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Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 1/3
ORDEM DO DIA ALUSIVA AO DIA DA VITÓRIA
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2016
O dia 08 de maio consagrou-se na história como a data em que os países aliados
derrotaram a Alemanha nazista. Há 71 anos, acabava, na Europa, um conflito que
alcançou proporções sem precedentes e envolveu todos os continentes na luta pela
liberdade.
O engajamento do Brasil deu-se em agosto de 1942, quando da declaração de
guerra à Alemanha e à Itália. O povo brasileiro exigia uma resposta à altura das
agressões daqueles países beligerantes, que afundaram 12 navios mercantes
brasileiros em seis meses, apesar da neutralidade do País no conflito.
O esforço da participação do Brasil na Guerra envolveu o recrutamento de jovens
de toda a Nação e resultou em uma mobilização representativa da formação do
povo brasileiro, de todos os estados e territórios da Federação.
A Marinha do Brasil sujeitou-se a todos os riscos da guerra no mar para defender o
litoral brasileiro e escoltar comboios em um grande trecho do Atlântico, por meio
de operações complexas e longas. As baixas da Força Naval e da Marinha Mercante
foram significativas e merecem reiterado tributo.
O efetivo de cerca de 25.000 combatentes da Força Expedicionária Brasileira lutou
com destemor e abnegação no teatro de operações italiano e escreveu algumas das
mais gloriosas páginas da história da Força Terrestre.
A jovem Força Aérea Brasileira teve um desempenho heroico na Europa por meio
da Esquadrilha de Ligação e Observação e do 1º Grupo de Aviação de Caça, que
eternizou o lema “Senta a Pua!”.
O engajamento brasileiro deu-se no mais alto nível político-diplomático. A Base
Aérea de Natal e o campo de Parnamirim, construídos em parceria com os Estados
Unidos, ficaram conhecidos como Trampolim da Vitória por sua localização
estratégica para a logística das sortidas aéreas dos Aliados em direção à África. No
auge da guerra, cerca de 800 decolagens diárias eram realizadas em direção a
Dacar, em uma média de uma decolagem a cada três minutos.
Há também que se lembrar da coragem e do pioneirismo, ainda pouco
reconhecido, das mulheres que compuseram o Quadro de Enfermeiras do Serviço
de Saúde do Exército na Força Expedicionária Brasileira e das enfermeiras que se
incorporaram ao esforço de guerra na Força Aérea.
Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 2/3
Além dos bravos marinheiros, pracinhas e aviadores, e das corajosas enfermeiras,
muitos heróis civis e desarmados contribuíram para a participação do Brasil no
conflito, como os “soldados da borracha”, que trabalharam e pereceram sob
condições inóspitas na Amazônia para que não faltasse a matéria-prima ao esforço
de guerra.
As baixas da Guerra entristeceram todo o País, que pagou um elevado tributo de
sangue na defesa da causa aliada, mas deixaram também incomparável herança de
valores e memórias para a sociedade brasileira.
O heroísmo do soldado brasileiro foi reconhecido pelo próprio inimigo, como
ilustra o caso dos três combatentes do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha que
enfrentaram uma companhia alemã até o último cartucho, com bravura e
destemor, e foram enterrados pelo inimigo sob a inscrição “três heróis brasileiros”.
Os pracinhas brasileiros foram reconhecidos também pelo tratamento humanitário
conferido aos prisioneiros e pela generosidade na relação com a população das
cidades italianas por onde passaram.
A vitória contra o nazismo estimulou nas nações a luta pela independência
nacional. Os movimentos de libertação foram reforçados em todo o mundo. O fim
da Segunda Guerra Mundial aprofundou o processo de desintegração dos impérios
coloniais e fortaleceu o clamor por liberdade e democracia.
Para o Brasil, a participação na guerra correspondeu a um ponto de inflexão na
história do desenvolvimento nacional. O País recebeu o que havia de mais
moderno em equipamentos e aeronaves e deu grandes passos em seu processo de
industrialização e desenvolvimento econômico, como ilustra a criação da
Companhia Siderúrgica Nacional.
O esforço de participação na guerra ampliou o reconhecimento e a projeção
geopolítica do Brasil. O País credenciou-se para continuar contribuindo para
missões de paz no plano internacional, como se tornou tradição a partir de Suez,
em 1956, poucos anos após o fim da guerra.
O Dia da Vitória evoca lições extremamente atuais. Os antagonismos que
conduziram a humanidade à conflagração inédita que foi a Segunda Guerra
Mundial não se esgotaram com o fim do conflito. Eles podem ser encontrados, na
atualidade, em rivalidades e disputas por poder e protagonismo que demandam
das nações a valorização de suas Forças Armadas.
Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 3/3
O reconhecimento da memória dos que participaram da vitória dos Aliados em
1945 e de todos aqueles, militares e civis, que continuam, nos dias de hoje, a
contribuir para a Defesa do Brasil, com patriotismo e dedicação, fazem do 08 de
maio uma data magnífica para a humanidade e para o Brasil.
Parabéns a todos os agraciados com a Medalha da Vitória por seu inestimável
aporte para a defesa nacional e por seu papel na construção de um Brasil soberano,
democrático e socialmente equilibrado.
