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DOI: 10.18468/estcien.2017v7n3.p61-69 Artigo original
Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao
ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017
Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria
Marina Kich1
e Wolmir José Böckel2
1 Graduada em Química Industrial pela Universidade do Vale do Taquari – Univates, Brasil. E-mail: marina.kich@gmail.com
2 Doutorado e Mestrado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e graduado em Química Industrial pela Univer-
sidade de Santa Cruz do Sul e Química Licenciatura Plena pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Professor Adjunto e Docente do
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas na Universidade do Vale do Taquari – Univates, Brasil. E-mail: wjboc-
kel@univates.br
RESUMO: A poluição ambiental é uma preocupação mundial, principalmente a
poluição de corpos hídricos. Para medir o nível de poluição, a legislação ambiental utiliza pa-
râmetros como indicadores da qualidade. Efluentes de postos de lavagens de carros e de ofici-
nas mecânicas possuem alto poder poluidor devido a quantidade de óleo proveniente de peças
e motores de automóveis. O método oficial para o Rio Grande do Sul, em conformidade com a
Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), é por gravimetria.
Porém, é um método que demanda relativamente mais tempo e mais etapas do que em uma
análise espectrofotométrica. Portanto, o presente estudo teve por objetivo o desenvolvimento
de uma metodologia por espectrofotometria para análise de óleos e graxas. As amostras pro-
venientes de oficinas mecânicas e postos de lavagem de carros foram coletadas por um labora-
tório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA) e In-
metro, de um município situado no Rio Grande do Sul. As amostras foram submetidas à análise
pelo método oficial e comparou-se os resultados com o método proposto. Os resultados de-
monstraram que os testes de recuperação se situaram dentro da faixa aceita e demonstraram
ser lineares. Dessa maneira, apresenta uma perspectiva positiva para ser utilizado como méto-
do alternativo com menor tempo de análise.
Palavras-chave: Poluição. Postos de lavagem. Oficina mecânica. Gravimetria.
Analysis of oils and grease in wastewater by spectrophotometry
ABSTRACT: Environmental pollution is a worldwide concern, especially pollution of water bod-
ies. To measure the level of pollution, environmental legislation uses parameters as indicators
of quality. Effluents from wash stations and mechanical workshops have a high polluting power
due to the amount of oil coming from automobile parts and motors. Gravimetry is the official
method for Rio Grande do Sul, according to the State Foundation for Environmental Protection
Henrique Luiz Roessler (Fepam). However, a method requires relatively more time and more
steps than in a spectrophotometric analysis. Therefore, the present study aimed to develop a
spectrophotometric methodology for the analysis of oils and greases. The samples from me-
chanical workshops and washing stations were collected by a laboratory accredited by the
Ministry of Agriculture, Farming and Supply (MAPA) and Metrology institute (Inmetro) from a
city located in Rio Grande do Sul. The samples were submitted to analysis by the official meth-
od and the results were compared to the proposed method. The results showed that the re-
covery tests were within the accepted range and showed to be linear. In this way, it presents a
positive perspective to be used as an alternative method with less analysis time.
Keywords: Pollution. Washing stations. Mechanical workshop. Gravimetry.
62 Kich e Böckel
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ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017
1 INTRODUÇÃO
A poluição da água é uma alteração inde-
sejável nas suas características químicas e
físicas que venha causar prejuízos ao ser
humano. O que determina a poluição é a
quantidade de resíduo presente em deter-
minado ambiente. Desta forma, para con-
trolar a poluição, a legislação ambiental es-
tabelece parâmetros e indicadores de qua-
lidade que se deseja respeitar (BRAGA et
al., 2005). Sendo, no Estado do Rio Grande
do Sul, a Resolução vigente do Conselho
Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) nº
355/2017 (RIO GRANDE DO SUL, 2017).
Resíduos de óleos quando em contato
com a água podem causar sérios danos ao
meio ambiente, pois formam uma película
impedindo a passagem de oxigênio para as
células bacterianas e assim causando a
morte de microrganismos (NUVOLARI,
2011). Efluentes de oficinas mecânicas e de
postos de lavagem de veículos apresentam
alto potencial poluidor, devido as suas ca-
racterísticas: efluentes com presença de
óleo, sólidos sedimentáveis e detergentes.
Sendo que as emulsões oleosas represen-
tam a mais expressiva forma de contamina-
ção por óleo (INEA, 2014).
O método oficial para Laboratórios cre-
denciados, conforme a Fundação Estadual
de Proteção Ambiental Henrique Luiz Ro-
essler (Fepam), para análise de óleos e gra-
xas em efluentes de postos de lavagens e
oficinas mecânicas é o método de gravime-
tria. (SMEWW, 2012). Porém, devido à de-
manda de maior tempo e maior número de
etapas procedimentais para a análise gra-
vimétrica, faz-se necessário a busca por me-
todologias alternativas que demandam me-
nor tempo de análise. Devido a necessidade
da determinação de baixas concentração de
analitos e a rapidez requerida pela indús-
tria, a análise química encontra-se extre-
mamente dependente de equipamentos
modernos que permitam a automação das
análises (CIENFUEGOS, 2000).
Conforme Rocha e Teixeira (2004), a es-
pectrofotometria é um método de baixo
custo e grande número de aplicações. Po-
rém não se tem conhecimento do seu uso
na análise de óleos e graxas em efluentes
desta natureza. O objetivo deste estudo foi
a investigação da utilização da metodologia
por Espectrofotometria na região de Ultra-
violeta - UV, na análise de óleos e graxas em
efluentes e comparar seus resultados com o
método da gravimetria que foi realizado por
um laboratório credenciado.
2 PARÂMETRO DE ÓLEOS E GRAXAS
Óleos e graxas são substâncias orgânicas
de origem animal, mineral ou vegetal. Ge-
ralmente são hidrocarbonetos, gorduras,
ésteres, entre outros. Não costumam ser
encontrados em águas naturais, mas prove-
nientes de despejos e resíduos industriais,
esgotos domésticos, efluentes de oficinas
mecânicas, postos de gasolinas, estradas e
vias públicas (ORSSATTO; HERMES; BOAS,
2010). Os óleos e graxas, em seu processo
de decomposição, reduzem o oxigênio dis-
solvido elevando a Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO) e a Demanda Química de
Oxigênio (DQO) causando alterações nega-
tivas no ecossistema aquático (METCALF &
EDDY. Inc., 1991).
