SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
GRALHA AZUL
                             GRALHA AZUL
BOLETIM ELETRÔNICO – SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES – PARANÁ – NÚMERO 7 – JANEIRO - 2011


              POR QUE VIAJAR?                   POR QUE VIAJAR DE MOTOCICLETA               POR QUE VIAJAR DE MOTOCICLETA, SÓ?


         Sentir a brisa do lado de lá         Organizar-se, determinar-se, resistir         Acalmar, meditar,
         O frescor e a força do vento         Equilibrar-se, concentrar-se, meditar         Um destino e vários caminhos à escolher
         Do Pacífico aos Andes nevados e      Do sol à chuva, do deserto à montanha         Tudo tem seu próprio momento!
         A secura do deserto do Atacama       Vencer a distância com calma e paciência      Deixar, às novas amizades, espaço aberto!


         Após sucintas explicações, viajar pode ser o tema principal de um começo de ano e segundo alguns é o objetivo central da vida.
     Tive a oportunidade de viajar quase 8 mil quilômetros de motocicleta nos últimos 14 dias. Tantas paisagens e pessoas vistas e
     conhecidas as quais poderiam compor uma obra analítica do ser humano em variadas condições.
          O desejo de visitar pessoalmente paisagens já bem exploradas por lindas fotografias, filmes e programas, como por exemplo,
     National Geographic, os Andes e o deserto de Atacama fazem parte do imaginário de muitos. Chegar lá, de motocicleta depende de
     vários fatores. Sem organização é impossível. Sem resistência física também. Ambas dependem da determinação do viajante.
         Por outro lado, alguns dizem que esses mesmos viajantes têm um “parafuso a menos”, que há riscos, perigos, monstros e outras
     coisas. É claro que há. A aventura é um momento que tudo pode acontecer, desde um cisco no olho até um acidente fatal, mas por
     essas razões tudo será feito para que nenhum destes eventos aconteça. Se não houver este princípio básico, não é aventura.
          Às vezes, com uma distância a percorrer de até 1000 quilômetros num dia, fica praticamente impossível querer resolver
     problemas de trabalho, de casa ou de família, pois a atenção está toda no velocímetro, no equilíbrio, na quantidade de combustível,
     no trajeto e na paisagem.
         Com as fotos abaixo demonstra-se o que se pode trazer no banco de uma motocicleta. Ou uma montanha nevada, ou um
     deserto inteiro, ainda um temporal ou mesmo um arco-íris.




            BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011                                                                PÁGINA 1
COMENTÁRIOS


          A importância dos nossos boletins, jornais eletrônicos, pizzas e ágapes eletrônicos , entre outros, está na possibilidade de atribuirmos
um peso e um valor aos nossos conhecimentos, seja por construir boas e novas amizades por esse “brasilzão” afora, corrigir conceitos ou
aprender novos, expandi-los, ou mesmo apenas poder saborear as excelentes idéias escritas em todos estes veículos de cultura. Falta-nos o
tempo para ler todos os conteúdos, mas não a vontade, que vem aliada ao desejo humano de querer sempre mais. Como em outros meses,
recebemos via correspondência eletrônica, comentários sobre o nosso “Gralha Azul”. Autorizado previamente, veiculamos o comentário da
carioca Rejane Machado:




