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Sobre a pesquisa em Educação Matemática
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CA
Centro das Ciências Exa
Programa de Estudos Pós-Graduados
Gerson Pastre de Oliveira
PEPG em Educação Matemática (PUC/SP) – Grupo PEA-MAT
Pesquisa e contextos teóricos
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Educação Matemática e tecnologias
3
• O grupo PEA-MAT (PUC/SP);
• Um interesse: tecnologias nos processos de ensino e/ou
aprendizagem de Matemática e na formação de professores;
• Reflexões a partir de um posicionamento acerca do papel das
tecnologias nestes processos;
• Abordagem epistemológica, didática, histórica e cognitiva.
Tecnologias... e tecnologias...
4
• O percurso evolutivo e histórico da humanidade foi (e é) permeado por
tecnologias típicas;
• Lévy (1993): oralidade, escrita e informática;
• Computadores, tablets e celulares, por exemplo, constituem um tipo de
tecnologia, que não é o único;
• Livro, lápis, compasso, régua, báculo, quadrante, sextante, ..., são outros
tipos de tecnologia;
Tecnologias digitais
5
• Tecnologias influem nas formas pelas quais os conhecimentos são construídos;
• Não se trata de substituir ou suplementar as capacidades humanas;
• Tikhomirov (1981): tecnologias reorganizam o pensamento
– uso de aplicações computacionais permite formas de mediação inusitadas;
– tecnologias digitais: ferramentas da atividade mental humana;
– funções semelhantes àquelas levadas à efeito pela linguagem na lógica vygotskiniana.
Reorganização do pensamento
6
O processo de aquisição de conhecimento é alterado (por exemplo, passa a ser possível
reduzir o número de procedimentos formais a ser adquirido graças ao uso do computador).
Isto nos dá base para afirmar que, como resultado da informatização, um novo estágio no
desenvolvimento ontogenético do pensamento também se desenvolveu. [...] A memória, o
armazenamento de informações, e sua busca (ou reprodução), são reorganizados. A
comunicação é alterada, uma vez que a comunicação humana com o computador,
especialmente quando linguagens similares à natural são criadas, é uma nova forma de
comunicação. As relações humanas passam a ser mediadas pelo uso de computadores
(TIKHOMIROV, 1981, p. 274)
Concepções de tempo e espaço
7
• Castells (2000): tecnologias alteram a relação das pessoas
com o tempo e o espaço;
• Tempo cronológico x tempo intemporal;
• Espaço de lugares x espaço de fluxos.
Seres-humanos-com-mídias
8
• A aprendizagem em Matemática é um processo que envolve tecnologias de certa forma
integradas às pessoas;
• Borba e Villarreal (2005): esta integração deve ser de tal ordem que exclua qualquer
tentativa de enxergar tais elementos – pessoas e tecnologias – como conjuntos separados;
• Para estes autores, então, o conhecimento matemático é constituído a partir de coletivos
de seres-humanos-com-mídias, considerando que as mídias reorganizam o pensamento
das pessoas e que a presença de distintas tecnologias condiciona a produção de diferentes
formas de conhecimento;
• De certa forma, ainda é preciso revisitar a pergunta de sempre...
Estratégias didáticas: uma forma de responder
9
Porque usar computador e não papel e lápis? É para motivar os
alunos, para cumprir uma exigência da escola ou para tratar de
forma diferente (talvez mais adequada) certos conteúdos? Qual
o ganho (em termos de aprendizagem) obtido com a introdução
do computador? (BITTAR, 2000, p.92)
A pesquisa vem de inquietações: o que é isso?
10
Era para ser isso...
11
O uso da tecnologia
12
Fluência e um ciclo de uso das tecnologias
13
• Resolução de
problemas;
• Percursos de
investigação.
