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A Identificação de
Perigos nas máquinas
Ferramenta
A Identificação de
Perigos nas máquinas
Ferramenta
Sofia Filipe
Sistemas de Gestão – Centimfe
Dezembro de 2010
Sofia Filipe
Sistemas de Gestão – Centimfe
Dezembro de 2010
Métodos de avaliação de riscos em
máquinas ferramenta
1. Introdução
2. Exemplo de perigos a considerar na
concepção de máquinas
3. Exemplo de perigos, riscos e situações de
risco a considerar na concepção nas
máquinas ferramenta
4. Normas relevantes
Introdução
Introdução
Porquê identificar perigos na fase da
concepção da máquina
• Os benefícios da avaliação de risco advém
da disciplina do processo e não da precisão
dos resultados.
• Uma abordagem sistemática da
identificação de perigos e redução dos
riscos permite a identificação de todos os
riscos relevantes.
Porquê identificar perigos na fase da
concepção da máquina
• A introdução de medidas de protecção
numa máquina já construída pode
aumentar os custos e pode restringir a
facilidade de uso da máquina.
• Essas alterações são geralmente menos
caras e mais eficazes na fase de concepção,
por isso é vantajoso realizar a avaliação dos
riscos durante o projecto da máquina.
Identificação de perigos e avaliação de
riscos na concepção de máquinas?
• É uma obrigação legal.
– A Directiva máquinas 2006/42/CE ‐ DL
103/2008, de 24 de Junho (desde 29 de
Dezembro de 2009) define os requisitos a
cumprir para a colocação de uma máquina no
mercado
Colocação de máquinas no mercado
(Directiva máquinas)
A colocação no mercado e a entrada em serviço
das máquinas só é possível se não
comprometer a segurança e saúde de quem
quer que seja. O que obriga o fabricante a:
– Assegurar que a máquina cumpre os requisitos
essenciais de segurança e saúde aplicáveis;
– Constituir o dossier técnico de fabrico;
– Emitir a declaração CE de conformidade e fazer a
aposição da marcação CE de conformidade na
máquina.
Processo técnico para as máquinas
(Directiva máquinas)
O processo técnico inclui os seguintes elementos:
a) Um processo de fabrico, constituído:
— Por uma descrição geral da máquina;
— Pelo desenho de conjunto da máquina e pelos desenhos dos
circuitos de comando, bem como pelas descrições e explicações
pertinentes necessárias para a compreensão do funcionamento
da máquina;
— Pelos desenhos de pormenor e completos, eventualmente
acompanhados de notas de cálculo, resultados de ensaios,
certificados, etc., que permitam verificar a conformidade da
máquina com os requisitos essenciais de saúde e de segurança;
— Pela documentação relativa à avaliação dos riscos, que deverá
demonstrar o procedimento seguido e incluir:
i) Uma lista dos requisitos essenciais de saúde e de segurança
aplicáveis à máquina;
Processo técnico para as máquinas
(Directiva máquinas)
ii) A descrição das medidas de protecção implementadas para
eliminar os perigos identificados ou reduzir os riscos e, se for
caso disso, uma indicação dos riscos residuais associados à
máquina;
— Pelas normas e outras especificações técnicas que tenham sido
utilizadas, acompanhadas da enumeração dos requisitos
essenciais de saúde e de segurança abrangidos por essas
normas;
— Por qualquer relatório técnico que forneça os resultados dos
ensaios efectuados pelo fabricante ou por um organismo
escolhido pelo fabricante ou pelo seu mandatário;
— Por uma cópia do manual de instruções da máquina;
— Se for caso disso, pelas declarações de incorporação das quase ‐
máquinas incorporadas e pelos manuais de montagem
pertinentes das mesmas;
— Se for caso disso, por uma cópia da declaração CE de
conformidade de máquinas ou de outros produtos incorporados
na máquina;
— Por uma cópia da declaração CE de conformidade;
Conteúdo da declaração de
conformidade
1) Denominação social e endereço completo do fabricante e, se for
o caso, do seu mandatário;
2) Nome e endereço da pessoa autorizada a compilar o processo
técnico, a qual deverá estar obrigatoriamente estabelecida na
Comunidade;
3) Descrição e identificação da máquina, incluindo: denominação
genérica, função, modelo, tipo, número de série e marca;
4) Declaração expressa de que a máquina satisfaz todas as
disposições relevantes da Directiva n.º 2006/42/CE e, se for
caso disso, declaração análoga quanto à conformidade com
outras directivas e ou disposições relevantes a que a máquina
dê cumprimento. Estas referências devem ser as dos textos
publicados no Jornal Oficial da União Europeia;
5) Sendo caso disso, nome, endereço e número de identificação do
organismo notificado que tiver efectuado o exame CE de tipo
referido no anexo IX, bem como o número do certificado de
exame CE de tipo;
Conteúdo da declaração de
conformidade
6) Sendo caso disso, nome, endereço e número de identificação do
organismo notificado que tiver aprovado o sistema de garantia
de qualidade total referido no anexo X;
7) Sendo caso disso, referência às normas harmonizadas
utilizadas, referidas no n.º 2 do artigo 6.º;
8) Sendo caso disso, referência a outras normas e especificações
técnicas que tiverem sido utilizadas;
9) Local e data da declaração;
10) Identificação e assinatura da pessoa habilitada a redigir esta
declaração em nome do fabricante ou do seu mandatário.
Identificação de
perigos na
concepção de
máquinas
Identificação de
perigos na
concepção de
máquinas
Identificação de perigos e avaliação
de riscos na concepção de uma
máquina
• Identificar o perigo
• Identificar o risco
• Avaliar o risco
• Definir medidas de prevenção
• Projectar e fabricar máquina de acordo com
medidas de prevenção definidas
Gestão de riscos
• A atenção dos projectistas deverá ser
focalizada nos acidentes que possam
ocorrer durante a vida da máquina a:
– Operador
– Outras pessoas que possam aceder às zonas
perigosas
Gestão de Riscos
• Em condições normais de utilização incluindo a
previsíveis utilizações inadequadas.
