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REGIMENTO INTERNO DA
CLINICA DA FAMÍLIA AUGUSTO BOAL
RIO DE JANEIRO
Junho/2016
PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
SUBPAV – CAP 3.1
CLINICA DA FAMÍLIA AUGUSTO BOAL
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................4
I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE, EQUIPES E ÁREA GEOGRÁFICA..............5
1.1 Identificação da Unidade de Saúde.....................................................................5
1.2 Área Geográfica de Abrangência........................................................................5
1.4 Clinica da Família Augusto Boal.........................................................................7
1.5 Profissionais da Clinica da Familia....................................................................8
Miriam de Souza Albuquerque..................................................................................8
Adriana de Souza Fernandes.....................................................................................8
Angélica Cardinot Terra............................................................................................8
Cynthia Henriques da Silva.......................................................................................8
*Sebastião Eustaquio ................................................................................................8
Milena Gigante Hilário .............................................................................................9
Ana Cipriano..............................................................................................................9
Eloir Cristina Albuquerque da Penha .......................................................................9
Igor de Almeida Basilio ............................................................................................9
Denise dos Santos ....................................................................................................9
Marcelo dos Santos ...................................................................................................9
Simone Galvão de Oliveira e Silva.........................................................................10
Paul Mourão e Silva................................................................................................10
Simeri Fortim Aguiar...............................................................................................10
Katia Machado da Silva...........................................................................................10
Eliane Regina Abreu................................................................................................10
*Sebastião Estaquio ................................................................................................10
2.1 - Comunidade do Morro do Timbau..................................................................12
Baixa do Sapateiro (Início em 1947).......................................................................14
Conjunto Bento Ribeiro Dantas (Início em 1992)...................................................16
2.4 Comunidade Nova Maré....................................................................................17
.................................................................................................................................17
Comunidade Nova Maré( Início em 1996)..............................................................17
3.1 Missão................................................................................................................18
3.2 Valores...............................................................................................................18
4.1 Atribuições do Gerente Técnico:.......................................................................19
4.2 Equipe Multidisciplinar.....................................................................................20
Além dos profissionais da equipe técnica a unidade conta com profissionais de apoio
como os vigilantes e auxiliares de serviços gerais......................................................21
V. COMPROMISSO ASSISTENCIAL......................................................................22
5.1 Horário de funcionamento da Clinica................................................................22
5.2 Carteira Básica de Serviços Ofertados pela Unidade........................................22
Acolhimento e Acesso do usuário na CF Augusto Boal.........................................22
Consultas Programadas........................................................................................23
Consulta Clínica Médica ....................................................................................23
Consulta de Enfermagem.....................................................................................24
O enfermeiro realiza consultas de enfermagem, seguindo o regimento da
estratégia saúde da família pelo ministério da saúde, acolhimento, visitas
domiciliares, educação em saúde, grupos educativos, coordena os agentes
comunitários de saúde.........................................................................................24
Consulta Odontológica........................................................................................24
Pré-natal de Baixo Risco.....................................................................................24
2
Consulta de saúde da mulher e Coleta de exame citopatológico cérvico-uterino
(Papanicolau).......................................................................................................25
Planejamento Familiar.........................................................................................25
Acolhimento Mãe- bebe......................................................................................25
Consulta de Puericultura......................................................................................26
Consulta e acompanhamento do Paciente com Hipertensão e Diabetes..............26
Tratamento do portador de Tuberculose e Dose oral supervisionada (DOTS) . .26
Saúde do Adulto e do Idoso.................................................................................27
Imunização...........................................................................................................27
Curativos..............................................................................................................27
Interconsulta........................................................................................................28
Academia Carioca: Atividade física orientada e acompanhada por profissional
da educação física................................................................................................28
VI. SISTEMA DE INFORMAÇÃO E REGULAÇÃO...............................................30
6.1 Sistema de informação das equipes...................................................................30
6.2 Sistema de regulação de vagas para as especialidades:.....................................30
7.1 Museu da Maré..................................................................................................31
7.2 Potencialidades do território..............................................................................31
VIII. OUVIDORIA......................................................................................................32
3
INTRODUÇÃO
O presente documento tem por objetivo apresentar os principais serviços
oferecidos pela Clinica da Família Augusto Boal à comunidade, os profissionais que
representam a unidade, a definição da sua área de abrangência, bem como, descrever as
linhas de cuidado e os princípios que orientam a organização deste serviço de saúde.
A Clinica da Família Augusto Boal surgiu da união de duas unidades de OS/
PACS que trabalhavam com as comunidades do Morro do Timbau, Nova Maré,
Conjunto Bento Ribeiro Dantas e Baixa do Sapateiro e está situada no Complexo da
Maré.
De maneira a assegurar a qualidade dos processos de cuidado e a legitimidade
das ações e práticas de saúde, o presente Regimento Interno (RI) contou participação
dos profissionais em seu processo de elaboração. A versão final será debatida na reunião
de módulo da unidade e sujeita a aprovação pelos profissionais das equipes.
Este documento seguiu como modelo o Regimento Interno da Clínica da Família
Zilda Arns do ano de 2010 devido as semelhanças organizacionais entre as duas
unidades e foi completamente adaptado para as condicionalidades da C.F.Augusto Boal.
4
I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE, EQUIPES E ÁREA GEOGRÁFICA
1.1 Identificação da Unidade de Saúde
Clínica da Família Augusto Boal
Coordenação de Área Programática 3.1
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
End: Avenida Guilherme Maxwell Nº 25 - Bonsucesso
Email: cfaugustoboal@vivario.org.br
1.2 Área Geográfica de Abrangência
O complexo da Maré foi desmembrado de Bonsucesso pela Lei Municipal nº.
2.119 de 19 de janeiro de 1994, e constitui-se num agrupamento de várias comunidades,
sub-bairros com casas e conjuntos habitacionais. Com cerca de 130 mil moradores
(2006), possui um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, conseqüência
dos baixos indicadores de desenvolvimento social que caracterizam a região.
O complexo ocupa uma região à margem da baía de Guanabara, caracterizada
primitivamente por vegetação de manguezal. Ocupada desde o meado do século XX por
barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados quer
pela população, quer pelo poder público.
O bairro Maré foi instituído em 1994 e congrega aproximadamente dezesseis
microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 mil
metros quadrados próximos à Av. Brasil e à margem da baía, cortado pela Linha
Vermelha e pela Linha Amarela.
Os territórios de responsabilidade da unidade encontram-se delimitados pela Av.
Brasil, a Linha Amarela, Área Militar e o território de outras unidades de saúde como
podemos observar no mapa a seguir. E onde o perímetro delimitado pela linha
representa a localização da unidade de saúde e as delimitações em cores representam as
áreas das equipes.
5
2.3 Mapa dos limites do território da CF Augusto Boal.
Fonte: Google Maps
6
1.4 Clinica da Família Augusto Boal
A unidade de saúde iniciou seu trabalho em 11 de dezembro de 2010, está
localizada no Complexo da Maré. Este possui 15 comunidades e é considerada uma das
mais populosas do município do Rio de Janeiro.
A clinica conta com 06 equipes de saúde da família (ESF) e com três equipes de
saúde bucal - ESB (Cada ESB atende a duas ESF). Cada equipe de saúde da família é
responsável por realizar a cobertura de uma área correspondente ao conjunto de
microáreas – território onde habitam uma média 700 pessoas e que corresponde a área
de atuação de um agente comunitário de saúde – contabilizando aproximadamente 4500
pessoas assistidas. Estima-se que a unidade assista à uma população de
aproximadamente 25000 pessoas.
Está inserida numa estrutura física onde antes funcionára uma unidade do SESI,
que após sua saída passou por um período de abandono até ser incorporado pela
Prefeitura do Rio de Janeiro, sendo então dividido entre Secretaria de Educação e
Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Foi então que as instalações passaram por reformas
e foi inaugurada no dia 11 de dezembro de 2010 pelo Excelentíssimo Senhor Eduardo
Paes – Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro.
A Clinica da Família Augusto Boal está inserido no modelo de atenção à saúde
que reconhece a Estratégia de Saúde da Família como reorientadora do sistema de
saúde, portanto, trabalha com adstrição de clientela, com base territórial e
responsabilização pelas famílias que atende.