Para o lançamento de efluentes em cor-
pos hídricos o parâmetro de óleos e graxas
é exigido pela legislação ambiental. Os limi-
tes de tolerância estão apresentados na Ta-
bela 1.
Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 63
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Tabela 1: Limites legais de óleos e graxas para o lançamento de
efluentes dados pela legislação Federal e Estadual.
Table 1: Legal limits of oils and greases for the discharge of
effluents given by Federal and State legislation.
Tipos de óleos e graxas
Legislação
Federal
a
Legislação
Estadual
b
Óleos e Graxas Minerais ≤ 20 mg L
-1
≤ 10 mg L
-1
Óleos e Graxas Vegetais e ou
Animais
≤ 50 mg L
-1
≤ 30 mg L
-1
Fonte:
a
BRASIL (2005);
b
RIO GRANDE DO SUL (2006).
A importância da determinação do teor
de óleos e graxas deve-se ao fato que,
quando concentrações elevadas estão pre-
sentes em águas residuárias, estas promo-
vem problemas operacionais à etapa do
tratamento primário, podendo interferir no
tratamento biológico (secundário). Pode-se
considerar que concentrações acima de 65
mg L-1
, de óleos e graxas, são suficientes
para causar problemas operacionais ao sis-
tema de tratamento hídrico (MELO, et al.,
2002).
Para minimizar o problema de escoa-
mento de óleos e graxas para as redes de
esgoto público, a prefeitura municipal do
município em que se realizou o estudo no
Estado do Rio Grande do Sul, com base nas
resoluções do CONAMA (BRASIL, 2011;
BRASIL, 2005), exige para emissão da Licen-
ça de Operação que os estabelecimentos
instalem uma caixa separadora de água e
óleo, conforme mostra a Figura 1, onde o-
corre a separação dos óleos e graxas do e-
fluente que será lançado na rede pública,
por meio de flotação natural. Para garantir
que o sistema esteja funcionando de forma
eficaz, o responsável pelo sistema emissor
do efluente deve realizar limpezas nestas
caixas, retirando a gordura que fica sedi-
mentada no fundo e a destinando a empre-
sas especializadas no descarte correto do
resíduo, com uma periodicidade de 3 a 6
meses, dependendo do que está descrito na
Licença de Operação do estabelecimento.
Dessa forma o município exige laudos de
análises deste efluente, semestralmente,
para a garantia que a limpeza está sendo
realizada. Para determinar a periodicidade
das análises e os parâmetros que deverão
ser analisados, a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente baseia-se nas resoluções
355/2017 do CONSEMA, 430/2011 e
357/2005 do CONAMA (RIO GRANDE DO
SUL, 2017; BRASIL, 2011; BRASIL, 2005).
Figura 1: Esquema de caixa separadora de água/óleo
Figure 1: Water / Oil Separator Box Schematic
Fonte: Autores.
3 COMPOSIÇÃO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES
Os primeiros óleos lubrificantes que sur-
giram no mercado foram os óleos de origem
animal, porém com a modernização da in-
dústria e por necessidade, atualmente, a
base dos óleos lubrificantes passou a ser
mineral, sintética e semissintética. Sendo,
os mais utilizados, os de origem mineral,
tem em sua composição uma mistura de
hidrocarbonetos, provenientes do refino do
petróleo. Os óleos lubrificantes possuem
diversos tamanhos e formatos de moléculas
com composição química em nitrogênio,
enxofre e metais (AZEVEDO; CARVALHO;
FONSECA, 2005). Devido à dificuldade do
controle químico de materiais indesejáveis
no processo, os óleos lubrificantes sintéticos
estão sendo cada vez mais utilizados. Os
64 Kich e Böckel
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óleos sintéticos não são derivados do petró-
leo, eles são produzidos em laboratórios. Já
o óleo lubrificante mineral é um derivado
do petróleo que representa em torno de 2%
de todos os seus derivados, e normalmente
não é totalmente consumido pelo motor
dos automóveis durante o seu uso, assim
podendo causar diversos problemas ambi-
entais (AZEVEDO; CARVALHO; FONSECA,
2005).
Os óleos lubrificantes têm como seus
componentes os aditivos, que após usados
degradam-se, poluindo o meio ambiente.
Um litro de óleo lubrificante de qualquer
natureza polui um milhão de litros de água,
equivalente a uma área superficial de 1000
m2
(SILVA et al., 2008; SILVEIRA et al., 2006).
4 MÉTODOS DE ANÁLISE DE ÓLEOS E GRA-
XAS
O método da gravimetria é realizado pela
extração dos óleos e graxas de uma amostra
mediante a solubilização deste material em
solvente apropriado. A amostra é acidifica-
da e filtrada para que os óleos e graxas fi-
quem retidos no filtro. Este filtro então é
seco em estufa e após extraído com solven-
te e em seguida o solvente é evaporado e o
teor de óleos e graxas é obtido gravimetri-
camente, demandando um tempo de análi-
se aproximado de cinco horas (SMEWW,
2012).
A espectrofotometria está fundamentada
na lei de Lambert-Beer para medidas de
absorção de radiação por amostras no esta-
do líquido, gasoso ou sólido, nas regiões,
visível, ultravioleta e infravermelho do es-
pectro eletromagnético. A absortividade
molar (ɛ) é uma grandeza característica da
espécie absorvente, cuja magnitude depen-
de do comprimento de onda da radiação
incidente (ROCHA; TEIXEIRA, 2004).
5 PARTE EXPERIMENTAL
Utilizou-se nas pesagens balança analíti-
ca (BEL)®
e nas medidas de absorbância Es-
pectrofotômetro (Thermo Scientific)®
. Para
a preparação das amostras sintéticas, utili-
zaram-se Óleo lubrificante mineral (Capel-
la)®
e Óleo lubrificante sintético (Selenia)®
,
obtidos no comércio local. Para acidificar as
amostras utilizou-se Ácido Clorídrico p.a.
(Synth)®
, a extração dos óleos e graxas foi
realizada com o solvente Clorofórmio p.a,
(Synth)®
e o Sulfato de sódio anidro (Vetec)®
foi utilizado para filtrar a fase aquosa extra-
ída.
