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TUDO SOBRE ROLAMENTOS
O GUIA DEFINITIVO
e-book ABECOM
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ÍNDICE
O QUE SÃO ROLAMENTOS?
UM POUCO DE HISTÓRIA
TIPOS DE ROLAMENTOS
ROLAMENTOS DE ESFERAS
ROLAMENTOS DE ROLOS
ROLAMENTOS DE ENGENHARIA
ROLOS DE LEVA
ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO
RÓTULAS
UNIDADES DE ROLAMENTO
SISTEMA BÁSICO DE CODIFICAÇÃO DE UM ROLAMENTO
SELEÇÃO DE UM ROLAMENTO PARA O SEU PROJETO
USO, MANUTENÇÃO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DOS ROLAMENTOS
CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO
LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE?
INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS: SAIBA O QUE FAZER
MONITORAMENTO DE ROLAMENTO DURANTE A OPERAÇÃO
ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, VEDAÇÕES E LUBRIFICANTES
ROLAMENTO INDUSTRIAL
CONHEÇA A ABECOM
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 02
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O QUE SÃO ROLAMENTOS?
Rolamento é um componente cuja função é transmitir uma ação de rotação de um
determinado objeto. Carrega e suporta cargas, reduzindo o esforço ou força de movimento
dele. Sua aplicação é muito ampla, é um dos elementos mais utilizados na construção de
produtos, máquinas e ferramentas. Sendo assim, encontramos em carros, liquidificadores
passando por parafusadeiras, máquinas de lavar roupas e até mesmo em Skates.
Em função desta vasta gama de aplicações, pode ser definido como um
importante elemento da máquina, sendo o principal responsável quando se
precisa de movimento de rotação. Desse modo, rolamentos industriais são os
modelos mais exigentes em aplicação e desempenho. São capazes de suportar
cargas extremamente elevadas e operar em ambientes com umidade e agentes
corrosivos.
De forma geral, normalmente são constituídos de pista, esferas (ou rolos),
gaiolas, retentores e lubrificante. Os modelos mais utilizados no mercado são
os rolamentos de esferas, rolamentos de rolos e autocompensadores. Destes
derivam outros modelos que são indicados para determinadas condições de
trabalho e especificidade do projeto. Portanto, a escolha do tipo de rolamento
também está em função do tipo de arranjo ou componentes do conjunto em
funcionamento.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Pode-se dizer que os rolamentos existem desde sempre. No antigo Egito, por exemplo,
trabalhadores usavam troncos de árvores como rolos para deslizar e transportar enormes
blocos de pedra para a construção de monumentos. Antigas civilizações, como escandinavas,
gregas e romanas, também aplicavam elementos rolantes em diversas situações;
Leonardo da Vinci, no século XV, ao descobrir o princípio da rotação, notou que haveria menos
atrito entre esferas se elas não se tocassem. Dessa forma, o cientista desenvolveu
separadores que permitiam que esferas se movessem
livremente. A revolução industrial deu novas utilidades
e aplicações aos rolamentos, que passaram a ser usados
em metalurgias e motores. No final da Segunda Guerra
Mundial, os japoneses desenvolveram tecnologias que
trouxeram progressos substanciais aos rolamentos.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 03
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TIPOS DE ROLAMENTOS
Para cada tipo de aplicação, solicitação de forças ou tipo de ambiente, existe um modelo
adequado. Entre eles, há rolamentos de esferas, rolos ou agulhas, radiais ou axiais,
autocompensadores e séries especiais.
O mercado – e as empresas – dispõe de diferentes tipos de rolamentos e cada qual tem suas
especificidades e diferentes modelos:
ROLAMENTOS DE ESFERAS
Compreendem os Rígidos de Esferas, Série Y, Esferas
de Contato Angular, Autocompensadores de Esferas,
Axiais de Esferas e Axiais de Esferas de Contato Angular.
ROLAMENTOS DE ROLOS
Podem ser de Rolos Cilíndricos, Rolos de Agulhas, Rolos
Cônicos, Autocompensadores de Rolos, Rolos Toroidais
CARB, Axiais de Rolos Cilíndricos, Axiais de Agulhas, Axiais
de Rolos Cônicos ou Axiais Autocompensadores de Rolos.
ROLAMENTOS DE ENGENHARIA
Categoria que conta com Rolamentos de Suporte, Unidades
de Rolamento Sensorizado, Híbrido, INSOCOAT, para Altas
Temperaturas, Revestidos NoWear e com Solid Oil.
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ROLAMENTOS DE LEVA
Existem os tipos Rolos de Leva, Rolos de Suporte e
Rolos de Leva com Eixo.
RÓTULAS EM POLEGADA
São Rótulas e Terminais de Rótula e Buchas, Arruelas
Axiais e Tiras.
ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO
Compreendem os de Esferas e Contato Angular, de
Rolos Cilíndricos, Axiais de Esferas de Contato Angular
de Escora Dupla e Radiais ou Axiais de Rolos Cilíndricos.
UNIDADES DE ROLAMENTOS
Compostas de Unidades de Rolamento de Esferas,
Unidades de Rolamento de Rolos, Rolamentos Bipartidos
SKF Cooper.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 05
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ROLAMENTOS DE ESFERAS
Os rolamentos de esferas são os mais representativos no mercado industrial e são indicados
em geral para aplicações de baixo torque e alta velocidade.
Eles apresentam diferentes construções com variações de acordo com fatores, tais como:
direções de cargas, rotações, temperatura de trabalho e condições de lubrificação.
ROLAMENTOS RÍGIDOS E DE ESFERAS
Têm ampla variedade de aplicações. São de construção simples, não
separáveis, operam em altas velocidades e requerem pouca manutenção.
Os rolamentos rígidos de esfera são fabricados com uma ou duas
carreiras. Desse modo, suportam cargas axiais em ambos sentidos,
inclusive em altas velocidades. Estes rolamentos também podem ser
encontrados com placas de proteção ou placas de vedação. Os
rolamentos de esferas com placas de proteção destinam-se a aplicações
onde o anel interno gira. As placas de vedação são feitas de borracha
sintética resistente ao desgaste e ao óleo.
ROLAMENTOS SÉRIE Y
Os rolamentos série Y têm uma superfície externa esférica (convexa) e um
anel interno prolongado com diferentes tipos de dispositivos de fixação. As
várias séries de rolamentos série Y diferem na maneira como o rolamento é
fixado no eixo: com pino roscado, com um colar excêntrico de fixação, com
a tecnologia de fixação SKF ConCentra, com uma bucha de fixação ou com
um ajuste interferente. Os rolamentos série Y com anel interno prolongado
nos dois lados, funcionam mais suavemente. Sendo assim, reduzem o
quanto o anel interno pode se inclinar no eixo.
ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR
Estes rolamentos são adequados para suportar cargas combinadas (axiais
e radiais) atuando simultaneamente. Também são fabricados com uma
ou duas carreiras. Os rolamentos de esferas de contato angular são
fabricados em uma grande variedade de tamanhos. A linha de
rolamentos de precisão é indicada para máquinas-ferramenta, por
exemplo. Grandes rolamentos de uma ou duas carreiras para aplicações
em engenharia pesada, bem como as unidades de cubos de roda para a
indústria automobilística.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 06
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ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ESFERAS
Possuem a característica de serem autoalinháveis, permitindo
desalinhamentos angulares do eixo em relação ao alojamento. Estes
rolamentos de Esferas possuem duas carreiras de esferas com uma pista
esférica comum no anel externo. Dessa forma, são especialmente
indicados para aplicações onde podem surgir desalinhamentos por erros
de montagem ou por flexão do eixo. Podem ser fornecidos com furo
cilíndrico e com furo cônico, com placas de vedação em ambos os lados e
com o anel interno largo
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS
Fabricados com esferas de escora simples ou escora dupla. Sua aplicação
depende do sentido das cargas axiais, um sentido ou ambos. Rolamentos
axiais de esferas não podem ser submetidos a cargas radiais. São
compostos por anel de eixo, gaiola axial e anel de caixa que pode ter
superfície de assento plana ou esférica. Estes rolamentos são separáveis e
de montagem simples, pois os componentes podem ser montados
individualmente.
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR
São indicados para montagem em combinação com rolamentos de rolos
cilíndricos. Os rolamentos axiais de esferas de contato angular possuem
variáveis de modelos para aplicações que exijam cargas axiais altas em
ambas as direções e forneçam um alto grau de rigidez de sistema. Também
podem suportar velocidades mais altas.
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ROLAMENTOS DE ROLOS
São rolamentos que usam cilindros (rolos) em vez de esferas como elementos rolantes. De
forma geral, são projetados para operar com cargas maiores que os rolamentos de esferas. Eles
contam com os seguintes tipos:
ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS
Os rolamentos de rolos cilíndricos são produzidos em diferentes modelos,
séries e tamanhos, podem ser encontrados nas seguintes formas: de
acordo com o número de carreiras de rolos (uma, duas ou quatro) e de
acordo com o tipo de gaiola (com, sem ou projetos especiais). Outra
diferença está na configuração dos flanges de anéis internos e externos,
conforme a posição e o número de flanges-guia.
ROLAMENTOS DE ROLOS DE AGULHAS
Esse tipo de rolamento apresenta diâmetro pequeno em comparação com
seu comprimento. Por ter perfil modificado de pista/rolo, faz com que se
evitem os picos de tensão, prolongando sua vida útil. Possuem diferentes
perfis e ampla variedade de materiais, séries e tamanhos. Essas
características fazem com que sejam indicados para as mais diversas
aplicações e condições operacionais.
ROLAMENTOS DE ROLOS CÔNICOS
É o tipo de rolamento que apresenta pistas de anel interno e externo
cônicas e rolos cônicos. Por essa configuração, suportam cargas
combinadas, o que significa que suportam cargas axiais e radiais atuando
ao mesmo tempo. Como forma de proporcionar ação de rolagem
verdadeira e, assim, garantir poucos momentos de atrito durante a
operação, contam com linhas de projeção das pistas que se encontram em
um ponto comum no eixo do rolamento. Sua capacidade de carga axial
aumenta com ângulo de contato crescente.
ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ROLOS
São os que contam com duas carreiras de rolos simétricas, sendo uma pista
esférica comum no anel externo e duas pistas no anel interno inclinadas em
um ângulo em relação ao eixo do rolamento. Sendo que o ponto central da
esfera na pista do anel externo está no eixo do rolamento. Têm como
características: acomodar desalinhamentos; alta capacidade de carga, vida
útil longa, baixo atrito e robustez.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 08
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ROLAMENTOS DE ROLOS TOROIDAIS CARB
É o tipo de rolamento que apresenta carreira de rolos longos,
simétricos e ligeiramente abaulados e perfis de pista em formato
toroidal. Por serem rolamentos livres, podem acomodar somente
cargas radiais e são destinados a substituir o rolamento
autocompensador de rolos livre em um arranjo de rolamentos
fixo/livre. Possuem as seguintes características: acomodar
desalinhamentos, acomodação de deslocamento axial, ampla variedade
de séries de dimensões, vida útil longa, baixo atrito e baixo ruído.
ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CILÍNDRICOS
Esse tipo de rolamento pode comportar cargas axiais pesadas e cargas
de impacto, mas não é indicado para cargas radiais (ele não pode ser
submetido a elas). São muito rígidos e pedem pouco espaço axial. Entre
suas características, estão design separável e vida útil estendida do
rolamento.
ROLAMENTOS AXIAIS DE AGULHAS
Os rolamentos axiais de agulhas são aqueles que possuem gaiola de forma
estável, que permite a retenção e orientação, de forma confiável, a um
maior número de rolos de agulhas. Eles são capazes de fornecer alto grau
de rigidez dentro de um espaço axial mínimo. Quando se trata de
aplicações cujas faces de componentes adjacentes têm de atuar como
pistas, esse tipo de rolamento precisa de menos espaço em comparação a
arruelas axiais convencionais. Como características, acomodam cargas
axiais e de impacto pesadas e têm maior vida útil.
ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CÔNICOS
São os projetados a fim de suportar cargas axiais pesadas e cargas de pico.
Eles são muito rígidos e exigem pouco espaço axial. Como características,
têm design separável (as arruelas de eixo e da caixa de mancal, bem como
os conjuntos axiais de gaiola e rolos dos rolamentos axiais de rolos cônicos
com gaiolas, podem ser montadas separadamente), têm pouco atrito (o
que também reduz calor de atrito e o desgaste do flange), vida útil longa e
contam com consistência de perfis e tamanhos dos rolos (proporcionando
melhor distribuição de carga e reduz o ruído e a vibração).
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ROLAMENTOS AXIAIS AUTOCOMPENSADORES DE ROLOS
São rolamentos que contam com rolos assimétricos e pistas especialmente
projetadas. Eles têm capacidade de acomodar cargas axiais e cargas radiais
simultâneas. Com eles, a carga por ser transmitida entre as pistas através
de rolos em ângulo em relação ao eixo do rolamento, enquanto o flange
orienta os rolos. Suas características são: alta capacidade de carga,
acomodam desalinhamentos, design separável, alta velocidade, vida útil
longa e baixo atrito.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 10
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ROLAMENTOS DE ENGENHARIA
Esses produtos incorporam características especiais para uso em aplicações específicas. Eles
podem até tornar desnecessário o uso de unidades ou rolamentos personalizados e mais caros.
Os tipos de rolamentos de Engenharia são:
ROLAMENTOS DE SUPORTE
Desenvolvidos especialmente para laminadores a frio do tipo múltiplo.
Ainda assim, podem ser usados em outras aplicações, como em máquinas
de endireitamento ou dobra. São baseados em rolamentos de duas ou três
carreiras de rolos cilíndricos e podem ser encontrados como rolamentos de
suporte com base em rolamentos de rolos de agulhas com uma carreira e
rolamentos de duas carreiras de rolos cônicos.
UNIDADES DE ROLAMENTO SENSORIZADO
Indicadas para monitorar com precisão o status dos componentes lineares
ou rotativos e têm como características serem compactas, robustas,
confiáveis, simples e prontas para montar. São indicadas para muitas
aplicações industriais e automotivas. Entre essas aplicações estão a gestão
de motores, direção, sensoriamento de velocidade e medição da posição
angular.
ROLAMENTOS HÍBRIDOS
São os que contam com anéis de aço específicos para rolamentos, bem
como elementos rolantes produzidos em nitreto de silício para rolamentos
(Si3N4). Esses elementos têm a capacidade de isolar eletricamente os
rolamentos, aumentando a vida útil do rolamento e oferecendo
desempenho aprimorado, mesmo quando as condições operacionais são
difíceis.
ROLAMENTOS INSOCOAT
Desenvolvidos para que a corrente elétrica não passe pelo rolamento. Para
isso, conta com superfícies externas dos anéis interno e externo com
revestimentos de uma camada de óxido de alumínio isolante, o que inclui a
aplicação de sofisticado processo de spray de plasma para um acabamento
de excelente qualidade. Eles são a solução mais econômica, em comparação
com outros métodos de isolamento. Como características, o produto conta
com proteção contra erosão elétrica, alta resistência elétrica e desempenho
elétrico consistente.
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ROLAMENTOS E UNIDADES DE ROLAMENTOS PARA ALTAS
TEMPERATURAS
Tipo de rolamento indicado para proporcionar maior confiabilidade, menor
complexidade e menor impacto ambiental em temperaturas operacionais de
até 350°C (660° F). Os rolamentos e unidades de rolamentos para altas
temperaturas trazem benefícios ao meio ambiente em razão de suas várias
aplicações. Conta entre suas características e benefícios com custo
operacional total reduzido, operação praticamente sem manutenção,
excelente desempenho em condições rigorosas, menor impacto ambiental e
menor complexidade do projeto da máquina.
ROLAMENTOS REVESTIDOS NOWEAR
Sendo um revestimento de carbono resistente ao desgaste, o NoWear pode
ser aplicado aos elementos rolantes e às pistas dos anéis internos de um
rolamento ou apenas aos elementos rolantes. Um processo físico de
deposição de vapor aplica o revestimento de carbono resistente ao
desgaste. As superfícies de rolamentos revestidos NoWear retêm a
resistência do material subjacente, ao mesmo tempo que incorporam a
dureza, as propriedades superiores de atrito e a resistência ao desgaste do
revestimento. São rolamentos com longa vida útil e grande com resistência
a condições operacionais rigorosas.
ROLAMENTOS COM SOLID OIL
Projetados para serem usados em níveis elevados de umidade e contato
acidental com água, entre outros contaminantes que podem causar danos
às máquinas. Possuem lubrificação para toda vida útil do rolamento e não
podem ser relubrificados. Entre as caraterísticas dos rolamentos com Solid
Oil estão vida útil longa, maior vida útil do lubrificante, resistência a
lavagens, eliminação de praticamente todo vazamento de lubrificante e
proteção contra entrada de contaminantes.
UNIDADES DE ROLOS INDEXADOS
São baseadas nos rolamentos de rolos cilíndricos com número máximo de
rolos de duas ou de quatro carreiras e desenvolvidas para aplicações em
fornalhas contínuas de sinterização e usinas de pelotização. As unidades de
rolos indexados, quando prontas para montar, são também destinadas a
aplicações de carga pesada, cuja direção de rotação é frequentemente
invertida ou em casos em que as velocidades de rotação são baixas. Entre
as características das unidades de rolos, estão alta capacidade de carga,
baixo atrito e vida útil longa.
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ROLOS DE LEVA
Rolamentos de leva são rolamentos que possuem um anel externo de parede espessa. Assim,
permite acomodar cargas radiais elevadas e, ao mesmo tempo, reduzir tensões de dobra e de
distorção. Desse modo são projetados para funcionar em todos os tipos de trilhos e para serem
usados em guias de cames, sistemas transportadores etc. Conheça os modelos:
ROLOS DE LEVA
Os rolos de leva são destinados a funcionar em todos os tipos de trilhos e
indicados para serem usados em guias de cames, sistemas transportadores,
etc. Sua superfície de rolagem para o anel externo é abaulada por padrão,
mas também estão disponíveis com superfície de rolagem cilíndrica (plana),
excetuando os de uma carreira. Esse tipo de rolamento inclui os rolos de
leva, rolos de suporte e rolos de leva com eixo. Têm como características
suportar cargas radiais elevadas e ter vida útil longa.
ROLOS DE SUPORTE
São os rolos baseados em rolamentos de rolos de agulhas ou cilíndricos, e a
grande diferença entre eles e os rolamentos de rolos convencionais ou
rolamentos de agulha está no diâmetro do rolo. Esse tipo de rolo vem
disponível em diversos modelos e variantes, de forma a atender aos
requisitos de aplicações diferentes. Possuem anel externo de parede
espessa que permite cargas radiais elevadas e, ao mesmo tempo, reduz
tensões de dobra e torção. Suas principais características são suportar
cargas radiais elevadas e ter longa vida útil.
ROLOS DE LEVA COM EIXO
Os rolos de leva com eixo são baseados em rolamento de rolos de agulhas
ou cilíndricos. Em vez de um anel interno, eles têm um pino sólido roscado.
Os rolos de leva com eixo estão disponíveis em diversos modelos e
variantes para atender aos requisitos de aplicações diferentes. Como
características, o rolo de leva com eixo conta com maior suporte a cargas
radiais elevadas e a cargas axiais, maior vida útil e facilidade de montagem.
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ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO
Os rolamentos de superprecisão garantem uma performance superior no que diz respeito aos
movimentos produzidos pelas peças de estrutura circular e esférica que compõe o rolamento.
Eles são indicados para aplicações em equipamentos que necessitam de alta capacidade para
aguentar grandes cargas, transportes que demandam maior velocidade e vida útil mais longa.
Estão nessa classe:
ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR
Acomodam cargas combinadas, sejam elas axiais e/ou radiais, mesmo
atuando simultaneamente. Seus requisitos de aplicações variam e incluem
quatro séries de dimensões, em inúmeras execuções. Isso faz com que
possam ser incorporados a diversos tipos de aplicações de máquinas-
ferramenta e em tudo que houver necessidade de rolamentos de precisão.
Eles têm pistas do anel interno e externo que permitem deslocamentos de
uma à outra na direção do eixo do rolamento.
ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS
Podem ser de uma ou duas carreiras de alta precisão em três diferentes
designs e séries. Esse tipo de rolamento permite adaptar o deslocamento
axial do eixo em relação ao mancal em ambas as direções e de forma
separada. Assim, o anel do rolamento com o conjunto de gaiola e rolos
pode ser separado do outro anel. Essa propriedade permite que o processo
de montagem e desmontagem seja simples.
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR DE ESCORA
DUPLA
Têm como função a fixação axial do eixo-árvore em ambas as direções.
São fabricados no tamanho do furo e diâmetro externo nominal dos
rolamentos de rolos cilíndricos correspondentes de forma idêntica. Em
contrapartida, a tolerância do diâmetro externo da arruela da caixa de
mancal, em conjunto com o diâmetro do furo do mancal, mais as
tolerâncias geométricas recomendadas para rolamentos de rolos
cilíndricos sob carga leve ou normal e carga do anel interno rotativo
darão a folga radial adequada no furo do mancal.