“Sérgio:
          Muito bom o Gralha. Gostei dos conceitos emitidos pelo articulista, sobre literatura. Você tem razão. Escolas - está superado o
conceito, prefere-se hoje ( já a algum tempo) falar em estilos de época. Aquela tendência que fica na moda e depois se transforma em outra
coisa, às vezes para pior. No meu Livro de Oswaldo falo sobre os malefícios do Modernismo (movimento), aliás não propriamente sobre ele,
mas sobre o uso que fazem dele e pelo absurdo da abertura total e irrestrita. O que levou a querer-se diluirem as fronteiras entre os gêneros,
explico: qualquer coisa que o cara nomeie conto, é conto; e na poesia, abolindo-se toda e qualquer regra descambou-se no absurdo que se vê;
coisas inomináveis que o autor chama de poesia. Sou muito crítica, exigente mesmo, mas procuro me "regenerar". O livro que mencionei é
minha tese de doutorado em Filologia Românica, que o povo da línguística não aceitou, mas foi premiado em nível nacional pela Acad. de
Letras da Bahia, e publicado pela Relume-Dumará, hoje incorporada pela Ediouro, e com um prêmio de 15.000 pela Copene. Nele, descasco o
Modernismo no que ele teve de arbitrário e arrogante, querendo - os brasileiros que pretenderam uma revolução, descobrindo a pólvora-
refazer, mudar as regras da literatura, coisa completamente impossível, comparável a querer-se controlar os movimentos da terra; apenas
uma tendência, digo eu, muito natural, de evolução das artes, e antiga como o mundo. Afinal você encontra realismo em Petrônio, naturalismo
em Bocaccio, realismo em Murillo, swing em Beethoven; e é bastante difícil caracterizar e enquadrar escritores como Monteiro Lobato,
Souzândrade, Coelho Neto, entre outros. E a literatura não mudou quase nada. Como a música, que continua utilizando 7 notas Só houve uma
adaptação à contemporaneidade, procurando-se novas formas de expressão, dentro do que já existe desde que o mundo é mundo, e nunca
sendo possível fugir-se de todo à moda.
Vocês precisam olhar mais para a revisão, evitando os cochilos, muito naturais, aliás. No mais, parabéns, é um hiato criado para vocês que
lidam com a responsabilidade de Vidas. Um momento bonito para respirar.
Obrigada. Um abraço,
Rejane”




           PARABÉNS AOS 100 ANOS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFMG EM 2011!!




EXPEDIENTE:         DIRETORIA 2010-2011. Presidente: Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki; 1º Vice-Presidente: Fahed Daher;
2º Vice-Presidente: Sonia Maria Barbosa Braga; 1º. Secretário: Paulo Maurício Piá de Andrade; 2º Secretário: Maurício
Norberto Friedrich; 1º Tesoureiro: Maria Fernanda Caboclo Ribeiro; 2º Tesoureiro: Edival Perrini.

Editor Responsável:              Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki. Endereço eletrônico: sergiopitaki@gmail.com;
fone: 41-9969-1233969-1233


             BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011                                                                     PÁGINA 2
Iseu de Santo Elias Affonso da Costa
Carlos Ravazzani

Iseu de Santo Elias Affonso da Costa, filho de Francisco Jejuhy Affonso da Costa e Iva Pereira Corrêa, nascido em Paranaguá, em 27 de
outubro de 1926, mudou-se com a família para Curitiba quando ainda era adolescente. Após iniciar o curso de medicina na Faculdade de
Medicina do Paraná (1945-1947), formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1950 e especializou-se em
Cirurgia Cardiovascular.

Teve longa carreira acadêmica: trabalhou no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde fez residência médica; exerceu as
funções docentes de auxiliar de ensino a professor titular do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Em 1957, tornou-se
livre-docente de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental; em 1961 foi transferido, como professor assistente, para a cadeira da 2ª Clínica
Cirúrgica. Em 1978, prestou concurso pasra professor titular, apresentando a tese “Substituição da valva mitral pela prótese de Lilehei-
Kaster”.

Foi bolsista Heller na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, em São Francisco, Estados Unidos; bolsista da Fundação Alexander
Von Humboldt em Düsseldorf e em Munique, Alemanha; e professor visitante na Universidade da Califórnia, em Irvine.

Apresentou temas em 165 eventos científicos no país e exterior e atuou como conferencista, relator ou dirigente 174 vezes. Autor ou
colaborador de 64 trabalhos médicos e 5 capítulos de livros.

Foi um dos pioneiros da cirurgia cardíaca no Paraná e foi o responsável por estruturar, em 1967, o serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital
de Caridade da Santa Casa de Curitiba, onde atuou de 1960 a 2004, quando deixou o exercício cirúrgico e a chefia do Serviço aos cuidados
de seu filho, o também cirurgião Francisco Diniz Affonso da Costa. O Dr. Iseu foi um grande incentivador da implantação da Aliança Saúde
                                  PUCPR-Santa Casa homologada em 27 de agosto de 1999. Desde então ele ocupou, até a sua morte, o
                                  cargo de vice-provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.