• Têm ainda de ser consideradas:
– Intervenção de outros intervenientes como
limpeza, afinação, manutenção e reparação
Prevenção integrada aplicada à
concepção da máquina
Prevenção integrada aplicada à
concepção da máquina
• No projecto da máquina deve identificar de
forma exaustiva os perigos, avaliar os riscos
e aplicar os seguintes princípios de
integração da segurança:
– Eliminar ou reduzir os riscos de acidente
– Tomar medidas de protecção nos riscos não
eliminados
– Informar os trabalhadores dos riscos que se
poderão materializar em acidente
Identificação de perigos
• Cada concepção e uso de uma máquina
deverá ser avaliada per si
• O grupo de perigos apresentado não é
exaustivo e deve ser tido como orientação e
não como lista de verificação
• A cada perigo pode corresponder uma ou
mais lesões, não existe correspondência
directa
Métodos de identificação de perigos
• Os métodos mais eficazes são os que são
estruturados para garantir que todas as
fases do ciclo de vida da máquina modos de
operação, funções e tarefas associadas são
examinadas ao pormenor.
Abordagem top‐down e bottom‐up
Abordagem recorrendo a listas de
verificação
• Listagem de perigos e potenciais lesões
• Listagem de situações perigosas (situações
onde pessoas estão expostas ao perigo)
• Listagem de fases de vida da máquina e
tarefas associadas (desde o transporte da
máquina até ao seu desmantelamento)
• Listagem de acontecimentos perigosos (por
exemplo contacto com superfícies quentes,
com peças em movimento, etc.)
Perigos Mecânicos
Perigo
aceleração, desaceleração;
zonas cortantes;
elementos elásticos;
a queda de objectos;
altura do solo;
alta pressão;
instabilidade;
energia cinética;
mobilidade de máquinas;
elementos móveis;
elementos rotativos;
superfície áspera, escorregadio;
arestas cortantes;
energia armazenada;
vácuo.
Potencial lesão
ser atropelado;
esmagamento;
corte ou amputação;
fricção ou abrasão;
impacto;
corte;
escorregar, tropeçar e cair;
Queimaduras;
asfixia.
Perigos Eléctricos
Origem
arco;
fenómenos electromagnéticos;
fenómenos electrostáticos;
zonas não protegidas
electricamente;
sobrecarga;
zonas que perderam protecção
eléctrica em condições de falha;
curto‐circuito;
radiação térmica.
Potencial lesão
queimaduras;
efeitos químicos;
efeitos sobre dispositivos médicos;
electrocussão;
projecção de partículas em fusão;
choque.
Perigos Térmicos
Perigo
explosão;
chama;
objectos ou materiais com uma
elevada ou baixa temperatura;
radiação de fontes de calor.
Potencial lesão
queimaduras;
desidratação;
desconforto;
congelamento;
lesões por radiação de calor
fontes;
escaldão.
Perigo de exposição ao ruído
Perigo
fuga de gás em alta velocidade;
processo de fabricação
(corte, etc);
partes móveis;
abrasão;
partes rotativas;
sistema pneumático;
peças desgastadas.
Potencial lesão
desconforto;
perda de consciência;
perda de equilíbrio;
perda permanente da audição;
stress;
zumbido;
cansaço;
Perigo de exposição à vibração
Perigo
desalinhamento das peças em
movimento;
equipamentos móveis;
abrasão;
equipamentos de vibração;
peças desgastadas.
Potencial lesão
desconforto;
desordem neurológica;
doença osteo‐articular;
trauma da coluna vertebral;
distúrbio vascular.
Perigo de exposição à radiação
Perigo
fonte de radiação ionizante;
radiação electromagnética de
baixa frequência;
radiação óptica (infravermelho,
visível e ultravioleta), incluindo
laser.
Potencial lesão
‐queimaduras
‐ efeitos sobre a capacidade
reprodutora
capacidade;
mutação genética;
cefaleias, insónias, etc
Perigo de contacto com substâncias
perigosas
Perigo
‐ aerossóis;
Agentes biológicos e
microbiológicos;
combustíveis;
poeira;
explosivos;
fibra;
inflamáveis;
fluido;
fumos;
gás;
névoa;
oxidante.
Potencial lesão
‐dificuldades respiratórias
‐ asfixia;
doenças cancerígenas;
corrosão;
efeitos sobre capacidade de
reprodução;
explosão;
fogo;
infecção;
mutação;
envenenamento;
sensibilização.
Perigo ergonómicos
Perigo
acessos nos equipamentos;
design ou a localização dos
dispositivos de comando
design, localização ou
identificação de dispositivos de
controle;
esforço;
cintilação, sombra, brilho,
efeito estroboscópico;
iluminação local;
sobrecarga mental;
postura;
actividade repetitiva;
visibilidade .
Potencial lesão
desconforto;
fadiga;
distúrbios osteomusculares;
stress.
Perigo relacionado com a envolvente
da máquina
Perigo
poeira e nevoeiro;
interferências
electromagnéticas;
relâmpago;
humidade;
poluição;
neve;
temperatura;
água;
vento;
falta de oxigénio.
Potencial lesão
‐ queimaduras;
doença leve;
escorregadelas, quedas;
asfixia.
