onde desenvolvi
pesquisas em videocirurgia no Hospital-Escola desa Universidade, o Hôpital
Édouard-Herriôt. Em 1999 obtive o Diploma Inter-Universitário de Cirurgia
Laparoscópica, concedido pela Universidade de Saint-Etienne, França, sendo
admitido como Membro da Associação Européia dos Cirurgiões Endoscopistas
(EAES).
Atualmente sou Professor Associado de Cirurgia da TOCE-UNIFESP-
EPM, com intensa atividade docente junto aos alunos, inclusive com experiência
de introdução do ensino interativo à distância em videocirurgia na grade curricular,
com aulas e simulações disponibilizadas no Curso On-line da Disciplina de TOCE,
da qual fui Vice-Chefe para o biênio 2007-2008 e onde, desde o ano de 2000, sou
o responsável pelo Setor de Videocirurgia.
4
Na qualidade de Professor da TOCE-UNIFESP-EPM, empreendi
numerosas orientações de alunos de iniciação científica e conseqüente
divulgação dos resultados em eventos e em periódicos, em conjunto com
mestrandos e doutorandos sob minha orientação do Programa de Pós-Graduação
em Cirurgia e Experimentação (PPGCE). Também sou responsável pelas linhas
de pesquisa em videocirurgia e em cirurgia bariátrica e metabólica do PPGCE,
tendo sido eleito por meus pares para a Comissão de Ensino de Pós-Graduação
desse Programa. Sou Líder do Grupo "Videocirurgia” e do Grupo “Cirurgia
Bariátrica e Metabólica”, ambos do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq.
Elaborei e mantenho dois websites, sendo um deles científico
(http://www.cirurgiaonline.med.br) e o outro destinado ao público leigo
(http://www.cirurgiadaobesidade.med.br).
A minha plataforma científica na Internet é voltada para as atividades
científicas do meu grupo de pesquisa. Além da caracterização da equipe, ali são
depositados os artigos científicos
Coordenei o documentário "Videocirurgia: Aspectos Históricos e Estado
da Arte", desenvolvido pela TV UNIFESP e veiculados por TV educativas,
encontrando-se disponível, com permissão, na minha plataforma científica na
Internet (http://www.cirurgiaonline.med.br/documentario.htm).
Desenvolvi cinco softwares de treinamento cirúrgico interativo sobre
técnicas laparoscópicas. Organizei Cursos de Extensão Universitária sobre
Cirurgia Videolaparoscópica com Assistência Direta da Mão. Atualmente
desenvolvo um software de treinamento interativo de técnica operatória avançada
(fundocardioplastia), em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia
da UNIFESP, campus de São José dos Campos, São Paulo.
5
Durante o ano de 2007 ministrei o Curso de Metodologia Científica no
Hospital Municipal de São José dos Campos (UNIFESP), gerenciado pela
UNIFESP e pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
(SPDM), no qual ainda atualmente desenvolvo vários projetos de pós-graduação
e de iniciação científica.
Em 2008 ministrei a Disciplina Eletiva “Fundamentos da Metodologia
da Pesquisa para Iniciação Científica”, destinada aos alunos de diversos Curso de
Graduação da UNIFESP.
No âmbito do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e
Experimentação da UNIFESP, atualmente oriento cinco teses de doutorado (uma
das pesquisas é finenciada pela FAPESP) e três teses de mestrado (sendo uma
delas com Bolsa da CAPES e com a pesquisa financiada pela FAPESP) . Dois
doutorandos sob a minha orientação defenderam tese em 2008. Oriento cinco
alunos de iniciação científica, sendo um deles com bolsa PIBIC/CNPq na
UNIFESP e Coordeno o Laboratório de Metodologia Científica na Instituição.
Em parceria com a UNIFESP, em 2008 requeri patente para assegurar
direitos sobre projeto de construção de insuflador de gás para a criação de
pneumoperitônio artificial com funcionamento gerenciado por computador,
baseado em inteligência artificial.
Em 2008 fui admitido como Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
As pesquisas que coordeno envolvem as áreas de concentração em
“Videocirurgia” e em “Cirurgia bariátrica e metabólica”. Há pesquisadores da
UNIFESP, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Universidade
do Vale do São Francisco (Univasf).
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2. DADOS HISTÓRICOS BIOGRÁFICOS
Por me ver compelido a elaborar uma autobiografia resumida para compor
o meu memorial neste Concurso de Livre-Docência, vieram-me à mente alguns
provérbios populares: “É a dor que ensina a gemer” ou: “Atice um cão feroz
latindo em seus calcanhares e há de ver como você corre mais rapidamente”.
Somente um imperativo como esse me faria maltratar o papel com meus dados
pessoais.
Pensei: terei eu, na minha história de vida, algo que venha a extrapolar o
limitado interesse dos meus familiares mais próximos? Não creio. Haverá de
haver algo memorável nesta minha trajetória errática e canhestra por sobre o orbe
terrestre? Temo que não. Mas - há sempre um “mas” - eu sou eu e minha
circunstância, pois não? De forma que terei de escrever a respeito das minhas
mazelas para atender às exigências do concurso. Então, devo superar minha
ojeriza de falar de mim mesmo.
Esclareço que esse doce constrangimento de me auto-referir ocorre não
por prudente modéstia, que desta não padeço, mas para não ter o dissabor de ver
bocejos na platéia. Além disso, eu, sempre tão irreverente e iconoclasta no trato
com a vida e a obra dos outros, eis que temo – “o uso do cachimbo entorta a
boca” - desenhar este meu resumo biográfico de forma tão mordaz e impenitente
que já não reste, ao final, senão eu mesmo a simpatizar comigo. Mas “o que não
tem remédio, remediado está”.
De qualquer forma, meu nome é João Luiz Moreira Coutinho de Azevedo.
Sou filho de médico, João Araújo Azevedo, e da dona de casa Amair Moreira
7
Coutinho de Azevedo. Nasci em 08 de dezembro de 1940, em Maceió, Alagoas.
Tive duas irmãs, com diferença de idade de oito anos para menos, Clara Maria,
falecida, e oito para mais, Vivice. Tenho quatro filhos homens: Celso Luiz,
advogado; Otávio, médico; André Luiz, advogado; João Luiz, estudante de
medicina veterinária.
Sou o que sempre quis ser, antes mesmo de saber como buscar quem
chamar de minha, marido de Glícia; antes mesmo de pôr um pé na Faculdade, um
cirurgião geral. Sou filho de médico ginecologista, obstetra e pediatra, que exercia
suas atividades na capital do Estado de Alagoas, e neto, pelo lado materno, de
médico generalista, que clinicava na zona rural, no âmbito da propriedade da
família, Fazenda Glória, Coruripe, Alagoas.
Durante toda a minha infância e adolescência, freqüentei os ambientes
rural e urbano, passando as férias na fazenda e o período escolar em Maceió.
Nessa época, a cidade de Maceió era paradisíaca, com cerca de 150 mil
habitantes. Praias e lagoas por toda parte. Golfinhos nadando no mar, bem à
nossa frente. Morávamos à beira-mar, numa casa enorme. Minha mãe jardinava,
plantava pomar e trazia para o nosso quintal animais da fazenda, não
propriamente domésticos. Havia o tanque dos patos. E colméias, carneiros,
coelhos, mocós. Havia bananeiras e um grande pé de cajarana.
Apesar de não ter eu nenhum irmão, havia seis primos mais ou menos da
minha idade que eram como tais. Volta e meia, estávamos fazendo travessuras lá
em casa, sob a égide de minha mãe, que a todos acolhia. Também havia as
turmas das primas e amigas das minhas irmãs, separadas uma da outra por
dezesseis anos de diferença de idade. Nas férias, a casa da “Tia Mair” e do
8
“Dindinho João” - meu pai trouxe ao mundo a maioria deles e era quase um
padrinho universal - configurava-se num grande clube festivo, diversificado.
No final do ano, íamos em caravana para a Fazenda Glória. Antigo
engenho, a Fazenda Glória então era fornecedora de cana de açúcar para a
Usina Coruripe. Situava-se num vale, no fundo do qual cursava um rio. A pesca
era farta e as águas cristalinas, sobre a areia grossa e clara, faziam remansos
próprios para o banho. Refrescados, cavalgávamos em grupo rumo ao mar do
Pontal de Coruripe. Ou em direção à outra fazenda da família, em local remoto,
seguindo trilhas na mata atlântica, onde cruzávamos com sucuris e porcos do
mato. Em época de aulas, de volta a Maceió, essa alacridade toda esmaecia um
pouco.
Por isso estranhei tantos automóveis em torno da nossa casa, quando
retornei naquela tarde de abril. Reconheci vários deles. Eram de colegas do meu
pai, que tinham vindo solidários acudir a minha mãe.
- Cuide de suas irmãs, sussurrou-me ela, a custo, por entre o trismo
tetânico, a caminho do hospital, num abraço derradeiro.
Uma das suas queridas rosas a ferira de morte, com seus espinhos.
Naquela mesma noite ela se foi, entre sofrimentos. Estóica e serena, como
sempre.
Minha irmã mais velha estava em França, na Universidade de Sorbonne,
em pós-doutorado de História da Filosofia, que lecionava em Maceió. Impossível
trazê-la para o funeral. Inútil interromper os seus estudos. Em relação à mais
jovem, meu pai sabiamente decidiu enviá-la por uns tempos para a nossa “Tia
Méisse”, irmã de mamãe, no Rio de Janeiro. Quanto a mim, fiquei só.
9
Meu pai trabalhava muito. Acompanhava o parto de muitas senhoras de
Maceió, a desoras. Chegava sempre tarde, no meio da noite, seus passos
cansados ressoando pesadamente – como fazem, até hoje, em meus pesadelos –
na escadaria de madeira da nossa casa. Diversas noites eu acordava de
madrugada com o chamado da campainha. Geralmente tratava-se de crianças
asmáticas, trazidas por seus pais muito pobres, para papai medicar. Sabia-se que
não haveria dinheiro. Ele descia de roupão e pijamas, os atendia na sala de
estar. Noutros dias, chegavam telegramas oriundos de cidades próximas, das
vilas de pescadores paupérrimos : um parto encrencado. Aí vinha o Oliveira e seu
carro de aluguel, para a viagem de muitas horas por estradas esburacadas e
lamacentas. Meu pai dormindo no banco traseiro. Nem uma única vez deixou de
ir. Nesse dia faltava aos empregos e ao consultório, que nos sustentavam. O mais
singular é que papai fazia aquilo tudo parecer ser a ordem natural das coisas.
Nada demais. Morreu muitos anos depois, aos 84. A cidade parou para
acompanhá-lo ao túmulo.
Mas eu estava falando na morte da minha mãe e de suas conseqüências.
Sem “Tia Mair” nem minhas irmãs, a casa enorme era um mausoléu soturno.
Todos dispersaram. Minha profunda depressão foi amenizada pelo aprendizado e
manejo de instrumento musical (violão) e por atividades de arte dramática (teatro)
no Grêmio Cultural do Colégio Marista de Maceió. E pela prática de esportes. Os
esportes coletivos tinham uma importância crucial nas pequenas comunidades
nordestinas da época. Vôlei, basquete, futebol. Eu, de tudo participava, com
fervor quase religioso. E também os esportes náuticos. Vela, caça submarina,
pescarias de toda ordem. Pôr à prova os meus limites físicos e a minha coragem.
Arriscar muitas vezes a vida e a integridade corporal, buscando feitos e façanhas:
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este é um modo de viver a infância e adolescência que somente um menino
nordestino dos anos 50 pode compreender.
E ainda havia as estantes de livros do quarto de minha irmã, pós-
graduanda na França. Penso que foi por essa época que tomei gosto pela
solidão, que até hoje me acompanha. Não a solidão afetiva, mas o viver
ensimesmado, em diálogo constante com os próprios botões. Descobri os
clássicos da literatura nacional e estrangeira naquele quarto vazio de minha irmã
ausente. Aquela era também a época da revista “Senhor”, de uma densidade
intelectual até hoje não superada. E do boletim filosófico mensal “Pergunte e
Responderemos” do qual eu esperava a entrega pelo correio com ansiedade.
Aquela era a época da turma escrachada do Pasquim, com suas irreverências
ácidas e sua musa eternizada (Leila Diniz), que anos depois morreu cedo e
tragicamente, como convém a toda grande diva.
Perto da minha casa havia um cinema, o Cine-Rex, a dez minutos de
caminhada. Nas noites das quartas-feiras e dos sábados, trocavam-se os filmes.
No trajeto, passava-se em frente a uma casa escura desabitada, derreada. Era
sempre um sobressalto. Dizia-se que ali um homem havia matado a esposa. Nas
quartas e sábados sim e nos outros também, eu passava por ali. Ia para ver os
filmes, fossem quais fossem. Por anos a fio.
Aos 18 anos de idade, iniciei o namoro com Glícia. Ela tinha os cabelos em
trança e dente lateral meio desalinhado... que, infelizmente, depois corrigiu. Foi
inescapável. De brinde, ganhei outro pai e uma mãe. Incentivei Glícia a fazer
medicina. Ganhei pontos com meu sogro, ele próprio filho de médico. Ela se
especializou em anestesiologia. Trabalhamos juntos desde então. Depois, veio
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meu filho, Otávio, que especializou-se em cirurgia geral. Ficou tudo em casa. Até
hoje, esse é o nosso time.
Meus cursos, ginasial e científico, transcorreram normalmente. Ao término,
ingressei na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. O
período do meu Curso de Graduação em Medicina coincidiu com a efervescência
política e cultural dos anos sessenta. Tive profundo envolvimento com
movimentos políticos estudantis da época, tendo sido eleito Presidente do Centro
Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas.
Posicionei-me à esquerda do espectro político não obstante integrar a classe
média alta, dita “burguesa”, sem filiar-me a qualquer tendência sectária nem a
partido algum. Integrava a denominada “esquerda independente”.
Entretanto, isso não me impediu de ser aprisionado por ocasião do
movimento militar de 1964, só escapando de sofrer maus tratos e de amargar
longo período no cárcere por causa da grande estima e gratidão que a atuação
médica, filantrópica e altruísta, de meu pai, obstetra, inspirava, inclusive nos
próprios componentes da repressão política, mormente naqueles oriundos das
classes mais humildes. Imaginem que estava eu posto em sossego, em regime de
prisão política, no grande salão destinado à detenção de estudantes, jornalistas e
profissionais liberais tidos como subversivos, em sala do prédio antiqüíssimo da
cadeia pública de Maceió, fundada ainda pelos portugueses. Era ótimo porque
fazíamos jograis e encenávamos peças baseadas em obras russas - tocou-me
adaptar para o “teatro” e dirigir a novela de Nikolai Gógol, “O Capote”-. Sentíamo-
nos bravos, estóicos e inteligentes. Para amenizar, Rosa trazia-me marmitas
quentes duas vezes por dia, lá de casa. De quando em vez, minha noiva Glícia
vinha confortar-me.
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No meio dessa bem-aventurança toda, estando eu refestelado na minha
cama-de-vento, numa noite, assomou à porta uma patrulha do exército liderada
por um investigador de polícia, franzino e de nariz adunco - aconselho que temam
esses em especial -, anunciando que os piores de nós – leu os nomes – teriam
que mudar de cela, por ordem direta do Governador. Depois soubemos que foi a
mulher dele que elaborou a listinha, ressentida – talvez justamente - com um
cortejo fúnebre simbólico do marido que, antes da prisão, tínhamos organizado.
Éramos quatro. O destino era a cela 12, buraco infecto povoado por criminosos
hediondos. Marchamos através dos caminhos seculares da penitenciária, sob a
tênue luminosidade de esparsas luzes pendentes do teto, conduzidos que éramos
pelos praças e pelo policial. Eu já tinha entregado a alma a Deus e ao Diabo
quando, numa esquina do corredor, o policial ordenou-me à meia voz : “Fique
aqui. “ Atônito, estaquei de imediato e vi afastar-se a procissão dos condenados.
- Seu pai atendeu ao meu chamado e, de madrugada, saiu de casa sob
chuva para salvar minha esposa de um parto complicado, disse ele quando
retornou. E não quis que eu pagasse nada!, completou.
A seguir, colocou-me num cárcere decente - cela 21 -, mas não sem antes
ir buscar a minha cama-de-vento e recomendar-me ao “xerife” do lugar : “É filho
do Doutor João Azevedo”. Salvo conduto.
Após as agruras da prisão política, polarizei todas as minhas energias para
o estudo da medicina, iniciando então intenso envolvimento acadêmico com
professores de Cirurgia da Universidade de São Paulo (USP), notadamente os
Professores Eurico Bastos e Edmundo Vasconcelos. As enfermarias e centros
cirúrgicos do Hospital das Clínicas da USP, nos períodos de minhas férias
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escolares, passaram a substituir as cavalgadas, caçadas, pescarias e banhos de
rio da fazenda Glória.
O bizarro é que, na USP, naquele ambiente tão diverso da minha província,
nunca me senti um estranho. Era-me confortável o convívio com os estudantes
daqui. Gente da minha idade, alunos do mesmo ano. Entretanto, tão à minha
frente. Eram êmulos para mim. Forcejava para alcançá-los. Curiosamente, a
minha intromissão era aceita por eles. Talvez por me julgarem um rematado tolo,
ou um visionário inofensivo. O fato é que partilhavam comigo os seus estudos nas
minhas estadas periódicas.
Por outro lado, em Maceió, configurava-se uma situação interessante para
um aprendiz de cirurgião – como eu - cursando o quarto ano da graduação: o
pronto-socorro municipal era riquíssimo em propiciar treinamento em situações de
emergência e o nosocômio estadual - Hospital José Carneiro - era pródigo em
oportunidades no âmbito da cirurgia eletiva: havia gente, equipamento e
manutenção oriundos da Universidade de Michigan e trazidos pelo Peace Corps.
Foi lidando nesses ambientes, junto com colegas, médicos e professores,
que pratiquei a cirurgia. No último ano do Curso de Graduação, eu realizava
intervenções cirúrgicas de grande porte, sob monitoria. Lembro-me de tóraco-
frenolaparotomias esquerdas para laqueadura intra-esofagiana de varizes e
esplenectomia, naquela época indicadas para tratar hipertensão portal causada
por hepatopatia fibrosante de etiologia esquistossomótica. Operava de pele a
pele, com o bisturi na mão, estritamente monitorado passo a passo pelo primeiro
auxiliar, quase sempre um dos professores de cirurgia da Faculdade. Às vezes,
quando a intervenção era ginecológica ou obstétrica, o monitor era meu próprio
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tio, João Lessa de Azevedo, professor-catedrático. Fico matutando: como pagar à
vida por tamanho privilégio?
Ao final do Curso, eu tinha uma ambição. Dessas daquele tipo de matar o
sofrente se não for realizada. Era ser o orador oficial da turma de formandos em
Medicina de 1966. Havia muitas dificuldades. Primeiro, porque sempre fui turrão e
briguento, tendo angariado alguns desafetos só por causa disso... Como se não
bastasse, até 1964, eu tinha militância esquerdista no movimento estudantil e a
turma, agora, era dominada pelo grupo da direita.
Lembro-me da greve do terço, como foi chamado um movimento estudantil
paredista de âmbito nacional que eclodiu naqueles dias, cuja reivindicação era a
de que um terço de todos os órgãos colegiados das universidades brasileiras
fosse composto por alunos. Uma sandice. Mas, durante a greve, eu comandara a
tropa dos agitadores. Não com a baderna de hoje, mas promovendo encontros
para discutirmos os assuntos ligados à universidade. Também organizávamos
espetáculos de coral, com canções revolucionárias e, no limite, imitávamos, no
palco alugado do teatro municipal, os trejeitos dos professores mais
acirradamente contrários às reivindicações - eu era especialista no professor de
Parasitologia, de saudosa memória: uma vingança mesquinha por ter-me feito
memorizar todos aqueles filos e que tais -. Além disso, eu costumava apoderar-
me do microfone do carro-propaganda, alugado pelo Centro Acadêmico na época
da greve, para pedir em altos brados ao Reitor que concordasse conosco, sob
pena de perder o bonde da História e ficar obsoleto. O pior é que o filho do Reitor
era meu colega de turma e liderava um grupo numeroso.
Entretanto, nas minhas exortações ao Reitor em defesa da greve, assim
como nas pantomimas que realizava, eu nunca pude esconder, por completo, o
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imenso carinho e respeito que sentia por aqueles senhores sisudos que me
ensinavam medicina. Acho que isso me salvou: a minha candidatura a orador
não foi vetada. Creio que também pensavam ser vã porque ninguém em sã
consciência votaria naquele estudante amalucado para orador oficial.
Na época, a solenidade de colação de grau em Medicina era imponente e
majestosa, ao contrário da constrangedora e deprimente anarquia dos dias de
hoje. Compareciam do Governador ao Bispo, do General Comandante da Região
Militar ao Desembargador Presidente, além das autoridades acadêmicas. Os
formandos quedavam-se circunspectos, emocionados. Estavam especialmente
receptivos: o que ali lhes era dito calava profundamente em suas almas.
Antes dos preparativos finais para a formatura e para a eleição do orador,
algo inusitado aconteceu. Havia o projeto de uma excursão de minha turma pelo
Brasil afora, de ônibus fretado, durante quarenta e cinco dias. A animação era
geral. Eu, do alto da minha excentricidade, planejei permanecer em Maceió. Fui o
único a não partir com o grupo. Isso porque queria permanecer todo esse tempo
como o único sextanista de plantão no pronto-socorro municipal, “papando” todos
os procedimentos que viessem a aparecer, secundado por solícitos e reles
quintanistas. Era um bom plano, há de se convir. E deu certo. Suturei tanta gente
que deu calo de porta-agulha no polegar. Só ia a casa para um bom banho e
troca de roupa branca. Uma delícia.
No retorno da turma, soube da catástrofe. Não, nenhum acidente
aconteceu. Mas havia egos com todo tipo de ferida. Desavenças e brigas,
próprias do confinamento e da convivência forçada durante tanto tempo de
viagem. Ninguém se entendia. Todos tinham algum tipo de mágoa recente de
todos. Exceto, vocês conseguem adivinhar de quem? Isso mesmo. Na
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solenidade, fiz um discurso ingênuo e pueril, à minha semelhança, que agradou a
gregos e troianos – entre as minhas fotos, é a de que mais gosto.
Agora, vejam: formado, noivo, querendo casar e também prestar residência
em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Ultimato: “Se for passar dois anos em
São Paulo sem mim, quando voltar, vai me encontrar casada com o ... ” -- meu
colega de turma, rico e bonitão, louco por ela. Brincadeirinha, gente... Ela jamais
me disse isso. Não sei se pensou, mas melhor não arriscar: prestei concurso para
médico da Petrobrás, passei e casei... não sem antes obter alvará para passar
três meses estagiando em Cirurgia Geral no Hospital Silvestre do Rio de Janeiro.
Depois a coisa começou a entediar-me, não o casamento - cruz credo! - mas
aquela história de ser médico do trabalho. Deixei o emprego da Petrobrás.
Fui trabalhar como cirurgião do Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS) e fazer dois anos de Residência em Cirurgia, naquele mesmo Hospital
José Carneiro, credenciado do MEC, que eu tão bem conhecia dos tempos de
estudante. Era uma Residência à moda antiga, na qual trabalhávamos para valer
em todas as áreas que compunham a cirurgia geral naquela época. Eu ainda
encontrava tempo para ser Professor-Auxiliar da Disciplina de Fisiologia na
Faculdade de Medicina, com bolsa especial concedida pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Concluída a Residência,
assumi a chefia de serviços de cirurgia da cidade de Penedo (1970), passando a
morar lá e em Maceió, onde tinha plantões semanais do INPS, e onde Glícia
cursava a Faculdade de Medicina. Uma loucura. Só a casa dos vinte anos nos
permite esses heroísmos. Agüentei um ano e meio.