                                  Foi presidente da Associação Médica do Paraná de 1973 a 1975; vice-presidente da Associação Médica
                                  Brasileira; conselheiro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro da Sociedade
                                  Brasileira de Cardiologia, Presidente do Conselho Cultural da Fundação Santos Lima e Acadêmico
                                  fundador da Academia Paranaense de Medicina.

                                  Recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Paraná, em 1993; Diploma de Honra ao
                                  Mérito pelos serviços prestados, conferido pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná,
                                  em 1995 e o título de Cidadão Honorário de Curitiba, em 1999.

                                   Além de intensa atuação na área médica, Dr. Iseu foi conselheiro do Conselho Regional de Medicina-
                                   CRM-PR de 1963 a 1968, onde também exerceu função de tesoureiro. Integrou por vários anos a
                                   Comissão Julgadora do prêmio de monografia do Conselho, participando, inclusive, da avaliação dos
                                   trabalhos deste ano e da solenidade para entrega do prêmio aos vencedores do concurso durante os
                                   festejos do Dia do Médico, realizado em 16 de outubro último. Na sede do Conselho, Dr. Iseu também
deixou sua marca. Foi um dos autores, junto com o Dr. Carlos Ravazzani, da exposição permanente “Pioneiros da Medicina do Paraná”,
inaugurada, em 2003, por ocasião da inauguração da nova sede do CRM-PR. Localizada no primeiro andar do prédio, os 30 painéis trazem
um rico registro histórico da Medicina no Estado.
                                                                                                      0
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná há mais de 30 anos, atualmente era o seu 2 vice-presidente. Era um apaixonado
pela história paranaense e em especial pela história da medicina. Escreveu numerosos artigos sobre a história da medicina paranaense
publicados em jornais da capital e em boletins do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da Academia Paranaense de Medicina, além
dos livros: “Szymon Kossobudzki – Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná” (1989), “História da Cirurgia Cardíaca Brasileira” (1996), “O
Ensino da Medicina na Universidade Federal do Paraná”, junto com Eduardo Corrêa Lima (1997-2007) e “Patronos da Academia Paranaense
de Medicina” (2003-2010) e os opúsculos “O primeiro alemão de Curitiba” e “ Os decendentes de Julia Guilhermina Muller Caillot e José de
Santo Elias Affonso da Costa”(2007).

Sobramista, poliglota, coxa-branca, gostava de um bom papo, e também de cinema, música clássica, pintura, charuto, cachimbo, um bom
vinho e uma dose de um bom whisky. Faleceu em Curitiba, no último 4 de novembro, e foi sepultado neste mesmo dia no cemitério São
Francisco de Paula. Tinha 84 anos e deixa viúva Arlete Diniz Affonso da Costa, três filhos – o médico Francisco Diniz Affonso da Costa, Julia
Diniz Affonso da Costa e André Diniz Affonso da Costa – e quatro netos Ana Cláudia, Ana Beatriz, Pedro e Antonia.


             BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011                                                                 PÁGINA 3

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Gralha Azul No. 7 - Sobrames Paraná - Janeiro 2011

Programação V Ciclo de Cinema e Reflexão
Programação V Ciclo de Cinema e ReflexãoProgramação V Ciclo de Cinema e Reflexão
Programação V Ciclo de Cinema e Reflexãoreporterfuturo
 
Revista Blogs Edição 013/2013
Revista Blogs Edição 013/2013Revista Blogs Edição 013/2013
Revista Blogs Edição 013/2013RevistaBlogs
 
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Marcos Gimenes Salun
 
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Marcos Gimenes Salun
 
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 - SÉRG...
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 -  SÉRG...DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 -  SÉRG...
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 - SÉRG...Sérgio Pitaki
 
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio Pitaki
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio PitakiDiscurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio Pitaki
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio PitakiSérgio Pitaki
 
2017 tese cristiana da costa luciano
2017   tese cristiana da costa luciano2017   tese cristiana da costa luciano
2017 tese cristiana da costa lucianoJlioAlmeida21
 