Como os óleos e graxas que estão pre-
sentes nos efluentes de oficinas mecânicas
e postos de lavagens são provenientes de
óleos lubrificantes compostos por óleos
minerais e óleos sintéticos, foram utilizados
estes dois óleos na realização dos experi-
mentos. Primeiramente realizou-se uma
varredura espectral de cada um dos tipos
de óleos separadamente, em cubetas de
quartzo, de 190 a 400 nm no espectrofotô-
metro, para encontrar a região de absor-
bância máxima e posteriormente a constru-
ção de uma curva analítica. Como o com-
primento de onda que apresentou máximo
de absorbância foi o mesmo para os dois
óleos, optou-se por utilizar uma solução
padrão com óleo mineral, que atualmente
ainda é o mais utilizado nos óleos lubrifi-
cantes. Além disso, realizou-se uma varre-
dura de comprimentos de ondas, na mesma
faixa utilizada para os óleos, para o solvente
clorofórmio, para verificar se o comprimen-
to de onda de máxima absorbância seria
próximo ao comprimento de onda do óleo,
para evitar que ocorressem desvios da lei
Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 65
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de Lambert-Beer.
A curva analítica foi preparada, pelo mé-
todo de padrão externo em meio clorofór-
mio. Pesou-se 0,0303 g de óleo mineral em
um balão volumétrico de 10 mL e avolu-
mou-se com clorofórmio, preparando-se
assim uma solução estoque de 3030,00 mg
L-1
. Os padrões foram preparados, em tripli-
cata, por diluição obtendo-se as respectivas
concentrações: 60,60; 121,20; 242,40 e
303,00 mg L-1
. Com o objetivo de verificar
se a diluição dos padrões obedecia a lei de
Lambert-Beer, realizou-se uma varredura
de comprimentos de ondas com os pa-
drões, para determinar qual seria o com-
primento de onda de máxima absorbância
para cada diluição. Após esta verificação,
construiu-se a curva de calibração.
5.1 Preparação da amostra sintética
A próxima etapa foi a preparação de uma
amostra sintética, a fim de verificar as figu-
ras de mérito da metodologia. Para isso,
preparou-se uma solução estoque de
5.510,00 mg L-1
de óleo em clorofórmio.
Retirou-se uma alíquota de 1,00 mL da so-
lução estoque para o funil de decantação
contendo 500,00 mL de água deionizada
com adição de ácido clorídrico para diminu-
ir o valor do pH para próximo de 2, para a
melhor solubilização da água com o óleo. A
extração deu-se com adição de 25,00 mL de
clorofórmio ao funil analítico. Agitou-se len-
tamente, aliviando a pressão e deixou-se
descansar. Realizou-se o procedimento em
triplicata. Após 10 min, realizou-se a extra-
ção do óleo e clorofórmio que foram decan-
tados no funil, filtrou-se o líquido extraído
com sulfato de sódio anidro, para retirar
qualquer gotícula de água que pudesse es-
tar presente e então leu-se em espectrofo-
tômetro no comprimento de onda de 242
nm.
5.2 Análise da amostra de efluente
Para a análise da amostra real, proveni-
ente de uma oficina mecânica, coletada por
laboratório credenciado, mediu-se o volu-
me de 630 mL da amostra em proveta e
assim calculou-se o volume de clorofórmio
necessário para a extração, 31,5 mL, consi-
derando um fator de diluição de 20. Após
despejou-se a amostra para o funil de de-
cantação, e adicionou-se 2,00 mL de ácido
clorídrico. O volume de clorofórmio foi adi-
cionado em parte no frasco de coleta da
amostra e em parte na proveta utilizada
para medir o volume, assim retirando qual-
quer resíduo de óleo que pudesse estar
presente nas paredes, despejou-se o conte-
údo no funil de decantação. Agitou-se o
funil lentamente aliviando a pressão e dei-
xou-se descansar por 10 min. Fez-se o pro-
cedimento em triplicata.
Com a mesma amostra foi realizada aná-
lise pelo método gravimétrico, utilizado pe-
lo laboratório credenciado, onde primeira-
mente verificou-se a acidificação da amos-
tra e em seguida procedeu-se com a filtra-
ção à vácuo para reter os resíduos de óleo
no papel filtro quantitativo. O papel filtro
foi colocado em um cartucho de extração
em estufa por 30 min. Os copos extratores
foram pesados antes da adição do papel
filtro. O cartucho foi adaptado em equipa-
mento Soxlet, com 70 mL de hexano para a
extração. Permaneceu em imersão por 1
hora e após mais 1 hora em lavagem, após
recuperou-se o solvente. Levou-se os cartu-
chos para estufa for 2 horas e realizou-se a
pesagem.
66 Kich e Böckel
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6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores de máxima absorbância das
amostras de óleo mineral e de óleo sintéti-
co foram no mesmo comprimento de onda,
conforme a Figura 2, permitindo que a cur-
va fosse construída com apenas um dos ó-
leos lubrificantes.
Figura 2: Espectros de varredura em comprimentos de onda de
190 a 400 nm para o óleo lubrificante mineral e óleo lubrifican-
te sintético por espectrofotometria.
Figure 2: Scanning spectrum at wavelengths of 190 to 400 nm
for mineral lubricating oil and synthetic lubricating oil by spec-
trophotometry.
Fonte: Autores
Inicialmente testou-se também o solven-
te n–hexano, porém, apresentou desvio da
lei de Lambert-Beer com a mistura em óleo.
O solvente escolhido foi o clorofórmio, pois
apresentou máximo de absorbância em 229
nm. Conforme a Figura 3, ficando bem pró-
ximo do comprimento de máxima absor-
bância do óleo, evitando assim desvios da
lei de Lambert-Beer.
Figura 3: Espectro de varredura em comprimentos de ondas de
190 a 240 nm, para o solvente Clorofórmio por espectrofoto-
metria.
Figure 3: Scanning spectrum in wavelengths from 190 to 240
nm, for the solvent Chloroform by spectrophotometry.
Fonte: Autores.
Para a escolha da faixa de concentrações
nas quais a curva seria construída, levou-se
em consideração os resultados que nor-
malmente costumam-se encontrar nestes
tipos de amostras, baseando-se no limite
aceito pela Legislação que é de 10 mg L-1
(RIO GRANDE DO SUL, 2006).
A Figura 4 apresenta os espectros de var-
reduras, nos comprimentos de ondas de
190 nm a 400 nm, das soluções padrões
para a curva analítica para se verificar a re-
gião de máxima absorbância e sua concor-
dância com a Lei de Lambert-Beer.