• Construção de
abordagens de um
tema a partir de um
posicionamento;
• Reorganização
a partir da
fluência;
• Construção
coletiva;
• Domínio das
ferramentas;
• Compreensão
da lógica;
Desenvolver
fluência
Pensar com
Explorar e
desenvolver
temas
Elaborar
estratégias
Teoria dos números
14
Reflexões sobre a pesquisa
15
O processo de pesquisa
16
• O processo de pesquisa é um conjunto de operações sucessivas e distintas, mas
interdependentes, realizadas por um ou mais pesquisadores, a fim de coletar
sistematicamente informações válidas sobre um fenômeno observável para
explicá-lo ou compreendê-lo;
• É um trabalho complexo que desenvolve a organização pessoal, além de reunir
diferentes competências, tais como escrever, sistematizar, analisar, e domínio
de técnicas especializadas como documentação, instrumentos de pesquisas,
etc. (CHIZZOTTI, 1991).
O que pesquisar?
17
Assunto Ideia Tema
Definição da problemática
18
O contexto do problema de
pesquisa, em relação ao qual se
elaboram as questões
Motivações, posicionamento do
objeto e/ou tema em termos
ecológicos, descrições sobre a
relevância, definições iniciais
Abordagem do tema/objeto em
uma descrição com elementos
epistemológicos, didáticos,
históricos e cognitivos.
Definição da problemática
19
• Consolidam a problemática;
• Revistas à medida que o trabalho progride;
• Provisórias: direcionam as leituras;
Hipóteses e
questões
• Em torno do tema;
• Leituras “técnicas” e escolha de trabalhos;
• Posicionamento da pesquisa em torno do tema;
Revisão
bibliográfica
• Pode ser pensado em um primeiro momento,
mas se consolida a partir da confirmação da
problemática;
• Dará suporte às categorias de análise
Referencial
teórico
Metodologia
20
Tipo de pesquisa
• Quantitativa;
• Qualitativa.
Delineamento
• Depende da
abordagem –
pesquisa de campo
ou documental?
• Estudos de caso;
• Estado da arte;
• Etnografia;
• Colaborativa;
• Análise de conteúdo;
• Engenharia didática.
Descrições
• Sujeitos e ambiente;
• Organização da
coleta e das sessões;
• Categorias analíticas;
• Variáveis didáticas;
• Descrição dos
experimentos;
• Descrição dos
instrumentos;
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tecnologias e
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21
Análises
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teóricos
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categorias
Compromisso
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delineamento
metodológico
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“iluminada”
pelo problema
e questões
Considerações finais
22
Em que medida as
questões foram
respondidas e os
objetivos alcançados?
Que contribuições
efetivas a pesquisa
trouxe para a área?
Que problemas
intervenientes foram
encontrados? Que
tópicos permanecem
em aberto?
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podem ser feitas?
Metodologias mais frequentes
23
Engenharia didática
Estudo de caso
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Abordagem descritiva e
interpretativa
Análise de conteúdo
Engenharia didática
24
• Esquema experimental baseado em “realizações didáticas”;
• Emprega sequências didáticas, constituídas por problemas;
• Análises preliminares;
• Construção das sequências e análise a priori;
• Experimentação, análise a posteriori e validação (interna).
Estudo de caso (PONTE, 2006, p.2)
25
• Um estudo de caso visa conhecer uma entidade bem definida como uma pessoa, uma instituição,
um curso, uma disciplina, um sistema educativo, uma política ou qualquer outra unidade social;
• O seu objetivo é compreender em profundidade o “como” e os “porquês” dessa entidade,
evidenciando a sua identidade e características próprias, nomeadamente nos aspectos que
interessam ao pesquisador;
• É uma investigação que se assume como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente
sobre uma situação específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos,
procurando descobrir a que há nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir
para a compreensão global de um certo fenômeno de interesse (PONTE, 2006, p.2).
Observação participante
26
• Imersão do pesquisador para análise de uma “microcultura distintiva” (GEERTZ, 1998);
• Proveniente das abordagens etnográficas utilizadas na antropologia;
• Emprega descrições e interpretações com base em fenômenos típicos de um contexto
social, envolvendo certo número de sujeitos;
• É um estudo de longo curso, no qual o pesquisador se insere em uma localidade (sala de
aula, por exemplo) e pode se interessar pelas relações dos alunos e formas de aprender a
partir delas, as discussões quando do trabalho coletivo, a dinâmica do contrato didático, as
condições de surgimento e/ou tratamento dos obstáculos epistemológicos, etc.
