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CA de colo de útero
Aula 6. 11/11/21 Prof°. Dr. Gilson
Hoje eu vou fazer uma aula um pouco diferente, prestem atenção, no final eu vou dar
uns 4 quesitos pra vocês que vai cair na prova, são 4 itens principais que vocês precisam
aprender em relação ao câncer de colo.
Histórico
No século XIX, 1800 e alguma coisa apareceu um camarada que falou o seguinte: “dá
mais câncer de colo em mulheres casadas, do que nas solteiras e nas freiras” e aí o que que
tinha de diferente nisso aí ? Que as mulheres casadas tinham relação sexual, as mulheres
solteiras tinham feito menos relação sexual, então aparecia câncer de colo mais em mulheres
casadas.
E nessa época a única coisa que se fazia era o exame histopatologico e fazia uma lâmina
e tinha o diagnóstico de câncer de colo, não tinha outra coisa a se fazer, normalmente pegava a
doença em estágio avançado, se vocês forem comigo lá no instituto da mulher todo dia chega
câncer de colo lá.
Então é uma doença que esteja o colo, deixa o colo apodrecido, fica saindo aquela
secreção que o quadro trás e com odor fétido, apodrece mesmo dentro da vagina e você tira um
pedaço com muita facilidade, colhe com uma pinça, tira esse material, e manda pra exame, 10-
15 tá pronto o resultado do exame, então você faz o diagnóstico.
Naquele época foi lançada uma cirurgia que se vou que se arranca-se o útero da mulher,
as mulheres continuavam morrendo , por que que morre? Porque a doença espalhava além do
útero, no colo, ela passava por (? ) fica do lado do tecido onde fica o útero e osso, ela passava
por ali e pra ali ela se expandia para os linfonodos, então naquele bifurcação da aorta que fica
mais ou menos na altura do umbigo até embaixo esses linfonodos tem uma cadeia de mais ou
menos 20-30 linfonodos e também do tecido, através do sangue ,elas vão as células malignas
em muitas partes do corpo, pulmão , cérebro, osso e ela se espalha, então tem muita pouca
pouca pra fazer.
No início no século XX um professor da Alemanha pediu pra um aluno dele, um jovem,
e pediu pra ele fazer um aparelho que desse pra olhar o colo do útero com ampliação, ele correu
lá com o amigo dele e ele mexia com lentes e aí ele pediu pra montar um aparelho que amplia-
se o campo através de uma lente com aumento de pelo menos 5x e aí ele conseguir criar esse
aparelho que ele deu o nome de colposcopia , 1925, e ele fez um primeiro exame de prevenção
em massa, ele morava em uma cidade pequena tinha lá um número de 200-300 mulheres, ele
pediu pra cada mulher ir lá e começou a olhar o colo do útero e começou a desenhar, então em
algumas ele via um colo e anotava e se fazia um desenho, em outro ano ele pedia pra voltar lá
e fazia um desenho, então ele viu que em algumas mulheres havia um modificação do colo do
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útero delas, elas saiam de um padrão e em outro ano elas tinham outro padrão, mudava, e ele
via isso através desse aparelho e em 1940 ele publicou um trabalho mostrando a diferenças dos
colos do útero com alguma alterações umas chamadas de leucoplasia, uma área esbranquiçada
e outra que ele viu alguns pontilhados, ele chamou de pontilhado, e depois descobriu que era
vasos e viu uma trama vascular, que ele chamou de mosaico, então são alterações que ele
observou utilizando esse aparelho.
Um outro camarada chamado Walter Schiller, ele pegava o iodo, ele criou uma
substância e começou a passar no nódulo das mulheres e viu que algumas mulheres ficavam
exatamente assim, tá aí a imagem, olha o colo bem pretinho, sinal de que esse colo estaria
normal e em algumas outras mulheres ele via que o colo não corava, ficava esbranquiçado então
ele chamou de teste de Schiller positivo, quando o iodo ficava bem evidente e o teste de Shiller
negativo quando o iodo não corava lá no colo, então ele viu que essas pacientes tinham área de
iodo negativa tinham uma tendência de ter mias câncer colo do que as mulheres que tinham o
colo bem pretinho.
Mas depois veio outro camarada que criou uma substância chamada ácido acético e o
aceito acético é vinagre então ele uso o ácido acético a 3% e aplicou também no colo do útero
das mulheres e viu que em alguma mulheres apresentavam um área bem mais esbranquiçada
daquelas áreas que o Rizel (? ) chamou de leucoplasia, quando passava o ácido acético ficava
esbranquiçado e ele chamou de ação aceto-branco, ficava diferente.
Até que apareceu um camarada, que vocês todos já devem ter escutado falar,
chamado George Papanicolau, um médico grego, que criou um exame simples, ele pegava um
pedaço de madeira, passava no colo, esfregava em um lâmina de vidro e olhava no microscópio,
ele criou uma substância pra diferenciar a coloração dessas células e ele observou alterações
neoplasias nesse material, e como ele falou ali na frase dele que: “ O momento mais eletrizante
de minha carreira foi quando descobri que era capaz de observar células cancerosas
num colo do útero através do esfregaço”. Esse exame é tão famososo que desde a década de
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40, são 60 mais 21, 81 anos desse exame e ele continua como o exame mais importante da
prevenção do câncer do colo.
Aí tem uma série de sequências depois que (?) 1953, não era nem nascido, chamou
as alterações que ele via no exame histopatologico de displasia, chamou de displasia leve,
moderada, grave quando as alterações saiam da membrana celular , a parte mais superficial do
colo para o estroma então essas alterações elas são em camadas e ele chamou de leve, quando
a alteração era só aqui embaixo, moderada, quando ele pegava no meio e de grave, quando ela
pegava ali em cima, na parte superficial.
Na década de 60 Richard (?) ele mudou essa terminologia, chamou de neoplasia
intraepitelial cervical, que vocês já devem ter ouvido falar, em NIC 1, 2 e 3.
E na década de 80, nos EUA, foi feito uma reunião porque tinha dois grupos, na época
da segunda guerra mundial praticamente todo o grupo da Alemanha, da Europa que faziam
colposcopia (?), psicologia falavam em displasia, o pessoal aqui dos Estados Unidos, do grupo
do Dr.Richard, chamava de neoplasia intraepitelial cervical e aí um coisa era falada nos Estados
Unidos, na América Latina, América do Norte, e a outra ela na Eudora, então ocorreu uma
reunião nos Estados Unidos, para estabelecer uma mesma linguagem para o mundo inteiro falar
a mesma coisa aí ocorreu essa reunião, em 1988, e aí foi criado o termo de lesão de baixo grau
é chamada de NIC e a lesão de alto grau é chamada de NIC 2 e NIC 3, hoje a gente sabe que
as lesões de baixo grau elas não estão relacionadas com câncer de colo, e as de alto grau, NIC
2 e 3, elas estariam associadas a câncer de colo. Ocorreu um revisão em 1991, em 2001 e essa
terminologia hoje tá modificando, mas não vou entrar em detalhes com vocês.
O HPV, é um vírus que foi descoberto também nessa época tinha uma associação
com o mioma vocês já viram que da verruga no dedo, na ponta da mão, na boca, na pele e ficou
muito famoso quando a Ana Maria Braga apresentou uma lesão de HPV na região anal e aí foi
feito uma cirurgia saiu na imprensa na década de 80 e na Europa se estudava muito HPV é
existem mais de200 tipos de HPV que foram enumerados vai do número 1 até 200 e poucos, a
mediada que muda o DNA dele, a cada 10% de mudança do DNA você cria um número novo,
então existem vários no mundo.
Então eu quero que vocês gravem, os HPV de baixo risco, que tá relacionado com o
condiloma são esses aqui:6, 11, 40, vocês decorem o 6 e o 11, depois no final eu vou falar o que
eu quero que vocês aprendam.
O HPV de baixo risco 6 e11 ele não tem uma relação ele não tem uma relação direta
com o câncer de colo, mas tem uma relação direta com o condiloma, aí vocês estão vendo um
condiloma não região vulvar e na região perianal, então a imagem está aí, da década de 90.
E aí depois que teve o caso na Ana Maria Braga, saiu do jornal acrítica, que o vírus do
câncer encontrado na Ana Maria Braga, atinge mais 100.000 pessoas no Amazonas, foi um
estudo que a gente fez mostrando que aqui no Amazonas tinha um alto índice de câncer de colo,
provavelmente teria porque tinha uma relação do vírus é o médico tava falando ali, é isso é na
década de 2001, ele falava o seguinte, lembram da história lá da transmissão sexual? Pois é,
eles começavam a dizer que existia aqui também que exista uma relação de câncer de colo e
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as relações sexuais, que seria uma coisa comum, que seria esse vírus , isso tava se estudando
no mundo inteiro, e o Blasó (?) dizia no livro dele que não tinha muito coisa pra fazer, porque
aquele exame não previne HPV, o vírus ele vai tá na mão, vai tá região escrotal, na vulva, e ele
vai passar e vai entrar, você só diminui um pouquinho porque existem poucas as doenças que
se acoplam ao HPV e aumenta o fator de risco, então o uso da camisinha da uma proteção em
relação ao aparecimento de outras doenças, por exemplo, se tiver o HIV a imunidade cai e você
acaba pegando mais câncer de colo, de quem não tem HIV.