7
1.5 Profissionais da Clinica da Familia
Os profissionais das Clinica da família estão assim distribuídos:
Gerencia Técnica
NOME FORMAÇÃO
Nerusa Teves de Paiva Grisolia Dentista
Equipe Bento Ribeiro Dantas
NOME FUNÇÃO
Yaima Ehevarria Bismarck Medico
Michel Braga Gonçalves Enfermeiro
Fernanda da Silva Ribeiro Tecnico de Enfermagem
Ivete Ferreira Lima ACS
Zeni Valença da Silva ACS
Anderson Gomes de Medeiros ACS
Maria Estela Peixoto da Silva Romano ACS
Renata da Silva Pereira ACS
Mery Hellen Rodrigues dos Santos ACS
Marcele dos Santos ACS
Ederson de Oliveira Jorge AVS
*Marcia Nascimento Sampaio Dentista
Equipe Timbau
NOME FUNÇÃO
Terza Cristina Abreu Medico
Margarete dos Santos Pontes Enfermeiro
Miriam de Souza Albuquerque Tecnico de Enfermagem
Clênia Santos Arandiba ACS
Aline da Rocha Brasil ACS
Juçara de Lima Rocha Costa ACS
Adriana de Souza Fernandes ACS
Angélica Cardinot Terra ACS
Cynthia Henriques da Silva ACS
*Sebastião Eustaquio Dentista
Equipe Orosina
NOME FUNÇÃO
Maria Vicenza Pugliesi Medica 20 hrs
Olavo Ferreira de Siqueira Medico 20 hrs
Fabiana Oliveira Rodrigues Enfermeiro
Aline dos Santos Mendes Tecnica de Enfermagem
Márcia Gomes de Medeiros ACS
8
Isabel Cristina Lira Gomes Paiva ACS
Suely Gomes dos Reis ACS
Polianna Figueiro de Silva ACS
Davi costa Baiense ACS
Aline Salasar de Souza da Silva ACS
*Dumont Mariano Dentista
Equipe Oliveira
NOME FUNÇÃO
Rogerio Arantes Vilela Medica 40 hrs
Janaina Ribeiro Moura Enfermeiro
Cleonice Gomes de Araujo Tecnica de Enfermagem
Angela Maria Vieria Goncalves ACS
Carla Fernandes de Andrade ACS
Debora Fonseca de Assis ACS
Dulcinea dos Santos ACS
Edna Lucia dos Santos Rocha ACS
Carla Cristina de Oliveira Viana ACS
*Dumont Mariano Dentista
Equipe Proclamação
NOME FUNÇÃO
Tânia Rosa Médica
Milena Gigante Hilário Enfermeiro
Ana Cipriano Tecnico de Enfermagem
Eloir Cristina Albuquerque da Penha ACS
Marcelo da Silva Moreira ACS
Daniele Gonçalves da Silva ACS
Fernanda Cristina Basilio ACS
Aline Correia do Nascimento ACS
Igor de Almeida Basilio ACS
Denise dos Santos ACS
Marcelo dos Santos ACS
*Marcia Nascimento Sampaio Dentista
9
Equipe Casinhas
NOME FUNÇÃO
João Luiz Dàmato Figueireido Médico 40 horas
Simone Galvão de Oliveira e Silva Enfermeira
Tatiara Fortunato Do Valle Tecnico de Enfermagem
Paul Mourão e Silva ACS
Katia Santos de Jesus ACS
Aline de Aquino da Silva ACS
Simeri Fortim Aguiar ACS
Katia Machado da Silva ACS
Eliane Regina Abreu ACS
*Sebastião Estaquio Dentista
Farmácia
NOME FUNÇÃO
Douglas da Conceição Santos Farmacêutico
Heloisa Helena da Costa Azevedo Auxiliar de Farmácia
Academia Carioca
NOME FUNÇÃO
Édson Madeira Silva Professor educação Física (NASF)
Administração
NOME FUNÇÃO
Luziete Coelho Ramos Auxiliar administrativo
Peterson de Aquino Ferreira Auxiliar administrativo
Joilma Morgana Rique de Oliveira Auxiliar administrativo
10
* Cada profissionais das Equipes de Saúde Bucal prestam assistência a duas Equipes de
Saúde da Família.
Equipe NASF
Renata Monteiro Machado Ishida Psicologa
Mariana Silva Matos Fisioterapeuta
Edilma Lucia Colodete de Oliveira Ass. Social
Sabata de Moraes Ribeiro Psicologa
11
II. HISTÓRICO DAS COMUNIDADES DO COMPLEXO DA MARÉ QUE
COMPÕEM A ÁREA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
2.1 - Comunidade do Morro do Timbau
Fonte: Google Maps
Comunidade Morro do Timbau (Início 1940)
O morro do Timbau (do tupi-guarani "thybau": "entre as águas"), localizava-se
originalmente em uma área seca entre os manguezais e alagadiços à margem da baía de
Guanabara.
Iniciou-se com a chegada de Dona Orosina Vieira, considerada tradicionalmente
como sua primeira moradora. De acordo com o seu depoimento, ela se encantou pelo
lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma.
Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali
construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau.
Com a abertura da Av. Brasil, em meados das década de 1940, a ocupação
tomou impulso.
Com a instalação, nas proximidades, do Exército brasileiro (1947), os militares
passaram a controlar sistematicamente todo o morro do Timbau, de propriedade da
12
União. O acesso dos moradores era vigiado, sendo-lhe cobrada uma espécie de "taxa de
ocupação". A arquitetura das habitações também era controlada, sendo vedada a
construção de qualquer estrutura permanente na área (paredes de alvenaria, cobertura de
telhas), sob pena de demolição. Obras que pudessem trazer melhorias nos serviços
básicos, também eram reprimidas.
Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma
das primeiras Associações de Moradores de Favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a
organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água,
eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com um projeto federal
de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das
palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra.
Favela típica de encosta apresenta malha urbana de traçado irregular, labiríntica,
com vários becos sem saída, onde grande parte das ruas acompanha as curvas de nível
do terreno. Caracteriza-se por baixa densidade habitacional, conseqüência do rigoroso
controle exercido pelos militares quando da ocupação inicial da área. Atualmente, duas
equipes de saúde da família são responsáveis pela cobertura de saúde dessa região:
Equipe Timbau e Equipe Orosina.
13
2.2 - Comunidade da Baixa do Sapateiro.
Fonte: Google Maps
Baixa do Sapateiro (Início em 1947)
Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma
área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente,
desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na
organização.
Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e
originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso.
Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou
impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de
14
construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção
da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do
Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da
construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção
(madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura.
A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que,
utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas,
demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se
a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957).
As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos
próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980,
por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos
para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do
Pinheiro. Atualmente as Equipes Bento Ribeiro Dantas, Oliveira e Proclamação
realizam a cobertura de saúde da região.
15
2.3 Comunidade Conjunto Bento Ribeiro Dantas
Fonte: Google Maps
Conjunto Bento Ribeiro Dantas (Início em 1992)
Foi erguido, frente ao Conjunto Pinheiro, na década de 1990. No início, foi
popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro
entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no Complexo.
Inaugurado em 1992, o seu projeto é de inspiração pós-modernista, utilizando
o tijolo e o concreto aparentes, que lhe dá uma estética própria. Esse modelo seria
repetido no Conjunto Nova Maré.
Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos
técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, através do Programa Morar sem
Risco, e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a
partir de 1994. Comunidade é assistida pela Equipe Bento Ribeiro Dantas.
16
2.4 Comunidade Nova Maré
Fonte: Google Maps
Comunidade Nova Maré( Início em 1996)
Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de
Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque
Roquete Pinto e na comunidade conhecida como Kinder Ovo. Em área de aterro vizinha
à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Linha Vermelha, o seu projeto segue
as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas. É aqui que se encontra o Projeto Uerê, que
atende a crianças e adolescentes.
Essa comunidade é assistida pela Equipe Casinhas.
17
III. MISSÃO E VALORES
3.1 Missão
Promover a assistência em saúde garantindo o acesso universal, atenção integral
e equânime às ações de prevenção de doenças e agravos, promoção e educação em
saúde. Atuar nos fatores determinantes do processo de saúde doença, estimulando a
participação e controle social. Prestando, com qualidade, atendimento à população
visando os princípios da equidade, integralidade e universalidade em defesa da vida.
3.2 Valores
Garantia dos princípios da universalidade de acesso, equidade e integralidade do
cuidado.
Prestação das ações e serviços de saúde com qualidade, eficiência e
resolutividade, utilizando recursos públicos de forma adequada e eficaz.
Garantia do direito a saúde gratuita, direito à informação do usuário quanto à
utilização do serviço de saúde e quanto às informações sobre sua saúde.
Garantia de sigilo das informações sobre o usuário e respeito à decisão do
usuário acerca da sua saúde.
18
IV. ESTRUTURA DE GESTÃO
A organização interna da unidade é composta pela estrutura administrativa e por
um corpo assistencial. Volta-se para serviços direcionados para a promoção, prevenção
e recuperação da saúde. Desta maneira tentamos estimular a construção da filosofia da
gestão participativa, em que os colaboradores, usuários e o gerente discutem e
compartilham as decisões acerca do funcionamento da unidade, co-responsabilizando-se
pela atenção integral à população e pactuando os caminhos a serem trilhados na
unidade.
4.1 Atribuições do Gerente Técnico:
• Garantir a Gestão da clínica de família, conforme a diretriz e princípios do SUS
(universalidade do acesso, equidade, integralidade, humanização do
atendimento) e diretrizes e atributos da Atenção Básica/ESF;
• Integrar as equipes de saúde da família e demais profissionais de saúde da
clínica de família com a comunidade;
• Garantir que as equipes desenvolvam suas ações, conforme as diretrizes da ESF
de territorialização, cadastramento, diagnóstico de saúde, enfoque familiar,
integralidade da assistência, trabalho em equipe, intersetorialidade, controle
social, planejamento e avaliação e educação permanente, no eixo da linha de
cuidado;
• Utilizar os Sistemas de Informação disponíveis para monitoramento/avaliação e
planejamento das ações das equipes e garantir o registro adequado das
informações dos importantes para a atividade assistencial;
• Implantar as estratégias e protocolos assistenciais, de encaminhamento, entre
outros da SMSDC;
• Garantir que as equipes desenvolvam ações de promoção à saúde, prevenção
específica e de cidadania;
• Garantir a participação das equipes SF nas reuniões mensais com a
comunidade;
19
• Garantir o acolhimento da demanda espontânea e o maior grau de
resolutividade possível, entendendo que a unidade de saúde da família é a porta
de entrada preferencial e reorganizadora do Sistema Único de Saúde;
• Avaliar as necessidades de capacitação e treinamentos dos profissionais;
• Fortalecer o debate do colegiado de gestão no que se refere ao processo de
trabalho multiprofissional, fomentando ações coletivas que integrem as diversas
equipes de sua unidade;
• Induzir a participação da comunidade na produção social da saúde em seu
território, incentivando a busca de parcerias intersetoriais em seu território.