Figura 4: Espectro de varredura de comprimentos de ondas das
soluções padrão com intervalo de 5 nm por espectrofotometri-
a.
Figure 4: Wave length-scanning spectrum of standard solutions
with 5 nm interval by spectrophotometry.
Fonte: Autores.
Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 67
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A varredura foi realizada com um inter-
valo de 5 nm, podendo-se verificar que os
máximos de absorbância ficaram entre 240
nm e 245 nm, comprovando seguir a lei de
Lambert-Beer. Porém, para verificar com
melhor exatidão o comprimento de onda
onde havia máxima absorbância, realizou-se
uma varredura com intervalo de 1 nm, en-
tre 240 a 245 nm, conforme Figura 5.
Figura 5: Espectro de varredura de comprimentos de ondas de
240 a 245 nm das soluções padrões com intervalo de 1 nm.
Figure 5: Scanning spectrum of wavelengths from 240 to 245
nm of standard solutions with interval of 1 nm.
Fonte: Autores.
Realizou-se uma média dos comprimen-
tos de ondas de máxima absorbância resul-
tando em 242 nm, sendo este utilizado para
a leitura da curva analítica obtendo-se a
equação da regressão y = 0,0007 x + 0,0019,
com um coeficiente de correlação linear de
0,9985.
Para as amostras sintéticas, os valores de
concentrações encontrados, já consideran-
do o fator de diluição de 20, foram 12,53 ±
0,13 mg L-1
. A concentração da amostra sin-
tética, realizada por gravimetria, apresen-
tou 11,02 mg L-1
. Sendo assim o erro relati-
vo do processo foi de 13,70%. O intervalo
de recuperação, portanto, situou-se em
86,30 %. Valor compreendido ao valor acei-
to entre 85-115% para a concentração ana-
lisada (SMEWW, 2012). Pode-se supor que
o erro encontrado neste estudo foi devido a
interferentes presentes na amostra sendo o
método por espectrofotometria sensível a
estes. Para a análise de óleos e graxas na
amostra de efluente que também foi anali-
sada por laboratório credenciado, obteve-
se os valores de concentração de 3,91 ±
0,07. Comparando-se com o resultado obti-
do por um Laboratório Credenciado, que foi
de 4,35 mg L-1
, encontrou-se um erro relati-
vo de 10,11 %. Sendo o intervalo de recupe-
ração situado em 89,89 %. Esse erro prova-
velmente pode ser explicado devido a ex-
tração realizada neste estudo onde podem
ter ocorrido perdas de óleo que aderiu à
superfície do funil de decantação.
7 CONCLUSÃO
O método de análise por espectrofoto-
metria, proposto neste trabalho, mostrou-
se de forma positiva no sentido da diminui-
ção de etapas de preparação de amostra,
comparativamente ao método gravimétrico
que utiliza a etapa da calcinação. Fato esse
que proporciona a menor demanda de
tempo de análise e menor volume de sol-
vente envolvido. O método proposto apre-
senta uma perspectiva positiva para ser uti-
lizado por laboratórios de prestação de ser-
viços, desde que seja feita a sua otimização
com parâmetros de mérito a fim de de-
monstrar, que de fato, é uma possibilidade
segura dentro dos parâmetros de segurança
exigidos pela legislação. Estudos futuros
serão realizados para a otimização do mé-
todo e um estudo de custos envolvidos em
comparação ao método por gravimetria.
68 Kich e Böckel
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430, de 13 de maio de
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e altera a Resolução no 357, de 17 de março
de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA. Diário Oficial da Uni-
ão, N° 92, p. 89, de 16 de maio de 2011.
BRASIL. Resolução n.o
357, de 17 de março
de 2005. Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para
o seu enquadramento, bem como estabele-
ce as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências. Diá-
rio Oficial da União, nº 053, p. 58, de 18 de
março de 2005.
CIENFUEGOS, F. Análise Instrumental. Rio
de Janeiro: Editora Interciência, 2000.
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nº 355/2017 de 13 de julho de 2017. Dispõe
sobre os critérios e padrões de emissão de
efluentes líquidos para as fontes geradoras
que lancem seus efluentes em águas super-
ficiais no Estado do Rio Grande do Sul. Diá-
rio Oficial do Estado, Porto Alegre, n. 136,
p. 39. 13 de julho de 2017.
ROCHA, F. R. P.; TEIXEIRA, L. S. G. Estratégias
para aumento de sensibilidade em espec-
trofotometria Uv-Vis. Química Nova. v. 27,
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SILVA, D. M. M.; REIS, F. A. G. V.; GIORDANO,
L. do C.; MEDEIROS, G. A. Estudo de Caso de
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Adequação Segundo a Resolução CONAMA
Nº 362/05. Engenharia Ambiental. Espírito
Santo do Pinhal, v. 5, n. 3, p. 286, set/dez
2008.
SILVA, A. de P.; ALVES, M. C. C. Como Iniciar
a Validação de Métodos Analíticos. EN-
QUALAB, Rede Metrológica do Estado de
São Paulo, 2006.
SILVEIRA, E. L. C.; CALAND, L. B.; MOURA, C.
V. R.; MOURA, E. M. Determinação de Con-
taminantes em Óleos Lubrificantes Usados e
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cantes. Química Nova. São Paulo. v. 29, n. 6,
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Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao
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p. 1193, 2006.
STANDARD METHODS FOR THE EXAMINA-
TION OF WATER AND WASTEWATER, 22 nd
Edition, 2014. Method 5520 D, American
Public Health Association. American Water
Works Association. Water Environment Fe-
deration. p. 5-42. 2014. Disponível em:
<http://www.standardmethods.org/store/>.
Acesso em julho de 2017.
License information: This is an open-
access article distributed under the terms of the Creative
Commons Attribution License, which permits unrestricted
use, distribution, and reproduction in any medium, pro-
vided the original work is properly cited.
Artigo recebido em 15 de agosto de 2017.
Avaliado em 14 de setembro de 2017.
Aceito em 13 de outubro de 2017.
Publicado em 19 de dezembro de 2017.
Como citar este artigo (ABNT):
KICH, Marina; BÖCKEL, Wolmir José. Análise
de óleos e graxas em efluentes por espec-
trofotometria. Estação Científica (UNIFAP),
Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017.