E aí o que tá relacionado com o câncer de colo seria os vírus de alto risco de e aqui
a gente tem o 16 e o 18, lembrar lá do 6 e do 11, e aqui lembrar que os principais é 16 e o 18 e
tem esse grupo aqui também que tem relação com o CA de colo. Hoje existem exames que você
coleta o dado da mulher e você consegue saber se ela tem lesão de baixo grau, ou se ela tem
vírus de baixo risco ou vírus de alto risco.
A gente fez o nosso trabalho do mestrado, a gente teve uma dificuldade, porque até o
material eu tive que comprar, tive que pegar 42 pacientes lá do CECON e fazer genotipagem pra
identificar o vírus, eu encontrei 100% de HPV em todos os casos de lesão de baixo grau é câncer
de colo de útero, e se provava que tinha uma relação direta, e esse trabalho estava sendo feito
no mundo inteiro e a gente provou também que aqui existia os vírus principais, que são vírus que
a gente encontrou nos casos do Amazonas, foi um dos primeiros trabalhos feito aqui em relação
a genotipagem e foi em 2015 que eu fiz o mestrado.
Em 2008 um alemão chamado (? ) ganhou o prêmio Nobel de medicina e ele provou
que realmente existia uma relação direta entre HPV e câncer de colo e ele recebeu o prêmio, e
a partir daí comprovou a tese que o colega teve em 1800 e alguma coisa, que tinham uma relação
passada com a vida sexual e hoje em 2008 ele provou que tinha um vírus em toda essa história
que causava o câncer de colo.
Epidemiologia
A gente vai agora para a epidemiologia dessa doença.
Essa doença hoje ela mata mais de 265000 mulheres no mundo inteiro ela atinge
cerca de meio milhão de mulheres e aqui no Brasil a gente tem a estatística do inca para 2021,
2022 são 16000 novos casos todo ano com cerca de 6500 mortes, em Manaus a gente tem uma
média de 200 mulheres que morrem todo ano de câncer de colo.
Uma triste notícia essa daqui já faz anos que ela persiste o Amazonas lidera a
incidência de câncer de colo de útero no Brasil, então Amazonas ele tem a maior incidência de
câncer de colo no Brasil inteiro, se vocês olharam ali esse gráfico ali tá a região norte que é isso
aqui que está em verde vai lá para cima e a relação das outras regiões do país aí você vê a
região norte ela dispara em relação às outras as outras e isso vem acontecendo desde a década
de 80, a gente tem mais câncer de colo do que câncer de mama aqui na nossa região, enquanto
o Brasil inteiro tem mais câncer de mama.
O Amazonas ele é o primeiro do país como eu já falei para vocês, no Brasil ele tem
uma estatística que mostra que a cada 100000 mulheres a gente tem 16 casos em comparação
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, por exemplo, aos Estados Unidos que a gente tem 10, na Europa a gente tem 8 se a gente for
nos países nobres tem menos de 5, no Brasil tem 16 e no Amazonas tem 40, então a gente está
disparado. Quando a gente vai para a cidade de Manaus o negócio é pior ainda o índice vai para
61, 54%, o Amazonas definitivamente tem a pior estatística do mundo de câncer de colo e a
gente não sabe nem explicar porque que isso acontece. E o pior o registro hospitalar, isso aí é
um trabalho que eu levantei lá no CECON, mostra que não há modificado, todo ano chega em
média 400.000- 500.000 casos de câncer de colo nas mulheres amazonenses, apesar de todo
trabalho, as campanhas que só feitas, não há modificação na sequência dos exames, inclusive
o gráfico mostra que as pessoas que fazem exame preventivo acabam sendo as mesmas, é
muito das mulheres que não tem aceso, e acabam fazendo, e chegam or agente com câncer
avançado.
A história natural dessa doença eles tem uma sequência, do colo normal até chegar
um invasor ela passa por alguns estágios então você tem lesão de baixo grau que é preciso
identificar hoje inclusive só passando ácido acético você consegue enxergar uma lesão de baixo
grau, vai chegar lesão de alto grau que você consegue fazer um diagnóstico olhando pelo
colposcopio fazer uma biópsia E você chega ao câncer invasor que não precisa nada disso
você vai só passar um espéculo que custa 2, 3 reais e você vai ver um câncer invasor.
Essa doença demora mais ou menos de 2 a 10 anos Para começar do normal até
chegar ao câncer então você tem vários anos aí de sequência para fazer esse diagnóstico o ideal
é fazer o diagnóstico na fase inicial não no estágio avançado. Todo dia a gente faz biópsia lá no
instituto da mulher de câncer de colo, paciente local, paciente do interior.
Fatores de risco
Então quais são os fatores de risco, não há dúvida que o HPV é o principal fator de
risco para câncer de colo e aí eu vou dizer pra vocês que isso aí eu vou perguntar na prova.
Qual é o principal fator de risco para câncer de colo? HPV, principalmente o 16 e o 18. Aí
existem qual fatores que podem ser relacionados com isso, por exemplo, a idade, a mulher na
faixa de 25 até os 45, 49 anos ela tem uma possibilidade maior de desenvolver a doença, não
quer dizer que a mulher depois dos 45 não vai ter, porque tem paciente aí que chega com 70,80
anos com HPV, tem mulher que inclusive o marido já morreu e 10 anos depois ela desenvolve a
doença, porque o vírus fica lá na mulher e ele não sai, e em outras pacientes pode ser que a
mulher pegue o HPV com 1617 anos que quando ela está com 30 anos ela tem uma imunidade
que acabou HPV e não aparece mais e a gente tem casos também em mulheres abaixo de 25
anos, aqui no Amazonas eu tive uma paciente com 21 anos com câncer de colo, a gente via o
paciente com 16 anos com lesão no mioma, Mas a idade é fundamental e a faixa etária que
acomete essas mulheres é de 25 a 49 anos.
O início precoce da vida sexual, no trabalho que eu fiz mostra também que as meninas
que tem relação muito precocemente, o colo ainda não está totalmente amadurecido se a mulher
tiver uma relação antes dos 16 anos ela aumenta muito mais o risco de pegar um HPV de alto
risco, uma outra coisa é a multiplicidade dos parceiros, Logicamente se a mulher tem um parceiro
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ela tem a possibilidade de evoluir com 16%, se ela tiver 2 parceiros isso aí evolui pra 35-40%, se
ela tiver 3 padeiros, isso aí evolui pra 66%, então a medida que ela tem mais parceiros, maior o
risco dela pegar um HPV de alto risco.
Tem também o tipo de flora vaginal existe uma série de alterações que todo o tempo
tá acontecendo no meio vaginal que a modificações da flora e logicamente quanto mais você
destrói os bacilos maior a probabilidade de outras bactérias estarem crescendo ali favorecendo
o aparecimento e facilitando a penetração do vírus HPV, as infecções genitais existem 2 aí que
tem uma associação quase que direta que se juntar com o HPV faz um estrago, uma delas é o
Herpes Genital tipo 2 e o outro é a Clamídia, então mulher que tem Clamídia e o Herpes ela tem
que tá um pouco mais atenta também para não pegar o HPV
O tabagismo, as mulheres que fumam, o cigarro diminui a imunidade local do colo do
útero, então é um risco pra quem fuma.
A multipartidade, quando maior o número de filhos, mas isso tem muito haver também
com a questão socioeconômica, situações mais pobres acabam tendo mais filhos do que as
mulheres que tem uma melhor condição financeira, então a multipolaridade tem uma relação
direta com os países onde tem mulheres com muitos filhos, lá na África, na região da América
do Norte, aqui no Amazonas no interior.
O uso de anticoncepcional hormonal, então quem toma pílula anticoncepcional por
mais de 10 anos tem o risco aumentado para câncer de colo, o hormonal injetável, aquele
implante, tudo isso ele modifica as condições do colo e favorece o aparecimento e levando em
cima da zona de transformação. Sabe o que é zona de transformação ? Zona de transformação
, o colo do útero ele tem uma coisa que impede um padrão, e dentro do canal tem um epitélio
cilíndrico, então ele é....a mulher que toma pílula anticoncepcional, ele sobe, ele aparece pra
frente.
A genética, logicamente que a pessoa tem uma genética diferente da outra, hoje há
estudos para diferença entre uma mulher e outra.
E a imunidade que é um dos fatores principais, eu falei ainda agora de uma paciente
com HIV, paciente imunossupressor, paciente que tem uma péssima alimentão, então tudo isso
faz cair a imunidade, a pessoa estressada.
Diagnóstico
A doença em algumas mulheres ela só se manifesta quando ela já está em um estágio
avançado, na fase avançada você vai encontrar uma lesão grande, que está com mau cheiro,
que tá com crescimento tumoral, nesse caso, ela vai dar um corrimento com água de (?), ela vai
sangrar, é uma paciente que tem sangramento, toda vez que tem relação o pênis vai bater lá e
vai sangrar e na fase mais adiantada da doença, você vai ter dor, inchaço da perna por causa
do comprometimento nos linfonodos tem uma drenagem linfática boa, tem problemas urinários e
fecais, porque a doença pode invadir a bexiga e o reto. Na maioria das pacientes ela é
totalmente assintomática, então tem mulheres que chegam nesse estado mas nunca sentiram
absolutamente nada, essa é uma crítica mais frequente, a paciente que tem uma lesão de baixo
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grau, depois tem uma lesão de alto grau e não sente absolutamente nada e quando descobre
ela tá com um carcinoma em situ ou com um invasor.