Beume junho15
Beume junho15Beume junho15
Beume junho15Ume Maria
 
Beume junho15
Beume junho15Beume junho15
Beume junho15Ume Maria
 

Semelhante a Gralha Azul No. 7 - Sobrames Paraná - Janeiro 2011 (20)

Programação V Ciclo de Cinema e Reflexão
Programação V Ciclo de Cinema e ReflexãoProgramação V Ciclo de Cinema e Reflexão
Programação V Ciclo de Cinema e Reflexão
 
Boletim UNIVERTI abril 2012
Boletim UNIVERTI abril 2012Boletim UNIVERTI abril 2012
Boletim UNIVERTI abril 2012
 
Revista Blogs Edição 013/2013
Revista Blogs Edição 013/2013Revista Blogs Edição 013/2013
Revista Blogs Edição 013/2013
 
Boletim UNIVERTI junho 2016
Boletim UNIVERTI junho 2016Boletim UNIVERTI junho 2016
Boletim UNIVERTI junho 2016
 
Boletim UNIVERTI abril 2016
Boletim UNIVERTI abril 2016Boletim UNIVERTI abril 2016
Boletim UNIVERTI abril 2016
 
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
 
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
 
Boletim UNIVERTI setembro 2011
Boletim UNIVERTI setembro 2011Boletim UNIVERTI setembro 2011
Boletim UNIVERTI setembro 2011
 
Boletim UNIVERTI setembro 2013
Boletim UNIVERTI setembro 2013Boletim UNIVERTI setembro 2013
Boletim UNIVERTI setembro 2013
 
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 - SÉRG...
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 -  SÉRG...DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 -  SÉRG...
DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA PARANAENSE DE MEDICINA - CADEIRA No. 27 - SÉRG...
 
Boletim UNIVERTI agosto 2017
Boletim UNIVERTI agosto 2017Boletim UNIVERTI agosto 2017
Boletim UNIVERTI agosto 2017
 
2008.tese_marco_souza (1).pdf
2008.tese_marco_souza (1).pdf2008.tese_marco_souza (1).pdf
2008.tese_marco_souza (1).pdf
 
Boletim UNIVERTI agosto 2012
Boletim UNIVERTI agosto 2012Boletim UNIVERTI agosto 2012
Boletim UNIVERTI agosto 2012
 
Boletim UNIVERTI marco 2016
Boletim UNIVERTI marco 2016Boletim UNIVERTI marco 2016
Boletim UNIVERTI marco 2016
 
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio Pitaki
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio PitakiDiscurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio Pitaki
Discurso de Posse Cadeira No. 21 ABRAMES Sérgio Pitaki
 
Boletim UNIVERTI junho/julho 2018
Boletim UNIVERTI junho/julho 2018Boletim UNIVERTI junho/julho 2018
Boletim UNIVERTI junho/julho 2018
 
MurtiJornal 2ª Edição
MurtiJornal 2ª EdiçãoMurtiJornal 2ª Edição
MurtiJornal 2ª Edição
 
2017 tese cristiana da costa luciano
2017   tese cristiana da costa luciano2017   tese cristiana da costa luciano
2017 tese cristiana da costa luciano
 
Beume junho15
Beume junho15Beume junho15
Beume junho15
 
Beume junho15
Beume junho15Beume junho15
Beume junho15
 

Mais de Sérgio Pitaki

Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docx
Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docxDr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docx
Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docxSérgio Pitaki
 
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022Sérgio Pitaki
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019Sérgio Pitaki
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019Sérgio Pitaki
 
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁGABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁSérgio Pitaki
 
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIEN
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIENACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIEN
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIENSérgio Pitaki
 
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019Sérgio Pitaki
 
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019Sérgio Pitaki
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO - 2017
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO -  2017GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO -  2017
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO - 2017Sérgio Pitaki
 
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017Sérgio Pitaki
 
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017Sérgio Pitaki
 

Mais de Sérgio Pitaki (20)

Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docx
Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docxDr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docx
Dr. Sérgio Pitaki Curriculum vitae- Bahia.docx
 
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022
DR. PITAKI, CURRICULUM VITAE RESUMIDO 2022
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 81 JANEIRO 2019
 