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  • 1. DOI: 10.18468/estcien.2017v7n3.p61-69 Artigo original Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria Marina Kich1 e Wolmir José Böckel2 1 Graduada em Química Industrial pela Universidade do Vale do Taquari – Univates, Brasil. E-mail: marina.kich@gmail.com 2 Doutorado e Mestrado em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e graduado em Química Industrial pela Univer- sidade de Santa Cruz do Sul e Química Licenciatura Plena pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Professor Adjunto e Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas na Universidade do Vale do Taquari – Univates, Brasil. E-mail: wjboc- kel@univates.br RESUMO: A poluição ambiental é uma preocupação mundial, principalmente a poluição de corpos hídricos. Para medir o nível de poluição, a legislação ambiental utiliza pa- râmetros como indicadores da qualidade. Efluentes de postos de lavagens de carros e de ofici- nas mecânicas possuem alto poder poluidor devido a quantidade de óleo proveniente de peças e motores de automóveis. O método oficial para o Rio Grande do Sul, em conformidade com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), é por gravimetria. Porém, é um método que demanda relativamente mais tempo e mais etapas do que em uma análise espectrofotométrica. Portanto, o presente estudo teve por objetivo o desenvolvimento de uma metodologia por espectrofotometria para análise de óleos e graxas. As amostras pro- venientes de oficinas mecânicas e postos de lavagem de carros foram coletadas por um labora- tório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA) e In- metro, de um município situado no Rio Grande do Sul. As amostras foram submetidas à análise pelo método oficial e comparou-se os resultados com o método proposto. Os resultados de- monstraram que os testes de recuperação se situaram dentro da faixa aceita e demonstraram ser lineares. Dessa maneira, apresenta uma perspectiva positiva para ser utilizado como méto- do alternativo com menor tempo de análise. Palavras-chave: Poluição. Postos de lavagem. Oficina mecânica. Gravimetria. Analysis of oils and grease in wastewater by spectrophotometry ABSTRACT: Environmental pollution is a worldwide concern, especially pollution of water bod- ies. To measure the level of pollution, environmental legislation uses parameters as indicators of quality. Effluents from wash stations and mechanical workshops have a high polluting power due to the amount of oil coming from automobile parts and motors. Gravimetry is the official method for Rio Grande do Sul, according to the State Foundation for Environmental Protection Henrique Luiz Roessler (Fepam). However, a method requires relatively more time and more steps than in a spectrophotometric analysis. Therefore, the present study aimed to develop a spectrophotometric methodology for the analysis of oils and greases. The samples from me- chanical workshops and washing stations were collected by a laboratory accredited by the Ministry of Agriculture, Farming and Supply (MAPA) and Metrology institute (Inmetro) from a city located in Rio Grande do Sul. The samples were submitted to analysis by the official meth- od and the results were compared to the proposed method. The results showed that the re- covery tests were within the accepted range and showed to be linear. In this way, it presents a positive perspective to be used as an alternative method with less analysis time. Keywords: Pollution. Washing stations. Mechanical workshop. Gravimetry.
  • 2. 62 Kich e Böckel Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 1 INTRODUÇÃO A poluição da água é uma alteração inde- sejável nas suas características químicas e físicas que venha causar prejuízos ao ser humano. O que determina a poluição é a quantidade de resíduo presente em deter- minado ambiente. Desta forma, para con- trolar a poluição, a legislação ambiental es- tabelece parâmetros e indicadores de qua- lidade que se deseja respeitar (BRAGA et al., 2005). Sendo, no Estado do Rio Grande do Sul, a Resolução vigente do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA) nº 355/2017 (RIO GRANDE DO SUL, 2017). Resíduos de óleos quando em contato com a água podem causar sérios danos ao meio ambiente, pois formam uma película impedindo a passagem de oxigênio para as células bacterianas e assim causando a morte de microrganismos (NUVOLARI, 2011). Efluentes de oficinas mecânicas e de postos de lavagem de veículos apresentam alto potencial poluidor, devido as suas ca- racterísticas: efluentes com presença de óleo, sólidos sedimentáveis e detergentes. Sendo que as emulsões oleosas represen- tam a mais expressiva forma de contamina- ção por óleo (INEA, 2014). O método oficial para Laboratórios cre- denciados, conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Ro- essler (Fepam), para análise de óleos e gra- xas em efluentes de postos de lavagens e oficinas mecânicas é o método de gravime- tria. (SMEWW, 2012). Porém, devido à de- manda de maior tempo e maior número de etapas procedimentais para a análise gra- vimétrica, faz-se necessário a busca por me- todologias alternativas que demandam me- nor tempo de análise. Devido a necessidade da determinação de baixas concentração de analitos e a rapidez requerida pela indús- tria, a análise química encontra-se extre- mamente dependente de equipamentos modernos que permitam a automação das análises (CIENFUEGOS, 2000). Conforme Rocha e Teixeira (2004), a es- pectrofotometria é um método de baixo custo e grande número de aplicações. Po- rém não se tem conhecimento do seu uso na análise de óleos e graxas em efluentes desta natureza. O objetivo deste estudo foi a investigação da utilização da metodologia por Espectrofotometria na região de Ultra- violeta - UV, na análise de óleos e graxas em efluentes e comparar seus resultados com o método da gravimetria que foi realizado por um laboratório credenciado. 2 PARÂMETRO DE ÓLEOS E GRAXAS Óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem animal, mineral ou vegetal. Ge- ralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros. Não costumam ser encontrados em águas naturais, mas prove- nientes de despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolinas, estradas e vias públicas (ORSSATTO; HERMES; BOAS, 2010). Os óleos e graxas, em seu processo de decomposição, reduzem o oxigênio dis- solvido elevando a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e a Demanda Química de Oxigênio (DQO) causando alterações nega- tivas no ecossistema aquático (METCALF & EDDY. Inc., 1991). Para o lançamento de efluentes em cor- pos hídricos o parâmetro de óleos e graxas é exigido pela legislação ambiental. Os limi- tes de tolerância estão apresentados na Ta- bela 1.