Um dos exames mais fáceis de fazer é o exame especular, então você vai passar um
especulo, baratinho, olhou, tem uma lesão, pega qualquer pinça , tira um pedacinho e vai mandar
o diagnóstico, em 10-15 dias tá pronto.
Exame preventivo, que é aquele exame do Papanicolaou você faz diagnóstico do
exame do Papanicolaou, que hoje tá mudando, vou já falar pra vocês sobre isso.
Vocês já ouviram falar também em citologia em liquor(?) é aquele mesmo material é
colhido de uma forma diferente, hoje existe um equipamento próprio, é a mesma coisa, uma
escovinha, aqui a espátula, aí tem um outro modelinho de escova um pouco mais grossa, aí você
colhe esse material, coloca no vidrinho, dilui no líquido, e manda para o laboratório, eles vão
fazer um processamento, vão separar todo o material que vem junto, secreção, secreção
purulenta, bactéria, e fica só as células, e a gente chama de citologia que o material fica bem
limpo, fica mais fácil de fazer diagnóstico, um pouco mais caro esse custa 100, o Papanicolaou
custa 5.
Como que faz preventivo ? Não pode estar menstruada, não pode ter relação prévia
2 dias antes e tem que evitar uso de ducha, desodorante íntimo absorvente interno 3 dias antes
do exame., pra poder colher esse material.
A colposcopia que é aquele exame que o Rizel fez na década de 25, então hoje isso
está mais ou menos linkado que na coleta da imagem onde a gente tem equipamentos modernos
que aumenta até 20x o tamanho do colo do útero e você consegue enxergar o colo, utiliza filtros
verde ou filtro azul pra poder reforçar o aparecimento dos vasos, você utiliza o ácido acético e
você utiliza o (?), então todos esses exames aqui estão acoplados hoje na colposcopia, você
colhe essa imagem, vai no computador, pode estudar ou mandar pra qualquer colega da o
parecer ou olhar a distância, não temproblema , então evolui muito a colposcopia, ela ainda é
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um dos exames mais utilizados para fazer o diagnóstico de câncer de colo, na verdade a
colposcopia é pra você mapear pra saber onde que está essa lesão, e aí você vai fazer a biópsia,
essa é a finalidade principal da colposcopia.
Os testes de HPV, hoje como a gente sabe tem uma relação direta entre HPV e o
câncer de colo você faz captura hídrica, ela vai colher o material do colo, e vai separar aquilo
que é de baixo risco é aquilo que é de alto risco e no resultado ela vai me dizer se ela tem HPV
de alto risco ou se ela tem HPV de baixo risco.
Existe também o P16 e o KI-67 que são proteínas que aumentam a expressão quando
tem uma relação com o câncer de colo, então você faz esse exame pra saber se essa expressão
está acontecendo ou não, se a mulher tiver um HPV positivo ou uma expresso de P16 elevada
ela tem uma tendência a ter, a evolução da uma lesão de grau é aí da o câncer de colo. Da
mesma forma que a mulher tiver uma lesão de alto grau, tipo NIC2 e ela faz um P16 e da negativo
a gente vai considerar aquilo de lesão de baixo grau mesmo na Citologia (?) tiver uma lesão (
inaudível )
E genotipagem , aqui eu fiz em 2001 em uma paciente do cecon e hoje está virando
uma rotina, você colhe o material e faz a genotipagem pra saber qual o tipo de HPV que aquela
mulher tem é aí dá pra dizer tem o 16, 18, o 66, 45, da pra dizer também qual a quantidade que
ela tem do vírus.
Fazendo a colposcopia, olhando e vendo a lesão, você vai fazer uma biópsia, isso aqui
é aparelho chamado KAF, ou alça de lítio( ?), São aparelhos criados na década de 90, que você
faz o corte e faz a cauterização ao mesmo tempo, você corta e tira um pedacinho e já cauteriza
é esse exame leva pro histopatologico.
Tipo de câncer
Vou perguntar de vocês isso aí também , qual o tipo mais comum.
Aqui no epitélio escamoso, a gente encontra o carcinoma epidermóide escamoso, 90%
do câncer acontece nessa junção entre esse tipo de epitélio junto com esse, essa junção dos
dois nós chamamos de junção escamocolunar, a gente encontra aqui chamado de JEK.
O outro tipo de câncer é o que dá dentro do canal, que é o carcinoma glandular e aí
ele dá em torno de 10%, então 90% epidermóide, 10% glandular.
Pra vocês verem, aqui tem uma série de células, aqui só tem uma camada de célula,
então se a doença sair daqui, ela passa direto pro estroma. Aqui não, eu posso ter uma lesão de
baixo grau, uma lesão localizada e pra passar pro estroma ela teve que quebrar essa barreira
aqui pra passar pro vaso, essa outra não, o vaso tá aqui e ela já vai direto. Esse câncer apesar
de ser menor, 10%, é mais perigoso do que o outro, é mais agressivo .
Tratamento
O tratamento depende da mulher, depende do médico, mas depende do tipo, do
estadiamento do tumor, eu tenho que saber qual é o estágio que essa doença está, se ela tá no
inciso, se é uma lesão precursora, se ela tá em um estágio avançado com metástase e depende
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da condição sócio-econômica, porque no Amazonas por exemplo, tem paciente que mora la em
Beijamin Constant então é difícil a mulher vir, então às vezes você tem que ser mais radical do
que uma paciente que tá aqui no consultório e eu tenho que acompanhar, então uma lesão
microinvasora, por exemplo, uma paciente no meu consultório eu consigo acompanhar, uma
lesão micro invasora que mora em Itamarati, eu não vou conseguir ver de perto. Então uma série
de fatores deve ser levado em conta e você tem que tratar cada mulher como se fosse única pra
definir exatamente o tratamento que ela precisa.
Basicamente para as lesões precursoras, NIC 1,2,3 são lesões que aparecem antes
do câncer, você vai tratar com colonização, pega um aparelhinho, ali é um aparelho de KAF, ali
é a alça de (?) e você faz um corte e faz a retirada da lesão, isso em forma de cone, pra você
poder estudar toda essa área aqui, hoje a gente chama de, se lesão tiver bem aqui assim eu
vou fazer um corte pra tirar essa parte, se a lesão tiver um pouco mais profunda, eu faço um
outro tipo de corte e eu faço um corte superfície quando s lesão tá aqui fora. Então por exemplo,
uma paciente que tem 22 anos, tá com uma lesão de alto grau, éuma lesão de NIC 2, eu vou
fazer um corte menor que a gente chama de corte(?) tipo 1 , uma paciente idosa na menopausa
a gente tem que pegar o colo lá dentro, então eu faço um corte maior, tipo 3, e um intermediário
eu faço um corte tipo 2, isso normalmente depende da alça, ela tem uma pontinha e ela passa
aqui em um corte só, você faz a retirada da lesão.
Esterectomia ampliada, você vai fazer essa cirurgia pra retirar o câncer e todos os
linfonodos, são cirurgias longas que demoram cercam de 8-10h, hoje essas cirurgias já são feitas
através de robô, menos agressiva, são resultados muito bons, principalmente em paciente mais
jovem.
A radioterapia ela entra aqui também para queimar os linfonodos, que se tem de um
lado pro outro, como eu já falei pra vocês, a doença sai dali, ela entra nos linfonodos e vai jogar
célula pra todo canto, na mesma forma que ela entra no tecido sanguíneo, entao é feita a
radioterapia externa, é marcada no umbigo até a pelve é marcada um quadrado ali é você faz
uma ação naquela área toda pra queimar os linfonodos. Então você vai pegar o útero, o ovário e
a cadeia linfonadal então isso aqui tudo é queimado.
Pras células que saem pelo sangue aí você vai pra linfoterapia, desculpem eu esqueci
de falar da braquiterapia. A braquiterapia é uma aplicada que é feita pela vagina, você entra aqui
peloburaquinho , parece uma caneta, ele entra aqui pelo canal do útero e vai fazer a queimação
da região lateral dos endotélios paramétricos, é queimada essa região toda. O tempo de sessão
essa daqui são 3 e aqui 6-7, mais ou menos 2 meses.
A quimioterapia é para evitar que as células que saem dali vão para o fígado, coração,
cérebro elas sejam atingidas . Hoje o tratamento é feito em conjunto, você faz a radio, faz a
cirurgia ,depois faz a radioterapia e ao mesmo tempo faz a quimioterapia, faz tudo num golpe
só.
Algumas pacientes tem recidiva elas voltam a ter câncer e aí não tem jeito elas fazem
uma cirurgia chamada Exenteração você tira todo os bom (?), aqui saiu a bexiga, saiu tudo, você
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tira tudo isso é aí você faz pra que exista uma possibilidade de cura para essas pacientes, ela
vai viver, mas não tem mais vida sexual, não tem mais nada.
