SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
Copyright2004 por
Antônio Renato Gusso.
Todos os direitos em língua
portuguesa reservados por:
A. D. Santos Editora
Al. Júlia da Costa, 215
80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil
+55(41)3207-9595
www.adsantos.com.br
editora@adsantos.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
GUSSO, Antônio Renato.
Como Entender a Bíblia – Orientações práticas para a interpretação correta das
Escrituras Sagradas. / Antônio Renato Gusso – Curitiba: A. D. SANTOS
EDITORA, 1998. 118 p.
ISBN – 85-7459-027-4
1. Hermenênutica Bíblica 2. Estudos Bíblicos
CDD – 220
5ª Edição: Abril / 2009 – 2.000 exemplares
Proibida a reprodução total ou parcial,
por quaisquer meios a não ser em citações breves,
com indicação da fonte.
Edição e Distribuição:
Capa:
PROC Design
Diagramação:
Manoel Menezes
Impressão e acabamento:
Editora Betânia
Dedicatória
A nosso Deus Todo-poderoso que,
por meio de homens inspirados pelo
Espírito Santo, nos legou a Bíblia Sa-
grada, objeto principal do interesse
desta pequena obra que aqui apresen-
to.
A todos os membros da minha
querida Igreja, irmãos amados, para
os quais, primeiramente, foi prepara-
do este estudo com a intenção de
capacitá-los, ainda mais, para uma
boa interpretação bíblica.
A todos aqueles que foram, são
ou serão meus alunos. Pessoas mara-
vilhosas que gastam as suas vidas na
nobre tarefa de desenvolver a capaci-
dade própria de compreensão das
mensagens das Escrituras.
Aos pregadores e irmãos em
Cristo, em geral, que amam a Bíblia e
zelam pela pureza de seus ensinos.
iii
iv
Agradecimentos
À minha querida esposa Sandra que,
nestes quinze anos de casados, tem
sido uma companheira e incentivado-
ra sem igual.
Aos meus filhos, Ana Cláudia e
Francisco Benvenuto pela paciência e
colaboração durante as minhas horas
de estudos e trabalho em casa.
Aos meus colegas, professores
do S.T.B.P.: Pr. Lauro Mandira e Pr.
Jaziel Guerreiro Martins, pelas boas
sugestões dadas em relação a este
livro, e à professora Sandra Ciasca
Rufca Freier pelo trabalho de revisão
do texto deste escrito.
Que Deus, na sua infinita graça,
esteja recompensando a cada um des-
tes que colaboraram, direta ou
indiretamente, com esta produção.
v
vi
Apresentação
Foi com satisfação que recebi o con-
vite para apresentar o trabalho do Pas-
tor e professor Renato Gusso.
Satisfação, porque as maiores
aberrações que se têm verificado no
ensino e na pregação da Bíblia
devem-se, em grande parte, ao desco-
nhecimento de regras elementares e
de cuidados básicos em relação à lei-
tura e interpretação das Escrituras
Sagradas.
Com a preocupação do Pastor e
a experiência do professor, Renato
Gusso consegue apresentar, em ter-
mos simples e sem os tecnicismos de
compêndios especializados em Her-
menêutica Bíblica, noções básicas
que muito ajudarão, igualmente, ao
pregador e ao professor da Bíblia, pas-
tor ou “leigo” e com certeza lhes abri-
rão o apetite para textos mais
alentados, nesse campo da teologia.
vii
Espero que os leitores muito
aproveitem da leitura e do estudo do
opúsculo que tem em suas mãos,
inclusive fazendo os exercícios que o
autor, com boa didática, está sugerin-
do em alguns dos capítulos.
Boa leitura, pois, e muito pro-
veito, lembrados da atitude bereana
que deve caracterizar todo bom estu-
dante do Livro de Deus.
Pastor Irland Pereira de Azevedo
viii
Sumário
Pág.
1. INTRODUÇÃO....................................................................01
2. PEDIR CONSTANTEMENTE A ORIENTAÇÃO DIVINA .......05
3. ABORDAR TODAS AS PASSAGENS COM HUMILDADE ...11
4. OBSERVAR O TEXTO COM MUITA ATENÇÃO..................19
5. OBSERVAR O CONTEXTO COM MUITO CUIDADO ........25
6. DESCOBRIR O PANO DE FUNDO DA PASSAGEM............37
7. IDENTIFICAR OS TIPOS DE LITERATURA...........................43
8. NÃO INTERPRETAR PASSAGENS FIGURADAS COMO
LITERAIS E VICE-VERSA ......................................................55
9. DESCOBRIR OS DIVERSOS SIGNIFICADOS DE UMA
PALAVRA ............................................................................63
10. BUSCAR O SIGNIFICADO PARA O RECEPTOR
ORIGINAL...........................................................................73
11. TIRAR IDÉIAS DO TEXTO E NÃO BUSCAR TEXTOS
PARA AS IDÉIAS..................................................................79
12. LEMBRAR QUE A BÍBLIA É LIVRO DE RELIGIÃO
E NÃO DE CIÊNCIAS ..........................................................85
13. NÃO VALORIZAR EM DEMASIA AS DIVISÕES
OFERECIDAS PELAS VERSÕES............................................91
14. INTERPRETAR TEXTOS DIFÍCEIS À LUZ DE TEXTOS
FÁCEIS.................................................................................99
