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       FAMÍLIa Silva 
         GRALHA AZUL
        GRALHA AZUL
BOLETIM MENSAL - No. 21 - ABRIL - 2012 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES - SOBRAMES - PR



      ASSIM CANTAVA CASTRO ALVES
     “Óh! bendito o que semeia
         Livros à mão cheia
       E manda o povo pensar
    O livro, caindo, caindo n’alma
     É germe que faz a palma
       É chuva que faz o mar”

    CONGRESSOS DA SOBRAMES - HISTÓRIA

      I-
      Teresópolis - RJ    
   26 a 27 de novembro de 1966

      II - 
   Curitiba - PR 
 
       18 a 20 de março de 1968

      III - 
 São Paulo - SP 
 
       20 a 21 de fevereiro de 1970
	      IV - 	 Salvador - BA 	 	         24 a 26 de fevereiro de 1972
	      V-	      Recife - PE       	     20 a 22 de fevereiro de 1974

      VI - 
 Rio de Janeiro - RJ 
     25 a 27 de março de 1976
 
	      VII - 	 Belo Horizonte - MG    	 15 a 18 de fevereiro de 1978
	      VIII - 	 Rio de Janeiro - RJ 	   28 a 30 de novembro de 1980

      IX - 
 Recife/Olinda - PE 
      30 de março a 3 de abril de 1982
	      X-	      Curitiba - PR 	 	       17 a 19 de maio de 1984
	      XI - 	 Rio de Janeiro - RJ 	     24 a 26 de abril de 1986

      XII - 
 Maceió - AL 
 
          19 a 21 de maio de 1988
	      XIII - 	 Salvador - BA 	 	       23 a 26 de agosto de 1990
	      XIV - 	 Recife - PE 	 	          26 a 28 de fevereiro de 1992

      XV - 
 São Paulo - SP 
 
        18 a 20 de maio de 1994
	      XVI - 	 Fortaleza - CE 	 	       29 a 31 de agosto de 1996

      XVII - 
 São Paulo - SP 

       25 a 26 de setembro de 1998
	      XVIII - 	Gramado - RS 	 	        28 a 31 de maio de 2000                    Museu Oscar Niemeyer
	      XIX - 	 Belo Horizonte - MG 	 30 de maio a 02 de junho de 2004

      XX - 
 Bento Gonálves - RS 
 26 a 30 de maio de 2004                               Curitiba - PR

      XXI - 
 Maceió - AL 
 
          20 a 22 de abril de 2006
	      XXII - 	 Fortaleza - CE    	     04 a 07 de junho de 2008
	      XXIII - Ouro Preto - MG 	        03 a 06 de junho de 2010



                     12
	      	        	         	       	     	        	        Fonte: Folheto Sobrames gentilmente encaminhado por L.A. Soares




                  20
 	
  
            	      	            TECENDO O ABSURDO
            	      - ASSOVIAR POEMAS!

                   - Que idéia louca que brotou na sua cabeça.

            
       Os editores João Scortecci e Marcos Salun, olharam-me, como se enxergassem fantasmas.
            
        - Assoviar um poema? E como vamos dar forma a isto? E de que jeito passaremos esta
            idéia. A essência do poema para o papel?
            
       - Isto pode ser feito gravando em CD. Disseram uníssonos!
            - Não disse, quase pulando da cadeira.
                    - Quero em um livro. Em um livro impresso. Um livro de páginas numeradas. Páginas
                      com palavras imaginadas, texto diagramado no inconsciente. Cor. E que se amarrote se
                      mal manuseado, que se rasgue se vítima da fúria, que se manche de lágrimas, acaso
                      motive alguém. Olhei-os, estavam achando-me tolo.
            
       - Isto não é petulância, disse, pausadamente.
                    - Não tenho nem peso, nem altura, para ser petulante.
                    - Quero apenas assoviar poemas.
                    - Como ler. Como ouvir? Voltaram a perguntar.
                    - Como o leitor vai percebê-los?
                    - Do modo que ele consiga senti-los. Respondi.
                    - Começaremos diagramando um leve sopro. Disse. Abrindo os magros braços.
                    - Será como se ouvíssemos o sussurro de um Espantalho.
                    - Depois seu estalar de dedos. Um pouco além, suas palmas.
                    - Por fim o tictacquear de sua alma.
                    - Eles riram demais.
            	       Deixaram programado o livro para idos de 1982. E vejam que estamos em 2010.
            