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Depois consegui que o INPS me custeasse por seis meses um Estágio de
Atualização no Grupo de Gastroenterologia do Departamento de Cirurgia (3ª
Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo), Serviço do Professor Eurico da Silva Bastos. Calhou
que, na época, o Professor Eurico era também Diretor da Faculdade de Medicina
da USP, e amigo fraterno do tio de Glícia, Doutor José Júlio Cansanção,
otorrinolaringologista em São Paulo. Isso tudo resultou na permissão da
Universidade de Alagoas para que Glícia pudesse vir de Maceió para ficar aqui
junto comigo e prestar o último semestre do seu internato em São Paulo. No final
do ano, ela foi colar grau em Maceió. Logo depois, retornou para São Paulo a fim
de iniciar sua residência de anestesiologia no Hospital São Camilo.
Findo meu estágio na USP, obtive do INPS a transferência de meu vínculo
empregatício para São Paulo. De posse da cópia da portaria ministerial da
transferência, compareci à sede do INPS, perante o médico-chefe, para saber
para qual unidade eu seria destinado. Pedi para não ser designado para plantões.
Fui atendido. Fiquei feliz quando fui gentilmente indagado em que posto
ambulatorial eu gostaria de atuar, em relação à proximidade da minha casa etc.:
“Um lugar que tenha muitos pacientes e poucos cirurgiões”. E assim foi.
As novas gerações não sabem que o INPS era absolutamente fundamental
para os cirurgiões da época, salvo raras exceções. Lutava-se para ser admitido,
inclusive como plantonista, para então, depois de algum tempo, pleitear-se a
locação em posto ambulatorial porque era daí que triava-se os seus pacientes. Só
assim, podiam, os cirurgiões jovens, adquirir experiência. Eu tive o imerecido
privilégio de estar na linha de frente, vir direto para um ambulatório. Os operados
18
retornavam obrigatoriamente para o cirurgião assistente, para fins de seguimento.
Nossos resultados podiam ser aquilatados.
Mas - há sempre um “mas” - havia um problema. E que problema! Havia
uma quota obrigatória de consultas e intervenções, poucas, que o cirurgião tinha
de preencher para fazer jus ao seu salário fixo. Nenhum centavo seria acrescido
em função de intervenções excedentes. Salvo, é claro, para os príncipes do INPS.
Esses tinham direito de receber a remuneração de tantas quantas intervenções
fizessem além da quota, até um limite que montava cinco vezes os salários dos
comuns, como eu. Era a famosa - ou famigerada - segunda tarefa. Qual o critério
para obtê-la? Mistério profundo. Jamais saberei. O certo é que fiz de tudo,
durante anos, para ter direito à chamada segunda tarefa. Falei com Deus e o
mundo. Fui a Brasília por várias vezes, percorrendo os corredores dos ministérios,
contatando parlamentares amigos, falando com conterrâneos meus, assessores
do Executivo. Até conseguia cartas de recomendação para os burocratas de São
Paulo e presenciava, em gabinetes de gente situada em altos postos em Brasília,
telefonemas, nos quais a segunda tarefa era enfaticamente solicitada para mim.
De volta a São Paulo, só ouvidos moucos. Foi uma luta perdida, derrota que ainda
hoje dói.
Se ouso abusar da paciência de vocês com essa estória de segunda tarefa,
é porque isso teve um impacto decisivo na minha vida acadêmica. Houvera eu
logrado obtê-la, e minha vida universitária teria sido outra, estou certo disso. Já
explico: eu estava sempre acoplado ao Hospital das Clínicas da FMUSP. Minha
grande ambição era um dia poder agregar-me a um serviço cirúrgico acadêmico.
Havia pessoas que me acolheriam. Entretanto, não havia dinheiro. Meu salário
era insuficiente. Glícia prestava Residência. Nessa altura, já tínhamos dois filhos.
19
Tive de optar por deixar de lado os meus planos acadêmicos. Prestei concurso
para a Prefeitura Municipal de São Paulo e fui aprovado. Não havia mais tempo
para nada senão para um labor incessante visando a sobrevivência e a educação
dos filhos, que logo já eram quatro. Idas e vindas, muitos percalços e também
gratas recordações.
As amargas, não; essas são mortas.
No início dos anos oitenta, tive de voltar para Alagoas porque a Fazenda
Glória estava com sérios problemas de administração. Havia o risco de ela vir a
ser engolfada pela Usina Coruripe. Conseguimos recuperá-la. Naquela época
(1984), fui aprovado em concurso para professor do Departamento de Cirurgia da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas.
Permanecia nessa toada de professor e fazendeiro quando um acidente
automobilístico muito violento transformou nossas vidas. Eram 10 horas de uma
bela manhã de domingo, Glícia e eu vínhamos em nosso carro da fazenda para
Maceió quando uma Kombi, saída de um posto de gasolina, cruzou de inopino a
pista e a obstruiu. Nosso automóvel colidiu em cheio com a lateral da Kombi.
Múltiplas lesões, prolongadas internações hospitalares. E seqüelas. Glícia
necessitava de cuidados especializados de reabilitação ortopédica. Eu estava
mais pra farrapo que pra gente.
Viemos para São Paulo, em busca de tratamento, em meados de 1987.
Nesta altura do relato, permitam-me convocar alguém para falar por mim:
“Quando eu me encontrava na metade do caminho de minha vida, me vi perdido
numa selva escura. Ah, como é difícil descrevê-la! Aquela selva era tão inóspita,
cruel, amarga, que a sua simples lembrança me traz de volta o medo” (Dante
Alighieri, A Divina Comédia).
20
Creiam-me: não exagero.
Entretanto, não cheguei a ir ao extremo dantesco: “Deixai toda a
esperança, ó vós que entrais”. Ao contrário, como um rato correndo para o buraco
ou, melhor dizendo, como quem busca o regaço materno num instante de aflição,
procurei, na USP, reciclar os meus conhecimentos. Nas enfermarias e centros
cirúrgicos do Hospital das Clínicas. Mais ainda: queria reencontrar um jovem
cirurgião cheio de sonhos que há muitos anos ali havia estado.
Não é que encontrei o maroto?
Depois de alguns meses de estágio, convivendo com aquela gente toda -
“Junta-te aos bons e serás um deles” -, estava eu, de novo, quase em forma. Foi
quando um bom amigo, de nome Arthur Belarmino Garrido Júnior, Professor lá
mesmo da USP, encaminhou-me para o Curso de Pós-Graduação em Técnica
Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista de Medicina. Sei que esse
colega tem um acervo tão grande de bondades a apresentar a São Pedro - num
dia, oxalá, muitíssimo longínquo -, que terá de pedir emprestados os trenós de
Noel, com todas as suas renas, para transportá-las. Mas ele deve também incluir
nessa bagagem a minha vida. Recém saído da borrasca, adentrei a bonança.
Nau sólida, marujos robustos e hábeis: Paulo Gomes, Amaury, Ortiz,
Alberto Faria, Djalma, Hélio. Timoneiro experto: Professor Saul Goldenberg. Rota
nítida. Precisos a direção e o sentido: um norte. Para arrematar, conivência diária
com meu ídolo maior: Professor David Rosenberg. Bons tempos!...
Naquele momento, poderia dizer igual a Gonçalves Dias (I-Juca-Pirama):
“Por ínvios caminhos, cobertos d’espinhos, chegamos aqui”. Com um ligeiro
atraso de apenas vinte anos.
21
Consolei-me: outros velhotes puderam obrar bem e profusamente, a
despeito da idade. Por que não eu? Nós, humanos, somos a mais privilegiada
das espécies em termos de neotenia. Estendemos, no tempo, a nossa
capacidade de aprender e criar. Senão, vejamos. “O Príncipe”, de Maquiavel, foi
publicado após a morte do autor, na provecta idade de 58 anos. Goethe produziu
“Fausto” com jurássicos 83 anos. E a propósito de Fausto, “Doktor Faustus” foi
escrito em 1947, quando Thomas Mann tinha 72 anos. Foi só aos 59 anos que o
irlandês, Jonathan Swift, escreveu sua deliciosa sátira da raça humana, “As
Viagens de Gulliver”. Em 1939, um decrépito judeu-austríaco de 83 anos de
idade, Sigmund Freud, publicou o chocante ensaio "Moisés e o Monoteísmo", que
escandalizou profundamente seus leitores judeus e não judeus com a afirmação
de que Moisés era um príncipe egípcio. Aos 60 anos, Cervantes escreveu “Dom
Quixote” e, aos 62, Darwin lançou “Origem das Espécies”.
Ora, sendo assim, por que um benjamim como eu, de 47 verdes anos, não
poderia lavrar uma singela tese de mestrado?
Fui em frente.
Mestrado e doutorado num longo mergulho de quatro anos, cego e surdo a
tudo que não fosse metodologia da pesquisa científica. Pudera: minha ignorância
na área era mesmo “um espanto”, como diria o bordão do Jô Soares. Aos
sábados e domingos, trancava-me na sala do professor Saul, na Universidade,
para compilar os seus livros. Os trocados oriundos da venda da Fazenda prestes
a se extinguirem. Ainda bem que eu tinha arrimo de família que se desdobrava
nos plantões hospitalares de fim de semana: minha mulher, Glícia, anestesista -
sim, aquela mesma do ultimato fictício.
Aos trancos e barrancos, eis-me Mestre e Doutor.
22
Na trajetória, coube-me poder retribuir um pouco os benefícios que vinha
recebendo da instituição, a Escola Paulista de Medicina.
Foi assim: em 1988 havia o projeto de construção das atuais instalações da
Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental (TOCE). Ele estava
parado por falta de verbas. O Professor Saul Goldenberg amargava instalações
precárias. Por outro lado, a Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da
Cirurgia (SOBRADPEC), ligada à Disciplina, hoje internacionalmente consagrada,
ensaiava seus primeiros passos. O Professor Saul planejava fazê-la crescer com
um evento nacional de impacto. Um congresso nacional. Onde senão na minha
cidadezinha paradisíaca, Maceió? Vinha a calhar o fato de eu ser de lá e de ter os
meus prontos a ajudar. Contribuí para obter a entusiástica adesão da comunidade
científica alagoana. Foi tudo posto à disposição. Tal foi o meu empenho que o
Professor Saul colocou-me na secretaria geral do evento. Muita honra. Entretanto,
faltava-nos o vil - porém útil - metal para uma organização condigna do
congresso.
Foi quando descobri meu amigo de fé, meu irmão, camarada Mário Berard,
encastelado nos gabinetes de Brasília - mais precisamente, na presidência do
Banco do Brasil -, de caneta em punho e disposto a fazer funcionar a Fundação
Banco do Brasil mediante a ativação de um monte de linhas de auxílio financeiro
à comunidade científica.
Mário Berard só não nasceu junto comigo, mas, vizinhos, desde a tenra
infância fazemos estripulias. Nessa quadra de arrecadar fundos, o fui amaciando
em muitas viagens que fiz a Brasília. Nessas ocasiões, eu portava, orgulhoso, um
documento emitido pelo Professor Nader Wafae, então diretor da Escola Paulista
de Medicina, nomeando-me representante da Escola perante a Fundação Banco
23
do Brasil - uma espécie de pedinte autorizado. Não mais que de repente, de
cambulhada, eu e o Professor Saul levamos, para Mário assinar em Brasília, o
patrocínio do congresso e o financiamento da reforma do nosso prédio pela
Fundação. É pouco? Depois, ele veio a São Paulo para os rapapés e as devidas
homenagens. A propósito: o congresso da SOBRADPEC foi um estrondoso
sucesso. E o prédio da TOCE não faz vergonha.
Mas, dizia eu, aos trancos e barrancos, eis-me Mestre e Doutor.
E agora? Orientar alunos de pós-graduação não havia de, pois para isso
ainda não servia. Pelo menos não em relação à pós-graduação em senso estrito.
Dessa forma, dediquei-me aos alunos do curso de graduação em medicina da
UNIFESP. Ensinar coisas básicas da cirurgia e orientar pesquisas de iniciação
científica. Aí, sim, pude contribuir. Turmas e turmas passaram por mim. Tenho a
certeza de que saíram melhores do que entraram.
Por outro lado, para mim, era confortável orientar condutas de médicos
recém-formados que cursavam a Residência de Cirurgia Geral, e alunos de
graduação que passavam pela Clínica Cirúrgica no Internato Hospitalar de 4º e 6º
anos de graduação da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
A horas tantas, vi-me fascinado pela videocirurgia. Depois de longos
estudos por aqui mesmo, fui dar com os costados na Europa. França. Convite que
tive de lecionar videocirugia na Universidade de Lyon, por dois anos. Professor-
Contratado, remunerado. “Grana” e boas conversas. Fazer pós-doutorado e
empreender pesquisas. Foi o que fiz.
Lembram-se de que minha irmã mais velha estava na França? Nunca
retornou. Casou-se e lá se naturalizou. Continuou a tendência francófila da
família. Minha avó materna e as suas quatro irmãs formavam uma atenta platéia
24
para uma professora importada da França diretamente para os grotões da
Fazenda Glória. A “mademoiselle”, que as educava, familiarizou-as com a cultura
francesa ao ponto de fazê-las traduzir canções ouvidas ao gramofone. Meu pai
estudara medicina em livros franceses e elaborou uma Tese de Concurso para
Professor do Liceu: “Du Gallicisme”. Eu próprio estudei anatomia em letras
francesas nas folhas do Testut. Senti-me em casa, naquelas bandas de lá.
Quase não retorno.
Na volta, engajei-me na pós-graduação, sem esquecer os neófitos. Sinto-
me muito bem lidando com esses últimos, os alunos da graduação. Egos ainda
não hipertrofiados permitindo uma abordagem científica dos temas isenta de
paixões. Nessas circunstâncias, as discussões costumam gerar mais luz que
calor, o que é ótimo. Também gosto de orientar a turma grisalha. Uns e outros
me ensinam muito.
Por fim e ao cabo, “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” e
continuando nesse comodismo de deixar falar por mim os outros, digo que, de
fato, aprendi que “viver não é preciso...” E não é mesmo, pois não há bússula ou
sextante – como na navegação - para nos fazer singrar com exatidão no rumo
certo, sem atalhos, sem paranás, sem veredas.
Mas, igual a Descartes (O Discurso do Método), quero afirmar: “Como um
homem que caminhasse só e nas trevas, resolvi ir tão lentamente e usar de tanta
circunspecção em todas as coisas que, embora não avançasse senão muito
pouco, evitaria pelo menos cair.”
25
3. FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
3.1 Resumo Esquemático da Formação Universitária
Aprovado em 1961 no Concurso Vestibular para admissão na
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, cursei regularmente
e com boas notas aquela Instituição, tendo sido honrado, ao final (1966), com
elogiosas referências escritas, por parte do Reitor da Universidade e do Diretor da
Faculdade.
No que diz respeito às atividades acadêmicas extracurriculares, iniciei
meus estudos sob a forma de freqüência a cursos de extensão universitária, ao
lado de estágios de aperfeiçoamento em centros médicos de renome, situados
em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Alagoas. Assumi funções de monitoria,
como a de Acadêmico-Coordenador do Internato da Faculdade de Ciências
Médicas de Alagoas. Tive participação no planejamento e execução de atividades
científicas junto aos colegas estudantes, tendo sido designado para a
Coordenação do Departamento Científico-Cultural do Diretório Acadêmico da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, com a organização
de cursos de extensão universitária. Encerrei meu período na Faculdade com a
apresentação em evento de quatro trabalhos científicos de minha elaboração.
26
Uma vez graduado, iniciei minha especialização com estágio junto à
Clínica Cirúrgica do Hospital Silvestre do Rio de Janeiro. Depois prestei
Residência Médica na área de Cirurgia Geral no Hospital José Carneiro da
Fundação Assistencial de Saúde de Alagoas (FASA). Fui Professor Auxiliar de
Ensino da Disciplina de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Alagoas (bolsista da CAPES). Fiz Estágio de Atualização na Disciplina
de Cirurgia de Moléstias do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), com bolsa
de estudos concedida pelo antigo Instituto Nacional de Assistência Médica e
Previdência Social (Ex-INAMPS). Nessa ocasião realizei pesquisas
experimentais1 2
na Disciplina de Técnica Cirúrgica da FMUSP versando sobre
técnicas de anastomoses cirúrgicas do tubo digestório. Paralelamente, encetei
pesquisa clínica sobre o mesmo assunto3
em meus pacientes da clínica privada e
em segurados da previdência social pública (ex-INPS). Essa última3
foi julgada e
aprovada para a minha admissão como “Fellow” do Capítulo de São Paulo do
Colégio Internacional de Cirurgiões. Os resultados desses estudos foram
apresentados em evento médico nacional (Congresso Brasileiro de Medicina
Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972) e premiados (Documento x: medalha..). Também
foram temas de conferência pronunciada a bordo do navio-hospital norte-
americano "HOPE - PEOPLE TO PEOPLE HEALTH FOUNDATION".
Entre 1977 e 1982 fui Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia
Geral da Faculdade Bandeirante de Medicina, em Bragança Paulista, São Paulo,
1
Azevedo JLMC. Estudo comparativo de métodos de suturas intestinais: intestino delgado de
cães. In: Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972. Temas Livres.
2
Azevedo JLMC. Estudo comparativo de métodos de suturas intestinais: intestino grosso de
coelhos. In: Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972. Temas Livres.
3
Azevedo JLMC. Experiência clínica com a sutura de Gambee. In: Congresso Brasileiro de
Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972.
27
tendo sido admitido mediante concurso público de provas e títulos e na qual .
passei a proferir aulas teóricas e práticas e a prestar assessoramento em estágios
(Documento 90). No hospital-escola da referida Faculdade ocupei cargos de
chefia e coordenação administrativa1
e técnica2
. Nessas funções elaborei diversas
pesquisas, apresentando-as em eventos científicos3 4
.
Em 1983 prestei concurso e fui aprovado para a Disciplina de
Gastroenterologia Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Alagoas, tendo sido nomeado em 1984 para Professor Auxiliar de Ensino da
referida instituição. Nesse ano tive meu Título de Especialista em Cirurgia Geral
homologado pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas e pelo Conselho
Federal de Medicina.
Fui estagiário junto à Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo,
(Divisão de Clínica Cirúrgica II) do Hospital das Clínicas da Faculdade de
1
Chefe do Centro Cirúrgico do Hospital de Ensino da Faculdade Bandeirante de Medicina
(Documento x)
2
Chefe do Grupo de Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas (Documento y)
3
No XV Congresso Panamericano de Gastroenterologia, Rio de Janeiro, RJ, outubro de 1977:
Prevenção da gastrite alcalina e da síndrome de Dumping, novo método de reconstituição do
trânsito alimentar nas gastrectomias (Documento)
Colecistocolangiografia sob contrôle laparoscópico: um novo método terapêutico (Documento) .
4
Na IV Semana Médica de Pouso Alegre, em Pouso Alegre, MG, outubro de 1977:
a) Tumor carcinóide do estômago (Documento)
b) Tratamento cirúrgico do pseudocisto do pâncreas através da cistojejunoanastomose em Y de
Roux
c) Tumor carcinóide do estômago (Documento)
d) Rotura traumática da vesícula (Documento)
e) Técnica de reconstituição do trânsito alimentar após gastrectomia (Documento)
f) Resultado da esplenectomia na anemia esferocítica hereditária (Documento)
g) Pancreatite crônica obstrutiva determinada por pancreatite aguda recidivante (Documento)
h) Hematoma espontâneo da bainha dos músculos retos do abdome por rutura espontânea da
artéria epigástrica (Documento)
28
Medicina da Universidade de São Paulo no período de 1º de Maio de 1987 a 31
de Janeiro de 1988.
Em 1989 obtive o título de Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em
Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista de Medicina, para
onde foi transferido no mesmo ano para a Escola Paulista de Medicina o meu
vínculo com a Universidade Federal de Alagoas. Em 1991 obtive título de Doutor
em Medicina pelo mesmo Curso, sendo automaticamente promovido para
Professor Adjunto 1. Seguiram-se progressões de regime de trabalho de 20
horas para 40 horas e progressões verticais consecutivas até Professor Adjunto 4,
e daí para Professor Associado, todas concedidas mediante análise de projetos
de pesquisa e de desempenho acadêmico em períodos determinados.
Após a realização do Doutorado, o voltei-me mais intensamente ao
ensino junto aos alunos do Curso de Graduação da UNIFESP-EPM e à pesquisa,
particularmente à orientação de estudantes (iniciação científica) do Curso de
Graduação da Escola Paulista de Medicina, com apresentação dos resultados
pelos alunos, em publicações e em eventos científicos.
Nos anos de 1992 e 1993, ao lado das minhas atividades docentes e
de pesquisa na UNIFESP-EPM, tive marcada atuação enquanto docente e
pesquisador da Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo. Na qualidade de
responsável pela Residência Médica em Cirurgia Geral (credenciada pelo MEC) e
pelo Internato em Cirurgia dos alunos de 5º e 6º ano do curso de Graduação em
Medicina da citada Faculdade, exerci a coordenação da assistência e ensino nas
enfermarias de cirurgia geral eletiva do hospital-escola da referida Faculdade, em
Franco da Rocha (ERSA 14, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo),
bem como a Chefia do Serviço de Emergência do Pronto-Socorro. Dessa
29
atividade resultaram várias comunicações em eventos científicos, com publicação
em periódico.
Entre 1998 e 2000, fiz Estágio de Pós-Doutorado em Videocirurgia na
Universidade de Lyon, França, pela qual fui contratado como professor visitante,
no período. As atividades exercidas por mim nese Estágio estão explicitadas sob
a rubrica 3.2.6 deste Memorial.
No retorno, dediquei atenção especial à orientação de alunos de
graduação e de pós-graduação (iniciação científica, mestrado e doutorado).
Atualmente, mantenho aulas curriculares do Curso de Graduação,
presenciais e interativas a distância, integrando a dimensão virtual das atividades
didáticas da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental do
Departamento de Cirurgia da UNIFESP-EPM, com o material didático virtual
disponibilizado na Intranet da UNIFESP mediante a senha pessoal dos
interessados. Para facilitar o acesso às minhas aulas e comunicações, esse
material didático encontra-se também disponível no meu site destenado a comunicações
científicas, http://www.cirurgiaonline.med.br.
Na UNIFESP-EPM, também leciono continuamente na graduação a Disciplina
Eletiva Fundamentos da Metodologia da Pesquisa para Iniciação Científica durante os
meses de Maio, Junho, Agosto e Setembro, com aulas presenciais das 8 às 12 horas das
manhãs das terças-feiras e apoio em ambiente virtual do tipo “moodle”.
Paralelamente, em nível de ensino de pós-graduação, coordeno o Laboratório
de Metodologia da Pesquisa em Ciências da Vida, destinado à livre discussão de
aspectos metodológicos no âmbito da UNIFESP.
Adicionalmente, na qualidade de Líder do Grupos de Pesquisa “Videocirurgia”
e “Cirurgia Bariátrica e Metabólica”, do Diretório do Grupo de Pesquisa de CNPq, tenho
30
agregado vários pesquisadores doutores e alunos de graduação e de pós-graduação na
rubrica “estudantes”, com excelente aproveitamento dos mesmos.
No Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, sou líder dos grupos
Videocirurgia e Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Mediante a utilização da teoria dos conjuntos nebulosos (logica
"fuzzy"), elaborei, em colaboração com outros pesquisadores da UNIFESP, um
programa de computador (do qual requeri patente) dotado de modelo matemático
capaz de dotar os insufladores laparoscópicos de dispositivo de segurança
durante o processo de criação do pneumoperitônio pela técnica fechada.