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019
BOLETIM GRALHA AZUL NO. 82 - FEVEREIRO 2019
 
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019
GRALHA AZUL No.84 DEZ 2019
 
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁGABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
GABRIELA MISTRAL - AULA NA BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
 
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIEN
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIENACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIEN
ACUPUNTURA REN MAI 4 - SEGUNDO CHAKRA - TAN TIEN
 
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019
VERSOS NA REDE No. 2 - JAN/MAR 2019
 
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018
GRALHA AZUL No. 79 NOVEMBRO DE 2018
 
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018
GRALHA AZUL No. 80 - DEZEMBRO 2018
 
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
GRALHA AZUL No.81 - JANEIRO 2019
 
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019
Gralha azul no.82 Fevereiro - 2019
 
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
VERSOS NA REDE. No.1 NOV/DEZ 2018
 
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018
GRALHA AZUL No. 77 - SETEMBRO - 2018
 
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018
GRALHA AZUL No. 76 mai/jul 2018
 
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018
GRALHA AZUL No. 75 - ABRIL 2018
 
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018
GRALHA AZUL No. 73 - JANEIRO 2018
 
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO - 2017
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO -  2017GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO -  2017
GRALHA AZUL No. 71 - NOVEMBRO - 2017
 
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017
JORNADA SOBRAMES PR - DEZEMBRO 2017
 
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017
GRALHA AZUL No. 68 - AGOSTO 2017
 