15. CONCLUSÃO ...................................................................105
REFERÊNCIAS CITADAS..........................................................107
ÍNDICE REMISSIVO.................................................................109
ix
x
1.
Introdução
É um princípio defendido por nós, evan-
gélicos, o direito de todas as pessoas interpreta-
rem por si mesmas o significado do conteúdo
da Bíblia Sagrada. Isto, apesar de trazer consigo
alguns riscos, é uma atitude sadia, dando a
cada um a oportunidade de descobrir qual é a
verdade de Deus para o seu povo, sem o perigo
de ser influenciado nessa descoberta por pes-
soas mal intencionadas, que procuram impor o
seu próprio ponto de vista, com a intenção de
prender seus seguidores sob esta ou aquela
doutrina humana, apresentada com uma roupa-
gem aparentemente divina.
Essa liberdade, contudo, não nos dá o
direito de interpretá-la da maneira que quiser-
mos ou que mais nos agrade. Como não quere-
mos ver a Bíblia sendo usada para este ou
aquele interesse, nós também não podemos
usá-la conforme os nossos interesses. Havemos
de ter, constantemente, em nosso pensamento,
ao nos aproximarmos do Livro de Deus para
1.
COMO ENTENDER A BÍBLIA
interpretá-lo, a verdade clara de que se trata de
algo mais do que simples literatura antiga; ela é,
para nós, a Mensagem de Deus entregue ao seu
povo.
Como mensagem ou Palavra de Deus,
deve ser respeitada e ouvida, ou lida, com
temor, atenção, cuidado e muita reverência,
pois ao descobrirmos o seu real significado,
nela encontramos a vontade de Deus para as
nossas vidas.
A importância da boa interpretação não
pode ser exagerada: dela depende o fazermos
ou não aquilo que Deus espera de nós. Não é
difícil de se concluir que, ao interpretarmos de
forma errada, a nossa mensagem, mesmo base-
ada na Bíblia, não é a Palavra de Deus, mas
sim, nossa opinião, equivocada, a respeito de
alguma porção da Palavra de Deus.
A responsabilidade cresce ainda mais
quando percebemos a nossa missão profética
no mundo atual. Está sobre nós o encargo de
anunciar aos outros a mensagem de Deus que
nos foi revelada, e a mensagem não é outra
senão aquela que está de acordo com a Bíblia.
Ao ensinarmos o conteúdo da Bíblia estamos
agindo, de fato, como se fossemos profetas do
2.
ANTÔNIO RENATO GUSSO
Deus verdadeiro e estaremos falando, com cer-
teza, em nome dele se entregarmos fielmente a
sua mensagem. Por outro lado, se falarmos em
nome de Deus aquilo que Ele não disse, talvez
até sem pensar, estaremos agindo como falsos
profetas. Estaremos anunciando aquilo que Ele
não anunciou: a nossa própria palavra e não a
de Deus.
O Dr. Carson, escritor e professor de
Novo Testamento, está com toda a razão
quando diz não haver grande importância o
fato de alguém errar na interpretação de
Shakespeare ou na recitação de algum poema,
pois isto não trará conseqüências eternas. Mas,
por outro lado, que não se pode aceitar com a
mesma facilidade os erros na interpretação da
Bíblia. Estamos trabalhando, neste caso, com
matéria divina e temos a obrigação de nos
esforçarmos ao máximo, tanto para entender
como para ensinar estes conceitos.1
Sejamos zelosos. Não podemos interpre-
tar a Bíblia de forma irresponsável. Ela contém
material muito sério, não pode ser tratada com
leviandade. Estejamos atentos para descobrir o
real significado da mensagem bíblica para que
3.
COMO ENTENDER A BÍBLIA
1
CARSON, D. A. A exegese e suas falácias: perigos na interpretação
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1992, pp. 13, 14.
não venhamos a ouvir, nós mesmos, a seguinte
repreensão ouvida por alguns profetas contem-
porâneos de Jeremias: “Eis que eu sou contra
esses profetas, diz o Senhor, que pregam a sua
própria palavra, e afirmam: Ele disse.” (Jr 23.31).
A seguir serão apresentadas, de forma
simples, algumas sugestões de atitudes que
considero básicas para se obter uma boa inter-
pretação bíblica. Não pretendo, de forma
alguma, neste pequeno trabalho, ditar normas
inflexíveis, mas, sim, oferecer algumas ferra-
mentas de fácil manuseio, as quais poderão ser
utilizadas pela grande maioria dos cristãos inte-
ressados na busca dos significados reais dos
textos bíblicos.
Para facilitar o estudo, sempre que neces-
sário, as passagens bíblicas estarão impressas
no texto do trabalho. A versão utilizada, em
todas as citações, será a Revisada da Tradução
de João Ferreira de Almeida, de Acordo com os
Melhores Textos em Hebraico e Grego, da
Imprensa Bíblica Brasileira, 3a
Impressão,
1991.
4.
ANTÔNIO RENATO GUSSO
Como interpretar a Bíblia corretamente
Como interpretar a Bíblia corretamente