Qualquer paciente, em qualquer época, merece ser feito o tratamento. No estágio 1,
no estágio inicial, você tem cura de 95-100%, e nos outros estágios você chega até o último aqui
, você tem a possibilidade de cura de até 30%, então toda a paciente de câncer de colo tem que
fazer o tratamento independe se tá no início ou se tá no estágio avançado, tem várias pacientes
minhas que tem 25-30 anos que sempre vão lá comigo todo ano fazer o acompanhamento,
podem estar curadas, mesmo não fazendo cirurgia porque a cirurgia tem um limite também, até
o estágio 2 A, você opera, estágio 2 B, estágio 3 e estágio 4 aí é só radio e quimioterapia.
Prevenção
E por fim a gente vai falar de prevenção que é o grande tema de todos os momentos
em relação ao câncer de colo, a gente faz prevenção de câncer de mama e prevenção de colo.
O câncer de colo é uma doença altamente prevenível, é o único câncer que você realmente faz
prevenção, câncer de mama você não faz prevenção você faz diagnóstico precoce, o câncer de
colo não você faz a prevenção primária que é o uso da vacina a gente vai deduzir que (? ) . E a
prevenção secundária que a gente vai falar agora para vocês , a finalidade é prevenir todas as
crianças do sexo feminino, hoje como a gente diz que né, quem tem vagina tem colo do útero,
que tenha a possibilidade de ser feito a prevenção dessas meninas. Existe uma lei que obriga
no Brasil a disponibilidade da prevenção, existe uma diretriz brasileira de rastreamento, foi
atualizada agora em 2016 e aí tem toda uma sequência de como a gente deve fazer pra poder
acompanhar essa paciente que tem lesão de baixograu e lesos de alto grau, a gente chama de
lesão precursora para o câncer de colo.
Espero que vocês aprendam isso , porque eu vou perguntar na prova, o exame
de Papanicolaou pelo ministério da Saúde ainda é hoje o meio que se faz para a prevenção
do câncer de colo, então o primeiro exame è feito na mulher, na faixa de 25 anos, se um
1 ano depois ela fizer um segundo exame e der negativo ela repete esse exame de 3 em 3
anos até chegar aos 64 anos, recomendação do ministério da saúde e eu vou perguntar
isso de vocês, então tem que saber quem tem que fazer exame preventivo, 25 anos a 64,
gravem esses dados que tem uma novidade que deu vou falar no final.
IVA ou VIA, a gente chama de inspeção visual após a aplicação do ácido acético
aquele método que foi criado na década de 30, hoje tá evidência, então você passa o ácido
acético de 3 a 5 % e olha o colo, se ele tá normal ou se pareceu alguma mancha.
E o rastreamento ou teste de DNA- HPV, então captura ainda P16 e KI-67,
amplificação de DNA, genotipagem e teste molecular, hoje está disponível para que a mulher
faça esse exame e hoje a tendência é mudar , eles que a mulher ao invés de fazer o exame
preventivo do Papanicolaou a mulher comece por esses teste, tá havendo uma inversão e eu
vou falar pra vocês o que tá acontecendo na situação atual agora. Então é uma sequência de
exames que a mulher pode fazer pra saber se ela tem ou não tem HPV de alto risco.
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Esse exame ele pode ser feito em auto coleta a mulher compra o kit, ela introduz na
vagina, ela vai procurar o colo e introduzir e roubar lá no colo, ela pega o aparelhinho dela lá
introduzir e aí passa o secamente vai ter uma pessoa que provavelmente vai pegar esse material,
vai colocar no fresquinho e vai levar pra fazer o exame . Esse teste de auto coleta foi testado em
Coari aqui no Amazonas e teve uma boa resposta, e tá sendo usado hoje.
Hoje existem também uma coisa nova que é um meio eletrônico que todo mundo tem,
pega o celular, tem alguns aplicativos nos Estados Unidos que você vai colocar todos os teus
dados, quando você nasceu, qual foi o resultado do seu exame preventivo, quais os casos da
família, mãe , tua irmã e você vai preencher todo aquele material e ele vai te dizer o que você
tem que fazer é o que você....qual a forma que vai ser tratado, se você tem tendência, então
isso tudo está sendo feito hoje de forma eletrônica , daqui há alguns anos, não está pronto ainda,
em alguns locais está sendo feito o teste mas tá sendo....mas daqui alguns anos todas as mulher
l terão isso na mão.
Teste de ventilação , hoje é o que tem de mais moderno, faz a coleta do material ,
mais ou menos o mesmo tipo de coleta você vai colher o material pra ver o HPV e na mulher
você vai pesquisar vários genes hoje que estão lá, alguns genes desses está sendo estudado,
alguns deles ocorreu um aumento nas mulheres que tem esse tipo de gene , tem um aumento
do risco de ter câncer de colo, isso também tá em fase de estudos. E do HPV, se você encontra
la na mulher um HPV 16 tá se estudando umas partes do HPV pra saber se aquele HPV que tá
dentro da mulher ele tem uma tendência a se desenvolver e levar um risco aumentado pra
mulher. Então ventilação é um exame novo, em fase se estudos, vocês daqui um tempinho vão
ouvir falar de ventilação. Então fazer teste de HPV, fazer ventilação, depois vai fazer citologia, e
depois que vai fazer a biópsia.
E o que mudou ? O que mudou foi s recomendação da organização mundial da saúde,
foi publicado agora em julho desse ano, um novo calendário que funciona mais ou menos assim
, primeiro você faz o VIA, o que é VIA? Passar ácido acético em volta do útero e se encontrar
alguma alteração lá , trata , mudou a coisa né, já não tá mais nem falando de preventivo aqui,
fez teste de HPV-DNA e deu alto risco, o que eu faz ? Trata, vai lá olhar o colo e vê se tem
alguma coisa pra tratar, se nãos achou você vai mandar a pessoa voltar, daqui a 6 meses volta
de novo, fez a citologia, aqui continua a mesma coisa de antes, fez a citologia deu alterada vai
pra colposcopia, colposcopia achou? Trata.
HPV de alto risco faz a genotipagem, genotipagem é pra saber de é 16,18,35,45, é
alto risco? se for 16 e 18 trata, se não for 16 e 18 vai pro VIA, pra ver se tem lesão ou não tem e
trata. HPV de alto risco vai por VIA, achou lesão ? Trata. HPV de alto risco, fez a colposcopia?
Trata. HPV de alto risco fez o preventivo vai pra colposcopia, fez a colposcopia, achou a lesão,
trata. Essa é a recomendação mais atual de prevenção de câncer de colo do útero, faz 4 meses.
Por que que eles vão mudar, porque uma série de mulheres no mundo inteiro não consegue
acesso a exame preventivo a gente tá oferecendo exame preventivo a partir dos 25 anos pelo
ministério da saúde, a recomendação da organização mundial saúde é que se ofereça para
mulheres de 30 anos aos 50 anos, saiu de 25 vai pra 30, mas não era pra trazer par mulheres
12	
de 20 anos eles acham que o recuso ele tem que ser gasto pra quem tem mais chance de ter
câncer, então se todos os países tratarem todas as mulheres na faixa de 30 a 50 a gente vai ter
uma redução maior do que se não criasse hoje pra 21 anos e aí para de fazer o preventivo depois
dos 50 anos, então mudou o ministério da saúde falei em ate 64 anos e a organização mundial
da saúde fala em até 50 anos , é pra concentrar que todas as mulheres na faixa de 30 a 50 faça
preventivo, eu não vou perguntar isso pra vocês, é só pra conhecimento.
O que eu vou perguntar pra vocês é o que o ministério da saúde recomenda, que
é de 25 a 64 anos.
Como é que faz prevenção primária, a prevenção primária é feita com vacina HPV,
existe a vacina bivalente, 16 e 18, vacina quadrivalente que pega 6,12,16 e 18e hoje tem a
nonavalente que pega 9 vírus, a nonavalente não tem no Brasil ainda e isso tá disponibilizado
há mais de 10 anos, mas o pessoal da China comprou quase tudo e disseram que são vão
disponibilizar para o mundo em 2023, 2024 pra chegar no Brasil, foi vendido tudo.
Quem tem que tomar a vacina? As meninas de 11 a 14 anos, tem que tomar as duas
doses, as meninas de 9 a 14 anos vivendo com HIV toma 3 doses, transplantadas 3 doses.
E em 2030 nós temos aí as estratégias mundiais para eliminar câncer de colo , uma
das quais fala o seguinte: os países que foram aplicados vacina , por exemplo, a Austrália que
teve problema de vacinação em massa para todas as meninas de 12 até 16 anos hoje todas
essas meninas que foram avindas comprovaram que não tem câncer de colo, sem nenhuma
lesão precursora.
Os quesitos de prova que eu vou dar pra vocês, prestem atenção:
1) Qual é os tipos de HPV que podem causar câncer de colo baixo risco é alto
risco?
6 e 11 baixo risco
16 e 16 alto risco
Decorem os quatros que já tá bom .
2) Quais são os exames classicamente utilizados para prevenção do câncer de
colo, a gente chama de tripé clássico, aqueles mais antigos.
Citologia ( Papanicolaou), colposcopia e histopatologico, biópsia com
histopatologico. Classicamente o tripé para prevenção ainda é esse, utilizado ainda
inclusive pelo ministério da saúde.
3) Qual é atualmente os exames que são utilizados para prevenção do câncer de
colo ?
Teste de HPV, VIA ( aplicação do ácido acético), citologia , colposcopia.