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ROLAMENTOS RADIAIS E AXIAIS DE ROLOS CILÍNDRICOS
Os rolamentos radiais de rolos cilíndricos oferecem maior capacidade de
carga radial que outros desenhos de rolamentos. Eles possuem anéis
interno e externo, porta-rolos e complemento de rolos cilíndricos de
contorno controlado. Conforme o tipo, esses anéis têm dois flanges
guiados pelos rolos. Já os axiais são projetados para suportar cargas axiais
pesadas e cargas de choque. Não podem suportar cargas radiais. Possuem
extremidades levemente abauladas, o que permite a modificação da linha
de contato entre pistas e rolos, evitando picos de tensão nas extremidades
e garantindo maior vida útil do rolamento.
ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR PARA
PARAFUSADEIRAS
Indicados para máquinas que precisem posicionar a peça de trabalho ou o
componente da máquina de forma rápida, eficiente e precisa. Para atender
essa demanda, as parafusadeiras podem ser apoiadas em ambas as
extremidades por rolamentos axiais de esferas de contato angular de alta
precisão, pois eles possibilitam alto grau de rigidez axial, bem como alta
capacidade de carga axial, pois podem acomodar altas velocidades e
acelerações rápidas, além de oferecer altíssima precisão de giro.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 15
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RÓTULAS
Dispositivos mecânicos que podem ser usados para movimentação em qualquer tipo de
articulação. São disponibilizados os seguintes tipos:
RÓTULAS E TERMINAIS DE RÓTULA
Terminais de rótula compreendem uma cabeça em forma de olho com
haste integral, formando um mancal para a rótula. Vida útil longa, alta
confiabilidade e mínima manutenção são alguns dos recursos das rótulas e
terminais de rótula. A ampla variedade de rótulas e terminais de rótula é
versátil o suficiente para ser usada em diversas aplicações que abrangem
quase todos os setores da indústria.
BUCHAS, ARRUELAS AXIAIS E TIRAS
Buchas são elementos em forma cilíndrica ou cônica usados em muitos
aparelhos, como liquidificadores, espremedores de frutas e ventiladores,
assim como grandes máquinas industriais. As arruelas axiais deslizantes
secas de materiais compostos foram desenvolvidas para aplicações nas
quais o espaço é limitado, não é possível realizar manutenção e onde pode
ocorrer falta de lubrificante. Por fim, as tiras deslizantes secas possibilitam
economia e melhor aproveitamento de espaço no desenvolvimento e
formação de guias lineares planas.
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UNIDADES DE ROLAMENTO
São unidades de rolamento prontas para instalar que são montadas, lubrificadas e vedadas na
fábrica para o máximo em vida útil. Oferecem várias vantagens, incluindo vida útil longa, alta
confiabilidade operacional, montagem rápida, manutenção mínima e substituição simplificada.
Conheça os tipos:
UNIDADES DE ROLAMENTOS DE ESFERAS
Consistem em um rolamento série Y, baseado em um rolamento rígido de
uma carreira de esferas com uma superfície externa esférica (convexa), e
um anel interno prolongado, bem como caixa de mancal, que tem um furo
correspondentemente esférico, mas côncavo. Esse tipo de rolamento até
acomoda um desalinhamento inicial moderado, mas de maneira geral, não
aceita deslocamentos axiais. Essa unidade já vem pronta para ser
imediatamente montada e usada.
UNIDADES DE ROLAMENTO DE ROLOS
As unidades de rolamento são unidades de rolamento robustas e prontas
para instalar que são montadas, lubrificadas e vedadas na fábrica para o
máximo em vida útil. A linha de produtos inclui unidades de rolamentos
com caixa de e unidades com mancal flangeado, cada qual otimizada para
acomodar diferentes condições operacionais. Todas as unidades de
rolamentos estão disponíveis como unidades com anel interior fixo (presas)
ou sem anel interior fixo (livres). Entre suas aplicações estão
transportadores de correia, de baldes e de corrente, equipamentos de
mineração e metalurgia, unidades de tratamento de ar industriais,
ventiladores e exaustores, equipamento de lavanderia comercial, entre
outras.
ROLAMENTOS BIPARTIDOS SKF COOPER
Esses rolamentos de rolos cônicos bipartidos angulares médios são a
solução ideal para a carga axial variável causada por gradientes de
temperatura, movimento do casco ou reações em acoplamentos. As duas
carreiras de rolos opostos podem suportar a carga axial em ambas as
direções, além da carga radial. Esse tipo de rolamento é indicado para
arranjos de rolamentos com difícil acesso ou para eixos de manivelas.
Como são construídos em torno do eixo, proporcionam reduções
significativas no tempo de montagem, em relação a rolamentos sólidos,
reduções no tempo de inatividade e economia na manutenção.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 17
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SKF AGRI HUBS
Os SKF Agri Hubs oferecem uma confiabilidade que praticamente dispensa
manutenção para aplicações agrícolas e com vantagens essenciais tanto
para fazendeiros quanto para fabricantes de equipamentos originais. Essas
unidades de rolamento prontas para montar são lubrificadas e vedadas
permanentemente. Sua alta rigidez minimiza o risco de empenamento do
disco e melhora a confiabilidade da máquina.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 18
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SISTEMA BÁSICO DE CODIFICAÇÃO
DE UM ROLAMENTO
A codificação de um rolamento SKF segue um sistema que permite a sua identificação. Ela é
conhecida como designação e pode consistir em uma sequência básica de números e letras,
com ou sem, um ou mais prefixos e sufixos complementares.
Sendo assim, a designação básica identifica:
• tipo do rolamento
• o projeto básico
• as dimensões máximas
Dessa forma, os prefixos e sufixos identificam as características do projeto ou componentes do
rolamento.
CODIFICAÇÃO DE UM ROLAMENTO
A codificação de um rolamento normalmente contém de três a cinco dígitos. O número e as
combinações têm o seguinte significado:
O primeiro dígito ou letra, ou primeira combinação de letras, identifica o tipo de rolamento e
uma variante básica.
Os dois dígitos seguintes identificam a série de dimensão ISO. O primeiro dígito indica a largura
ou altura (dimensões B, T ou H). O segundo dígito identifica o diâmetro (dimensão D).
R
Examples
/
-
NU 2212
Prefix
Space or non-separated
Basic designation
Space, oblique stroke or hyphen
Suffix
ECML
C3
2CS
W 6008
23022
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 19
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Os últimos dois dígitos identificam o código do tamanho do furo do rolamento. Se multiplicado
por 5 resulta no diâmetro do furo (d) em mm.
Entretanto, há exceções e as mais importantes no sistema de codificação de um rolamento são:
#1 – Em alguns casos, o dígito do tipo de rolamento ou o primeiro dígito da identificação é omitido.
#2 – Rolamentos com um diâmetro do furo de 10, 12, 15 e 17mm têm as seguintes
identificações de código de tamanho:
00 = 10mm
01 = 12mm
02 = 15mm
03 = 17mm
#3 – Rolamentos com diâmetro do furo < 10mm, ou ≥ 500mm, normalmente é dado em
milímetros. A identificação de tamanho é separada do restante do código do rolamento por
uma barra inclinada.
Por exemplo, 618/8 (d = 8mm) ou 511/530 (d = 530mm). Isso também se aplica a rolamentos
padrão ISO 15, com diâmetro do furo de 22, 28 ou 32mm.
#4 – Rolamentos com diâmetro de furo < 10mm, como rolamentos de esferas de contato
angular, autocompensadores e rígidos, o diâmetro do furo também é dado em milímetros.
Entretanto não é separado por uma barra inclinada, por exemplo, 629 ou 129 (d = 9mm).
#5 – Os diâmetros diferentes do furo padrão de um rolamento não são codificados e são
fornecidos em milímetros, com até três casas decimais. Por exemplo, 6202/15.875 (d =
15,875mm).
SÉRIES DE ROLAMENTOS
As designações da série de rolamento consistem em uma identificação para o tipo de rolamento
e a série de dimensões. Os dígitos nos colchetes pertencem ao sistema, contudo, na prática, não
são utilizados na designação da série.
PREFIXOS E SUFIXOS NOS CÓDIGOS DE UM ROLAMENTO
A maioria dos rolamentos SKF segue um sistema de código que consiste em uma designação
básica com ou sem, um ou mais prefixos e/ou sufixos. Os prefixos e sufixos oferecem
informações adicionais sobre o rolamento, por exemplo:
Prefixos: são usados principalmente para identificar componentes de um rolamento. Eles
também podem identificar variantes de rolamentos.
Sufixos: identificam projetos ou variantes, o que difere, de alguma maneira, do projeto original ou
do projeto básico atual. Os sufixos são divididos em dois grupos. Quando mais de um recurso
especial deve ser identificado, os sufixos são fornecidos na ordem mostrada na tabela
a seguir.
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Sistema de Codificação de um Rolamento
CODIFICAÇÕES DE ROLAMENTOS NÃO ABORDADAS PELO SISTEMA BÁSICO
Rolamentos série Y
As designações para rolamentos série Y diferem, de alguma maneira, das descritas no sistema
básico de designação.
Rolamentos de rolos de agulhas
As designações para rolamentos de rolos de agulhas não seguem completamente o sistema
básico de designação.
Rolamentos de rolos cônicos
As designações para rolamentos de rolos cônicos métricos seguem o sistema básico de
designação ou o sistema de designação estabelecido pela ISO em 1977, coberto pela norma ISO
3551.
Os rolamentos de rolos cônicos em polegadas são identificados de acordo com o padrão
ANSI/ABMA.
Prefixos
Sufixo - Projeto externo (vedações, ranhura para anel de retenção, etc.)
Sufixo - Estabilização
Designação básica
Sufixo - Tolerância, folga, pré-carga, giro silencioso
Sufixo - projeto da gaiola
Sufixo - Lubrificação
Sufixo - Projeto interno
Sufixo - Conjuntos de rolamentos, rolamentos pareados
Sufixo - Materiais, tratamento térmico
Sufixo - Outras variantes
1
2
3
4
5
6.1
6.2
6.3
6.4
6.5
6.6
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Rolamentos personalizados
Os rolamentos desenvolvidos para atender a um requisito específico do cliente normalmente
são designados por um número de desenho. O número de desenho não oferece informações
sobre o rolamento.
Outros rolamentos
Os rolamentos diferentes de rolamentos de esferas e rolamentos de rolos, como os rolamentos
de superprecisão, rolamentos de seção fina, coroas de orientação ou rolamentos lineares,
seguem sistema de codificação que pode diferir significativamente do sistema básico.
Resumindo
Conhecer o sistema de codificação dos rolamentos SKF pode facilitar o trabalho durante a
especificação e projeto. Desse modo, se tem a garantida de que sua compra será de produtos
legítimos. É muito importante ter a confiabilidade sobre a origem do rolamento adquirido.
Portanto, utilize os códigos dos rolamentos em seu pedido ou requisição de compra.
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SELEÇÃO DE UM ROLAMENTO PARA
O SEU PROJETO
PRINCÍPIOS DE SELEÇÃO E APLICAÇÕES DE UM ROLAMENTO
Para se projetar um arranjo de rolamento é necessário escolher adequadamente o seu tipo e
tamanho, além disso, outros aspectos também são importantes. Portanto, deve-se considerar:
tipo e quantidade de lubrificante, ajuste, capacidade de cargas axiais, cargas radiais, vida útil,
atrito, velocidades de rotação permissíveis, folga interna, a montagem dos demais componentes
do arranjo, vedação e sua aplicação.
Cada um deles influencia no desempenho, confiabilidade e custo. Em alguns casos essa etapa é
desconsiderada devido o tempo despendido em um projeto. Contudo, esse tempo depende da
experiência que se tem com os arranjos similares e conhecimento de suas características.
Além disso, existem outros fatores bastante relevantes que são o nível de exigência para cada
aplicação e o custo do conjunto dentro do projeto. Tudo isso influencia em um maior tempo de
projeto, por exemplo, em cálculos mais precisos, ou até mesmo testes em campo.
ROLAMENTO – SELEÇÃO EM FUNÇÃO DO SEU PROJETO
Antes de tudo, cada tipo de rolamento tem propriedades e características que o tornam
particular em cada aplicação. Na maioria dos casos, devem ser considerados vários fatores
desde a etapa do projeto, conforme mencionamos acima. Não se pode estabelecer uma regra
geral para isso.
Contudo, alguns pontos podem ser observados durante o projeto do seu arranjo de modo que
a sua escolha seja a melhor. Dentre os vários fatores a se considerar, podemos destacar:
ESPAÇO DISPONÍVEL PARA O ROLAMENTO
Em muitos casos, é pré-determinado pelo projeto do equipamento em função do diâmetro do
furo. Em eixos de diâmetro pequeno, a maioria dos rolamentos de esfera podem ser usados, o
mais popular é o rígido de esfera.
Quando o eixo é de diâmetro grande, poderão ser utilizados alguns tipos de rolamentos de
rolos como: os de rolos cônicos, de rolos cilindros e autocompensadores de rolos, como
também os rígidos de esfera.
Quando o espaço radial é limitado, deve ser selecionado um rolamento com pequena altura de
seção transversal. Especialmente o de gaiolas de agulhas, buchas de agulhas e de agulhas com
ou sem anel interno. Também é possível utilizar um rolamento rígido de esfera, de contato
angular, de rolos cilíndricos e autocompensadores de rolos.
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Se a limitação for na direção axial, certos rolamentos de uma carreira de rolos cilíndricos e de
esferas podem ser utilizados. Se houver alguma dúvida durante a seleção, entre em contato
com os nossos especialistas que ajudaremos na sua escolha.
CARGAS ATUANTES NOS ROLAMENTOS
A magnitude e a direção da carga devem ser observadas no momento da seleção do seu
rolamento. A magnitude normalmente determina o tamanho do rolamento a ser utilizado.
Geralmente os de rolos são capazes de suportar cargas maiores que os rolamentos de esferas.
Os rolamentos de esferas são mais utilizados onde as cargas são leves ou moderadas. Para
cargas pesadas, ou onde se utiliza eixos de diâmetros grandes, os rolamentos de rolos são mais
apropriados.
VELOCIDADE DE FUNCIONAMENTO
A velocidade que os rolamentos podem atingir é limitada pela temperatura máxima da
operação. Por exemplo, os rolamentos com baixo coeficiente de atrito e baixa geração de calor
são mais adequados para altas velocidades.
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USO, MANUTENÇÃO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE
DOS ROLAMENTOS
Um dos principais influenciadores no custo de manutenção de um equipamento, é certamente
a vida útil do rolamento. Por este motivo, sua seleção e quem vai fornecê-lo também é. Com a
entrada de empresas chinesas em diversos segmentos do mercado brasileiro, fica mais difícil
escolher entre tantas opções. Não só o produto em si, mas o fornecedor também.
Principalmente porque existem falsificações sendo comercializadas como se fossem produtos
originais dos principais fabricantes.
Nem sempre é possível para o comprador ou usuário final, identificar um rolamento falsificado.
Dessa forma, a escolha do seu fornecedor deve ser criteriosa e amparada em garantias, como
certificações e distribuição autorizada. Além disso, a experiência de mercado e profissionais
capacitados são fatores importantes.
Somente desse modo, se tem a certeza de que a aquisição do seu rolamento será segura.
Recebendo um produto original que lhe trará a qualidade e o desempenho desejado. Contudo,
se pensarmos no produto em si, existem fatores que estão diretamente ligados à vida útil do
rolamento.
Quando o assunto é qualidade ou desempenho, a vida útil está diretamente ligada a fatores de
fabricação e condições de trabalho. Eles estão diretamente ligados entre si. Destacaremos
alguns deles a seguir:
QUAIS FATORES DE FABRICAÇÃO INTERFEREM NA VIDA ÚTIL DO ROLAMENTO?
Dentre os principais fatores de fabricação podemos destacar três
pilares importantíssimos: matéria-prima, tecnologia e know-how. A
matéria-prima utilizada na fabricação está diretamente ligada à sua
vida útil. Se o material escolhido não respeitar os critérios de
aplicação e métodos de fabricação, o rolamento não terá a
qualidade necessária para um bom desempenho. Da mesma forma,
a tecnologia usada para a sua fabricação. É preciso ter
equipamentos e processos adequados que garantam alta precisão
dimensional e geométrica. As partes de um rolamento exigem que
seus encaixes sejam perfeitos, assim como a superfície que deve possuir o acabamento
necessário para montagem.
Entretanto, estes dois só são possíveis se o fabricante tiver a experiência e conhecimento para
isso. Portanto, o know-how é o terceiro pilar que sustenta os principais fatores de fabricação
que interferem na vida útil do rolamento. Como resultado desses fatores, é essencial que se
escolha um distribuidor certificado e autorizado na venda de rolamentos ou acessórios
industriais. Essa é uma garantia importante para não se adquirir produtos falsificados ou de
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baixa qualidade. Entretanto, também existem os fatores relativos à operação e condições de
uso. Vamos aos principais:
FATORES MECÂNICOS OU FÍSICOS NA VIDA ÚTIL DO ROLAMENTO
Atrito
O atrito em um rolamento é um fator muito importante, principalmente quando se considera a
geração de calor e temperatura de trabalho. Depende da capacidade de carga e de outros
fatores, sendo os mais importantes o tipo e tamanho do rolamento, a velocidade de rotação e a
quantidade de lubrificante.
A resistência total ao movimento de rolagem é constituída do atrito e deslizamento das áreas de
contato entre corpos rolantes e pistas. Assim como da área de contato entre os corpos rolantes
e gaiola. Do mesmo modo nas superfícies de guia dos corpos rolantes ou da gaiola, do atrito
gerado pelo lubrificante e, também, do atrito de deslizamento gerado pelas placas de vedação.
Sobe certas condições o atrito pode ser previamente calculado e com boa precisão. Utiliza-se
um coeficiente de atrito µ de acordo com a equação abaixo:
M = 0,5 μ F d
Onde:
M = momento de atrito (Nmm)
µ = Coeficiente de atrito (conforme a tabela do fabricante)
F = carga aplicada sobre o rolamento (N)
d = diâmetro do furo do rolamento (mm)
Velocidade
Existe um limite de velocidade no qual os rolamentos podem trabalhar. De maneira geral, o que
estabelece o limite é a temperatura de trabalho permissível do lubrificante, assim como o
material dos seus componentes.
A velocidade na qual a temperatura é atingida,
depende do calor gerado pelo atrito do rolamento
e da quantidade de calor que possa ser retirada
dele. Também são fatores importantes o tipo e
tamanho do rolamento, geometria interna, cargas
axiais, cargas radiais, condições de lubrificação e
resfriamento. Do mesmo modo o desenho da
gaiola, precisão de giro e folga interna. Aqui é
possível verificar o quão importante são os três
pilares mencionados anteriormente. Eles são
fatores importantes para garantir a vida útil do
rolamento.
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Carga dinâmica
A carga permissível para um rolamento não é definida pela fadiga o material, mas pela
deformação permanente provocada pela carga. Cargas atuando em um rolamento estacionário
ou em um rolamento que oscila lentamente, produzem áreas deformadas nos corpos rolantes.
Assim como as cargas de choque, que atuam somente em uma fração de revolução. Ambas
também produzem endentações nas pistas que podem estar irregularmente espaçadas na
distância entre os corpos rolantes.
Se a carga atua durante várias revoluções do rolamento, a deformação será igualmente
distribuída ao longo da pista. As deformações permanentes do rolamento podem levar à
vibração e aumento do atrito. Também é possível que ocorra um aumento da folga interna, ou
os ajustes determinados podem se modificar.
Desse modo, é importante para a vida útil do rolamento, assegurar que estas situações não se
prolonguem. Garantindo que as deformações permanentes não ocorram, ou ocorram numa
extensão muito pequena.
Folga interna
A folga interna de um rolamento é definida como a distância total que um anel pode ser movido
em relação a outro. Tanto na direção radial como também na direção axial. É importante
distinguir entre folga interna antes da montagem e depois da montagem de um rolamento.
Nesta última situação, o rolamento atinge sua temperatura de trabalho.
A folga interna inicial, antes da montagem, é maior que a folga em trabalho, pois os anéis são
expandidos ou comprimidos por ajustes com interferência. Também porque há diferenças no
posicionamento dos anéis do rolamento, devido às dilatações térmicas dos componentes.
A folga interna radial é muito importante para a vida útil do rolamento. Como regra geral, os
rolamentos de esferas devem ter uma folga em trabalho igual a zero, ou então uma pequena
pré-carga.
Rolamentos de rolos cilíndricos e
autocompensadores de rolo, devem sempre ter
alguma folga residual, mesmo que pequena.
Do mesmo modo para os rolamentos de rolos
cônico, exceto em casos de grande rigidez. Por
exemplo, arranjos de rolamentos para pinhão,
de diferencial, onde são montados com um
certo grau de pré-carga.
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CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO
Para assegurar um bom desempenho e prevenir
falhas prematuras, é essencial que se realize a
correta montagem de um rolamento. Primeiro,
porque os rolamentos são componentes de alta
precisão e devem ser manuseados com cuidado
durante a montagem. Segundo, devido à
importância de se escolher o método correto e as
ferramentas adequadas para a sua montagem.
PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO
O método de montagem de um rolamento depende do seu tamanho e tipo. Pode ser mecânico,
hidráulico ou térmico. Em qualquer um deles, é importante que os anéis, gaiolas ou corpos
rolantes não recebam golpes diretos. Isso pode danificá-lo seriamente e comprometer sua vida
útil.
Antes de tudo, para uma correta montagem é preciso separar previamente as ferramentas.
Deixá-las organizadas e limpas. Recomenda-se também que seja em um ambiente seco e isento
de poeira.
Outro ponto importante, é estudar o desenho do equipamento e avaliar em que ordem será
realizada a montagem do rolamento. Isso evitará que se desperdice tempo ou danifique algum
componente durante o trabalho.