Abordagem descritiva e interpretativa
27
• Liga-se ao que Erickson (1989) chama “relação entre as perspectivas de significado dos atores e das
circunstâncias ecológicas de ação nas quais os mesmos se encontram. Isto quer dizer que a noção
de social é fundamental na investigação de campo” (p. 12);
• Ao usar elementos desta abordagem, entende-se a necessidade de focar no que o autor chama de
“ecologia social”, tanto em relação ao processo, quanto á estrutura;
• O pesquisador procura compreender os modos pelos quais docentes e estudantes, em suas ações
conjuntas, constituem ambientes uns para os outros;
• O investigador de campo centra sua atenção nisto quando observa uma aula e faz anotações que
registram a organização social e cultural dos fatos observados, na perspectiva de que a organização
do ‘significado-em-ação’ é, por sua vez, o ambiente de aprendizagem e o conteúdo a aprender.
Análise de conteúdo
28
Duas dissertações
29
• Lima (2016):
https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/19133
• Gonçalves (2014):
https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/11004
Referências
30
• ALMOULOUD, S. A. Fundamentos da Didática da Matemática. Curitiba: Editora UFPR, 2010. p. 218.
• BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
• BORBA, M. C.; VILLAREAL, M. E. Humans-with-Media and the Reorganization of Mathematical Thinking: information and communication technologies, modeling,
experimentation and visualization. New York: Ed. Springer, 2005. 229 p.
• CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1. 6. ed. rev. amp. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
• ERICKSON, F. Métodos cualitativos de investigación sobre la enseñanza. In: WITTROCK, M.C. (Org.). La investigación de la enseñanza: métodos cualitativos y de
observación. Barcelona: Ediciones Paidos, 1989. v.2.
• KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2003.
• LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
• OLIVEIRA, G. P.; GONÇALVES, M. D.; MARQUETTI, C. Reflexões acerca da tecnologia e sua inserção na pesquisa em Educação Matemática. Educação Matemática
Pesquisa, v.17, n. 3, 2015. p. 472 – 489.
• OLIVEIRA, G. P.; MARCELINO, S. B. Estratégias didáticas com o software Superlogo: adquirir fluência e pensar com tecnologias em Educação Matemática. Educação
Matemática Pesquisa, v.17, n. 4, 2015. p. 816 – 842.
• OLIVEIRA, G. P. Numerical representations and technologies: possibilities from a configuration formed by teachers-with-GeoGebra. Educação Matemática Pesquisa,
v.17, n. 5, 2015. p. 897 – 918.
• OLIVEIRA, G. P. Tecnologias digitais na formação docente: estratégias didáticas com o Superlogo e o GeoGebra. Anais do CIBEM 2013. Disponível em:
<http://www.cibem.org/extensos/256_1375850044_05082013_artigo_cibem2.docx/>. Acesso dia 27/07/2014.
• OLIVEIRA, G. P.; FERNANDES, R. U. O uso de tecnologias para ensino de trigonometria: estratégias pedagógicas para a construção significativa da aprendizagem.
Educação Matemática Pesquisa, v.12, n. 3, 2010. p. 548 – 577.
• OLIVEIRA, G. P. Avaliação da aprendizagem em cursos on-line: colaboração e multidimensionalidade. Tese de Doutorado (Educação). São Paulo: Universidade de São
Paulo, 2007.
• PONTE, J. P. Estudos de caso em educação matemática. Bolema, 25, 105-132, 2006.
• TIKHOMIROV, O. K. The psychological consequences of computerization. In: The Concept of Activity in Soviet Psychology. J. V. Wertsch, ed., M.E. Sharpe Inc., New
York, pp. 256-278, 1981.