Listagem de situações perigosas
• Operador a trabalhar perto da ferramenta
de corte
• Exposição a projecção de limalhas
• Operador trabalhar debaixo de carga em
suspensão
• Operador trabalhar perto de superfícies
com temperaturas extremas
• Operador trabalhar exposto ao ruído
emitido pela máquina
Listagem de fases do ciclo de vida da
máquina e tarefas associadas
• Transporte da máquina até local de
laboração
– Carga da máquina
– Transporte
– Acondicionamento da máquina para transporte
– Descarregar máquina
– Desempacotar
Outras fases da vida da máquina
• Instalação da máquina
• Afinação
• Funcionamento
• Limpeza e manutenção
• Arranjo de avarias
• Desmantelamento
• Listar tarefas para cada fase de vida da máquina
Listagem de acontecimentos
perigosos
• Contacto com zonas cortantes
• Projecção de líquidos a altas pressões
• Arco eléctrico
• Curto circuito
• Emissão de ruído com níveis acima do limite
legal
• Movimentos repetitivos
Grelha de recolha do processo
(Identificação de perigos)
Identificação da máquina Revisão:
Fontes de informação Data:
Responsáveis pela análise Página:
referência
fase da vida da
máquina Tarefa Zona perigosa Perigo Situação perigosa Acontecimento perigoso
1
Impacto por projecção de
ferramentas
Operadores expostos
ou outras pessoas nas
imediações da
máquina
Quebra da ferramenta
(causada por um ajuste
incorreto da altura do eixo,
ferramenta não adequada
para o tipo de peça (material,
atamnho, forma), uma
velocidade inadequada da
ferramenta , etc inadequada
fixação)
2
Impacto por projecção
das peças ou parte delas
Operadores expostos
ou outras pessoas nas
imediações da
máquina
Velocidade de corte
inadequada, quebra da
ferramenta, programação
errada
3
Impacto por projecção de
limalhas
Operadores expostos
ou outras pessoas nas
imediações da
máquina Ausência de protecções
4
Queda ao mesmo nível
Operadores expostos
ou outras pessoas que
circulem na zona
envolvente
Fugas, projecção de líquido
de corte
Em funcionamento Maquinação
Zona da
maquinação e
zona circundante
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Grelha de recolha do processo
(Avaliação de riscos)
referência S F O A RI S F O A RI
1
2
3
4
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Estimativa inicial do risco
Estimativa do risco depois de
implementadas as medidas de
controlo
Necessário
implementar
mais medidas?
redução do risco ‐ medidas de controlo de risco
Identificação da máquina
Fontes de informação
Responsáveis pela análise
Revisão:
Data:
Página:
Identificação de
perigos a
considerar na
concepção de
máquinas
ferramentas
Identificação de
perigos a
considerar na
concepção de
máquinas
ferramentas
Identificação de Perigos em
máquinas ferramenta
Riscos significativos nas máquinas
ferramenta
• Ejecção de ferramentas limalhas e aparas
• Aprisionamento ou arrastamento pelas
partes móveis da máquina, nomeadamente
mandris, ferramentas e peças a trabalhar
• Corte e esmagamento entre partes móveis
e fixas/móveis da máquina
• Escorregar, tropeçar e cair
Zonas mais perigosas nas máquinas
ferramenta
• Áreas de trabalho com veios em rotação
• Ferramenta
• Armazém de ferramentas externo e sistema
de mudança de ferramenta
• Zona de descarga de aparas e limalhas
Perigos Mecânicos
Zonas cortantes, peças em movimento,
Gravidade, peças em rotação
Elementos móveis contra elementos móveis e
elementos móveis contra elemento fixos
Lesão/Perigo
• De esmagamento – entre partes fixas e
partes móveis, incluindo a tarefa da fixação
da peça na máquina
• De amputação ‐ entre partes fixas e partes
móveis
• De corte – pela limalha e movimento da
ferramenta
• De estrangulamento – pelas partes móveis
Lesão/Perigo
• De imobilização ou prisão – pelas partes
móveis
• De choque por impacto ‐ pelas partes
móveis
• De golpe ou perfuração – ao fixar a peça e
nas intervenções na ferramenta
• De ejecção de por fluido a alta pressão –
alimentação de fluidos de refrigeração
Normas relevantes
• NP EN 12478:2010 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas‐ferramenta.
Tornos de comando numérico e centros de torneamento de grandes
dimensões. (corresponde à norma EN 12478:2000)
• EN ISO 13857:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Safety distances to
prevent hazard zones being reached by upper and lower limbs (ISO
13857:2008). (substitui as normas EN 294:1992; EN 811:1996; NP EN
294:1996; NP EN 811:2000)
• EN 349‐.1993+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Minimum gaps to
avoid crushing of parts of the human body. (substitui as normas EN
349:1993; NP EN 349:1996)
• EN 574‐:1996+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Two‐hand control
devices. Functional aspects ‐ Principles for design. (substitui as normas
EN 574:1996; NP EN 574:2000)
Normas relevantes
• EN 953‐:1997+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Guards. General
requirements for the design and construction of fixed and movable
guards. (substitui as normas EN 953:1997; NP EN 953:2000)
• EN 1088‐:1995+A2:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Interlocking
devices associated with guards. Principles for design and selection.
(substitui a norma EN 1088:1995)
• EN 982‐:1996+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Safety
requirements for fluid power systems and their components.
Hydraulics. (susbtitui as normas EN 982:1996; NP EN 982:1999)
Perigos eléctricos
Contacto com electricidade
Lesão/Perigo
• Por contacto directo e indirecto – no
equipamento eléctrico durante a
manutenção
Normas relevantes
• EN 60204‐1:2006 (Ed. 4) ‐ Segurança de máquinas ‐ Equipamento
eléctrico de máquinas. Parte 1: Requisitos gerais. (substitui a norma
EN 60204‐1:1997)
Perigos térmicos
Contacto com zonas com temperaturas extremas
Lesão/Perigo
• Queimaduras, escaldanços e outros
ferimentos pelo contacto de pessoas com
objectos ou materiais com temperaturas
extremas – contacto com a limalha
Perigo de exposição ao ruído
Exposição ao ruído
Lesão/Perigo
• Perda de audição, perda de equilíbrio ou
consciência – em operações de corte
Normas relevantes
• EN ISO 3746:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação dos níveis de potência
acústica emitidos pelas fontes de ruído a partir da pressão acústica.