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Manual Pregar meu evangelho
Manual Pregar meu evangelhoManual Pregar meu evangelho
Manual Pregar meu evangelhoMoroni Barbosa
 
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)nara machado
 
1.como memorizar a bíblia1
1.como memorizar a bíblia11.como memorizar a bíblia1
1.como memorizar a bíblia1Hezir Henrique
 
Livro evangélico - Queima De Arquivo
Livro evangélico - Queima De ArquivoLivro evangélico - Queima De Arquivo
Livro evangélico - Queima De ArquivoPublica Livros
 
Monografia exemplo
Monografia exemploMonografia exemplo
Monografia exemplofebri samar
 
50. enigmas da bíblia
50. enigmas da bíblia50. enigmas da bíblia
50. enigmas da bíbliapohlos
 
O evangelho-em-3-minutos-mateus
O evangelho-em-3-minutos-mateusO evangelho-em-3-minutos-mateus
O evangelho-em-3-minutos-mateusCesar Melo
 
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 -
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 - O Cuidado Com a Língua - Lição 8 -
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 - Pr. Andre Luiz
 
O cuidado com aquilo que falamos
O cuidado com aquilo que falamosO cuidado com aquilo que falamos
O cuidado com aquilo que falamosMoisés Sampaio
 
A figueira murcha (c .h. spurgeon)
A figueira murcha (c .h. spurgeon)A figueira murcha (c .h. spurgeon)
A figueira murcha (c .h. spurgeon)Deusdete Soares
 
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdf
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdfDoc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdf
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdfbreno calado
 
10 sermões robert murray m'cheyne
10 sermões   robert murray m'cheyne10 sermões   robert murray m'cheyne
10 sermões robert murray m'cheyneDeusdete Soares
 
155856 eu e_minha_boca_grande
155856 eu e_minha_boca_grande155856 eu e_minha_boca_grande
155856 eu e_minha_boca_grandezanzasilva
 
Quando deus diz que algo sera em breve
Quando deus diz que algo sera em breveQuando deus diz que algo sera em breve
Quando deus diz que algo sera em breveLuiz Henrique Romanin
 

Mais procurados (19)

Leia e compreenda melhor a biblia
Leia e compreenda melhor a bibliaLeia e compreenda melhor a biblia
Leia e compreenda melhor a biblia
 