Mais importante ainda, é avaliar as tolerâncias e precisões dimensionais de todos os
componentes do conjunto. Assim, seu desempenho só será satisfatório se forem obedecidas
todas as tolerâncias especificadas pelo projeto e fabricante.
Contudo, procure deixar o rolamento na embalagem até o momento da montagem, a fim de
evitar alguma contaminação. Ele normalmente vem protegido de fábrica com um protetor
antioxidante que deve ser removido
apenas da superfície externa e do furo.
Entretanto, caso o rolamento seja
lubrificado com graxa e utilizado em
temperaturas muito altas ou baixa, ele
deve ser lavado cuidadosamente, assim
como se a graxa não for compatível com o
protetivo. Assim, evita-se qualquer efeito
que altere as propriedades de lubrificação
do rolamento.
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MONTAGEM DE UM ROLAMENTO COM FURO CILÍNDRICO
Em rolamentos não separáveis, é indicado primeiro a montagem do anel com ajuste mais
interferente. Cobrindo ligeiramente a superfície do assento com óleo. Se não for muito
interferente, os rolamentos pequenos podem ser montados sobre seus assentos. Dessa forma
são permitidos pequenos golpes de martelo sobre um pedaço de metal mole, bucha de nylon
ou poliuretano.
Contudo, é recomendável o uso de um martelo de poliuretano para a montagem de um
rolamento. Assim, evita-se que ocorra algum dano. Mais importante, os golpes devem ser
uniformemente distribuídos pelo anel para evitar que o rolamento fique desalinhado sobre
seu assento.
Em rolamentos separáveis, o anel interno
pode ser montado independentemente
do externo. Desse modo, simplifica a
montagem quando ambos têm ajuste
interferente. Ao colocar o eixo deve-se ter
o cuidado de alinhá-los corretamente
para evitar que as pistas sejam riscadas
pelos corpos rolantes.
MONTAGEM DE ROLAMENTOS COM FURO CÔNICO
Os anéis internos do rolamento com furo cônico, sempre devem ser montados com ajuste
interferente. O grau de interferência não é determinado pela tolerância escolhida pelo eixo, e
sim pelo deslocamento axial do rolamento sobre o assento cônico do eixo, da bucha de fixação
ou de desmontagem.
Na montagem do rolamento autocompensadores de esferas ou rolamento de rolos, usa-se
como medida do grau de interferência tanto a redução da folga interna radial inicial, como o
deslocamento axial no assento cônico.
Já a montagem de um rolamento
pequeno, pode feita usando uma porca do
eixo, sobre uma bucha de fixação usando
a porca da bucha. Para rolamentos
grandes, as porcas hidráulicas e o método
de injeção de óleo têm se mostrado muito
eficazes. Elas são rosqueadas na ponta do
eixo ou na bucha, de forma que a face do
êmbolo encoste no anel interno.
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TESTE DE GIRO
Após a montagem de um rolamento, lubrifica-se e efetua-se um
teste de funcionamento, para verificar o nível de ruído e
temperatura de trabalho. O teste deve ser feito sob uma
capacidade de carga parcial e a uma velocidade baixa ou
moderada. Em nenhuma circunstância, o rolamento deve iniciar
a operação descarregado e acelerado até altas velocidades ou
rotação. Pois, existe o perigo de que os corpos rolantes
escorreguem nas pistas danificando-as. Da mesma forma, a
gaiola pode ser submetida a tensões inadmissíveis.
O nível do ruído pode ser verificado usando um bastão de
madeira ou chave de fenda pressionada sobre a caixa. Os rolamentos normalmente produzem
um zumbido suave e uniforme. Entretanto, um som de batidas ou ruído confuso e irregular,
indicam a presença de contaminantes ou danificações causadas durante a montagem.
Um aumento de temperatura do rolamento logo após o início da operação é normal. Caso a
lubrificação seja com graxa, a temperatura não diminuirá até que ela tenha sido uniformemente
distribuída, atingindo assim, a temperatura de equilíbrio.
Altas temperaturas anormais ou picos de temperaturas constantes, indicam que existe excesso
de lubrificante. Também pode ser que esteja com excesso de cargas axiais ou cargas radiais,
que algum componente não foi corretamente fabricado ou atrito nas placas de vedação.
Portanto, durante o teste de funcionamento ou imediatamente após a montagem de um
rolamento, deve-se observar as placas de vedação. Também recomenda-se verificar os
equipamentos de lubrificação e o nível do óleo.
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LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE?
O método de lubrificação de rolamentos é sem dúvida uma das atividades mais importantes na
manutenção. Se realizada de maneira correta permitirá que trabalhem de forma confiável e com
maior vida útil.
A correta lubrificação evita o contato metálico direto entre os corpos rolantes, pistas e gaiola.
Sendo assim, previne o degaste e protege as superfícies contra a corrosão. Portanto, é de extrema
importância escolher o tipo de lubrificante correto e o método mais adequado para cada aplicação.
Os fabricantes fornecem informações sobre o melhor tipo de
lubrificação de rolamentos em função do seu tipo e uso. De
maneira geral, a lubrificação pode ser feita com graxa ou
óleo. Os rolamentos com placas de vedação em ambos os
lados, são montados utilizando graxa, por exemplo. Isso
porque possuem uma faixa de temperatura de operação
elevada. Além disso, a graxa geralmente ultrapassa a vida útil
do rolamento e, neste caso, não exige que seja relubrificado.
LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS: QUAIS OS TIPOS?
Existem no mercado, uma vasta gama de tipos de lubrificantes. Encontra-se óleos e graxas, bem
como lubrificantes sólidos para uso em condições extremas de temperatura.
A escolha da lubrificação de rolamentos depende basicamente das condições de operação,
portanto, velocidade de rotação e tipo de ambiente. A quantidade de lubrificante também é um
fator importante, pois pode variar dependendo da função que a lubrificação deve exercer. Por
exemplo, se a lubrificação tem funções adicionais como vedação ou remoção de calor, é
necessária uma quantidade maior.
Em função da variedade de lubrificantes existentes, principalmente graxas, e das diferenças nas
propriedades lubrificantes, um fabricante de rolamento não pode se responsabilizar pelo
desempenho ou tipo de lubrificante. Cabe ao usuário especificar detalhadamente as condições
de trabalho e obter do fornecedor o tipo indicado para sua aplicação.
Dependendo do tipo de arranjo, o lubrificante perde gradualmente as suas propriedades durante a
operação, devido ao trabalho mecânico, envelhecimento ou contaminação. Desse modo, além das
condições de trabalho, o plano de manutenção preventiva é extremante importante.
LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS COM GRAXA
Na maioria das aplicações, sob condições normais de uso, o rolamento pode ser lubrificado com
graxa. A graxa possui algumas vantagens sobre o óleo, pois ela é retida mais facilmente,
principalmente em eixos inclinados ou verticais. Contribui também, na vedação contra
contaminantes, umidade e água.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 31
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Contudo, há que se tomar cuidado com a quantidade de graxa
aplicada. Seu excesso causará um rápido aumento da
temperatura de trabalho, principalmente aplicações de altas
velocidades de rotação.
De modo geral, somente o rolamento deve ser completamente
preenchido com graxa. O alojamento ou caixa deve ser
parcialmente preenchido (30 a 50%). Só se deve preenche-lo
completamente se ele trabalhar em baixa velocidade e necessitar
de proteção contra corrosão.
As graxas para lubrificação de rolamentos são óleos minerais sintéticos adicionados a um
agente espessante. A consistência depende basicamente da quantidade e tipo de agente
utilizado.
Quando selecionar a graxa, deve-se considerar a viscosidade do óleo base, a consistência, a
faixa de temperatura, propriedades inibidoras de corrosão e resistência da película protetora.
MISCIBILIDADE EM LUBRIFICAÇÃO COM GRAXA
Ao trocar o tipo de graxa na lubrificação de rolamentos, é importante considerar a miscibilidade
das graxas. Qualquer que seja a razão da troca de uma graxa por outra.
Misturar graxas incompatíveis pode variar drasticamente a consistência. Além disso, a
máxima temperatura de operação da mistura pode ser tão baixa que pode provocar uma
falha no rolamento.
A mistura da graxa é possível quando ambas possuem o mesmo agente espessante e óleos-
base similares. Por exemplo: uma graxa com sabão à base de sódio só pode ser misturada com
outra graxa com sabão à base de sódio. Mais importante, em arranjos de rolamentos onde uma
baixa consistência leve a um vazamento da graxa, deve-se trocar totalmente a graxa em vez de
apenas completá-la.
LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS COM ÓLEO
Utiliza-se óleo para a lubrificação de rolamentos somente quando altas velocidades ou
temperaturas elevadas não permitam o uso da graxa, quando o calor gerado por atrito ou de
origem externa deva ser removido do rolamento, e também quando componentes adjacentes
são lubrificados com óleo.
O método mais simples de lubrificação com óleo é o banho
de óleo. Desse modo, o óleo é captado pelos componentes
rotativos do rolamento e distribuído dentro do mesmo. O
nível do óleo deve ficar um pouco abaixo do centro do corpo
rolante que ocupar a posição mais baixa quando o rolamento
estiver parado.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 32
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Operação em alta velocidade provoca um aumento na temperatura de trabalho, acelerando o
envelhecimento do óleo. Assim, torna-se necessário a lubrificação por circulação de óleo.
Normalmente feita com o auxílio de uma bomba.
Após passar pelo rolamento, o óleo deve ser filtrado e, se necessário, resfriado antes de
retornar ao ponto de lubrificação. O resfriamento do óleo permitirá que a temperatura de
trabalho seja mantida baixa.
Para velocidades muito altas, é necessário que uma quantidade de óleo entre no rolamento,
mas não excessiva. Assim, permitirá uma boa lubrificação, sem que a temperatura de trabalho
aumente mais do que o necessário.
OUTROS MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO COM ÓLEO
Existem outros métodos de lubrificação podem ser indicados,
são eles:
- Lubrificação de rolamentos por jato de óleo: na qual se injeta
óleo a alta pressão em um dos lados do rolamento. A
velocidade do jato de óleo deve ser alta o suficiente para que
parte do óleo penetre na turbulência que rodeia o rolamento.
Indica-se no mínimo 15 m/s.
- Lubrificação de rolamentos por atomização: em que são transportadas quantidades muito
pequenas e bem definidas de óleo. Essas pequenas quantidades permitem o rolamento operar
a temperaturas mais baixas ou a velocidades mais altas do que qualquer outro método.
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INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS: SAIBA O QUE FAZER
O QUE DEVO SABER ANTES DA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS?
A condição do rolamento é muito importante e vital para garantir alto desempenho de qualquer
equipamento. Portanto, deve-se monitorar as condições de trabalho e operação dos
componentes mais importantes. Sistemas que envolvem velocidade e transmissão de força
requerem atenção e monitoramento, principalmente quando se tem uma linha de produção
contínua ou processos precisos e automatizados.
Sendo assim, componentes como rolamentos industriais, correias e mancais, devem ser
monitorados frequentemente. Um bom plano de manutenção preditiva e profissionais
especializados podem garantir o desempenho esperado do seu equipamento. Entretanto, vale
ressaltar a importância de se adquirir componentes originais. Comprar um rolamento SKF ou
correias Continental de um distribuidor autorizado, por exemplo, lhe trará mais segurança.
REALIZAR A INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE PARA GARANTIR ALTO
DESEMPENHO DE UM EQUIPAMENTO?
Entre os rolamentos que falham
prematuramente, muitos apresentam problemas
porque são submetidos a cargas de serviço
inesperadas. Por exemplo, desbalanceamento ou
desalinhamento. Uma falha no rolamento
danifica os componentes associados, como:
correias, mancais, acoplamentos etc. Pode levar a
máquina a falhar ou até mesmo quebrar um
componente. Sendo assim, saber como atuar na
manutenção de um rolamento ou componente se
torna fundamental.
A abordagem do tipo de manutenção de
rolamentos, correias ou mancais, segue uma
entre três metodologias: reativa, preventiva ou
preditiva. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens, mas, em geral, recomenda-se uma
abordagem proativa, combinando o melhor das metodologias. É neste contexto que se encaixa
a inspeção de rolamentos.
Nota: O monitoramento de condições é uma expressão coletiva que inclui o monitoramento de
qualquer máquina através de instrumentos. O monitoramento multiparâmetro de condições é a
técnica mais praticada e o monitoramento da vibração é o método mais utilizado como
inspeção de rolamentos.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 34
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A VANTAGEM DE USAR A ABORDAGEM MULTIPARÂMETRO
Essa abordagem permite que o sistema de monitoramento não considere apenas os
rolamentos. Vai além deles e considera a máquina como um todo. Dessa forma, proporciona a
oportunidade de proteger os rolamentos corrigindo falhas subjacentes. Outros componentes
como correias de transmissão, polias ou mancais, também podem ser monitorados.
A inspeção dos rolamentos e dos componentes associados podem ser realizados durante a
operação ou em uma parada. As atividades de inspeção podem ser feitas pela combinação de
instrumentos avançados e com alta tecnologia.
METODOLOGIAS DE MANUTENÇÃO TÊM INFLUÊNCIA NA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS?
A experiência mostra que as estratégias de manutenção variam consideravelmente de uma
fábrica para outra. Entretanto, as metodologias empregadas podem ser classificadas de
maneira geral em um certo número de tópicos comuns.
Manutenção Reativa
A manutenção reativa, por exemplo, reflete a ausência de uma estratégia organizada de
manutenção. Mesmo assim, em algumas situações, pode ser a única abordagem de
manutenção possível. A natureza das atividades reativas não permite que sejam previamente
programadas. Nela não seria possível a realização de uma inspeção de rolamentos, por
exemplo.
Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva é um processo rotineiro ou programado que se baseia em prevenir a
ocorrência de defeitos inesperados. Utiliza procedimentos adequados de manutenção e boas
práticas de manutenção. Assim, é importante ter a compreensão dos padrões de danos sofridos
pelos componentes e de uma estratégia de manutenção. Desse modo, é possível atuar
especificamente nesses padrões e ter resultados positivos no desempenho do rolamento, por
exemplo. Contudo, ainda não estamos atuando efetivamente com a inspeção dos rolamentos,
correias, mancais ou outros componentes.
Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva (PdM) pode ser definida como um
processo de manutenção que se baseia na inspeção,
monitoramento e predição das máquinas. O monitoramento
das condições da máquina compreende diversos
instrumentos e técnicas como o monitoramento da vibração
dos rolamentos. É nesse contexto que a inspeção de
rolamentos e componentes subjacentes se encaixa.
Contudo, nenhuma das metodologias de manutenção
proporciona, individualmente, uma solução de manutenção
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 35
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definitiva. A solução ideal é uma combinação dessas metodologias. A manutenção de
confiabilidade proativa é um processo estruturado e dinâmico para utilizar a combinação
apropriada das metodologias de manutenção reativa, preventiva e preditiva.
Assim, para conseguir a máxima eficiência em seu rolamento industrial, recomendamos
adotar uma metodologia que promova a comunicação de informações entre os componentes
por toda a fábrica. Mais importante, que seja direcionada pelo envolvimento e
comprometimento do operador.
INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS DURANTE A OPERAÇÃO
Os rolamentos são componentes vitais de qualquer máquina com parte rotativas e devem ser
monitorados de perto. A realização da inspeção de rolamentos permite identificar as falhas
prematuras de rolamentos. Desse modo, permitem a substituição durante manutenção
regularmente programada. Evitando assim, paradas de máquina não programadas e de alto
custo, causados por falha do rolamento.
OBSERVAÇÃO: rolamentos industriais de máquinas críticas ou que operam em ambientes
agressivos devem ser monitorados e inspecionados com mais frequência!
Há diversos instrumentos e métodos para monitorar e inspecionar
os rolamentos durante a operação. Os parâmetros mais
importantes para medir as condições e obter o desempenho ideal
do rolamento incluem ruído, temperatura e vibração.
Rolamentos que estão gastos ou danificados, normalmente
apresentam sintomas identificáveis. Muitas causas possíveis
podem ser responsáveis e precisam ser investigadas. Entretanto,
por motivos práticos, nem todas as máquinas ou funções de
máquina podem ser monitoradas por sistemas avançados.
O QUE FAZER PARA ATUAR NA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS DE MANEIRA EFICIENTE?
Os sinais de problema podem ser observados olhando ou ouvindo a máquina. Realizando a
inspeção de rolamentos de forma manual, com um profissional da área. Entretanto, o uso dos
sentidos humanos para detectar problemas em rolamentos, são limitados. Para que o defeito
seja identificado ou tenha ocorrido de forma que seja detectável, o dano pode já ser grande.
A vantagem do uso de tecnologias objetivas, como a análise de vibração, é que as falhas são
detectadas no estágio inicial de desenvolvimento, antes de se tornarem problemáticas. Para
obter medições precisas e resultados confiáveis, a SKF recomenda utilizar instrumentos
profissionais de monitoramento de condições.
AVISO: não confunda detecção com análise. Substituir um rolamento danificado, após detectar
altos níveis de vibração resolve o problema apenas temporariamente! A causa raiz da vibração
deve ser identificada, analisada e tratada.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 36
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MONITORAMENTO DE ROLAMENTO
DURANTE A OPERAÇÃO
Rolamentos que estão gastos ou danificados, normalmente apresentam sintomas identificáveis.
A inspeção de rolamento durante a operação é uma recomendação importante para garantir
sua vida útil. Além disso, previne uma parada de máquina indesejável e, consequentemente,
atrasos na produção.
MONITORAMENTO DE RUÍDOS EM UM ROLAMENTO
Uma maneira comum de identificar uma irregularidade
no desempenho do rolamento é ouvindo. Rolamentos
em boas condições produzem um ruído contínuo, como
traqueia de gato. Sendo assim, sons irregulares
geralmente indicam que os rolamentos estão em más
condições ou que algo está errado.
A ampla variedade de sons produzidos pelas máquinas
inclui também componentes ultrassônicos de ondas
curtas. São, por sua natureza, extremamente direcionais. Instrumentos, tais como sondas
ultrassônicas, isolam esses ultrassons dos ruídos do ambiente da fábrica e das máquinas e
identificam a fonte.
Outro instrumento popular para identificar peças de máquinas com problemas ou rolamentos
danificados é o estetoscópio eletrônico, que detecta, rastreia e diagnostica todos os tipos de
ruídos em máquinas.
MONITORAMENTO DA TEMPERATURA
É importante monitorar a temperatura operacional em
todos os locais onde houver um rolamento. Se as
condições operacionais não se alteraram, o aumento da
temperatura é frequentemente uma indicação de dano
iminente no rolamento. No entanto, tenha em vista que
há um aumento natural de temperatura durante um ou
dois dias após a lubrificação do rolamento e a cada
relubrificação.
Os termômetros de contato e termômetros sem contato podem ser usados para medir
temperatura. Os termômetros sem contato são especialmente úteis em áreas de difícil acesso
ou perigosas. Além disso, os dispositivos termográficos e câmeras termográficas utilizam o
infravermelho para identificar anormalidades térmicas ou “pontos quentes”, que o olho humano
não pode ver. A inspeção térmica por infravermelho pode revelar problemas potenciais e
identificar as áreas problemáticas sem interromper a produção.
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OBSERVAÇÃO: em aplicações onde o anel interno gira, a caixa de mancal é tipicamente 5 °C
mais fria que o anel externo do rolamento e 10 °C mais fria que o anel interno do rolamento.
MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO
Os rolamentos atingem o desempenho máximo somente se os níveis de lubrificação forem
adequados. Portanto, as condições de lubrificação de um rolamento devem ser acompanhadas
de perto. Desse modo a condição do lubrificante deve ser avaliada periodicamente.
A melhor maneira de fazer isso é coletar algumas poucas amostras (normalmente de áreas
diferentes) e analisá-las. O Kit de teste de graxa SKF é uma ferramenta útil para verificar no
campo as propriedades da graxa. Em geral, a análise do
lubrificante é feita por duas razões principais: para
avaliar as condições do lubrificante e para avaliar as
condições da máquina.
Monitorar as condições do óleo, por exemplo, oferece
a oportunidade de estender o intervalo de troca com a
economia do consumo de óleo e redução das paradas
de máquina.
RECOMENDAÇÕES DE QUEM É UM DISTRIBUIDOR AUTORIZADO SKF
A Abecom, distribuidora certificada e parceira SKF, recomenda as seguintes atividades
relacionadas à inspeção da lubrificação:
#1 – Verifique se há vazamento de lubrificante nas áreas próximas do rolamento.
#2 – Examine todos os vazamentos de lubrificante.
Normalmente, os vazamentos são causados por vedações desgastadas, defeitos de vedação,
superfícies de apoio de vedações danificadas, contaminação de líquidos como água na graxa
e bujões soltos. Também podem ser causados por peças mal encaixadas, por exemplo, entre
um mancal e uma tampa de fechamento ou por óleo livre liberado pela graxa que foi
desalojada por vibração.
OBSERVAÇÃO: as vedações de borracha são projetadas para permitir o vazamento de uma
pequena quantidade de lubrificante para lubrificar a superfície de apoio da vedação.
#3 – Mantenha os colares de proteção e vedações de labirinto, cheios de graxa para obter
proteção máxima.
#4 – Verifique se os sistemas automáticos de lubrificação estão funcionando corretamente e
fornecendo a quantidade correta de lubrificante aos rolamentos.