Método de inspecção usando um plano reflector sobre uma superfície
fechada de medição (ISO 3746:1995). (substitui a norma EN ISO
3746:1995)
• EN ISO 11202:2010 (Ed. 3) ‐ Acústica. Ruído emitido por máquinas e
equipamentos. Determinação dos níveis de pressão sonora de emissão
num posto de trabalho e em outras posições especificadas, considerando
correcções ambientais aproximadas (ISO 11202:2010). (substitui a norma
EN ISO 11202:2009)
• EN ISO 3744:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica.. Determinação dos níveis de potência
sonora e dos níveis de energia sonora emitidos por fontes de ruído a partir
da medição da pressão sonora.. Método de engenharia em condições
semelhantes às de campo livre sobre plano reflector (ISO/DIS 3744:2006).
(substitui a norma EN ISO 3744:1995; NP EN ISO 3744:1999)
Normas relevantes
• EN ISO 9614‐1:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação do nível de
potência de fontes sonoras com o método de intensimetria. Parte 1:
Medição em pontos discretos (ISO 9614‐1:1993).
• EN ISO 9614‐3:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação dos níveis de
potência sonora de fontes de ruído a partir da intensidade sonora.
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• EN ISO 11688‐1:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Prática recomendada para a
concepção de máquinas e equipamentos de ruído reduzido. Parte 1:
Planificação (ISO/TR 11688‐1:1995).
Perigo de exposição à radiação
Exposição a laser
Lesão/Perigo
• Baixa frequência, rádio frequência e micro
ondas – no equipamento eléctrico durante
manutenção
• Laser – durante a afinação da fonte laser
Normas relevantes
• EN 60825‐1:2007 (Ed. 2) ‐ Segurança de equipamentos laser. Parte 1:
Classificação e requisitos dos equipamentos.
Perigo por contacto com substâncias
perigosas
Exposição a fumos
Lesão/Perigo
• Por contacto ou inalação de fluidos e
partículas perigosas (gases, fumos e
poeiras) – nos circuitos dos fluidos de corte,
na afinação, funcionamento/manutenção
• Biológico ou micro biológico – nos fluidos
de corte, na carga e descarga das peças e
nas operações de manutenção
Perigos ergonómicos
Posturas incorrectas, posicionamento dos dispositivos de comando
Lesão/Perigo
• Posturas incorrectas ou esforço excessivo –
montagem e desmontagem de ferramentas
e carga e descarga de peças
• Anatomia do braço‐mão ou perna‐pé ‐
montagem e desmontagem de ferramentas
e carga e descarga de peças
• Iluminação – em operações de corte,
durante as afinações, no posicionamento da
peça a trabalhar
Normas relevantes
• EN 614‐1:2006+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Princípios de
concepção ergonómica. Parte 1: Terminologia e princípios gerais.
• EN 614‐2:2000+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Princípios de
concepção ergonómica. Parte 2: Interacções entre a concepção de
máquinas e as tarefas de trabalho.
• EN 1005‐1:2001+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical
performance. Part 1: Terms and definitions.
• EN 1005‐2:2003+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical
performance. Part 2: Manual handling of machinery and component parts
of machinery.
• EN 1005‐3:2002+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical
performance. Part 3: Recommended force limits for machinery operation.
• EN 1005‐4:2005+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical
performance. Part 4: Evaluation of working postures and movements in
relation to machinery.
• EN 1837‐1999+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Integral lighting of
machines.
Perigo de arranque inesperado
Lesão/Perigo
• Falha/sistema descontrolado – mau
funcionamento e consequente erro de
comando, falha na fixação da peça
• Retorno de energia após corte – durante
maquinação e reparação
Normas relevantes
• EN 60204‐1:2006 (Ed. 4) ‐ Segurança de máquinas ‐ Equipamento
eléctrico de máquinas. Parte 1: Requisitos gerais. (substitui a norma
EN 60204‐1:1997)
• EN 954‐1:1996 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Partes dos sistemas
de comando relacionadas com a segurança. Parte 1: Princípios gerais
de concepção.
• EN 1037‐:1995+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas.. Prevenção a
um arranque inesperado
Outras Lesões/Perigos
• Falha do circuito de comando – falha não
detectável do sistema de comando que causa
inesperado disfuncionamento, movimentos
descontrolados durante a mudança ou fixação
de peças ou ferramentas. Mudança de
ferramenta
• Erros de afinação – durante a mudança de
ferramenta
• Paragem durante o funcionamento – durante a
maquinação
Outras Lesões/Perigos
• Falhas com ejecção de elementos ou fugas
– na fixação de peça a trabalhar, durante a
maquinação, na refrigeração e na limalha
• Escorregar, tropeçar e cair – se existir fuga
de líquido de refrigeração
Normas relevantes
• EN 954‐1:1996 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Partes dos sistemas
de comando relacionadas com a segurança. Parte 1: Princípios gerais
de concepção.
E quando a máquina está em uso
• A identificação de perigos e avaliação de
riscos do equipamento de trabalho de uma
organização é um processo da
responsabilidade do empregador (DL
50/2005). É um processo contínuo…
Identificação de perigos na utilização
do equipamento
Abordagem de cima para baixo
(lesão – perigo)
• Uma abordagem de cima para baixo é aquele que
toma como ponto de partida uma lista de
verificação de possíveis consequências (por
exemplo, o corte, o esmagamento, a perda auditiva)
e estabelece o que poderia causar o dano (a
situação perigosa, zona perigosa e daí o perigo em
si).
• Cada item na lista é aplicado a todas as fases de
utilização da máquina,
• Um dos inconvenientes de uma abordagem de cima
para baixo é o excesso de dependência da equipe na
lista de verificação, que podem estar incompleta.
Abordagem de baixo para cima
(perigo – lesão)
• A abordagem ascendente começa por
analisar todos os perigos e identifica todas
as situações perigosas (por exemplo, falha
do componente, o erro humano, mau
funcionamento ou acção inesperada da
máquina) e como isso pode levar ao dano.
