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zações operam é, por defini-
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mudanças, mesmo quando
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vem sofrendo com o abando-
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nistradores municipais.
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compareceu ao debate entre
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tro Comunitário do distrito.
Tinha coisa mais importante
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go 82 da LOM, em que os sub-
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foi um desastre em termos
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ambiental pelo corredor do Ri-
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maram conta daquele barran-
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bra é uma “Gleba Não Cadas-
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ve o Shopping Parque Dom
Pedro e o prolongamento da
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mos barrar a construção do
reserva Dom Pedro, um con-
domínio para 24 mil pessoas
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zenda Santa Paula para 30
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Rio Atibaia. Nem a prefeitura
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trito quer.
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Geraldo serão os mais afeta-
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blico e tudo mais, para prote-
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Quem viver verá e o vizi-
nho campineiro há de agrade-
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Opinião
Lembro do Tim, um america-
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lia dele recebia indenização
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bilizou pelo ocorrido. Recente-
mente tivemos um episódio
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complicado, ainda mais em
nosso país onde as pessoas
adoram criar bichos de sete
cabeças, estimuladas pela ig-
norância. Devido ao fato de
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vores na nossa cidade, e por
ser extremamente burocráti-
co retirar uma árvore, identifi-
co duas vertentes de opiniões
claras a respeito deste assun-
to que, em conflito, contri-
buem com o bicho de sete ca-
beças. Ambientalistas intransi-
gentes contra o corte de árvo-
res devido à escassez e muní-
cipes que odeiam árvores pe-
lo risco e dificuldades burocrá-
ticas em manejá-las.
Meu princípio para acabar
com este bicho é simples, te-
mos que plantar e cortar árvo-
res todos os dias. Temos que
ter árvores de diferentes ida-
des e portes crescendo lado a
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uma rua, para que uma prote-
ja a outra diminuindo a força
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lada que cresceu em um can-
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cendo juntas, se for cortada
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restal urbano priorizando, o
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vores, a condução das árvores
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da sem burocracia de árvores
problemáticas, teremos uma
arborização saudável e com
menor risco.
A prefeitura de campinas
insiste em executar somente
podas de emergência e pouca
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calçadas, que quando feito
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veis, criando verdadeiras ar-
madilhas, pois é certo que
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brem-se do barco.
Recentemente observei na
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to de Barros, em Sousas, uma
equipe executando a limpeza
dos canteiros onde existem
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dois erros gritantes foram veri-
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tência de canteiros minúscu-
los, em segundo jardineiros
cortando o mato, no minúscu-
lo canteiro, com roçadeiras
mecanizadas causando injú-
rias no colo das mudas, que
já começam a crescer debilita-
das por ações da própria pre-
feitura, repito, crescendo des-
ta forma elas vão cair! Outro
erro básico é o soterramento
do colo das árvores, que apo-
drecem lentamente, um dia
vão cair de “surpresa” tam-
bém.
O secretário responsável
disse em entrevista que nossa
arborização é fruto de uma
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cas de arborização adequadas
por isso o problema. Como se-
ria bom se ele tivesse metade
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alguém do porte do falecido
dr. Hermes Moreira de Souza
(de um “google” para quem
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tão da Arborização de Campi-
nas. Ou pelo menos alguém
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rer, junto dos campineiros, o
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Quirino, ninguém foi acerta-
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bém calçadas desertas.
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nossas árvores, siga os exem-
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cidade, como o trabalho da
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lha para cargos técnicos pes-
soas com comprometimento
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res. Tem muita calçada sem
árvore e muita árvore preci-
sando ser removida alimen-
tando o bicho de sete cabe-
ças. Devemos planejar e exe-
cutar, ao invés de remediar.