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Gerson Pastre de Oliveira
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  • 1. Sobre a pesquisa em Educação Matemática Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CA Centro das Ciências Exa Programa de Estudos Pós-Graduados Gerson Pastre de Oliveira PEPG em Educação Matemática (PUC/SP) – Grupo PEA-MAT
  • 2. Pesquisa e contextos teóricos 2
  • 3. Educação Matemática e tecnologias 3 • O grupo PEA-MAT (PUC/SP); • Um interesse: tecnologias nos processos de ensino e/ou aprendizagem de Matemática e na formação de professores; • Reflexões a partir de um posicionamento acerca do papel das tecnologias nestes processos; • Abordagem epistemológica, didática, histórica e cognitiva.
  • 4. Tecnologias... e tecnologias... 4 • O percurso evolutivo e histórico da humanidade foi (e é) permeado por tecnologias típicas; • Lévy (1993): oralidade, escrita e informática; • Computadores, tablets e celulares, por exemplo, constituem um tipo de tecnologia, que não é o único; • Livro, lápis, compasso, régua, báculo, quadrante, sextante, ..., são outros tipos de tecnologia;
  • 5. Tecnologias digitais 5 • Tecnologias influem nas formas pelas quais os conhecimentos são construídos; • Não se trata de substituir ou suplementar as capacidades humanas; • Tikhomirov (1981): tecnologias reorganizam o pensamento – uso de aplicações computacionais permite formas de mediação inusitadas; – tecnologias digitais: ferramentas da atividade mental humana; – funções semelhantes àquelas levadas à efeito pela linguagem na lógica vygotskiniana.
  • 6. Reorganização do pensamento 6 O processo de aquisição de conhecimento é alterado (por exemplo, passa a ser possível reduzir o número de procedimentos formais a ser adquirido graças ao uso do computador). Isto nos dá base para afirmar que, como resultado da informatização, um novo estágio no desenvolvimento ontogenético do pensamento também se desenvolveu. [...] A memória, o armazenamento de informações, e sua busca (ou reprodução), são reorganizados. A comunicação é alterada, uma vez que a comunicação humana com o computador, especialmente quando linguagens similares à natural são criadas, é uma nova forma de comunicação. As relações humanas passam a ser mediadas pelo uso de computadores (TIKHOMIROV, 1981, p. 274)
  • 7. Concepções de tempo e espaço 7 • Castells (2000): tecnologias alteram a relação das pessoas com o tempo e o espaço; • Tempo cronológico x tempo intemporal; • Espaço de lugares x espaço de fluxos.
  • 8. Seres-humanos-com-mídias 8 • A aprendizagem em Matemática é um processo que envolve tecnologias de certa forma integradas às pessoas; • Borba e Villarreal (2005): esta integração deve ser de tal ordem que exclua qualquer tentativa de enxergar tais elementos – pessoas e tecnologias – como conjuntos separados; • Para estes autores, então, o conhecimento matemático é constituído a partir de coletivos de seres-humanos-com-mídias, considerando que as mídias reorganizam o pensamento das pessoas e que a presença de distintas tecnologias condiciona a produção de diferentes formas de conhecimento; • De certa forma, ainda é preciso revisitar a pergunta de sempre...
  • 9. Estratégias didáticas: uma forma de responder 9 Porque usar computador e não papel e lápis? É para motivar os alunos, para cumprir uma exigência da escola ou para tratar de forma diferente (talvez mais adequada) certos conteúdos? Qual o ganho (em termos de aprendizagem) obtido com a introdução do computador? (BITTAR, 2000, p.92)
  • 10. A pesquisa vem de inquietações: o que é isso? 10
  • 11. Era para ser isso... 11
  • 12. O uso da tecnologia 12
  • 13. Fluência e um ciclo de uso das tecnologias 13 • Resolução de problemas; • Percursos de investigação. • Construção de abordagens de um tema a partir de um posicionamento; • Reorganização a partir da fluência; • Construção coletiva; • Domínio das ferramentas; • Compreensão da lógica; Desenvolver fluência Pensar com Explorar e desenvolver temas Elaborar estratégias
  • 15. Reflexões sobre a pesquisa 15
  • 16. O processo de pesquisa 16 • O processo de pesquisa é um conjunto de operações sucessivas e distintas, mas interdependentes, realizadas por um ou mais pesquisadores, a fim de coletar sistematicamente informações válidas sobre um fenômeno observável para explicá-lo ou compreendê-lo; • É um trabalho complexo que desenvolve a organização pessoal, além de reunir diferentes competências, tais como escrever, sistematizar, analisar, e domínio de técnicas especializadas como documentação, instrumentos de pesquisas, etc. (CHIZZOTTI, 1991).