• A abordagem de baixo para cima pode ser
mais abrangente e completa mas também
pode ser proibitivamente demorado.

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  • 1. A Identificação de Perigos nas máquinas Ferramenta A Identificação de Perigos nas máquinas Ferramenta Sofia Filipe Sistemas de Gestão – Centimfe Dezembro de 2010 Sofia Filipe Sistemas de Gestão – Centimfe Dezembro de 2010
  • 2. Métodos de avaliação de riscos em máquinas ferramenta 1. Introdução 2. Exemplo de perigos a considerar na concepção de máquinas 3. Exemplo de perigos, riscos e situações de risco a considerar na concepção nas máquinas ferramenta 4. Normas relevantes
  • 4. Porquê identificar perigos na fase da concepção da máquina • Os benefícios da avaliação de risco advém da disciplina do processo e não da precisão dos resultados. • Uma abordagem sistemática da identificação de perigos e redução dos riscos permite a identificação de todos os riscos relevantes.
  • 5. Porquê identificar perigos na fase da concepção da máquina • A introdução de medidas de protecção numa máquina já construída pode aumentar os custos e pode restringir a facilidade de uso da máquina. • Essas alterações são geralmente menos caras e mais eficazes na fase de concepção, por isso é vantajoso realizar a avaliação dos riscos durante o projecto da máquina.
  • 6. Identificação de perigos e avaliação de riscos na concepção de máquinas? • É uma obrigação legal. – A Directiva máquinas 2006/42/CE ‐ DL 103/2008, de 24 de Junho (desde 29 de Dezembro de 2009) define os requisitos a cumprir para a colocação de uma máquina no mercado
  • 7. Colocação de máquinas no mercado (Directiva máquinas) A colocação no mercado e a entrada em serviço das máquinas só é possível se não comprometer a segurança e saúde de quem quer que seja. O que obriga o fabricante a: – Assegurar que a máquina cumpre os requisitos essenciais de segurança e saúde aplicáveis; – Constituir o dossier técnico de fabrico; – Emitir a declaração CE de conformidade e fazer a aposição da marcação CE de conformidade na máquina.
  • 8. Processo técnico para as máquinas (Directiva máquinas) O processo técnico inclui os seguintes elementos: a) Um processo de fabrico, constituído: — Por uma descrição geral da máquina; — Pelo desenho de conjunto da máquina e pelos desenhos dos circuitos de comando, bem como pelas descrições e explicações pertinentes necessárias para a compreensão do funcionamento da máquina; — Pelos desenhos de pormenor e completos, eventualmente acompanhados de notas de cálculo, resultados de ensaios, certificados, etc., que permitam verificar a conformidade da máquina com os requisitos essenciais de saúde e de segurança; — Pela documentação relativa à avaliação dos riscos, que deverá demonstrar o procedimento seguido e incluir: i) Uma lista dos requisitos essenciais de saúde e de segurança aplicáveis à máquina;
  • 9. Processo técnico para as máquinas (Directiva máquinas) ii) A descrição das medidas de protecção implementadas para eliminar os perigos identificados ou reduzir os riscos e, se for caso disso, uma indicação dos riscos residuais associados à máquina; — Pelas normas e outras especificações técnicas que tenham sido utilizadas, acompanhadas da enumeração dos requisitos essenciais de saúde e de segurança abrangidos por essas normas; — Por qualquer relatório técnico que forneça os resultados dos ensaios efectuados pelo fabricante ou por um organismo escolhido pelo fabricante ou pelo seu mandatário; — Por uma cópia do manual de instruções da máquina; — Se for caso disso, pelas declarações de incorporação das quase ‐ máquinas incorporadas e pelos manuais de montagem pertinentes das mesmas; — Se for caso disso, por uma cópia da declaração CE de conformidade de máquinas ou de outros produtos incorporados na máquina; — Por uma cópia da declaração CE de conformidade;
  • 10. Conteúdo da declaração de conformidade 1) Denominação social e endereço completo do fabricante e, se for o caso, do seu mandatário; 2) Nome e endereço da pessoa autorizada a compilar o processo técnico, a qual deverá estar obrigatoriamente estabelecida na Comunidade; 3) Descrição e identificação da máquina, incluindo: denominação genérica, função, modelo, tipo, número de série e marca; 4) Declaração expressa de que a máquina satisfaz todas as disposições relevantes da Directiva n.º 2006/42/CE e, se for caso disso, declaração análoga quanto à conformidade com outras directivas e ou disposições relevantes a que a máquina dê cumprimento. Estas referências devem ser as dos textos publicados no Jornal Oficial da União Europeia; 5) Sendo caso disso, nome, endereço e número de identificação do organismo notificado que tiver efectuado o exame CE de tipo referido no anexo IX, bem como o número do certificado de exame CE de tipo;
  • 11. Conteúdo da declaração de conformidade 6) Sendo caso disso, nome, endereço e número de identificação do organismo notificado que tiver aprovado o sistema de garantia de qualidade total referido no anexo X; 7) Sendo caso disso, referência às normas harmonizadas utilizadas, referidas no n.º 2 do artigo 6.º; 8) Sendo caso disso, referência a outras normas e especificações técnicas que tiverem sido utilizadas; 9) Local e data da declaração; 10) Identificação e assinatura da pessoa habilitada a redigir esta declaração em nome do fabricante ou do seu mandatário.