       Eu saio da sala convencido de que assovio poemas. De que construo Mundos. De que
            pertenço à rua. De que sou ave noturna. De que posso ser a comida que extingue a fome e a fome
            que deseja a comida.
            
       Comigo, compreendo que tudo se comunica mesmo em silêncio. E que vida exite até no
            que não existe. É ai que está o assovio. Atravesso a rua, tropeço na calçada e arranco um pedaço
            de mim. Que fica ali para ser outra coisa.
                    - Não quis teimar com eles. Nem eles seguramente conseguiriam me convencer. Logo a
                      mim. Que sou um Espantalho. Vivendo pelo avesso.

            	      	      	       	      	      	               LUIZ JORGE FERREIRA - 2010
            
      
      
       
      
      
       “O avesso do espantalho” / Scortecci Editora
            	      	      	       	      	      	       	     	            Sobrames - SP




BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL 2012                                              2
O BOM
                                   Marco Aurélio Baggio

                               Presidente: SOBRAMES e Emérito do Instituto Histórico e Geográfico MG.
                               Ex-presidente da Arcádia-MG e Instituto Mineiro de História da Medicina.
                    Membro: Academia Mineira de Medicina; Academia Brasileira de Médicos Escritores;
                      União Brasileira de Escritores RJ; Federação das Academias de Letras e Artes MG;
                   Honorário da Sociedade Eça de Queiroz, RJ; Vitalício da Academia de Letras do Brasil.
                                                             Comendador da Liberdade e Cidadania, MG.



        Obrar bem é o que importa.
        A natureza nos é indiferente, inconstante que é.
        Fazer o bem traz consigo um bem-estar que é sua própria recompensa.
        O sentido da vida, em ultima instancia, é fazer o bem.
        Este é o principal recurso de que dispomos: sermos bondosos uns com os outros.
        Sabe-se que a bondade é o único investimento que nunca falha.
        É o verdadeiro gênio do ser humano. Todo o demais são minudencias, firulas, coisas
        despiciendas.
        O bem acarreta a alegria que eleva a vitalidade e o ânimo dos homens.
        Traz em seu bojo a vivência do pleno, do útil, do desfrutável e do ressarcidor.
        O exercício do BOM propicia a completude das vivencias em um mundo em perpétua
        modificação.
        Só favoráveis experienciações, alimentadas pelo leite da bondade humana é que possui o
        poder de amortecer até anular, a maldade que prevalece como poesia do mal na História
        Universal.
        O mal tem que ser pastoreado pela ética do bem.
        A implantação consistente do BEM resulta na capacidade de reparar os desacertos do
        mundo.
        A função do amor, do bem, é abrandar a crueldade das fatalidades.
        O bom acresce o ser fraco e pequeno.
         É como farinha : esfria o quente da maldade; engrossa o ralo das vivências e aumenta o
        pouco das humanidades.
        Sê bom mas que a sua mansidão mantenha firme a decisão de combater o mal.
        O Bom limpa o mal-hálito do cotidiano da vida.
        Contudo, praticar o bem tem menos charme do que praticar o mal.
         O bom é decepcionante por ser limitado: não é o ótimo, o deslumbrante, o superlativo.
        Ainda assim, é necessário proteger o BOM com dedicação, um vez que ele se estiola com
        facilidade.
        O bom tem que ser criado, mantido e embalado como criança de colo no espaço interno de
        confecção de cada um de nós. Implica ser internalizado e elaborado por complexas
        operações intrapsiquicas.
        A bondade é a única atitude que valoriza o ser humano.
        É ela, a bondade em transcurso, o hábito salutar que nos dá a potência para existir.
        É necessário manter absoluto predomínio de vivências boas sobre as más para que se possa
        constituir um ser humano de razoável valor e qualidade.




BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL - 2012                                        3
Tal qual Monteiro Lobato, Bigarelli tornou possível, numa linguagem atual, transformar viva uma
   estória contada aos netos através do seu livro chamado “A Vida de Pedrinho” .
            Numa série de relatos da vida de Pedrinho, ou Peter, na sua fase germânica, revela um menino
   pródigo e honesto consigo mesmo.
            Nos traz com muita perspicácia, o deleite da imaginação.
            Assuntos como problemas familiares, estudos, livros, educação, esforço individual e ainda mesclado
   por magia e sonho, emoldurados com lindas e verdadeiras amizades, religiosidade e crença na possibilidade
   de através do estímulo e incentivo, colocar o indivíduo no caminho de sua formação profissional e com as
   alegrias e vicissitudes da vida.
            Portanto, nossos parabéns ao sobramista José Ephisio Bigarelli pela sua produção literária.
   Aguardamos, ansiosamente, por novas aventuras de seus personagens.