  • 18. Definição da problemática 18 O contexto do problema de pesquisa, em relação ao qual se elaboram as questões Motivações, posicionamento do objeto e/ou tema em termos ecológicos, descrições sobre a relevância, definições iniciais Abordagem do tema/objeto em uma descrição com elementos epistemológicos, didáticos, históricos e cognitivos.
  • 19. Definição da problemática 19 • Consolidam a problemática; • Revistas à medida que o trabalho progride; • Provisórias: direcionam as leituras; Hipóteses e questões • Em torno do tema; • Leituras “técnicas” e escolha de trabalhos; • Posicionamento da pesquisa em torno do tema; Revisão bibliográfica • Pode ser pensado em um primeiro momento, mas se consolida a partir da confirmação da problemática; • Dará suporte às categorias de análise Referencial teórico
  • 20. Metodologia 20 Tipo de pesquisa • Quantitativa; • Qualitativa. Delineamento • Depende da abordagem – pesquisa de campo ou documental? • Estudos de caso; • Estado da arte; • Etnografia; • Colaborativa; • Análise de conteúdo; • Engenharia didática. Descrições • Sujeitos e ambiente; • Organização da coleta e das sessões; • Categorias analíticas; • Variáveis didáticas; • Descrição dos experimentos; • Descrição dos instrumentos; • Descrição de tecnologias e ferramentas.
  • 21. Análises 21 Análises Confronto dos dados com os pressupostos teóricos Foco nas categorias Compromisso com o delineamento metodológico Organização “iluminada” pelo problema e questões
  • 22. Considerações finais 22 Em que medida as questões foram respondidas e os objetivos alcançados? Que contribuições efetivas a pesquisa trouxe para a área? Que problemas intervenientes foram encontrados? Que tópicos permanecem em aberto? Que outras pesquisas podem ser feitas?
  • 23. Metodologias mais frequentes 23 Engenharia didática Estudo de caso Observação participante Abordagem descritiva e interpretativa Análise de conteúdo
  • 24. Engenharia didática 24 • Esquema experimental baseado em “realizações didáticas”; • Emprega sequências didáticas, constituídas por problemas; • Análises preliminares; • Construção das sequências e análise a priori; • Experimentação, análise a posteriori e validação (interna).
  • 25. Estudo de caso (PONTE, 2006, p.2) 25 • Um estudo de caso visa conhecer uma entidade bem definida como uma pessoa, uma instituição, um curso, uma disciplina, um sistema educativo, uma política ou qualquer outra unidade social; • O seu objetivo é compreender em profundidade o “como” e os “porquês” dessa entidade, evidenciando a sua identidade e características próprias, nomeadamente nos aspectos que interessam ao pesquisador; • É uma investigação que se assume como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos, procurando descobrir a que há nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir para a compreensão global de um certo fenômeno de interesse (PONTE, 2006, p.2).
  • 26. Observação participante 26 • Imersão do pesquisador para análise de uma “microcultura distintiva” (GEERTZ, 1998); • Proveniente das abordagens etnográficas utilizadas na antropologia; • Emprega descrições e interpretações com base em fenômenos típicos de um contexto social, envolvendo certo número de sujeitos; • É um estudo de longo curso, no qual o pesquisador se insere em uma localidade (sala de aula, por exemplo) e pode se interessar pelas relações dos alunos e formas de aprender a partir delas, as discussões quando do trabalho coletivo, a dinâmica do contrato didático, as condições de surgimento e/ou tratamento dos obstáculos epistemológicos, etc.