  • 12. Identificação de perigos na concepção de máquinas Identificação de perigos na concepção de máquinas
  • 13. Identificação de perigos e avaliação de riscos na concepção de uma máquina • Identificar o perigo • Identificar o risco • Avaliar o risco • Definir medidas de prevenção • Projectar e fabricar máquina de acordo com medidas de prevenção definidas
  • 14. Gestão de riscos • A atenção dos projectistas deverá ser focalizada nos acidentes que possam ocorrer durante a vida da máquina a: – Operador – Outras pessoas que possam aceder às zonas perigosas
  • 15. Gestão de Riscos • Em condições normais de utilização incluindo a previsíveis utilizações inadequadas. • Têm ainda de ser consideradas: – Intervenção de outros intervenientes como limpeza, afinação, manutenção e reparação
  • 16. Prevenção integrada aplicada à concepção da máquina
  • 17. Prevenção integrada aplicada à concepção da máquina • No projecto da máquina deve identificar de forma exaustiva os perigos, avaliar os riscos e aplicar os seguintes princípios de integração da segurança: – Eliminar ou reduzir os riscos de acidente – Tomar medidas de protecção nos riscos não eliminados – Informar os trabalhadores dos riscos que se poderão materializar em acidente
  • 18. Identificação de perigos • Cada concepção e uso de uma máquina deverá ser avaliada per si • O grupo de perigos apresentado não é exaustivo e deve ser tido como orientação e não como lista de verificação • A cada perigo pode corresponder uma ou mais lesões, não existe correspondência directa
  • 19. Métodos de identificação de perigos • Os métodos mais eficazes são os que são estruturados para garantir que todas as fases do ciclo de vida da máquina modos de operação, funções e tarefas associadas são examinadas ao pormenor.
  • 20. Abordagem top‐down e bottom‐up
  • 21. Abordagem recorrendo a listas de verificação • Listagem de perigos e potenciais lesões • Listagem de situações perigosas (situações onde pessoas estão expostas ao perigo) • Listagem de fases de vida da máquina e tarefas associadas (desde o transporte da máquina até ao seu desmantelamento) • Listagem de acontecimentos perigosos (por exemplo contacto com superfícies quentes, com peças em movimento, etc.)
  • 22. Perigos Mecânicos Perigo aceleração, desaceleração; zonas cortantes; elementos elásticos; a queda de objectos; altura do solo; alta pressão; instabilidade; energia cinética; mobilidade de máquinas; elementos móveis; elementos rotativos; superfície áspera, escorregadio; arestas cortantes; energia armazenada; vácuo. Potencial lesão ser atropelado; esmagamento; corte ou amputação; fricção ou abrasão; impacto; corte; escorregar, tropeçar e cair; Queimaduras; asfixia.
  • 23. Perigos Eléctricos Origem arco; fenómenos electromagnéticos; fenómenos electrostáticos; zonas não protegidas electricamente; sobrecarga; zonas que perderam protecção eléctrica em condições de falha; curto‐circuito; radiação térmica. Potencial lesão queimaduras; efeitos químicos; efeitos sobre dispositivos médicos; electrocussão; projecção de partículas em fusão; choque.
  • 24. Perigos Térmicos Perigo explosão; chama; objectos ou materiais com uma elevada ou baixa temperatura; radiação de fontes de calor. Potencial lesão queimaduras; desidratação; desconforto; congelamento; lesões por radiação de calor fontes; escaldão.
  • 25. Perigo de exposição ao ruído Perigo fuga de gás em alta velocidade; processo de fabricação (corte, etc); partes móveis; abrasão; partes rotativas; sistema pneumático; peças desgastadas. Potencial lesão desconforto; perda de consciência; perda de equilíbrio; perda permanente da audição; stress; zumbido; cansaço;
  • 26. Perigo de exposição à vibração Perigo desalinhamento das peças em movimento; equipamentos móveis; abrasão; equipamentos de vibração; peças desgastadas. Potencial lesão desconforto; desordem neurológica; doença osteo‐articular; trauma da coluna vertebral; distúrbio vascular.
  • 27. Perigo de exposição à radiação Perigo fonte de radiação ionizante; radiação electromagnética de baixa frequência; radiação óptica (infravermelho, visível e ultravioleta), incluindo laser. Potencial lesão ‐queimaduras ‐ efeitos sobre a capacidade reprodutora capacidade; mutação genética; cefaleias, insónias, etc
  • 28. Perigo de contacto com substâncias perigosas Perigo ‐ aerossóis; Agentes biológicos e microbiológicos; combustíveis; poeira; explosivos; fibra; inflamáveis; fluido; fumos; gás; névoa; oxidante. Potencial lesão ‐dificuldades respiratórias ‐ asfixia; doenças cancerígenas; corrosão; efeitos sobre capacidade de reprodução; explosão; fogo; infecção; mutação; envenenamento; sensibilização.
  • 29. Perigo ergonómicos Perigo acessos nos equipamentos; design ou a localização dos dispositivos de comando design, localização ou identificação de dispositivos de controle; esforço; cintilação, sombra, brilho, efeito estroboscópico; iluminação local; sobrecarga mental; postura; actividade repetitiva; visibilidade . Potencial lesão desconforto; fadiga; distúrbios osteomusculares; stress.
  • 30. Perigo relacionado com a envolvente da máquina Perigo poeira e nevoeiro; interferências electromagnéticas; relâmpago; humidade; poluição; neve; temperatura; água; vento; falta de oxigénio. Potencial lesão ‐ queimaduras; doença leve; escorregadelas, quedas; asfixia.