4) qual é o tipo de câncer mais comum que da?
Epidermóide 90%
13	
Adenocarcinoma ou carcinoma glandular 10%
5)Quais são os fatores de risco para anterior de colo ?
Idade , tabagismo, imunidade, multiplicidade dos parceiros e HPV.
6) Como que eu trato o câncer de colo ?
Cirurgia , radioterapia e quimioterapia

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CA de colo em

  • 1. 1 CA de colo de útero Aula 6. 11/11/21 Prof°. Dr. Gilson Hoje eu vou fazer uma aula um pouco diferente, prestem atenção, no final eu vou dar uns 4 quesitos pra vocês que vai cair na prova, são 4 itens principais que vocês precisam aprender em relação ao câncer de colo. Histórico No século XIX, 1800 e alguma coisa apareceu um camarada que falou o seguinte: “dá mais câncer de colo em mulheres casadas, do que nas solteiras e nas freiras” e aí o que que tinha de diferente nisso aí ? Que as mulheres casadas tinham relação sexual, as mulheres solteiras tinham feito menos relação sexual, então aparecia câncer de colo mais em mulheres casadas. E nessa época a única coisa que se fazia era o exame histopatologico e fazia uma lâmina e tinha o diagnóstico de câncer de colo, não tinha outra coisa a se fazer, normalmente pegava a doença em estágio avançado, se vocês forem comigo lá no instituto da mulher todo dia chega câncer de colo lá. Então é uma doença que esteja o colo, deixa o colo apodrecido, fica saindo aquela secreção que o quadro trás e com odor fétido, apodrece mesmo dentro da vagina e você tira um pedaço com muita facilidade, colhe com uma pinça, tira esse material, e manda pra exame, 10- 15 tá pronto o resultado do exame, então você faz o diagnóstico. Naquele época foi lançada uma cirurgia que se vou que se arranca-se o útero da mulher, as mulheres continuavam morrendo , por que que morre? Porque a doença espalhava além do útero, no colo, ela passava por (? ) fica do lado do tecido onde fica o útero e osso, ela passava por ali e pra ali ela se expandia para os linfonodos, então naquele bifurcação da aorta que fica mais ou menos na altura do umbigo até embaixo esses linfonodos tem uma cadeia de mais ou menos 20-30 linfonodos e também do tecido, através do sangue ,elas vão as células malignas em muitas partes do corpo, pulmão , cérebro, osso e ela se espalha, então tem muita pouca pouca pra fazer. No início no século XX um professor da Alemanha pediu pra um aluno dele, um jovem, e pediu pra ele fazer um aparelho que desse pra olhar o colo do útero com ampliação, ele correu lá com o amigo dele e ele mexia com lentes e aí ele pediu pra montar um aparelho que amplia- se o campo através de uma lente com aumento de pelo menos 5x e aí ele conseguir criar esse aparelho que ele deu o nome de colposcopia , 1925, e ele fez um primeiro exame de prevenção em massa, ele morava em uma cidade pequena tinha lá um número de 200-300 mulheres, ele pediu pra cada mulher ir lá e começou a olhar o colo do útero e começou a desenhar, então em algumas ele via um colo e anotava e se fazia um desenho, em outro ano ele pedia pra voltar lá e fazia um desenho, então ele viu que em algumas mulheres havia um modificação do colo do
  • 2. 2 útero delas, elas saiam de um padrão e em outro ano elas tinham outro padrão, mudava, e ele via isso através desse aparelho e em 1940 ele publicou um trabalho mostrando a diferenças dos colos do útero com alguma alterações umas chamadas de leucoplasia, uma área esbranquiçada e outra que ele viu alguns pontilhados, ele chamou de pontilhado, e depois descobriu que era vasos e viu uma trama vascular, que ele chamou de mosaico, então são alterações que ele observou utilizando esse aparelho. Um outro camarada chamado Walter Schiller, ele pegava o iodo, ele criou uma substância e começou a passar no nódulo das mulheres e viu que algumas mulheres ficavam exatamente assim, tá aí a imagem, olha o colo bem pretinho, sinal de que esse colo estaria normal e em algumas outras mulheres ele via que o colo não corava, ficava esbranquiçado então ele chamou de teste de Schiller positivo, quando o iodo ficava bem evidente e o teste de Shiller negativo quando o iodo não corava lá no colo, então ele viu que essas pacientes tinham área de iodo negativa tinham uma tendência de ter mias câncer colo do que as mulheres que tinham o colo bem pretinho. Mas depois veio outro camarada que criou uma substância chamada ácido acético e o aceito acético é vinagre então ele uso o ácido acético a 3% e aplicou também no colo do útero das mulheres e viu que em alguma mulheres apresentavam um área bem mais esbranquiçada daquelas áreas que o Rizel (? ) chamou de leucoplasia, quando passava o ácido acético ficava esbranquiçado e ele chamou de ação aceto-branco, ficava diferente. Até que apareceu um camarada, que vocês todos já devem ter escutado falar, chamado George Papanicolau, um médico grego, que criou um exame simples, ele pegava um pedaço de madeira, passava no colo, esfregava em um lâmina de vidro e olhava no microscópio, ele criou uma substância pra diferenciar a coloração dessas células e ele observou alterações neoplasias nesse material, e como ele falou ali na frase dele que: “ O momento mais eletrizante de minha carreira foi quando descobri que era capaz de observar células cancerosas num colo do útero através do esfregaço”. Esse exame é tão famososo que desde a década de
  • 3. 3 40, são 60 mais 21, 81 anos desse exame e ele continua como o exame mais importante da prevenção do câncer do colo. Aí tem uma série de sequências depois que (?) 1953, não era nem nascido, chamou as alterações que ele via no exame histopatologico de displasia, chamou de displasia leve, moderada, grave quando as alterações saiam da membrana celular , a parte mais superficial do colo para o estroma então essas alterações elas são em camadas e ele chamou de leve, quando a alteração era só aqui embaixo, moderada, quando ele pegava no meio e de grave, quando ela pegava ali em cima, na parte superficial. Na década de 60 Richard (?) ele mudou essa terminologia, chamou de neoplasia intraepitelial cervical, que vocês já devem ter ouvido falar, em NIC 1, 2 e 3. E na década de 80, nos EUA, foi feito uma reunião porque tinha dois grupos, na época da segunda guerra mundial praticamente todo o grupo da Alemanha, da Europa que faziam colposcopia (?), psicologia falavam em displasia, o pessoal aqui dos Estados Unidos, do grupo do Dr.Richard, chamava de neoplasia intraepitelial cervical e aí um coisa era falada nos Estados Unidos, na América Latina, América do Norte, e a outra ela na Eudora, então ocorreu uma reunião nos Estados Unidos, para estabelecer uma mesma linguagem para o mundo inteiro falar a mesma coisa aí ocorreu essa reunião, em 1988, e aí foi criado o termo de lesão de baixo grau é chamada de NIC e a lesão de alto grau é chamada de NIC 2 e NIC 3, hoje a gente sabe que as lesões de baixo grau elas não estão relacionadas com câncer de colo, e as de alto grau, NIC 2 e 3, elas estariam associadas a câncer de colo. Ocorreu um revisão em 1991, em 2001 e essa terminologia hoje tá modificando, mas não vou entrar em detalhes com vocês. O HPV, é um vírus que foi descoberto também nessa época tinha uma associação com o mioma vocês já viram que da verruga no dedo, na ponta da mão, na boca, na pele e ficou muito famoso quando a Ana Maria Braga apresentou uma lesão de HPV na região anal e aí foi feito uma cirurgia saiu na imprensa na década de 80 e na Europa se estudava muito HPV é existem mais de200 tipos de HPV que foram enumerados vai do número 1 até 200 e poucos, a mediada que muda o DNA dele, a cada 10% de mudança do DNA você cria um número novo, então existem vários no mundo. Então eu quero que vocês gravem, os HPV de baixo risco, que tá relacionado com o condiloma são esses aqui:6, 11, 40, vocês decorem o 6 e o 11, depois no final eu vou falar o que eu quero que vocês aprendam. O HPV de baixo risco 6 e11 ele não tem uma relação ele não tem uma relação direta com o câncer de colo, mas tem uma relação direta com o condiloma, aí vocês estão vendo um condiloma não região vulvar e na região perianal, então a imagem está aí, da década de 90. E aí depois que teve o caso na Ana Maria Braga, saiu do jornal acrítica, que o vírus do câncer encontrado na Ana Maria Braga, atinge mais 100.000 pessoas no Amazonas, foi um estudo que a gente fez mostrando que aqui no Amazonas tinha um alto índice de câncer de colo, provavelmente teria porque tinha uma relação do vírus é o médico tava falando ali, é isso é na década de 2001, ele falava o seguinte, lembram da história lá da transmissão sexual? Pois é, eles começavam a dizer que existia aqui também que exista uma relação de câncer de colo e