  • 27. Abordagem descritiva e interpretativa 27 • Liga-se ao que Erickson (1989) chama “relação entre as perspectivas de significado dos atores e das circunstâncias ecológicas de ação nas quais os mesmos se encontram. Isto quer dizer que a noção de social é fundamental na investigação de campo” (p. 12); • Ao usar elementos desta abordagem, entende-se a necessidade de focar no que o autor chama de “ecologia social”, tanto em relação ao processo, quanto á estrutura; • O pesquisador procura compreender os modos pelos quais docentes e estudantes, em suas ações conjuntas, constituem ambientes uns para os outros; • O investigador de campo centra sua atenção nisto quando observa uma aula e faz anotações que registram a organização social e cultural dos fatos observados, na perspectiva de que a organização do ‘significado-em-ação’ é, por sua vez, o ambiente de aprendizagem e o conteúdo a aprender.
  • 29. Duas dissertações 29 • Lima (2016): https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/19133 • Gonçalves (2014): https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/11004
  • 30. Referências 30 • ALMOULOUD, S. A. Fundamentos da Didática da Matemática. Curitiba: Editora UFPR, 2010. p. 218. • BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. • BORBA, M. C.; VILLAREAL, M. E. Humans-with-Media and the Reorganization of Mathematical Thinking: information and communication technologies, modeling, experimentation and visualization. New York: Ed. Springer, 2005. 229 p. • CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1. 6. ed. rev. amp. São Paulo: Paz e Terra, 2012. • ERICKSON, F. Métodos cualitativos de investigación sobre la enseñanza. In: WITTROCK, M.C. (Org.). La investigación de la enseñanza: métodos cualitativos y de observación. Barcelona: Ediciones Paidos, 1989. v.2. • KENSKI, V. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2003. • LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. • OLIVEIRA, G. P.; GONÇALVES, M. D.; MARQUETTI, C. Reflexões acerca da tecnologia e sua inserção na pesquisa em Educação Matemática. Educação Matemática Pesquisa, v.17, n. 3, 2015. p. 472 – 489. • OLIVEIRA, G. P.; MARCELINO, S. B. Estratégias didáticas com o software Superlogo: adquirir fluência e pensar com tecnologias em Educação Matemática. Educação Matemática Pesquisa, v.17, n. 4, 2015. p. 816 – 842. • OLIVEIRA, G. P. Numerical representations and technologies: possibilities from a configuration formed by teachers-with-GeoGebra. Educação Matemática Pesquisa, v.17, n. 5, 2015. p. 897 – 918. • OLIVEIRA, G. P. Tecnologias digitais na formação docente: estratégias didáticas com o Superlogo e o GeoGebra. Anais do CIBEM 2013. Disponível em: <http://www.cibem.org/extensos/256_1375850044_05082013_artigo_cibem2.docx/>. Acesso dia 27/07/2014. • OLIVEIRA, G. P.; FERNANDES, R. U. O uso de tecnologias para ensino de trigonometria: estratégias pedagógicas para a construção significativa da aprendizagem. Educação Matemática Pesquisa, v.12, n. 3, 2010. p. 548 – 577. • OLIVEIRA, G. P. Avaliação da aprendizagem em cursos on-line: colaboração e multidimensionalidade. Tese de Doutorado (Educação). São Paulo: Universidade de São Paulo, 2007. • PONTE, J. P. Estudos de caso em educação matemática. Bolema, 25, 105-132, 2006. • TIKHOMIROV, O. K. The psychological consequences of computerization. In: The Concept of Activity in Soviet Psychology. J. V. Wertsch, ed., M.E. Sharpe Inc., New York, pp. 256-278, 1981.
  • 31. Obrigado! Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CA Centro das Ciências Exa Programa de Estudos Pós-Graduados Gerson Pastre de Oliveira PEA-MAT