  • 31. Listagem de situações perigosas • Operador a trabalhar perto da ferramenta de corte • Exposição a projecção de limalhas • Operador trabalhar debaixo de carga em suspensão • Operador trabalhar perto de superfícies com temperaturas extremas • Operador trabalhar exposto ao ruído emitido pela máquina
  • 32. Listagem de fases do ciclo de vida da máquina e tarefas associadas • Transporte da máquina até local de laboração – Carga da máquina – Transporte – Acondicionamento da máquina para transporte – Descarregar máquina – Desempacotar
  • 33. Outras fases da vida da máquina • Instalação da máquina • Afinação • Funcionamento • Limpeza e manutenção • Arranjo de avarias • Desmantelamento • Listar tarefas para cada fase de vida da máquina
  • 34. Listagem de acontecimentos perigosos • Contacto com zonas cortantes • Projecção de líquidos a altas pressões • Arco eléctrico • Curto circuito • Emissão de ruído com níveis acima do limite legal • Movimentos repetitivos
  • 35. Grelha de recolha do processo (Identificação de perigos) Identificação da máquina Revisão: Fontes de informação Data: Responsáveis pela análise Página: referência fase da vida da máquina Tarefa Zona perigosa Perigo Situação perigosa Acontecimento perigoso 1 Impacto por projecção de ferramentas Operadores expostos ou outras pessoas nas imediações da máquina Quebra da ferramenta (causada por um ajuste incorreto da altura do eixo, ferramenta não adequada para o tipo de peça (material, atamnho, forma), uma velocidade inadequada da ferramenta , etc inadequada fixação) 2 Impacto por projecção das peças ou parte delas Operadores expostos ou outras pessoas nas imediações da máquina Velocidade de corte inadequada, quebra da ferramenta, programação errada 3 Impacto por projecção de limalhas Operadores expostos ou outras pessoas nas imediações da máquina Ausência de protecções 4 Queda ao mesmo nível Operadores expostos ou outras pessoas que circulem na zona envolvente Fugas, projecção de líquido de corte Em funcionamento Maquinação Zona da maquinação e zona circundante IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
  • 36. Grelha de recolha do processo (Avaliação de riscos) referência S F O A RI S F O A RI 1 2 3 4 AVALIAÇÃO DE RISCOS Estimativa inicial do risco Estimativa do risco depois de implementadas as medidas de controlo Necessário implementar mais medidas? redução do risco ‐ medidas de controlo de risco Identificação da máquina Fontes de informação Responsáveis pela análise Revisão: Data: Página:
  • 37. Identificação de perigos a considerar na concepção de máquinas ferramentas Identificação de perigos a considerar na concepção de máquinas ferramentas
  • 38. Identificação de Perigos em máquinas ferramenta
  • 39. Riscos significativos nas máquinas ferramenta • Ejecção de ferramentas limalhas e aparas • Aprisionamento ou arrastamento pelas partes móveis da máquina, nomeadamente mandris, ferramentas e peças a trabalhar • Corte e esmagamento entre partes móveis e fixas/móveis da máquina • Escorregar, tropeçar e cair
  • 40. Zonas mais perigosas nas máquinas ferramenta • Áreas de trabalho com veios em rotação • Ferramenta • Armazém de ferramentas externo e sistema de mudança de ferramenta • Zona de descarga de aparas e limalhas
  • 41. Perigos Mecânicos Zonas cortantes, peças em movimento,
  • 42. Gravidade, peças em rotação
  • 43. Elementos móveis contra elementos móveis e elementos móveis contra elemento fixos
  • 44. Lesão/Perigo • De esmagamento – entre partes fixas e partes móveis, incluindo a tarefa da fixação da peça na máquina • De amputação ‐ entre partes fixas e partes móveis • De corte – pela limalha e movimento da ferramenta • De estrangulamento – pelas partes móveis
  • 45. Lesão/Perigo • De imobilização ou prisão – pelas partes móveis • De choque por impacto ‐ pelas partes móveis • De golpe ou perfuração – ao fixar a peça e nas intervenções na ferramenta • De ejecção de por fluido a alta pressão – alimentação de fluidos de refrigeração
  • 46. Normas relevantes • NP EN 12478:2010 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas‐ferramenta. Tornos de comando numérico e centros de torneamento de grandes dimensões. (corresponde à norma EN 12478:2000) • EN ISO 13857:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Safety distances to prevent hazard zones being reached by upper and lower limbs (ISO 13857:2008). (substitui as normas EN 294:1992; EN 811:1996; NP EN 294:1996; NP EN 811:2000) • EN 349‐.1993+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Minimum gaps to avoid crushing of parts of the human body. (substitui as normas EN 349:1993; NP EN 349:1996) • EN 574‐:1996+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Two‐hand control devices. Functional aspects ‐ Principles for design. (substitui as normas EN 574:1996; NP EN 574:2000)
  • 47. Normas relevantes • EN 953‐:1997+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Guards. General requirements for the design and construction of fixed and movable guards. (substitui as normas EN 953:1997; NP EN 953:2000) • EN 1088‐:1995+A2:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Interlocking devices associated with guards. Principles for design and selection. (substitui a norma EN 1088:1995) • EN 982‐:1996+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Safety requirements for fluid power systems and their components. Hydraulics. (susbtitui as normas EN 982:1996; NP EN 982:1999)
  • 49. Lesão/Perigo • Por contacto directo e indirecto – no equipamento eléctrico durante a manutenção
  • 50. Normas relevantes • EN 60204‐1:2006 (Ed. 4) ‐ Segurança de máquinas ‐ Equipamento eléctrico de máquinas. Parte 1: Requisitos gerais. (substitui a norma EN 60204‐1:1997)
  • 51. Perigos térmicos Contacto com zonas com temperaturas extremas
  • 52. Lesão/Perigo • Queimaduras, escaldanços e outros ferimentos pelo contacto de pessoas com objectos ou materiais com temperaturas extremas – contacto com a limalha
  • 53. Perigo de exposição ao ruído Exposição ao ruído
  • 54. Lesão/Perigo • Perda de audição, perda de equilíbrio ou consciência – em operações de corte
  • 55. Normas relevantes • EN ISO 3746:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação dos níveis de potência acústica emitidos pelas fontes de ruído a partir da pressão acústica. Método de inspecção usando um plano reflector sobre uma superfície fechada de medição (ISO 3746:1995). (substitui a norma EN ISO 3746:1995) • EN ISO 11202:2010 (Ed. 3) ‐ Acústica. Ruído emitido por máquinas e equipamentos. Determinação dos níveis de pressão sonora de emissão num posto de trabalho e em outras posições especificadas, considerando correcções ambientais aproximadas (ISO 11202:2010). (substitui a norma EN ISO 11202:2009) • EN ISO 3744:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica.. Determinação dos níveis de potência sonora e dos níveis de energia sonora emitidos por fontes de ruído a partir da medição da pressão sonora.. Método de engenharia em condições semelhantes às de campo livre sobre plano reflector (ISO/DIS 3744:2006). (substitui a norma EN ISO 3744:1995; NP EN ISO 3744:1999)
  • 56. Normas relevantes • EN ISO 9614‐1:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação do nível de potência de fontes sonoras com o método de intensimetria. Parte 1: Medição em pontos discretos (ISO 9614‐1:1993). • EN ISO 9614‐3:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Determinação dos níveis de potência sonora de fontes de ruído a partir da intensidade sonora. Parte 3: Método de precisão de medição (ISO 9614‐3:2002). • EN ISO 11688‐1:2009 (Ed. 2) ‐ Acústica. Prática recomendada para a concepção de máquinas e equipamentos de ruído reduzido. Parte 1: Planificação (ISO/TR 11688‐1:1995).