  • 3. Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 63 Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 Tabela 1: Limites legais de óleos e graxas para o lançamento de efluentes dados pela legislação Federal e Estadual. Table 1: Legal limits of oils and greases for the discharge of effluents given by Federal and State legislation. Tipos de óleos e graxas Legislação Federal a Legislação Estadual b Óleos e Graxas Minerais ≤ 20 mg L -1 ≤ 10 mg L -1 Óleos e Graxas Vegetais e ou Animais ≤ 50 mg L -1 ≤ 30 mg L -1 Fonte: a BRASIL (2005); b RIO GRANDE DO SUL (2006). A importância da determinação do teor de óleos e graxas deve-se ao fato que, quando concentrações elevadas estão pre- sentes em águas residuárias, estas promo- vem problemas operacionais à etapa do tratamento primário, podendo interferir no tratamento biológico (secundário). Pode-se considerar que concentrações acima de 65 mg L-1 , de óleos e graxas, são suficientes para causar problemas operacionais ao sis- tema de tratamento hídrico (MELO, et al., 2002). Para minimizar o problema de escoa- mento de óleos e graxas para as redes de esgoto público, a prefeitura municipal do município em que se realizou o estudo no Estado do Rio Grande do Sul, com base nas resoluções do CONAMA (BRASIL, 2011; BRASIL, 2005), exige para emissão da Licen- ça de Operação que os estabelecimentos instalem uma caixa separadora de água e óleo, conforme mostra a Figura 1, onde o- corre a separação dos óleos e graxas do e- fluente que será lançado na rede pública, por meio de flotação natural. Para garantir que o sistema esteja funcionando de forma eficaz, o responsável pelo sistema emissor do efluente deve realizar limpezas nestas caixas, retirando a gordura que fica sedi- mentada no fundo e a destinando a empre- sas especializadas no descarte correto do resíduo, com uma periodicidade de 3 a 6 meses, dependendo do que está descrito na Licença de Operação do estabelecimento. Dessa forma o município exige laudos de análises deste efluente, semestralmente, para a garantia que a limpeza está sendo realizada. Para determinar a periodicidade das análises e os parâmetros que deverão ser analisados, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente baseia-se nas resoluções 355/2017 do CONSEMA, 430/2011 e 357/2005 do CONAMA (RIO GRANDE DO SUL, 2017; BRASIL, 2011; BRASIL, 2005). Figura 1: Esquema de caixa separadora de água/óleo Figure 1: Water / Oil Separator Box Schematic Fonte: Autores. 3 COMPOSIÇÃO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES Os primeiros óleos lubrificantes que sur- giram no mercado foram os óleos de origem animal, porém com a modernização da in- dústria e por necessidade, atualmente, a base dos óleos lubrificantes passou a ser mineral, sintética e semissintética. Sendo, os mais utilizados, os de origem mineral, tem em sua composição uma mistura de hidrocarbonetos, provenientes do refino do petróleo. Os óleos lubrificantes possuem diversos tamanhos e formatos de moléculas com composição química em nitrogênio, enxofre e metais (AZEVEDO; CARVALHO; FONSECA, 2005). Devido à dificuldade do controle químico de materiais indesejáveis no processo, os óleos lubrificantes sintéticos estão sendo cada vez mais utilizados. Os
  • 4. 64 Kich e Böckel Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 óleos sintéticos não são derivados do petró- leo, eles são produzidos em laboratórios. Já o óleo lubrificante mineral é um derivado do petróleo que representa em torno de 2% de todos os seus derivados, e normalmente não é totalmente consumido pelo motor dos automóveis durante o seu uso, assim podendo causar diversos problemas ambi- entais (AZEVEDO; CARVALHO; FONSECA, 2005). Os óleos lubrificantes têm como seus componentes os aditivos, que após usados degradam-se, poluindo o meio ambiente. Um litro de óleo lubrificante de qualquer natureza polui um milhão de litros de água, equivalente a uma área superficial de 1000 m2 (SILVA et al., 2008; SILVEIRA et al., 2006). 4 MÉTODOS DE ANÁLISE DE ÓLEOS E GRA- XAS O método da gravimetria é realizado pela extração dos óleos e graxas de uma amostra mediante a solubilização deste material em solvente apropriado. A amostra é acidifica- da e filtrada para que os óleos e graxas fi- quem retidos no filtro. Este filtro então é seco em estufa e após extraído com solven- te e em seguida o solvente é evaporado e o teor de óleos e graxas é obtido gravimetri- camente, demandando um tempo de análi- se aproximado de cinco horas (SMEWW, 2012). A espectrofotometria está fundamentada na lei de Lambert-Beer para medidas de absorção de radiação por amostras no esta- do líquido, gasoso ou sólido, nas regiões, visível, ultravioleta e infravermelho do es- pectro eletromagnético. A absortividade molar (ɛ) é uma grandeza característica da espécie absorvente, cuja magnitude depen- de do comprimento de onda da radiação incidente (ROCHA; TEIXEIRA, 2004). 5 PARTE EXPERIMENTAL Utilizou-se nas pesagens balança analíti- ca (BEL)® e nas medidas de absorbância Es- pectrofotômetro (Thermo Scientific)® . Para a preparação das amostras sintéticas, utili- zaram-se Óleo lubrificante mineral (Capel- la)® e Óleo lubrificante sintético (Selenia)® , obtidos no comércio local. Para acidificar as amostras utilizou-se Ácido Clorídrico p.a. (Synth)® , a extração dos óleos e graxas foi realizada com o solvente Clorofórmio p.a, (Synth)® e o Sulfato de sódio anidro (Vetec)® foi utilizado para filtrar a fase aquosa extra- ída. Como os óleos e graxas que estão pre- sentes nos efluentes de oficinas mecânicas e postos de lavagens são provenientes de óleos lubrificantes compostos por óleos minerais e óleos sintéticos, foram utilizados estes dois óleos na realização dos experi- mentos. Primeiramente realizou-se uma varredura espectral de cada um dos tipos de óleos separadamente, em cubetas de quartzo, de 190 a 400 nm no espectrofotô- metro, para encontrar a região de absor- bância máxima e posteriormente a constru- ção de uma curva analítica. Como o com- primento de onda que apresentou máximo de absorbância foi o mesmo para os dois óleos, optou-se por utilizar uma solução padrão com óleo mineral, que atualmente ainda é o mais utilizado nos óleos lubrifi- cantes. Além disso, realizou-se uma varre- dura de comprimentos de ondas, na mesma faixa utilizada para os óleos, para o solvente clorofórmio, para verificar se o comprimen- to de onda de máxima absorbância seria próximo ao comprimento de onda do óleo, para evitar que ocorressem desvios da lei
