1. 26 Sábado, 22 de outubro de 2011ECONOMIA Jornal de Brasília
De acordo com a pesquisa Mercado de Luxo no Brasil, elaborada pela MCF Consultoria, Brasília é o terceiro maior mercado do País, perdendo
apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. No ano passado, o setor nacional de luxo faturou mais de R$ 15 bilhões, colocando o Brasil no sexto
lugar do ranking mundial. A previsão de crescimento para este ano, apesar da crise financeira, é de 33% e o faturamento esperado é de R$ 20
bilhões.
O mercado de Brasília envolve roupas e acessórios sofisticados, alta gastronomia, mobiliário, veículos importados, lanchas e helicópteros. O
ritmo de crescimento tem surpreendido os empresários que apostam na capital federal. De 2005 a 2009, a venda de carros importados
aumento mais de sete vezes. No primeiro semestre do ano passado, foram comercializados 7.747 veículos importados, o que representa aumento
de 28,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Expansão de marcas de luxo no País
2010 2011 (%)
São Paulo 71 66
Rio de Janeiro 40 44
Brasília 37 37
Porto Alegre 24 22
Curitiba 8 22
Belo Horizonte 29 34
Cidade mais promissora para o
crescimento do mercado de luxo (%)
2010
Brasília 42
Porto Alegre 1
Curitiba 7
Salvador 4
Recife 3
Belo Horizonte 19
Fonte: MCF Consultoria
CONSUMO
Brasília, capital do País e
l Setor encontra terreno fértil no coração do Brasil, que fica atrás apenas do eixo Rio/São Paulo
G Sheila Oliveira
sheila.oliveira@jornaldebrasilia.com.br
O
mercado de luxo em Brasília está em
franca expansão. Segundo pesquisa
da empresa MCF Consultoria, a ca-
pital federal é uma das cidades mais pro-
missoras deste setor e já ocupa o terceiro
lugar do ranking nacional com o maior
número de lojas exclusivas. Desde 2008,
maisde20marcasinternacionaisinstalaram
suas unidades a serviço dos brasilienses da
Classe A, pessoas com renda mensal acima
de 30 salários-mínimos (R$ 16 mil). Es-
tima-se que 3% da população do DF faça
parte deste mercado restrito. Além disso,
Brasília foi responsável por 23% do total de
expansões no mercado de luxo no País.
Eengana-sequempensaqueosmaiores
consumidoresdestesegmentosejamosfun-
cionários públicos, políticos e autoridades.
De acordo com a pesquisa, os principais
clientes são os empresários do ramo imo-
biliário e da área de tecnologia. Há ainda
donos de grandes escritórios de advo-
cacia, lojas de materiais de construção,
restaurantes sofisticados, além de fazen-
deiros. “Geralmente, os representantes
de marcas internacionais que desembar-
cam em Brasília são os próprios con-
sumidores deste mercado”, observa o
economista César Bergo.
MARCAS INTERNACIONAIS
Nesta última semana, mais uma grife
inaugurou uma unidade na cidade, a joa-
lheria americana Tiffany. A loja fica no
centro comercial que reúne o maior número
de marcas internacionais, o Shopping Igua-
temi. “A decisão de instalar uma loja em
Brasília levou em consideração o fato de a
cidade possuir a maior concentração de
pessoas da Classe A dentre as cinco capitais
que possuem o mercado de luxo em ex-
pansão”, explica Luciano Rodembusch, vi-
ce-presidente da marca na América Latina.
“É interessante que este mercado cresça,
pois assim o dinheiro gasto permanece na
economia local e não em outros estados ou
no exterior”, afirma Bergo. O maior des-
taque do mercado de luxo em Brasília é o
automobilístico. Especialistas do setor afir-
mam que a cada mês são negociados de oito
a 12 veículos importados. Segundo Bergo,
neste quesito Brasília não perde nem mes-
mo para São Paulo, que possui o maior
mercado de luxo do País. “Os clientes
brasilienses compram sem dó. Para eles, o
que menos importa é o preço do produto,
mas sim a marca”, revela o economista.
do mercado de luxo