Árvore de
7 cabeças
Separar para não crescer
Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Milene Moreto milene@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br
rodolpho schmidt
A era da transiência
ÁLVARO
CAMARGO
■ ■ Álvaro Camargo é docente dos cursos de
MBA na Fundação Getúlio Vargas, ministra
aulas em cursos de pós-graduação na
Brazilian Business School, na Unicamp e no
curso de MTA em Agronegócio da
Universidade Federal de São Carlos
BARÃO GERALDO
RENATO CÉSAR
PEREIRA
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■ ■ Rodolpho Schmidt é
engenheiro-florestal, consultor na empresa
Cia. Brasileira de Florestas Tropicais
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■ ■ Renato César Pereira é químico e
biólogo, coordenador do Movimento
Emancipa Barão
“Essas atrocidades tornam ainda mais urgente uma
ação conjunta da comunidade internacional”
Dilma Rousseff, na Turquia, em reunião preliminar antes da cúpula do G-20, defendendo o combate ao terrorismoopiniao@rac.com.br
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Rodolpho schmidt arvore de 7 cabeças - correio popular 16-11-2015

  • 1. O ambiente no qual as organi- zações operam é, por defini- ção, fluído, com constantes mudanças, mesmo quando existem períodos de aparente bonança e tranquilidade, nos quais não se percebe o que es- tá mudando. A frase “nada do que foi será de novo do jei- to que já foi um dia” da famo- sa canção “Como uma onda”, do Lulu Santos, é uma verda- de. E quem não se prepara pa- gará um alto preço pela sua sobrevivência (caso consiga sobreviver). A Varig é um exemplo clássico de uma das maiores empresas brasileiras que foi incapaz de se adaptar à realidade de um novo mer- cado menos regulado e mais competitivo, que foi mandató- rio para seu colapso. Mas como se preparar pa- ra lidar esse fato inevitável na vida das empresas? Existem toneladas de livros e artigos publicados em revistas de ne- gócio a respeito disso. Mes- mo assim, muitas empresas são pegas no contrapé por não estarem preparadas para a mudança. Por que isso ocor- re? Existem várias causas. Mas a mais importante talvez seja a de não perceber que as mudanças que afetam uma empresa nem sempre são per- ceptíveis com a devida ante- cedência. E como elas ocor- rem atualmente com mais fre- quência, com mais velocida- de e com um impacto cada vez maior, vivemos a era da transiência, ou seja, que é quando tudo está sempre em transição. Por conta da necessidade óbvia de gerar lucros é nor- mal que as empresas bus- quem maximizar a rentabili- dade em seus negócios, explo- rando ao máximo suas vanta- gens competitivas. O proble- ma é que a ideia de obter a máxima rentabilidade a par- tir de vantagens competitivas da empresa tende a se tornar um passivo com o tempo. Em- presas altamente eficientes em determinados tipos de ne- gócio tendem a ter dificulda- de de adaptação em face do novo. A Kodak é um exemplo clássico. Sua incapacidade de se adaptar à realidade da foto- grafia digital foi mandatória para seu fracasso. Já a IBM percebeu a tempo que estaria fadada à irrelevância caso in- sistisse em manter seu antigo modelo de negócio baseado na venda de computadores mainframe, que era seu prin- cipal produto. A noção de que é possível prosperar com base em um determinado conjunto de van- tagens competitivas suposta- mente eternas está obsoleta. A situação atual mostra que a estabilidade de uma organiza- ção é perigosa num ambiente de constante mudança. Rara- mente é possível ter vanta- gens competitivas permanen- tes. As atuais pesquisas cientí- ficas na área de estratégia mostram que as empresas ne- cessitam desenvolver capaci- dades dinâmicas de reconfi- guração contínua de seus ati- vos e de suas competências. Isso envolve mudanças na for- ma de pensar estratégia e mo- delos de negócio. Vamos a al- guns exemplos: ter acesso a ativos tende a ser mais impor- tante do que ter ativos. A em- presa AirBNB é um exemplo disso. Apesar de ser uma das maiores ofertantes de hospe- dagem do mundo, a empresa não tem um só quarto de ho- tel. Saber se desfazer proativa- mente de negócios antes que morram é também é uma ca- pacidade dinâmica essencial. Imagine uma empresa que se dedique à fabricação de im- pressoras fiscais. É um negó- cio fadado a terminar. Me- lhor se desfazer desse negó- cio antes que acabe de vez. É evidente que ter certa estabili- dade é importante para que a empresa não vire um caos. Mas buscar adaptar novas de- mandas de mercado com ba- se exclusiva em ativos ultra- passados condena a empresa à irrelevância, já que esses ati- vos podem não mais respon- der às demandas atuais e fu- turas. A realidade atual pede não apenas inovação em produ- tos e