Participo ativamente de aulas teóricas e práticas do Curso de
Graduação em Medicina da UNIFESP, com ênfase especial no ensino de diversos
tipos de síntese de tecidos na cirurgia convencional - principalmente anastomoses
do tubo digestivo - e de técnicas operatórias básicas e avançadas em
videocirurgia, assuntos no qual tenho grande experiência clínica e diversas
pesquisas experimentais e clínicas, com publicações envolvendo alunos de
graduação e pós-graduandos em nível de mestrado e doutorado.
Também coordeno a Liga Acadêmica de Videocirurgia da Disciplina de
Técnica Operatória e Cirurgia Experimental, com atividades no campus da
UNIFESP e em hospitais públicos e privados (estágios dos estudantes da junto à
equipe, em atos operatórios videocirúrgicos).
No que se refere às atividades docentes no nível de pós-graduação em
senso estrito, devo dizer que me engajei nesses labores tão logo pude integrar-
me ao programa de pós-graduação senso estrito da UNIFESP, inicialmente
denominado “Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia
Experimental” e continuado pelo Programa de Pós-graduação em Cirurgia e
31
Experimentação. Isso porque encontrei terreno fértil junto ao professor Saul
Goldenberg para desenvolver minha vocação de estudioso de vários aspectos da
Metodologia Científica, especialmente aqueles que dizem respeito à comunicação
entre pesquisadores, vale dizer, à explicitação dos relatórios de pesquisa
mediante teses acadêmicas, artigos científicos e outros meios.
Por outro lado, dentro desse mister relativo à docência da pós-
graduação, assumi por vários anos, juntamente com o Professor Paulo Gomes de
Oliveira – meu colega na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental
-, a coordenação de reuniões semanais matinais do Curso de Pós-Graduação em
Técnica Operatória e Cirurgia Experimental, destinadas principalmente aos alunos
inscritos no Estágio Probatório do Curso, a maioria deles neófitos nesses
assuntos de pós-graduação em senso estrito.
Por entendermos que a pós-graduação em senso estrito tem como
precípuo escopo a formação do professor universitário e do pesquisador – vide
Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Superior –, nessas reuniões priorizávamos o
treinamento para a excelência em Didática e Pedagogia, ao lado de noções
fundamentais de metologia da pesquisa científica em ciências da vida. Essas
últimas seriam aperfeiçoadas após a matrícula oficial do aluno no Curso.
3.2 Etapas da formação universitária
3.2.1 Graduação
32
3.2.1.1 Cursos Freqüentados
1. CURSO DE NEUROLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Medicina de
Alagoas e realizado em Maceió, em 22 de fevereiro de 1963 (Documento 1).
2. CURSO DE ELETRO-VETOR-FONOCARDIOGRAFIA, ministrado pelos
Professores Doutores E. Mendonça de Barros e Josef Feher, patrocinado
pelo Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Alagoas e realizado em Maceió, no período de 12 a
20 de outubro de 1963 (Documento 2).
3. I CURSO DE CIRURGIA DAS VIAS BILIARES, patrocinado pela Clínica
Cirúrgica da Casa de Saúde Neves Pinto e realizado em Maceió, no período
de 6 a 9 de novembro de 1963 (Documento 3).
4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO GASTROENTEROLÓGICA, ministrado pelos Profs. Drs.
Olavo Fontes e José Vinhaes, da Universidade do Brasil, patrocinado pela Sociedade de
Medicina de Pernambuco e realizado em Recife, em novembro de 1963 (Documento 4).
5. CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA CIRÚRGICA,
ministrado pela Cadeira de Moléstias do Aparelho Digestivo (Prof. Edmundo
Vasconcelos) e patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo, no período de 13 de Janeiro a 08 de fevereiro de 1964 (Documento 5).
33
6. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM RADIOLOGIA, ministrado pelos Doutores
Djalma Vasconcellos e José Rocha Sá, promovido pela Sociedade de
Medicina de Pernambuco e realizado em Recife, no período de 2 a 5 de abril
de 1964 (Documento 6).
7. CURSO SOBRE PARALISIA CEREBRAL, ministrado pelo Doutor Enéas
Brasiliense Fusco, sob a orientação do Prof. Dr. F. E. Godoy Moreira,
patrocinado pela Clínica Ortopédica e Traumatológica de Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, e realizado em São Paulo, no
período de 13 a 17 de Julho de 1964 (Documento 7).
8. CURSO DE PROPEDÊUTICA CIRURGICA, patrocinado pelo Capítulo de
São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado
em São Paulo, no período de 13 a 18 de Julho de 1964 (Documento 8).
9. CURSO DE TUMORES ENCEFÁLICOS, patrocinado pelo Capítulo de São
Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em
São Paulo, no período de 13 a 18 de Julho de 1964 (Documento 9).
10. CURSO DE PROCTOLOGIA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São
Paulo, no período de 13 a 22 de Julho de 1964 (Documento 10).
34
11. CURSO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA, patrocinado pelo Capítulo de
São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado
em São Paulo, no período de 20 a 24 de Julho de 1964 (Documento 11).
12. CURSO DE CIRURGIA TORÁCICA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo
do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São
Paulo, no período de 20 a 25 de Julho de 1964 (Documento 12).
13. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA DAS VIAS BILIARES, ministrado
pelo Professor Doutor Edmundo Vasconcelos e patrocinado pela Clínica de
Moléstias do Aparelho Digestivo (17º Cadeira da Faculdade de Medicina de
São Paulo e do Departamento de Cirurgia da Associação Paulista de
Medicina) e realizado em São Paulo, de 6 a 31 de Julho de 1964 (Documento
13).
14. CURSO DE ENDOCRINOLOGIA, ministrado pelo Professor Doutor Enio
Torreão Soares Castellar, patrocinado pelo Departamento de Medicina da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, e realizado em
Maceió, no período de 8 a 11 de Março de 1965 (Documento 16).
15. CURSO DE CANCEROLOGIA, patrocinado pelo Departamento Científico do
Diretório Acadêmico “Professor Doutor Sebastião da Hora”, da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, no período de 9 a
13 de setembro de 1965 (Documento 18).
35
3.2.1.2 Iniciação Científica
1. AUTOR E APRESENTADOR DOS TEMAS LIVRES “Lipoma retroperitoneal”,
“Rabdomiossarcoma retroperitoneal”, “Considerações em torno de 87 casos
de hipertensão portal de origem esquitossomótica” e “Diagnóstico diferencial
dos tumores do pescoço”, durante a realização do VII Congresso Médico do
Nordeste, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Alagoas e pela
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em 30 de
Outubro de 1966 (Documento 28).
3.2.1.3 Congressos
1. MEMBRO VI DO CONGRESSO MÉDICO DO NORDESTE, e do XII
CONGRESSO MÉDICO DE PERNAMBUCO, patrocinados pela Sociedade
de Medicina de Pernambuco e realizados em Recife, no período de 2 a 5 de
Abril de 1964 (Documento 6).
2. MEMBRO DO IX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA, patrocinado
pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no
período de 22 a 24 de Julho de 1965 (Documento 17).
3. MEMBRO DO XIV CONGRESSO MÉDICO ESTADUAL DE PERNAMBUCO,
patrocinado pela Sociedade de Medicina de Pernambuco e realizado em
Garanhuns, Pernambuco, em 19 de Setembro de 1965 (Documento 19).
36
4. MEMBRO DO VII CONGRESSO MÉDICO DO NORDESTE, DO II
CONGRESSO MÉDICO DE ALAGOAS, DO V CONGRESSO NORDESTINO
DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA E DA I JORNADA DE PEDIATRIA,
patrocinados pela Sociedade de Medicina de Alagoas e pela Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Alagoas, e realizados em Maceió, no
período de 26 a 30 de Outubro de 1966 (Documento 29).
3.2.1.4 Estágios
1. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUARTO-ANISTA junto à Enfermaria de
Clínica de Moléstias do Aparelho Digestivo (Serviço do Prof. Edmundo
Vasconcelos), em São Paulo, tendo feito o IX curso de Atualização em
Cirurgia das Vias Biliares, no período de 6 a 31 de Julho de 1964 (Documento
14).
2. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUARTO-ANISTA E QUINTO-ANISTA
junto à Clínica Médica do Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de
Serviços Assistenciais, em Maceió, durante os anos de 1964 e 1965
(Documento 15).
3. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA
junto ao setor de Cirurgia, sob a orientação do Staff Médico do Hospital
Silvestre, no Rio de Janeiro, no período de 1º de Dezembro de 1965 a 31 de
Janeiro de 1966 (Documento 21e 31).
37
4. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA
junto à Clínica Cirúrgica do Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de
Serviços Assistenciais, no período de 1º de Janeiro de 1965 a 31 de Agosto
de 1966 (Documento 24).
5. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA da
Fundação Hospitalar da Agro-Indústria do Açúcar de Alagoas, em Maceió, no
período de Janeiro de 1965 a Setembro de 1966 (Documento 27).
3.2.1.5 Monitorias
1. PRESIDENTE do Departamento Científico do Diretório Acadêmico “Professor
Doutor Sebastião da Hora”, da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Alagoas, no período de 1 de Março a 31 de Dezembro de 1965,
em Maceió, Alagoas (Documento 18);
2. COORDENADOR do Curso de Cancerologia, patrocinado pelo Departamento
Científico do Diretório Acadêmico “Professor Doutor Sebastião da Hora”, da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, no
período de 5 a 9 de Setembro de 1965 (Documento 18).
3. AUXILIAR-ACADÊMICO do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió,
no período de 2 de Agosto a 30 de Novembro de 1965 (Documento 20).
38
4. COORDENADOR COMO ACADÊMICO SEXTO-ANISTA do Internato no
Hospital José Carneiro, Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais,
durante o ano letivo de 1966 (Documento 22).
5. ACADÊMICO INTERNO no Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de
Serviços Assistenciais, no período de 1º de Janeiro de 1965 a 31 de Junho de
1966 (Documento 23).
6. ACADÊMICO INTERNO do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió,
no período de 1º de Dezembro de 1965 a 29 de Agosto de 1966 (Documento
26).
3.2.1.6 Concursos
1. APROVADO EM 1º LUGAR PARA AUXILIAR-ACADÊMICO QUINTO-ANISTA
do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió, em 1º de Dezembro de
1965 (Documento 25).
3.2.2 Residência
1. RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL no Hospital José Carneiro da
Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais (FASA), situado na Avenida
Siqueira Santos, no
2095, no Bairro do Trapiche da Barra, em Maceió,
39
Alagoas, no período compreendido entre 1º de Janeiro de 1968 e 31 de
Dezembro de 1969 (Documento 40).
3.2.3 Especialização
1. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA,
junto ao setor de Cirurgia, sob a orientação do Staff Médico do Hospital Silvestre,
no Rio de Janeiro, no período de 1º de fevereiro de 1967 a 30 de abril de 1967
(Documento 21e 31).
2. CURSO SOBRE TÉCNICA DE ENSINO PARA DOCENTES
UNIVERSITÁRIOS, ministrado pelo Professor Doutor Luiz Alves de Mattos,
catedrático da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, e promovido pela Faculdade de Educação da Universidade Federal
de Alagoas, por ocasião do Sétimo Seminário - Educação, e realizado em
Maceió, em 26 de Outubro de 1968 (Documento 34).
3. CURSO DE RADIOLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Medicina de
Alagoas e realizado em Maceió, em 24 de Abril de 1969 (Documento 36).
4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO, patrocinado pela
Sociedade de Medicina de Alagoas, e realizado em Maceió, em 30 de Maio de
1969 (Documento 37).
40
5. CURSO SOBRE TRAUMATISMO DE TÓRAX, patrocinado pelo Capítulo de
São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado em São Paulo, em
19 de Julho de 1969 (Documento 39).
6. II CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM GASTROENTEROLOGIA CIRÚRGICA,
patrocinado pela Reitoria da Universidade de São Paulo, promovido pelo
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) e
realizado em São Paulo, no período de 20 a 24 de Setembro de 1971
(Documento 45).
7. JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA, patrocinada pelo Capítulo de
São Paulo do American College of Surgeon e realizada em São Paulo, no
período de 27 a 30 de Outubro de 1971 (Documento 46).
8. ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO junto ao Grupo de Gastroenterologia do
Departamento de Cirurgia (3ª Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), realizado em São
Paulo, no período de 02 de Agosto a 31 de Dezembro de 1971 (Documento
47).
9. CURSO DE ATUALIZAÇÃO DE CIRURGIA DE URGÊNCIA DO APARELHO
DIGESTIVO, ministrado pelo Professor Doutor Mário Ramos de Oliveira e
patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e
realizado em São Paulo, no período de 7 a 12 de Fevereiro de 1972
(Documento 49).
41
10.CURSO DE GENÉTICA EM GASTROENTEROLOGIA, ministrado pelo
Professor Doutor Antônio Dácio Franco do Amaral, patrocinado pela Reitoria
da Universidade de São Paulo e promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos
e Pesquisa em de Gastroenterologia - IBEPEGE, realizado no período de 8 a
15 de Novembro de 1972 (Documento 56).
11.CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA CARDÍACA, organizado pelo
Professor Doutor Paulo de Almeida Toledo e patrocinado pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 5 a 16 de Fevereiro de
1973 (Documento 57).
12.CURSO DE FÍSTULAS DIGESTIVAS, patrocinado pelo Colégio Brasileiro de
Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no período de 15 a 20 de Julho de
1973 (Documento 59).
13.CURSO DE ANGIOGRAFIA VISCERAL, patrocinado pelo Colégio Brasileiro
de Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no período de 15 a 20 de Julho de
1973 (Documento 60).
14.CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS ANO RETO CÓLICAS, ministrado
pelo Professor Doutor Daher E. Cutait e patrocinado pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 13 a 18 de Agosto de
1973 (Documento 65).
42
15.CURSO DE ORIENTAÇÃO SOBRE EXAMES COMPLEMENTARES EM
GASTROENTEROLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Gastroenterologia e
Nutrição de São Paulo e realizado em São Paulo, no período de 17 a 21 de
Setembro de 1973 (Documento 66).
16.II CURSO INTENSIVO DE CIRURGIA ARTERIAL VENOSA E LINFÁTICA,
ministrado pelo Professor Doutor Carlos José Monteiro de Brito e Doutor
Waldemar Pinto Duarte Junior, patrocinado pelo Centro de Estudos do
Hospital da Lagoa e realizado no Rio de Janeiro, no período de 24 de
Setembro a 3 de Outubro de 1973, com aprovação final com a nota 8,4
(Documento 67).
17.II CURSO DE MÉTODOS PROPEDEUTICOSAUXILIARES EMGASTROENTEROLOGIA,
patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e realizado
em São Paulo, no período de 3 a 7 de Junho de 1974 (Documento 70).
18.CURSO DE CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO, patrocinado pela
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e realizado em São
Paulo, no período de 15 a 19 de Julho de 1974 (Documento 71).
19.CURSO DE EMERGÊNCIAS EM GASTROENTEROLOGIA, patrocinado pelo
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) e
realizado em São Paulo, no período de 4 a 8 de Novembro de 1974
(Documento 72).
43
20.XVII CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA SOBRE ATUALIZAÇÃO EM
MOLÉSTIA DA TIREÓIDE, patrocinado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo, no período de 9 a 18 de Fevereiro de 1976
(Documento 74).
21. III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PROCTOLOGIA, patrocinado pelo Instituto
Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia, Sociedade de
Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo e Instituto de Gastroenterologia de
São Paulo, realizado em São Paulo, no período de 8 a 11 de Março de 1976
(Documento 75).
22. III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA, patrocinado pelo Departamento de
Clínica Cirúrgica do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de
Alagoas, em Maceió, no período de 10 a 13 de Janeiro de 1984 (Documento 101).
23.CURSO DE METABOLOGIA CIRÚRGICA, orientado pelos Profs. Drs. Joamel
Bruno de Mello, Péricles W. Pires e Thomas Szego, patrocinado pela
Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina de
Santo Amaro e realizado em São Paulo, em 15 de Junho de 1984 (Documento
103).
24.CURSO DE NUTRIÇÃO PARENTAL, patrocinado pela Comissão Latino-
Americana de Nutrição Parental e Enteral do Hospital da Beneficiência
Portuguesa e realizado em São Paulo, no período de 18 a 21 de Junho de
1984 (Documento 104).
44
25.CURSO DE TESTE DE ESFORÇO E CONDICIONAMENTO FÍSICO,
patrocinado pelo Centro de Estudos de Extensão Universitária, em São Paulo,
em 24 de Setembro de 1987 (Documento 108).
26.CURSO DE AVANÇOS EM CIRURGIA ENDÓCRINA: ESTRATÉGIAS NA
ABORDAGEM DOS CARCINOMAS DA TIREÓIDE, patrocinada pelo Centro
de Estudo e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital
Sírio Libanês, realizado em 26 de Setembro de 1987, com carga horária de
seis horas e meia (Documento 109).
27.CURSO DE TRATAMENTOS CIRÚRGICOS CONSERVADORES E NÃO
CIRÚRGICOS EM ONCOLOGIA: ASPECTOS ATUAIS, patrocinada pelo
Centro de Estudo e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do
Hospital Sírio Libanês, realizado em 17 de Outubro de 1987, com carga
horária de sete horas e meia (Documento 110).
28. CURSO DE INFECÇÃO EM UTI, patrocinada pelo Centro de Estudo e Pesquisas
da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês, realizado em 24
de Outubro de 1987, com carga horária de oito horas (Documento 111).
29.CURSO DE INTRODUÇÃO À MICROINFORMÁTICA PARA O USUÁRIO EM
SAÚDE, ministrado pelo Prof. Dr. Renato M. E. Sabbatini, do Núcleo de
Informática Biomédica da Universidade Estadual de Campinas, realizado em
45
Campinas, São Paulo, no período de 27 a 29 de Novembro de 1987
(Documento 112).
30.ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO junto à Disciplina de Cirurgia do Aparelho
Digestivo do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, passando pelos seguintes
Serviços de Cirurgia: Esôfago, Estômago, Vias Biliares e Pâncreas, Cólon e Reto,
da Divisão de Clínica Cirúrgica II, realizado em São Paulo, no período de 1º de
Maio de 1987 a 31 de Janeiro de 1988 (Documento 116).
31.VII CURSO DE INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA, patrocinado pelo Centro de
Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina, realizado em São
Paulo, no período de 11 a 29 de Setembro de 1989 (Documento 121).
32. CURSO DE URGÊNCIAS NA CIRURGIA PLÁSTICA (ENCONTRO DE
ESPECIALISTAS), patrocinado pelo Centro de Estudos do Hospital Israelita Albert
Einstein e realizado em São Paulo, em 13 de Junho de 1992 (Documento 132).
33. XIII CURSO INTERNACIONAL DE AVANÇOS EM GASTROENTEROLOGIA,
patrocinado pelo Ministério da Saúde do Chile, Ministério de relações
Exteriores do Chile e pela Agência de Cooperação Internacional do Japão
(JICA), realizado em Santiago do Chile, no período de 1º a 27 de Março de
1993.
46
34.CURSO “O POLITRAUMATIZADO”, patrocinado pela Faculdade de Medicina
de Jundiaí e realizado em Jundiaí, São Paulo, no período de 21 a 22 de Maio
de 1993, com carga horária de 20 horas (Documento 134).
35.CURSO SOBRE TUMORES MALIGNOS SINCRÔNICOS DO APARELHO
DIGESTIVO, patrocinado pelo Centro de Estudos e Pesquisas da Sociedade
Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês e realizado em São Paulo,
em 26 de Junho de 1993, com carga horária de cinco horas e meia
(Documento 135).
36. XX CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA DIGESTIVA; XV CURSO DE
ATUALIZAÇÃO EM GASTROENTEROLOGIA; IICURSO DE SUTURAS
MECÂNICAS (TEORIA); II CURSO DE CIRURGIA VIDEOLAPAROSCOPIA
(TEORIA), patrocinados pela Fundação Instituto de Doenças e Transplantes de
Órgãos do Aparelho Digestivo, pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, pela Secretaria de Ciências, Tecnologia
e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e pelo Colégio Brasileiro
de Cirurgia Digestiva, e realizado em São Paulo, no período de 4 a 9 de Julho de
1993 (Documento 136).
37.CURSO CONTINUADO DE VIDEOCIRURGIA, patrocinado pelo Centro de
estudos e Pesquisas Alípio Corrêa Netto, do Departamento de Cirurgia da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, realizado em
São Paulo, de 1º a 18 de Novembro de 1994 (Documento 143).
47
38.CURSO DE TREINAMENTO EM CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA, tipo
“Hands On”, patrocinado pela Associação Latino-Americana de Cirurgia
Endoscópica, integrando equipe cirúrgica nas funções de instrumentador,
operador de câmera e de cirurgião assistente, realizado no serviço no Serviço
do Dr. Sérgio Roll no Hospital Santa Rita, em São Paulo, no período de 1º de
Dezembro de 1994 a 31 de Maio de 1995. (Documento 313)
39. III CURSO PRÁTICO DE CIRURGIA LAPAROSCÓPICA, patrocinado pelo
Departamento de Cirurgia da Disciplina de Técnica Cirúrgica da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, realizado em São Paulo, no período
de 30 de Maio a 1º de Junho de 1996 (Documento 151).
40.CURSO DE DIAGNÓSTICO ENDOSCÓPICO DAS DOENÇAS GASTRODUODENAIS,
realizada na XII JORNADA PAULISTA DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS
DIGESTIVAS, em Águas de Lindóia, São Paulo, no período de 11 a 14 de
Março de 1998 (Documento 162).
41.CURSO DE VIDEOCIRURGIAS DAS DOENÇAS DIGESTIVAS, realizada na XII
JORNADA PAULISTA DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS DIGESTIVAS, em Águas
de Lindóia, São Paulo, no período de 11 a 14 de Março de 1998 (Documento 163).
42. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIDEOLAPAROSCOPIA AVANÇADA,
promovido pela Sociedade Francesa de Cirurgia Endoscópica e realizado em
Bordeaux, França, no período de 5 a 7 de Novembro de 1998 (Documento 169).
48
43.PARTICIPANTE DA PRIMEIRA SEMANA DE ESTUDOS TEÓRICOS E PRÁTICOS
para a obtenção do DIPLOMA INTERUNIVERSITÁRIO DE CIRURGIA
LAPAROSCÓPICA, promovida pela Universidade Jean-Monnet, em Saint-
Etienne, França, e pela Universidade Claude Bernard, em Lyon, França, e
realizada no período de 23 a 27 de Novembro de 1998 (Documento 170).
44. CURSO PARA APRENDIZAGEM DE SUTURAS EM VÍDEO-LAPAROSCOPIA, no
Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva “l’ Hôpital des Diaconesses”, organizado pelo
Doutor H. Mosnier. Chefe de Serviço da Unidade de Cirurgia Celioscópica, realizado
em Paris, França, em 11 de Dezembro de 1998 (Documento 172).
45.PARTICIPANTE DA SEGUNDA SEMANA DE ESTUDOS TEÓRICOS E
PRÁTICOS para a obtenção do DIPLOMA INTER-UNIVERSITÁRIO DE
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA, promovida pela Universidade Jean-Monnet,
em Saint-Etienne, França, e pela Universidade Claude Bernard, em Lyon,
França, e realizada no período de 17 a 21 de Maio de 1998 (Documento 174).
46. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA BARIÁTRICA, patrocinado IEP –
Instituto de Ensino e Pesquisa Vivalle, realizado em São José dos Campos –
SP, em 10 de Março de 2007 (Documento 281A ).