  • 5. Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 65 Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 de Lambert-Beer. A curva analítica foi preparada, pelo mé- todo de padrão externo em meio clorofór- mio. Pesou-se 0,0303 g de óleo mineral em um balão volumétrico de 10 mL e avolu- mou-se com clorofórmio, preparando-se assim uma solução estoque de 3030,00 mg L-1 . Os padrões foram preparados, em tripli- cata, por diluição obtendo-se as respectivas concentrações: 60,60; 121,20; 242,40 e 303,00 mg L-1 . Com o objetivo de verificar se a diluição dos padrões obedecia a lei de Lambert-Beer, realizou-se uma varredura de comprimentos de ondas com os pa- drões, para determinar qual seria o com- primento de onda de máxima absorbância para cada diluição. Após esta verificação, construiu-se a curva de calibração. 5.1 Preparação da amostra sintética A próxima etapa foi a preparação de uma amostra sintética, a fim de verificar as figu- ras de mérito da metodologia. Para isso, preparou-se uma solução estoque de 5.510,00 mg L-1 de óleo em clorofórmio. Retirou-se uma alíquota de 1,00 mL da so- lução estoque para o funil de decantação contendo 500,00 mL de água deionizada com adição de ácido clorídrico para diminu- ir o valor do pH para próximo de 2, para a melhor solubilização da água com o óleo. A extração deu-se com adição de 25,00 mL de clorofórmio ao funil analítico. Agitou-se len- tamente, aliviando a pressão e deixou-se descansar. Realizou-se o procedimento em triplicata. Após 10 min, realizou-se a extra- ção do óleo e clorofórmio que foram decan- tados no funil, filtrou-se o líquido extraído com sulfato de sódio anidro, para retirar qualquer gotícula de água que pudesse es- tar presente e então leu-se em espectrofo- tômetro no comprimento de onda de 242 nm. 5.2 Análise da amostra de efluente Para a análise da amostra real, proveni- ente de uma oficina mecânica, coletada por laboratório credenciado, mediu-se o volu- me de 630 mL da amostra em proveta e assim calculou-se o volume de clorofórmio necessário para a extração, 31,5 mL, consi- derando um fator de diluição de 20. Após despejou-se a amostra para o funil de de- cantação, e adicionou-se 2,00 mL de ácido clorídrico. O volume de clorofórmio foi adi- cionado em parte no frasco de coleta da amostra e em parte na proveta utilizada para medir o volume, assim retirando qual- quer resíduo de óleo que pudesse estar presente nas paredes, despejou-se o conte- údo no funil de decantação. Agitou-se o funil lentamente aliviando a pressão e dei- xou-se descansar por 10 min. Fez-se o pro- cedimento em triplicata. Com a mesma amostra foi realizada aná- lise pelo método gravimétrico, utilizado pe- lo laboratório credenciado, onde primeira- mente verificou-se a acidificação da amos- tra e em seguida procedeu-se com a filtra- ção à vácuo para reter os resíduos de óleo no papel filtro quantitativo. O papel filtro foi colocado em um cartucho de extração em estufa por 30 min. Os copos extratores foram pesados antes da adição do papel filtro. O cartucho foi adaptado em equipa- mento Soxlet, com 70 mL de hexano para a extração. Permaneceu em imersão por 1 hora e após mais 1 hora em lavagem, após recuperou-se o solvente. Levou-se os cartu- chos para estufa for 2 horas e realizou-se a pesagem.
  • 6. 66 Kich e Böckel Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os valores de máxima absorbância das amostras de óleo mineral e de óleo sintéti- co foram no mesmo comprimento de onda, conforme a Figura 2, permitindo que a cur- va fosse construída com apenas um dos ó- leos lubrificantes. Figura 2: Espectros de varredura em comprimentos de onda de 190 a 400 nm para o óleo lubrificante mineral e óleo lubrifican- te sintético por espectrofotometria. Figure 2: Scanning spectrum at wavelengths of 190 to 400 nm for mineral lubricating oil and synthetic lubricating oil by spec- trophotometry. Fonte: Autores Inicialmente testou-se também o solven- te n–hexano, porém, apresentou desvio da lei de Lambert-Beer com a mistura em óleo. O solvente escolhido foi o clorofórmio, pois apresentou máximo de absorbância em 229 nm. Conforme a Figura 3, ficando bem pró- ximo do comprimento de máxima absor- bância do óleo, evitando assim desvios da lei de Lambert-Beer. Figura 3: Espectro de varredura em comprimentos de ondas de 190 a 240 nm, para o solvente Clorofórmio por espectrofoto- metria. Figure 3: Scanning spectrum in wavelengths from 190 to 240 nm, for the solvent Chloroform by spectrophotometry. Fonte: Autores. Para a escolha da faixa de concentrações nas quais a curva seria construída, levou-se em consideração os resultados que nor- malmente costumam-se encontrar nestes tipos de amostras, baseando-se no limite aceito pela Legislação que é de 10 mg L-1 (RIO GRANDE DO SUL, 2006). A Figura 4 apresenta os espectros de var- reduras, nos comprimentos de ondas de 190 nm a 400 nm, das soluções padrões para a curva analítica para se verificar a re- gião de máxima absorbância e sua concor- dância com a Lei de Lambert-Beer. Figura 4: Espectro de varredura de comprimentos de ondas das soluções padrão com intervalo de 5 nm por espectrofotometri- a. Figure 4: Wave length-scanning spectrum of standard solutions with 5 nm interval by spectrophotometry. Fonte: Autores.