• Buscar manter sempre a boa interlocução entre a unidade de saúde, CAP,
SMSDC e OSS visando o melhor fluxo das informações entre as partes.
4.2 Equipe Multidisciplinar
Composta por:
• Médicos,
• Enfermeiros,
• Técnicos de enfermagem,
• Agentes comunitários de saúde,
• Cirurgião Dentista,
• Auxiliar de Saúde Bucal,
• Técnico de Saúde Bucal,
• Agente de Vigilância em Saúde,
• Auxiliares Administrativos,
Não limitadas às funções atribuídas a cada categoria, os profissionais participam
ativamente das discussões, dos planejamentos e de decisão acerca dos processos de
trabalho inerentes a unidade de saúde e de suas equipes. As macro-decisões são
20
pactuadas de maneira coletiva em reuniões de módulo mensais onde todos têm direito a
voz e voto.
Visando a manutenção e a melhoria da qualidade do processo de trabalho, as
decisões e as ações são permanentemente avaliadas e alteradas quando necessário.
Além dos profissionais da equipe técnica a unidade conta com profissionais de
apoio como os vigilantes e auxiliares de serviços gerais.
21
V. COMPROMISSO ASSISTENCIAL
A CF Augusto Boal enquanto unidade de saúde da família contempla todos os
serviços oferecidos pela Estratégica saúde da família que tem como objetivo atuar na
manutenção da saúde e na prevenção da doença criando um vinculo de confiança e
colaboração com a comunidade do território de forma humanizada e qualificada
garantindo o acesso universal ao serviço de saúde.
5.1 Horário de funcionamento da Clinica
A unidade funciona no horário de 7hs às 18hs de segunda à sexta, garantindo
atendimento integral, que abrangem consultas médicas e de enfermagem, odontológica,
vacinação, e os demais serviços oferecidos na unidade previstos na Carteira de Serviço
da Atenção Básica, inclusive durante o horário de almoço, com revezamento dos
trabalhadores das diferentes categorias. A unidade funciona aos sábados em dias que
são programadas ações de saúde especiais tais como campanhas de vacinação, coleta de
preventivo ou saúde do homem. Trabalhamos com o modelo de “Horário de
Funcionamento Estendido”, visando a ampliação do acesso aos serviços de saúde da
unidade.
5.2 Carteira Básica de Serviços Ofertados pela Unidade
Acolhimento e Acesso do usuário na CF Augusto Boal
O usuário é recebido na recepção pelo agente comunitário de saúde, que ouve
sua demanda e incere seus dados no sistema de prontuário eletrônico e encaminha para
o local de atendimento. O usuário com consulta marcada é encaminhado ao consultório
de sua ESF de referência. O usuário que não está com consulta marcada e necessita de
atendimento de livre demanda é avaliado por um profissional de nível superior que
determina sua classificação de risco organizando assim as prioridades de atendimento
ou um agendamento para consulta futura. Além de orientar e resolver situações
previstas, oportuniza ações de prevenção e diagnóstico precoce, informa sobre
atividades desenvolvidas na unidade, constrói vínculos, agiliza encaminhamentos.
22
Para os usuários identificados com necessidades agudas, há encaminhamento
para a consulta médica, enfermagem, odontológica ou são encaminhados aos
procedimentos clínicos (aferição de pressão arterial, curativos, inalação, imunização
etc.)
Se o usuário é da área adstrita a conduta é: consulta de rotina médica
enfermagem, dentistas e outros. Grupos educativos, visitas domiciliares. Vigilância.
Se o usuário não é da área de abrangência, recebera primeiro atendimento,
orientação e encaminhamento formal para a unidade responsável pela cobertura de
saúde da região da sua residência, mediante identificação do seu CEP.
Concomitantemente é feita uma ligação para essa unidade de referência quando
informamos a realização do encaminhamento, para otimizar a recepção para esse
usuário na sua unidade de saúde.
Consultas Programadas
São ofertados serviços de clínicas básicas, com médicos generalistas (Alguns
casos com especialistas quando em interconsultas com os profissionais do NASF),
enfermeiros, técnicos de enfermagem e saúde bucal, responsáveis pelo cuidado integral
dos usuários. O agendamento das consultas pode ocorrer no acolhimento da unidade,
pelo agente comunitário no domicílio, reagendamentos após as consultas médicas, de
enfermagem e de saúde bucal, ou após discussão de casos nas reuniões semanais de
cada ESF.
Consulta Clínica Médica
O Medico atende consultas marcadas e livre demanda, na sua grade de
agendamentos inclui os programas de saúde, consultas clinicas, visitas domiciliares,
reunião de equipe, grupos educativos além de interconsultas com os profissionais do
NASF.
23
Consulta de Enfermagem
O enfermeiro realiza consultas de enfermagem, seguindo o regimento da
estratégia saúde da família pelo ministério da saúde, acolhimento, visitas domiciliares,
educação em saúde, grupos educativos, coordena os agentes comunitários de saúde.
Consulta Odontológica
O dentista realiza turnos de atendimento clinico, com realização de
procedimentos tais como: exodontias, remoção de tártaros, acessos endodônticos.
Turnos de atividades educativas de promoção de saúde: formação de grupos por
ciclo de vida, na unidade de saúde para orientação sobre saúde em geral, higiene bucal,
escovação supervisionada, revelação de placas, aplicação de flúor. Estas atividades
também são realizadas nas escolas da região, através do programa Saúde Escolar.
Participação nos demais grupos de saúde na unidade, como gestantes, idosos,
etc. Turno de visita domiciliar. Acompanhamento de moradores com dificuldade de
locomoção e acamados em suas residências. Reunião de equipe com avaliação das
atividades semanais e planejamento das próximas ações, com a participação de toda a
equipe.
Pré-natal de Baixo Risco
O pré-natal de baixo risco é oferecido na unidade e contempla todas as gestantes
cadastradas na área. É inteiramente acompanhado na unidade de saúde até o final do
mesmo pelo médico generalista e enfermeiro, com encaminhamento para maternidade
de referência com responsabilização e visita a maternidade pela gestante no terceiro
trimestre de gestação através do programa “Cegonha Carioca”. Os exames laboratoriais
necessários para seu acompanhamento também são realizados na unidade. Se a gestante
necessita de um acompanhamento com pré-natalista de alto-risco ela é encaminhada à
maternidade de referencia para o seu acompanhamento do pré-natal, mais continuamos
acompanhando a gestante, através de visitas domiciliares e acompanhamento na
unidade.
24
Consulta de saúde da mulher e Coleta de exame citopatológico cérvico-uterino
(Papanicolau)
Consulta voltada para a saúde feminina, onde são abordados orientação para o
auto-exame de mamas, orientação de DST, coleta de preventivo, rastreio de tipo
oportunístico do câncer do colo do útero e da mama; identificação e encaminhamento de
situações de violência.
Planejamento Familiar
Reunião de grupo que prioriza um conjunto de ações que auxilia o casal que
quer ter filhos ou ainda na prevenção da gravidez. Conhecimento dos métodos
anticoncepcionais com oferta dos mesmos (preservativo, pílulas contraceptivas,
orientação sobre DIU e Diafragma), encaminhamento para esterilização cirúrgica
quando este é eleito pelo paciente - respeitando os preceitos legais - além de
conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Há ainda a promoção do planejamento familiar com co-responsabilização e
fornecimento gratuito de métodos anticoncepcionais, prevenção e tratamento de DST;
referenciamento a cuidados pré-concepcionais especializados, quando indicado, e
acompanhamento da situação, em continuidade e articulação de cuidados.
Acolhimento Mãe- bebe
O Acolhimento Mãe-Bebê tem como linha de cuidado a “Primeira Semana
Saúde Integral”, em que todo recém-nascido (RN) deve ser acolhido na Unidade Básica
de Saúde (UBS) durante a primeira semana de vida para avaliação das condições de
saúde da criança, da mãe, incentivo ao aleitamento materno e apoio às dificuldades
apresentadas, aplicação das vacinas para a puérpera e criança, agendamento das
consultas pós-parto e planejamento familiar para a mãe e de acompanhamento para a
criança e realização da Triagem Neonatal. Assim, ela se constitui numa oportunidade de
atenção à saúde da mulher e da criança em momento de maior vulnerabilidade em suas
vidas. O acolhimento dessas mulheres e recém-nascidos é feito diariamente na unidade
com horário integral bem como o teste do pezinho.
25
Consulta de Puericultura
Consiste no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança em
seus primeiros anos de vida. Na unidade esta consulta é prestada mensalmente
intercalada entre médicos e enfermeiros. Dentre as ações desenvolvidas na puericultura
estão ações que favoreçam o crescimento o desenvolvimento e a qualidade de vida da
criança; diminuir a mortalidade infantil; proporcionar atendimento rotineiro, periódico e
contínuo; incentivar e apoiar o aleitamento materno; orientar a alimentação; promover a
vigilância de situações de riscos específicos: desnutrição, recém- nascidos de risco,
problemas visuais e outras que venham a serem propostas.