Gralha Azul No. 7 - Sobrames Paraná - Janeiro 2011

  • 1. GRALHA AZUL GRALHA AZUL BOLETIM ELETRÔNICO – SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES – PARANÁ – NÚMERO 7 – JANEIRO - 2011 POR QUE VIAJAR? POR QUE VIAJAR DE MOTOCICLETA POR QUE VIAJAR DE MOTOCICLETA, SÓ? Sentir a brisa do lado de lá Organizar-se, determinar-se, resistir Acalmar, meditar, O frescor e a força do vento Equilibrar-se, concentrar-se, meditar Um destino e vários caminhos à escolher Do Pacífico aos Andes nevados e Do sol à chuva, do deserto à montanha Tudo tem seu próprio momento! A secura do deserto do Atacama Vencer a distância com calma e paciência Deixar, às novas amizades, espaço aberto! Após sucintas explicações, viajar pode ser o tema principal de um começo de ano e segundo alguns é o objetivo central da vida. Tive a oportunidade de viajar quase 8 mil quilômetros de motocicleta nos últimos 14 dias. Tantas paisagens e pessoas vistas e conhecidas as quais poderiam compor uma obra analítica do ser humano em variadas condições. O desejo de visitar pessoalmente paisagens já bem exploradas por lindas fotografias, filmes e programas, como por exemplo, National Geographic, os Andes e o deserto de Atacama fazem parte do imaginário de muitos. Chegar lá, de motocicleta depende de vários fatores. Sem organização é impossível. Sem resistência física também. Ambas dependem da determinação do viajante. Por outro lado, alguns dizem que esses mesmos viajantes têm um “parafuso a menos”, que há riscos, perigos, monstros e outras coisas. É claro que há. A aventura é um momento que tudo pode acontecer, desde um cisco no olho até um acidente fatal, mas por essas razões tudo será feito para que nenhum destes eventos aconteça. Se não houver este princípio básico, não é aventura. Às vezes, com uma distância a percorrer de até 1000 quilômetros num dia, fica praticamente impossível querer resolver problemas de trabalho, de casa ou de família, pois a atenção está toda no velocímetro, no equilíbrio, na quantidade de combustível, no trajeto e na paisagem. Com as fotos abaixo demonstra-se o que se pode trazer no banco de uma motocicleta. Ou uma montanha nevada, ou um deserto inteiro, ainda um temporal ou mesmo um arco-íris. BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011 PÁGINA 1
  • 2. COMENTÁRIOS A importância dos nossos boletins, jornais eletrônicos, pizzas e ágapes eletrônicos , entre outros, está na possibilidade de atribuirmos um peso e um valor aos nossos conhecimentos, seja por construir boas e novas amizades por esse “brasilzão” afora, corrigir conceitos ou aprender novos, expandi-los, ou mesmo apenas poder saborear as excelentes idéias escritas em todos estes veículos de cultura. Falta-nos o tempo para ler todos os conteúdos, mas não a vontade, que vem aliada ao desejo humano de querer sempre mais. Como em outros meses, recebemos via correspondência eletrônica, comentários sobre o nosso “Gralha Azul”. Autorizado previamente, veiculamos o comentário da carioca Rejane Machado: “Sérgio: Muito bom o Gralha. Gostei dos conceitos emitidos pelo articulista, sobre literatura. Você tem razão. Escolas - está superado o conceito, prefere-se hoje ( já a algum tempo) falar em estilos de época. Aquela tendência que fica na moda e depois se transforma em outra coisa, às vezes para pior. No meu Livro de Oswaldo falo sobre os malefícios do Modernismo (movimento), aliás não propriamente sobre ele, mas sobre o uso que fazem dele e pelo absurdo da abertura total e irrestrita. O que levou a querer-se diluirem as fronteiras entre os gêneros, explico: qualquer coisa que o cara nomeie conto, é conto; e na poesia, abolindo-se toda e qualquer regra descambou-se no absurdo que se vê; coisas inomináveis que o autor chama de poesia. Sou muito crítica, exigente mesmo, mas procuro me "regenerar". O livro que mencionei é minha tese de doutorado em Filologia Românica, que o povo da línguística não aceitou, mas foi premiado em nível nacional pela Acad. de Letras da Bahia, e publicado pela Relume-Dumará, hoje incorporada pela Ediouro, e com um prêmio de 15.000 pela Copene. Nele, descasco o Modernismo no que ele teve de arbitrário e arrogante, querendo - os brasileiros que pretenderam uma revolução, descobrindo a pólvora- refazer, mudar as regras da literatura, coisa completamente impossível, comparável a querer-se controlar os movimentos da terra; apenas uma tendência, digo eu, muito natural, de evolução das artes, e antiga como o mundo. Afinal você encontra realismo em Petrônio, naturalismo em Bocaccio, realismo em Murillo, swing em Beethoven; e é bastante difícil caracterizar e enquadrar escritores como Monteiro Lobato, Souzândrade, Coelho Neto, entre outros. E a literatura não mudou quase nada. Como a música, que continua utilizando 7 notas Só houve uma adaptação à contemporaneidade, procurando-se novas formas de expressão, dentro do que já existe desde que o mundo é mundo, e nunca sendo possível fugir-se de todo à moda. Vocês precisam olhar mais para a revisão, evitando os cochilos, muito naturais, aliás. No mais, parabéns, é um hiato criado para vocês que lidam com a responsabilidade de Vidas. Um momento bonito para respirar. Obrigada. Um abraço, Rejane” PARABÉNS AOS 100 ANOS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFMG EM 2011!! EXPEDIENTE: DIRETORIA 2010-2011. Presidente: Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki; 1º Vice-Presidente: Fahed Daher; 2º Vice-Presidente: Sonia Maria Barbosa Braga; 1º. Secretário: Paulo Maurício Piá de Andrade; 2º Secretário: Maurício Norberto Friedrich; 1º Tesoureiro: Maria Fernanda Caboclo Ribeiro; 2º Tesoureiro: Edival Perrini. Editor Responsável: Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki. Endereço eletrônico: sergiopitaki@gmail.com; fone: 41-9969-1233969-1233 BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011 PÁGINA 2