  • 4. 4 as relações sexuais, que seria uma coisa comum, que seria esse vírus , isso tava se estudando no mundo inteiro, e o Blasó (?) dizia no livro dele que não tinha muito coisa pra fazer, porque aquele exame não previne HPV, o vírus ele vai tá na mão, vai tá região escrotal, na vulva, e ele vai passar e vai entrar, você só diminui um pouquinho porque existem poucas as doenças que se acoplam ao HPV e aumenta o fator de risco, então o uso da camisinha da uma proteção em relação ao aparecimento de outras doenças, por exemplo, se tiver o HIV a imunidade cai e você acaba pegando mais câncer de colo, de quem não tem HIV. E aí o que tá relacionado com o câncer de colo seria os vírus de alto risco de e aqui a gente tem o 16 e o 18, lembrar lá do 6 e do 11, e aqui lembrar que os principais é 16 e o 18 e tem esse grupo aqui também que tem relação com o CA de colo. Hoje existem exames que você coleta o dado da mulher e você consegue saber se ela tem lesão de baixo grau, ou se ela tem vírus de baixo risco ou vírus de alto risco. A gente fez o nosso trabalho do mestrado, a gente teve uma dificuldade, porque até o material eu tive que comprar, tive que pegar 42 pacientes lá do CECON e fazer genotipagem pra identificar o vírus, eu encontrei 100% de HPV em todos os casos de lesão de baixo grau é câncer de colo de útero, e se provava que tinha uma relação direta, e esse trabalho estava sendo feito no mundo inteiro e a gente provou também que aqui existia os vírus principais, que são vírus que a gente encontrou nos casos do Amazonas, foi um dos primeiros trabalhos feito aqui em relação a genotipagem e foi em 2015 que eu fiz o mestrado. Em 2008 um alemão chamado (? ) ganhou o prêmio Nobel de medicina e ele provou que realmente existia uma relação direta entre HPV e câncer de colo e ele recebeu o prêmio, e a partir daí comprovou a tese que o colega teve em 1800 e alguma coisa, que tinham uma relação passada com a vida sexual e hoje em 2008 ele provou que tinha um vírus em toda essa história que causava o câncer de colo. Epidemiologia A gente vai agora para a epidemiologia dessa doença. Essa doença hoje ela mata mais de 265000 mulheres no mundo inteiro ela atinge cerca de meio milhão de mulheres e aqui no Brasil a gente tem a estatística do inca para 2021, 2022 são 16000 novos casos todo ano com cerca de 6500 mortes, em Manaus a gente tem uma média de 200 mulheres que morrem todo ano de câncer de colo. Uma triste notícia essa daqui já faz anos que ela persiste o Amazonas lidera a incidência de câncer de colo de útero no Brasil, então Amazonas ele tem a maior incidência de câncer de colo no Brasil inteiro, se vocês olharam ali esse gráfico ali tá a região norte que é isso aqui que está em verde vai lá para cima e a relação das outras regiões do país aí você vê a região norte ela dispara em relação às outras as outras e isso vem acontecendo desde a década de 80, a gente tem mais câncer de colo do que câncer de mama aqui na nossa região, enquanto o Brasil inteiro tem mais câncer de mama. O Amazonas ele é o primeiro do país como eu já falei para vocês, no Brasil ele tem uma estatística que mostra que a cada 100000 mulheres a gente tem 16 casos em comparação
  • 5. 5 , por exemplo, aos Estados Unidos que a gente tem 10, na Europa a gente tem 8 se a gente for nos países nobres tem menos de 5, no Brasil tem 16 e no Amazonas tem 40, então a gente está disparado. Quando a gente vai para a cidade de Manaus o negócio é pior ainda o índice vai para 61, 54%, o Amazonas definitivamente tem a pior estatística do mundo de câncer de colo e a gente não sabe nem explicar porque que isso acontece. E o pior o registro hospitalar, isso aí é um trabalho que eu levantei lá no CECON, mostra que não há modificado, todo ano chega em média 400.000- 500.000 casos de câncer de colo nas mulheres amazonenses, apesar de todo trabalho, as campanhas que só feitas, não há modificação na sequência dos exames, inclusive o gráfico mostra que as pessoas que fazem exame preventivo acabam sendo as mesmas, é muito das mulheres que não tem aceso, e acabam fazendo, e chegam or agente com câncer avançado. A história natural dessa doença eles tem uma sequência, do colo normal até chegar um invasor ela passa por alguns estágios então você tem lesão de baixo grau que é preciso identificar hoje inclusive só passando ácido acético você consegue enxergar uma lesão de baixo grau, vai chegar lesão de alto grau que você consegue fazer um diagnóstico olhando pelo colposcopio fazer uma biópsia E você chega ao câncer invasor que não precisa nada disso você vai só passar um espéculo que custa 2, 3 reais e você vai ver um câncer invasor. Essa doença demora mais ou menos de 2 a 10 anos Para começar do normal até chegar ao câncer então você tem vários anos aí de sequência para fazer esse diagnóstico o ideal é fazer o diagnóstico na fase inicial não no estágio avançado. Todo dia a gente faz biópsia lá no instituto da mulher de câncer de colo, paciente local, paciente do interior. Fatores de risco Então quais são os fatores de risco, não há dúvida que o HPV é o principal fator de risco para câncer de colo e aí eu vou dizer pra vocês que isso aí eu vou perguntar na prova. Qual é o principal fator de risco para câncer de colo? HPV, principalmente o 16 e o 18. Aí existem qual fatores que podem ser relacionados com isso, por exemplo, a idade, a mulher na faixa de 25 até os 45, 49 anos ela tem uma possibilidade maior de desenvolver a doença, não quer dizer que a mulher depois dos 45 não vai ter, porque tem paciente aí que chega com 70,80 anos com HPV, tem mulher que inclusive o marido já morreu e 10 anos depois ela desenvolve a doença, porque o vírus fica lá na mulher e ele não sai, e em outras pacientes pode ser que a mulher pegue o HPV com 1617 anos que quando ela está com 30 anos ela tem uma imunidade que acabou HPV e não aparece mais e a gente tem casos também em mulheres abaixo de 25 anos, aqui no Amazonas eu tive uma paciente com 21 anos com câncer de colo, a gente via o paciente com 16 anos com lesão no mioma, Mas a idade é fundamental e a faixa etária que acomete essas mulheres é de 25 a 49 anos. O início precoce da vida sexual, no trabalho que eu fiz mostra também que as meninas que tem relação muito precocemente, o colo ainda não está totalmente amadurecido se a mulher tiver uma relação antes dos 16 anos ela aumenta muito mais o risco de pegar um HPV de alto risco, uma outra coisa é a multiplicidade dos parceiros, Logicamente se a mulher tem um parceiro
  • 6. 6 ela tem a possibilidade de evoluir com 16%, se ela tiver 2 parceiros isso aí evolui pra 35-40%, se ela tiver 3 padeiros, isso aí evolui pra 66%, então a medida que ela tem mais parceiros, maior o risco dela pegar um HPV de alto risco. Tem também o tipo de flora vaginal existe uma série de alterações que todo o tempo tá acontecendo no meio vaginal que a modificações da flora e logicamente quanto mais você destrói os bacilos maior a probabilidade de outras bactérias estarem crescendo ali favorecendo o aparecimento e facilitando a penetração do vírus HPV, as infecções genitais existem 2 aí que tem uma associação quase que direta que se juntar com o HPV faz um estrago, uma delas é o Herpes Genital tipo 2 e o outro é a Clamídia, então mulher que tem Clamídia e o Herpes ela tem que tá um pouco mais atenta também para não pegar o HPV O tabagismo, as mulheres que fumam, o cigarro diminui a imunidade local do colo do útero, então é um risco pra quem fuma. A multipartidade, quando maior o número de filhos, mas isso tem muito haver também com a questão socioeconômica, situações mais pobres acabam tendo mais filhos do que as mulheres que tem uma melhor condição financeira, então a multipolaridade tem uma relação direta com os países onde tem mulheres com muitos filhos, lá na África, na região da América do Norte, aqui no Amazonas no interior. O uso de anticoncepcional hormonal, então quem toma pílula anticoncepcional por mais de 10 anos tem o risco aumentado para câncer de colo, o hormonal injetável, aquele implante, tudo isso ele modifica as condições do colo e favorece o aparecimento e levando em cima da zona de transformação. Sabe o que é zona de transformação ? Zona de transformação , o colo do útero ele tem uma coisa que impede um padrão, e dentro do canal tem um epitélio cilíndrico, então ele é....a mulher que toma pílula anticoncepcional, ele sobe, ele aparece pra frente. A genética, logicamente que a pessoa tem uma genética diferente da outra, hoje há estudos para diferença entre uma mulher e outra. E a imunidade que é um dos fatores principais, eu falei ainda agora de uma paciente com HIV, paciente imunossupressor, paciente que tem uma péssima alimentão, então tudo isso faz cair a imunidade, a pessoa estressada. Diagnóstico A doença em algumas mulheres ela só se manifesta quando ela já está em um estágio avançado, na fase avançada você vai encontrar uma lesão grande, que está com mau cheiro, que tá com crescimento tumoral, nesse caso, ela vai dar um corrimento com água de (?), ela vai sangrar, é uma paciente que tem sangramento, toda vez que tem relação o pênis vai bater lá e vai sangrar e na fase mais adiantada da doença, você vai ter dor, inchaço da perna por causa do comprometimento nos linfonodos tem uma drenagem linfática boa, tem problemas urinários e fecais, porque a doença pode invadir a bexiga e o reto. Na maioria das pacientes ela é totalmente assintomática, então tem mulheres que chegam nesse estado mas nunca sentiram absolutamente nada, essa é uma crítica mais frequente, a paciente que tem uma lesão de baixo
  • 7. 7 grau, depois tem uma lesão de alto grau e não sente absolutamente nada e quando descobre ela tá com um carcinoma em situ ou com um invasor. Um dos exames mais fáceis de fazer é o exame especular, então você vai passar um especulo, baratinho, olhou, tem uma lesão, pega qualquer pinça , tira um pedacinho e vai mandar o diagnóstico, em 10-15 dias tá pronto. Exame preventivo, que é aquele exame do Papanicolaou você faz diagnóstico do exame do Papanicolaou, que hoje tá mudando, vou já falar pra vocês sobre isso. Vocês já ouviram falar também em citologia em liquor(?) é aquele mesmo material é colhido de uma forma diferente, hoje existe um equipamento próprio, é a mesma coisa, uma escovinha, aqui a espátula, aí tem um outro modelinho de escova um pouco mais grossa, aí você colhe esse material, coloca no vidrinho, dilui no líquido, e manda para o laboratório, eles vão fazer um processamento, vão separar todo o material que vem junto, secreção, secreção purulenta, bactéria, e fica só as células, e a gente chama de citologia que o material fica bem limpo, fica mais fácil de fazer diagnóstico, um pouco mais caro esse custa 100, o Papanicolaou custa 5. Como que faz preventivo ? Não pode estar menstruada, não pode ter relação prévia 2 dias antes e tem que evitar uso de ducha, desodorante íntimo absorvente interno 3 dias antes do exame., pra poder colher esse material. A colposcopia que é aquele exame que o Rizel fez na década de 25, então hoje isso está mais ou menos linkado que na coleta da imagem onde a gente tem equipamentos modernos que aumenta até 20x o tamanho do colo do útero e você consegue enxergar o colo, utiliza filtros verde ou filtro azul pra poder reforçar o aparecimento dos vasos, você utiliza o ácido acético e você utiliza o (?), então todos esses exames aqui estão acoplados hoje na colposcopia, você colhe essa imagem, vai no computador, pode estudar ou mandar pra qualquer colega da o parecer ou olhar a distância, não temproblema , então evolui muito a colposcopia, ela ainda é