serviços. Mas pede tam- bém a inovação no modelo de negócio, que é aquilo que define a oferta de valor para o cliente, como funciona a es- trutura interna e com parcei- ros, a forma de relacionamen- to com o cliente e o mecanis- mo de apropriação de valor. Apesar dessas recomenda- ções serem óbvias, nem toda empresa consegue mudar. Existem diversas possíveis causas para esse fenômeno. Mas provavelmente a causa mais importante está relacio- nada com o modelo mental que habita o pensamento das lideranças nas empresas. Não há como manter-se relevante com modelos mentais anti- gos e uma atitude complacen- te e de acomodação. Agarrar- se ao passado não resolve pro- blemas atuais e muito menos resolverá os problemas que o futuro apresentará. Ser uma empresa relevan- te e próspera cobra um coti- diano de mudança e adapta- ção constante, através da ma- nutenção de um permanente estado de alerta sobre o que ocorre ao seu redor. É descon- fortável? Sim, é, mas não tem outro jeito. O preço do confor- to por não mudar e não se adaptar é a irrelevância. Só vamos salvar um pouco da natureza existente se transfor- marmos o distrito de Barão Geraldo num município inde- pendente de Campinas e da sanha dos especuladores imo- biliários. Não é de hoje que o distri- to mais rico de Campinas vem sofrendo com o abando- no e o menosprezo dos admi- nistradores municipais. O atual prefeito sequer compareceu ao debate entre candidatos em 2012 no Cen- tro Comunitário do distrito. Tinha coisa mais importante para fazer. E o fez, logo que eleito e ao fim do governo “Se- rafim, o breve”, rasgou o arti- go 82 da LOM, em que os sub- prefeitos seriam escolhidos di- retamente pela população, passando a indicação a Car- los Sampaio. O governo Hélio também foi um desastre em termos ambientais e por ironia, ga- nhou até prêmio de gestão ambiental pelo corredor do Ri- beirão das Pedras capitanea- do pelo ex-super genro e sub- prefeito à época, Thiago Ferra- ri. Enterraram numa faixa de oitocentos metros do que foi chamado de Parque Linear Ri- beirão das Pedras, R$ 36 mi- lhões de reais da Petrobras. Hoje o mato e o descaso to- maram conta daquele barran- co. Mas credito o pior dos monstros criados naquele go- verno, indicado inclusive pelo promotor do Meio Ambiente, foi a figura abjeta do secretá- rio Paulo Sergio que liberou o Shopping Parque Dom Pedro e o Santander entre outros im- pactos em nossa região. Ora, a Fazenda Santa Gene- bra é uma “Gleba Não Cadas- trada” e tudo o que foi cons- truído sobre suas terras está em situação irregular, inclusi- ve o Shopping Parque Dom Pedro e o prolongamento da Avenida Guilherme de Cam- pos, inaugurada em 2008. Por algum tempo consegui- mos barrar a construção do reserva Dom Pedro, um con- domínio para 24 mil pessoas na Fazenda Santa Genebra e também o Condomínio Fa- zenda Santa Paula para 30 mil pessoas às margens do Rio Atibaia. Nem a prefeitura e nem empreendedores não desistiram daqueles projetos que nenhum morador do dis- trito quer. Agora o governo municipal resolve aprovar na correria, seguindo interesses empresa- riais, uma nova LUOS – Lei de Uso e Ocupação do Solo — atropelando o Plano Diretor e evocando uma grande especu- lação imobiliária na cidade. Os distritos de Sousas e Barão Geraldo serão os mais afeta- dos por essas mudanças. Por essa nova LUOS, Barão Geraldo poderá ter a constru- ção de prédios de sete a qua- renta andares, triplicando a população do distrito em até dez anos. Se já temos proble- mas de segurança pública, saúde e mobilidade, dentre muitos outros, qualidade de vida vai ser coisa do passado. Ninguém por aqui é contra o desenvolvimento, mas que- remos direcioná-lo para as ap- tidões do atual distrito. Não queremos uma ou duas novas cidades dentro do nosso terri- tório. Queremos, sim, desenvol- ver nossa cultura, nossa edu- cação, nossa saúde e ter segu- rança pública, transporte pú- blico e tudo mais, para prote- ger o futuro de nossos filhos e netos. Quem viver verá e o vizi- nho campineiro há de agrade- cer todos os dias a proteção e qualidade que damos ao ar que ele respira. Opinião Lembro do Tim, um america- no muito simpático que fez in- tercâmbio na casa dos meus pais. Ele contou uma história que ficou gravada em minha infância. Ele perdeu um ir- mão que entregava jornal e foi atingido por uma árvore durante uma ventania. A famí- lia dele recebia indenização da prefeitura que se responsa- bilizou pelo ocorrido. Recente- mente tivemos um episódio semelhante em nossa cidade, um casal morreu. A arborização é um tema complicado, ainda mais em nosso país onde as pessoas adoram criar bichos de sete cabeças, estimuladas pela ig- norância. Devido ao fato de existir um grande déficit de