#5 – Verifique o nível do lubrificante em reservatórios de coleta e reservatórios e reabasteça
quando necessário.
#6 – Relubrifique os rolamentos com graxa, onde e quando aplicável.
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MONITORAMENTO DA VIBRAÇÃO DE ROLAMENTOS
A necessidade de monitoramento da vibração advém de três fatos fundamentais:
• Todas as máquinas vibram.
• O começo de um problema mecânico é geralmente acompanhado por um aumento dos níveis
de vibração.
• A natureza da falha pode ser determinada a partir das características da vibração.
Cada problema mecânico gera uma frequência de vibração exclusiva. Portanto, essa frequência
deve ser analisada para ajudar a identificar a causa raiz. Para captar a frequência da vibração,
um transdutor (um sensor piezoelétrico) é estrategicamente colocado na máquina. Há grande
variedade de frequências que podem ser geradas por diferentes falhas da máquina:
- baixas frequências, 0 a 2 kHz
- altas frequências, 2 a 50 kHz
- frequências muito altas, > 50 kHz
Vibrações de baixa frequência são causadas, por exemplo, por ressonância estrutural,
desalinhamento ou frouxidão mecânica. Frequências altas e muito altas incluem aquelas geradas
por danos (defeitos) em rolamentos. Assim, medindo a amplitude em termos da aceleração, é
possível obter uma indicação muito precoce do aparecimento de problemas em rolamentos.
MEDIÇÃO DA VIBRAÇÃO
Onde medir
As medições de vibração, utilizando, por exemplo, o SKF Machine Condition Advisor, devem
ser obtidas em três direções diferentes em cada posição de rolamento de uma máquina.
Medições horizontais normalmente mostram mais vibração do que as medições verticais
porque uma máquina é normalmente mais flexível no plano horizontal. O
desbalanceamento, por exemplo, produz uma vibração radial que é parcialmente vertical e
parcialmente horizontal.
Vibração horizontal excessiva é muitas vezes um bom indicador de desbalanceamento.
Normalmente, medições axiais mostram pouca vibração, mas quando existem, geralmente
indicam desalinhamento e/ou um eixo torto.
Quando medir
O melhor momento para medir a vibração é quando a
máquina está operando em condições normais, ou seja,
quando os rolamentos tiverem atingido a temperatura
normal de operação e a rotação da máquina estiver
dentro da especificação. Em máquinas de rotação
variável, as medições devem sempre ser feitas no
mesmo ponto no ciclo do processo.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 39
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OBSERVAÇÃO: para fins de comparação, a localização e o tipo de medição, bem como as
condições operacionais, devem ser idênticos cada vez que uma medida for feita.
Análise da frequência de defeitos de rolamentos
Cada rolamento gera um sinal de baixa frequência. A frequência do sinal depende do número e
tamanho dos elementos rolantes, do ângulo de contato do rolamento e o diâmetro do passo do
elemento rolante. Sempre que os elementos rolantes passarem por um defeito do rolamento,
um sinal de alta frequência é gerado, o que provoca um pico na amplitude do sinal.
A taxa desses picos é uma função da rotação, bem como
da posição do defeito no rolamento e da geometria
interna do rolamento. Para monitorar as condições de um
rolamento, é usada uma técnica chamada envelope ou
envolvente de aceleração. Envelope isola o sinal de alta
frequência gerado pelo defeito, de outras frequências que
ocorrem naturalmente decorrentes da rotação ou
estruturais na máquina.
Cálculo das frequências dos defeitos no rolamento
Cada componente do rolamento tem uma frequência de defeito única, que permite que um
especialista identifique o dano. As seguintes frequências de defeitos podem ser calculadas:
- BPFO, frequência de passagem da esfera/rolo pela(s) pista(s) do anel externo [Hz]
- BPFI, frequência de passagem da esfera/rolo pela(s) pista(s) do anel interno [Hz]
- BSF, frequência de giro da esfera/rolo [Hz]
- FTF, frequência da gaiola (frequência fundamental do trem) [Hz]
Um programa para cálculo das frequências dos defeitos de rolamentos que, dessa forma,
permite identificar o dano está disponível on-line em www.skf.com/rolamentos.
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ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, VEDAÇÕES E
LUBRIFICANTES
As condições nas quais são realizadas a armazenagem de rolamentos, vedações e lubrificantes,
podem interferir no desempenho deles, sobretudo de maneira prejudicial. Quando se busca
alto desempenho e relação custo benefício, a manutenção deve estar atenta a tudo que os
envolvem. Desde o fabricante até o distribuidor do rolamento, passando pelo método de
manutenção e acondicionamento.
Cuidar de todos os fatores que os cercam, permitirá um melhor desempenho do rolamento ou
componentes adquiridos. Em alguns casos, olha-se somente para as condições da embalagem
dos componentes. Contudo, é muito importante cuidar para que o rolamento, vedações e
lubrificantes, sejam acondicionados de maneira correta.
Assim, o controle de estoque também pode
desempenhar um papel importante na vida útil destes
componentes. Particularmente quando se trata de
vedações e lubrificantes. Vale destacar que estas
recomendações são baseadas no manual de
manutenção da SKF. A Abecom é um distribuidor
autorizado e certificado para recomendá-las.
ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, UNIDADES DE ROLAMENTO E CAIXAS DE MANCAL
O tempo de permanência e as condições do ambiente têm grande influência na durabilidade de
componentes como vedações e lubrificantes. Antes de tudo, é recomendável que se adote uma
política de estoque “first in, first out” (primeiro a entrar, primeiro a sair). Principalmente quando
se trabalha com rolamentos e componentes de alta performance.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS
Para maximizar a vida útil de rolamentos, recomendamos algumas práticas básicas de
preparação na armazenagem de rolamentos:
- Armazene os rolamentos horizontalmente, em área seca, sem vibrações, temperatura fresca e
estável. Não deve haver corrente de ar na área de armazenagem.
- Controle e limite a umidade da área de armazenagem: 75% a 20 °C, 60% a 22 °C ou 50% a 25 °C.
- Mantenha os rolamentos em embalagens originais fechadas até o instante da montagem.
Assim, evita-se contaminação por poeira e umidade, bem como corrosão dos componentes do
rolamento.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 41
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IMPORTANTE: máquinas em condição de espera devem ser giradas ou operadas o mais
frequentemente possível para redistribuir a graxa dentro dos rolamentos e mudar a posição
dos elementos rolantes em relação às pistas.
Unidades de rolamento e caixas de mancal devem ser armazenadas sob condições similares às
dos rolamentos. Portanto, local fresco, sem poeira, moderadamente ventilado, onde a umidade
relativa seja controlada.
PRAZO DE VALIDADE DE ROLAMENTOS ABERTOS
Os rolamentos da SKF são revestidos com um composto inibidor de ferrugem e embalados
adequadamente, antes de sua distribuição autorizada. Para rolamentos abertos, o conservante
fornece proteção contra a corrosão por aproximadamente cinco anos. Para isso, as condições
de armazenagem de rolamentos devem ser as adequadas. Após cinco anos, recomendamos
seguir as diretrizes abaixo:
1 - Remova o rolamento da embalagem sem danificá-la, se possível.
2 - Limpe o rolamento, usando um solvente adequado.
3 - Seque o rolamento cuidadosamente.
4 - Verifique visualmente se o rolamento não apresenta sinais de corrosão ou danos. Contudo,
se o rolamento estiver em uma condição satisfatória, aplique um novo revestimento. Utilize
um composto inibidor de ferrugem adequado e acondicione novamente o rolamento em sua
embalagem original.
OBSERVAÇÃO: a inspeção e o reacondicionamento de rolamentos é um serviço que pode ser
prestado pela Abecom. Entre em contato com nossos especialistas para mais informações.
PRAZO DE VALIDADE DE ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS SELADOS
O intervalo máximo de armazenagem de rolamentos selados da SKF é determinado pelo
lubrificante dentro deles. O lubrificante se deteriora ao longo do tempo, como resultado do
envelhecimento, condensação e separação do óleo e espessante. Portanto, rolamentos selados
não devem ser armazenados por mais de três anos.
OBSERVAÇÃO: para rolamentos pequenos é impraticável remover as vedações, limpá-los,
reengraxá-los e então reinstalar as vedações. Mas o mais importante nesta prática, é que as
vedações podem ser danificadas. Consequentemente, contaminantes poderiam ser
introduzidos nos rolamentos neste processo. Alguns rolamentos maiores possuem vedações
retidas no anel externo por um anel de retenção. Quando necessário, as vedações podem ser
removidas e substituídas.
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ARMAZENAGEM DE VEDAÇÕES DE ELASTÔMEROS
Para maximizar a vida útil de vedações de elastômeros, assim como na armazenagem de
rolamentos, recomendamos que:
- Armazene vedações de elastômeros horizontalmente, em uma área fresca, moderadamente
ventilada, em temperaturas entre 15 e 25 °C.
- Controle e limite a umidade relativa da área de armazenagem ao máximo de 65%.
- Proteja as vedações da luz solar direta ou de luz com alta proporção de radiação UV.
- Mantenha as vedações nas suas embalagens originais até o instante antes da montagem.
Desse modo evita-se degradação do material, quando sujeito ao meio ambiente. Se a
embalagem original não estiver disponível, armazene-as em recipientes herméticos.
- Armazene vedações separadamente de solventes, combustíveis, lubrificantes e outros
produtos químicos que produzem gases e vapores.
- Armazene separadamente as vedações feitas de materiais diferentes.
IMPORTANTE: vedações nunca devem ser penduradas em pinos ou pregos durante a
armazenagem. Se armazenadas dessa maneira, sob tensões ou carga, as vedações estão
sujeitas a deformações permanentes e trincas.
PRAZO DE VALIDADE
Borracha natural e sintética tem suas propriedades físicas alteradas ao longo do tempo.
Portanto, são afetadas pelo ar, calor, luz, umidade, solventes e certos metais, especialmente
cobre e manganês. Como resultado, vedações de borracha podem se tornar inutilizáveis, devido
ao endurecimento ou amolecimento, descascamento, trincas ou outros danos superficiais.
ARMAZENAGEM DE LUBRIFICANTES
Lubrificantes são afetados por temperatura, luz, água, umidade e oxigênio. Exposição acidental
a esses elementos, normalmente não é prejudicial. No entanto, qualquer exposição acelera o
efeito do envelhecimento. Do mesmo modo que na armazenagem de rolamentos, para
maximizar o prazo de validade do lubrificante, recomendamos o seguinte:
- Armazene lubrificantes em uma área seca, sem vibrações onde a
temperatura esteja abaixo de 40 °C. Isso é particularmente
importante para recipientes que foram abertos. Uma vez que a
umidade causa a degradação do lubrificante e acelera a oxidação.
- Armazene lubrificantes abrigados, em prateleiras de armazenagem
adequadas. A armazenagem abrigada também protege qualquer
etiquetagem no recipiente.
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- Armazene tambores de óleo deitados para evitar o acúmulo de contaminantes na parte
superior dos tambores.
- Mantenha as tampas dos recipientes fechadas para evitar a entrada de contaminantes. Rotule
todos os recipientes de forma inteligível. Problemas de identificação podem surgir se os
rótulos estiverem desgastados ou danificados. Também é recomendada a codificação por cores.
- Mantenha os lubrificantes em seus reservatórios originais.
- Não armazene os lubrificantes descartados em latas abertas.
DESCARTE DE LUBRIFICANTES
Descartar inadequadamente um lubrificante pode ser perigoso à comunidade e ao meio
ambiente. Descarte todos os lubrificantes de acordo com as leis nacionais, locais, regulamentos
e boas práticas de segurança ambiental.
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ROLAMENTO INDUSTRIAL
Rolamento industrial é um rolamento especialmente desenvolvido com um grupo de atributos
que os possibilitam serem aplicados em situações específicas. Teve seu uso difundido com a
Revolução industrial, porém seu conceito existe a mais de 2000 anos.
O QUE É UM ROLAMENTO INDUSTRIAL?
Rolamentos Industriais são peças fundamentais
para o funcionamento de qualquer indústria. São
responsáveis pela movimentação de esteiras
planas e inclinadas, sistemas lineares e estruturas
de elevação. Assim como, quaisquer tipos de
maquinário que dependam da movimentação de
estruturas e engrenagens.
Estes equipamentos tornaram-se populares em
bicicletas, ventiladores, veículos automotores e
maquinários. E, atualmente, a demanda por estes
equipamentos é muito grande. Com as técnicas de
planejamento de manutenção e gestão de ativos,
a logística e estoque destes produtos são ações
estratégicas que interferem diretamente nos
custos e na produção de fornecedores e clientes.
Para conhecer mais sobre os rolamentos, poderá encontrar informações no nosso artigo sobre
Tipos de Rolamentos e suas principais características e fabricantes, como também poderá ler
sobre a História dos Rolamentos ou sobre os perigos do uso de Rolamentos Falsificados, que
têm se tornado muito comum em todo o Brasil.
COMO COMPRAR O ROLAMENTO INDUSTRIAL CORRETO?
Encontrar o Rolamento Industrial ideal para o seu projeto é de suma importância para garantir
a qualidade do serviço e a durabilidade do equipamento e suas peças.
A competitividade na indústria, diante do cenário econômico que vivemos hoje, está muito
ligada à forma que se dedica os esforços e tempo durante a produção de cada produto ou
prestação de serviços. Assim, o ideal é que o foco seja a qualidade, a produtividade e a
satisfação do cliente.
Para isso os equipamentos dedicados a atender as necessidades dos clientes, devem possuir
componentes de alta confiabilidade, resistência e durabilidade. Desse modo, evita que a
manutenção ou paradas não programadas comprometam a produção. Estas exigências são
extremamente pertinentes a rolamentos industriais, uma vez que em boa parte das situações,
seu desempenho está ligado diretamente ao consumo de energia.
Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 45
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O Rolamento Industrial ideal deve ser um componente construído com extrema preocupação
quanto à qualidade da matéria-prima. Obedecendo às exigências de tolerância inerentes ao uso
que serão destinados, garantindo ao cliente, que seu equipamento não irá falhar por conta de
rolamento de má qualidade.
Contudo, pode ser muito difícil para o consumidor identificar as diferenças entre um rolamento
industrial genuíno e um falsificado. Dessa forma, a recomendação geral é que os profissionais,
responsáveis pela aquisição de um rolamento para uso industrial, procurem fornecedores
registrados em órgãos especiais de fiscalização.
Comprar rolamentos genuínos é de extrema importância para indústrias de todos os
segmentos de mercado, pois essas pequenas peças podem representar uma grande fonte de
prejuízo e risco de segurança, caso não estejam dentro das especificações mínimas de aceitação
por parte dos órgãos regulamentadores e normas internacionais.
Entre as principais consequências da aquisição de rolamentos de baixa qualidade estão:
- Prejuízos com máquinas inativas;
- Excesso de paradas para manutenção; e
- Risco de acidentes graves que podem resultar em perdas de equipamento, financeiras e de
vidas humanas.
CONHEÇA NOSSO CATÁLOGO DE ROLAMENTO INDUSTRIAL
A Abecom é um dos maiores distribuidores de rolamentos
industriais, oferecendo produtos com alta tecnologia, alta
qualidade e desempenho, trabalhando com os melhores
fabricantes mundiais. Dentre estes fabricantes, a Abecom
oferece rolamentos SKF, líder global de tecnologia no setor,
desde 1907.
Por quê SKF? Além de ter seu sucesso baseado no
aprofundamento constante no desenvolvimento de novas
tecnologias, de seus colaboradores, são fabricados
com o menor impacto ambiental de ativos durante seu
ciclo de vida.
A SKF trabalha com rolamentos industriais rígidos de esferas, rolamentos industriais Y,
rolamentos de esferas de contato angular, rolamentos autocompensadores, rolamentos axiais
de esferas, mancais e unidades de rolamentos. A Abecom distribui todos os tipos de rolamentos
industriais, além disso, conta com uma equipe altamente qualificada para atender e encontrar a
melhor solução e necessidades de cada cliente de forma prática e objetiva.
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CONHEÇA A ABECOM
DESDE 1963 CUIDANDO BEM DA INDÚSTRIA
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Paulo. Após anos de trabalho, a empresa se consolidou como uma das maiores do setor. Hoje
contamos com uma equipe de mais de 200 colaboradores, que absorveu a mesma cultura de
dedicação e compromisso.
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Nossa qualidade, atendimento, serviços e inovação são constantemente
reconhecidos por clientes e parceiros.
Fomos eleitos, pelo 12º ano consecutivo, líderes absolutos no Prêmio
SKF Awards.
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produtos possuem alta qualidade, garantia de rastreabilidade e procedência comprovada.
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Pequeno, Médio e Grande Porte.
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LUBRIFICANTES
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Precisão, Atuadores, Fusos.
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abecom.com.br
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Authenticate, da SKF, que permite reconhecer rolamentos falsificados e checar a
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Estamos sempre focados em atender e suprir as necessidades dos clientes.
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Fornecemos produtos e serviços de alta qualidade com redução global de custos e aumento
de produtividade, através de inovação e engenharia de aplicação.
Todas as possíveis causas de baixa produtividade são analisadas por nossa equipe, tais
como: falta de lubrificação, desvio na aplicação de um produto, falta de alinhamento das
máquinas, treinamento da equipe, entre outros.
Os benefícios oferecidos em termos de engenharia são expressivos, refletindo em
aumento de produtividade e redução de inventário.
O conceito CMP-SKF adotado pela Abecom há mais de 12 anos permite o monitoramento,
avaliação e diagnóstico dos ativos do cliente, com objetivo de minimizar os riscos de
eventuais paradas não planejadas de máquinas, reduzindo custos e estoque. Para garantir
isso, contamos com nossa Sala de Inteligência REP (Rotation Equipment Performance).
Este modelo de fornecimento de produtos e serviços integrados é o nosso
principal diferencial.
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ABECOM SERVICE - SERVIÇOS E BENEFÍCIOS
A Abecom traz uma combinação única de know-how, serviços e ferramentas para benefício de sua
organização. Nossa equipe multiespecialista, treinada pelos fabricantes, atua para prolongar a vida
útil dos ativos de sua fábrica, diminuindo a ociosidade e aumentando a produtividade.
SERVIÇOS
• Análise de vibração;
• Termografia;
• Alinhamento a laser de eixos e polias;
• Plano e gerenciamento de lubrificação;
• Análise de óleo;
• Balanceamento dinâmico de campo;
• Análise e mapeamento de transmissões;
• Soluções para monitoramento de
condição de máquina;
• Supervisão de montagem de rolamentos
de grande porte;
• Emendas e inspeção em correias
transportadoras;
• Treinamentos;
BENEFÍCIOS
• Maior integração entre compras
e manutenção;
• Objetivo de ampliar a visão do custo
total envolvido;
• Aumento de confiabilidade da planta;
• Alinhamento de Cardan;
• Ultrassom;
• Análise de falhas em rolamentos
e engenharia de aplicação;
• Endoscopia industrial;
• Aumento de eficiência em sistema
de transmissão de potência;
• Reparo e revestimento de tambores
em correias transportadoras;
• Integridade e análise estrutural;
• Soluções para tamponamentos;
• Soluções em resinas;
• Calibração de equipamentos e reparos.
• Aumento de produtividade;
• Condições comerciais diferenciadas para
contratos (produtos/serviços);
• Maior capacidade de planejamento de
custos e paradas.
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GESTÃO DE ATIVOS
O CGA (Centro de Gestão de Ativos) é um programa que permite uma forte conectividade entre
os clientes e a nossa equipe de especialistas.
Através dele podemos disponibilizar o acesso remoto, por meio de conexão segura, aos
softwares de gerenciamento de dados de preditiva, otimizando a reposição de itens críticos e
evitando falhas na cadeia de fornecimento.
LOGÍSTICA E ATENDIMENTO TÉCNICO PARA TODO TERRITÓRIO NACIONAL
Atendemos em todo território nacional. Na nossa matriz, localizada no Estado de São Paulo ou
em nossa filial em Minas Gerais. Contamos também com escritórios em Campinas/SP, Paraná e
Alumínio/SP. Você também pode nos fazer uma visita em nosso centro de distribuição de
produtos de borracha e serviços, localizado na ponte da Vila Guilherme, São Paulo.
Nossas equipes são altamente capacitadas para atender e ouvir as necessidades de cada
cliente. Identificamos o problema e propomos uma solução. Desde a troca de um produto ou
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on-line, que possam ajudá-lo a realizar a manutenção preditiva e redução de custos.
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desenvolver estratégias
e programas para
aumentar seus lucros.
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produzam mais,
sem aumentar o gasto
de capital em novos
equipamentos.