  • 57. Perigo de exposição à radiação Exposição a laser
  • 58. Lesão/Perigo • Baixa frequência, rádio frequência e micro ondas – no equipamento eléctrico durante manutenção • Laser – durante a afinação da fonte laser
  • 59. Normas relevantes • EN 60825‐1:2007 (Ed. 2) ‐ Segurança de equipamentos laser. Parte 1: Classificação e requisitos dos equipamentos.
  • 60. Perigo por contacto com substâncias perigosas Exposição a fumos
  • 61. Lesão/Perigo • Por contacto ou inalação de fluidos e partículas perigosas (gases, fumos e poeiras) – nos circuitos dos fluidos de corte, na afinação, funcionamento/manutenção • Biológico ou micro biológico – nos fluidos de corte, na carga e descarga das peças e nas operações de manutenção
  • 62. Perigos ergonómicos Posturas incorrectas, posicionamento dos dispositivos de comando
  • 63. Lesão/Perigo • Posturas incorrectas ou esforço excessivo – montagem e desmontagem de ferramentas e carga e descarga de peças • Anatomia do braço‐mão ou perna‐pé ‐ montagem e desmontagem de ferramentas e carga e descarga de peças • Iluminação – em operações de corte, durante as afinações, no posicionamento da peça a trabalhar
  • 64. Normas relevantes • EN 614‐1:2006+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Princípios de concepção ergonómica. Parte 1: Terminologia e princípios gerais. • EN 614‐2:2000+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Princípios de concepção ergonómica. Parte 2: Interacções entre a concepção de máquinas e as tarefas de trabalho. • EN 1005‐1:2001+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical performance. Part 1: Terms and definitions. • EN 1005‐2:2003+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical performance. Part 2: Manual handling of machinery and component parts of machinery. • EN 1005‐3:2002+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical performance. Part 3: Recommended force limits for machinery operation. • EN 1005‐4:2005+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Human physical performance. Part 4: Evaluation of working postures and movements in relation to machinery. • EN 1837‐1999+A1:2009 (Ed. 1) ‐ Safety of machinery. Integral lighting of machines.
  • 65. Perigo de arranque inesperado
  • 66. Lesão/Perigo • Falha/sistema descontrolado – mau funcionamento e consequente erro de comando, falha na fixação da peça • Retorno de energia após corte – durante maquinação e reparação
  • 67. Normas relevantes • EN 60204‐1:2006 (Ed. 4) ‐ Segurança de máquinas ‐ Equipamento eléctrico de máquinas. Parte 1: Requisitos gerais. (substitui a norma EN 60204‐1:1997) • EN 954‐1:1996 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Partes dos sistemas de comando relacionadas com a segurança. Parte 1: Princípios gerais de concepção. • EN 1037‐:1995+A1:2008 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas.. Prevenção a um arranque inesperado
  • 68. Outras Lesões/Perigos • Falha do circuito de comando – falha não detectável do sistema de comando que causa inesperado disfuncionamento, movimentos descontrolados durante a mudança ou fixação de peças ou ferramentas. Mudança de ferramenta • Erros de afinação – durante a mudança de ferramenta • Paragem durante o funcionamento – durante a maquinação
  • 69. Outras Lesões/Perigos • Falhas com ejecção de elementos ou fugas – na fixação de peça a trabalhar, durante a maquinação, na refrigeração e na limalha • Escorregar, tropeçar e cair – se existir fuga de líquido de refrigeração
  • 70. Normas relevantes • EN 954‐1:1996 (Ed. 1) ‐ Segurança de máquinas. Partes dos sistemas de comando relacionadas com a segurança. Parte 1: Princípios gerais de concepção.
  • 71. E quando a máquina está em uso • A identificação de perigos e avaliação de riscos do equipamento de trabalho de uma organização é um processo da responsabilidade do empregador (DL 50/2005). É um processo contínuo…
  • 72. Identificação de perigos na utilização do equipamento
  • 73. Abordagem de cima para baixo (lesão – perigo) • Uma abordagem de cima para baixo é aquele que toma como ponto de partida uma lista de verificação de possíveis consequências (por exemplo, o corte, o esmagamento, a perda auditiva) e estabelece o que poderia causar o dano (a situação perigosa, zona perigosa e daí o perigo em si). • Cada item na lista é aplicado a todas as fases de utilização da máquina, • Um dos inconvenientes de uma abordagem de cima para baixo é o excesso de dependência da equipe na lista de verificação, que podem estar incompleta.
  • 74. Abordagem de baixo para cima (perigo – lesão) • A abordagem ascendente começa por analisar todos os perigos e identifica todas as situações perigosas (por exemplo, falha do componente, o erro humano, mau funcionamento ou acção inesperada da máquina) e como isso pode levar ao dano. • A abordagem de baixo para cima pode ser mais abrangente e completa mas também pode ser proibitivamente demorado.