47.CURSO PRÉ-CONGRESSO “CIRURGIA METABÓLICA”, REALIZADO
DURANTE O IX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA
BARIÁTRICA E METABÓLICA, patrocinado pela Sociedade Brasileira de
49
Cirurgia Bariátrica e Metabólica, realizado em Curitiba-PR, no período de 8 a
12 de Dezembro de 2007 (Documento 291).
48. PARTICIPAÇÃO DO EVENTO “ATUALIZAÇÃO DE NOVA INTERFACE DA
BASE DE DADOS ISI WEB OF KNOWLEDGE: WEB OF SCIENCE,
JOURNAL CITATION REPORTS E DERWENT INNOVATIONS INDEX”,
ministrado pela Profa. Mirta Guglielmoni, com carga horária de 04 horas,
realizado na UNIFESP- BIBLIOECA CENTRAL – EPM em São Paulo, no dia
29 de Maio de 2008 (Documento 301).
49.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “COMPREENDENDO OS PRINCIPAIS
INDICADORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA E SUA APLICAÇÃO NAS
DIVERSAS ÁREAS E BASES DE DADOS”, proferida por Rogério Mugnaini –
BIREME/OPAS/OMS,com carga horária de 03 horas, realizado na UNIFESP-
BIBLIOECA CENTRAL – EPM em São Paulo, no dia 20 de Agosto de
2008(Documento 312A).
50.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “FERRAMENTAS DE BUSCAS DA BASE
DE DADOS PSYCINFO E COLEÇÃO DE REVISTAS DA APA –
PSYCARTICLES”, proferida por Marcos Criado – DotLib, com carga horária de
03 horas, realizada na UNIFESP- BIBLIOTECA CENTRAL – EPM em São
Paulo, no dia 03 de Setembro de 2008 (Documento 312B).
51.CURSO GASTRO 2008, ocorrido nas reuniões conjunta das ”DISCIPLINAS
DE GASTROENTEROLOGIA CLÍNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
50
SÃO PAULO – UNIFESP – EPM”, realiza na qualidade de participante, com
carga horária de 34 horas, no período de 05 de março à 26 de Novembro de
2008 (Doc.312 C).
52.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “COMO UTILIZAR O ENDNOTE WEB
JUNTAMENTE COM A BASE DE DADOS ISI WEB OF KNOWLWDGE”,
proferida por Marcos Amorim e Lilian Leme Bianconi – Bibliotecários do
Instituto de Psicologia da USP, com carga horária de 02 horas, patrocinado
pela BIBLIOTECA CENTRAL – UNIFESP-EPM, em 09 de Março de
2009(Doc.312D).
3.2.4 Mestrado
Mestre em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental
Título da Tese: “Estudo comparativo entre as anastomoses em plano único
extramucoso e total, em cólon de coelhos”. Apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade
Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Defendida e Aprovada em
1989.
Orientador: Professor Saul Goldenberg.
Banca Examinadora:
Professor Doutor Saul Gondenberg (Presidente)
Professor Doutor Alberto Jorge de Faria Neto - UNIFESP
51
Professor Doutor Alberto Goldenberg - UNIFESP
Professor Doutor Manuel de Jesus Simões - UNIFESP
Professor Doutor Joamel Bruno de Mello - USP
Resumo:
Foram estudadas duas séries de anastomoses em um plano de sutura, a pontos
separados, sendo uma total pela técnica de GAMBEE e a outra de pontos
extramucosos, em cólon de coelhos. Foi considerada a evolução cicatricial do
ponto de vista macro e microscópico de três coelhos de cada série no 1º, 2º, 4º,
7º, 10º, e 14º dia pós-operatório, perfazendo 18 animais por grupo, num total de
36 coelhos. O exame microscópico demonstrou diferenças na cicatrização dos
dois grupos: enquanto que, nos animais do grupo I (sutura extramucosa), houve
pouca necrose e boa coaptação da camada mucosa, com reepitelização quase
completa ao cabo do 14º dia pós-operatório, nos coelhos do grupo II (sutura total
de GAMBEE) as áreas de necrose foram mais extensas e permaneceram
evidentes por mais tempo que nos animais do grupo I. Do ponto de vista
microscópico, os resultados não sofreram variação em função da técnica
operatória empregada, quer no que diz respeito às características das áreas de
edema, hemorragia, necrose, tecido de granulação e fibrose observadas, quer no
que concerne ás peculiaridades da regeneração das camadas intestinais, dos
granulomas de corpo estranho e dos elementos celulares pesquisados
(neutrófilos, linfócitos, plasmócitos, fibroblastos, macrófagos e eosinófilos).
Publicação da Tese em periódico:
52
Azevedo JLMC, Goldenberg S, Simões MJ, Stavale JN. Estudo comparativo
entre anastomoses em plano único extramucoso e total, em colo de coelhos. Acta
Cir Bras. 1990; 5:6-12. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo21.pdf
3.2.5 Doutorado
Doutor em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental
Título da Tese: Efeitos da ofloxacina na inflamação induzida em ratos.
Apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia
Experimental da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de
Medicina. Defendida e Aprovada em 1991.
Orientadores: Profs. Drs. Helio Plapler e Waldemar Ortiz
Banca examinadora:
Prof. Dr. Hélio Plapler (Presidente) - UNIFESP
Prof. Dr. Waldemar Ortiz - UNIFESP
Prof. Dr. Antonio José Lapa - UNIFESP
Prof. Dr. Mario Mariano - UNIFESP
Prof. Dr. Ernesto Lima Gonçalves - USP
Prof. Dr. William Saad Hossne - USP
Prof. Dr. Manoel de Jesus Simões – UNIFESP (Suplente)
Prof. Dr. Roberto Saad Júnior - Sta Casa de São Paulo (Suplente)
Resumo:
53
Antibióticos que atuam inibindo populações procariontes (bactérias) também
atuam inibindo populações de células eucarióticas do hospedeiro. Esse fato foi
demonstrado em relação às células tumorais e as células imunocompetentes do
hospedeiro (eucarióticas), cuja proliferação é inibida por antibióticos antiblástios e
imunossupressores. Também á relatos de ação antiproliferativa de antibióticos
sobre populações de células inflamatórias (eucarióticas). Entretanto, antibióticos
não são geralmente considerados como drogas antiinflamatórias. Essa pesquisa
objetivou investigar a eventual ação antiinflamatória do antibiótico ofloxacina
sobre o hospedeiro. Para tanto cinco modelos experimentais foram instituídos,
visando pesquisar a ação antiinflamatória da ofloxacina em ratos. Essa ação foi
investigada na inflamação aguda (modelo 1, 2, 3) e na inflamação crônica
(modelo 4 e 5). Constatou-se que a ofloxacina não influenciou a evolução da
inflamação aguda induzida por carragenina na pata (modelo 1) e na pleura
(modelo 3) de ratos, nem a inflamação crônica induzida na parte abdominal
desses animais de experimentação mediante o implante de pelotas de algodão
(modelo 4). Da mesma forma, no modelo 2 no qual a destrama (liberadora de
histamina) foi o agente idutor de inflamação da pata- a ofloxacina não atenuou a
inflamação. Entretanto, no modelo 5 a ofloxacina em altas doses inibiu a
proliferação de células inflamatórias mononucleares do granuloma de corpo
estranho do tipo inerte formado pela presença de fio de polipropileno. Concluiu-se
que a ofloxacina tem ação antiproliferativa sobre células inflamatórias do
hospedeiro.
Publicações resultantes da Tese:
54
1. Azevedo JLMC, Plaper H, Ortiz V, Lapa AJ, Emin JAS, Simões MJ, Novo NF,
Santos P, Ferreira MHC. Efeitos da ofloxacina na inflamacão induzida em ratos.
Arq Bras Med. 1992;66:79-85.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo23.pdf
2. Azevedo JLMC, Plaper H, Ortiz V, Lapa AJ, Emin JAS, Simões MJ, Juliano Y,
SantosP, Ferreira MH. Efeitos da ofloxacina no granuloma de corpo estranho
induzido por fio de sutura (prolene), em ratos. Rev Bras Cir. 1992; 82:189-95.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo22.pdf
3. Azevedo JLMC, Lapa AJ, Simões MJ, Novo NF, Santos P. Efeitos da
indometacina na inflamação induzida em ratos. Rev Bras Med. 1992;49:287-96.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo24.pdf
3.2.6 Pós-Doutorado
3.2.6.1 Generalidades
Realizei ESTÁGIO DE PÓS-DOUTORADO de dois anos letivos no
Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva da Federação das Especialidades
Digestivas do Hospital Édouard Herriôt (Hospital-Escola da Faculdade de
Medicina da Universidade de Lyon I “Claude Bernard”), Serviço do Professor
Jean-Claude Boulez, realizado no período de 1º de Setembro de 1998 a 30 de
Junho de 2000. Para o Pós-Doutorado, obtive contratação de Professor
55
Convidado da Universidade de Lyon, com remuneração de valor bruto total de
135.000 francos franceses.
3.2.6.2 Atividades de rotina durante o pós-doutorado
Ambulatório de cirurgia, nas manhãs das segundas-feiras, em
companhia do Chefe de Serviço, Professor Jean-Claude Boulez. Nessas ocasiões
recebíamos pacientes novos, encaminhados de outros serviços. Indicações eram
discutidas e intervenções cirúrgicas agendadas. Pacientes operados eram
seguidos. Esse acompanhamento tinha peculiaridades muito propícias: o sistema
de saúde do governo francês fornece de forma totalmente gratuita (diretamente
ou mediante reembolso de despesas comprovadamente realizadas pelo usuário)
todo tipo de assistência, inclusive farmacêutica. Entretanto, exige que os
pacientes obedeçam rigorosamente às recomendações dos médicos assistentes,
inclusive no que diz respeito ao seguimento pós-operatório, sob pena de sustar o
apoio financeiro. Isso infere no retorno inelutável dos pacientes. Dessa forma
pude observar de perto e com a freqüência desejável a evolução dos operados,
de cujas intervenções eu participara.
Sessões cirúrgicas das terças às sextas-feiras, pela manhã, com
ênfase na vídeo-laparoscopia. Nessas ocasiões eu atuava como operador de
câmera, como cirurgião assistente e, em se tratando de intervenções cirúrgicas
relativas às pesquisas que encetava, cirurgião principal, sempre secundado pelo
Professor Boulez.
Reunião semanal do Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva, às
segundas-feiras, das 14:30 às 16:00 horas, quando os prontuários dos pacientes
56
a serem operados na semana eram minuciosamente estudados e discutidos entre
os cirurgiões, residentes, anestesistas, estagiários etc., com vistas às indicações
cirúrgicas e programação das operações.
Reunião Semanal da Federação das Especialidades Digestivas do
Hospital E. Herriot, das 17:00 às 18:30 horas, às quintas-feiras, na qual se
encontram os cirurgiões e clínicos gastroenterologistas, endoscopistas,
radiologistas, patologistas, oncologistas, cirurgiões do serviço de transplante etc.
Nessas ocasiões eram discutidos prontuários de casos complicados.
Visita semanal geral às enfermarias do Serviço de Cirurgia Geral e
Digestiva, aos sábados pela manhã.
Reunião conjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Lyon
com a Sociedade de Medicina de Lyon, na última sexta-feira de cada mês.
3.2.6.3 Atividades de pesquisa durante o pós-doutorado
Juntamente com o Professor Boulez, procurei sistematizar e padronizar
técnica operatória videolaparoscópica para tratamento da acalasia de esôfago: a
miotomia gastroesofagiana (operação de Heller modificada). O título da pesquisa
é: “Technical systematisation for laparoscopic esophageal myotomy without
antireflux procedure” 1
O resultado foi apresentado por mim no Sétimo Congresso
Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em
Linz, Áustria, no período de 23 a 26 de Junho de 1999, e teve como resumo:
1
Azevedo JLMC, Boulez J. Tecnical systematisation for laparoscopic esophageal myotomy.
Endoscopy. 1999;31:(Suppl):E23.
57
“This procedure is performed under general anesthesia. The surgeon
stands between the patient's legs. The first assistant on the left controls the video
camera. The second assistant and scrub nurse stand on the patient's right side.
The pneumoperitoneum is installed through a Veress needle in the left
hipocondrium, and kept within 12-mm hg compression. The imaging monitor is
kept high above by the patient's feet, which must be positioned in 10 degrees
proclive. An orogastric tube is inserted. Five laparoscopic ports are required: three
of 10mm and 2 of 5mm. One of them (umbilical port) is for a 30-degree optic. A
separator is introduced at the subxifoidean 10-mm port, dislodging the liver
cephalahad. An atraumatic grasper introduced at the 5mm port placed at the
hemiclavicular line, at four-finger breadth bellow the costal hip, for gradually
tractioning the stomach. The surgeon handles another atraumatic grasper with his
left hand. This grasper is introduced through a 5-mm port placed at the
hemiclavicular right line, at three finger breaths below the costal hip level. At his
right hand, the operator has a coagulating hook, introduced by a 10-mm port
situated at the right anterior axillary line, at one finger breadth below the costal hip.
The dissection is limited to the phrenoesophageal ligament by the esophagus, at
the extension of the hemiperimeter anterior of the hiatus. The myotomy is
performed with the assistance of a coagulating hook. The muscle fibers are cut at
10cm from the lower esophagus, passing through the cardia, until a distal point
3cm in of the stomach. Control over the esophagean wall integrity at the level of
the miotomy is carried out by the instilation of the blue metilene in the lumen of the
organ and/or by esophagoscopy”.
58
O vídeo-filme apresentado encontra-se disponível na internet: (URL:
http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm) sob o título: “Cardiomiotomia
laparoscópia sem procedimento anti-refluxo”.
Ainda sobre o tratamento cirúrgico da acalasia de esôfago por acesso
videolaparoscópico, realizei estudo clínico metodizado a propósito de conduta
alternativa (evitação da associação de procedimento anti-refluxo à miotomia
esofagiana), intitulado: “Comparison between laparoscopic esophago-
cardiomyotomy with and without antireflux procedure in the treatment of
achalasia”1
:
O resultado foi apresentado por mim no Oitavo Congresso
Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em
Nice, França, no período de 28 de Junho a 1º de Julho de 2000, e teve como
resumo:
“Aims: Is currently still open the question weather the rate of abnormal
oesophageal acid exposure after laparoscopic myotomy may be different if
compared to a laparoscopic myotomy with antireflux procedure added. The aim of
the present research is to evaluate the experience with laparoscopic modified
Heller cardiomyotomy with and without antireflux procedure added, in selected
patients. Methods: Those patients who satisfied the entry criteria of the protocol
were selected from the entire population submitted to laparoscopic modified Heller
operation without antireflux procedure in the department. They formed the test
treatment group (n=16), G1. Their results were prospectively compared with data
1
Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC, Kobayashi LA, Paiva VC, Kozu F. Comparison between
laparoscopic esophago-cardiomyotomy with and without antireflux procedure in the treatment of
achalasia Surgical Laparoscopy and Endoscopy. 2004;14:104-5.
59
from patients selected according the same criteria, whose suffered a standard
laparoscopic operation for achalasia (modified Heller myotomy plus partial -
Toupet - fundoplication). This last group patients served as active comparator (G2,
n=8). The objective is to ensure that the test treatment (G1) is not inferior to the
standard treatment (G2). It was used a 95% confidence interval. Results: The
follow-up symptoms and assessment of the patients showed substantial relief or
total cessation of dysphagia in both investigational groups. No patient experienced
postoperative heartburn. The diameter of the oesophagus was reduced after
surgery in 20,45% in G1 and 44,5% in G2. The resting pressure dropped in 71,7%
from its initial value in G1 and 72,8% in G2. In G1 operative time lasted 76
minutes, against 131 minutes in G2. Conclusions: In selected patients, the results
of utilizing laparoscopic cardiomyotomy without antireflux procedure are not
inferior to those obtained with the laparoscopic cardiomyotomy with a
fundoplication (Toupet) added. Without fundoplication, operative time is shorter
and less operative manipulation is required. So, in selected patients according the
criteria of the present investigation, the routine addition of an antireflux procedure
is not justified”.
A apresentação deste tema em PowerPoint encontra-se disponível na
Internet (URL: http://www.cirurgiaonline.med.br/apresentacoes.htm), sob o título:
“Heller – Comparação - versão pdf/versão ppt”, sendo que a primeira está em
inglês e a segunda em português.
Outro assunto que chamou minha atenção foi a questão da melhor
abordagem dos tumores extramucosos de esôfago e de estômago mediante a
cirurgia minimamente invasiva. Quando do início do meu estágio de pós-
doutorado em Lyon, havia a idéia predominante na comunidade científica no
60
sentido de se realizar a exérese por via laparoscópica desses tumores mediante
a sua enucleção, numa abordagem de fora para dentro da parede do tubo
digestivo (sem, entretanto, adentrar o seu lume), indiferentemente dessas
formações se situarem no esôfago ou no estômago. Eu pensava que havia de se
tratar de formas diferentes essas neoplasias, por causa da sua natureza distinta.
Por isso encetei pesquisa com o título “Resection of extramucous
tumours of esophagus and stomach by minimally invasive surgery1
”, que
resultou em apresentação em vídeo-livre no Sétimo Congresso Internacional da
Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em Linz, Áustria, no
período de 23 a 26 de Junho de 1999, e teve como resumo:
“A technique of resection of esophageal extramucous tumours by video-
thoracoscopic enucleation shall be expounded here, based on three cases, and
the video-laparoscopic technique of segmental resection of the stomach in the
treatment of extramucous tumours also described here is based on five cases. In
thoracoscopic enucleations of esophagus extramucous tumours, the mediastinal
pleura was initially opened on the tumour region. Oesophagus dissection was
limited to the lateral face of the core of the lesion. In tumours situated in the
superior third of the esophagus, it was necessary to isolate and divide the azigos
vein by the use of the automatic vascular suture device. Subsequently, esophagus
muscle layers were incised longitudinally. The lesion was held and traction was
exerted with atraumatic laparoscopic forceps or, with suturing, as soon as the
tumour tissue became apparent. The tumour was then gently pulled away from the
esophageal wall and its loosening proceeded by blunt and acute dissection. In this
1
Azevedo JLMC, Boulez J. Resection of extramucous tumours of esophagus and stomach by
minimally invasive surgery. Endoscopy. 1999;31:(Suppl):E24.
61
operative time hidrodissection was freely used. Once the exeresis was completed,
the pleural cavity was irrigated with warm, saline solution and the mucous integrity
was tested by metyleno blue instillation in the interior of the oesophagus through
an esophageal tube, after distal clamping of the viscera. The tumour was extracted
through a 10-mm gap in the medium axillary line. Alternatively, the esophagus
muscle gap was sutured, or it was left open. Tubular draining of the pleural cavity
was carried out. In the extramucous tumours of the stomach, the resection
technique encompassed the lesion and the gastric wall, taking up at least 2 cm of
the tissue around the tumour. Shots of the automatic suture device (Endo-GIA 30)
performed the resection. Intra-operative gastroscopy was indispensable to the
location of the base of tumour implantation, serving also to the inspection of the
suture line after resection.”
O video apresentado encontra-se disponível na internet (URL:
http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm), sob o título: “Exérese de tumores
extramucosos de esôfago e estômago por videocirurgia”. Essas pesquisas
foram publicadas no periódico nacional Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões,
ondexado na base de dados Scielo, Lilacs e Medline, segundo as referências:
1. Azevedo JLMC, Boulez J, Blanchet MC. Leiomioma do esôfago removido por
videolaparoscopia. Rev Col Bras Cir. 1999;26(4):243-5.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo7.pdf
2. Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC. Leiomioma do esôfago removido por
videotoracoscopia. Rev Col Bras Cir. 2000;27(1):60-2.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo4.pdf
62
3. Azevedo JLMC, Boulez J, Espalieu P. Ressecção videolaparoscópica de
hemangiopericitoma do estômago. Rev Col Bras Cir. 2000;27(3):209-10.
http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo2.pdf
4. Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC. Ressecção videolaparoscópica de
tumor gástrico estromal situado na parede posterior: relato de caso. Rev Col Bras
Cir. 2000;27(2):136-8. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo3.pdf
Outra questão abordada no meu estágio de Pós-Doutorado, foi a da
herniorrafia inguinal por via laparoscópica. No sentido de elidir a violação da
cavidade peritoneal sem deixar de realizar a cura da hérnia inguinal mediante
cirurgia minimamente invasiva, propusemos algumas modificações na conhecida
técnica de herniorrafia laparoscópica totalmente extraperitoneal. Essa
sistematização visa minimizar ainda mais o trauma do acesso cirúrgico
videolaparoscópico, simplificar as manobras cirúrgicas e observar os princípios da
ergonomia do procedimento, de modo a propiciar melhor comodidade para o
cirurgião e maior precisão no manejo das estruturas. O título da pesquisa é: “An
original technical systematisation for laparoscopic inguinal hernioplasty
totally extraperitoneal”1
, com o resumo:
“Esta comunicação diz respeito à pesquisa interinstitucional envolvendo
a Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, São Paulo,
Brasil (Prof. Dr. João Luiz M. C. Azevedo, Disciplina de Técnica Operatória e
Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia) e a renomada Clínique
Charcot, em Lyon, França (Dr. Marc Papillon). Trata-se da utilização de uma
sistematização técnica original para a realização das hernioplastias inguinais
mediante acesso videolaparoscópico. Tal abordagem permite o tratamento
1
Azevedo JLMC, Papillon M. An original technical systematisation for laparoscopic inguinal
hernioplasty totally extraperitoneal. Surgical Endoscopy. 2000;14:(Suppl1):4
63
cirúrgico extremamente simplificado dos vários tipos de hérnias inguinocrurais
correntemente encontrados. O custo financeiro é muito baixo porque não há
utilização de dispositivos dispendiosos, tais como trocartes pneumáticos especiais
e balões. Esta sistematização foi possível por causa do grande número de casos
de portadores de hérnias inguinocrurais que demandam à Clinique Charcot, em
função da reputação de eficácia do Serviço no tratamento dessas enfermidades.
Os resultados da experiência em França com a técnica em pauta pôde ser bem
certificada graças ao sistema de Seguridade Social, que obriga os pacientes a
atenderem ao chamado médico para seguimento, tantas vezes quantas forem
necessárias, sob pena da perda dos privilégios do sistema de seguridade social.
Uma vez bem avaliada esta técnica em França, a idéia dos pesquisadores é
passar a utilizá-la no Brasil, naqueles pacientes adultos portadores de hérnias
inguinocrurais. O real benefício em economia de custos operacionais, no
encurtamento do período de internação, no pronto retorno ao trabalho e nas
menores taxas de recidiva herniária está sendo considerado.
Esta pesquisa sobre hérnia resultou em apresentação em vídeo no
Sétimo Congresso Internacional da Associação Européia de Cirurgia
Endoscópica, realizado em Linz, Áustria, no período de 23 a 26 de Junho de 1999., o
qual encontra-se disponível na Internet seguindo o URL
http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm, sob o título: “Hernioplastia inguinal
videolaparoscópica totalmente extraperitoneal: uma sistematização
original1
”.
1
Azevedo JLMC, Papillon M. An original technical systematisation for laparoscopic inguinal
hernioplasty totally extraperitoneal. Surgical Endoscopy. 2000;14:(Suppl1):4.