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Matriz-SP: (11) 2797-1322 – vendas@abecom.com.br
CD2/Eugênio de Freitas: (11) 2902-1474 – correias@abecom.com.br
Escritório Campinas: (19) 3243-6026 – campinas@abecom.com.br
Escritório Curitiba: (41) 3365-4476 – curitiba@abecom.com.br
Filial de Belo Horizonte: (31) 3441-7100 – minas@abecom.com.br
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Service: (11) 2902-1460 – service@abecom.com.br
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  • 1. TUDO SOBRE ROLAMENTOS O GUIA DEFINITIVO e-book ABECOM
  • 2. abecom.com.br ÍNDICE O QUE SÃO ROLAMENTOS? UM POUCO DE HISTÓRIA TIPOS DE ROLAMENTOS ROLAMENTOS DE ESFERAS ROLAMENTOS DE ROLOS ROLAMENTOS DE ENGENHARIA ROLOS DE LEVA ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO RÓTULAS UNIDADES DE ROLAMENTO SISTEMA BÁSICO DE CODIFICAÇÃO DE UM ROLAMENTO SELEÇÃO DE UM ROLAMENTO PARA O SEU PROJETO USO, MANUTENÇÃO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DOS ROLAMENTOS CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE? INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS: SAIBA O QUE FAZER MONITORAMENTO DE ROLAMENTO DURANTE A OPERAÇÃO ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, VEDAÇÕES E LUBRIFICANTES ROLAMENTO INDUSTRIAL CONHEÇA A ABECOM Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 02 03 03 04 06 08 11 13 14 15 17 19 23 25 28 31 34 37 41 45 47
  • 3. abecom.com.br O QUE SÃO ROLAMENTOS? Rolamento é um componente cuja função é transmitir uma ação de rotação de um determinado objeto. Carrega e suporta cargas, reduzindo o esforço ou força de movimento dele. Sua aplicação é muito ampla, é um dos elementos mais utilizados na construção de produtos, máquinas e ferramentas. Sendo assim, encontramos em carros, liquidificadores passando por parafusadeiras, máquinas de lavar roupas e até mesmo em Skates. Em função desta vasta gama de aplicações, pode ser definido como um importante elemento da máquina, sendo o principal responsável quando se precisa de movimento de rotação. Desse modo, rolamentos industriais são os modelos mais exigentes em aplicação e desempenho. São capazes de suportar cargas extremamente elevadas e operar em ambientes com umidade e agentes corrosivos. De forma geral, normalmente são constituídos de pista, esferas (ou rolos), gaiolas, retentores e lubrificante. Os modelos mais utilizados no mercado são os rolamentos de esferas, rolamentos de rolos e autocompensadores. Destes derivam outros modelos que são indicados para determinadas condições de trabalho e especificidade do projeto. Portanto, a escolha do tipo de rolamento também está em função do tipo de arranjo ou componentes do conjunto em funcionamento. UM POUCO DE HISTÓRIA Pode-se dizer que os rolamentos existem desde sempre. No antigo Egito, por exemplo, trabalhadores usavam troncos de árvores como rolos para deslizar e transportar enormes blocos de pedra para a construção de monumentos. Antigas civilizações, como escandinavas, gregas e romanas, também aplicavam elementos rolantes em diversas situações; Leonardo da Vinci, no século XV, ao descobrir o princípio da rotação, notou que haveria menos atrito entre esferas se elas não se tocassem. Dessa forma, o cientista desenvolveu separadores que permitiam que esferas se movessem livremente. A revolução industrial deu novas utilidades e aplicações aos rolamentos, que passaram a ser usados em metalurgias e motores. No final da Segunda Guerra Mundial, os japoneses desenvolveram tecnologias que trouxeram progressos substanciais aos rolamentos. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 03
  • 4. abecom.com.br TIPOS DE ROLAMENTOS Para cada tipo de aplicação, solicitação de forças ou tipo de ambiente, existe um modelo adequado. Entre eles, há rolamentos de esferas, rolos ou agulhas, radiais ou axiais, autocompensadores e séries especiais. O mercado – e as empresas – dispõe de diferentes tipos de rolamentos e cada qual tem suas especificidades e diferentes modelos: ROLAMENTOS DE ESFERAS Compreendem os Rígidos de Esferas, Série Y, Esferas de Contato Angular, Autocompensadores de Esferas, Axiais de Esferas e Axiais de Esferas de Contato Angular. ROLAMENTOS DE ROLOS Podem ser de Rolos Cilíndricos, Rolos de Agulhas, Rolos Cônicos, Autocompensadores de Rolos, Rolos Toroidais CARB, Axiais de Rolos Cilíndricos, Axiais de Agulhas, Axiais de Rolos Cônicos ou Axiais Autocompensadores de Rolos. ROLAMENTOS DE ENGENHARIA Categoria que conta com Rolamentos de Suporte, Unidades de Rolamento Sensorizado, Híbrido, INSOCOAT, para Altas Temperaturas, Revestidos NoWear e com Solid Oil. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 04
  • 5. abecom.com.br ROLAMENTOS DE LEVA Existem os tipos Rolos de Leva, Rolos de Suporte e Rolos de Leva com Eixo. RÓTULAS EM POLEGADA São Rótulas e Terminais de Rótula e Buchas, Arruelas Axiais e Tiras. ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO Compreendem os de Esferas e Contato Angular, de Rolos Cilíndricos, Axiais de Esferas de Contato Angular de Escora Dupla e Radiais ou Axiais de Rolos Cilíndricos. UNIDADES DE ROLAMENTOS Compostas de Unidades de Rolamento de Esferas, Unidades de Rolamento de Rolos, Rolamentos Bipartidos SKF Cooper. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 05
  • 6. abecom.com.br ROLAMENTOS DE ESFERAS Os rolamentos de esferas são os mais representativos no mercado industrial e são indicados em geral para aplicações de baixo torque e alta velocidade. Eles apresentam diferentes construções com variações de acordo com fatores, tais como: direções de cargas, rotações, temperatura de trabalho e condições de lubrificação. ROLAMENTOS RÍGIDOS E DE ESFERAS Têm ampla variedade de aplicações. São de construção simples, não separáveis, operam em altas velocidades e requerem pouca manutenção. Os rolamentos rígidos de esfera são fabricados com uma ou duas carreiras. Desse modo, suportam cargas axiais em ambos sentidos, inclusive em altas velocidades. Estes rolamentos também podem ser encontrados com placas de proteção ou placas de vedação. Os rolamentos de esferas com placas de proteção destinam-se a aplicações onde o anel interno gira. As placas de vedação são feitas de borracha sintética resistente ao desgaste e ao óleo. ROLAMENTOS SÉRIE Y Os rolamentos série Y têm uma superfície externa esférica (convexa) e um anel interno prolongado com diferentes tipos de dispositivos de fixação. As várias séries de rolamentos série Y diferem na maneira como o rolamento é fixado no eixo: com pino roscado, com um colar excêntrico de fixação, com a tecnologia de fixação SKF ConCentra, com uma bucha de fixação ou com um ajuste interferente. Os rolamentos série Y com anel interno prolongado nos dois lados, funcionam mais suavemente. Sendo assim, reduzem o quanto o anel interno pode se inclinar no eixo. ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR Estes rolamentos são adequados para suportar cargas combinadas (axiais e radiais) atuando simultaneamente. Também são fabricados com uma ou duas carreiras. Os rolamentos de esferas de contato angular são fabricados em uma grande variedade de tamanhos. A linha de rolamentos de precisão é indicada para máquinas-ferramenta, por exemplo. Grandes rolamentos de uma ou duas carreiras para aplicações em engenharia pesada, bem como as unidades de cubos de roda para a indústria automobilística. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 06
  • 7. abecom.com.br ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ESFERAS Possuem a característica de serem autoalinháveis, permitindo desalinhamentos angulares do eixo em relação ao alojamento. Estes rolamentos de Esferas possuem duas carreiras de esferas com uma pista esférica comum no anel externo. Dessa forma, são especialmente indicados para aplicações onde podem surgir desalinhamentos por erros de montagem ou por flexão do eixo. Podem ser fornecidos com furo cilíndrico e com furo cônico, com placas de vedação em ambos os lados e com o anel interno largo ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS Fabricados com esferas de escora simples ou escora dupla. Sua aplicação depende do sentido das cargas axiais, um sentido ou ambos. Rolamentos axiais de esferas não podem ser submetidos a cargas radiais. São compostos por anel de eixo, gaiola axial e anel de caixa que pode ter superfície de assento plana ou esférica. Estes rolamentos são separáveis e de montagem simples, pois os componentes podem ser montados individualmente. ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR São indicados para montagem em combinação com rolamentos de rolos cilíndricos. Os rolamentos axiais de esferas de contato angular possuem variáveis de modelos para aplicações que exijam cargas axiais altas em ambas as direções e forneçam um alto grau de rigidez de sistema. Também podem suportar velocidades mais altas. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 07
  • 8. abecom.com.br ROLAMENTOS DE ROLOS São rolamentos que usam cilindros (rolos) em vez de esferas como elementos rolantes. De forma geral, são projetados para operar com cargas maiores que os rolamentos de esferas. Eles contam com os seguintes tipos: ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS Os rolamentos de rolos cilíndricos são produzidos em diferentes modelos, séries e tamanhos, podem ser encontrados nas seguintes formas: de acordo com o número de carreiras de rolos (uma, duas ou quatro) e de acordo com o tipo de gaiola (com, sem ou projetos especiais). Outra diferença está na configuração dos flanges de anéis internos e externos, conforme a posição e o número de flanges-guia. ROLAMENTOS DE ROLOS DE AGULHAS Esse tipo de rolamento apresenta diâmetro pequeno em comparação com seu comprimento. Por ter perfil modificado de pista/rolo, faz com que se evitem os picos de tensão, prolongando sua vida útil. Possuem diferentes perfis e ampla variedade de materiais, séries e tamanhos. Essas características fazem com que sejam indicados para as mais diversas aplicações e condições operacionais. ROLAMENTOS DE ROLOS CÔNICOS É o tipo de rolamento que apresenta pistas de anel interno e externo cônicas e rolos cônicos. Por essa configuração, suportam cargas combinadas, o que significa que suportam cargas axiais e radiais atuando ao mesmo tempo. Como forma de proporcionar ação de rolagem verdadeira e, assim, garantir poucos momentos de atrito durante a operação, contam com linhas de projeção das pistas que se encontram em um ponto comum no eixo do rolamento. Sua capacidade de carga axial aumenta com ângulo de contato crescente. ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES DE ROLOS São os que contam com duas carreiras de rolos simétricas, sendo uma pista esférica comum no anel externo e duas pistas no anel interno inclinadas em um ângulo em relação ao eixo do rolamento. Sendo que o ponto central da esfera na pista do anel externo está no eixo do rolamento. Têm como características: acomodar desalinhamentos; alta capacidade de carga, vida útil longa, baixo atrito e robustez. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 08
  • 9. abecom.com.br ROLAMENTOS DE ROLOS TOROIDAIS CARB É o tipo de rolamento que apresenta carreira de rolos longos, simétricos e ligeiramente abaulados e perfis de pista em formato toroidal. Por serem rolamentos livres, podem acomodar somente cargas radiais e são destinados a substituir o rolamento autocompensador de rolos livre em um arranjo de rolamentos fixo/livre. Possuem as seguintes características: acomodar desalinhamentos, acomodação de deslocamento axial, ampla variedade de séries de dimensões, vida útil longa, baixo atrito e baixo ruído. ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CILÍNDRICOS Esse tipo de rolamento pode comportar cargas axiais pesadas e cargas de impacto, mas não é indicado para cargas radiais (ele não pode ser submetido a elas). São muito rígidos e pedem pouco espaço axial. Entre suas características, estão design separável e vida útil estendida do rolamento. ROLAMENTOS AXIAIS DE AGULHAS Os rolamentos axiais de agulhas são aqueles que possuem gaiola de forma estável, que permite a retenção e orientação, de forma confiável, a um maior número de rolos de agulhas. Eles são capazes de fornecer alto grau de rigidez dentro de um espaço axial mínimo. Quando se trata de aplicações cujas faces de componentes adjacentes têm de atuar como pistas, esse tipo de rolamento precisa de menos espaço em comparação a arruelas axiais convencionais. Como características, acomodam cargas axiais e de impacto pesadas e têm maior vida útil. ROLAMENTOS AXIAIS DE ROLOS CÔNICOS São os projetados a fim de suportar cargas axiais pesadas e cargas de pico. Eles são muito rígidos e exigem pouco espaço axial. Como características, têm design separável (as arruelas de eixo e da caixa de mancal, bem como os conjuntos axiais de gaiola e rolos dos rolamentos axiais de rolos cônicos com gaiolas, podem ser montadas separadamente), têm pouco atrito (o que também reduz calor de atrito e o desgaste do flange), vida útil longa e contam com consistência de perfis e tamanhos dos rolos (proporcionando melhor distribuição de carga e reduz o ruído e a vibração). Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 09
  • 10. abecom.com.br ROLAMENTOS AXIAIS AUTOCOMPENSADORES DE ROLOS São rolamentos que contam com rolos assimétricos e pistas especialmente projetadas. Eles têm capacidade de acomodar cargas axiais e cargas radiais simultâneas. Com eles, a carga por ser transmitida entre as pistas através de rolos em ângulo em relação ao eixo do rolamento, enquanto o flange orienta os rolos. Suas características são: alta capacidade de carga, acomodam desalinhamentos, design separável, alta velocidade, vida útil longa e baixo atrito. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 10
  • 11. abecom.com.br ROLAMENTOS DE ENGENHARIA Esses produtos incorporam características especiais para uso em aplicações específicas. Eles podem até tornar desnecessário o uso de unidades ou rolamentos personalizados e mais caros. Os tipos de rolamentos de Engenharia são: ROLAMENTOS DE SUPORTE Desenvolvidos especialmente para laminadores a frio do tipo múltiplo. Ainda assim, podem ser usados em outras aplicações, como em máquinas de endireitamento ou dobra. São baseados em rolamentos de duas ou três carreiras de rolos cilíndricos e podem ser encontrados como rolamentos de suporte com base em rolamentos de rolos de agulhas com uma carreira e rolamentos de duas carreiras de rolos cônicos. UNIDADES DE ROLAMENTO SENSORIZADO Indicadas para monitorar com precisão o status dos componentes lineares ou rotativos e têm como características serem compactas, robustas, confiáveis, simples e prontas para montar. São indicadas para muitas aplicações industriais e automotivas. Entre essas aplicações estão a gestão de motores, direção, sensoriamento de velocidade e medição da posição angular. ROLAMENTOS HÍBRIDOS São os que contam com anéis de aço específicos para rolamentos, bem como elementos rolantes produzidos em nitreto de silício para rolamentos (Si3N4). Esses elementos têm a capacidade de isolar eletricamente os rolamentos, aumentando a vida útil do rolamento e oferecendo desempenho aprimorado, mesmo quando as condições operacionais são difíceis. ROLAMENTOS INSOCOAT Desenvolvidos para que a corrente elétrica não passe pelo rolamento. Para isso, conta com superfícies externas dos anéis interno e externo com revestimentos de uma camada de óxido de alumínio isolante, o que inclui a aplicação de sofisticado processo de spray de plasma para um acabamento de excelente qualidade. Eles são a solução mais econômica, em comparação com outros métodos de isolamento. Como características, o produto conta com proteção contra erosão elétrica, alta resistência elétrica e desempenho elétrico consistente. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 11
  • 12. abecom.com.br ROLAMENTOS E UNIDADES DE ROLAMENTOS PARA ALTAS TEMPERATURAS Tipo de rolamento indicado para proporcionar maior confiabilidade, menor complexidade e menor impacto ambiental em temperaturas operacionais de até 350°C (660° F). Os rolamentos e unidades de rolamentos para altas temperaturas trazem benefícios ao meio ambiente em razão de suas várias aplicações. Conta entre suas características e benefícios com custo operacional total reduzido, operação praticamente sem manutenção, excelente desempenho em condições rigorosas, menor impacto ambiental e menor complexidade do projeto da máquina. ROLAMENTOS REVESTIDOS NOWEAR Sendo um revestimento de carbono resistente ao desgaste, o NoWear pode ser aplicado aos elementos rolantes e às pistas dos anéis internos de um rolamento ou apenas aos elementos rolantes. Um processo físico de deposição de vapor aplica o revestimento de carbono resistente ao desgaste. As superfícies de rolamentos revestidos NoWear retêm a resistência do material subjacente, ao mesmo tempo que incorporam a dureza, as propriedades superiores de atrito e a resistência ao desgaste do revestimento. São rolamentos com longa vida útil e grande com resistência a condições operacionais rigorosas. ROLAMENTOS COM SOLID OIL Projetados para serem usados em níveis elevados de umidade e contato acidental com água, entre outros contaminantes que podem causar danos às máquinas. Possuem lubrificação para toda vida útil do rolamento e não podem ser relubrificados. Entre as caraterísticas dos rolamentos com Solid Oil estão vida útil longa, maior vida útil do lubrificante, resistência a lavagens, eliminação de praticamente todo vazamento de lubrificante e proteção contra entrada de contaminantes. UNIDADES DE ROLOS INDEXADOS São baseadas nos rolamentos de rolos cilíndricos com número máximo de rolos de duas ou de quatro carreiras e desenvolvidas para aplicações em fornalhas contínuas de sinterização e usinas de pelotização. As unidades de rolos indexados, quando prontas para montar, são também destinadas a aplicações de carga pesada, cuja direção de rotação é frequentemente invertida ou em casos em que as velocidades de rotação são baixas. Entre as características das unidades de rolos, estão alta capacidade de carga, baixo atrito e vida útil longa. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 12
  • 13. abecom.com.br ROLOS DE LEVA Rolamentos de leva são rolamentos que possuem um anel externo de parede espessa. Assim, permite acomodar cargas radiais elevadas e, ao mesmo tempo, reduzir tensões de dobra e de distorção. Desse modo são projetados para funcionar em todos os tipos de trilhos e para serem usados em guias de cames, sistemas transportadores etc. Conheça os modelos: ROLOS DE LEVA Os rolos de leva são destinados a funcionar em todos os tipos de trilhos e indicados para serem usados em guias de cames, sistemas transportadores, etc. Sua superfície de rolagem para o anel externo é abaulada por padrão, mas também estão disponíveis com superfície de rolagem cilíndrica (plana), excetuando os de uma carreira. Esse tipo de rolamento inclui os rolos de leva, rolos de suporte e rolos de leva com eixo. Têm como características suportar cargas radiais elevadas e ter vida útil longa. ROLOS DE SUPORTE São os rolos baseados em rolamentos de rolos de agulhas ou cilíndricos, e a grande diferença entre eles e os rolamentos de rolos convencionais ou rolamentos de agulha está no diâmetro do rolo. Esse tipo de rolo vem disponível em diversos modelos e variantes, de forma a atender aos requisitos de aplicações diferentes. Possuem anel externo de parede espessa que permite cargas radiais elevadas e, ao mesmo tempo, reduz tensões de dobra e torção. Suas principais características são suportar cargas radiais elevadas e ter longa vida útil. ROLOS DE LEVA COM EIXO Os rolos de leva com eixo são baseados em rolamento de rolos de agulhas ou cilíndricos. Em vez de um anel interno, eles têm um pino sólido roscado. Os rolos de leva com eixo estão disponíveis em diversos modelos e variantes para atender aos requisitos de aplicações diferentes. Como características, o rolo de leva com eixo conta com maior suporte a cargas radiais elevadas e a cargas axiais, maior vida útil e facilidade de montagem. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 13
  • 14. abecom.com.br ROLAMENTOS DE SUPERPRECISÃO Os rolamentos de superprecisão garantem uma performance superior no que diz respeito aos movimentos produzidos pelas peças de estrutura circular e esférica que compõe o rolamento. Eles são indicados para aplicações em equipamentos que necessitam de alta capacidade para aguentar grandes cargas, transportes que demandam maior velocidade e vida útil mais longa. Estão nessa classe: ROLAMENTOS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR Acomodam cargas combinadas, sejam elas axiais e/ou radiais, mesmo atuando simultaneamente. Seus requisitos de aplicações variam e incluem quatro séries de dimensões, em inúmeras execuções. Isso faz com que possam ser incorporados a diversos tipos de aplicações de máquinas- ferramenta e em tudo que houver necessidade de rolamentos de precisão. Eles têm pistas do anel interno e externo que permitem deslocamentos de uma à outra na direção do eixo do rolamento. ROLAMENTOS DE ROLOS CILÍNDRICOS Podem ser de uma ou duas carreiras de alta precisão em três diferentes designs e séries. Esse tipo de rolamento permite adaptar o deslocamento axial do eixo em relação ao mancal em ambas as direções e de forma separada. Assim, o anel do rolamento com o conjunto de gaiola e rolos pode ser separado do outro anel. Essa propriedade permite que o processo de montagem e desmontagem seja simples. ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR DE ESCORA DUPLA Têm como função a fixação axial do eixo-árvore em ambas as direções. São fabricados no tamanho do furo e diâmetro externo nominal dos rolamentos de rolos cilíndricos correspondentes de forma idêntica. Em contrapartida, a tolerância do diâmetro externo da arruela da caixa de mancal, em conjunto com o diâmetro do furo do mancal, mais as tolerâncias geométricas recomendadas para rolamentos de rolos cilíndricos sob carga leve ou normal e carga do anel interno rotativo darão a folga radial adequada no furo do mancal. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 14