  • 7. Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 67 Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 A varredura foi realizada com um inter- valo de 5 nm, podendo-se verificar que os máximos de absorbância ficaram entre 240 nm e 245 nm, comprovando seguir a lei de Lambert-Beer. Porém, para verificar com melhor exatidão o comprimento de onda onde havia máxima absorbância, realizou-se uma varredura com intervalo de 1 nm, en- tre 240 a 245 nm, conforme Figura 5. Figura 5: Espectro de varredura de comprimentos de ondas de 240 a 245 nm das soluções padrões com intervalo de 1 nm. Figure 5: Scanning spectrum of wavelengths from 240 to 245 nm of standard solutions with interval of 1 nm. Fonte: Autores. Realizou-se uma média dos comprimen- tos de ondas de máxima absorbância resul- tando em 242 nm, sendo este utilizado para a leitura da curva analítica obtendo-se a equação da regressão y = 0,0007 x + 0,0019, com um coeficiente de correlação linear de 0,9985. Para as amostras sintéticas, os valores de concentrações encontrados, já consideran- do o fator de diluição de 20, foram 12,53 ± 0,13 mg L-1 . A concentração da amostra sin- tética, realizada por gravimetria, apresen- tou 11,02 mg L-1 . Sendo assim o erro relati- vo do processo foi de 13,70%. O intervalo de recuperação, portanto, situou-se em 86,30 %. Valor compreendido ao valor acei- to entre 85-115% para a concentração ana- lisada (SMEWW, 2012). Pode-se supor que o erro encontrado neste estudo foi devido a interferentes presentes na amostra sendo o método por espectrofotometria sensível a estes. Para a análise de óleos e graxas na amostra de efluente que também foi anali- sada por laboratório credenciado, obteve- se os valores de concentração de 3,91 ± 0,07. Comparando-se com o resultado obti- do por um Laboratório Credenciado, que foi de 4,35 mg L-1 , encontrou-se um erro relati- vo de 10,11 %. Sendo o intervalo de recupe- ração situado em 89,89 %. Esse erro prova- velmente pode ser explicado devido a ex- tração realizada neste estudo onde podem ter ocorrido perdas de óleo que aderiu à superfície do funil de decantação. 7 CONCLUSÃO O método de análise por espectrofoto- metria, proposto neste trabalho, mostrou- se de forma positiva no sentido da diminui- ção de etapas de preparação de amostra, comparativamente ao método gravimétrico que utiliza a etapa da calcinação. Fato esse que proporciona a menor demanda de tempo de análise e menor volume de sol- vente envolvido. O método proposto apre- senta uma perspectiva positiva para ser uti- lizado por laboratórios de prestação de ser- viços, desde que seja feita a sua otimização com parâmetros de mérito a fim de de- monstrar, que de fato, é uma possibilidade segura dentro dos parâmetros de segurança exigidos pela legislação. Estudos futuros serão realizados para a otimização do mé- todo e um estudo de custos envolvidos em comparação ao método por gravimetria.
  • 8. 68 Kich e Böckel Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 REFERÊNCIAS AZEVEDO J. B.; CARVALHO L. H. de; FONSE- CA V. M. Efeito da Degradação em Motor Automotivo nas Propriedades Termogravi- métricas de Óleos Lubrificantes Minerais e Sintéticos. In: 3o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás. 2005, Salvador, Bahia. . Disponível em: <http://www.portala bpg.org.br/PDPetro/3/trabalhos/IBP0224_0 5.pdf>. Acesso em julho, 2017. BRAGA, B. et al. Introdução a Engenharia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson Pren- tice Hall, 2005. BRASIL. Resolução No 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Diário Oficial da Uni- ão, N° 92, p. 89, de 16 de maio de 2011. BRASIL. Resolução n.o 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabele- ce as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diá- rio Oficial da União, nº 053, p. 58, de 18 de março de 2005. CIENFUEGOS, F. Análise Instrumental. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2000. INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA). Oficinas Mecânicas e Lava Jatos – Orienta- ções para o controle ambiental. Secretaria do Ambiente estado do Rio de Janeiro. 2. ed. 2014. GUIMARÃES, A. K. V.; MELO, H. N. S.; MELO, J. J. S.; NETO, C. O. A.; Avaliação Estatística da Determinação do Teor de Óleos e Graxas em efluente doméstico. In: VI Simpósio Íta- lo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Am- biental, 6, 2002, Vitória. Apresentado em: VI Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Vitória, 1-5 setembro de 2002. METCALF & EDDY. Inc. Wastewater Engi- neering. Treatment, Disposal and Reuse. McGraw-Hill. p. 1334. 1991. NUVOLARI, A. Esgoto Sanitário - coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2011. ORSSATTO, F.; HERMES, E.; BOAS, M. A. V. Eficiência de Remoção de Óleos e Graxas de uma Estação de Tratamento de Esgoto Sani- tário. Engenharia Ambiental. Espírito Santo do Pinhal, v. 7, n. 4, p. 249, outt/dez 2010. RIO GRANDE DO SUL. Resolução CONSEMA nº 355/2017 de 13 de julho de 2017. Dispõe sobre os critérios e padrões de emissão de efluentes líquidos para as fontes geradoras que lancem seus efluentes em águas super- ficiais no Estado do Rio Grande do Sul. Diá- rio Oficial do Estado, Porto Alegre, n. 136, p. 39. 13 de julho de 2017. ROCHA, F. R. P.; TEIXEIRA, L. S. G. Estratégias para aumento de sensibilidade em espec- trofotometria Uv-Vis. Química Nova. v. 27, n. 5, p. 807, 2004. SILVA, D. M. M.; REIS, F. A. G. V.; GIORDANO, L. do C.; MEDEIROS, G. A. Estudo de Caso de Empresa Distribuidora de Óleo Lubrificante: Adequação Segundo a Resolução CONAMA Nº 362/05. Engenharia Ambiental. Espírito Santo do Pinhal, v. 5, n. 3, p. 286, set/dez 2008. SILVA, A. de P.; ALVES, M. C. C. Como Iniciar a Validação de Métodos Analíticos. EN- QUALAB, Rede Metrológica do Estado de São Paulo, 2006. SILVEIRA, E. L. C.; CALAND, L. B.; MOURA, C. V. R.; MOURA, E. M. Determinação de Con- taminantes em Óleos Lubrificantes Usados e em Esgotos Contaminados por esses Lubrifi- cantes. Química Nova. São Paulo. v. 29, n. 6,
  • 9. Análise de óleos e graxas em efluentes por espectrofotometria 69 Estação Científica (UNIFAP) https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao ISSN 2179-1902 Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017 p. 1193, 2006. STANDARD METHODS FOR THE EXAMINA- TION OF WATER AND WASTEWATER, 22 nd Edition, 2014. Method 5520 D, American Public Health Association. American Water Works Association. Water Environment Fe- deration. p. 5-42. 2014. Disponível em: <http://www.standardmethods.org/store/>. Acesso em julho de 2017. License information: This is an open- access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, pro- vided the original work is properly cited. Artigo recebido em 15 de agosto de 2017. Avaliado em 14 de setembro de 2017. Aceito em 13 de outubro de 2017. Publicado em 19 de dezembro de 2017. Como citar este artigo (ABNT): KICH, Marina; BÖCKEL, Wolmir José. Análise de óleos e graxas em efluentes por espec- trofotometria. Estação Científica (UNIFAP), Macapá, v. 7, n. 3, p. 61-69, set./dez. 2017.