Manual Pregar meu evangelho
Manual Pregar meu evangelhoManual Pregar meu evangelho
Manual Pregar meu evangelho
 
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)
Por54 0513 the mark of the beast vgr (1)
 
1.como memorizar a bíblia1
1.como memorizar a bíblia11.como memorizar a bíblia1
1.como memorizar a bíblia1
 
Livro evangélico - Queima De Arquivo
Livro evangélico - Queima De ArquivoLivro evangélico - Queima De Arquivo
Livro evangélico - Queima De Arquivo
 
O cuidado com a lingua
O cuidado com a linguaO cuidado com a lingua
O cuidado com a lingua
 
Monografia exemplo
Monografia exemploMonografia exemplo
Monografia exemplo
 
50. enigmas da bíblia
50. enigmas da bíblia50. enigmas da bíblia
50. enigmas da bíblia
 
O evangelho-em-3-minutos-mateus
O evangelho-em-3-minutos-mateusO evangelho-em-3-minutos-mateus
O evangelho-em-3-minutos-mateus
 
O cuidado com a língua
O cuidado com a línguaO cuidado com a língua
O cuidado com a língua
 
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 -
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 - O Cuidado Com a Língua - Lição 8 -
O Cuidado Com a Língua - Lição 8 -
 
O cuidado com aquilo que falamos
O cuidado com aquilo que falamosO cuidado com aquilo que falamos
O cuidado com aquilo que falamos
 
A figueira murcha (c .h. spurgeon)
A figueira murcha (c .h. spurgeon)A figueira murcha (c .h. spurgeon)
A figueira murcha (c .h. spurgeon)
 
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdf
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdfDoc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdf
Doc go.net 353489982-escola-de-profetas-kris-vallotton.pdf
 
10 sermões robert murray m'cheyne
10 sermões   robert murray m'cheyne10 sermões   robert murray m'cheyne
10 sermões robert murray m'cheyne
 
155856 eu e_minha_boca_grande
155856 eu e_minha_boca_grande155856 eu e_minha_boca_grande
155856 eu e_minha_boca_grande
 
C1316 marta e_maria
C1316 marta e_mariaC1316 marta e_maria
C1316 marta e_maria
 
Quando deus diz que algo sera em breve
Quando deus diz que algo sera em breveQuando deus diz que algo sera em breve
Quando deus diz que algo sera em breve
 
Marta e_Maria
Marta e_MariaMarta e_Maria
Marta e_Maria
 

Semelhante a Como interpretar a Bíblia corretamente

A doutrina bíblica do uso do véu
A doutrina bíblica do uso do véuA doutrina bíblica do uso do véu
A doutrina bíblica do uso do véuRomário Osodrac
 
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02Rubens Tatekawa
 
Parabolas jesus cheung
Parabolas jesus cheungParabolas jesus cheung
Parabolas jesus cheungEduardo Sousa
 
As parábolas de jesus vincent cheung
As parábolas de jesus   vincent cheungAs parábolas de jesus   vincent cheung
As parábolas de jesus vincent cheungdeusdetdfsoares
 
Introducao a-homiletica
Introducao a-homileticaIntroducao a-homiletica
Introducao a-homileticaSergio Barros
 
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu nariz
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu narizEu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu nariz
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu narizTricô Fácil
 
Como ler a BÍblia - C.H. Spurgeon
Como ler a BÍblia - C.H. SpurgeonComo ler a BÍblia - C.H. Spurgeon
Como ler a BÍblia - C.H. SpurgeonSimão Peter
 
bibliamais_completo_pt.pptx
bibliamais_completo_pt.pptxbibliamais_completo_pt.pptx
bibliamais_completo_pt.pptxWARLLER
 
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxMATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxPastorFabricioPires
 
A arte perdida de fazer discípulos
A arte perdida de fazer discípulosA arte perdida de fazer discípulos
A arte perdida de fazer discípulosjovensonossoalvo
 
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levíticus
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em LevíticusAS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levíticus
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em LevíticusDaniel Deusdete
 
Confissoes de um protestante
Confissoes de um protestanteConfissoes de um protestante
Confissoes de um protestanteSylas Neves
 
004 princípios de interpretação
004 princípios de interpretação004 princípios de interpretação
004 princípios de interpretaçãoCassia Calderaro
 
1 objetivos do panorama do at
1  objetivos do panorama do at1  objetivos do panorama do at
1 objetivos do panorama do atPIB Penha - SP
 
Informativo"Lá Vem o Trem das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010
Informativo"Lá Vem o Trem  das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010Informativo"Lá Vem o Trem  das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010
Informativo"Lá Vem o Trem das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010Bernadetecebs .
 