Memorial Exemplo
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  • 1. 1 1. RESUMO DO MEMORIAL Ingressei em 1961 na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (FM-UFAL). Exerci vários cargos adequados a estudantes de Medicina em hospitais, inclusive assumindo chefias e coordenações. Assumi a coordenação do Departamento Científico-Cultural do Diretório Acadêmico. Obtive o primeiro lugar em concurso para acadêmicos em hospital público. Ainda enquanto acadêmico, realizei estágios e cursos em instituições nacionais de renome. Fui o Orador Oficial dos Formandos de 1966. Encerrei meu período acadêmico com a apresentação em evento nacional de trabalhos científicos de minha elaboração. Logo após a Colação de Grau, prestei concurso para médico da PETROBRÁS, tendo obtido o primeiro lugar em toda a Região de Produção do Nordeste (Paraíba, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas). Entretanto, enquanto aguardava o resultado do Concurso da PETROBRÁS, fui durante três meses Interno-Residente do Hospital Silvestre do Rio de Janeiro. Retornando a Maceió para assumir o cargo de médico da PETROBRÁS, em meados de 1967 fui contratado como Cirurgião Geral do ex-INAMPS (hoje SUS), do qual atualmente sou aposentado. Permaneci na Petrobrás até o início de 1968, quando pedi demissão. Em 1968 e 1969 prestei Residência Médica/MEC em Cirurgia Geral. No mesmo período, excerci as funções de professor Auxiliar de Ensino da Disciplina de Fisiologia da FM-UFAL. Durante o ano de 1970 e início de 1971 estive em Penedo, Alagoas, na Santa Casa de Misericórdia, na qualidade de Chefe de Cirurgia, e na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, na qualidade de Plantonista de Cirurgia Geral. No
  • 2. 2 segundo semestre de 1971 transferi-me de Alagoas para São Paulo, com Bolsa de Estudos do Ex-INAMPS para Estágio de Cirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde realizei pesquisas. Em 1971 fui admitido como Membro Associado do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e fui aprovado no Concurso para Cirurgião Geral da Prefeitura Municipal de São Paulo. Em 1973 obtive o Título de Especialista em Cirurgia Geral e Membro Titular do CBC (atualmente sou Membro Titular- Emérito). Ainda em 1973 ingressei como "Fellow" do Colégio Internacional de Cirurgiões, mediante aprovação por banca examinadora de monografia científica de minha lavra. Em 1977 fui admitido como Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia Geral da Faculdade Bandeirante de Medicina, em Bragança Paulista, exercendo a Chefia do Grupo de Vias Biliares e Pâncreas e do Centro Cirúrgico do Hospital-Escola até março de 1982. Em 1984 assumi por concurso público de provas e títulos as funções de Professor Auxiliar de Ensino da Disciplina de Doenças do Aparelho Digestivo do Departamento de Clínica Cirúrgica da FM-UFAL, de onde posteriormente fui transferido para a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). No período de 1º de Maio de 1987 a 31 de Janeiro de 1988, fui estagiário junto ao Departamento de Gastroenterologia da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Divisão de Clínica Cirúrgica II do HC-FMUSP. No âmbito da Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental (TOCE), em 1989 obtive o título de Mestre pelo Curso de Pós- graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental. Nesse mesmo ano
  • 3. 3 assumi a função de Professor-Assistente da TOCE, por ter sido transferido da FM-UFAL. Em 1991, obtive o título de Doutor pelo mesmo Curso, com progressão imediata para Professor-Adjunto. No período de Janeiro de 1992 a Dezembro de 1993 prestei serviços à Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo, como Coordenador da Residência de Cirurgia Geral e Chefe do Serviço de Emergência, tendo sido aprovado no Concurso para Docente de Cirurgia daquela Faculdade. Em 1993 fiz durante um mês o Curso de Aperfeiçoamento no Instituto Chileno-Japonês de Enfermidades Digestivas, em Santiago do Chile. Em 1998 obtive o Certificado de Habilitação em Cirurgia Videolaparoscópica emitido pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia, da qual sou Membro Titular. No período de 1998 a 2000 fiz Pós-Doutorado na França, na qualidade de Professor Visitante remunerado da Universidade de Lyon, onde desenvolvi pesquisas em videocirurgia no Hospital-Escola desa Universidade, o Hôpital Édouard-Herriôt. Em 1999 obtive o Diploma Inter-Universitário de Cirurgia Laparoscópica, concedido pela Universidade de Saint-Etienne, França, sendo admitido como Membro da Associação Européia dos Cirurgiões Endoscopistas (EAES). Atualmente sou Professor Associado de Cirurgia da TOCE-UNIFESP- EPM, com intensa atividade docente junto aos alunos, inclusive com experiência de introdução do ensino interativo à distância em videocirurgia na grade curricular, com aulas e simulações disponibilizadas no Curso On-line da Disciplina de TOCE, da qual fui Vice-Chefe para o biênio 2007-2008 e onde, desde o ano de 2000, sou o responsável pelo Setor de Videocirurgia.
  • 4. 4 Na qualidade de Professor da TOCE-UNIFESP-EPM, empreendi numerosas orientações de alunos de iniciação científica e conseqüente divulgação dos resultados em eventos e em periódicos, em conjunto com mestrandos e doutorandos sob minha orientação do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação (PPGCE). Também sou responsável pelas linhas de pesquisa em videocirurgia e em cirurgia bariátrica e metabólica do PPGCE, tendo sido eleito por meus pares para a Comissão de Ensino de Pós-Graduação desse Programa. Sou Líder do Grupo "Videocirurgia” e do Grupo “Cirurgia Bariátrica e Metabólica”, ambos do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Elaborei e mantenho dois websites, sendo um deles científico (http://www.cirurgiaonline.med.br) e o outro destinado ao público leigo (http://www.cirurgiadaobesidade.med.br). A minha plataforma científica na Internet é voltada para as atividades científicas do meu grupo de pesquisa. Além da caracterização da equipe, ali são depositados os artigos científicos Coordenei o documentário "Videocirurgia: Aspectos Históricos e Estado da Arte", desenvolvido pela TV UNIFESP e veiculados por TV educativas, encontrando-se disponível, com permissão, na minha plataforma científica na Internet (http://www.cirurgiaonline.med.br/documentario.htm). Desenvolvi cinco softwares de treinamento cirúrgico interativo sobre técnicas laparoscópicas. Organizei Cursos de Extensão Universitária sobre Cirurgia Videolaparoscópica com Assistência Direta da Mão. Atualmente desenvolvo um software de treinamento interativo de técnica operatória avançada (fundocardioplastia), em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia da UNIFESP, campus de São José dos Campos, São Paulo.
  • 5. 5 Durante o ano de 2007 ministrei o Curso de Metodologia Científica no Hospital Municipal de São José dos Campos (UNIFESP), gerenciado pela UNIFESP e pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), no qual ainda atualmente desenvolvo vários projetos de pós-graduação e de iniciação científica. Em 2008 ministrei a Disciplina Eletiva “Fundamentos da Metodologia da Pesquisa para Iniciação Científica”, destinada aos alunos de diversos Curso de Graduação da UNIFESP. No âmbito do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação da UNIFESP, atualmente oriento cinco teses de doutorado (uma das pesquisas é finenciada pela FAPESP) e três teses de mestrado (sendo uma delas com Bolsa da CAPES e com a pesquisa financiada pela FAPESP) . Dois doutorandos sob a minha orientação defenderam tese em 2008. Oriento cinco alunos de iniciação científica, sendo um deles com bolsa PIBIC/CNPq na UNIFESP e Coordeno o Laboratório de Metodologia Científica na Instituição. Em parceria com a UNIFESP, em 2008 requeri patente para assegurar direitos sobre projeto de construção de insuflador de gás para a criação de pneumoperitônio artificial com funcionamento gerenciado por computador, baseado em inteligência artificial. Em 2008 fui admitido como Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. As pesquisas que coordeno envolvem as áreas de concentração em “Videocirurgia” e em “Cirurgia bariátrica e metabólica”. Há pesquisadores da UNIFESP, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf).
  • 6. 6 2. DADOS HISTÓRICOS BIOGRÁFICOS Por me ver compelido a elaborar uma autobiografia resumida para compor o meu memorial neste Concurso de Livre-Docência, vieram-me à mente alguns provérbios populares: “É a dor que ensina a gemer” ou: “Atice um cão feroz latindo em seus calcanhares e há de ver como você corre mais rapidamente”. Somente um imperativo como esse me faria maltratar o papel com meus dados pessoais. Pensei: terei eu, na minha história de vida, algo que venha a extrapolar o limitado interesse dos meus familiares mais próximos? Não creio. Haverá de haver algo memorável nesta minha trajetória errática e canhestra por sobre o orbe terrestre? Temo que não. Mas - há sempre um “mas” - eu sou eu e minha circunstância, pois não? De forma que terei de escrever a respeito das minhas mazelas para atender às exigências do concurso. Então, devo superar minha ojeriza de falar de mim mesmo. Esclareço que esse doce constrangimento de me auto-referir ocorre não por prudente modéstia, que desta não padeço, mas para não ter o dissabor de ver bocejos na platéia. Além disso, eu, sempre tão irreverente e iconoclasta no trato com a vida e a obra dos outros, eis que temo – “o uso do cachimbo entorta a boca” - desenhar este meu resumo biográfico de forma tão mordaz e impenitente que já não reste, ao final, senão eu mesmo a simpatizar comigo. Mas “o que não tem remédio, remediado está”. De qualquer forma, meu nome é João Luiz Moreira Coutinho de Azevedo. Sou filho de médico, João Araújo Azevedo, e da dona de casa Amair Moreira
  • 7. 7 Coutinho de Azevedo. Nasci em 08 de dezembro de 1940, em Maceió, Alagoas. Tive duas irmãs, com diferença de idade de oito anos para menos, Clara Maria, falecida, e oito para mais, Vivice. Tenho quatro filhos homens: Celso Luiz, advogado; Otávio, médico; André Luiz, advogado; João Luiz, estudante de medicina veterinária. Sou o que sempre quis ser, antes mesmo de saber como buscar quem chamar de minha, marido de Glícia; antes mesmo de pôr um pé na Faculdade, um cirurgião geral. Sou filho de médico ginecologista, obstetra e pediatra, que exercia suas atividades na capital do Estado de Alagoas, e neto, pelo lado materno, de médico generalista, que clinicava na zona rural, no âmbito da propriedade da família, Fazenda Glória, Coruripe, Alagoas. Durante toda a minha infância e adolescência, freqüentei os ambientes rural e urbano, passando as férias na fazenda e o período escolar em Maceió. Nessa época, a cidade de Maceió era paradisíaca, com cerca de 150 mil habitantes. Praias e lagoas por toda parte. Golfinhos nadando no mar, bem à nossa frente. Morávamos à beira-mar, numa casa enorme. Minha mãe jardinava, plantava pomar e trazia para o nosso quintal animais da fazenda, não propriamente domésticos. Havia o tanque dos patos. E colméias, carneiros, coelhos, mocós. Havia bananeiras e um grande pé de cajarana. Apesar de não ter eu nenhum irmão, havia seis primos mais ou menos da minha idade que eram como tais. Volta e meia, estávamos fazendo travessuras lá em casa, sob a égide de minha mãe, que a todos acolhia. Também havia as turmas das primas e amigas das minhas irmãs, separadas uma da outra por dezesseis anos de diferença de idade. Nas férias, a casa da “Tia Mair” e do
  • 8. 8 “Dindinho João” - meu pai trouxe ao mundo a maioria deles e era quase um padrinho universal - configurava-se num grande clube festivo, diversificado. No final do ano, íamos em caravana para a Fazenda Glória. Antigo engenho, a Fazenda Glória então era fornecedora de cana de açúcar para a Usina Coruripe. Situava-se num vale, no fundo do qual cursava um rio. A pesca era farta e as águas cristalinas, sobre a areia grossa e clara, faziam remansos próprios para o banho. Refrescados, cavalgávamos em grupo rumo ao mar do Pontal de Coruripe. Ou em direção à outra fazenda da família, em local remoto, seguindo trilhas na mata atlântica, onde cruzávamos com sucuris e porcos do mato. Em época de aulas, de volta a Maceió, essa alacridade toda esmaecia um pouco. Por isso estranhei tantos automóveis em torno da nossa casa, quando retornei naquela tarde de abril. Reconheci vários deles. Eram de colegas do meu pai, que tinham vindo solidários acudir a minha mãe. - Cuide de suas irmãs, sussurrou-me ela, a custo, por entre o trismo tetânico, a caminho do hospital, num abraço derradeiro. Uma das suas queridas rosas a ferira de morte, com seus espinhos. Naquela mesma noite ela se foi, entre sofrimentos. Estóica e serena, como sempre. Minha irmã mais velha estava em França, na Universidade de Sorbonne, em pós-doutorado de História da Filosofia, que lecionava em Maceió. Impossível trazê-la para o funeral. Inútil interromper os seus estudos. Em relação à mais jovem, meu pai sabiamente decidiu enviá-la por uns tempos para a nossa “Tia Méisse”, irmã de mamãe, no Rio de Janeiro. Quanto a mim, fiquei só.
  • 9. 9 Meu pai trabalhava muito. Acompanhava o parto de muitas senhoras de Maceió, a desoras. Chegava sempre tarde, no meio da noite, seus passos cansados ressoando pesadamente – como fazem, até hoje, em meus pesadelos – na escadaria de madeira da nossa casa. Diversas noites eu acordava de madrugada com o chamado da campainha. Geralmente tratava-se de crianças asmáticas, trazidas por seus pais muito pobres, para papai medicar. Sabia-se que não haveria dinheiro. Ele descia de roupão e pijamas, os atendia na sala de estar. Noutros dias, chegavam telegramas oriundos de cidades próximas, das vilas de pescadores paupérrimos : um parto encrencado. Aí vinha o Oliveira e seu carro de aluguel, para a viagem de muitas horas por estradas esburacadas e lamacentas. Meu pai dormindo no banco traseiro. Nem uma única vez deixou de ir. Nesse dia faltava aos empregos e ao consultório, que nos sustentavam. O mais singular é que papai fazia aquilo tudo parecer ser a ordem natural das coisas. Nada demais. Morreu muitos anos depois, aos 84. A cidade parou para acompanhá-lo ao túmulo. Mas eu estava falando na morte da minha mãe e de suas conseqüências. Sem “Tia Mair” nem minhas irmãs, a casa enorme era um mausoléu soturno. Todos dispersaram. Minha profunda depressão foi amenizada pelo aprendizado e manejo de instrumento musical (violão) e por atividades de arte dramática (teatro) no Grêmio Cultural do Colégio Marista de Maceió. E pela prática de esportes. Os esportes coletivos tinham uma importância crucial nas pequenas comunidades nordestinas da época. Vôlei, basquete, futebol. Eu, de tudo participava, com fervor quase religioso. E também os esportes náuticos. Vela, caça submarina, pescarias de toda ordem. Pôr à prova os meus limites físicos e a minha coragem. Arriscar muitas vezes a vida e a integridade corporal, buscando feitos e façanhas:
  • 10. 10 este é um modo de viver a infância e adolescência que somente um menino nordestino dos anos 50 pode compreender. E ainda havia as estantes de livros do quarto de minha irmã, pós- graduanda na França. Penso que foi por essa época que tomei gosto pela solidão, que até hoje me acompanha. Não a solidão afetiva, mas o viver ensimesmado, em diálogo constante com os próprios botões. Descobri os clássicos da literatura nacional e estrangeira naquele quarto vazio de minha irmã ausente. Aquela era também a época da revista “Senhor”, de uma densidade intelectual até hoje não superada. E do boletim filosófico mensal “Pergunte e Responderemos” do qual eu esperava a entrega pelo correio com ansiedade. Aquela era a época da turma escrachada do Pasquim, com suas irreverências ácidas e sua musa eternizada (Leila Diniz), que anos depois morreu cedo e tragicamente, como convém a toda grande diva. Perto da minha casa havia um cinema, o Cine-Rex, a dez minutos de caminhada. Nas noites das quartas-feiras e dos sábados, trocavam-se os filmes. No trajeto, passava-se em frente a uma casa escura desabitada, derreada. Era sempre um sobressalto. Dizia-se que ali um homem havia matado a esposa. Nas quartas e sábados sim e nos outros também, eu passava por ali. Ia para ver os filmes, fossem quais fossem. Por anos a fio. Aos 18 anos de idade, iniciei o namoro com Glícia. Ela tinha os cabelos em trança e dente lateral meio desalinhado... que, infelizmente, depois corrigiu. Foi inescapável. De brinde, ganhei outro pai e uma mãe. Incentivei Glícia a fazer medicina. Ganhei pontos com meu sogro, ele próprio filho de médico. Ela se especializou em anestesiologia. Trabalhamos juntos desde então. Depois, veio
  • 11. 11 meu filho, Otávio, que especializou-se em cirurgia geral. Ficou tudo em casa. Até hoje, esse é o nosso time. Meus cursos, ginasial e científico, transcorreram normalmente. Ao término, ingressei na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. O período do meu Curso de Graduação em Medicina coincidiu com a efervescência política e cultural dos anos sessenta. Tive profundo envolvimento com movimentos políticos estudantis da época, tendo sido eleito Presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Posicionei-me à esquerda do espectro político não obstante integrar a classe média alta, dita “burguesa”, sem filiar-me a qualquer tendência sectária nem a partido algum. Integrava a denominada “esquerda independente”. Entretanto, isso não me impediu de ser aprisionado por ocasião do movimento militar de 1964, só escapando de sofrer maus tratos e de amargar longo período no cárcere por causa da grande estima e gratidão que a atuação médica, filantrópica e altruísta, de meu pai, obstetra, inspirava, inclusive nos próprios componentes da repressão política, mormente naqueles oriundos das classes mais humildes. Imaginem que estava eu posto em sossego, em regime de prisão política, no grande salão destinado à detenção de estudantes, jornalistas e profissionais liberais tidos como subversivos, em sala do prédio antiqüíssimo da cadeia pública de Maceió, fundada ainda pelos portugueses. Era ótimo porque fazíamos jograis e encenávamos peças baseadas em obras russas - tocou-me adaptar para o “teatro” e dirigir a novela de Nikolai Gógol, “O Capote”-. Sentíamo- nos bravos, estóicos e inteligentes. Para amenizar, Rosa trazia-me marmitas quentes duas vezes por dia, lá de casa. De quando em vez, minha noiva Glícia vinha confortar-me.
  • 12. 12 No meio dessa bem-aventurança toda, estando eu refestelado na minha cama-de-vento, numa noite, assomou à porta uma patrulha do exército liderada por um investigador de polícia, franzino e de nariz adunco - aconselho que temam esses em especial -, anunciando que os piores de nós – leu os nomes – teriam que mudar de cela, por ordem direta do Governador. Depois soubemos que foi a mulher dele que elaborou a listinha, ressentida – talvez justamente - com um cortejo fúnebre simbólico do marido que, antes da prisão, tínhamos organizado. Éramos quatro. O destino era a cela 12, buraco infecto povoado por criminosos hediondos. Marchamos através dos caminhos seculares da penitenciária, sob a tênue luminosidade de esparsas luzes pendentes do teto, conduzidos que éramos pelos praças e pelo policial. Eu já tinha entregado a alma a Deus e ao Diabo quando, numa esquina do corredor, o policial ordenou-me à meia voz : “Fique aqui. “ Atônito, estaquei de imediato e vi afastar-se a procissão dos condenados. - Seu pai atendeu ao meu chamado e, de madrugada, saiu de casa sob chuva para salvar minha esposa de um parto complicado, disse ele quando retornou. E não quis que eu pagasse nada!, completou. A seguir, colocou-me num cárcere decente - cela 21 -, mas não sem antes ir buscar a minha cama-de-vento e recomendar-me ao “xerife” do lugar : “É filho do Doutor João Azevedo”. Salvo conduto. Após as agruras da prisão política, polarizei todas as minhas energias para o estudo da medicina, iniciando então intenso envolvimento acadêmico com professores de Cirurgia da Universidade de São Paulo (USP), notadamente os Professores Eurico Bastos e Edmundo Vasconcelos. As enfermarias e centros cirúrgicos do Hospital das Clínicas da USP, nos períodos de minhas férias
  • 13. 13 escolares, passaram a substituir as cavalgadas, caçadas, pescarias e banhos de rio da fazenda Glória. O bizarro é que, na USP, naquele ambiente tão diverso da minha província, nunca me senti um estranho. Era-me confortável o convívio com os estudantes daqui. Gente da minha idade, alunos do mesmo ano. Entretanto, tão à minha frente. Eram êmulos para mim. Forcejava para alcançá-los. Curiosamente, a minha intromissão era aceita por eles. Talvez por me julgarem um rematado tolo, ou um visionário inofensivo. O fato é que partilhavam comigo os seus estudos nas minhas estadas periódicas. Por outro lado, em Maceió, configurava-se uma situação interessante para um aprendiz de cirurgião – como eu - cursando o quarto ano da graduação: o pronto-socorro municipal era riquíssimo em propiciar treinamento em situações de emergência e o nosocômio estadual - Hospital José Carneiro - era pródigo em oportunidades no âmbito da cirurgia eletiva: havia gente, equipamento e manutenção oriundos da Universidade de Michigan e trazidos pelo Peace Corps. Foi lidando nesses ambientes, junto com colegas, médicos e professores, que pratiquei a cirurgia. No último ano do Curso de Graduação, eu realizava intervenções cirúrgicas de grande porte, sob monitoria. Lembro-me de tóraco- frenolaparotomias esquerdas para laqueadura intra-esofagiana de varizes e esplenectomia, naquela época indicadas para tratar hipertensão portal causada por hepatopatia fibrosante de etiologia esquistossomótica. Operava de pele a pele, com o bisturi na mão, estritamente monitorado passo a passo pelo primeiro auxiliar, quase sempre um dos professores de cirurgia da Faculdade. Às vezes, quando a intervenção era ginecológica ou obstétrica, o monitor era meu próprio
  • 14. 14 tio, João Lessa de Azevedo, professor-catedrático. Fico matutando: como pagar à vida por tamanho privilégio? Ao final do Curso, eu tinha uma ambição. Dessas daquele tipo de matar o sofrente se não for realizada. Era ser o orador oficial da turma de formandos em Medicina de 1966. Havia muitas dificuldades. Primeiro, porque sempre fui turrão e briguento, tendo angariado alguns desafetos só por causa disso... Como se não bastasse, até 1964, eu tinha militância esquerdista no movimento estudantil e a turma, agora, era dominada pelo grupo da direita. Lembro-me da greve do terço, como foi chamado um movimento estudantil paredista de âmbito nacional que eclodiu naqueles dias, cuja reivindicação era a de que um terço de todos os órgãos colegiados das universidades brasileiras fosse composto por alunos. Uma sandice. Mas, durante a greve, eu comandara a tropa dos agitadores. Não com a baderna de hoje, mas promovendo encontros para discutirmos os assuntos ligados à universidade. Também organizávamos espetáculos de coral, com canções revolucionárias e, no limite, imitávamos, no palco alugado do teatro municipal, os trejeitos dos professores mais acirradamente contrários às reivindicações - eu era especialista no professor de Parasitologia, de saudosa memória: uma vingança mesquinha por ter-me feito memorizar todos aqueles filos e que tais -. Além disso, eu costumava apoderar- me do microfone do carro-propaganda, alugado pelo Centro Acadêmico na época da greve, para pedir em altos brados ao Reitor que concordasse conosco, sob pena de perder o bonde da História e ficar obsoleto. O pior é que o filho do Reitor era meu colega de turma e liderava um grupo numeroso. Entretanto, nas minhas exortações ao Reitor em defesa da greve, assim como nas pantomimas que realizava, eu nunca pude esconder, por completo, o
  • 15. 15 imenso carinho e respeito que sentia por aqueles senhores sisudos que me ensinavam medicina. Acho que isso me salvou: a minha candidatura a orador não foi vetada. Creio que também pensavam ser vã porque ninguém em sã consciência votaria naquele estudante amalucado para orador oficial. Na época, a solenidade de colação de grau em Medicina era imponente e majestosa, ao contrário da constrangedora e deprimente anarquia dos dias de hoje. Compareciam do Governador ao Bispo, do General Comandante da Região Militar ao Desembargador Presidente, além das autoridades acadêmicas. Os formandos quedavam-se circunspectos, emocionados. Estavam especialmente receptivos: o que ali lhes era dito calava profundamente em suas almas. Antes dos preparativos finais para a formatura e para a eleição do orador, algo inusitado aconteceu. Havia o projeto de uma excursão de minha turma pelo Brasil afora, de ônibus fretado, durante quarenta e cinco dias. A animação era geral. Eu, do alto da minha excentricidade, planejei permanecer em Maceió. Fui o único a não partir com o grupo. Isso porque queria permanecer todo esse tempo como o único sextanista de plantão no pronto-socorro municipal, “papando” todos os procedimentos que viessem a aparecer, secundado por solícitos e reles quintanistas. Era um bom plano, há de se convir. E deu certo. Suturei tanta gente que deu calo de porta-agulha no polegar. Só ia a casa para um bom banho e troca de roupa branca. Uma delícia. No retorno da turma, soube da catástrofe. Não, nenhum acidente aconteceu. Mas havia egos com todo tipo de ferida. Desavenças e brigas, próprias do confinamento e da convivência forçada durante tanto tempo de viagem. Ninguém se entendia. Todos tinham algum tipo de mágoa recente de todos. Exceto, vocês conseguem adivinhar de quem? Isso mesmo. Na
  • 16. 16 solenidade, fiz um discurso ingênuo e pueril, à minha semelhança, que agradou a gregos e troianos – entre as minhas fotos, é a de que mais gosto. Agora, vejam: formado, noivo, querendo casar e também prestar residência em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Ultimato: “Se for passar dois anos em São Paulo sem mim, quando voltar, vai me encontrar casada com o ... ” -- meu colega de turma, rico e bonitão, louco por ela. Brincadeirinha, gente... Ela jamais me disse isso. Não sei se pensou, mas melhor não arriscar: prestei concurso para médico da Petrobrás, passei e casei... não sem antes obter alvará para passar três meses estagiando em Cirurgia Geral no Hospital Silvestre do Rio de Janeiro. Depois a coisa começou a entediar-me, não o casamento - cruz credo! - mas aquela história de ser médico do trabalho. Deixei o emprego da Petrobrás. Fui trabalhar como cirurgião do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e fazer dois anos de Residência em Cirurgia, naquele mesmo Hospital José Carneiro, credenciado do MEC, que eu tão bem conhecia dos tempos de estudante. Era uma Residência à moda antiga, na qual trabalhávamos para valer em todas as áreas que compunham a cirurgia geral naquela época. Eu ainda encontrava tempo para ser Professor-Auxiliar da Disciplina de Fisiologia na Faculdade de Medicina, com bolsa especial concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Concluída a Residência, assumi a chefia de serviços de cirurgia da cidade de Penedo (1970), passando a morar lá e em Maceió, onde tinha plantões semanais do INPS, e onde Glícia cursava a Faculdade de Medicina. Uma loucura. Só a casa dos vinte anos nos permite esses heroísmos. Agüentei um ano e meio.
