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Os Primeiros
Ritmos Brasileiros
Jongo
Os negros montam
uma fogueira
e iluminam o terreio
com tochas.
Do outro lado, armam
uma barraca de
bambu
Para os pagodes,
arrasta-pé onde os
casais dançam
O calango ao som da
sanfona de oito
baixos e pandeiro.
O Jango ou caxambu é
um ritmo que teve suas
origens na região
africana do Congo-
Angola.
Chegou ao Brasil-Colônia
com os negros de origem
bantu traduzidos como
escravos para
O trabalho forçado nas
fazendas do café do Vale
de Rio Paraíba, no
interior dos estados do
Rio de Janeiro Minas e
São Paulo
Lundu
O lundu tem uma proveniência
adversa. Sabe-se que deriva da
musicalidade dos negros de Angola e
do Congo, que levaram para o Brasil a
sua tradicional dança da umbigada. No
século XIX, o português Alfredo de
Morais Sarmento descreveu uma
dança “essencialmente lasciva”,
capaz de reproduzir os “instinctos
brutaes” dos povos africanos. Segundo
o viajante: “Em Loanda [...],
o batuque consiste também n’um
circulo formado pelos dançadores,
indo para o meio um preto ou preta
que depois de executar vários passos,
vai dar uma embigada, a que
chamam semba, na pessoa que
escolhe, a qual vai para o meio do
circulo, substitui-lo”.
Roda de
Batuque
O que é estar em uma roda de batuque? É
um momento de reflexão de euforia, de
ligação com o sagrado. São muitas
coisas, são muitas emoções que passam
na cabeça de cada um que faz parte da
roda.
Estar em uma roda de batuque é ter a
certeza que estamos unidos por uma fé
comum, que nos faz pensar, que nos faz
crescer na certeza de uma vida melhor a
cada dia, de uma vida junto de nosso
Orixá.
A roda é de batuque é onde todos se
concentram, é uma união de forças em
prol de um objetivo comum, o de cultuar a
religião sagrada dos Orixás, para
aproximar as pessoas a cada dia do
sagrado.
Estar dançando em uma roda de batuque
é estar dançando junto com o sagrado, é
uma de uniao entre o profano e o sagrado
entre o Orum e o Aye.
Cabo.
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Os primeiros ritmos brasileiros

  • 3. Os negros montam uma fogueira e iluminam o terreio com tochas. Do outro lado, armam uma barraca de bambu Para os pagodes, arrasta-pé onde os casais dançam O calango ao som da sanfona de oito baixos e pandeiro.
  • 4. O Jango ou caxambu é um ritmo que teve suas origens na região africana do Congo- Angola. Chegou ao Brasil-Colônia com os negros de origem bantu traduzidos como escravos para O trabalho forçado nas fazendas do café do Vale de Rio Paraíba, no interior dos estados do Rio de Janeiro Minas e São Paulo
  • 6. O lundu tem uma proveniência adversa. Sabe-se que deriva da musicalidade dos negros de Angola e do Congo, que levaram para o Brasil a sua tradicional dança da umbigada. No século XIX, o português Alfredo de Morais Sarmento descreveu uma dança “essencialmente lasciva”, capaz de reproduzir os “instinctos brutaes” dos povos africanos. Segundo o viajante: “Em Loanda [...], o batuque consiste também n’um circulo formado pelos dançadores, indo para o meio um preto ou preta que depois de executar vários passos, vai dar uma embigada, a que chamam semba, na pessoa que escolhe, a qual vai para o meio do circulo, substitui-lo”.
  • 8. O que é estar em uma roda de batuque? É um momento de reflexão de euforia, de ligação com o sagrado. São muitas coisas, são muitas emoções que passam na cabeça de cada um que faz parte da roda. Estar em uma roda de batuque é ter a certeza que estamos unidos por uma fé comum, que nos faz pensar, que nos faz crescer na certeza de uma vida melhor a cada dia, de uma vida junto de nosso Orixá. A roda é de batuque é onde todos se concentram, é uma união de forças em prol de um objetivo comum, o de cultuar a religião sagrada dos Orixás, para aproximar as pessoas a cada dia do sagrado. Estar dançando em uma roda de batuque é estar dançando junto com o sagrado, é uma de uniao entre o profano e o sagrado entre o Orum e o Aye.