  • 3. Iseu de Santo Elias Affonso da Costa Carlos Ravazzani Iseu de Santo Elias Affonso da Costa, filho de Francisco Jejuhy Affonso da Costa e Iva Pereira Corrêa, nascido em Paranaguá, em 27 de outubro de 1926, mudou-se com a família para Curitiba quando ainda era adolescente. Após iniciar o curso de medicina na Faculdade de Medicina do Paraná (1945-1947), formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1950 e especializou-se em Cirurgia Cardiovascular. Teve longa carreira acadêmica: trabalhou no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde fez residência médica; exerceu as funções docentes de auxiliar de ensino a professor titular do Curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Em 1957, tornou-se livre-docente de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental; em 1961 foi transferido, como professor assistente, para a cadeira da 2ª Clínica Cirúrgica. Em 1978, prestou concurso pasra professor titular, apresentando a tese “Substituição da valva mitral pela prótese de Lilehei- Kaster”. Foi bolsista Heller na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, em São Francisco, Estados Unidos; bolsista da Fundação Alexander Von Humboldt em Düsseldorf e em Munique, Alemanha; e professor visitante na Universidade da Califórnia, em Irvine. Apresentou temas em 165 eventos científicos no país e exterior e atuou como conferencista, relator ou dirigente 174 vezes. Autor ou colaborador de 64 trabalhos médicos e 5 capítulos de livros. Foi um dos pioneiros da cirurgia cardíaca no Paraná e foi o responsável por estruturar, em 1967, o serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital de Caridade da Santa Casa de Curitiba, onde atuou de 1960 a 2004, quando deixou o exercício cirúrgico e a chefia do Serviço aos cuidados de seu filho, o também cirurgião Francisco Diniz Affonso da Costa. O Dr. Iseu foi um grande incentivador da implantação da Aliança Saúde PUCPR-Santa Casa homologada em 27 de agosto de 1999. Desde então ele ocupou, até a sua morte, o cargo de vice-provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Foi presidente da Associação Médica do Paraná de 1973 a 1975; vice-presidente da Associação Médica Brasileira; conselheiro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Presidente do Conselho Cultural da Fundação Santos Lima e Acadêmico fundador da Academia Paranaense de Medicina. Recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Paraná, em 1993; Diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados, conferido pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em 1995 e o título de Cidadão Honorário de Curitiba, em 1999. Além de intensa atuação na área médica, Dr. Iseu foi conselheiro do Conselho Regional de Medicina- CRM-PR de 1963 a 1968, onde também exerceu função de tesoureiro. Integrou por vários anos a Comissão Julgadora do prêmio de monografia do Conselho, participando, inclusive, da avaliação dos trabalhos deste ano e da solenidade para entrega do prêmio aos vencedores do concurso durante os festejos do Dia do Médico, realizado em 16 de outubro último. Na sede do Conselho, Dr. Iseu também deixou sua marca. Foi um dos autores, junto com o Dr. Carlos Ravazzani, da exposição permanente “Pioneiros da Medicina do Paraná”, inaugurada, em 2003, por ocasião da inauguração da nova sede do CRM-PR. Localizada no primeiro andar do prédio, os 30 painéis trazem um rico registro histórico da Medicina no Estado. 0 Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná há mais de 30 anos, atualmente era o seu 2 vice-presidente. Era um apaixonado pela história paranaense e em especial pela história da medicina. Escreveu numerosos artigos sobre a história da medicina paranaense publicados em jornais da capital e em boletins do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná e da Academia Paranaense de Medicina, além dos livros: “Szymon Kossobudzki – Patrono do Ensino da Cirurgia no Paraná” (1989), “História da Cirurgia Cardíaca Brasileira” (1996), “O Ensino da Medicina na Universidade Federal do Paraná”, junto com Eduardo Corrêa Lima (1997-2007) e “Patronos da Academia Paranaense de Medicina” (2003-2010) e os opúsculos “O primeiro alemão de Curitiba” e “ Os decendentes de Julia Guilhermina Muller Caillot e José de Santo Elias Affonso da Costa”(2007). Sobramista, poliglota, coxa-branca, gostava de um bom papo, e também de cinema, música clássica, pintura, charuto, cachimbo, um bom vinho e uma dose de um bom whisky. Faleceu em Curitiba, no último 4 de novembro, e foi sepultado neste mesmo dia no cemitério São Francisco de Paula. Tinha 84 anos e deixa viúva Arlete Diniz Affonso da Costa, três filhos – o médico Francisco Diniz Affonso da Costa, Julia Diniz Affonso da Costa e André Diniz Affonso da Costa – e quatro netos Ana Cláudia, Ana Beatriz, Pedro e Antonia. BOLETIM GRALHA AZUL – JANEIRO – 2011 PÁGINA 3