  • 17. 17 Depois consegui que o INPS me custeasse por seis meses um Estágio de Atualização no Grupo de Gastroenterologia do Departamento de Cirurgia (3ª Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Serviço do Professor Eurico da Silva Bastos. Calhou que, na época, o Professor Eurico era também Diretor da Faculdade de Medicina da USP, e amigo fraterno do tio de Glícia, Doutor José Júlio Cansanção, otorrinolaringologista em São Paulo. Isso tudo resultou na permissão da Universidade de Alagoas para que Glícia pudesse vir de Maceió para ficar aqui junto comigo e prestar o último semestre do seu internato em São Paulo. No final do ano, ela foi colar grau em Maceió. Logo depois, retornou para São Paulo a fim de iniciar sua residência de anestesiologia no Hospital São Camilo. Findo meu estágio na USP, obtive do INPS a transferência de meu vínculo empregatício para São Paulo. De posse da cópia da portaria ministerial da transferência, compareci à sede do INPS, perante o médico-chefe, para saber para qual unidade eu seria destinado. Pedi para não ser designado para plantões. Fui atendido. Fiquei feliz quando fui gentilmente indagado em que posto ambulatorial eu gostaria de atuar, em relação à proximidade da minha casa etc.: “Um lugar que tenha muitos pacientes e poucos cirurgiões”. E assim foi. As novas gerações não sabem que o INPS era absolutamente fundamental para os cirurgiões da época, salvo raras exceções. Lutava-se para ser admitido, inclusive como plantonista, para então, depois de algum tempo, pleitear-se a locação em posto ambulatorial porque era daí que triava-se os seus pacientes. Só assim, podiam, os cirurgiões jovens, adquirir experiência. Eu tive o imerecido privilégio de estar na linha de frente, vir direto para um ambulatório. Os operados
  • 18. 18 retornavam obrigatoriamente para o cirurgião assistente, para fins de seguimento. Nossos resultados podiam ser aquilatados. Mas - há sempre um “mas” - havia um problema. E que problema! Havia uma quota obrigatória de consultas e intervenções, poucas, que o cirurgião tinha de preencher para fazer jus ao seu salário fixo. Nenhum centavo seria acrescido em função de intervenções excedentes. Salvo, é claro, para os príncipes do INPS. Esses tinham direito de receber a remuneração de tantas quantas intervenções fizessem além da quota, até um limite que montava cinco vezes os salários dos comuns, como eu. Era a famosa - ou famigerada - segunda tarefa. Qual o critério para obtê-la? Mistério profundo. Jamais saberei. O certo é que fiz de tudo, durante anos, para ter direito à chamada segunda tarefa. Falei com Deus e o mundo. Fui a Brasília por várias vezes, percorrendo os corredores dos ministérios, contatando parlamentares amigos, falando com conterrâneos meus, assessores do Executivo. Até conseguia cartas de recomendação para os burocratas de São Paulo e presenciava, em gabinetes de gente situada em altos postos em Brasília, telefonemas, nos quais a segunda tarefa era enfaticamente solicitada para mim. De volta a São Paulo, só ouvidos moucos. Foi uma luta perdida, derrota que ainda hoje dói. Se ouso abusar da paciência de vocês com essa estória de segunda tarefa, é porque isso teve um impacto decisivo na minha vida acadêmica. Houvera eu logrado obtê-la, e minha vida universitária teria sido outra, estou certo disso. Já explico: eu estava sempre acoplado ao Hospital das Clínicas da FMUSP. Minha grande ambição era um dia poder agregar-me a um serviço cirúrgico acadêmico. Havia pessoas que me acolheriam. Entretanto, não havia dinheiro. Meu salário era insuficiente. Glícia prestava Residência. Nessa altura, já tínhamos dois filhos.
  • 19. 19 Tive de optar por deixar de lado os meus planos acadêmicos. Prestei concurso para a Prefeitura Municipal de São Paulo e fui aprovado. Não havia mais tempo para nada senão para um labor incessante visando a sobrevivência e a educação dos filhos, que logo já eram quatro. Idas e vindas, muitos percalços e também gratas recordações. As amargas, não; essas são mortas. No início dos anos oitenta, tive de voltar para Alagoas porque a Fazenda Glória estava com sérios problemas de administração. Havia o risco de ela vir a ser engolfada pela Usina Coruripe. Conseguimos recuperá-la. Naquela época (1984), fui aprovado em concurso para professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Permanecia nessa toada de professor e fazendeiro quando um acidente automobilístico muito violento transformou nossas vidas. Eram 10 horas de uma bela manhã de domingo, Glícia e eu vínhamos em nosso carro da fazenda para Maceió quando uma Kombi, saída de um posto de gasolina, cruzou de inopino a pista e a obstruiu. Nosso automóvel colidiu em cheio com a lateral da Kombi. Múltiplas lesões, prolongadas internações hospitalares. E seqüelas. Glícia necessitava de cuidados especializados de reabilitação ortopédica. Eu estava mais pra farrapo que pra gente. Viemos para São Paulo, em busca de tratamento, em meados de 1987. Nesta altura do relato, permitam-me convocar alguém para falar por mim: “Quando eu me encontrava na metade do caminho de minha vida, me vi perdido numa selva escura. Ah, como é difícil descrevê-la! Aquela selva era tão inóspita, cruel, amarga, que a sua simples lembrança me traz de volta o medo” (Dante Alighieri, A Divina Comédia).
  • 20. 20 Creiam-me: não exagero. Entretanto, não cheguei a ir ao extremo dantesco: “Deixai toda a esperança, ó vós que entrais”. Ao contrário, como um rato correndo para o buraco ou, melhor dizendo, como quem busca o regaço materno num instante de aflição, procurei, na USP, reciclar os meus conhecimentos. Nas enfermarias e centros cirúrgicos do Hospital das Clínicas. Mais ainda: queria reencontrar um jovem cirurgião cheio de sonhos que há muitos anos ali havia estado. Não é que encontrei o maroto? Depois de alguns meses de estágio, convivendo com aquela gente toda - “Junta-te aos bons e serás um deles” -, estava eu, de novo, quase em forma. Foi quando um bom amigo, de nome Arthur Belarmino Garrido Júnior, Professor lá mesmo da USP, encaminhou-me para o Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista de Medicina. Sei que esse colega tem um acervo tão grande de bondades a apresentar a São Pedro - num dia, oxalá, muitíssimo longínquo -, que terá de pedir emprestados os trenós de Noel, com todas as suas renas, para transportá-las. Mas ele deve também incluir nessa bagagem a minha vida. Recém saído da borrasca, adentrei a bonança. Nau sólida, marujos robustos e hábeis: Paulo Gomes, Amaury, Ortiz, Alberto Faria, Djalma, Hélio. Timoneiro experto: Professor Saul Goldenberg. Rota nítida. Precisos a direção e o sentido: um norte. Para arrematar, conivência diária com meu ídolo maior: Professor David Rosenberg. Bons tempos!... Naquele momento, poderia dizer igual a Gonçalves Dias (I-Juca-Pirama): “Por ínvios caminhos, cobertos d’espinhos, chegamos aqui”. Com um ligeiro atraso de apenas vinte anos.
  • 21. 21 Consolei-me: outros velhotes puderam obrar bem e profusamente, a despeito da idade. Por que não eu? Nós, humanos, somos a mais privilegiada das espécies em termos de neotenia. Estendemos, no tempo, a nossa capacidade de aprender e criar. Senão, vejamos. “O Príncipe”, de Maquiavel, foi publicado após a morte do autor, na provecta idade de 58 anos. Goethe produziu “Fausto” com jurássicos 83 anos. E a propósito de Fausto, “Doktor Faustus” foi escrito em 1947, quando Thomas Mann tinha 72 anos. Foi só aos 59 anos que o irlandês, Jonathan Swift, escreveu sua deliciosa sátira da raça humana, “As Viagens de Gulliver”. Em 1939, um decrépito judeu-austríaco de 83 anos de idade, Sigmund Freud, publicou o chocante ensaio "Moisés e o Monoteísmo", que escandalizou profundamente seus leitores judeus e não judeus com a afirmação de que Moisés era um príncipe egípcio. Aos 60 anos, Cervantes escreveu “Dom Quixote” e, aos 62, Darwin lançou “Origem das Espécies”. Ora, sendo assim, por que um benjamim como eu, de 47 verdes anos, não poderia lavrar uma singela tese de mestrado? Fui em frente. Mestrado e doutorado num longo mergulho de quatro anos, cego e surdo a tudo que não fosse metodologia da pesquisa científica. Pudera: minha ignorância na área era mesmo “um espanto”, como diria o bordão do Jô Soares. Aos sábados e domingos, trancava-me na sala do professor Saul, na Universidade, para compilar os seus livros. Os trocados oriundos da venda da Fazenda prestes a se extinguirem. Ainda bem que eu tinha arrimo de família que se desdobrava nos plantões hospitalares de fim de semana: minha mulher, Glícia, anestesista - sim, aquela mesma do ultimato fictício. Aos trancos e barrancos, eis-me Mestre e Doutor.
  • 22. 22 Na trajetória, coube-me poder retribuir um pouco os benefícios que vinha recebendo da instituição, a Escola Paulista de Medicina. Foi assim: em 1988 havia o projeto de construção das atuais instalações da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental (TOCE). Ele estava parado por falta de verbas. O Professor Saul Goldenberg amargava instalações precárias. Por outro lado, a Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Cirurgia (SOBRADPEC), ligada à Disciplina, hoje internacionalmente consagrada, ensaiava seus primeiros passos. O Professor Saul planejava fazê-la crescer com um evento nacional de impacto. Um congresso nacional. Onde senão na minha cidadezinha paradisíaca, Maceió? Vinha a calhar o fato de eu ser de lá e de ter os meus prontos a ajudar. Contribuí para obter a entusiástica adesão da comunidade científica alagoana. Foi tudo posto à disposição. Tal foi o meu empenho que o Professor Saul colocou-me na secretaria geral do evento. Muita honra. Entretanto, faltava-nos o vil - porém útil - metal para uma organização condigna do congresso. Foi quando descobri meu amigo de fé, meu irmão, camarada Mário Berard, encastelado nos gabinetes de Brasília - mais precisamente, na presidência do Banco do Brasil -, de caneta em punho e disposto a fazer funcionar a Fundação Banco do Brasil mediante a ativação de um monte de linhas de auxílio financeiro à comunidade científica. Mário Berard só não nasceu junto comigo, mas, vizinhos, desde a tenra infância fazemos estripulias. Nessa quadra de arrecadar fundos, o fui amaciando em muitas viagens que fiz a Brasília. Nessas ocasiões, eu portava, orgulhoso, um documento emitido pelo Professor Nader Wafae, então diretor da Escola Paulista de Medicina, nomeando-me representante da Escola perante a Fundação Banco
  • 23. 23 do Brasil - uma espécie de pedinte autorizado. Não mais que de repente, de cambulhada, eu e o Professor Saul levamos, para Mário assinar em Brasília, o patrocínio do congresso e o financiamento da reforma do nosso prédio pela Fundação. É pouco? Depois, ele veio a São Paulo para os rapapés e as devidas homenagens. A propósito: o congresso da SOBRADPEC foi um estrondoso sucesso. E o prédio da TOCE não faz vergonha. Mas, dizia eu, aos trancos e barrancos, eis-me Mestre e Doutor. E agora? Orientar alunos de pós-graduação não havia de, pois para isso ainda não servia. Pelo menos não em relação à pós-graduação em senso estrito. Dessa forma, dediquei-me aos alunos do curso de graduação em medicina da UNIFESP. Ensinar coisas básicas da cirurgia e orientar pesquisas de iniciação científica. Aí, sim, pude contribuir. Turmas e turmas passaram por mim. Tenho a certeza de que saíram melhores do que entraram. Por outro lado, para mim, era confortável orientar condutas de médicos recém-formados que cursavam a Residência de Cirurgia Geral, e alunos de graduação que passavam pela Clínica Cirúrgica no Internato Hospitalar de 4º e 6º anos de graduação da Faculdade de Medicina de Jundiaí. A horas tantas, vi-me fascinado pela videocirurgia. Depois de longos estudos por aqui mesmo, fui dar com os costados na Europa. França. Convite que tive de lecionar videocirugia na Universidade de Lyon, por dois anos. Professor- Contratado, remunerado. “Grana” e boas conversas. Fazer pós-doutorado e empreender pesquisas. Foi o que fiz. Lembram-se de que minha irmã mais velha estava na França? Nunca retornou. Casou-se e lá se naturalizou. Continuou a tendência francófila da família. Minha avó materna e as suas quatro irmãs formavam uma atenta platéia
  • 24. 24 para uma professora importada da França diretamente para os grotões da Fazenda Glória. A “mademoiselle”, que as educava, familiarizou-as com a cultura francesa ao ponto de fazê-las traduzir canções ouvidas ao gramofone. Meu pai estudara medicina em livros franceses e elaborou uma Tese de Concurso para Professor do Liceu: “Du Gallicisme”. Eu próprio estudei anatomia em letras francesas nas folhas do Testut. Senti-me em casa, naquelas bandas de lá. Quase não retorno. Na volta, engajei-me na pós-graduação, sem esquecer os neófitos. Sinto- me muito bem lidando com esses últimos, os alunos da graduação. Egos ainda não hipertrofiados permitindo uma abordagem científica dos temas isenta de paixões. Nessas circunstâncias, as discussões costumam gerar mais luz que calor, o que é ótimo. Também gosto de orientar a turma grisalha. Uns e outros me ensinam muito. Por fim e ao cabo, “tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” e continuando nesse comodismo de deixar falar por mim os outros, digo que, de fato, aprendi que “viver não é preciso...” E não é mesmo, pois não há bússula ou sextante – como na navegação - para nos fazer singrar com exatidão no rumo certo, sem atalhos, sem paranás, sem veredas. Mas, igual a Descartes (O Discurso do Método), quero afirmar: “Como um homem que caminhasse só e nas trevas, resolvi ir tão lentamente e usar de tanta circunspecção em todas as coisas que, embora não avançasse senão muito pouco, evitaria pelo menos cair.”
  • 25. 25 3. FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA 3.1 Resumo Esquemático da Formação Universitária Aprovado em 1961 no Concurso Vestibular para admissão na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, cursei regularmente e com boas notas aquela Instituição, tendo sido honrado, ao final (1966), com elogiosas referências escritas, por parte do Reitor da Universidade e do Diretor da Faculdade. No que diz respeito às atividades acadêmicas extracurriculares, iniciei meus estudos sob a forma de freqüência a cursos de extensão universitária, ao lado de estágios de aperfeiçoamento em centros médicos de renome, situados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Alagoas. Assumi funções de monitoria, como a de Acadêmico-Coordenador do Internato da Faculdade de Ciências Médicas de Alagoas. Tive participação no planejamento e execução de atividades científicas junto aos colegas estudantes, tendo sido designado para a Coordenação do Departamento Científico-Cultural do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, com a organização de cursos de extensão universitária. Encerrei meu período na Faculdade com a apresentação em evento de quatro trabalhos científicos de minha elaboração.
  • 26. 26 Uma vez graduado, iniciei minha especialização com estágio junto à Clínica Cirúrgica do Hospital Silvestre do Rio de Janeiro. Depois prestei Residência Médica na área de Cirurgia Geral no Hospital José Carneiro da Fundação Assistencial de Saúde de Alagoas (FASA). Fui Professor Auxiliar de Ensino da Disciplina de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (bolsista da CAPES). Fiz Estágio de Atualização na Disciplina de Cirurgia de Moléstias do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), com bolsa de estudos concedida pelo antigo Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Ex-INAMPS). Nessa ocasião realizei pesquisas experimentais1 2 na Disciplina de Técnica Cirúrgica da FMUSP versando sobre técnicas de anastomoses cirúrgicas do tubo digestório. Paralelamente, encetei pesquisa clínica sobre o mesmo assunto3 em meus pacientes da clínica privada e em segurados da previdência social pública (ex-INPS). Essa última3 foi julgada e aprovada para a minha admissão como “Fellow” do Capítulo de São Paulo do Colégio Internacional de Cirurgiões. Os resultados desses estudos foram apresentados em evento médico nacional (Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972) e premiados (Documento x: medalha..). Também foram temas de conferência pronunciada a bordo do navio-hospital norte- americano "HOPE - PEOPLE TO PEOPLE HEALTH FOUNDATION". Entre 1977 e 1982 fui Professor Assistente da Disciplina de Cirurgia Geral da Faculdade Bandeirante de Medicina, em Bragança Paulista, São Paulo, 1 Azevedo JLMC. Estudo comparativo de métodos de suturas intestinais: intestino delgado de cães. In: Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972. Temas Livres. 2 Azevedo JLMC. Estudo comparativo de métodos de suturas intestinais: intestino grosso de coelhos. In: Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972. Temas Livres. 3 Azevedo JLMC. Experiência clínica com a sutura de Gambee. In: Congresso Brasileiro de Medicina Militar, 5, Rio de Janeiro, 1972.