Semelhante a Como interpretar a Bíblia corretamente (20)

A doutrina bíblica do uso do véu
A doutrina bíblica do uso do véuA doutrina bíblica do uso do véu
A doutrina bíblica do uso do véu
 
Livro 1
Livro 1Livro 1
Livro 1
 
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02
Asparbolasdejesus vincentcheung-120617085915-phpapp02
 
Parabolas jesus cheung
Parabolas jesus cheungParabolas jesus cheung
Parabolas jesus cheung
 
As parábolas de jesus vincent cheung
As parábolas de jesus   vincent cheungAs parábolas de jesus   vincent cheung
As parábolas de jesus vincent cheung
 
Introducao a-homiletica
Introducao a-homileticaIntroducao a-homiletica
Introducao a-homiletica
 
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu nariz
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu narizEu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu nariz
Eu e Minha Boca Grande - Joyce Meyer Sua resposta está bem debaixo do seu nariz
 
Como ler a BÍblia - C.H. Spurgeon
Como ler a BÍblia - C.H. SpurgeonComo ler a BÍblia - C.H. Spurgeon
Como ler a BÍblia - C.H. Spurgeon
 
bibliamais_completo_pt.pptx
bibliamais_completo_pt.pptxbibliamais_completo_pt.pptx
bibliamais_completo_pt.pptx
 
Bibliologia
BibliologiaBibliologia
Bibliologia
 
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptxMATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
MATURIDADE CRISTÃ - esboço.pptx
 
A arte perdida de fazer discípulos
A arte perdida de fazer discípulosA arte perdida de fazer discípulos
A arte perdida de fazer discípulos
 
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levíticus
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em LevíticusAS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levíticus
AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levíticus
 
Português biblia
Português bibliaPortuguês biblia
Português biblia
 
O mensageiro da cruz
O mensageiro da cruzO mensageiro da cruz
O mensageiro da cruz
 
O rico e o mendigo
O rico e o mendigo   O rico e o mendigo
O rico e o mendigo
 
Confissoes de um protestante
Confissoes de um protestanteConfissoes de um protestante
Confissoes de um protestante
 
004 princípios de interpretação
004 princípios de interpretação004 princípios de interpretação
004 princípios de interpretação
 
1 objetivos do panorama do at
1  objetivos do panorama do at1  objetivos do panorama do at
1 objetivos do panorama do at
 
Informativo"Lá Vem o Trem das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010
Informativo"Lá Vem o Trem  das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010Informativo"Lá Vem o Trem  das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010
Informativo"Lá Vem o Trem das CEBs" Nº 52 e 53 Dezembro 2009 e Janeiro de 2010
 

Último

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 

Último (20)

Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 

Como interpretar a Bíblia corretamente

  • 1.
  • 2.
  • 3. Copyright2004 por Antônio Renato Gusso. Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil +55(41)3207-9595 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) GUSSO, Antônio Renato. Como Entender a Bíblia – Orientações práticas para a interpretação correta das Escrituras Sagradas. / Antônio Renato Gusso – Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 1998. 118 p. ISBN – 85-7459-027-4 1. Hermenênutica Bíblica 2. Estudos Bíblicos CDD – 220 5ª Edição: Abril / 2009 – 2.000 exemplares Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte. Edição e Distribuição: Capa: PROC Design Diagramação: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Editora Betânia
  • 4. Dedicatória A nosso Deus Todo-poderoso que, por meio de homens inspirados pelo Espírito Santo, nos legou a Bíblia Sa- grada, objeto principal do interesse desta pequena obra que aqui apresen- to. A todos os membros da minha querida Igreja, irmãos amados, para os quais, primeiramente, foi prepara- do este estudo com a intenção de capacitá-los, ainda mais, para uma boa interpretação bíblica. A todos aqueles que foram, são ou serão meus alunos. Pessoas mara- vilhosas que gastam as suas vidas na nobre tarefa de desenvolver a capaci- dade própria de compreensão das mensagens das Escrituras. Aos pregadores e irmãos em Cristo, em geral, que amam a Bíblia e zelam pela pureza de seus ensinos. iii
  • 5. iv
  • 6. Agradecimentos À minha querida esposa Sandra que, nestes quinze anos de casados, tem sido uma companheira e incentivado- ra sem igual. Aos meus filhos, Ana Cláudia e Francisco Benvenuto pela paciência e colaboração durante as minhas horas de estudos e trabalho em casa. Aos meus colegas, professores do S.T.B.P.: Pr. Lauro Mandira e Pr. Jaziel Guerreiro Martins, pelas boas sugestões dadas em relação a este livro, e à professora Sandra Ciasca Rufca Freier pelo trabalho de revisão do texto deste escrito. Que Deus, na sua infinita graça, esteja recompensando a cada um des- tes que colaboraram, direta ou indiretamente, com esta produção. v
  • 7. vi
  • 8. Apresentação Foi com satisfação que recebi o con- vite para apresentar o trabalho do Pas- tor e professor Renato Gusso. Satisfação, porque as maiores aberrações que se têm verificado no ensino e na pregação da Bíblia devem-se, em grande parte, ao desco- nhecimento de regras elementares e de cuidados básicos em relação à lei- tura e interpretação das Escrituras Sagradas. Com a preocupação do Pastor e a experiência do professor, Renato Gusso consegue apresentar, em ter- mos simples e sem os tecnicismos de compêndios especializados em Her- menêutica Bíblica, noções básicas que muito ajudarão, igualmente, ao pregador e ao professor da Bíblia, pas- tor ou “leigo” e com certeza lhes abri- rão o apetite para textos mais alentados, nesse campo da teologia. vii
  • 9. Espero que os leitores muito aproveitem da leitura e do estudo do opúsculo que tem em suas mãos, inclusive fazendo os exercícios que o autor, com boa didática, está sugerin- do em alguns dos capítulos. Boa leitura, pois, e muito pro- veito, lembrados da atitude bereana que deve caracterizar todo bom estu- dante do Livro de Deus. Pastor Irland Pereira de Azevedo viii
  • 10. Sumário Pág. 1. INTRODUÇÃO....................................................................01 2. PEDIR CONSTANTEMENTE A ORIENTAÇÃO DIVINA .......05 3. ABORDAR TODAS AS PASSAGENS COM HUMILDADE ...11 4. OBSERVAR O TEXTO COM MUITA ATENÇÃO..................19 5. OBSERVAR O CONTEXTO COM MUITO CUIDADO ........25 6. DESCOBRIR O PANO DE FUNDO DA PASSAGEM............37 7. IDENTIFICAR OS TIPOS DE LITERATURA...........................43 8. NÃO INTERPRETAR PASSAGENS FIGURADAS COMO LITERAIS E VICE-VERSA ......................................................55 9. DESCOBRIR OS DIVERSOS SIGNIFICADOS DE UMA PALAVRA ............................................................................63 10. BUSCAR O SIGNIFICADO PARA O RECEPTOR ORIGINAL...........................................................................73 11. TIRAR IDÉIAS DO TEXTO E NÃO BUSCAR TEXTOS PARA AS IDÉIAS..................................................................79 12. LEMBRAR QUE A BÍBLIA É LIVRO DE RELIGIÃO E NÃO DE CIÊNCIAS ..........................................................85 13. NÃO VALORIZAR EM DEMASIA AS DIVISÕES OFERECIDAS PELAS VERSÕES............................................91 14. INTERPRETAR TEXTOS DIFÍCEIS À LUZ DE TEXTOS FÁCEIS.................................................................................99 15. CONCLUSÃO ...................................................................105 REFERÊNCIAS CITADAS..........................................................107 ÍNDICE REMISSIVO.................................................................109 ix