ár- vores na nossa cidade, e por ser extremamente burocráti- co retirar uma árvore, identifi- co duas vertentes de opiniões claras a respeito deste assun- to que, em conflito, contri- buem com o bicho de sete ca- beças. Ambientalistas intransi- gentes contra o corte de árvo- res devido à escassez e muní- cipes que odeiam árvores pe- lo risco e dificuldades burocrá- ticas em manejá-las. Meu princípio para acabar com este bicho é simples, te- mos que plantar e cortar árvo- res todos os dias. Temos que ter árvores de diferentes ida- des e portes crescendo lado a lado na densidade certa em uma rua, para que uma prote- ja a outra diminuindo a força do vento, e para que a relação tamanho da copa x tamanho de raízes fique equilibrada, uma vez que arvores crescen- do próximas tendem a formar copas menores devido a dis- puta pelo sol. Uma árvore iso- lada que cresceu em um can- teiro pequeno é como um bar- co estreito com uma vela gran- de, se bater um vento de lado muito forte ele vira. Além dis- so, com varias árvores cres- cendo juntas, se for cortada uma ou outra, que apresente risco, não teremos grandes impactos na paisagem. Somente com o manejo flo- restal urbano priorizando, o plantio adequado de novas ár- vores, a condução das árvores plantadas (e não apenas po- das de emergência) e a retira- da sem burocracia de árvores problemáticas, teremos uma arborização saudável e com menor risco. A prefeitura de campinas insiste em executar somente podas de emergência e pouca ou quase nenhum plantio em calçadas, que quando feito são em canteiros incompatí- veis, criando verdadeiras ar- madilhas, pois é certo que nesta condição irão cair, lem- brem-se do barco. Recentemente observei na Avenida Antonio Carlos Cou- to de Barros, em Sousas, uma equipe executando a limpeza dos canteiros onde existem inúmeros Resedas plantados, dois erros gritantes foram veri- ficados, primeiramente a exis- tência de canteiros minúscu- los, em segundo jardineiros cortando o mato, no minúscu- lo canteiro, com roçadeiras mecanizadas causando injú- rias no colo das mudas, que já começam a crescer debilita- das por ações da própria pre- feitura, repito, crescendo des- ta forma elas vão cair! Outro erro básico é o soterramento do colo das árvores, que apo- drecem lentamente, um dia vão cair de “surpresa” tam- bém. O secretário responsável disse em entrevista que nossa arborização é fruto de uma época onde não haviam técni- cas de arborização adequadas por isso o problema. Como se- ria bom se ele tivesse metade do conhecimento técnico e da poesia de um dr. Hermes. Precisamos urgentemente de alguém do porte do falecido dr. Hermes Moreira de Souza (de um “google” para quem não conhece) a frente da ges- tão da Arborização de Campi- nas. Ou pelo menos alguém que more em nossa cidade, para assim ter mais tempo de observar nossas árvores e cor- rer, junto dos campineiros, o risco de ter uma caindo em sua cabeça. Recentemente uma árvore despencou em pleno dia de sol, sem chuvas ou ventos, na frente do carro da minha esposa, mãe dos meus 3 filhos, na Rua Coronel Quirino, ninguém foi acerta- do por milagre. Em um sim- ples passeio é possível identifi- car diversas tragédias anuncia- das pela cidade, como tam- bém calçadas desertas. Senhor prefeito, por favor, selecione gestores mais humil- des, comprometidos com o plantio e manejo correto de nossas árvores, siga os exem- plos de sucesso que temos na cidade, como o trabalho da ONG Resgate o Cambuí. Esco- lha para cargos técnicos pes- soas com comprometimento e competência em gerir árvo- res. Tem muita calçada sem árvore e muita árvore preci- sando ser removida alimen- tando o bicho de sete cabe- ças. Devemos planejar e exe- cutar, ao invés de remediar. Árvore de 7 cabeças Separar para não crescer Editor: Rui Motta rui@rac.com.br - Editora-assistente: Milene Moreto milene@rac.com.br - Correio do Leitor leitor@rac.com.br rodolpho schmidt A era da transiência ÁLVARO CAMARGO ■ ■ Álvaro Camargo é docente dos cursos de MBA na Fundação Getúlio Vargas, ministra aulas em cursos de pós-graduação na Brazilian Business School, na Unicamp e no curso de MTA em Agronegócio da Universidade Federal de São Carlos BARÃO GERALDO RENATO CÉSAR PEREIRA veronezi ■ ■ Rodolpho Schmidt é engenheiro-florestal, consultor na empresa Cia. Brasileira de Florestas Tropicais ECONOMIA ■ ■ Renato César Pereira é químico e biólogo, coordenador do Movimento Emancipa Barão “Essas atrocidades tornam ainda mais urgente uma ação conjunta da comunidade internacional” Dilma Rousseff, na Turquia, em reunião preliminar antes da cúpula do G-20, defendendo o combate ao terrorismoopiniao@rac.com.br A2 CORREIO POPULARA2 Campinas, segunda-feira, 16 de novembro de 2015