Consulta e acompanhamento do Paciente com Hipertensão e Diabetes
O propósito desta consulta é vincular os portadores desses agravos às unidades
de saúde, garantindo- lhes acompanhamento e tratamento sistemático, mediante ações
de promoção, diagnostico precoce, oferecendo múltiplas chances de evitar complicações;
quando não, retardar a progressão das já existentes e as perdas delas resultantes. Na
unidade além das consultas programadas, são realizados grupos de educativos que
trabalham a temática. Os medicamentos para o controle das doenças que são
preconizados pelo Ministério da Saúde são dispensados na farmácia da unidade para
todos os usuários.
Tratamento do portador de Tuberculose e Dose oral supervisionada (DOTS)
O tratamento do paciente portador de tuberculose na unidade Augusto Boal é
realizado através de consultas sistematizadas pelo médico e enfermeiro da equipe e
principalmente através da visita do agente comunitário de saúde que leva a dose
supervisionada no domicilio.
Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao
tratamento. Para isso, se deve explicar em uma entrevista inicial e em linguagem
acessível, as características da doença e o esquema de tratamento que será seguido -
drogas, duração, benefícios do uso regular da medicação, conseqüências advindas do
abandono do tratamento, e possíveis efeitos adversos dos medicamentos.
26
Principal estratégia do novo modelo de atenção ao paciente com tuberculose, o
DOTS, Estratégia de Tratamento Diretamente Observado, é fator essencial para se
promover o real e efetivo controle da tuberculose. A estratégia DOTS visa o aumento da
adesão dos pacientes, maior descoberta das fontes de infecção (pacientes pulmonares
bacilíferos), e o aumento da cura, reduzindo-se o risco de transmissão da doença na
comunidade. Tem como elemento central o Tratamento Supervisionado.
Dentro da unidade todo o acompanhamento do paciente ainda bacilífero ou
sintomático respiratório é realizado no Espaço Noel Rosa (Sala tara atendimento dessa
clientela que garante as condicionalidades para atendimento seguro e reservado ao
paciente e ao profissional).
Saúde do Adulto e do Idoso
Cuidados promotores de saúde e preventivos da doença aos adultos. Cuidados
preventivos aos idosos e acordo com uma identificação estruturada as necessidades
específicas de cada pessoa e da família e orientações para atuar sobre os determinantes
de autonomia e independência;
Cuidados que promovam o bem-estar e a autonomia da pessoa adulta e idosa,
dirigidos prioritariamente aos grupos vulneráveis, os grupos de risco e aos grupos com
necessidades especiais.
Imunização
A sala de vacinas na unidade funciona durante todo o expediente da unidade e é
ofertada toda carta de imunobiológicos programadas pelo Programa Nacional de
Imunização do Ministério da Saúde. Vacinação para acamados e idosos com
dificuldades de locomoção também podem ser realizadas na residência durante as
visitas domiciliares.
Curativos
Os curativos são realizados de segunda a sexta feira na unidade, ou no domicílio
caso o usuário seja acamado e esteja impossibilitado de se locomover até a unidade de
saúde.
27
Visita Domiciliar
Os profissionais fazem o acompanhamento das famílias através das visitas
domiciliares. Essa necessidade é identificada pelos agentes comunitários de Saúde, que
constituem o elo da equipe com as famílias e usuário do território.
Grupos de Educação em Saúde
Além das atividades assistenciais, são oferecidos atividades de educação em
saúde através dos grupos organizados pelas equipes. Esses grupos ocorrem em algum
espaço na comunidade (praças, creches, igrejas, etc.) ou na própria unidade de saúde
(Auditório, Acolhimento, Academia Carioca de Saúde, etc.)
São discutidos temas referentes à saúde integral dos indivíduos e famílias, de
maneira a envolver os usuários no processo de cuidado, além de atividades de práticas
integrativas, e ampliação de renda familiar. Na unidade realizamos grupo voltado para
hipertensos e diabéticos, grupo de planejamento familiar, grupo de idosos, grupo de
adolescentes, etc.
Com uma parceria com o Museu da Maré, realizamos também um grupo para
gestantes focado na prática da Yoga.
Interconsulta
Quando o profissional da equipe sentir necessidade de fazer uma consulta
juntamente com outro profissional para que possam compartilhar saberes no
atendimento dos indivíduos e famílias. Essas consultas podem ser realizadas com
profissionais da própria unidade ou com profissionais das equipes do NASF (Núcleo de
Apoio à Saúde da Família) .
Academia Carioca: Atividade física orientada e acompanhada por profissional da
educação física
Atividade física realizada com acompanhamento de profissional de educação
física especifica e preparado para o mesmo. A academia iniciou suas atividades
concomitantemente com a inauguração da unidade e hoje aproxima-se da marca de 730
28
alunos matriculados. O publico alvo da academia são os cadastrados da área de
abrangência das equipes de saúde da família, porém, a partir de Agosto de 2012 o
professor iniciou um trabalho com alguns usuários (hipertensos, diabéticos e obesos)
das unidades da CMS Vila do João e CMS Gustavo Capanema que são cerca de mais 40
usuários totalizando 770 usuários além de serem utilizadas também pelos próprios
profissionais que trabalham na unidade, com o objetivo de impactar mudanças
significativas na qualidade de vida das pessoas, gerando bem estar físico, emocional
gerando a integração entre profissionais da unidade e população mas principalmente
melhorando o estado geral de saúde.
Teste Rápido de HIV
O Teste Rápido de HIV é realizado todas as Sexta-Feira no turno da tarde pelo
Médico RT da unidade. E esse serviço é oferecido para todas as unidades de saúde da
Maré desde que esteja agendado ou caso seja necessário o resultado com urgência.
Eletrocardiograma
O exame de Eletrocardiograma é realizado todas as Quartas e Quintas-feiras. Os
usuários são agendados. O serviço é oferecido para todas as unidades da Maré .
29
VI. SISTEMA DE INFORMAÇÃO E REGULAÇÃO
6.1 Sistema de informação das equipes
Todas as informações referentes a consultas, exames, grupos e visitas
produzidos pelas equipes técnicas e agentes comunitários são incluídos no sistema de
informação sistema ALERT – SAIS informatizando os prontuários dos usuários e
sistematizando o fluxo de atendimento da unidade. A alimentação freqüente do sistema
é importante para que possamos obter informações válidas para a identificação da
situação de saúde da área de abrangência das equipes (Diagnóstico situacional) e assim
poder planejar ações que atendam as verdadeiras necessidades da população.
O sistema é alimentado diariamente e mensalmente as informações são
repassadas para a SMS. As informações que são geradas pelas equipes além de
promover um diagnóstico para serem traçadas metas de ações, também geram
incentivos financeiros para as equipes de saúde da família e seus programas através do
pagamento por desempenho.
Além dos Sistemas de Informação utilizados para o manejo do processo de
trabalho da unidade, os profissionais também alimentam sistemas de programas
específicos do Ministério da Saúde como é o caso do sistema, Bolsa Família entre
outros.
6.2 Sistema de regulação de vagas para as especialidades:
Quando o profissional de nível superior da unidade identifica a necessidade de
avaliação por profissional especialista, algum exame ou procedimento que fujam aos
serviços oferecidos na unidade (de acordo com a Carteira de Serviços na Atenção
Primária de Saúde) este, realiza um encaminhamento para o usuário que é inserido em
no Sistema de Regulação de Vagas – SISREG. Nesse sistema quando é realizado o
agendamento para a consulta ou procedimento esse agendamento é entregue ao usuário
pelo seu agente comunitário ou um auxiliar administrativo entra em contato telefônico
com o usuário para entregar os dados do agendamento.
30
VII. Parcerias
7.1 Museu da Maré
O Museu da Maré é um conjunto de ações voltadas para o registro, preservação e
divulgação da história das comunidades da Maré (Complexo da Maré) na cidade do Rio
de Janeiro, em seus diversos aspectos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos.
A Clinica da Família Augusto Boal tem uma parceria com o museu para a
realização de diversas atividades de educação em saúde.
7.2 Potencialidades do território
O território da Maré possui uma vasta malha de ferramentas sociais onde as
articulações com o setor de saúde vêm sendo bem trabalhadas. Exemplos dessas
ferramentas são as igrejas, associações de moradores, Vila Olímpica da Maré, CEASM,
ONGs como o REDES, Mulheres da Paz, entre muitas outras.
31
VIII. OUVIDORIA
Na Clinica da Família Augusto Boal a ouvidoria é realizada mediante a escuta
das queixas e sugestões dos usuários. Além disso, estão disponíveis pelos quadros de
informações da unidade os telefones das ouvidorias da Secretaria Municipal de Saúde e
da Coordenação da Área de Planejamento 3.1 para todos os usuários da unidade.
Sempre que necessário orientamos os usuários sobre como realizar o contato com essas
ouvidorias.
Está disponível uma caixa para sugestões, críticas e queixas dos usuários,
apurando essas sugestões, esperamos contribuir para a melhoria do processo de trabalho
na unidade além de estimularmos cada vez mais o controle social.
32
IX REFERÊNCIAS
1. SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. História do morro do Timbau. Rio de Janeiro: UFF, 1983.
2. VARELLA, Drauzio; BERTAZZO, Ivaldo; JACQUES, Paola Berenstein. Maré: vida na favela. Rio
de Janeiro: Casa da Palavra, 2002. 128p. il. ISBN 8587220578.