  • 11. x
  • 12. 1. Introdução É um princípio defendido por nós, evan- gélicos, o direito de todas as pessoas interpreta- rem por si mesmas o significado do conteúdo da Bíblia Sagrada. Isto, apesar de trazer consigo alguns riscos, é uma atitude sadia, dando a cada um a oportunidade de descobrir qual é a verdade de Deus para o seu povo, sem o perigo de ser influenciado nessa descoberta por pes- soas mal intencionadas, que procuram impor o seu próprio ponto de vista, com a intenção de prender seus seguidores sob esta ou aquela doutrina humana, apresentada com uma roupa- gem aparentemente divina. Essa liberdade, contudo, não nos dá o direito de interpretá-la da maneira que quiser- mos ou que mais nos agrade. Como não quere- mos ver a Bíblia sendo usada para este ou aquele interesse, nós também não podemos usá-la conforme os nossos interesses. Havemos de ter, constantemente, em nosso pensamento, ao nos aproximarmos do Livro de Deus para 1. COMO ENTENDER A BÍBLIA
  • 13. interpretá-lo, a verdade clara de que se trata de algo mais do que simples literatura antiga; ela é, para nós, a Mensagem de Deus entregue ao seu povo. Como mensagem ou Palavra de Deus, deve ser respeitada e ouvida, ou lida, com temor, atenção, cuidado e muita reverência, pois ao descobrirmos o seu real significado, nela encontramos a vontade de Deus para as nossas vidas. A importância da boa interpretação não pode ser exagerada: dela depende o fazermos ou não aquilo que Deus espera de nós. Não é difícil de se concluir que, ao interpretarmos de forma errada, a nossa mensagem, mesmo base- ada na Bíblia, não é a Palavra de Deus, mas sim, nossa opinião, equivocada, a respeito de alguma porção da Palavra de Deus. A responsabilidade cresce ainda mais quando percebemos a nossa missão profética no mundo atual. Está sobre nós o encargo de anunciar aos outros a mensagem de Deus que nos foi revelada, e a mensagem não é outra senão aquela que está de acordo com a Bíblia. Ao ensinarmos o conteúdo da Bíblia estamos agindo, de fato, como se fossemos profetas do 2. ANTÔNIO RENATO GUSSO
  • 14. Deus verdadeiro e estaremos falando, com cer- teza, em nome dele se entregarmos fielmente a sua mensagem. Por outro lado, se falarmos em nome de Deus aquilo que Ele não disse, talvez até sem pensar, estaremos agindo como falsos profetas. Estaremos anunciando aquilo que Ele não anunciou: a nossa própria palavra e não a de Deus. O Dr. Carson, escritor e professor de Novo Testamento, está com toda a razão quando diz não haver grande importância o fato de alguém errar na interpretação de Shakespeare ou na recitação de algum poema, pois isto não trará conseqüências eternas. Mas, por outro lado, que não se pode aceitar com a mesma facilidade os erros na interpretação da Bíblia. Estamos trabalhando, neste caso, com matéria divina e temos a obrigação de nos esforçarmos ao máximo, tanto para entender como para ensinar estes conceitos.1 Sejamos zelosos. Não podemos interpre- tar a Bíblia de forma irresponsável. Ela contém material muito sério, não pode ser tratada com leviandade. Estejamos atentos para descobrir o real significado da mensagem bíblica para que 3. COMO ENTENDER A BÍBLIA 1 CARSON, D. A. A exegese e suas falácias: perigos na interpretação da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1992, pp. 13, 14.
  • 15. não venhamos a ouvir, nós mesmos, a seguinte repreensão ouvida por alguns profetas contem- porâneos de Jeremias: “Eis que eu sou contra esses profetas, diz o Senhor, que pregam a sua própria palavra, e afirmam: Ele disse.” (Jr 23.31). A seguir serão apresentadas, de forma simples, algumas sugestões de atitudes que considero básicas para se obter uma boa inter- pretação bíblica. Não pretendo, de forma alguma, neste pequeno trabalho, ditar normas inflexíveis, mas, sim, oferecer algumas ferra- mentas de fácil manuseio, as quais poderão ser utilizadas pela grande maioria dos cristãos inte- ressados na busca dos significados reais dos textos bíblicos. Para facilitar o estudo, sempre que neces- sário, as passagens bíblicas estarão impressas no texto do trabalho. A versão utilizada, em todas as citações, será a Revisada da Tradução de João Ferreira de Almeida, de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego, da Imprensa Bíblica Brasileira, 3a Impressão, 1991. 4. ANTÔNIO RENATO GUSSO