  • 8. 8 um dos exames mais utilizados para fazer o diagnóstico de câncer de colo, na verdade a colposcopia é pra você mapear pra saber onde que está essa lesão, e aí você vai fazer a biópsia, essa é a finalidade principal da colposcopia. Os testes de HPV, hoje como a gente sabe tem uma relação direta entre HPV e o câncer de colo você faz captura hídrica, ela vai colher o material do colo, e vai separar aquilo que é de baixo risco é aquilo que é de alto risco e no resultado ela vai me dizer se ela tem HPV de alto risco ou se ela tem HPV de baixo risco. Existe também o P16 e o KI-67 que são proteínas que aumentam a expressão quando tem uma relação com o câncer de colo, então você faz esse exame pra saber se essa expressão está acontecendo ou não, se a mulher tiver um HPV positivo ou uma expresso de P16 elevada ela tem uma tendência a ter, a evolução da uma lesão de grau é aí da o câncer de colo. Da mesma forma que a mulher tiver uma lesão de alto grau, tipo NIC2 e ela faz um P16 e da negativo a gente vai considerar aquilo de lesão de baixo grau mesmo na Citologia (?) tiver uma lesão ( inaudível ) E genotipagem , aqui eu fiz em 2001 em uma paciente do cecon e hoje está virando uma rotina, você colhe o material e faz a genotipagem pra saber qual o tipo de HPV que aquela mulher tem é aí dá pra dizer tem o 16, 18, o 66, 45, da pra dizer também qual a quantidade que ela tem do vírus. Fazendo a colposcopia, olhando e vendo a lesão, você vai fazer uma biópsia, isso aqui é aparelho chamado KAF, ou alça de lítio( ?), São aparelhos criados na década de 90, que você faz o corte e faz a cauterização ao mesmo tempo, você corta e tira um pedacinho e já cauteriza é esse exame leva pro histopatologico. Tipo de câncer Vou perguntar de vocês isso aí também , qual o tipo mais comum. Aqui no epitélio escamoso, a gente encontra o carcinoma epidermóide escamoso, 90% do câncer acontece nessa junção entre esse tipo de epitélio junto com esse, essa junção dos dois nós chamamos de junção escamocolunar, a gente encontra aqui chamado de JEK. O outro tipo de câncer é o que dá dentro do canal, que é o carcinoma glandular e aí ele dá em torno de 10%, então 90% epidermóide, 10% glandular. Pra vocês verem, aqui tem uma série de células, aqui só tem uma camada de célula, então se a doença sair daqui, ela passa direto pro estroma. Aqui não, eu posso ter uma lesão de baixo grau, uma lesão localizada e pra passar pro estroma ela teve que quebrar essa barreira aqui pra passar pro vaso, essa outra não, o vaso tá aqui e ela já vai direto. Esse câncer apesar de ser menor, 10%, é mais perigoso do que o outro, é mais agressivo . Tratamento O tratamento depende da mulher, depende do médico, mas depende do tipo, do estadiamento do tumor, eu tenho que saber qual é o estágio que essa doença está, se ela tá no inciso, se é uma lesão precursora, se ela tá em um estágio avançado com metástase e depende
  • 9. 9 da condição sócio-econômica, porque no Amazonas por exemplo, tem paciente que mora la em Beijamin Constant então é difícil a mulher vir, então às vezes você tem que ser mais radical do que uma paciente que tá aqui no consultório e eu tenho que acompanhar, então uma lesão microinvasora, por exemplo, uma paciente no meu consultório eu consigo acompanhar, uma lesão micro invasora que mora em Itamarati, eu não vou conseguir ver de perto. Então uma série de fatores deve ser levado em conta e você tem que tratar cada mulher como se fosse única pra definir exatamente o tratamento que ela precisa. Basicamente para as lesões precursoras, NIC 1,2,3 são lesões que aparecem antes do câncer, você vai tratar com colonização, pega um aparelhinho, ali é um aparelho de KAF, ali é a alça de (?) e você faz um corte e faz a retirada da lesão, isso em forma de cone, pra você poder estudar toda essa área aqui, hoje a gente chama de, se lesão tiver bem aqui assim eu vou fazer um corte pra tirar essa parte, se a lesão tiver um pouco mais profunda, eu faço um outro tipo de corte e eu faço um corte superfície quando s lesão tá aqui fora. Então por exemplo, uma paciente que tem 22 anos, tá com uma lesão de alto grau, éuma lesão de NIC 2, eu vou fazer um corte menor que a gente chama de corte(?) tipo 1 , uma paciente idosa na menopausa a gente tem que pegar o colo lá dentro, então eu faço um corte maior, tipo 3, e um intermediário eu faço um corte tipo 2, isso normalmente depende da alça, ela tem uma pontinha e ela passa aqui em um corte só, você faz a retirada da lesão. Esterectomia ampliada, você vai fazer essa cirurgia pra retirar o câncer e todos os linfonodos, são cirurgias longas que demoram cercam de 8-10h, hoje essas cirurgias já são feitas através de robô, menos agressiva, são resultados muito bons, principalmente em paciente mais jovem. A radioterapia ela entra aqui também para queimar os linfonodos, que se tem de um lado pro outro, como eu já falei pra vocês, a doença sai dali, ela entra nos linfonodos e vai jogar célula pra todo canto, na mesma forma que ela entra no tecido sanguíneo, entao é feita a radioterapia externa, é marcada no umbigo até a pelve é marcada um quadrado ali é você faz uma ação naquela área toda pra queimar os linfonodos. Então você vai pegar o útero, o ovário e a cadeia linfonadal então isso aqui tudo é queimado. Pras células que saem pelo sangue aí você vai pra linfoterapia, desculpem eu esqueci de falar da braquiterapia. A braquiterapia é uma aplicada que é feita pela vagina, você entra aqui peloburaquinho , parece uma caneta, ele entra aqui pelo canal do útero e vai fazer a queimação da região lateral dos endotélios paramétricos, é queimada essa região toda. O tempo de sessão essa daqui são 3 e aqui 6-7, mais ou menos 2 meses. A quimioterapia é para evitar que as células que saem dali vão para o fígado, coração, cérebro elas sejam atingidas . Hoje o tratamento é feito em conjunto, você faz a radio, faz a cirurgia ,depois faz a radioterapia e ao mesmo tempo faz a quimioterapia, faz tudo num golpe só. Algumas pacientes tem recidiva elas voltam a ter câncer e aí não tem jeito elas fazem uma cirurgia chamada Exenteração você tira todo os bom (?), aqui saiu a bexiga, saiu tudo, você
  • 10. 10 tira tudo isso é aí você faz pra que exista uma possibilidade de cura para essas pacientes, ela vai viver, mas não tem mais vida sexual, não tem mais nada. Qualquer paciente, em qualquer época, merece ser feito o tratamento. No estágio 1, no estágio inicial, você tem cura de 95-100%, e nos outros estágios você chega até o último aqui , você tem a possibilidade de cura de até 30%, então toda a paciente de câncer de colo tem que fazer o tratamento independe se tá no início ou se tá no estágio avançado, tem várias pacientes minhas que tem 25-30 anos que sempre vão lá comigo todo ano fazer o acompanhamento, podem estar curadas, mesmo não fazendo cirurgia porque a cirurgia tem um limite também, até o estágio 2 A, você opera, estágio 2 B, estágio 3 e estágio 4 aí é só radio e quimioterapia. Prevenção E por fim a gente vai falar de prevenção que é o grande tema de todos os momentos em relação ao câncer de colo, a gente faz prevenção de câncer de mama e prevenção de colo. O câncer de colo é uma doença altamente prevenível, é o único câncer que você realmente faz prevenção, câncer de mama você não faz prevenção você faz diagnóstico precoce, o câncer de colo não você faz a prevenção primária que é o uso da vacina a gente vai deduzir que (? ) . E a prevenção secundária que a gente vai falar agora para vocês , a finalidade é prevenir todas as crianças do sexo feminino, hoje como a gente diz que né, quem tem vagina tem colo do útero, que tenha a possibilidade de ser feito a prevenção dessas meninas. Existe uma lei que obriga no Brasil a disponibilidade da prevenção, existe uma diretriz brasileira de rastreamento, foi atualizada agora em 2016 e aí tem toda uma sequência de como a gente deve fazer pra poder acompanhar essa paciente que tem lesão de baixograu e lesos de alto grau, a gente chama de lesão precursora para o câncer de colo. Espero que vocês aprendam isso , porque eu vou perguntar na prova, o exame de Papanicolaou pelo ministério da Saúde ainda é hoje o meio que se faz para a prevenção do câncer de colo, então o primeiro exame è feito na mulher, na faixa de 25 anos, se um 1 ano depois ela fizer um segundo exame e der negativo ela repete esse exame de 3 em 3 anos até chegar aos 64 anos, recomendação do ministério da saúde e eu vou perguntar isso de vocês, então tem que saber quem tem que fazer exame preventivo, 25 anos a 64, gravem esses dados que tem uma novidade que deu vou falar no final. IVA ou VIA, a gente chama de inspeção visual após a aplicação do ácido acético aquele método que foi criado na década de 30, hoje tá evidência, então você passa o ácido acético de 3 a 5 % e olha o colo, se ele tá normal ou se pareceu alguma mancha. E o rastreamento ou teste de DNA- HPV, então captura ainda P16 e KI-67, amplificação de DNA, genotipagem e teste molecular, hoje está disponível para que a mulher faça esse exame e hoje a tendência é mudar , eles que a mulher ao invés de fazer o exame preventivo do Papanicolaou a mulher comece por esses teste, tá havendo uma inversão e eu vou falar pra vocês o que tá acontecendo na situação atual agora. Então é uma sequência de exames que a mulher pode fazer pra saber se ela tem ou não tem HPV de alto risco.