  • 27. 27 tendo sido admitido mediante concurso público de provas e títulos e na qual . passei a proferir aulas teóricas e práticas e a prestar assessoramento em estágios (Documento 90). No hospital-escola da referida Faculdade ocupei cargos de chefia e coordenação administrativa1 e técnica2 . Nessas funções elaborei diversas pesquisas, apresentando-as em eventos científicos3 4 . Em 1983 prestei concurso e fui aprovado para a Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, tendo sido nomeado em 1984 para Professor Auxiliar de Ensino da referida instituição. Nesse ano tive meu Título de Especialista em Cirurgia Geral homologado pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas e pelo Conselho Federal de Medicina. Fui estagiário junto à Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, (Divisão de Clínica Cirúrgica II) do Hospital das Clínicas da Faculdade de 1 Chefe do Centro Cirúrgico do Hospital de Ensino da Faculdade Bandeirante de Medicina (Documento x) 2 Chefe do Grupo de Cirurgia do Fígado, Vias Biliares e Pâncreas (Documento y) 3 No XV Congresso Panamericano de Gastroenterologia, Rio de Janeiro, RJ, outubro de 1977: Prevenção da gastrite alcalina e da síndrome de Dumping, novo método de reconstituição do trânsito alimentar nas gastrectomias (Documento) Colecistocolangiografia sob contrôle laparoscópico: um novo método terapêutico (Documento) . 4 Na IV Semana Médica de Pouso Alegre, em Pouso Alegre, MG, outubro de 1977: a) Tumor carcinóide do estômago (Documento) b) Tratamento cirúrgico do pseudocisto do pâncreas através da cistojejunoanastomose em Y de Roux c) Tumor carcinóide do estômago (Documento) d) Rotura traumática da vesícula (Documento) e) Técnica de reconstituição do trânsito alimentar após gastrectomia (Documento) f) Resultado da esplenectomia na anemia esferocítica hereditária (Documento) g) Pancreatite crônica obstrutiva determinada por pancreatite aguda recidivante (Documento) h) Hematoma espontâneo da bainha dos músculos retos do abdome por rutura espontânea da artéria epigástrica (Documento)
  • 28. 28 Medicina da Universidade de São Paulo no período de 1º de Maio de 1987 a 31 de Janeiro de 1988. Em 1989 obtive o título de Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Escola Paulista de Medicina, para onde foi transferido no mesmo ano para a Escola Paulista de Medicina o meu vínculo com a Universidade Federal de Alagoas. Em 1991 obtive título de Doutor em Medicina pelo mesmo Curso, sendo automaticamente promovido para Professor Adjunto 1. Seguiram-se progressões de regime de trabalho de 20 horas para 40 horas e progressões verticais consecutivas até Professor Adjunto 4, e daí para Professor Associado, todas concedidas mediante análise de projetos de pesquisa e de desempenho acadêmico em períodos determinados. Após a realização do Doutorado, o voltei-me mais intensamente ao ensino junto aos alunos do Curso de Graduação da UNIFESP-EPM e à pesquisa, particularmente à orientação de estudantes (iniciação científica) do Curso de Graduação da Escola Paulista de Medicina, com apresentação dos resultados pelos alunos, em publicações e em eventos científicos. Nos anos de 1992 e 1993, ao lado das minhas atividades docentes e de pesquisa na UNIFESP-EPM, tive marcada atuação enquanto docente e pesquisador da Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo. Na qualidade de responsável pela Residência Médica em Cirurgia Geral (credenciada pelo MEC) e pelo Internato em Cirurgia dos alunos de 5º e 6º ano do curso de Graduação em Medicina da citada Faculdade, exerci a coordenação da assistência e ensino nas enfermarias de cirurgia geral eletiva do hospital-escola da referida Faculdade, em Franco da Rocha (ERSA 14, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo), bem como a Chefia do Serviço de Emergência do Pronto-Socorro. Dessa
  • 29. 29 atividade resultaram várias comunicações em eventos científicos, com publicação em periódico. Entre 1998 e 2000, fiz Estágio de Pós-Doutorado em Videocirurgia na Universidade de Lyon, França, pela qual fui contratado como professor visitante, no período. As atividades exercidas por mim nese Estágio estão explicitadas sob a rubrica 3.2.6 deste Memorial. No retorno, dediquei atenção especial à orientação de alunos de graduação e de pós-graduação (iniciação científica, mestrado e doutorado). Atualmente, mantenho aulas curriculares do Curso de Graduação, presenciais e interativas a distância, integrando a dimensão virtual das atividades didáticas da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia da UNIFESP-EPM, com o material didático virtual disponibilizado na Intranet da UNIFESP mediante a senha pessoal dos interessados. Para facilitar o acesso às minhas aulas e comunicações, esse material didático encontra-se também disponível no meu site destenado a comunicações científicas, http://www.cirurgiaonline.med.br. Na UNIFESP-EPM, também leciono continuamente na graduação a Disciplina Eletiva Fundamentos da Metodologia da Pesquisa para Iniciação Científica durante os meses de Maio, Junho, Agosto e Setembro, com aulas presenciais das 8 às 12 horas das manhãs das terças-feiras e apoio em ambiente virtual do tipo “moodle”. Paralelamente, em nível de ensino de pós-graduação, coordeno o Laboratório de Metodologia da Pesquisa em Ciências da Vida, destinado à livre discussão de aspectos metodológicos no âmbito da UNIFESP. Adicionalmente, na qualidade de Líder do Grupos de Pesquisa “Videocirurgia” e “Cirurgia Bariátrica e Metabólica”, do Diretório do Grupo de Pesquisa de CNPq, tenho
  • 30. 30 agregado vários pesquisadores doutores e alunos de graduação e de pós-graduação na rubrica “estudantes”, com excelente aproveitamento dos mesmos. No Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, sou líder dos grupos Videocirurgia e Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Mediante a utilização da teoria dos conjuntos nebulosos (logica "fuzzy"), elaborei, em colaboração com outros pesquisadores da UNIFESP, um programa de computador (do qual requeri patente) dotado de modelo matemático capaz de dotar os insufladores laparoscópicos de dispositivo de segurança durante o processo de criação do pneumoperitônio pela técnica fechada. Participo ativamente de aulas teóricas e práticas do Curso de Graduação em Medicina da UNIFESP, com ênfase especial no ensino de diversos tipos de síntese de tecidos na cirurgia convencional - principalmente anastomoses do tubo digestivo - e de técnicas operatórias básicas e avançadas em videocirurgia, assuntos no qual tenho grande experiência clínica e diversas pesquisas experimentais e clínicas, com publicações envolvendo alunos de graduação e pós-graduandos em nível de mestrado e doutorado. Também coordeno a Liga Acadêmica de Videocirurgia da Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental, com atividades no campus da UNIFESP e em hospitais públicos e privados (estágios dos estudantes da junto à equipe, em atos operatórios videocirúrgicos). No que se refere às atividades docentes no nível de pós-graduação em senso estrito, devo dizer que me engajei nesses labores tão logo pude integrar- me ao programa de pós-graduação senso estrito da UNIFESP, inicialmente denominado “Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental” e continuado pelo Programa de Pós-graduação em Cirurgia e
  • 31. 31 Experimentação. Isso porque encontrei terreno fértil junto ao professor Saul Goldenberg para desenvolver minha vocação de estudioso de vários aspectos da Metodologia Científica, especialmente aqueles que dizem respeito à comunicação entre pesquisadores, vale dizer, à explicitação dos relatórios de pesquisa mediante teses acadêmicas, artigos científicos e outros meios. Por outro lado, dentro desse mister relativo à docência da pós- graduação, assumi por vários anos, juntamente com o Professor Paulo Gomes de Oliveira – meu colega na Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental -, a coordenação de reuniões semanais matinais do Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental, destinadas principalmente aos alunos inscritos no Estágio Probatório do Curso, a maioria deles neófitos nesses assuntos de pós-graduação em senso estrito. Por entendermos que a pós-graduação em senso estrito tem como precípuo escopo a formação do professor universitário e do pesquisador – vide Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Superior –, nessas reuniões priorizávamos o treinamento para a excelência em Didática e Pedagogia, ao lado de noções fundamentais de metologia da pesquisa científica em ciências da vida. Essas últimas seriam aperfeiçoadas após a matrícula oficial do aluno no Curso. 3.2 Etapas da formação universitária 3.2.1 Graduação
  • 32. 32 3.2.1.1 Cursos Freqüentados 1. CURSO DE NEUROLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Alagoas e realizado em Maceió, em 22 de fevereiro de 1963 (Documento 1). 2. CURSO DE ELETRO-VETOR-FONOCARDIOGRAFIA, ministrado pelos Professores Doutores E. Mendonça de Barros e Josef Feher, patrocinado pelo Departamento de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas e realizado em Maceió, no período de 12 a 20 de outubro de 1963 (Documento 2). 3. I CURSO DE CIRURGIA DAS VIAS BILIARES, patrocinado pela Clínica Cirúrgica da Casa de Saúde Neves Pinto e realizado em Maceió, no período de 6 a 9 de novembro de 1963 (Documento 3). 4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO GASTROENTEROLÓGICA, ministrado pelos Profs. Drs. Olavo Fontes e José Vinhaes, da Universidade do Brasil, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Pernambuco e realizado em Recife, em novembro de 1963 (Documento 4). 5. CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA CIRÚRGICA, ministrado pela Cadeira de Moléstias do Aparelho Digestivo (Prof. Edmundo Vasconcelos) e patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 13 de Janeiro a 08 de fevereiro de 1964 (Documento 5).
  • 33. 33 6. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM RADIOLOGIA, ministrado pelos Doutores Djalma Vasconcellos e José Rocha Sá, promovido pela Sociedade de Medicina de Pernambuco e realizado em Recife, no período de 2 a 5 de abril de 1964 (Documento 6). 7. CURSO SOBRE PARALISIA CEREBRAL, ministrado pelo Doutor Enéas Brasiliense Fusco, sob a orientação do Prof. Dr. F. E. Godoy Moreira, patrocinado pela Clínica Ortopédica e Traumatológica de Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e realizado em São Paulo, no período de 13 a 17 de Julho de 1964 (Documento 7). 8. CURSO DE PROPEDÊUTICA CIRURGICA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São Paulo, no período de 13 a 18 de Julho de 1964 (Documento 8). 9. CURSO DE TUMORES ENCEFÁLICOS, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São Paulo, no período de 13 a 18 de Julho de 1964 (Documento 9). 10. CURSO DE PROCTOLOGIA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São Paulo, no período de 13 a 22 de Julho de 1964 (Documento 10).
  • 34. 34 11. CURSO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São Paulo, no período de 20 a 24 de Julho de 1964 (Documento 11). 12. CURSO DE CIRURGIA TORÁCICA, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Cursos de Inverno) e realizado em São Paulo, no período de 20 a 25 de Julho de 1964 (Documento 12). 13. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA DAS VIAS BILIARES, ministrado pelo Professor Doutor Edmundo Vasconcelos e patrocinado pela Clínica de Moléstias do Aparelho Digestivo (17º Cadeira da Faculdade de Medicina de São Paulo e do Departamento de Cirurgia da Associação Paulista de Medicina) e realizado em São Paulo, de 6 a 31 de Julho de 1964 (Documento 13). 14. CURSO DE ENDOCRINOLOGIA, ministrado pelo Professor Doutor Enio Torreão Soares Castellar, patrocinado pelo Departamento de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, e realizado em Maceió, no período de 8 a 11 de Março de 1965 (Documento 16). 15. CURSO DE CANCEROLOGIA, patrocinado pelo Departamento Científico do Diretório Acadêmico “Professor Doutor Sebastião da Hora”, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, no período de 9 a 13 de setembro de 1965 (Documento 18).
  • 35. 35 3.2.1.2 Iniciação Científica 1. AUTOR E APRESENTADOR DOS TEMAS LIVRES “Lipoma retroperitoneal”, “Rabdomiossarcoma retroperitoneal”, “Considerações em torno de 87 casos de hipertensão portal de origem esquitossomótica” e “Diagnóstico diferencial dos tumores do pescoço”, durante a realização do VII Congresso Médico do Nordeste, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Alagoas e pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em 30 de Outubro de 1966 (Documento 28). 3.2.1.3 Congressos 1. MEMBRO VI DO CONGRESSO MÉDICO DO NORDESTE, e do XII CONGRESSO MÉDICO DE PERNAMBUCO, patrocinados pela Sociedade de Medicina de Pernambuco e realizados em Recife, no período de 2 a 5 de Abril de 1964 (Documento 6). 2. MEMBRO DO IX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA, patrocinado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no período de 22 a 24 de Julho de 1965 (Documento 17). 3. MEMBRO DO XIV CONGRESSO MÉDICO ESTADUAL DE PERNAMBUCO, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Pernambuco e realizado em Garanhuns, Pernambuco, em 19 de Setembro de 1965 (Documento 19).
  • 36. 36 4. MEMBRO DO VII CONGRESSO MÉDICO DO NORDESTE, DO II CONGRESSO MÉDICO DE ALAGOAS, DO V CONGRESSO NORDESTINO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA E DA I JORNADA DE PEDIATRIA, patrocinados pela Sociedade de Medicina de Alagoas e pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, e realizados em Maceió, no período de 26 a 30 de Outubro de 1966 (Documento 29). 3.2.1.4 Estágios 1. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUARTO-ANISTA junto à Enfermaria de Clínica de Moléstias do Aparelho Digestivo (Serviço do Prof. Edmundo Vasconcelos), em São Paulo, tendo feito o IX curso de Atualização em Cirurgia das Vias Biliares, no período de 6 a 31 de Julho de 1964 (Documento 14). 2. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUARTO-ANISTA E QUINTO-ANISTA junto à Clínica Médica do Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais, em Maceió, durante os anos de 1964 e 1965 (Documento 15). 3. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA junto ao setor de Cirurgia, sob a orientação do Staff Médico do Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, no período de 1º de Dezembro de 1965 a 31 de Janeiro de 1966 (Documento 21e 31).
  • 37. 37 4. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA junto à Clínica Cirúrgica do Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais, no período de 1º de Janeiro de 1965 a 31 de Agosto de 1966 (Documento 24). 5. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA da Fundação Hospitalar da Agro-Indústria do Açúcar de Alagoas, em Maceió, no período de Janeiro de 1965 a Setembro de 1966 (Documento 27). 3.2.1.5 Monitorias 1. PRESIDENTE do Departamento Científico do Diretório Acadêmico “Professor Doutor Sebastião da Hora”, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, no período de 1 de Março a 31 de Dezembro de 1965, em Maceió, Alagoas (Documento 18); 2. COORDENADOR do Curso de Cancerologia, patrocinado pelo Departamento Científico do Diretório Acadêmico “Professor Doutor Sebastião da Hora”, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, no período de 5 a 9 de Setembro de 1965 (Documento 18). 3. AUXILIAR-ACADÊMICO do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió, no período de 2 de Agosto a 30 de Novembro de 1965 (Documento 20).
  • 38. 38 4. COORDENADOR COMO ACADÊMICO SEXTO-ANISTA do Internato no Hospital José Carneiro, Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais, durante o ano letivo de 1966 (Documento 22). 5. ACADÊMICO INTERNO no Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais, no período de 1º de Janeiro de 1965 a 31 de Junho de 1966 (Documento 23). 6. ACADÊMICO INTERNO do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió, no período de 1º de Dezembro de 1965 a 29 de Agosto de 1966 (Documento 26). 3.2.1.6 Concursos 1. APROVADO EM 1º LUGAR PARA AUXILIAR-ACADÊMICO QUINTO-ANISTA do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Maceió, em 1º de Dezembro de 1965 (Documento 25). 3.2.2 Residência 1. RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL no Hospital José Carneiro da Fundação Alagoana de Serviços Assistenciais (FASA), situado na Avenida Siqueira Santos, no 2095, no Bairro do Trapiche da Barra, em Maceió,
  • 39. 39 Alagoas, no período compreendido entre 1º de Janeiro de 1968 e 31 de Dezembro de 1969 (Documento 40). 3.2.3 Especialização 1. ESTAGIÁRIO COMO ACADÊMICO QUINTO-ANISTA E SEXTO-ANISTA, junto ao setor de Cirurgia, sob a orientação do Staff Médico do Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, no período de 1º de fevereiro de 1967 a 30 de abril de 1967 (Documento 21e 31). 2. CURSO SOBRE TÉCNICA DE ENSINO PARA DOCENTES UNIVERSITÁRIOS, ministrado pelo Professor Doutor Luiz Alves de Mattos, catedrático da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e promovido pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Alagoas, por ocasião do Sétimo Seminário - Educação, e realizado em Maceió, em 26 de Outubro de 1968 (Documento 34). 3. CURSO DE RADIOLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Alagoas e realizado em Maceió, em 24 de Abril de 1969 (Documento 36). 4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO, patrocinado pela Sociedade de Medicina de Alagoas, e realizado em Maceió, em 30 de Maio de 1969 (Documento 37).
  • 40. 40 5. CURSO SOBRE TRAUMATISMO DE TÓRAX, patrocinado pelo Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado em São Paulo, em 19 de Julho de 1969 (Documento 39). 6. II CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM GASTROENTEROLOGIA CIRÚRGICA, patrocinado pela Reitoria da Universidade de São Paulo, promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) e realizado em São Paulo, no período de 20 a 24 de Setembro de 1971 (Documento 45). 7. JORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA, patrocinada pelo Capítulo de São Paulo do American College of Surgeon e realizada em São Paulo, no período de 27 a 30 de Outubro de 1971 (Documento 46). 8. ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO junto ao Grupo de Gastroenterologia do Departamento de Cirurgia (3ª Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), realizado em São Paulo, no período de 02 de Agosto a 31 de Dezembro de 1971 (Documento 47). 9. CURSO DE ATUALIZAÇÃO DE CIRURGIA DE URGÊNCIA DO APARELHO DIGESTIVO, ministrado pelo Professor Doutor Mário Ramos de Oliveira e patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e realizado em São Paulo, no período de 7 a 12 de Fevereiro de 1972 (Documento 49).
  • 41. 41 10.CURSO DE GENÉTICA EM GASTROENTEROLOGIA, ministrado pelo Professor Doutor Antônio Dácio Franco do Amaral, patrocinado pela Reitoria da Universidade de São Paulo e promovido pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa em de Gastroenterologia - IBEPEGE, realizado no período de 8 a 15 de Novembro de 1972 (Documento 56). 11.CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA CARDÍACA, organizado pelo Professor Doutor Paulo de Almeida Toledo e patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 5 a 16 de Fevereiro de 1973 (Documento 57). 12.CURSO DE FÍSTULAS DIGESTIVAS, patrocinado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no período de 15 a 20 de Julho de 1973 (Documento 59). 13.CURSO DE ANGIOGRAFIA VISCERAL, patrocinado pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e realizado no Rio de Janeiro, no período de 15 a 20 de Julho de 1973 (Documento 60). 14.CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS ANO RETO CÓLICAS, ministrado pelo Professor Doutor Daher E. Cutait e patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 13 a 18 de Agosto de 1973 (Documento 65).
  • 42. 42 15.CURSO DE ORIENTAÇÃO SOBRE EXAMES COMPLEMENTARES EM GASTROENTEROLOGIA, patrocinado pela Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo e realizado em São Paulo, no período de 17 a 21 de Setembro de 1973 (Documento 66). 16.II CURSO INTENSIVO DE CIRURGIA ARTERIAL VENOSA E LINFÁTICA, ministrado pelo Professor Doutor Carlos José Monteiro de Brito e Doutor Waldemar Pinto Duarte Junior, patrocinado pelo Centro de Estudos do Hospital da Lagoa e realizado no Rio de Janeiro, no período de 24 de Setembro a 3 de Outubro de 1973, com aprovação final com a nota 8,4 (Documento 67). 17.II CURSO DE MÉTODOS PROPEDEUTICOSAUXILIARES EMGASTROENTEROLOGIA, patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e realizado em São Paulo, no período de 3 a 7 de Junho de 1974 (Documento 70). 18.CURSO DE CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO, patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e realizado em São Paulo, no período de 15 a 19 de Julho de 1974 (Documento 71). 19.CURSO DE EMERGÊNCIAS EM GASTROENTEROLOGIA, patrocinado pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE) e realizado em São Paulo, no período de 4 a 8 de Novembro de 1974 (Documento 72).
  • 43. 43 20.XVII CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA SOBRE ATUALIZAÇÃO EM MOLÉSTIA DA TIREÓIDE, patrocinado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 9 a 18 de Fevereiro de 1976 (Documento 74). 21. III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM PROCTOLOGIA, patrocinado pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia, Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo e Instituto de Gastroenterologia de São Paulo, realizado em São Paulo, no período de 8 a 11 de Março de 1976 (Documento 75). 22. III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA, patrocinado pelo Departamento de Clínica Cirúrgica do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, no período de 10 a 13 de Janeiro de 1984 (Documento 101). 23.CURSO DE METABOLOGIA CIRÚRGICA, orientado pelos Profs. Drs. Joamel Bruno de Mello, Péricles W. Pires e Thomas Szego, patrocinado pela Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo da Faculdade de Medicina de Santo Amaro e realizado em São Paulo, em 15 de Junho de 1984 (Documento 103). 24.CURSO DE NUTRIÇÃO PARENTAL, patrocinado pela Comissão Latino- Americana de Nutrição Parental e Enteral do Hospital da Beneficiência Portuguesa e realizado em São Paulo, no período de 18 a 21 de Junho de 1984 (Documento 104).
  • 44. 44 25.CURSO DE TESTE DE ESFORÇO E CONDICIONAMENTO FÍSICO, patrocinado pelo Centro de Estudos de Extensão Universitária, em São Paulo, em 24 de Setembro de 1987 (Documento 108). 26.CURSO DE AVANÇOS EM CIRURGIA ENDÓCRINA: ESTRATÉGIAS NA ABORDAGEM DOS CARCINOMAS DA TIREÓIDE, patrocinada pelo Centro de Estudo e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês, realizado em 26 de Setembro de 1987, com carga horária de seis horas e meia (Documento 109). 27.CURSO DE TRATAMENTOS CIRÚRGICOS CONSERVADORES E NÃO CIRÚRGICOS EM ONCOLOGIA: ASPECTOS ATUAIS, patrocinada pelo Centro de Estudo e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês, realizado em 17 de Outubro de 1987, com carga horária de sete horas e meia (Documento 110). 28. CURSO DE INFECÇÃO EM UTI, patrocinada pelo Centro de Estudo e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês, realizado em 24 de Outubro de 1987, com carga horária de oito horas (Documento 111). 29.CURSO DE INTRODUÇÃO À MICROINFORMÁTICA PARA O USUÁRIO EM SAÚDE, ministrado pelo Prof. Dr. Renato M. E. Sabbatini, do Núcleo de Informática Biomédica da Universidade Estadual de Campinas, realizado em
  • 45. 45 Campinas, São Paulo, no período de 27 a 29 de Novembro de 1987 (Documento 112). 30.ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO junto à Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, passando pelos seguintes Serviços de Cirurgia: Esôfago, Estômago, Vias Biliares e Pâncreas, Cólon e Reto, da Divisão de Clínica Cirúrgica II, realizado em São Paulo, no período de 1º de Maio de 1987 a 31 de Janeiro de 1988 (Documento 116). 31.VII CURSO DE INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA, patrocinado pelo Centro de Informática em Saúde da Escola Paulista de Medicina, realizado em São Paulo, no período de 11 a 29 de Setembro de 1989 (Documento 121). 32. CURSO DE URGÊNCIAS NA CIRURGIA PLÁSTICA (ENCONTRO DE ESPECIALISTAS), patrocinado pelo Centro de Estudos do Hospital Israelita Albert Einstein e realizado em São Paulo, em 13 de Junho de 1992 (Documento 132). 33. XIII CURSO INTERNACIONAL DE AVANÇOS EM GASTROENTEROLOGIA, patrocinado pelo Ministério da Saúde do Chile, Ministério de relações Exteriores do Chile e pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), realizado em Santiago do Chile, no período de 1º a 27 de Março de 1993.
  • 46. 46 34.CURSO “O POLITRAUMATIZADO”, patrocinado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e realizado em Jundiaí, São Paulo, no período de 21 a 22 de Maio de 1993, com carga horária de 20 horas (Documento 134). 35.CURSO SOBRE TUMORES MALIGNOS SINCRÔNICOS DO APARELHO DIGESTIVO, patrocinado pelo Centro de Estudos e Pesquisas da Sociedade Beneficiente de Senhoras do Hospital Sírio Libanês e realizado em São Paulo, em 26 de Junho de 1993, com carga horária de cinco horas e meia (Documento 135). 36. XX CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA DIGESTIVA; XV CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM GASTROENTEROLOGIA; IICURSO DE SUTURAS MECÂNICAS (TEORIA); II CURSO DE CIRURGIA VIDEOLAPAROSCOPIA (TEORIA), patrocinados pela Fundação Instituto de Doenças e Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo, pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pela Secretaria de Ciências, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, e realizado em São Paulo, no período de 4 a 9 de Julho de 1993 (Documento 136). 37.CURSO CONTINUADO DE VIDEOCIRURGIA, patrocinado pelo Centro de estudos e Pesquisas Alípio Corrêa Netto, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, realizado em São Paulo, de 1º a 18 de Novembro de 1994 (Documento 143).
  • 47. 47 38.CURSO DE TREINAMENTO EM CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA, tipo “Hands On”, patrocinado pela Associação Latino-Americana de Cirurgia Endoscópica, integrando equipe cirúrgica nas funções de instrumentador, operador de câmera e de cirurgião assistente, realizado no serviço no Serviço do Dr. Sérgio Roll no Hospital Santa Rita, em São Paulo, no período de 1º de Dezembro de 1994 a 31 de Maio de 1995. (Documento 313) 39. III CURSO PRÁTICO DE CIRURGIA LAPAROSCÓPICA, patrocinado pelo Departamento de Cirurgia da Disciplina de Técnica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, realizado em São Paulo, no período de 30 de Maio a 1º de Junho de 1996 (Documento 151). 40.CURSO DE DIAGNÓSTICO ENDOSCÓPICO DAS DOENÇAS GASTRODUODENAIS, realizada na XII JORNADA PAULISTA DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS DIGESTIVAS, em Águas de Lindóia, São Paulo, no período de 11 a 14 de Março de 1998 (Documento 162). 41.CURSO DE VIDEOCIRURGIAS DAS DOENÇAS DIGESTIVAS, realizada na XII JORNADA PAULISTA DE ATUALIZAÇÃO EM DOENÇAS DIGESTIVAS, em Águas de Lindóia, São Paulo, no período de 11 a 14 de Março de 1998 (Documento 163). 42. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM VIDEOLAPAROSCOPIA AVANÇADA, promovido pela Sociedade Francesa de Cirurgia Endoscópica e realizado em Bordeaux, França, no período de 5 a 7 de Novembro de 1998 (Documento 169).