3. VAZ, Lilian F. História dos bairros da Maré. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994.
4. SMSDC. Regimento Interno da Clínica da Família Zilda Arns. CAP 3.1, 2010.
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  • 1. REGIMENTO INTERNO DA CLINICA DA FAMÍLIA AUGUSTO BOAL RIO DE JANEIRO Junho/2016 PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SUBPAV – CAP 3.1 CLINICA DA FAMÍLIA AUGUSTO BOAL 1
  • 2. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................4 I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE, EQUIPES E ÁREA GEOGRÁFICA..............5 1.1 Identificação da Unidade de Saúde.....................................................................5 1.2 Área Geográfica de Abrangência........................................................................5 1.4 Clinica da Família Augusto Boal.........................................................................7 1.5 Profissionais da Clinica da Familia....................................................................8 Miriam de Souza Albuquerque..................................................................................8 Adriana de Souza Fernandes.....................................................................................8 Angélica Cardinot Terra............................................................................................8 Cynthia Henriques da Silva.......................................................................................8 *Sebastião Eustaquio ................................................................................................8 Milena Gigante Hilário .............................................................................................9 Ana Cipriano..............................................................................................................9 Eloir Cristina Albuquerque da Penha .......................................................................9 Igor de Almeida Basilio ............................................................................................9 Denise dos Santos ....................................................................................................9 Marcelo dos Santos ...................................................................................................9 Simone Galvão de Oliveira e Silva.........................................................................10 Paul Mourão e Silva................................................................................................10 Simeri Fortim Aguiar...............................................................................................10 Katia Machado da Silva...........................................................................................10 Eliane Regina Abreu................................................................................................10 *Sebastião Estaquio ................................................................................................10 2.1 - Comunidade do Morro do Timbau..................................................................12 Baixa do Sapateiro (Início em 1947).......................................................................14 Conjunto Bento Ribeiro Dantas (Início em 1992)...................................................16 2.4 Comunidade Nova Maré....................................................................................17 .................................................................................................................................17 Comunidade Nova Maré( Início em 1996)..............................................................17 3.1 Missão................................................................................................................18 3.2 Valores...............................................................................................................18 4.1 Atribuições do Gerente Técnico:.......................................................................19 4.2 Equipe Multidisciplinar.....................................................................................20 Além dos profissionais da equipe técnica a unidade conta com profissionais de apoio como os vigilantes e auxiliares de serviços gerais......................................................21 V. COMPROMISSO ASSISTENCIAL......................................................................22 5.1 Horário de funcionamento da Clinica................................................................22 5.2 Carteira Básica de Serviços Ofertados pela Unidade........................................22 Acolhimento e Acesso do usuário na CF Augusto Boal.........................................22 Consultas Programadas........................................................................................23 Consulta Clínica Médica ....................................................................................23 Consulta de Enfermagem.....................................................................................24 O enfermeiro realiza consultas de enfermagem, seguindo o regimento da estratégia saúde da família pelo ministério da saúde, acolhimento, visitas domiciliares, educação em saúde, grupos educativos, coordena os agentes comunitários de saúde.........................................................................................24 Consulta Odontológica........................................................................................24 Pré-natal de Baixo Risco.....................................................................................24 2
  • 3. Consulta de saúde da mulher e Coleta de exame citopatológico cérvico-uterino (Papanicolau).......................................................................................................25 Planejamento Familiar.........................................................................................25 Acolhimento Mãe- bebe......................................................................................25 Consulta de Puericultura......................................................................................26 Consulta e acompanhamento do Paciente com Hipertensão e Diabetes..............26 Tratamento do portador de Tuberculose e Dose oral supervisionada (DOTS) . .26 Saúde do Adulto e do Idoso.................................................................................27 Imunização...........................................................................................................27 Curativos..............................................................................................................27 Interconsulta........................................................................................................28 Academia Carioca: Atividade física orientada e acompanhada por profissional da educação física................................................................................................28 VI. SISTEMA DE INFORMAÇÃO E REGULAÇÃO...............................................30 6.1 Sistema de informação das equipes...................................................................30 6.2 Sistema de regulação de vagas para as especialidades:.....................................30 7.1 Museu da Maré..................................................................................................31 7.2 Potencialidades do território..............................................................................31 VIII. OUVIDORIA......................................................................................................32 3
  • 4. INTRODUÇÃO O presente documento tem por objetivo apresentar os principais serviços oferecidos pela Clinica da Família Augusto Boal à comunidade, os profissionais que representam a unidade, a definição da sua área de abrangência, bem como, descrever as linhas de cuidado e os princípios que orientam a organização deste serviço de saúde. A Clinica da Família Augusto Boal surgiu da união de duas unidades de OS/ PACS que trabalhavam com as comunidades do Morro do Timbau, Nova Maré, Conjunto Bento Ribeiro Dantas e Baixa do Sapateiro e está situada no Complexo da Maré. De maneira a assegurar a qualidade dos processos de cuidado e a legitimidade das ações e práticas de saúde, o presente Regimento Interno (RI) contou participação dos profissionais em seu processo de elaboração. A versão final será debatida na reunião de módulo da unidade e sujeita a aprovação pelos profissionais das equipes. Este documento seguiu como modelo o Regimento Interno da Clínica da Família Zilda Arns do ano de 2010 devido as semelhanças organizacionais entre as duas unidades e foi completamente adaptado para as condicionalidades da C.F.Augusto Boal. 4
  • 5. I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE, EQUIPES E ÁREA GEOGRÁFICA 1.1 Identificação da Unidade de Saúde Clínica da Família Augusto Boal Coordenação de Área Programática 3.1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro End: Avenida Guilherme Maxwell Nº 25 - Bonsucesso Email: cfaugustoboal@vivario.org.br 1.2 Área Geográfica de Abrangência O complexo da Maré foi desmembrado de Bonsucesso pela Lei Municipal nº. 2.119 de 19 de janeiro de 1994, e constitui-se num agrupamento de várias comunidades, sub-bairros com casas e conjuntos habitacionais. Com cerca de 130 mil moradores (2006), possui um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro, conseqüência dos baixos indicadores de desenvolvimento social que caracterizam a região. O complexo ocupa uma região à margem da baía de Guanabara, caracterizada primitivamente por vegetação de manguezal. Ocupada desde o meado do século XX por barracos e por palafitas, os manguezais foram sendo progressivamente aterrados quer pela população, quer pelo poder público. O bairro Maré foi instituído em 1994 e congrega aproximadamente dezesseis microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 mil metros quadrados próximos à Av. Brasil e à margem da baía, cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela. Os territórios de responsabilidade da unidade encontram-se delimitados pela Av. Brasil, a Linha Amarela, Área Militar e o território de outras unidades de saúde como podemos observar no mapa a seguir. E onde o perímetro delimitado pela linha representa a localização da unidade de saúde e as delimitações em cores representam as áreas das equipes. 5
  • 6. 2.3 Mapa dos limites do território da CF Augusto Boal. Fonte: Google Maps 6