 JOSÉ EPHISIO BIGARELLI

          Nasceu em Jaú - SP, em 17 de maio de 1935. Mudou-se para Curitiba em 1955 e casou-se com Ilza Camargo.
 Graduou-se em Medicina em 1961, pela Universidade Federal do Paraná. Trabalhou como cirurgião e clínico até 1964 e após,
 especializou-se em Anestesiologia. Foi professor de Fisiologia, Anatomia, Farmacologia e Anestesiologia. Como médico
 trabalhou em vários hospitais da Capital Paranaense, tendo também assumido as funções de Diretor Administrativo e Geral do
 Hospital Evangélico de Curitiba, além de ter ocupado os cargos de secretário da Associação Paranaense de Hospitais, de
 Conselheiro do SESC e de Diretor da Faculdade Evangélica de Medicina. Fundou a primeira Clínica de Queimados do Brasil
 “liquinho”, transformada em referência para a América Latina. Como empresário, em maio de 1990, inaugurou o primeiro
 Hospital de Cirurgia Plástica de Curitiba, denominado “Lipoplastic”, conquistando por duas vezes o título de Acreditação
 Hospitalar, chancelado pelo Ministério da Saúde. É Cidadão Honorário de Curitiba desde maio de 2006. Recebeu do
 Conselho Regional de Medicina do Paraná, em outubro de 2011, o Diploma de Mérito Ético-Profissional e a Estatueta da
 Medicina, pelo exercício de 50 anos de atividades com conduta exemplar. Em 1973 escreveu e publicou o livro “Temas em
 Anestesiologia”, direcionado aos alunos do curso de medicina e em 2010 ingressou, por convite, na Sociedade Brasileira de
 Médicos Escritores - Sobrames.

EXPEDIENTE: Editor Responsável e Presidente Sobrames Paraná: Sérgio Pitaki ;Vice-Presidentes: Fahed Daher e
Sonia Braga; Secretários: Paulo Maurício Piá de Adrade e Maurício Norberto Friedrich; Tesoureiros: Maria Fernanda
Caboclo Ribeiro e Edival Perrini. contacto: sergiopitaki@gmail.com , fones:41-30131133; 41-99691233

 BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL - 2012                                                          4

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GRALHA AZUL no. 21 Abril 2012