  • 15. abecom.com.br ROLAMENTOS RADIAIS E AXIAIS DE ROLOS CILÍNDRICOS Os rolamentos radiais de rolos cilíndricos oferecem maior capacidade de carga radial que outros desenhos de rolamentos. Eles possuem anéis interno e externo, porta-rolos e complemento de rolos cilíndricos de contorno controlado. Conforme o tipo, esses anéis têm dois flanges guiados pelos rolos. Já os axiais são projetados para suportar cargas axiais pesadas e cargas de choque. Não podem suportar cargas radiais. Possuem extremidades levemente abauladas, o que permite a modificação da linha de contato entre pistas e rolos, evitando picos de tensão nas extremidades e garantindo maior vida útil do rolamento. ROLAMENTOS AXIAIS DE ESFERAS DE CONTATO ANGULAR PARA PARAFUSADEIRAS Indicados para máquinas que precisem posicionar a peça de trabalho ou o componente da máquina de forma rápida, eficiente e precisa. Para atender essa demanda, as parafusadeiras podem ser apoiadas em ambas as extremidades por rolamentos axiais de esferas de contato angular de alta precisão, pois eles possibilitam alto grau de rigidez axial, bem como alta capacidade de carga axial, pois podem acomodar altas velocidades e acelerações rápidas, além de oferecer altíssima precisão de giro. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 15
  • 16. abecom.com.br RÓTULAS Dispositivos mecânicos que podem ser usados para movimentação em qualquer tipo de articulação. São disponibilizados os seguintes tipos: RÓTULAS E TERMINAIS DE RÓTULA Terminais de rótula compreendem uma cabeça em forma de olho com haste integral, formando um mancal para a rótula. Vida útil longa, alta confiabilidade e mínima manutenção são alguns dos recursos das rótulas e terminais de rótula. A ampla variedade de rótulas e terminais de rótula é versátil o suficiente para ser usada em diversas aplicações que abrangem quase todos os setores da indústria. BUCHAS, ARRUELAS AXIAIS E TIRAS Buchas são elementos em forma cilíndrica ou cônica usados em muitos aparelhos, como liquidificadores, espremedores de frutas e ventiladores, assim como grandes máquinas industriais. As arruelas axiais deslizantes secas de materiais compostos foram desenvolvidas para aplicações nas quais o espaço é limitado, não é possível realizar manutenção e onde pode ocorrer falta de lubrificante. Por fim, as tiras deslizantes secas possibilitam economia e melhor aproveitamento de espaço no desenvolvimento e formação de guias lineares planas. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 16
  • 17. abecom.com.br UNIDADES DE ROLAMENTO São unidades de rolamento prontas para instalar que são montadas, lubrificadas e vedadas na fábrica para o máximo em vida útil. Oferecem várias vantagens, incluindo vida útil longa, alta confiabilidade operacional, montagem rápida, manutenção mínima e substituição simplificada. Conheça os tipos: UNIDADES DE ROLAMENTOS DE ESFERAS Consistem em um rolamento série Y, baseado em um rolamento rígido de uma carreira de esferas com uma superfície externa esférica (convexa), e um anel interno prolongado, bem como caixa de mancal, que tem um furo correspondentemente esférico, mas côncavo. Esse tipo de rolamento até acomoda um desalinhamento inicial moderado, mas de maneira geral, não aceita deslocamentos axiais. Essa unidade já vem pronta para ser imediatamente montada e usada. UNIDADES DE ROLAMENTO DE ROLOS As unidades de rolamento são unidades de rolamento robustas e prontas para instalar que são montadas, lubrificadas e vedadas na fábrica para o máximo em vida útil. A linha de produtos inclui unidades de rolamentos com caixa de e unidades com mancal flangeado, cada qual otimizada para acomodar diferentes condições operacionais. Todas as unidades de rolamentos estão disponíveis como unidades com anel interior fixo (presas) ou sem anel interior fixo (livres). Entre suas aplicações estão transportadores de correia, de baldes e de corrente, equipamentos de mineração e metalurgia, unidades de tratamento de ar industriais, ventiladores e exaustores, equipamento de lavanderia comercial, entre outras. ROLAMENTOS BIPARTIDOS SKF COOPER Esses rolamentos de rolos cônicos bipartidos angulares médios são a solução ideal para a carga axial variável causada por gradientes de temperatura, movimento do casco ou reações em acoplamentos. As duas carreiras de rolos opostos podem suportar a carga axial em ambas as direções, além da carga radial. Esse tipo de rolamento é indicado para arranjos de rolamentos com difícil acesso ou para eixos de manivelas. Como são construídos em torno do eixo, proporcionam reduções significativas no tempo de montagem, em relação a rolamentos sólidos, reduções no tempo de inatividade e economia na manutenção. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 17
  • 18. abecom.com.br SKF AGRI HUBS Os SKF Agri Hubs oferecem uma confiabilidade que praticamente dispensa manutenção para aplicações agrícolas e com vantagens essenciais tanto para fazendeiros quanto para fabricantes de equipamentos originais. Essas unidades de rolamento prontas para montar são lubrificadas e vedadas permanentemente. Sua alta rigidez minimiza o risco de empenamento do disco e melhora a confiabilidade da máquina. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 18
  • 19. abecom.com.br SISTEMA BÁSICO DE CODIFICAÇÃO DE UM ROLAMENTO A codificação de um rolamento SKF segue um sistema que permite a sua identificação. Ela é conhecida como designação e pode consistir em uma sequência básica de números e letras, com ou sem, um ou mais prefixos e sufixos complementares. Sendo assim, a designação básica identifica: • tipo do rolamento • o projeto básico • as dimensões máximas Dessa forma, os prefixos e sufixos identificam as características do projeto ou componentes do rolamento. CODIFICAÇÃO DE UM ROLAMENTO A codificação de um rolamento normalmente contém de três a cinco dígitos. O número e as combinações têm o seguinte significado: O primeiro dígito ou letra, ou primeira combinação de letras, identifica o tipo de rolamento e uma variante básica. Os dois dígitos seguintes identificam a série de dimensão ISO. O primeiro dígito indica a largura ou altura (dimensões B, T ou H). O segundo dígito identifica o diâmetro (dimensão D). R Examples / - NU 2212 Prefix Space or non-separated Basic designation Space, oblique stroke or hyphen Suffix ECML C3 2CS W 6008 23022 Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 19
  • 20. abecom.com.br Os últimos dois dígitos identificam o código do tamanho do furo do rolamento. Se multiplicado por 5 resulta no diâmetro do furo (d) em mm. Entretanto, há exceções e as mais importantes no sistema de codificação de um rolamento são: #1 – Em alguns casos, o dígito do tipo de rolamento ou o primeiro dígito da identificação é omitido. #2 – Rolamentos com um diâmetro do furo de 10, 12, 15 e 17mm têm as seguintes identificações de código de tamanho: 00 = 10mm 01 = 12mm 02 = 15mm 03 = 17mm #3 – Rolamentos com diâmetro do furo < 10mm, ou ≥ 500mm, normalmente é dado em milímetros. A identificação de tamanho é separada do restante do código do rolamento por uma barra inclinada. Por exemplo, 618/8 (d = 8mm) ou 511/530 (d = 530mm). Isso também se aplica a rolamentos padrão ISO 15, com diâmetro do furo de 22, 28 ou 32mm. #4 – Rolamentos com diâmetro de furo < 10mm, como rolamentos de esferas de contato angular, autocompensadores e rígidos, o diâmetro do furo também é dado em milímetros. Entretanto não é separado por uma barra inclinada, por exemplo, 629 ou 129 (d = 9mm). #5 – Os diâmetros diferentes do furo padrão de um rolamento não são codificados e são fornecidos em milímetros, com até três casas decimais. Por exemplo, 6202/15.875 (d = 15,875mm). SÉRIES DE ROLAMENTOS As designações da série de rolamento consistem em uma identificação para o tipo de rolamento e a série de dimensões. Os dígitos nos colchetes pertencem ao sistema, contudo, na prática, não são utilizados na designação da série. PREFIXOS E SUFIXOS NOS CÓDIGOS DE UM ROLAMENTO A maioria dos rolamentos SKF segue um sistema de código que consiste em uma designação básica com ou sem, um ou mais prefixos e/ou sufixos. Os prefixos e sufixos oferecem informações adicionais sobre o rolamento, por exemplo: Prefixos: são usados principalmente para identificar componentes de um rolamento. Eles também podem identificar variantes de rolamentos. Sufixos: identificam projetos ou variantes, o que difere, de alguma maneira, do projeto original ou do projeto básico atual. Os sufixos são divididos em dois grupos. Quando mais de um recurso especial deve ser identificado, os sufixos são fornecidos na ordem mostrada na tabela a seguir. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 20
  • 21. abecom.com.br Sistema de Codificação de um Rolamento CODIFICAÇÕES DE ROLAMENTOS NÃO ABORDADAS PELO SISTEMA BÁSICO Rolamentos série Y As designações para rolamentos série Y diferem, de alguma maneira, das descritas no sistema básico de designação. Rolamentos de rolos de agulhas As designações para rolamentos de rolos de agulhas não seguem completamente o sistema básico de designação. Rolamentos de rolos cônicos As designações para rolamentos de rolos cônicos métricos seguem o sistema básico de designação ou o sistema de designação estabelecido pela ISO em 1977, coberto pela norma ISO 3551. Os rolamentos de rolos cônicos em polegadas são identificados de acordo com o padrão ANSI/ABMA. Prefixos Sufixo - Projeto externo (vedações, ranhura para anel de retenção, etc.) Sufixo - Estabilização Designação básica Sufixo - Tolerância, folga, pré-carga, giro silencioso Sufixo - projeto da gaiola Sufixo - Lubrificação Sufixo - Projeto interno Sufixo - Conjuntos de rolamentos, rolamentos pareados Sufixo - Materiais, tratamento térmico Sufixo - Outras variantes 1 2 3 4 5 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 21
  • 22. abecom.com.br Rolamentos personalizados Os rolamentos desenvolvidos para atender a um requisito específico do cliente normalmente são designados por um número de desenho. O número de desenho não oferece informações sobre o rolamento. Outros rolamentos Os rolamentos diferentes de rolamentos de esferas e rolamentos de rolos, como os rolamentos de superprecisão, rolamentos de seção fina, coroas de orientação ou rolamentos lineares, seguem sistema de codificação que pode diferir significativamente do sistema básico. Resumindo Conhecer o sistema de codificação dos rolamentos SKF pode facilitar o trabalho durante a especificação e projeto. Desse modo, se tem a garantida de que sua compra será de produtos legítimos. É muito importante ter a confiabilidade sobre a origem do rolamento adquirido. Portanto, utilize os códigos dos rolamentos em seu pedido ou requisição de compra. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 22
  • 23. abecom.com.br SELEÇÃO DE UM ROLAMENTO PARA O SEU PROJETO PRINCÍPIOS DE SELEÇÃO E APLICAÇÕES DE UM ROLAMENTO Para se projetar um arranjo de rolamento é necessário escolher adequadamente o seu tipo e tamanho, além disso, outros aspectos também são importantes. Portanto, deve-se considerar: tipo e quantidade de lubrificante, ajuste, capacidade de cargas axiais, cargas radiais, vida útil, atrito, velocidades de rotação permissíveis, folga interna, a montagem dos demais componentes do arranjo, vedação e sua aplicação. Cada um deles influencia no desempenho, confiabilidade e custo. Em alguns casos essa etapa é desconsiderada devido o tempo despendido em um projeto. Contudo, esse tempo depende da experiência que se tem com os arranjos similares e conhecimento de suas características. Além disso, existem outros fatores bastante relevantes que são o nível de exigência para cada aplicação e o custo do conjunto dentro do projeto. Tudo isso influencia em um maior tempo de projeto, por exemplo, em cálculos mais precisos, ou até mesmo testes em campo. ROLAMENTO – SELEÇÃO EM FUNÇÃO DO SEU PROJETO Antes de tudo, cada tipo de rolamento tem propriedades e características que o tornam particular em cada aplicação. Na maioria dos casos, devem ser considerados vários fatores desde a etapa do projeto, conforme mencionamos acima. Não se pode estabelecer uma regra geral para isso. Contudo, alguns pontos podem ser observados durante o projeto do seu arranjo de modo que a sua escolha seja a melhor. Dentre os vários fatores a se considerar, podemos destacar: ESPAÇO DISPONÍVEL PARA O ROLAMENTO Em muitos casos, é pré-determinado pelo projeto do equipamento em função do diâmetro do furo. Em eixos de diâmetro pequeno, a maioria dos rolamentos de esfera podem ser usados, o mais popular é o rígido de esfera. Quando o eixo é de diâmetro grande, poderão ser utilizados alguns tipos de rolamentos de rolos como: os de rolos cônicos, de rolos cilindros e autocompensadores de rolos, como também os rígidos de esfera. Quando o espaço radial é limitado, deve ser selecionado um rolamento com pequena altura de seção transversal. Especialmente o de gaiolas de agulhas, buchas de agulhas e de agulhas com ou sem anel interno. Também é possível utilizar um rolamento rígido de esfera, de contato angular, de rolos cilíndricos e autocompensadores de rolos. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 23
  • 24. abecom.com.br Se a limitação for na direção axial, certos rolamentos de uma carreira de rolos cilíndricos e de esferas podem ser utilizados. Se houver alguma dúvida durante a seleção, entre em contato com os nossos especialistas que ajudaremos na sua escolha. CARGAS ATUANTES NOS ROLAMENTOS A magnitude e a direção da carga devem ser observadas no momento da seleção do seu rolamento. A magnitude normalmente determina o tamanho do rolamento a ser utilizado. Geralmente os de rolos são capazes de suportar cargas maiores que os rolamentos de esferas. Os rolamentos de esferas são mais utilizados onde as cargas são leves ou moderadas. Para cargas pesadas, ou onde se utiliza eixos de diâmetros grandes, os rolamentos de rolos são mais apropriados. VELOCIDADE DE FUNCIONAMENTO A velocidade que os rolamentos podem atingir é limitada pela temperatura máxima da operação. Por exemplo, os rolamentos com baixo coeficiente de atrito e baixa geração de calor são mais adequados para altas velocidades. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 24
  • 25. abecom.com.br USO, MANUTENÇÃO, VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DOS ROLAMENTOS Um dos principais influenciadores no custo de manutenção de um equipamento, é certamente a vida útil do rolamento. Por este motivo, sua seleção e quem vai fornecê-lo também é. Com a entrada de empresas chinesas em diversos segmentos do mercado brasileiro, fica mais difícil escolher entre tantas opções. Não só o produto em si, mas o fornecedor também. Principalmente porque existem falsificações sendo comercializadas como se fossem produtos originais dos principais fabricantes. Nem sempre é possível para o comprador ou usuário final, identificar um rolamento falsificado. Dessa forma, a escolha do seu fornecedor deve ser criteriosa e amparada em garantias, como certificações e distribuição autorizada. Além disso, a experiência de mercado e profissionais capacitados são fatores importantes. Somente desse modo, se tem a certeza de que a aquisição do seu rolamento será segura. Recebendo um produto original que lhe trará a qualidade e o desempenho desejado. Contudo, se pensarmos no produto em si, existem fatores que estão diretamente ligados à vida útil do rolamento. Quando o assunto é qualidade ou desempenho, a vida útil está diretamente ligada a fatores de fabricação e condições de trabalho. Eles estão diretamente ligados entre si. Destacaremos alguns deles a seguir: QUAIS FATORES DE FABRICAÇÃO INTERFEREM NA VIDA ÚTIL DO ROLAMENTO? Dentre os principais fatores de fabricação podemos destacar três pilares importantíssimos: matéria-prima, tecnologia e know-how. A matéria-prima utilizada na fabricação está diretamente ligada à sua vida útil. Se o material escolhido não respeitar os critérios de aplicação e métodos de fabricação, o rolamento não terá a qualidade necessária para um bom desempenho. Da mesma forma, a tecnologia usada para a sua fabricação. É preciso ter equipamentos e processos adequados que garantam alta precisão dimensional e geométrica. As partes de um rolamento exigem que seus encaixes sejam perfeitos, assim como a superfície que deve possuir o acabamento necessário para montagem. Entretanto, estes dois só são possíveis se o fabricante tiver a experiência e conhecimento para isso. Portanto, o know-how é o terceiro pilar que sustenta os principais fatores de fabricação que interferem na vida útil do rolamento. Como resultado desses fatores, é essencial que se escolha um distribuidor certificado e autorizado na venda de rolamentos ou acessórios industriais. Essa é uma garantia importante para não se adquirir produtos falsificados ou de Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 25
  • 26. abecom.com.br baixa qualidade. Entretanto, também existem os fatores relativos à operação e condições de uso. Vamos aos principais: FATORES MECÂNICOS OU FÍSICOS NA VIDA ÚTIL DO ROLAMENTO Atrito O atrito em um rolamento é um fator muito importante, principalmente quando se considera a geração de calor e temperatura de trabalho. Depende da capacidade de carga e de outros fatores, sendo os mais importantes o tipo e tamanho do rolamento, a velocidade de rotação e a quantidade de lubrificante. A resistência total ao movimento de rolagem é constituída do atrito e deslizamento das áreas de contato entre corpos rolantes e pistas. Assim como da área de contato entre os corpos rolantes e gaiola. Do mesmo modo nas superfícies de guia dos corpos rolantes ou da gaiola, do atrito gerado pelo lubrificante e, também, do atrito de deslizamento gerado pelas placas de vedação. Sobe certas condições o atrito pode ser previamente calculado e com boa precisão. Utiliza-se um coeficiente de atrito µ de acordo com a equação abaixo: M = 0,5 μ F d Onde: M = momento de atrito (Nmm) µ = Coeficiente de atrito (conforme a tabela do fabricante) F = carga aplicada sobre o rolamento (N) d = diâmetro do furo do rolamento (mm) Velocidade Existe um limite de velocidade no qual os rolamentos podem trabalhar. De maneira geral, o que estabelece o limite é a temperatura de trabalho permissível do lubrificante, assim como o material dos seus componentes. A velocidade na qual a temperatura é atingida, depende do calor gerado pelo atrito do rolamento e da quantidade de calor que possa ser retirada dele. Também são fatores importantes o tipo e tamanho do rolamento, geometria interna, cargas axiais, cargas radiais, condições de lubrificação e resfriamento. Do mesmo modo o desenho da gaiola, precisão de giro e folga interna. Aqui é possível verificar o quão importante são os três pilares mencionados anteriormente. Eles são fatores importantes para garantir a vida útil do rolamento. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 26
  • 27. abecom.com.br Carga dinâmica A carga permissível para um rolamento não é definida pela fadiga o material, mas pela deformação permanente provocada pela carga. Cargas atuando em um rolamento estacionário ou em um rolamento que oscila lentamente, produzem áreas deformadas nos corpos rolantes. Assim como as cargas de choque, que atuam somente em uma fração de revolução. Ambas também produzem endentações nas pistas que podem estar irregularmente espaçadas na distância entre os corpos rolantes. Se a carga atua durante várias revoluções do rolamento, a deformação será igualmente distribuída ao longo da pista. As deformações permanentes do rolamento podem levar à vibração e aumento do atrito. Também é possível que ocorra um aumento da folga interna, ou os ajustes determinados podem se modificar. Desse modo, é importante para a vida útil do rolamento, assegurar que estas situações não se prolonguem. Garantindo que as deformações permanentes não ocorram, ou ocorram numa extensão muito pequena. Folga interna A folga interna de um rolamento é definida como a distância total que um anel pode ser movido em relação a outro. Tanto na direção radial como também na direção axial. É importante distinguir entre folga interna antes da montagem e depois da montagem de um rolamento. Nesta última situação, o rolamento atinge sua temperatura de trabalho. A folga interna inicial, antes da montagem, é maior que a folga em trabalho, pois os anéis são expandidos ou comprimidos por ajustes com interferência. Também porque há diferenças no posicionamento dos anéis do rolamento, devido às dilatações térmicas dos componentes. A folga interna radial é muito importante para a vida útil do rolamento. Como regra geral, os rolamentos de esferas devem ter uma folga em trabalho igual a zero, ou então uma pequena pré-carga. Rolamentos de rolos cilíndricos e autocompensadores de rolo, devem sempre ter alguma folga residual, mesmo que pequena. Do mesmo modo para os rolamentos de rolos cônico, exceto em casos de grande rigidez. Por exemplo, arranjos de rolamentos para pinhão, de diferencial, onde são montados com um certo grau de pré-carga. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 27
  • 28. abecom.com.br CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO Para assegurar um bom desempenho e prevenir falhas prematuras, é essencial que se realize a correta montagem de um rolamento. Primeiro, porque os rolamentos são componentes de alta precisão e devem ser manuseados com cuidado durante a montagem. Segundo, devido à importância de se escolher o método correto e as ferramentas adequadas para a sua montagem. PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONTAGEM DE UM ROLAMENTO O método de montagem de um rolamento depende do seu tamanho e tipo. Pode ser mecânico, hidráulico ou térmico. Em qualquer um deles, é importante que os anéis, gaiolas ou corpos rolantes não recebam golpes diretos. Isso pode danificá-lo seriamente e comprometer sua vida útil. Antes de tudo, para uma correta montagem é preciso separar previamente as ferramentas. Deixá-las organizadas e limpas. Recomenda-se também que seja em um ambiente seco e isento de poeira. Outro ponto importante, é estudar o desenho do equipamento e avaliar em que ordem será realizada a montagem do rolamento. Isso evitará que se desperdice tempo ou danifique algum componente durante o trabalho. Mais importante ainda, é avaliar as tolerâncias e precisões dimensionais de todos os componentes do conjunto. Assim, seu desempenho só será satisfatório se forem obedecidas todas as tolerâncias especificadas pelo projeto e fabricante. Contudo, procure deixar o rolamento na embalagem até o momento da montagem, a fim de evitar alguma contaminação. Ele normalmente vem protegido de fábrica com um protetor antioxidante que deve ser removido apenas da superfície externa e do furo. Entretanto, caso o rolamento seja lubrificado com graxa e utilizado em temperaturas muito altas ou baixa, ele deve ser lavado cuidadosamente, assim como se a graxa não for compatível com o protetivo. Assim, evita-se qualquer efeito que altere as propriedades de lubrificação do rolamento. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 28