  • 7. 1.4 Clinica da Família Augusto Boal A unidade de saúde iniciou seu trabalho em 11 de dezembro de 2010, está localizada no Complexo da Maré. Este possui 15 comunidades e é considerada uma das mais populosas do município do Rio de Janeiro. A clinica conta com 06 equipes de saúde da família (ESF) e com três equipes de saúde bucal - ESB (Cada ESB atende a duas ESF). Cada equipe de saúde da família é responsável por realizar a cobertura de uma área correspondente ao conjunto de microáreas – território onde habitam uma média 700 pessoas e que corresponde a área de atuação de um agente comunitário de saúde – contabilizando aproximadamente 4500 pessoas assistidas. Estima-se que a unidade assista à uma população de aproximadamente 25000 pessoas. Está inserida numa estrutura física onde antes funcionára uma unidade do SESI, que após sua saída passou por um período de abandono até ser incorporado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, sendo então dividido entre Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Foi então que as instalações passaram por reformas e foi inaugurada no dia 11 de dezembro de 2010 pelo Excelentíssimo Senhor Eduardo Paes – Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. A Clinica da Família Augusto Boal está inserido no modelo de atenção à saúde que reconhece a Estratégia de Saúde da Família como reorientadora do sistema de saúde, portanto, trabalha com adstrição de clientela, com base territórial e responsabilização pelas famílias que atende. 7
  • 8. 1.5 Profissionais da Clinica da Familia Os profissionais das Clinica da família estão assim distribuídos: Gerencia Técnica NOME FORMAÇÃO Nerusa Teves de Paiva Grisolia Dentista Equipe Bento Ribeiro Dantas NOME FUNÇÃO Yaima Ehevarria Bismarck Medico Michel Braga Gonçalves Enfermeiro Fernanda da Silva Ribeiro Tecnico de Enfermagem Ivete Ferreira Lima ACS Zeni Valença da Silva ACS Anderson Gomes de Medeiros ACS Maria Estela Peixoto da Silva Romano ACS Renata da Silva Pereira ACS Mery Hellen Rodrigues dos Santos ACS Marcele dos Santos ACS Ederson de Oliveira Jorge AVS *Marcia Nascimento Sampaio Dentista Equipe Timbau NOME FUNÇÃO Terza Cristina Abreu Medico Margarete dos Santos Pontes Enfermeiro Miriam de Souza Albuquerque Tecnico de Enfermagem Clênia Santos Arandiba ACS Aline da Rocha Brasil ACS Juçara de Lima Rocha Costa ACS Adriana de Souza Fernandes ACS Angélica Cardinot Terra ACS Cynthia Henriques da Silva ACS *Sebastião Eustaquio Dentista Equipe Orosina NOME FUNÇÃO Maria Vicenza Pugliesi Medica 20 hrs Olavo Ferreira de Siqueira Medico 20 hrs Fabiana Oliveira Rodrigues Enfermeiro Aline dos Santos Mendes Tecnica de Enfermagem Márcia Gomes de Medeiros ACS 8
  • 9. Isabel Cristina Lira Gomes Paiva ACS Suely Gomes dos Reis ACS Polianna Figueiro de Silva ACS Davi costa Baiense ACS Aline Salasar de Souza da Silva ACS *Dumont Mariano Dentista Equipe Oliveira NOME FUNÇÃO Rogerio Arantes Vilela Medica 40 hrs Janaina Ribeiro Moura Enfermeiro Cleonice Gomes de Araujo Tecnica de Enfermagem Angela Maria Vieria Goncalves ACS Carla Fernandes de Andrade ACS Debora Fonseca de Assis ACS Dulcinea dos Santos ACS Edna Lucia dos Santos Rocha ACS Carla Cristina de Oliveira Viana ACS *Dumont Mariano Dentista Equipe Proclamação NOME FUNÇÃO Tânia Rosa Médica Milena Gigante Hilário Enfermeiro Ana Cipriano Tecnico de Enfermagem Eloir Cristina Albuquerque da Penha ACS Marcelo da Silva Moreira ACS Daniele Gonçalves da Silva ACS Fernanda Cristina Basilio ACS Aline Correia do Nascimento ACS Igor de Almeida Basilio ACS Denise dos Santos ACS Marcelo dos Santos ACS *Marcia Nascimento Sampaio Dentista 9
  • 10. Equipe Casinhas NOME FUNÇÃO João Luiz Dàmato Figueireido Médico 40 horas Simone Galvão de Oliveira e Silva Enfermeira Tatiara Fortunato Do Valle Tecnico de Enfermagem Paul Mourão e Silva ACS Katia Santos de Jesus ACS Aline de Aquino da Silva ACS Simeri Fortim Aguiar ACS Katia Machado da Silva ACS Eliane Regina Abreu ACS *Sebastião Estaquio Dentista Farmácia NOME FUNÇÃO Douglas da Conceição Santos Farmacêutico Heloisa Helena da Costa Azevedo Auxiliar de Farmácia Academia Carioca NOME FUNÇÃO Édson Madeira Silva Professor educação Física (NASF) Administração NOME FUNÇÃO Luziete Coelho Ramos Auxiliar administrativo Peterson de Aquino Ferreira Auxiliar administrativo Joilma Morgana Rique de Oliveira Auxiliar administrativo 10
  • 11. * Cada profissionais das Equipes de Saúde Bucal prestam assistência a duas Equipes de Saúde da Família. Equipe NASF Renata Monteiro Machado Ishida Psicologa Mariana Silva Matos Fisioterapeuta Edilma Lucia Colodete de Oliveira Ass. Social Sabata de Moraes Ribeiro Psicologa 11
  • 12. II. HISTÓRICO DAS COMUNIDADES DO COMPLEXO DA MARÉ QUE COMPÕEM A ÁREA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA. 2.1 - Comunidade do Morro do Timbau Fonte: Google Maps Comunidade Morro do Timbau (Início 1940) O morro do Timbau (do tupi-guarani "thybau": "entre as águas"), localizava-se originalmente em uma área seca entre os manguezais e alagadiços à margem da baía de Guanabara. Iniciou-se com a chegada de Dona Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o seu depoimento, ela se encantou pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau. Com a abertura da Av. Brasil, em meados das década de 1940, a ocupação tomou impulso. Com a instalação, nas proximidades, do Exército brasileiro (1947), os militares passaram a controlar sistematicamente todo o morro do Timbau, de propriedade da 12
  • 13. União. O acesso dos moradores era vigiado, sendo-lhe cobrada uma espécie de "taxa de ocupação". A arquitetura das habitações também era controlada, sendo vedada a construção de qualquer estrutura permanente na área (paredes de alvenaria, cobertura de telhas), sob pena de demolição. Obras que pudessem trazer melhorias nos serviços básicos, também eram reprimidas. Esse controle conduziu à organização da população que, em 1954, fundou uma das primeiras Associações de Moradores de Favela do Rio de Janeiro. Aos poucos, a organização comunitária começou a render frutos, tais como a distribuição de água, eletricidade, esgoto, pavimentação e coleta de lixo. Finalmente, com um projeto federal de urbanização de toda a região, responsável pela maioria dos aterros e pela retirada das palafitas em 1982, alcançou-se a propriedade da terra. Favela típica de encosta apresenta malha urbana de traçado irregular, labiríntica, com vários becos sem saída, onde grande parte das ruas acompanha as curvas de nível do terreno. Caracteriza-se por baixa densidade habitacional, conseqüência do rigoroso controle exercido pelos militares quando da ocupação inicial da área. Atualmente, duas equipes de saúde da família são responsáveis pela cobertura de saúde dessa região: Equipe Timbau e Equipe Orosina. 13
  • 14. 2.2 - Comunidade da Baixa do Sapateiro. Fonte: Google Maps Baixa do Sapateiro (Início em 1947) Ao contrário da comunidade do morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização. Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira, e originalmente conhecida como Favelinha do Mangue de Bonsucesso. Iniciada a partir das obras para a abertura da Av. Brasil, a comunidade tomou impulso com a construção do primeiro grande aterro, promovido dentro do projeto de 14
  • 15. construção da Cidade Universitária, em torno da Ilha do Fundão. Com a construção da ponte Osvaldo Cruz, a região tornou-se trânsito obrigatório para quem ia e vinha do Fundão. Por essa razão, moradores expulsos das ilhas aterradas e operários da construção, iam erguendo os barracos à noite, com sobras de materiais de construção (madeira e latas), sobre palafitas de cerca de dois metros de altura. A repressão à nascente comunidade era promovida pela Guarda Municipal que, utilizando-se de cabos de aço, puxados por tratores, cortava os esteios das palafitas, demolindo-as. Procurando organizar a luta e conquistar o direito de moradia, fundou-se a Associação de Moradores da Baixa do Sapateiro (1957). As palafitas desapareceram gradualmente graças a aterros promovidos pelos próprios moradores ao longo dos anos. As últimas foram demolidas na década de 1980, por iniciativa do Projeto Rio, do Governo Federal, sendo esses moradores transferidos para os novos conjuntos então construídos: a Vila do João e, mais tarde, a Vila do Pinheiro. Atualmente as Equipes Bento Ribeiro Dantas, Oliveira e Proclamação realizam a cobertura de saúde da região. 15
  • 16. 2.3 Comunidade Conjunto Bento Ribeiro Dantas Fonte: Google Maps Conjunto Bento Ribeiro Dantas (Início em 1992) Foi erguido, frente ao Conjunto Pinheiro, na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no Complexo. Inaugurado em 1992, o seu projeto é de inspiração pós-modernista, utilizando o tijolo e o concreto aparentes, que lhe dá uma estética própria. Esse modelo seria repetido no Conjunto Nova Maré. Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, através do Programa Morar sem Risco, e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994. Comunidade é assistida pela Equipe Bento Ribeiro Dantas. 16
  • 17. 2.4 Comunidade Nova Maré Fonte: Google Maps Comunidade Nova Maré( Início em 1996) Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como Kinder Ovo. Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Linha Vermelha, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas. É aqui que se encontra o Projeto Uerê, que atende a crianças e adolescentes. Essa comunidade é assistida pela Equipe Casinhas. 17
  • 18. III. MISSÃO E VALORES 3.1 Missão Promover a assistência em saúde garantindo o acesso universal, atenção integral e equânime às ações de prevenção de doenças e agravos, promoção e educação em saúde. Atuar nos fatores determinantes do processo de saúde doença, estimulando a participação e controle social. Prestando, com qualidade, atendimento à população visando os princípios da equidade, integralidade e universalidade em defesa da vida. 3.2 Valores Garantia dos princípios da universalidade de acesso, equidade e integralidade do cuidado. Prestação das ações e serviços de saúde com qualidade, eficiência e resolutividade, utilizando recursos públicos de forma adequada e eficaz. Garantia do direito a saúde gratuita, direito à informação do usuário quanto à utilização do serviço de saúde e quanto às informações sobre sua saúde. Garantia de sigilo das informações sobre o usuário e respeito à decisão do usuário acerca da sua saúde. 18