  • 1. E D I Ç Ã O V E R Ã O 2 0 0 9 o FAMÍLIa Silva  GRALHA AZUL GRALHA AZUL BOLETIM MENSAL - No. 21 - ABRIL - 2012 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MÉDICOS ESCRITORES - SOBRAMES - PR ASSIM CANTAVA CASTRO ALVES “Óh! bendito o que semeia Livros à mão cheia E manda o povo pensar O livro, caindo, caindo n’alma É germe que faz a palma É chuva que faz o mar” CONGRESSOS DA SOBRAMES - HISTÓRIA I- Teresópolis - RJ 26 a 27 de novembro de 1966 II - Curitiba - PR 18 a 20 de março de 1968 III - São Paulo - SP 20 a 21 de fevereiro de 1970 IV - Salvador - BA 24 a 26 de fevereiro de 1972 V- Recife - PE 20 a 22 de fevereiro de 1974 VI - Rio de Janeiro - RJ 25 a 27 de março de 1976 VII - Belo Horizonte - MG 15 a 18 de fevereiro de 1978 VIII - Rio de Janeiro - RJ 28 a 30 de novembro de 1980 IX - Recife/Olinda - PE 30 de março a 3 de abril de 1982 X- Curitiba - PR 17 a 19 de maio de 1984 XI - Rio de Janeiro - RJ 24 a 26 de abril de 1986 XII - Maceió - AL 19 a 21 de maio de 1988 XIII - Salvador - BA 23 a 26 de agosto de 1990 XIV - Recife - PE 26 a 28 de fevereiro de 1992 XV - São Paulo - SP 18 a 20 de maio de 1994 XVI - Fortaleza - CE 29 a 31 de agosto de 1996 XVII - São Paulo - SP 25 a 26 de setembro de 1998 XVIII - Gramado - RS 28 a 31 de maio de 2000 Museu Oscar Niemeyer XIX - Belo Horizonte - MG 30 de maio a 02 de junho de 2004 XX - Bento Gonálves - RS 26 a 30 de maio de 2004 Curitiba - PR XXI - Maceió - AL 20 a 22 de abril de 2006 XXII - Fortaleza - CE 04 a 07 de junho de 2008 XXIII - Ouro Preto - MG 03 a 06 de junho de 2010 12 Fonte: Folheto Sobrames gentilmente encaminhado por L.A. Soares 20
  • 2.     TECENDO O ABSURDO - ASSOVIAR POEMAS! - Que idéia louca que brotou na sua cabeça. Os editores João Scortecci e Marcos Salun, olharam-me, como se enxergassem fantasmas. - Assoviar um poema? E como vamos dar forma a isto? E de que jeito passaremos esta idéia. A essência do poema para o papel? - Isto pode ser feito gravando em CD. Disseram uníssonos! - Não disse, quase pulando da cadeira. - Quero em um livro. Em um livro impresso. Um livro de páginas numeradas. Páginas com palavras imaginadas, texto diagramado no inconsciente. Cor. E que se amarrote se mal manuseado, que se rasgue se vítima da fúria, que se manche de lágrimas, acaso motive alguém. Olhei-os, estavam achando-me tolo. - Isto não é petulância, disse, pausadamente. - Não tenho nem peso, nem altura, para ser petulante. - Quero apenas assoviar poemas. - Como ler. Como ouvir? Voltaram a perguntar. - Como o leitor vai percebê-los? - Do modo que ele consiga senti-los. Respondi. - Começaremos diagramando um leve sopro. Disse. Abrindo os magros braços. - Será como se ouvíssemos o sussurro de um Espantalho. - Depois seu estalar de dedos. Um pouco além, suas palmas. - Por fim o tictacquear de sua alma. - Eles riram demais. Deixaram programado o livro para idos de 1982. E vejam que estamos em 2010. Eu saio da sala convencido de que assovio poemas. De que construo Mundos. De que pertenço à rua. De que sou ave noturna. De que posso ser a comida que extingue a fome e a fome que deseja a comida. Comigo, compreendo que tudo se comunica mesmo em silêncio. E que vida exite até no que não existe. É ai que está o assovio. Atravesso a rua, tropeço na calçada e arranco um pedaço de mim. Que fica ali para ser outra coisa. - Não quis teimar com eles. Nem eles seguramente conseguiriam me convencer. Logo a mim. Que sou um Espantalho. Vivendo pelo avesso. LUIZ JORGE FERREIRA - 2010 “O avesso do espantalho” / Scortecci Editora Sobrames - SP BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL 2012 2
  • 3. O BOM Marco Aurélio Baggio Presidente: SOBRAMES e Emérito do Instituto Histórico e Geográfico MG. Ex-presidente da Arcádia-MG e Instituto Mineiro de História da Medicina. Membro: Academia Mineira de Medicina; Academia Brasileira de Médicos Escritores; União Brasileira de Escritores RJ; Federação das Academias de Letras e Artes MG; Honorário da Sociedade Eça de Queiroz, RJ; Vitalício da Academia de Letras do Brasil. Comendador da Liberdade e Cidadania, MG. Obrar bem é o que importa. A natureza nos é indiferente, inconstante que é. Fazer o bem traz consigo um bem-estar que é sua própria recompensa. O sentido da vida, em ultima instancia, é fazer o bem. Este é o principal recurso de que dispomos: sermos bondosos uns com os outros. Sabe-se que a bondade é o único investimento que nunca falha. É o verdadeiro gênio do ser humano. Todo o demais