  • 29. abecom.com.br MONTAGEM DE UM ROLAMENTO COM FURO CILÍNDRICO Em rolamentos não separáveis, é indicado primeiro a montagem do anel com ajuste mais interferente. Cobrindo ligeiramente a superfície do assento com óleo. Se não for muito interferente, os rolamentos pequenos podem ser montados sobre seus assentos. Dessa forma são permitidos pequenos golpes de martelo sobre um pedaço de metal mole, bucha de nylon ou poliuretano. Contudo, é recomendável o uso de um martelo de poliuretano para a montagem de um rolamento. Assim, evita-se que ocorra algum dano. Mais importante, os golpes devem ser uniformemente distribuídos pelo anel para evitar que o rolamento fique desalinhado sobre seu assento. Em rolamentos separáveis, o anel interno pode ser montado independentemente do externo. Desse modo, simplifica a montagem quando ambos têm ajuste interferente. Ao colocar o eixo deve-se ter o cuidado de alinhá-los corretamente para evitar que as pistas sejam riscadas pelos corpos rolantes. MONTAGEM DE ROLAMENTOS COM FURO CÔNICO Os anéis internos do rolamento com furo cônico, sempre devem ser montados com ajuste interferente. O grau de interferência não é determinado pela tolerância escolhida pelo eixo, e sim pelo deslocamento axial do rolamento sobre o assento cônico do eixo, da bucha de fixação ou de desmontagem. Na montagem do rolamento autocompensadores de esferas ou rolamento de rolos, usa-se como medida do grau de interferência tanto a redução da folga interna radial inicial, como o deslocamento axial no assento cônico. Já a montagem de um rolamento pequeno, pode feita usando uma porca do eixo, sobre uma bucha de fixação usando a porca da bucha. Para rolamentos grandes, as porcas hidráulicas e o método de injeção de óleo têm se mostrado muito eficazes. Elas são rosqueadas na ponta do eixo ou na bucha, de forma que a face do êmbolo encoste no anel interno. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 29
  • 30. abecom.com.br TESTE DE GIRO Após a montagem de um rolamento, lubrifica-se e efetua-se um teste de funcionamento, para verificar o nível de ruído e temperatura de trabalho. O teste deve ser feito sob uma capacidade de carga parcial e a uma velocidade baixa ou moderada. Em nenhuma circunstância, o rolamento deve iniciar a operação descarregado e acelerado até altas velocidades ou rotação. Pois, existe o perigo de que os corpos rolantes escorreguem nas pistas danificando-as. Da mesma forma, a gaiola pode ser submetida a tensões inadmissíveis. O nível do ruído pode ser verificado usando um bastão de madeira ou chave de fenda pressionada sobre a caixa. Os rolamentos normalmente produzem um zumbido suave e uniforme. Entretanto, um som de batidas ou ruído confuso e irregular, indicam a presença de contaminantes ou danificações causadas durante a montagem. Um aumento de temperatura do rolamento logo após o início da operação é normal. Caso a lubrificação seja com graxa, a temperatura não diminuirá até que ela tenha sido uniformemente distribuída, atingindo assim, a temperatura de equilíbrio. Altas temperaturas anormais ou picos de temperaturas constantes, indicam que existe excesso de lubrificante. Também pode ser que esteja com excesso de cargas axiais ou cargas radiais, que algum componente não foi corretamente fabricado ou atrito nas placas de vedação. Portanto, durante o teste de funcionamento ou imediatamente após a montagem de um rolamento, deve-se observar as placas de vedação. Também recomenda-se verificar os equipamentos de lubrificação e o nível do óleo. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 30
  • 31. abecom.com.br LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE? O método de lubrificação de rolamentos é sem dúvida uma das atividades mais importantes na manutenção. Se realizada de maneira correta permitirá que trabalhem de forma confiável e com maior vida útil. A correta lubrificação evita o contato metálico direto entre os corpos rolantes, pistas e gaiola. Sendo assim, previne o degaste e protege as superfícies contra a corrosão. Portanto, é de extrema importância escolher o tipo de lubrificante correto e o método mais adequado para cada aplicação. Os fabricantes fornecem informações sobre o melhor tipo de lubrificação de rolamentos em função do seu tipo e uso. De maneira geral, a lubrificação pode ser feita com graxa ou óleo. Os rolamentos com placas de vedação em ambos os lados, são montados utilizando graxa, por exemplo. Isso porque possuem uma faixa de temperatura de operação elevada. Além disso, a graxa geralmente ultrapassa a vida útil do rolamento e, neste caso, não exige que seja relubrificado. LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS: QUAIS OS TIPOS? Existem no mercado, uma vasta gama de tipos de lubrificantes. Encontra-se óleos e graxas, bem como lubrificantes sólidos para uso em condições extremas de temperatura. A escolha da lubrificação de rolamentos depende basicamente das condições de operação, portanto, velocidade de rotação e tipo de ambiente. A quantidade de lubrificante também é um fator importante, pois pode variar dependendo da função que a lubrificação deve exercer. Por exemplo, se a lubrificação tem funções adicionais como vedação ou remoção de calor, é necessária uma quantidade maior. Em função da variedade de lubrificantes existentes, principalmente graxas, e das diferenças nas propriedades lubrificantes, um fabricante de rolamento não pode se responsabilizar pelo desempenho ou tipo de lubrificante. Cabe ao usuário especificar detalhadamente as condições de trabalho e obter do fornecedor o tipo indicado para sua aplicação. Dependendo do tipo de arranjo, o lubrificante perde gradualmente as suas propriedades durante a operação, devido ao trabalho mecânico, envelhecimento ou contaminação. Desse modo, além das condições de trabalho, o plano de manutenção preventiva é extremante importante. LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS COM GRAXA Na maioria das aplicações, sob condições normais de uso, o rolamento pode ser lubrificado com graxa. A graxa possui algumas vantagens sobre o óleo, pois ela é retida mais facilmente, principalmente em eixos inclinados ou verticais. Contribui também, na vedação contra contaminantes, umidade e água. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 31
  • 32. abecom.com.br Contudo, há que se tomar cuidado com a quantidade de graxa aplicada. Seu excesso causará um rápido aumento da temperatura de trabalho, principalmente aplicações de altas velocidades de rotação. De modo geral, somente o rolamento deve ser completamente preenchido com graxa. O alojamento ou caixa deve ser parcialmente preenchido (30 a 50%). Só se deve preenche-lo completamente se ele trabalhar em baixa velocidade e necessitar de proteção contra corrosão. As graxas para lubrificação de rolamentos são óleos minerais sintéticos adicionados a um agente espessante. A consistência depende basicamente da quantidade e tipo de agente utilizado. Quando selecionar a graxa, deve-se considerar a viscosidade do óleo base, a consistência, a faixa de temperatura, propriedades inibidoras de corrosão e resistência da película protetora. MISCIBILIDADE EM LUBRIFICAÇÃO COM GRAXA Ao trocar o tipo de graxa na lubrificação de rolamentos, é importante considerar a miscibilidade das graxas. Qualquer que seja a razão da troca de uma graxa por outra. Misturar graxas incompatíveis pode variar drasticamente a consistência. Além disso, a máxima temperatura de operação da mistura pode ser tão baixa que pode provocar uma falha no rolamento. A mistura da graxa é possível quando ambas possuem o mesmo agente espessante e óleos- base similares. Por exemplo: uma graxa com sabão à base de sódio só pode ser misturada com outra graxa com sabão à base de sódio. Mais importante, em arranjos de rolamentos onde uma baixa consistência leve a um vazamento da graxa, deve-se trocar totalmente a graxa em vez de apenas completá-la. LUBRIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS COM ÓLEO Utiliza-se óleo para a lubrificação de rolamentos somente quando altas velocidades ou temperaturas elevadas não permitam o uso da graxa, quando o calor gerado por atrito ou de origem externa deva ser removido do rolamento, e também quando componentes adjacentes são lubrificados com óleo. O método mais simples de lubrificação com óleo é o banho de óleo. Desse modo, o óleo é captado pelos componentes rotativos do rolamento e distribuído dentro do mesmo. O nível do óleo deve ficar um pouco abaixo do centro do corpo rolante que ocupar a posição mais baixa quando o rolamento estiver parado. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 32
  • 33. abecom.com.br Operação em alta velocidade provoca um aumento na temperatura de trabalho, acelerando o envelhecimento do óleo. Assim, torna-se necessário a lubrificação por circulação de óleo. Normalmente feita com o auxílio de uma bomba. Após passar pelo rolamento, o óleo deve ser filtrado e, se necessário, resfriado antes de retornar ao ponto de lubrificação. O resfriamento do óleo permitirá que a temperatura de trabalho seja mantida baixa. Para velocidades muito altas, é necessário que uma quantidade de óleo entre no rolamento, mas não excessiva. Assim, permitirá uma boa lubrificação, sem que a temperatura de trabalho aumente mais do que o necessário. OUTROS MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO COM ÓLEO Existem outros métodos de lubrificação podem ser indicados, são eles: - Lubrificação de rolamentos por jato de óleo: na qual se injeta óleo a alta pressão em um dos lados do rolamento. A velocidade do jato de óleo deve ser alta o suficiente para que parte do óleo penetre na turbulência que rodeia o rolamento. Indica-se no mínimo 15 m/s. - Lubrificação de rolamentos por atomização: em que são transportadas quantidades muito pequenas e bem definidas de óleo. Essas pequenas quantidades permitem o rolamento operar a temperaturas mais baixas ou a velocidades mais altas do que qualquer outro método. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 33
  • 34. abecom.com.br INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS: SAIBA O QUE FAZER O QUE DEVO SABER ANTES DA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS? A condição do rolamento é muito importante e vital para garantir alto desempenho de qualquer equipamento. Portanto, deve-se monitorar as condições de trabalho e operação dos componentes mais importantes. Sistemas que envolvem velocidade e transmissão de força requerem atenção e monitoramento, principalmente quando se tem uma linha de produção contínua ou processos precisos e automatizados. Sendo assim, componentes como rolamentos industriais, correias e mancais, devem ser monitorados frequentemente. Um bom plano de manutenção preditiva e profissionais especializados podem garantir o desempenho esperado do seu equipamento. Entretanto, vale ressaltar a importância de se adquirir componentes originais. Comprar um rolamento SKF ou correias Continental de um distribuidor autorizado, por exemplo, lhe trará mais segurança. REALIZAR A INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS É IMPORTANTE PARA GARANTIR ALTO DESEMPENHO DE UM EQUIPAMENTO? Entre os rolamentos que falham prematuramente, muitos apresentam problemas porque são submetidos a cargas de serviço inesperadas. Por exemplo, desbalanceamento ou desalinhamento. Uma falha no rolamento danifica os componentes associados, como: correias, mancais, acoplamentos etc. Pode levar a máquina a falhar ou até mesmo quebrar um componente. Sendo assim, saber como atuar na manutenção de um rolamento ou componente se torna fundamental. A abordagem do tipo de manutenção de rolamentos, correias ou mancais, segue uma entre três metodologias: reativa, preventiva ou preditiva. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens, mas, em geral, recomenda-se uma abordagem proativa, combinando o melhor das metodologias. É neste contexto que se encaixa a inspeção de rolamentos. Nota: O monitoramento de condições é uma expressão coletiva que inclui o monitoramento de qualquer máquina através de instrumentos. O monitoramento multiparâmetro de condições é a técnica mais praticada e o monitoramento da vibração é o método mais utilizado como inspeção de rolamentos. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 34
  • 35. abecom.com.br A VANTAGEM DE USAR A ABORDAGEM MULTIPARÂMETRO Essa abordagem permite que o sistema de monitoramento não considere apenas os rolamentos. Vai além deles e considera a máquina como um todo. Dessa forma, proporciona a oportunidade de proteger os rolamentos corrigindo falhas subjacentes. Outros componentes como correias de transmissão, polias ou mancais, também podem ser monitorados. A inspeção dos rolamentos e dos componentes associados podem ser realizados durante a operação ou em uma parada. As atividades de inspeção podem ser feitas pela combinação de instrumentos avançados e com alta tecnologia. METODOLOGIAS DE MANUTENÇÃO TÊM INFLUÊNCIA NA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS? A experiência mostra que as estratégias de manutenção variam consideravelmente de uma fábrica para outra. Entretanto, as metodologias empregadas podem ser classificadas de maneira geral em um certo número de tópicos comuns. Manutenção Reativa A manutenção reativa, por exemplo, reflete a ausência de uma estratégia organizada de manutenção. Mesmo assim, em algumas situações, pode ser a única abordagem de manutenção possível. A natureza das atividades reativas não permite que sejam previamente programadas. Nela não seria possível a realização de uma inspeção de rolamentos, por exemplo. Manutenção Preventiva A manutenção preventiva é um processo rotineiro ou programado que se baseia em prevenir a ocorrência de defeitos inesperados. Utiliza procedimentos adequados de manutenção e boas práticas de manutenção. Assim, é importante ter a compreensão dos padrões de danos sofridos pelos componentes e de uma estratégia de manutenção. Desse modo, é possível atuar especificamente nesses padrões e ter resultados positivos no desempenho do rolamento, por exemplo. Contudo, ainda não estamos atuando efetivamente com a inspeção dos rolamentos, correias, mancais ou outros componentes. Manutenção Preditiva A manutenção preditiva (PdM) pode ser definida como um processo de manutenção que se baseia na inspeção, monitoramento e predição das máquinas. O monitoramento das condições da máquina compreende diversos instrumentos e técnicas como o monitoramento da vibração dos rolamentos. É nesse contexto que a inspeção de rolamentos e componentes subjacentes se encaixa. Contudo, nenhuma das metodologias de manutenção proporciona, individualmente, uma solução de manutenção Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 35
  • 36. abecom.com.br definitiva. A solução ideal é uma combinação dessas metodologias. A manutenção de confiabilidade proativa é um processo estruturado e dinâmico para utilizar a combinação apropriada das metodologias de manutenção reativa, preventiva e preditiva. Assim, para conseguir a máxima eficiência em seu rolamento industrial, recomendamos adotar uma metodologia que promova a comunicação de informações entre os componentes por toda a fábrica. Mais importante, que seja direcionada pelo envolvimento e comprometimento do operador. INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS DURANTE A OPERAÇÃO Os rolamentos são componentes vitais de qualquer máquina com parte rotativas e devem ser monitorados de perto. A realização da inspeção de rolamentos permite identificar as falhas prematuras de rolamentos. Desse modo, permitem a substituição durante manutenção regularmente programada. Evitando assim, paradas de máquina não programadas e de alto custo, causados por falha do rolamento. OBSERVAÇÃO: rolamentos industriais de máquinas críticas ou que operam em ambientes agressivos devem ser monitorados e inspecionados com mais frequência! Há diversos instrumentos e métodos para monitorar e inspecionar os rolamentos durante a operação. Os parâmetros mais importantes para medir as condições e obter o desempenho ideal do rolamento incluem ruído, temperatura e vibração. Rolamentos que estão gastos ou danificados, normalmente apresentam sintomas identificáveis. Muitas causas possíveis podem ser responsáveis e precisam ser investigadas. Entretanto, por motivos práticos, nem todas as máquinas ou funções de máquina podem ser monitoradas por sistemas avançados. O QUE FAZER PARA ATUAR NA INSPEÇÃO DE ROLAMENTOS DE MANEIRA EFICIENTE? Os sinais de problema podem ser observados olhando ou ouvindo a máquina. Realizando a inspeção de rolamentos de forma manual, com um profissional da área. Entretanto, o uso dos sentidos humanos para detectar problemas em rolamentos, são limitados. Para que o defeito seja identificado ou tenha ocorrido de forma que seja detectável, o dano pode já ser grande. A vantagem do uso de tecnologias objetivas, como a análise de vibração, é que as falhas são detectadas no estágio inicial de desenvolvimento, antes de se tornarem problemáticas. Para obter medições precisas e resultados confiáveis, a SKF recomenda utilizar instrumentos profissionais de monitoramento de condições. AVISO: não confunda detecção com análise. Substituir um rolamento danificado, após detectar altos níveis de vibração resolve o problema apenas temporariamente! A causa raiz da vibração deve ser identificada, analisada e tratada. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 36
  • 37. abecom.com.br MONITORAMENTO DE ROLAMENTO DURANTE A OPERAÇÃO Rolamentos que estão gastos ou danificados, normalmente apresentam sintomas identificáveis. A inspeção de rolamento durante a operação é uma recomendação importante para garantir sua vida útil. Além disso, previne uma parada de máquina indesejável e, consequentemente, atrasos na produção. MONITORAMENTO DE RUÍDOS EM UM ROLAMENTO Uma maneira comum de identificar uma irregularidade no desempenho do rolamento é ouvindo. Rolamentos em boas condições produzem um ruído contínuo, como traqueia de gato. Sendo assim, sons irregulares geralmente indicam que os rolamentos estão em más condições ou que algo está errado. A ampla variedade de sons produzidos pelas máquinas inclui também componentes ultrassônicos de ondas curtas. São, por sua natureza, extremamente direcionais. Instrumentos, tais como sondas ultrassônicas, isolam esses ultrassons dos ruídos do ambiente da fábrica e das máquinas e identificam a fonte. Outro instrumento popular para identificar peças de máquinas com problemas ou rolamentos danificados é o estetoscópio eletrônico, que detecta, rastreia e diagnostica todos os tipos de ruídos em máquinas. MONITORAMENTO DA TEMPERATURA É importante monitorar a temperatura operacional em todos os locais onde houver um rolamento. Se as condições operacionais não se alteraram, o aumento da temperatura é frequentemente uma indicação de dano iminente no rolamento. No entanto, tenha em vista que há um aumento natural de temperatura durante um ou dois dias após a lubrificação do rolamento e a cada relubrificação. Os termômetros de contato e termômetros sem contato podem ser usados para medir temperatura. Os termômetros sem contato são especialmente úteis em áreas de difícil acesso ou perigosas. Além disso, os dispositivos termográficos e câmeras termográficas utilizam o infravermelho para identificar anormalidades térmicas ou “pontos quentes”, que o olho humano não pode ver. A inspeção térmica por infravermelho pode revelar problemas potenciais e identificar as áreas problemáticas sem interromper a produção. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 37
  • 38. abecom.com.br OBSERVAÇÃO: em aplicações onde o anel interno gira, a caixa de mancal é tipicamente 5 °C mais fria que o anel externo do rolamento e 10 °C mais fria que o anel interno do rolamento. MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Os rolamentos atingem o desempenho máximo somente se os níveis de lubrificação forem adequados. Portanto, as condições de lubrificação de um rolamento devem ser acompanhadas de perto. Desse modo a condição do lubrificante deve ser avaliada periodicamente. A melhor maneira de fazer isso é coletar algumas poucas amostras (normalmente de áreas diferentes) e analisá-las. O Kit de teste de graxa SKF é uma ferramenta útil para verificar no campo as propriedades da graxa. Em geral, a análise do lubrificante é feita por duas razões principais: para avaliar as condições do lubrificante e para avaliar as condições da máquina. Monitorar as condições do óleo, por exemplo, oferece a oportunidade de estender o intervalo de troca com a economia do consumo de óleo e redução das paradas de máquina. RECOMENDAÇÕES DE QUEM É UM DISTRIBUIDOR AUTORIZADO SKF A Abecom, distribuidora certificada e parceira SKF, recomenda as seguintes atividades relacionadas à inspeção da lubrificação: #1 – Verifique se há vazamento de lubrificante nas áreas próximas do rolamento. #2 – Examine todos os vazamentos de lubrificante. Normalmente, os vazamentos são causados por vedações desgastadas, defeitos de vedação, superfícies de apoio de vedações danificadas, contaminação de líquidos como água na graxa e bujões soltos. Também podem ser causados por peças mal encaixadas, por exemplo, entre um mancal e uma tampa de fechamento ou por óleo livre liberado pela graxa que foi desalojada por vibração. OBSERVAÇÃO: as vedações de borracha são projetadas para permitir o vazamento de uma pequena quantidade de lubrificante para lubrificar a superfície de apoio da vedação. #3 – Mantenha os colares de proteção e vedações de labirinto, cheios de graxa para obter proteção máxima. #4 – Verifique se os sistemas automáticos de lubrificação estão funcionando corretamente e fornecendo a quantidade correta de lubrificante aos rolamentos. #5 – Verifique o nível do lubrificante em reservatórios de coleta e reservatórios e reabasteça quando necessário. #6 – Relubrifique os rolamentos com graxa, onde e quando aplicável. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 38