  • 19. IV. ESTRUTURA DE GESTÃO A organização interna da unidade é composta pela estrutura administrativa e por um corpo assistencial. Volta-se para serviços direcionados para a promoção, prevenção e recuperação da saúde. Desta maneira tentamos estimular a construção da filosofia da gestão participativa, em que os colaboradores, usuários e o gerente discutem e compartilham as decisões acerca do funcionamento da unidade, co-responsabilizando-se pela atenção integral à população e pactuando os caminhos a serem trilhados na unidade. 4.1 Atribuições do Gerente Técnico: • Garantir a Gestão da clínica de família, conforme a diretriz e princípios do SUS (universalidade do acesso, equidade, integralidade, humanização do atendimento) e diretrizes e atributos da Atenção Básica/ESF; • Integrar as equipes de saúde da família e demais profissionais de saúde da clínica de família com a comunidade; • Garantir que as equipes desenvolvam suas ações, conforme as diretrizes da ESF de territorialização, cadastramento, diagnóstico de saúde, enfoque familiar, integralidade da assistência, trabalho em equipe, intersetorialidade, controle social, planejamento e avaliação e educação permanente, no eixo da linha de cuidado; • Utilizar os Sistemas de Informação disponíveis para monitoramento/avaliação e planejamento das ações das equipes e garantir o registro adequado das informações dos importantes para a atividade assistencial; • Implantar as estratégias e protocolos assistenciais, de encaminhamento, entre outros da SMSDC; • Garantir que as equipes desenvolvam ações de promoção à saúde, prevenção específica e de cidadania; • Garantir a participação das equipes SF nas reuniões mensais com a comunidade; 19
  • 20. • Garantir o acolhimento da demanda espontânea e o maior grau de resolutividade possível, entendendo que a unidade de saúde da família é a porta de entrada preferencial e reorganizadora do Sistema Único de Saúde; • Avaliar as necessidades de capacitação e treinamentos dos profissionais; • Fortalecer o debate do colegiado de gestão no que se refere ao processo de trabalho multiprofissional, fomentando ações coletivas que integrem as diversas equipes de sua unidade; • Induzir a participação da comunidade na produção social da saúde em seu território, incentivando a busca de parcerias intersetoriais em seu território. • Buscar manter sempre a boa interlocução entre a unidade de saúde, CAP, SMSDC e OSS visando o melhor fluxo das informações entre as partes. 4.2 Equipe Multidisciplinar Composta por: • Médicos, • Enfermeiros, • Técnicos de enfermagem, • Agentes comunitários de saúde, • Cirurgião Dentista, • Auxiliar de Saúde Bucal, • Técnico de Saúde Bucal, • Agente de Vigilância em Saúde, • Auxiliares Administrativos, Não limitadas às funções atribuídas a cada categoria, os profissionais participam ativamente das discussões, dos planejamentos e de decisão acerca dos processos de trabalho inerentes a unidade de saúde e de suas equipes. As macro-decisões são 20
  • 21. pactuadas de maneira coletiva em reuniões de módulo mensais onde todos têm direito a voz e voto. Visando a manutenção e a melhoria da qualidade do processo de trabalho, as decisões e as ações são permanentemente avaliadas e alteradas quando necessário. Além dos profissionais da equipe técnica a unidade conta com profissionais de apoio como os vigilantes e auxiliares de serviços gerais. 21
  • 22. V. COMPROMISSO ASSISTENCIAL A CF Augusto Boal enquanto unidade de saúde da família contempla todos os serviços oferecidos pela Estratégica saúde da família que tem como objetivo atuar na manutenção da saúde e na prevenção da doença criando um vinculo de confiança e colaboração com a comunidade do território de forma humanizada e qualificada garantindo o acesso universal ao serviço de saúde. 5.1 Horário de funcionamento da Clinica A unidade funciona no horário de 7hs às 18hs de segunda à sexta, garantindo atendimento integral, que abrangem consultas médicas e de enfermagem, odontológica, vacinação, e os demais serviços oferecidos na unidade previstos na Carteira de Serviço da Atenção Básica, inclusive durante o horário de almoço, com revezamento dos trabalhadores das diferentes categorias. A unidade funciona aos sábados em dias que são programadas ações de saúde especiais tais como campanhas de vacinação, coleta de preventivo ou saúde do homem. Trabalhamos com o modelo de “Horário de Funcionamento Estendido”, visando a ampliação do acesso aos serviços de saúde da unidade. 5.2 Carteira Básica de Serviços Ofertados pela Unidade Acolhimento e Acesso do usuário na CF Augusto Boal O usuário é recebido na recepção pelo agente comunitário de saúde, que ouve sua demanda e incere seus dados no sistema de prontuário eletrônico e encaminha para o local de atendimento. O usuário com consulta marcada é encaminhado ao consultório de sua ESF de referência. O usuário que não está com consulta marcada e necessita de atendimento de livre demanda é avaliado por um profissional de nível superior que determina sua classificação de risco organizando assim as prioridades de atendimento ou um agendamento para consulta futura. Além de orientar e resolver situações previstas, oportuniza ações de prevenção e diagnóstico precoce, informa sobre atividades desenvolvidas na unidade, constrói vínculos, agiliza encaminhamentos. 22
  • 23. Para os usuários identificados com necessidades agudas, há encaminhamento para a consulta médica, enfermagem, odontológica ou são encaminhados aos procedimentos clínicos (aferição de pressão arterial, curativos, inalação, imunização etc.) Se o usuário é da área adstrita a conduta é: consulta de rotina médica enfermagem, dentistas e outros. Grupos educativos, visitas domiciliares. Vigilância. Se o usuário não é da área de abrangência, recebera primeiro atendimento, orientação e encaminhamento formal para a unidade responsável pela cobertura de saúde da região da sua residência, mediante identificação do seu CEP. Concomitantemente é feita uma ligação para essa unidade de referência quando informamos a realização do encaminhamento, para otimizar a recepção para esse usuário na sua unidade de saúde. Consultas Programadas São ofertados serviços de clínicas básicas, com médicos generalistas (Alguns casos com especialistas quando em interconsultas com os profissionais do NASF), enfermeiros, técnicos de enfermagem e saúde bucal, responsáveis pelo cuidado integral dos usuários. O agendamento das consultas pode ocorrer no acolhimento da unidade, pelo agente comunitário no domicílio, reagendamentos após as consultas médicas, de enfermagem e de saúde bucal, ou após discussão de casos nas reuniões semanais de cada ESF. Consulta Clínica Médica O Medico atende consultas marcadas e livre demanda, na sua grade de agendamentos inclui os programas de saúde, consultas clinicas, visitas domiciliares, reunião de equipe, grupos educativos além de interconsultas com os profissionais do NASF. 23
  • 24. Consulta de Enfermagem O enfermeiro realiza consultas de enfermagem, seguindo o regimento da estratégia saúde da família pelo ministério da saúde, acolhimento, visitas domiciliares, educação em saúde, grupos educativos, coordena os agentes comunitários de saúde. Consulta Odontológica O dentista realiza turnos de atendimento clinico, com realização de procedimentos tais como: exodontias, remoção de tártaros, acessos endodônticos. Turnos de atividades educativas de promoção de saúde: formação de grupos por ciclo de vida, na unidade de saúde para orientação sobre saúde em geral, higiene bucal, escovação supervisionada, revelação de placas, aplicação de flúor. Estas atividades também são realizadas nas escolas da região, através do programa Saúde Escolar. Participação nos demais grupos de saúde na unidade, como gestantes, idosos, etc. Turno de visita domiciliar. Acompanhamento de moradores com dificuldade de locomoção e acamados em suas residências. Reunião de equipe com avaliação das atividades semanais e planejamento das próximas ações, com a participação de toda a equipe. Pré-natal de Baixo Risco O pré-natal de baixo risco é oferecido na unidade e contempla todas as gestantes cadastradas na área. É inteiramente acompanhado na unidade de saúde até o final do mesmo pelo médico generalista e enfermeiro, com encaminhamento para maternidade de referência com responsabilização e visita a maternidade pela gestante no terceiro trimestre de gestação através do programa “Cegonha Carioca”. Os exames laboratoriais necessários para seu acompanhamento também são realizados na unidade. Se a gestante necessita de um acompanhamento com pré-natalista de alto-risco ela é encaminhada à maternidade de referencia para o seu acompanhamento do pré-natal, mais continuamos acompanhando a gestante, através de visitas domiciliares e acompanhamento na unidade. 24
  • 25. Consulta de saúde da mulher e Coleta de exame citopatológico cérvico-uterino (Papanicolau) Consulta voltada para a saúde feminina, onde são abordados orientação para o auto-exame de mamas, orientação de DST, coleta de preventivo, rastreio de tipo oportunístico do câncer do colo do útero e da mama; identificação e encaminhamento de situações de violência. Planejamento Familiar Reunião de grupo que prioriza um conjunto de ações que auxilia o casal que quer ter filhos ou ainda na prevenção da gravidez. Conhecimento dos métodos anticoncepcionais com oferta dos mesmos (preservativo, pílulas contraceptivas, orientação sobre DIU e Diafragma), encaminhamento para esterilização cirúrgica quando este é eleito pelo paciente - respeitando os preceitos legais - além de conhecimento sobre doenças sexualmente transmissíveis. Há ainda a promoção do planejamento familiar com co-responsabilização e fornecimento gratuito de métodos anticoncepcionais, prevenção e tratamento de DST; referenciamento a cuidados pré-concepcionais especializados, quando indicado, e acompanhamento da situação, em continuidade e articulação de cuidados. Acolhimento Mãe- bebe O Acolhimento Mãe-Bebê tem como linha de cuidado a “Primeira Semana Saúde Integral”, em que todo recém-nascido (RN) deve ser acolhido na Unidade Básica de Saúde (UBS) durante a primeira semana de vida para avaliação das condições de saúde da criança, da mãe, incentivo ao aleitamento materno e apoio às dificuldades apresentadas, aplicação das vacinas para a puérpera e criança, agendamento das consultas pós-parto e planejamento familiar para a mãe e de acompanhamento para a criança e realização da Triagem Neonatal. Assim, ela se constitui numa oportunidade de atenção à saúde da mulher e da criança em momento de maior vulnerabilidade em suas vidas. O acolhimento dessas mulheres e recém-nascidos é feito diariamente na unidade com horário integral bem como o teste do pezinho. 25
