O documento discute a importância do uso do diagrama morfológico para projetar edifícios sustentáveis no Brasil. Ele explica que o diagrama morfológico permite estudar as condições climáticas e como usar iluminação e ventilação naturais de forma eficiente. Além disso, destaca a necessidade de projetar edifícios que considerem o conforto dos usuários, a eficiência energética e a estética, sempre levando em conta as características de cada local.
1. DIAGRAMA MORFOLÓGICO – ANÁLISE CRÍTICA
Em todoo mundo, as habitações humanas devemcumprir as mesmas
necessidadesbásicas de proteçãoe conforto.
No Brasil, por ser de clima predominantemente tropical, faz-senecessário o uso de
recursos e estratégias para proporcionar melhor conforto aos usuários, seja na
arquitetura residencial, institucional ou comercial.
Segundo Juliana Saiter Garrocho, sob o ponto de vista ambiental, a edificação deve
proporcionar ao usuário o mínimo de condição de habitabilidade e bem estar. Isto
torna possível um melhor desempenho energético tornando ambientes
construídos não só confortáveis mas também sustentáveis.
O desenvolvimento das formas de construção devem ser de acordo como o clima,
condições topográficas e materiais disponíveis de cada região. E de acordo com
Cláudia Naves David Amorim, hoje, a preocupação maior gira em torno da melhor
utilização da iluminação e ventilação naturais não só pelo conforto que
proporcionam quando bem aproveitados, mas também pela redução no consumo
energético, o que favorece muito o meio ambiente.
Entretanto, mesmo com essa busca de soluções para os espaços construídos nas
cidades do Brasil, há uma certa dificuldade por parte dos projetistas, arquitetos e
técnicos em iluminação em aliar uma boa entrada de luz e calor à funcionalidade, à
estética e à economia de uma edificação. Vários estudiosos do assunto
apresentaram caminhos que possam levar a soluções viáveis e sustentáveis. Um
deles é o estudo de casos exemplares para análises de projetos e destaque de
aspectos relevantes. O outro é a disponibilidade de instrumentos que possam
possibilitar estes estudos. Há um repertório de instrumentos que podem servir
para soluções de conforto, sustentabilidade e também de estética. Há um interesse
dos projetistas e arquitetos quanto ao aspecto estético proporcionado pela luz. No
processo projetual, a análise dos condicionantes e do programa de necessidades, a
forma, massa , espaço e volume, bem como a implantação da edificação no
espaço, devem seguir conforme orientação da carta solar e estudos topográficos.
O Diagrama Morfológico é um destes instrumentos que cumpre este papel
quando se estuda e analisa as condições climáticas e as melhores possibilidades de
2. uso da iluminação e ventilação naturais, sempre dentro dos conceitos de
sustentabilidade.
Para o uso do Diagrama Morfológico deve-se coletar dados básicos da edificação
como a tipologia, a localização ( cidade, latitude, longitude, altitude), data da
construção e o arquiteto responsável. Informações sobre o clima local,
temperaturas, radiação solar, duração de insolação, ventos, chuvas e carta solar
local . A Implantação também deve fazer parte deste estudo, mostrando a inserção
do projeto no contexto urbano e suas variáveis como a largura dos arruamentos e
gabaritos dos edifícios, mais o estudo do entorno.
Mas há um outro fator que contribui com as dificuldades para estes estudos: é a
carência de normas e incentivos para projetos conscientes do ponto de vista
ambiental, do conforto e da eficiência energética.
Em vista de tudo que foi abordado até aqui conclui-se que a necessidade para o
bom uso dos recursos naturais como a luz e o vento se torna eminente, não só pela
eficiência energética que podem proporcionar com também pela saúde, bem estar
e conforto resultante destas iniciativas. A estética também, muito apreciada pelos
arquitetos, pode estar aliada ao conjunto de estratégias necessárias a cada caso,e
pode ser o final feliz para as cidades e suas edificações, sempre beneficiando o ser
humano e o meio ambiente.
Como cada caso é um caso, o arquiteto e projetista devem lançar mão de todos os
instrumentos possíveis e disponíveis para um projeto com bom desempenho de
conforto, de estética, de funcionalidade e de energia.