  • 48. 48 43.PARTICIPANTE DA PRIMEIRA SEMANA DE ESTUDOS TEÓRICOS E PRÁTICOS para a obtenção do DIPLOMA INTERUNIVERSITÁRIO DE CIRURGIA LAPAROSCÓPICA, promovida pela Universidade Jean-Monnet, em Saint- Etienne, França, e pela Universidade Claude Bernard, em Lyon, França, e realizada no período de 23 a 27 de Novembro de 1998 (Documento 170). 44. CURSO PARA APRENDIZAGEM DE SUTURAS EM VÍDEO-LAPAROSCOPIA, no Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva “l’ Hôpital des Diaconesses”, organizado pelo Doutor H. Mosnier. Chefe de Serviço da Unidade de Cirurgia Celioscópica, realizado em Paris, França, em 11 de Dezembro de 1998 (Documento 172). 45.PARTICIPANTE DA SEGUNDA SEMANA DE ESTUDOS TEÓRICOS E PRÁTICOS para a obtenção do DIPLOMA INTER-UNIVERSITÁRIO DE CIRURGIA LAPAROSCÓPICA, promovida pela Universidade Jean-Monnet, em Saint-Etienne, França, e pela Universidade Claude Bernard, em Lyon, França, e realizada no período de 17 a 21 de Maio de 1998 (Documento 174). 46. CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM CIRURGIA BARIÁTRICA, patrocinado IEP – Instituto de Ensino e Pesquisa Vivalle, realizado em São José dos Campos – SP, em 10 de Março de 2007 (Documento 281A ). 47.CURSO PRÉ-CONGRESSO “CIRURGIA METABÓLICA”, REALIZADO DURANTE O IX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA, patrocinado pela Sociedade Brasileira de
  • 49. 49 Cirurgia Bariátrica e Metabólica, realizado em Curitiba-PR, no período de 8 a 12 de Dezembro de 2007 (Documento 291). 48. PARTICIPAÇÃO DO EVENTO “ATUALIZAÇÃO DE NOVA INTERFACE DA BASE DE DADOS ISI WEB OF KNOWLEDGE: WEB OF SCIENCE, JOURNAL CITATION REPORTS E DERWENT INNOVATIONS INDEX”, ministrado pela Profa. Mirta Guglielmoni, com carga horária de 04 horas, realizado na UNIFESP- BIBLIOECA CENTRAL – EPM em São Paulo, no dia 29 de Maio de 2008 (Documento 301). 49.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “COMPREENDENDO OS PRINCIPAIS INDICADORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA E SUA APLICAÇÃO NAS DIVERSAS ÁREAS E BASES DE DADOS”, proferida por Rogério Mugnaini – BIREME/OPAS/OMS,com carga horária de 03 horas, realizado na UNIFESP- BIBLIOECA CENTRAL – EPM em São Paulo, no dia 20 de Agosto de 2008(Documento 312A). 50.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “FERRAMENTAS DE BUSCAS DA BASE DE DADOS PSYCINFO E COLEÇÃO DE REVISTAS DA APA – PSYCARTICLES”, proferida por Marcos Criado – DotLib, com carga horária de 03 horas, realizada na UNIFESP- BIBLIOTECA CENTRAL – EPM em São Paulo, no dia 03 de Setembro de 2008 (Documento 312B). 51.CURSO GASTRO 2008, ocorrido nas reuniões conjunta das ”DISCIPLINAS DE GASTROENTEROLOGIA CLÍNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
  • 50. 50 SÃO PAULO – UNIFESP – EPM”, realiza na qualidade de participante, com carga horária de 34 horas, no período de 05 de março à 26 de Novembro de 2008 (Doc.312 C). 52.PARTICIPAÇÃO DA PALESTRA “COMO UTILIZAR O ENDNOTE WEB JUNTAMENTE COM A BASE DE DADOS ISI WEB OF KNOWLWDGE”, proferida por Marcos Amorim e Lilian Leme Bianconi – Bibliotecários do Instituto de Psicologia da USP, com carga horária de 02 horas, patrocinado pela BIBLIOTECA CENTRAL – UNIFESP-EPM, em 09 de Março de 2009(Doc.312D). 3.2.4 Mestrado Mestre em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental Título da Tese: “Estudo comparativo entre as anastomoses em plano único extramucoso e total, em cólon de coelhos”. Apresentada ao Curso de Pós- Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Defendida e Aprovada em 1989. Orientador: Professor Saul Goldenberg. Banca Examinadora: Professor Doutor Saul Gondenberg (Presidente) Professor Doutor Alberto Jorge de Faria Neto - UNIFESP
  • 51. 51 Professor Doutor Alberto Goldenberg - UNIFESP Professor Doutor Manuel de Jesus Simões - UNIFESP Professor Doutor Joamel Bruno de Mello - USP Resumo: Foram estudadas duas séries de anastomoses em um plano de sutura, a pontos separados, sendo uma total pela técnica de GAMBEE e a outra de pontos extramucosos, em cólon de coelhos. Foi considerada a evolução cicatricial do ponto de vista macro e microscópico de três coelhos de cada série no 1º, 2º, 4º, 7º, 10º, e 14º dia pós-operatório, perfazendo 18 animais por grupo, num total de 36 coelhos. O exame microscópico demonstrou diferenças na cicatrização dos dois grupos: enquanto que, nos animais do grupo I (sutura extramucosa), houve pouca necrose e boa coaptação da camada mucosa, com reepitelização quase completa ao cabo do 14º dia pós-operatório, nos coelhos do grupo II (sutura total de GAMBEE) as áreas de necrose foram mais extensas e permaneceram evidentes por mais tempo que nos animais do grupo I. Do ponto de vista microscópico, os resultados não sofreram variação em função da técnica operatória empregada, quer no que diz respeito às características das áreas de edema, hemorragia, necrose, tecido de granulação e fibrose observadas, quer no que concerne ás peculiaridades da regeneração das camadas intestinais, dos granulomas de corpo estranho e dos elementos celulares pesquisados (neutrófilos, linfócitos, plasmócitos, fibroblastos, macrófagos e eosinófilos). Publicação da Tese em periódico:
  • 52. 52 Azevedo JLMC, Goldenberg S, Simões MJ, Stavale JN. Estudo comparativo entre anastomoses em plano único extramucoso e total, em colo de coelhos. Acta Cir Bras. 1990; 5:6-12. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo21.pdf 3.2.5 Doutorado Doutor em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental Título da Tese: Efeitos da ofloxacina na inflamação induzida em ratos. Apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. Defendida e Aprovada em 1991. Orientadores: Profs. Drs. Helio Plapler e Waldemar Ortiz Banca examinadora: Prof. Dr. Hélio Plapler (Presidente) - UNIFESP Prof. Dr. Waldemar Ortiz - UNIFESP Prof. Dr. Antonio José Lapa - UNIFESP Prof. Dr. Mario Mariano - UNIFESP Prof. Dr. Ernesto Lima Gonçalves - USP Prof. Dr. William Saad Hossne - USP Prof. Dr. Manoel de Jesus Simões – UNIFESP (Suplente) Prof. Dr. Roberto Saad Júnior - Sta Casa de São Paulo (Suplente) Resumo:
  • 53. 53 Antibióticos que atuam inibindo populações procariontes (bactérias) também atuam inibindo populações de células eucarióticas do hospedeiro. Esse fato foi demonstrado em relação às células tumorais e as células imunocompetentes do hospedeiro (eucarióticas), cuja proliferação é inibida por antibióticos antiblástios e imunossupressores. Também á relatos de ação antiproliferativa de antibióticos sobre populações de células inflamatórias (eucarióticas). Entretanto, antibióticos não são geralmente considerados como drogas antiinflamatórias. Essa pesquisa objetivou investigar a eventual ação antiinflamatória do antibiótico ofloxacina sobre o hospedeiro. Para tanto cinco modelos experimentais foram instituídos, visando pesquisar a ação antiinflamatória da ofloxacina em ratos. Essa ação foi investigada na inflamação aguda (modelo 1, 2, 3) e na inflamação crônica (modelo 4 e 5). Constatou-se que a ofloxacina não influenciou a evolução da inflamação aguda induzida por carragenina na pata (modelo 1) e na pleura (modelo 3) de ratos, nem a inflamação crônica induzida na parte abdominal desses animais de experimentação mediante o implante de pelotas de algodão (modelo 4). Da mesma forma, no modelo 2 no qual a destrama (liberadora de histamina) foi o agente idutor de inflamação da pata- a ofloxacina não atenuou a inflamação. Entretanto, no modelo 5 a ofloxacina em altas doses inibiu a proliferação de células inflamatórias mononucleares do granuloma de corpo estranho do tipo inerte formado pela presença de fio de polipropileno. Concluiu-se que a ofloxacina tem ação antiproliferativa sobre células inflamatórias do hospedeiro. Publicações resultantes da Tese:
  • 54. 54 1. Azevedo JLMC, Plaper H, Ortiz V, Lapa AJ, Emin JAS, Simões MJ, Novo NF, Santos P, Ferreira MHC. Efeitos da ofloxacina na inflamacão induzida em ratos. Arq Bras Med. 1992;66:79-85. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo23.pdf 2. Azevedo JLMC, Plaper H, Ortiz V, Lapa AJ, Emin JAS, Simões MJ, Juliano Y, SantosP, Ferreira MH. Efeitos da ofloxacina no granuloma de corpo estranho induzido por fio de sutura (prolene), em ratos. Rev Bras Cir. 1992; 82:189-95. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo22.pdf 3. Azevedo JLMC, Lapa AJ, Simões MJ, Novo NF, Santos P. Efeitos da indometacina na inflamação induzida em ratos. Rev Bras Med. 1992;49:287-96. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo24.pdf 3.2.6 Pós-Doutorado 3.2.6.1 Generalidades Realizei ESTÁGIO DE PÓS-DOUTORADO de dois anos letivos no Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva da Federação das Especialidades Digestivas do Hospital Édouard Herriôt (Hospital-Escola da Faculdade de Medicina da Universidade de Lyon I “Claude Bernard”), Serviço do Professor Jean-Claude Boulez, realizado no período de 1º de Setembro de 1998 a 30 de Junho de 2000. Para o Pós-Doutorado, obtive contratação de Professor
  • 55. 55 Convidado da Universidade de Lyon, com remuneração de valor bruto total de 135.000 francos franceses. 3.2.6.2 Atividades de rotina durante o pós-doutorado Ambulatório de cirurgia, nas manhãs das segundas-feiras, em companhia do Chefe de Serviço, Professor Jean-Claude Boulez. Nessas ocasiões recebíamos pacientes novos, encaminhados de outros serviços. Indicações eram discutidas e intervenções cirúrgicas agendadas. Pacientes operados eram seguidos. Esse acompanhamento tinha peculiaridades muito propícias: o sistema de saúde do governo francês fornece de forma totalmente gratuita (diretamente ou mediante reembolso de despesas comprovadamente realizadas pelo usuário) todo tipo de assistência, inclusive farmacêutica. Entretanto, exige que os pacientes obedeçam rigorosamente às recomendações dos médicos assistentes, inclusive no que diz respeito ao seguimento pós-operatório, sob pena de sustar o apoio financeiro. Isso infere no retorno inelutável dos pacientes. Dessa forma pude observar de perto e com a freqüência desejável a evolução dos operados, de cujas intervenções eu participara. Sessões cirúrgicas das terças às sextas-feiras, pela manhã, com ênfase na vídeo-laparoscopia. Nessas ocasiões eu atuava como operador de câmera, como cirurgião assistente e, em se tratando de intervenções cirúrgicas relativas às pesquisas que encetava, cirurgião principal, sempre secundado pelo Professor Boulez. Reunião semanal do Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva, às segundas-feiras, das 14:30 às 16:00 horas, quando os prontuários dos pacientes
  • 56. 56 a serem operados na semana eram minuciosamente estudados e discutidos entre os cirurgiões, residentes, anestesistas, estagiários etc., com vistas às indicações cirúrgicas e programação das operações. Reunião Semanal da Federação das Especialidades Digestivas do Hospital E. Herriot, das 17:00 às 18:30 horas, às quintas-feiras, na qual se encontram os cirurgiões e clínicos gastroenterologistas, endoscopistas, radiologistas, patologistas, oncologistas, cirurgiões do serviço de transplante etc. Nessas ocasiões eram discutidos prontuários de casos complicados. Visita semanal geral às enfermarias do Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva, aos sábados pela manhã. Reunião conjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Lyon com a Sociedade de Medicina de Lyon, na última sexta-feira de cada mês. 3.2.6.3 Atividades de pesquisa durante o pós-doutorado Juntamente com o Professor Boulez, procurei sistematizar e padronizar técnica operatória videolaparoscópica para tratamento da acalasia de esôfago: a miotomia gastroesofagiana (operação de Heller modificada). O título da pesquisa é: “Technical systematisation for laparoscopic esophageal myotomy without antireflux procedure” 1 O resultado foi apresentado por mim no Sétimo Congresso Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em Linz, Áustria, no período de 23 a 26 de Junho de 1999, e teve como resumo: 1 Azevedo JLMC, Boulez J. Tecnical systematisation for laparoscopic esophageal myotomy. Endoscopy. 1999;31:(Suppl):E23.
  • 57. 57 “This procedure is performed under general anesthesia. The surgeon stands between the patient's legs. The first assistant on the left controls the video camera. The second assistant and scrub nurse stand on the patient's right side. The pneumoperitoneum is installed through a Veress needle in the left hipocondrium, and kept within 12-mm hg compression. The imaging monitor is kept high above by the patient's feet, which must be positioned in 10 degrees proclive. An orogastric tube is inserted. Five laparoscopic ports are required: three of 10mm and 2 of 5mm. One of them (umbilical port) is for a 30-degree optic. A separator is introduced at the subxifoidean 10-mm port, dislodging the liver cephalahad. An atraumatic grasper introduced at the 5mm port placed at the hemiclavicular line, at four-finger breadth bellow the costal hip, for gradually tractioning the stomach. The surgeon handles another atraumatic grasper with his left hand. This grasper is introduced through a 5-mm port placed at the hemiclavicular right line, at three finger breaths below the costal hip level. At his right hand, the operator has a coagulating hook, introduced by a 10-mm port situated at the right anterior axillary line, at one finger breadth below the costal hip. The dissection is limited to the phrenoesophageal ligament by the esophagus, at the extension of the hemiperimeter anterior of the hiatus. The myotomy is performed with the assistance of a coagulating hook. The muscle fibers are cut at 10cm from the lower esophagus, passing through the cardia, until a distal point 3cm in of the stomach. Control over the esophagean wall integrity at the level of the miotomy is carried out by the instilation of the blue metilene in the lumen of the organ and/or by esophagoscopy”.
  • 58. 58 O vídeo-filme apresentado encontra-se disponível na internet: (URL: http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm) sob o título: “Cardiomiotomia laparoscópia sem procedimento anti-refluxo”. Ainda sobre o tratamento cirúrgico da acalasia de esôfago por acesso videolaparoscópico, realizei estudo clínico metodizado a propósito de conduta alternativa (evitação da associação de procedimento anti-refluxo à miotomia esofagiana), intitulado: “Comparison between laparoscopic esophago- cardiomyotomy with and without antireflux procedure in the treatment of achalasia”1 : O resultado foi apresentado por mim no Oitavo Congresso Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em Nice, França, no período de 28 de Junho a 1º de Julho de 2000, e teve como resumo: “Aims: Is currently still open the question weather the rate of abnormal oesophageal acid exposure after laparoscopic myotomy may be different if compared to a laparoscopic myotomy with antireflux procedure added. The aim of the present research is to evaluate the experience with laparoscopic modified Heller cardiomyotomy with and without antireflux procedure added, in selected patients. Methods: Those patients who satisfied the entry criteria of the protocol were selected from the entire population submitted to laparoscopic modified Heller operation without antireflux procedure in the department. They formed the test treatment group (n=16), G1. Their results were prospectively compared with data 1 Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC, Kobayashi LA, Paiva VC, Kozu F. Comparison between laparoscopic esophago-cardiomyotomy with and without antireflux procedure in the treatment of achalasia Surgical Laparoscopy and Endoscopy. 2004;14:104-5.
  • 59. 59 from patients selected according the same criteria, whose suffered a standard laparoscopic operation for achalasia (modified Heller myotomy plus partial - Toupet - fundoplication). This last group patients served as active comparator (G2, n=8). The objective is to ensure that the test treatment (G1) is not inferior to the standard treatment (G2). It was used a 95% confidence interval. Results: The follow-up symptoms and assessment of the patients showed substantial relief or total cessation of dysphagia in both investigational groups. No patient experienced postoperative heartburn. The diameter of the oesophagus was reduced after surgery in 20,45% in G1 and 44,5% in G2. The resting pressure dropped in 71,7% from its initial value in G1 and 72,8% in G2. In G1 operative time lasted 76 minutes, against 131 minutes in G2. Conclusions: In selected patients, the results of utilizing laparoscopic cardiomyotomy without antireflux procedure are not inferior to those obtained with the laparoscopic cardiomyotomy with a fundoplication (Toupet) added. Without fundoplication, operative time is shorter and less operative manipulation is required. So, in selected patients according the criteria of the present investigation, the routine addition of an antireflux procedure is not justified”. A apresentação deste tema em PowerPoint encontra-se disponível na Internet (URL: http://www.cirurgiaonline.med.br/apresentacoes.htm), sob o título: “Heller – Comparação - versão pdf/versão ppt”, sendo que a primeira está em inglês e a segunda em português. Outro assunto que chamou minha atenção foi a questão da melhor abordagem dos tumores extramucosos de esôfago e de estômago mediante a cirurgia minimamente invasiva. Quando do início do meu estágio de pós- doutorado em Lyon, havia a idéia predominante na comunidade científica no
  • 60. 60 sentido de se realizar a exérese por via laparoscópica desses tumores mediante a sua enucleção, numa abordagem de fora para dentro da parede do tubo digestivo (sem, entretanto, adentrar o seu lume), indiferentemente dessas formações se situarem no esôfago ou no estômago. Eu pensava que havia de se tratar de formas diferentes essas neoplasias, por causa da sua natureza distinta. Por isso encetei pesquisa com o título “Resection of extramucous tumours of esophagus and stomach by minimally invasive surgery1 ”, que resultou em apresentação em vídeo-livre no Sétimo Congresso Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em Linz, Áustria, no período de 23 a 26 de Junho de 1999, e teve como resumo: “A technique of resection of esophageal extramucous tumours by video- thoracoscopic enucleation shall be expounded here, based on three cases, and the video-laparoscopic technique of segmental resection of the stomach in the treatment of extramucous tumours also described here is based on five cases. In thoracoscopic enucleations of esophagus extramucous tumours, the mediastinal pleura was initially opened on the tumour region. Oesophagus dissection was limited to the lateral face of the core of the lesion. In tumours situated in the superior third of the esophagus, it was necessary to isolate and divide the azigos vein by the use of the automatic vascular suture device. Subsequently, esophagus muscle layers were incised longitudinally. The lesion was held and traction was exerted with atraumatic laparoscopic forceps or, with suturing, as soon as the tumour tissue became apparent. The tumour was then gently pulled away from the esophageal wall and its loosening proceeded by blunt and acute dissection. In this 1 Azevedo JLMC, Boulez J. Resection of extramucous tumours of esophagus and stomach by minimally invasive surgery. Endoscopy. 1999;31:(Suppl):E24.
  • 61. 61 operative time hidrodissection was freely used. Once the exeresis was completed, the pleural cavity was irrigated with warm, saline solution and the mucous integrity was tested by metyleno blue instillation in the interior of the oesophagus through an esophageal tube, after distal clamping of the viscera. The tumour was extracted through a 10-mm gap in the medium axillary line. Alternatively, the esophagus muscle gap was sutured, or it was left open. Tubular draining of the pleural cavity was carried out. In the extramucous tumours of the stomach, the resection technique encompassed the lesion and the gastric wall, taking up at least 2 cm of the tissue around the tumour. Shots of the automatic suture device (Endo-GIA 30) performed the resection. Intra-operative gastroscopy was indispensable to the location of the base of tumour implantation, serving also to the inspection of the suture line after resection.” O video apresentado encontra-se disponível na internet (URL: http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm), sob o título: “Exérese de tumores extramucosos de esôfago e estômago por videocirurgia”. Essas pesquisas foram publicadas no periódico nacional Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, ondexado na base de dados Scielo, Lilacs e Medline, segundo as referências: 1. Azevedo JLMC, Boulez J, Blanchet MC. Leiomioma do esôfago removido por videolaparoscopia. Rev Col Bras Cir. 1999;26(4):243-5. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo7.pdf 2. Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC. Leiomioma do esôfago removido por videotoracoscopia. Rev Col Bras Cir. 2000;27(1):60-2. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo4.pdf
  • 62. 62 3. Azevedo JLMC, Boulez J, Espalieu P. Ressecção videolaparoscópica de hemangiopericitoma do estômago. Rev Col Bras Cir. 2000;27(3):209-10. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo2.pdf 4. Azevedo JLMC, Boulez J, Azevedo OC. Ressecção videolaparoscópica de tumor gástrico estromal situado na parede posterior: relato de caso. Rev Col Bras Cir. 2000;27(2):136-8. http://www.cirurgiaonline.med.br/artigo3.pdf Outra questão abordada no meu estágio de Pós-Doutorado, foi a da herniorrafia inguinal por via laparoscópica. No sentido de elidir a violação da cavidade peritoneal sem deixar de realizar a cura da hérnia inguinal mediante cirurgia minimamente invasiva, propusemos algumas modificações na conhecida técnica de herniorrafia laparoscópica totalmente extraperitoneal. Essa sistematização visa minimizar ainda mais o trauma do acesso cirúrgico videolaparoscópico, simplificar as manobras cirúrgicas e observar os princípios da ergonomia do procedimento, de modo a propiciar melhor comodidade para o cirurgião e maior precisão no manejo das estruturas. O título da pesquisa é: “An original technical systematisation for laparoscopic inguinal hernioplasty totally extraperitoneal”1 , com o resumo: “Esta comunicação diz respeito à pesquisa interinstitucional envolvendo a Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brasil (Prof. Dr. João Luiz M. C. Azevedo, Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental do Departamento de Cirurgia) e a renomada Clínique Charcot, em Lyon, França (Dr. Marc Papillon). Trata-se da utilização de uma sistematização técnica original para a realização das hernioplastias inguinais mediante acesso videolaparoscópico. Tal abordagem permite o tratamento 1 Azevedo JLMC, Papillon M. An original technical systematisation for laparoscopic inguinal hernioplasty totally extraperitoneal. Surgical Endoscopy. 2000;14:(Suppl1):4
  • 63. 63 cirúrgico extremamente simplificado dos vários tipos de hérnias inguinocrurais correntemente encontrados. O custo financeiro é muito baixo porque não há utilização de dispositivos dispendiosos, tais como trocartes pneumáticos especiais e balões. Esta sistematização foi possível por causa do grande número de casos de portadores de hérnias inguinocrurais que demandam à Clinique Charcot, em função da reputação de eficácia do Serviço no tratamento dessas enfermidades. Os resultados da experiência em França com a técnica em pauta pôde ser bem certificada graças ao sistema de Seguridade Social, que obriga os pacientes a atenderem ao chamado médico para seguimento, tantas vezes quantas forem necessárias, sob pena da perda dos privilégios do sistema de seguridade social. Uma vez bem avaliada esta técnica em França, a idéia dos pesquisadores é passar a utilizá-la no Brasil, naqueles pacientes adultos portadores de hérnias inguinocrurais. O real benefício em economia de custos operacionais, no encurtamento do período de internação, no pronto retorno ao trabalho e nas menores taxas de recidiva herniária está sendo considerado. Esta pesquisa sobre hérnia resultou em apresentação em vídeo no Sétimo Congresso Internacional da Associação Européia de Cirurgia Endoscópica, realizado em Linz, Áustria, no período de 23 a 26 de Junho de 1999., o qual encontra-se disponível na Internet seguindo o URL http://www.cirurgiaonline.med.br/filmes.htm, sob o título: “Hernioplastia inguinal videolaparoscópica totalmente extraperitoneal: uma sistematização original1 ”. 1 Azevedo JLMC, Papillon M. An original technical systematisation for laparoscopic inguinal hernioplasty totally extraperitoneal. Surgical Endoscopy. 2000;14:(Suppl1):4.