  • 26. Consulta de Puericultura Consiste no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança em seus primeiros anos de vida. Na unidade esta consulta é prestada mensalmente intercalada entre médicos e enfermeiros. Dentre as ações desenvolvidas na puericultura estão ações que favoreçam o crescimento o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança; diminuir a mortalidade infantil; proporcionar atendimento rotineiro, periódico e contínuo; incentivar e apoiar o aleitamento materno; orientar a alimentação; promover a vigilância de situações de riscos específicos: desnutrição, recém- nascidos de risco, problemas visuais e outras que venham a serem propostas. Consulta e acompanhamento do Paciente com Hipertensão e Diabetes O propósito desta consulta é vincular os portadores desses agravos às unidades de saúde, garantindo- lhes acompanhamento e tratamento sistemático, mediante ações de promoção, diagnostico precoce, oferecendo múltiplas chances de evitar complicações; quando não, retardar a progressão das já existentes e as perdas delas resultantes. Na unidade além das consultas programadas, são realizados grupos de educativos que trabalham a temática. Os medicamentos para o controle das doenças que são preconizados pelo Ministério da Saúde são dispensados na farmácia da unidade para todos os usuários. Tratamento do portador de Tuberculose e Dose oral supervisionada (DOTS) O tratamento do paciente portador de tuberculose na unidade Augusto Boal é realizado através de consultas sistematizadas pelo médico e enfermeiro da equipe e principalmente através da visita do agente comunitário de saúde que leva a dose supervisionada no domicilio. Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao tratamento. Para isso, se deve explicar em uma entrevista inicial e em linguagem acessível, as características da doença e o esquema de tratamento que será seguido - drogas, duração, benefícios do uso regular da medicação, conseqüências advindas do abandono do tratamento, e possíveis efeitos adversos dos medicamentos. 26
  • 27. Principal estratégia do novo modelo de atenção ao paciente com tuberculose, o DOTS, Estratégia de Tratamento Diretamente Observado, é fator essencial para se promover o real e efetivo controle da tuberculose. A estratégia DOTS visa o aumento da adesão dos pacientes, maior descoberta das fontes de infecção (pacientes pulmonares bacilíferos), e o aumento da cura, reduzindo-se o risco de transmissão da doença na comunidade. Tem como elemento central o Tratamento Supervisionado. Dentro da unidade todo o acompanhamento do paciente ainda bacilífero ou sintomático respiratório é realizado no Espaço Noel Rosa (Sala tara atendimento dessa clientela que garante as condicionalidades para atendimento seguro e reservado ao paciente e ao profissional). Saúde do Adulto e do Idoso Cuidados promotores de saúde e preventivos da doença aos adultos. Cuidados preventivos aos idosos e acordo com uma identificação estruturada as necessidades específicas de cada pessoa e da família e orientações para atuar sobre os determinantes de autonomia e independência; Cuidados que promovam o bem-estar e a autonomia da pessoa adulta e idosa, dirigidos prioritariamente aos grupos vulneráveis, os grupos de risco e aos grupos com necessidades especiais. Imunização A sala de vacinas na unidade funciona durante todo o expediente da unidade e é ofertada toda carta de imunobiológicos programadas pelo Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Vacinação para acamados e idosos com dificuldades de locomoção também podem ser realizadas na residência durante as visitas domiciliares. Curativos Os curativos são realizados de segunda a sexta feira na unidade, ou no domicílio caso o usuário seja acamado e esteja impossibilitado de se locomover até a unidade de saúde. 27
  • 28. Visita Domiciliar Os profissionais fazem o acompanhamento das famílias através das visitas domiciliares. Essa necessidade é identificada pelos agentes comunitários de Saúde, que constituem o elo da equipe com as famílias e usuário do território. Grupos de Educação em Saúde Além das atividades assistenciais, são oferecidos atividades de educação em saúde através dos grupos organizados pelas equipes. Esses grupos ocorrem em algum espaço na comunidade (praças, creches, igrejas, etc.) ou na própria unidade de saúde (Auditório, Acolhimento, Academia Carioca de Saúde, etc.) São discutidos temas referentes à saúde integral dos indivíduos e famílias, de maneira a envolver os usuários no processo de cuidado, além de atividades de práticas integrativas, e ampliação de renda familiar. Na unidade realizamos grupo voltado para hipertensos e diabéticos, grupo de planejamento familiar, grupo de idosos, grupo de adolescentes, etc. Com uma parceria com o Museu da Maré, realizamos também um grupo para gestantes focado na prática da Yoga. Interconsulta Quando o profissional da equipe sentir necessidade de fazer uma consulta juntamente com outro profissional para que possam compartilhar saberes no atendimento dos indivíduos e famílias. Essas consultas podem ser realizadas com profissionais da própria unidade ou com profissionais das equipes do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) . Academia Carioca: Atividade física orientada e acompanhada por profissional da educação física Atividade física realizada com acompanhamento de profissional de educação física especifica e preparado para o mesmo. A academia iniciou suas atividades concomitantemente com a inauguração da unidade e hoje aproxima-se da marca de 730 28
  • 29. alunos matriculados. O publico alvo da academia são os cadastrados da área de abrangência das equipes de saúde da família, porém, a partir de Agosto de 2012 o professor iniciou um trabalho com alguns usuários (hipertensos, diabéticos e obesos) das unidades da CMS Vila do João e CMS Gustavo Capanema que são cerca de mais 40 usuários totalizando 770 usuários além de serem utilizadas também pelos próprios profissionais que trabalham na unidade, com o objetivo de impactar mudanças significativas na qualidade de vida das pessoas, gerando bem estar físico, emocional gerando a integração entre profissionais da unidade e população mas principalmente melhorando o estado geral de saúde. Teste Rápido de HIV O Teste Rápido de HIV é realizado todas as Sexta-Feira no turno da tarde pelo Médico RT da unidade. E esse serviço é oferecido para todas as unidades de saúde da Maré desde que esteja agendado ou caso seja necessário o resultado com urgência. Eletrocardiograma O exame de Eletrocardiograma é realizado todas as Quartas e Quintas-feiras. Os usuários são agendados. O serviço é oferecido para todas as unidades da Maré . 29
  • 30. VI. SISTEMA DE INFORMAÇÃO E REGULAÇÃO 6.1 Sistema de informação das equipes Todas as informações referentes a consultas, exames, grupos e visitas produzidos pelas equipes técnicas e agentes comunitários são incluídos no sistema de informação sistema ALERT – SAIS informatizando os prontuários dos usuários e sistematizando o fluxo de atendimento da unidade. A alimentação freqüente do sistema é importante para que possamos obter informações válidas para a identificação da situação de saúde da área de abrangência das equipes (Diagnóstico situacional) e assim poder planejar ações que atendam as verdadeiras necessidades da população. O sistema é alimentado diariamente e mensalmente as informações são repassadas para a SMS. As informações que são geradas pelas equipes além de promover um diagnóstico para serem traçadas metas de ações, também geram incentivos financeiros para as equipes de saúde da família e seus programas através do pagamento por desempenho. Além dos Sistemas de Informação utilizados para o manejo do processo de trabalho da unidade, os profissionais também alimentam sistemas de programas específicos do Ministério da Saúde como é o caso do sistema, Bolsa Família entre outros. 6.2 Sistema de regulação de vagas para as especialidades: Quando o profissional de nível superior da unidade identifica a necessidade de avaliação por profissional especialista, algum exame ou procedimento que fujam aos serviços oferecidos na unidade (de acordo com a Carteira de Serviços na Atenção Primária de Saúde) este, realiza um encaminhamento para o usuário que é inserido em no Sistema de Regulação de Vagas – SISREG. Nesse sistema quando é realizado o agendamento para a consulta ou procedimento esse agendamento é entregue ao usuário pelo seu agente comunitário ou um auxiliar administrativo entra em contato telefônico com o usuário para entregar os dados do agendamento. 30
  • 31. VII. Parcerias 7.1 Museu da Maré O Museu da Maré é um conjunto de ações voltadas para o registro, preservação e divulgação da história das comunidades da Maré (Complexo da Maré) na cidade do Rio de Janeiro, em seus diversos aspectos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos. A Clinica da Família Augusto Boal tem uma parceria com o museu para a realização de diversas atividades de educação em saúde. 7.2 Potencialidades do território O território da Maré possui uma vasta malha de ferramentas sociais onde as articulações com o setor de saúde vêm sendo bem trabalhadas. Exemplos dessas ferramentas são as igrejas, associações de moradores, Vila Olímpica da Maré, CEASM, ONGs como o REDES, Mulheres da Paz, entre muitas outras. 31
  • 32. VIII. OUVIDORIA Na Clinica da Família Augusto Boal a ouvidoria é realizada mediante a escuta das queixas e sugestões dos usuários. Além disso, estão disponíveis pelos quadros de informações da unidade os telefones das ouvidorias da Secretaria Municipal de Saúde e da Coordenação da Área de Planejamento 3.1 para todos os usuários da unidade. Sempre que necessário orientamos os usuários sobre como realizar o contato com essas ouvidorias. Está disponível uma caixa para sugestões, críticas e queixas dos usuários, apurando essas sugestões, esperamos contribuir para a melhoria do processo de trabalho na unidade além de estimularmos cada vez mais o controle social. 32
  • 33. IX REFERÊNCIAS 1. SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. História do morro do Timbau. Rio de Janeiro: UFF, 1983. 2. VARELLA, Drauzio; BERTAZZO, Ivaldo; JACQUES, Paola Berenstein. Maré: vida na favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002. 128p. il. ISBN 8587220578. 3. VAZ, Lilian F. História dos bairros da Maré. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994. 4. SMSDC. Regimento Interno da Clínica da Família Zilda Arns. CAP 3.1, 2010. 33