são minudencias, firulas, coisas despiciendas. O bem acarreta a alegria que eleva a vitalidade e o ânimo dos homens. Traz em seu bojo a vivência do pleno, do útil, do desfrutável e do ressarcidor. O exercício do BOM propicia a completude das vivencias em um mundo em perpétua modificação. Só favoráveis experienciações, alimentadas pelo leite da bondade humana é que possui o poder de amortecer até anular, a maldade que prevalece como poesia do mal na História Universal. O mal tem que ser pastoreado pela ética do bem. A implantação consistente do BEM resulta na capacidade de reparar os desacertos do mundo. A função do amor, do bem, é abrandar a crueldade das fatalidades. O bom acresce o ser fraco e pequeno. É como farinha : esfria o quente da maldade; engrossa o ralo das vivências e aumenta o pouco das humanidades. Sê bom mas que a sua mansidão mantenha firme a decisão de combater o mal. O Bom limpa o mal-hálito do cotidiano da vida. Contudo, praticar o bem tem menos charme do que praticar o mal. O bom é decepcionante por ser limitado: não é o ótimo, o deslumbrante, o superlativo. Ainda assim, é necessário proteger o BOM com dedicação, um vez que ele se estiola com facilidade. O bom tem que ser criado, mantido e embalado como criança de colo no espaço interno de confecção de cada um de nós. Implica ser internalizado e elaborado por complexas operações intrapsiquicas. A bondade é a única atitude que valoriza o ser humano. É ela, a bondade em transcurso, o hábito salutar que nos dá a potência para existir. É necessário manter absoluto predomínio de vivências boas sobre as más para que se possa constituir um ser humano de razoável valor e qualidade. BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL - 2012 3
  • 4. Tal qual Monteiro Lobato, Bigarelli tornou possível, numa linguagem atual, transformar viva uma estória contada aos netos através do seu livro chamado “A Vida de Pedrinho” . Numa série de relatos da vida de Pedrinho, ou Peter, na sua fase germânica, revela um menino pródigo e honesto consigo mesmo. Nos traz com muita perspicácia, o deleite da imaginação. Assuntos como problemas familiares, estudos, livros, educação, esforço individual e ainda mesclado por magia e sonho, emoldurados com lindas e verdadeiras amizades, religiosidade e crença na possibilidade de através do estímulo e incentivo, colocar o indivíduo no caminho de sua formação profissional e com as alegrias e vicissitudes da vida. Portanto, nossos parabéns ao sobramista José Ephisio Bigarelli pela sua produção literária. Aguardamos, ansiosamente, por novas aventuras de seus personagens. JOSÉ EPHISIO BIGARELLI Nasceu em Jaú - SP, em 17 de maio de 1935. Mudou-se para Curitiba em 1955 e casou-se com Ilza Camargo. Graduou-se em Medicina em 1961, pela Universidade Federal do Paraná. Trabalhou como cirurgião e clínico até 1964 e após, especializou-se em Anestesiologia. Foi professor de Fisiologia, Anatomia, Farmacologia e Anestesiologia. Como médico trabalhou em vários hospitais da Capital Paranaense, tendo também assumido as funções de Diretor Administrativo e Geral do Hospital Evangélico de Curitiba, além de ter ocupado os cargos de secretário da Associação Paranaense de Hospitais, de Conselheiro do SESC e de Diretor da Faculdade Evangélica de Medicina. Fundou a primeira Clínica de Queimados do Brasil “liquinho”, transformada em referência para a América Latina. Como empresário, em maio de 1990, inaugurou o primeiro Hospital de Cirurgia Plástica de Curitiba, denominado “Lipoplastic”, conquistando por duas vezes o título de Acreditação Hospitalar, chancelado pelo Ministério da Saúde. É Cidadão Honorário de Curitiba desde maio de 2006. Recebeu do Conselho Regional de Medicina do Paraná, em outubro de 2011, o Diploma de Mérito Ético-Profissional e a Estatueta da Medicina, pelo exercício de 50 anos de atividades com conduta exemplar. Em 1973 escreveu e publicou o livro “Temas em Anestesiologia”, direcionado aos alunos do curso de medicina e em 2010 ingressou, por convite, na Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Sobrames. EXPEDIENTE: Editor Responsável e Presidente Sobrames Paraná: Sérgio Pitaki ;Vice-Presidentes: Fahed Daher e Sonia Braga; Secretários: Paulo Maurício Piá de Adrade e Maurício Norberto Friedrich; Tesoureiros: Maria Fernanda Caboclo Ribeiro e Edival Perrini. contacto: sergiopitaki@gmail.com , fones:41-30131133; 41-99691233 BOLETIM MENSAL - SOBRAMES PARANÁ - GRALHA AZUL No 21 - ABRIL - 2012 4