  • 39. abecom.com.br MONITORAMENTO DA VIBRAÇÃO DE ROLAMENTOS A necessidade de monitoramento da vibração advém de três fatos fundamentais: • Todas as máquinas vibram. • O começo de um problema mecânico é geralmente acompanhado por um aumento dos níveis de vibração. • A natureza da falha pode ser determinada a partir das características da vibração. Cada problema mecânico gera uma frequência de vibração exclusiva. Portanto, essa frequência deve ser analisada para ajudar a identificar a causa raiz. Para captar a frequência da vibração, um transdutor (um sensor piezoelétrico) é estrategicamente colocado na máquina. Há grande variedade de frequências que podem ser geradas por diferentes falhas da máquina: - baixas frequências, 0 a 2 kHz - altas frequências, 2 a 50 kHz - frequências muito altas, > 50 kHz Vibrações de baixa frequência são causadas, por exemplo, por ressonância estrutural, desalinhamento ou frouxidão mecânica. Frequências altas e muito altas incluem aquelas geradas por danos (defeitos) em rolamentos. Assim, medindo a amplitude em termos da aceleração, é possível obter uma indicação muito precoce do aparecimento de problemas em rolamentos. MEDIÇÃO DA VIBRAÇÃO Onde medir As medições de vibração, utilizando, por exemplo, o SKF Machine Condition Advisor, devem ser obtidas em três direções diferentes em cada posição de rolamento de uma máquina. Medições horizontais normalmente mostram mais vibração do que as medições verticais porque uma máquina é normalmente mais flexível no plano horizontal. O desbalanceamento, por exemplo, produz uma vibração radial que é parcialmente vertical e parcialmente horizontal. Vibração horizontal excessiva é muitas vezes um bom indicador de desbalanceamento. Normalmente, medições axiais mostram pouca vibração, mas quando existem, geralmente indicam desalinhamento e/ou um eixo torto. Quando medir O melhor momento para medir a vibração é quando a máquina está operando em condições normais, ou seja, quando os rolamentos tiverem atingido a temperatura normal de operação e a rotação da máquina estiver dentro da especificação. Em máquinas de rotação variável, as medições devem sempre ser feitas no mesmo ponto no ciclo do processo. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 39
  • 40. abecom.com.br OBSERVAÇÃO: para fins de comparação, a localização e o tipo de medição, bem como as condições operacionais, devem ser idênticos cada vez que uma medida for feita. Análise da frequência de defeitos de rolamentos Cada rolamento gera um sinal de baixa frequência. A frequência do sinal depende do número e tamanho dos elementos rolantes, do ângulo de contato do rolamento e o diâmetro do passo do elemento rolante. Sempre que os elementos rolantes passarem por um defeito do rolamento, um sinal de alta frequência é gerado, o que provoca um pico na amplitude do sinal. A taxa desses picos é uma função da rotação, bem como da posição do defeito no rolamento e da geometria interna do rolamento. Para monitorar as condições de um rolamento, é usada uma técnica chamada envelope ou envolvente de aceleração. Envelope isola o sinal de alta frequência gerado pelo defeito, de outras frequências que ocorrem naturalmente decorrentes da rotação ou estruturais na máquina. Cálculo das frequências dos defeitos no rolamento Cada componente do rolamento tem uma frequência de defeito única, que permite que um especialista identifique o dano. As seguintes frequências de defeitos podem ser calculadas: - BPFO, frequência de passagem da esfera/rolo pela(s) pista(s) do anel externo [Hz] - BPFI, frequência de passagem da esfera/rolo pela(s) pista(s) do anel interno [Hz] - BSF, frequência de giro da esfera/rolo [Hz] - FTF, frequência da gaiola (frequência fundamental do trem) [Hz] Um programa para cálculo das frequências dos defeitos de rolamentos que, dessa forma, permite identificar o dano está disponível on-line em www.skf.com/rolamentos. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 40
  • 41. abecom.com.br ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, VEDAÇÕES E LUBRIFICANTES As condições nas quais são realizadas a armazenagem de rolamentos, vedações e lubrificantes, podem interferir no desempenho deles, sobretudo de maneira prejudicial. Quando se busca alto desempenho e relação custo benefício, a manutenção deve estar atenta a tudo que os envolvem. Desde o fabricante até o distribuidor do rolamento, passando pelo método de manutenção e acondicionamento. Cuidar de todos os fatores que os cercam, permitirá um melhor desempenho do rolamento ou componentes adquiridos. Em alguns casos, olha-se somente para as condições da embalagem dos componentes. Contudo, é muito importante cuidar para que o rolamento, vedações e lubrificantes, sejam acondicionados de maneira correta. Assim, o controle de estoque também pode desempenhar um papel importante na vida útil destes componentes. Particularmente quando se trata de vedações e lubrificantes. Vale destacar que estas recomendações são baseadas no manual de manutenção da SKF. A Abecom é um distribuidor autorizado e certificado para recomendá-las. ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS, UNIDADES DE ROLAMENTO E CAIXAS DE MANCAL O tempo de permanência e as condições do ambiente têm grande influência na durabilidade de componentes como vedações e lubrificantes. Antes de tudo, é recomendável que se adote uma política de estoque “first in, first out” (primeiro a entrar, primeiro a sair). Principalmente quando se trabalha com rolamentos e componentes de alta performance. CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS Para maximizar a vida útil de rolamentos, recomendamos algumas práticas básicas de preparação na armazenagem de rolamentos: - Armazene os rolamentos horizontalmente, em área seca, sem vibrações, temperatura fresca e estável. Não deve haver corrente de ar na área de armazenagem. - Controle e limite a umidade da área de armazenagem: 75% a 20 °C, 60% a 22 °C ou 50% a 25 °C. - Mantenha os rolamentos em embalagens originais fechadas até o instante da montagem. Assim, evita-se contaminação por poeira e umidade, bem como corrosão dos componentes do rolamento. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 41
  • 42. abecom.com.br IMPORTANTE: máquinas em condição de espera devem ser giradas ou operadas o mais frequentemente possível para redistribuir a graxa dentro dos rolamentos e mudar a posição dos elementos rolantes em relação às pistas. Unidades de rolamento e caixas de mancal devem ser armazenadas sob condições similares às dos rolamentos. Portanto, local fresco, sem poeira, moderadamente ventilado, onde a umidade relativa seja controlada. PRAZO DE VALIDADE DE ROLAMENTOS ABERTOS Os rolamentos da SKF são revestidos com um composto inibidor de ferrugem e embalados adequadamente, antes de sua distribuição autorizada. Para rolamentos abertos, o conservante fornece proteção contra a corrosão por aproximadamente cinco anos. Para isso, as condições de armazenagem de rolamentos devem ser as adequadas. Após cinco anos, recomendamos seguir as diretrizes abaixo: 1 - Remova o rolamento da embalagem sem danificá-la, se possível. 2 - Limpe o rolamento, usando um solvente adequado. 3 - Seque o rolamento cuidadosamente. 4 - Verifique visualmente se o rolamento não apresenta sinais de corrosão ou danos. Contudo, se o rolamento estiver em uma condição satisfatória, aplique um novo revestimento. Utilize um composto inibidor de ferrugem adequado e acondicione novamente o rolamento em sua embalagem original. OBSERVAÇÃO: a inspeção e o reacondicionamento de rolamentos é um serviço que pode ser prestado pela Abecom. Entre em contato com nossos especialistas para mais informações. PRAZO DE VALIDADE DE ARMAZENAGEM DE ROLAMENTOS SELADOS O intervalo máximo de armazenagem de rolamentos selados da SKF é determinado pelo lubrificante dentro deles. O lubrificante se deteriora ao longo do tempo, como resultado do envelhecimento, condensação e separação do óleo e espessante. Portanto, rolamentos selados não devem ser armazenados por mais de três anos. OBSERVAÇÃO: para rolamentos pequenos é impraticável remover as vedações, limpá-los, reengraxá-los e então reinstalar as vedações. Mas o mais importante nesta prática, é que as vedações podem ser danificadas. Consequentemente, contaminantes poderiam ser introduzidos nos rolamentos neste processo. Alguns rolamentos maiores possuem vedações retidas no anel externo por um anel de retenção. Quando necessário, as vedações podem ser removidas e substituídas. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 42
  • 43. abecom.com.br ARMAZENAGEM DE VEDAÇÕES DE ELASTÔMEROS Para maximizar a vida útil de vedações de elastômeros, assim como na armazenagem de rolamentos, recomendamos que: - Armazene vedações de elastômeros horizontalmente, em uma área fresca, moderadamente ventilada, em temperaturas entre 15 e 25 °C. - Controle e limite a umidade relativa da área de armazenagem ao máximo de 65%. - Proteja as vedações da luz solar direta ou de luz com alta proporção de radiação UV. - Mantenha as vedações nas suas embalagens originais até o instante antes da montagem. Desse modo evita-se degradação do material, quando sujeito ao meio ambiente. Se a embalagem original não estiver disponível, armazene-as em recipientes herméticos. - Armazene vedações separadamente de solventes, combustíveis, lubrificantes e outros produtos químicos que produzem gases e vapores. - Armazene separadamente as vedações feitas de materiais diferentes. IMPORTANTE: vedações nunca devem ser penduradas em pinos ou pregos durante a armazenagem. Se armazenadas dessa maneira, sob tensões ou carga, as vedações estão sujeitas a deformações permanentes e trincas. PRAZO DE VALIDADE Borracha natural e sintética tem suas propriedades físicas alteradas ao longo do tempo. Portanto, são afetadas pelo ar, calor, luz, umidade, solventes e certos metais, especialmente cobre e manganês. Como resultado, vedações de borracha podem se tornar inutilizáveis, devido ao endurecimento ou amolecimento, descascamento, trincas ou outros danos superficiais. ARMAZENAGEM DE LUBRIFICANTES Lubrificantes são afetados por temperatura, luz, água, umidade e oxigênio. Exposição acidental a esses elementos, normalmente não é prejudicial. No entanto, qualquer exposição acelera o efeito do envelhecimento. Do mesmo modo que na armazenagem de rolamentos, para maximizar o prazo de validade do lubrificante, recomendamos o seguinte: - Armazene lubrificantes em uma área seca, sem vibrações onde a temperatura esteja abaixo de 40 °C. Isso é particularmente importante para recipientes que foram abertos. Uma vez que a umidade causa a degradação do lubrificante e acelera a oxidação. - Armazene lubrificantes abrigados, em prateleiras de armazenagem adequadas. A armazenagem abrigada também protege qualquer etiquetagem no recipiente. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 43
  • 44. abecom.com.br - Armazene tambores de óleo deitados para evitar o acúmulo de contaminantes na parte superior dos tambores. - Mantenha as tampas dos recipientes fechadas para evitar a entrada de contaminantes. Rotule todos os recipientes de forma inteligível. Problemas de identificação podem surgir se os rótulos estiverem desgastados ou danificados. Também é recomendada a codificação por cores. - Mantenha os lubrificantes em seus reservatórios originais. - Não armazene os lubrificantes descartados em latas abertas. DESCARTE DE LUBRIFICANTES Descartar inadequadamente um lubrificante pode ser perigoso à comunidade e ao meio ambiente. Descarte todos os lubrificantes de acordo com as leis nacionais, locais, regulamentos e boas práticas de segurança ambiental. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 44
  • 45. abecom.com.br ROLAMENTO INDUSTRIAL Rolamento industrial é um rolamento especialmente desenvolvido com um grupo de atributos que os possibilitam serem aplicados em situações específicas. Teve seu uso difundido com a Revolução industrial, porém seu conceito existe a mais de 2000 anos. O QUE É UM ROLAMENTO INDUSTRIAL? Rolamentos Industriais são peças fundamentais para o funcionamento de qualquer indústria. São responsáveis pela movimentação de esteiras planas e inclinadas, sistemas lineares e estruturas de elevação. Assim como, quaisquer tipos de maquinário que dependam da movimentação de estruturas e engrenagens. Estes equipamentos tornaram-se populares em bicicletas, ventiladores, veículos automotores e maquinários. E, atualmente, a demanda por estes equipamentos é muito grande. Com as técnicas de planejamento de manutenção e gestão de ativos, a logística e estoque destes produtos são ações estratégicas que interferem diretamente nos custos e na produção de fornecedores e clientes. Para conhecer mais sobre os rolamentos, poderá encontrar informações no nosso artigo sobre Tipos de Rolamentos e suas principais características e fabricantes, como também poderá ler sobre a História dos Rolamentos ou sobre os perigos do uso de Rolamentos Falsificados, que têm se tornado muito comum em todo o Brasil. COMO COMPRAR O ROLAMENTO INDUSTRIAL CORRETO? Encontrar o Rolamento Industrial ideal para o seu projeto é de suma importância para garantir a qualidade do serviço e a durabilidade do equipamento e suas peças. A competitividade na indústria, diante do cenário econômico que vivemos hoje, está muito ligada à forma que se dedica os esforços e tempo durante a produção de cada produto ou prestação de serviços. Assim, o ideal é que o foco seja a qualidade, a produtividade e a satisfação do cliente. Para isso os equipamentos dedicados a atender as necessidades dos clientes, devem possuir componentes de alta confiabilidade, resistência e durabilidade. Desse modo, evita que a manutenção ou paradas não programadas comprometam a produção. Estas exigências são extremamente pertinentes a rolamentos industriais, uma vez que em boa parte das situações, seu desempenho está ligado diretamente ao consumo de energia. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 45
  • 46. abecom.com.br O Rolamento Industrial ideal deve ser um componente construído com extrema preocupação quanto à qualidade da matéria-prima. Obedecendo às exigências de tolerância inerentes ao uso que serão destinados, garantindo ao cliente, que seu equipamento não irá falhar por conta de rolamento de má qualidade. Contudo, pode ser muito difícil para o consumidor identificar as diferenças entre um rolamento industrial genuíno e um falsificado. Dessa forma, a recomendação geral é que os profissionais, responsáveis pela aquisição de um rolamento para uso industrial, procurem fornecedores registrados em órgãos especiais de fiscalização. Comprar rolamentos genuínos é de extrema importância para indústrias de todos os segmentos de mercado, pois essas pequenas peças podem representar uma grande fonte de prejuízo e risco de segurança, caso não estejam dentro das especificações mínimas de aceitação por parte dos órgãos regulamentadores e normas internacionais. Entre as principais consequências da aquisição de rolamentos de baixa qualidade estão: - Prejuízos com máquinas inativas; - Excesso de paradas para manutenção; e - Risco de acidentes graves que podem resultar em perdas de equipamento, financeiras e de vidas humanas. CONHEÇA NOSSO CATÁLOGO DE ROLAMENTO INDUSTRIAL A Abecom é um dos maiores distribuidores de rolamentos industriais, oferecendo produtos com alta tecnologia, alta qualidade e desempenho, trabalhando com os melhores fabricantes mundiais. Dentre estes fabricantes, a Abecom oferece rolamentos SKF, líder global de tecnologia no setor, desde 1907. Por quê SKF? Além de ter seu sucesso baseado no aprofundamento constante no desenvolvimento de novas tecnologias, de seus colaboradores, são fabricados com o menor impacto ambiental de ativos durante seu ciclo de vida. A SKF trabalha com rolamentos industriais rígidos de esferas, rolamentos industriais Y, rolamentos de esferas de contato angular, rolamentos autocompensadores, rolamentos axiais de esferas, mancais e unidades de rolamentos. A Abecom distribui todos os tipos de rolamentos industriais, além disso, conta com uma equipe altamente qualificada para atender e encontrar a melhor solução e necessidades de cada cliente de forma prática e objetiva. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 46
  • 47. abecom.com.br CONHEÇA A ABECOM DESDE 1963 CUIDANDO BEM DA INDÚSTRIA Uma história que começa no ano de 1963 em uma pequena loja no bairro do Brás, em São Paulo. Após anos de trabalho, a empresa se consolidou como uma das maiores do setor. Hoje contamos com uma equipe de mais de 200 colaboradores, que absorveu a mesma cultura de dedicação e compromisso. DISTRIBUIDOR MAIS PREMIADO DO SETOR Nossa qualidade, atendimento, serviços e inovação são constantemente reconhecidos por clientes e parceiros. Fomos eleitos, pelo 12º ano consecutivo, líderes absolutos no Prêmio SKF Awards. PORTFÓLIO DE PRODUTOS ABECOM A Abecom é distribuidora autorizada das principais marcas do mercado. Todos os nossos produtos possuem alta qualidade, garantia de rastreabilidade e procedência comprovada. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo Rolamentos Industriais de Pequeno, Médio e Grande Porte. Retentores, Vedações Especiais. Lubrificantes Industriais de Alta Performance. Correias, Polias, Acoplamentos, Tambores para Correias, Correntes, Rodas Dentadas. ROLAMENTOS LUBRIFICANTES VEDAÇÕES TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA Aquecedores, Extratores, Alinhadores, Tensionadores, Ferramentas de Monitoramento. Mancais, Arruelas, Buchas, Porcas, Porcas Hidráulicas. Correias Transportadoras, Elevadores de Canecas, Roletes, Transportadores Helicoidais, Transportadores de Corrente. Mangueiras, Mangotes, Lençóis de Borracha. Guias Lineares, Rolamentos de Precisão, Atuadores, Fusos. FERRAMENTAS TRANSPORTE DE MATERIAIS ACESSÓRIOS PRODUTOS DE BORRACHA MECATRÔNICA
  • 48. abecom.com.br Para evitar problemas com nossas peças, disponibilizamos a nossos clientes o aplicativo Authenticate, da SKF, que permite reconhecer rolamentos falsificados e checar a autenticidade dos produtos SKF. A Abecom também oferece vários canais de atendimento. Estamos sempre focados em atender e suprir as necessidades dos clientes. MODELO DE NEGÓCIOS Fornecemos produtos e serviços de alta qualidade com redução global de custos e aumento de produtividade, através de inovação e engenharia de aplicação. Todas as possíveis causas de baixa produtividade são analisadas por nossa equipe, tais como: falta de lubrificação, desvio na aplicação de um produto, falta de alinhamento das máquinas, treinamento da equipe, entre outros. Os benefícios oferecidos em termos de engenharia são expressivos, refletindo em aumento de produtividade e redução de inventário. O conceito CMP-SKF adotado pela Abecom há mais de 12 anos permite o monitoramento, avaliação e diagnóstico dos ativos do cliente, com objetivo de minimizar os riscos de eventuais paradas não planejadas de máquinas, reduzindo custos e estoque. Para garantir isso, contamos com nossa Sala de Inteligência REP (Rotation Equipment Performance). Este modelo de fornecimento de produtos e serviços integrados é o nosso principal diferencial. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 48
  • 49. abecom.com.br ABECOM SERVICE - SERVIÇOS E BENEFÍCIOS A Abecom traz uma combinação única de know-how, serviços e ferramentas para benefício de sua organização. Nossa equipe multiespecialista, treinada pelos fabricantes, atua para prolongar a vida útil dos ativos de sua fábrica, diminuindo a ociosidade e aumentando a produtividade. SERVIÇOS • Análise de vibração; • Termografia; • Alinhamento a laser de eixos e polias; • Plano e gerenciamento de lubrificação; • Análise de óleo; • Balanceamento dinâmico de campo; • Análise e mapeamento de transmissões; • Soluções para monitoramento de condição de máquina; • Supervisão de montagem de rolamentos de grande porte; • Emendas e inspeção em correias transportadoras; • Treinamentos; BENEFÍCIOS • Maior integração entre compras e manutenção; • Objetivo de ampliar a visão do custo total envolvido; • Aumento de confiabilidade da planta; • Alinhamento de Cardan; • Ultrassom; • Análise de falhas em rolamentos e engenharia de aplicação; • Endoscopia industrial; • Aumento de eficiência em sistema de transmissão de potência; • Reparo e revestimento de tambores em correias transportadoras; • Integridade e análise estrutural; • Soluções para tamponamentos; • Soluções em resinas; • Calibração de equipamentos e reparos. • Aumento de produtividade; • Condições comerciais diferenciadas para contratos (produtos/serviços); • Maior capacidade de planejamento de custos e paradas. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 49
  • 50. abecom.com.br GESTÃO DE ATIVOS O CGA (Centro de Gestão de Ativos) é um programa que permite uma forte conectividade entre os clientes e a nossa equipe de especialistas. Através dele podemos disponibilizar o acesso remoto, por meio de conexão segura, aos softwares de gerenciamento de dados de preditiva, otimizando a reposição de itens críticos e evitando falhas na cadeia de fornecimento. LOGÍSTICA E ATENDIMENTO TÉCNICO PARA TODO TERRITÓRIO NACIONAL Atendemos em todo território nacional. Na nossa matriz, localizada no Estado de São Paulo ou em nossa filial em Minas Gerais. Contamos também com escritórios em Campinas/SP, Paraná e Alumínio/SP. Você também pode nos fazer uma visita em nosso centro de distribuição de produtos de borracha e serviços, localizado na ponte da Vila Guilherme, São Paulo. Nossas equipes são altamente capacitadas para atender e ouvir as necessidades de cada cliente. Identificamos o problema e propomos uma solução. Desde a troca de um produto ou serviço que otimize o processo de produção, treinamentos e ferramentas de monitoramento on-line, que possam ajudá-lo a realizar a manutenção preditiva e redução de custos. Avaliação para identificar oportunidades de aprimoramento das instalações e desenvolvimento de soluções. Trabalho em conjunto, desenvolver estratégias e programas para aumentar seus lucros. Soluções que permitem que seus ativos produzam mais, sem aumentar o gasto de capital em novos equipamentos. Tudo sobre rolamentos - O guia definitivo 50 Matriz-SP: (11) 2797-1322 – vendas@abecom.com.br CD2/Eugênio de Freitas: (11) 2902-1474 – correias@abecom.com.br Escritório Campinas: (19) 3243-6026 – campinas@abecom.com.br Escritório Curitiba: (41) 3365-4476 – curitiba@abecom.com.br Filial de Belo Horizonte: (31) 3441-7100 – minas@abecom.com.br Escritório Alumínio: (11) 4715-1252 – filial.cba@abecom.com.br Service: (11) 2902-1460 – service@abecom.com.br abecom.com.br