  • 11. 11 Esse exame ele pode ser feito em auto coleta a mulher compra o kit, ela introduz na vagina, ela vai procurar o colo e introduzir e roubar lá no colo, ela pega o aparelhinho dela lá introduzir e aí passa o secamente vai ter uma pessoa que provavelmente vai pegar esse material, vai colocar no fresquinho e vai levar pra fazer o exame . Esse teste de auto coleta foi testado em Coari aqui no Amazonas e teve uma boa resposta, e tá sendo usado hoje. Hoje existem também uma coisa nova que é um meio eletrônico que todo mundo tem, pega o celular, tem alguns aplicativos nos Estados Unidos que você vai colocar todos os teus dados, quando você nasceu, qual foi o resultado do seu exame preventivo, quais os casos da família, mãe , tua irmã e você vai preencher todo aquele material e ele vai te dizer o que você tem que fazer é o que você....qual a forma que vai ser tratado, se você tem tendência, então isso tudo está sendo feito hoje de forma eletrônica , daqui há alguns anos, não está pronto ainda, em alguns locais está sendo feito o teste mas tá sendo....mas daqui alguns anos todas as mulher l terão isso na mão. Teste de ventilação , hoje é o que tem de mais moderno, faz a coleta do material , mais ou menos o mesmo tipo de coleta você vai colher o material pra ver o HPV e na mulher você vai pesquisar vários genes hoje que estão lá, alguns genes desses está sendo estudado, alguns deles ocorreu um aumento nas mulheres que tem esse tipo de gene , tem um aumento do risco de ter câncer de colo, isso também tá em fase de estudos. E do HPV, se você encontra la na mulher um HPV 16 tá se estudando umas partes do HPV pra saber se aquele HPV que tá dentro da mulher ele tem uma tendência a se desenvolver e levar um risco aumentado pra mulher. Então ventilação é um exame novo, em fase se estudos, vocês daqui um tempinho vão ouvir falar de ventilação. Então fazer teste de HPV, fazer ventilação, depois vai fazer citologia, e depois que vai fazer a biópsia. E o que mudou ? O que mudou foi s recomendação da organização mundial da saúde, foi publicado agora em julho desse ano, um novo calendário que funciona mais ou menos assim , primeiro você faz o VIA, o que é VIA? Passar ácido acético em volta do útero e se encontrar alguma alteração lá , trata , mudou a coisa né, já não tá mais nem falando de preventivo aqui, fez teste de HPV-DNA e deu alto risco, o que eu faz ? Trata, vai lá olhar o colo e vê se tem alguma coisa pra tratar, se nãos achou você vai mandar a pessoa voltar, daqui a 6 meses volta de novo, fez a citologia, aqui continua a mesma coisa de antes, fez a citologia deu alterada vai pra colposcopia, colposcopia achou? Trata. HPV de alto risco faz a genotipagem, genotipagem é pra saber de é 16,18,35,45, é alto risco? se for 16 e 18 trata, se não for 16 e 18 vai pro VIA, pra ver se tem lesão ou não tem e trata. HPV de alto risco vai por VIA, achou lesão ? Trata. HPV de alto risco, fez a colposcopia? Trata. HPV de alto risco fez o preventivo vai pra colposcopia, fez a colposcopia, achou a lesão, trata. Essa é a recomendação mais atual de prevenção de câncer de colo do útero, faz 4 meses. Por que que eles vão mudar, porque uma série de mulheres no mundo inteiro não consegue acesso a exame preventivo a gente tá oferecendo exame preventivo a partir dos 25 anos pelo ministério da saúde, a recomendação da organização mundial saúde é que se ofereça para mulheres de 30 anos aos 50 anos, saiu de 25 vai pra 30, mas não era pra trazer par mulheres
  • 12. 12 de 20 anos eles acham que o recuso ele tem que ser gasto pra quem tem mais chance de ter câncer, então se todos os países tratarem todas as mulheres na faixa de 30 a 50 a gente vai ter uma redução maior do que se não criasse hoje pra 21 anos e aí para de fazer o preventivo depois dos 50 anos, então mudou o ministério da saúde falei em ate 64 anos e a organização mundial da saúde fala em até 50 anos , é pra concentrar que todas as mulheres na faixa de 30 a 50 faça preventivo, eu não vou perguntar isso pra vocês, é só pra conhecimento. O que eu vou perguntar pra vocês é o que o ministério da saúde recomenda, que é de 25 a 64 anos. Como é que faz prevenção primária, a prevenção primária é feita com vacina HPV, existe a vacina bivalente, 16 e 18, vacina quadrivalente que pega 6,12,16 e 18e hoje tem a nonavalente que pega 9 vírus, a nonavalente não tem no Brasil ainda e isso tá disponibilizado há mais de 10 anos, mas o pessoal da China comprou quase tudo e disseram que são vão disponibilizar para o mundo em 2023, 2024 pra chegar no Brasil, foi vendido tudo. Quem tem que tomar a vacina? As meninas de 11 a 14 anos, tem que tomar as duas doses, as meninas de 9 a 14 anos vivendo com HIV toma 3 doses, transplantadas 3 doses. E em 2030 nós temos aí as estratégias mundiais para eliminar câncer de colo , uma das quais fala o seguinte: os países que foram aplicados vacina , por exemplo, a Austrália que teve problema de vacinação em massa para todas as meninas de 12 até 16 anos hoje todas essas meninas que foram avindas comprovaram que não tem câncer de colo, sem nenhuma lesão precursora. Os quesitos de prova que eu vou dar pra vocês, prestem atenção: 1) Qual é os tipos de HPV que podem causar câncer de colo baixo risco é alto risco? 6 e 11 baixo risco 16 e 16 alto risco Decorem os quatros que já tá bom . 2) Quais são os exames classicamente utilizados para prevenção do câncer de colo, a gente chama de tripé clássico, aqueles mais antigos. Citologia ( Papanicolaou), colposcopia e histopatologico, biópsia com histopatologico. Classicamente o tripé para prevenção ainda é esse, utilizado ainda inclusive pelo ministério da saúde. 3) Qual é atualmente os exames que são utilizados para prevenção do câncer de colo ? Teste de HPV, VIA ( aplicação do ácido acético), citologia , colposcopia. 4) qual é o tipo de câncer mais comum que da? Epidermóide 90%
  • 13. 13 Adenocarcinoma ou carcinoma glandular 10% 5)Quais são os fatores de risco para anterior de colo ? Idade , tabagismo, imunidade, multiplicidade dos parceiros e HPV. 6) Como que eu trato o câncer de colo ? Cirurgia , radioterapia e quimioterapia