Aldo Rebelo
Ministro de Estado da Defesa

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  • 1. Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 1/3 ORDEM DO DIA ALUSIVA AO DIA DA VITÓRIA Rio de Janeiro, 08 de maio de 2016 O dia 08 de maio consagrou-se na história como a data em que os países aliados derrotaram a Alemanha nazista. Há 71 anos, acabava, na Europa, um conflito que alcançou proporções sem precedentes e envolveu todos os continentes na luta pela liberdade. O engajamento do Brasil deu-se em agosto de 1942, quando da declaração de guerra à Alemanha e à Itália. O povo brasileiro exigia uma resposta à altura das agressões daqueles países beligerantes, que afundaram 12 navios mercantes brasileiros em seis meses, apesar da neutralidade do País no conflito. O esforço da participação do Brasil na Guerra envolveu o recrutamento de jovens de toda a Nação e resultou em uma mobilização representativa da formação do povo brasileiro, de todos os estados e territórios da Federação. A Marinha do Brasil sujeitou-se a todos os riscos da guerra no mar para defender o litoral brasileiro e escoltar comboios em um grande trecho do Atlântico, por meio de operações complexas e longas. As baixas da Força Naval e da Marinha Mercante foram significativas e merecem reiterado tributo. O efetivo de cerca de 25.000 combatentes da Força Expedicionária Brasileira lutou com destemor e abnegação no teatro de operações italiano e escreveu algumas das mais gloriosas páginas da história da Força Terrestre. A jovem Força Aérea Brasileira teve um desempenho heroico na Europa por meio da Esquadrilha de Ligação e Observação e do 1º Grupo de Aviação de Caça, que eternizou o lema “Senta a Pua!”. O engajamento brasileiro deu-se no mais alto nível político-diplomático. A Base Aérea de Natal e o campo de Parnamirim, construídos em parceria com os Estados Unidos, ficaram conhecidos como Trampolim da Vitória por sua localização estratégica para a logística das sortidas aéreas dos Aliados em direção à África. No auge da guerra, cerca de 800 decolagens diárias eram realizadas em direção a Dacar, em uma média de uma decolagem a cada três minutos. Há também que se lembrar da coragem e do pioneirismo, ainda pouco reconhecido, das mulheres que compuseram o Quadro de Enfermeiras do Serviço de Saúde do Exército na Força Expedicionária Brasileira e das enfermeiras que se incorporaram ao esforço de guerra na Força Aérea.
  • 2. Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 2/3 Além dos bravos marinheiros, pracinhas e aviadores, e das corajosas enfermeiras, muitos heróis civis e desarmados contribuíram para a participação do Brasil no conflito, como os “soldados da borracha”, que trabalharam e pereceram sob condições inóspitas na Amazônia para que não faltasse a matéria-prima ao esforço de guerra. As baixas da Guerra entristeceram todo o País, que pagou um elevado tributo de sangue na defesa da causa aliada, mas deixaram também incomparável herança de valores e memórias para a sociedade brasileira. O heroísmo do soldado brasileiro foi reconhecido pelo próprio inimigo, como ilustra o caso dos três combatentes do 11º Batalhão de Infantaria de Montanha que enfrentaram uma companhia alemã até o último cartucho, com bravura e destemor, e foram enterrados pelo inimigo sob a inscrição “três heróis brasileiros”. Os pracinhas brasileiros foram reconhecidos também pelo tratamento humanitário conferido aos prisioneiros e pela generosidade na relação com a população das cidades italianas por onde passaram. A vitória contra o nazismo estimulou nas nações a luta pela independência nacional. Os movimentos de libertação foram reforçados em todo o mundo. O fim da Segunda Guerra Mundial aprofundou o processo de desintegração dos impérios coloniais e fortaleceu o clamor por liberdade e democracia. Para o Brasil, a participação na guerra correspondeu a um ponto de inflexão na história do desenvolvimento nacional. O País recebeu o que havia de mais moderno em equipamentos e aeronaves e deu grandes passos em seu processo de industrialização e desenvolvimento econômico, como ilustra a criação da Companhia Siderúrgica Nacional. O esforço de participação na guerra ampliou o reconhecimento e a projeção geopolítica do Brasil. O País credenciou-se para continuar contribuindo para missões de paz no plano internacional, como se tornou tradição a partir de Suez, em 1956, poucos anos após o fim da guerra. O Dia da Vitória evoca lições extremamente atuais. Os antagonismos que conduziram a humanidade à conflagração inédita que foi a Segunda Guerra Mundial não se esgotaram com o fim do conflito. Eles podem ser encontrados, na atualidade, em rivalidades e disputas por poder e protagonismo que demandam das nações a valorização de suas Forças Armadas.
  • 3. Ordem do Dia do Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, alusiva ao Dia da Vitória Pág. 3/3 O reconhecimento da memória dos que participaram da vitória dos Aliados em 1945 e de todos aqueles, militares e civis, que continuam, nos dias de hoje, a contribuir para a Defesa do Brasil, com patriotismo e dedicação, fazem do 08 de maio uma data magnífica para a humanidade e para o Brasil. Parabéns a todos os agraciados com a Medalha da Vitória por seu inestimável aporte para a defesa nacional e por seu papel na construção de um Brasil soberano, democrático e socialmente equilibrado. Aldo Rebelo Ministro de Estado da Defesa