SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 39
Baixar para ler offline
3. Experimentação em Genética e Melhoramento
3.1 Introdução
9O objetivo do melhoramento genético é obter genótipos
superiores. Entretanto, o ambiente influencia na expressão de
grande número de caracteres, podendo mascarar os efeitos dos
genótipos.
9Para reduzir os efeitos ambientais e aproximar os efeitos
fenotípicos e genotípicos, são empregadas técnicas de
experimentação.
9 Para se avaliar o comportamento de cultivares quanto aos
caracteres agronômicos, como produtividade, acamamento,
altura, precocidade, etc, são realizados ensaios (experimentos)
comparativos.
9 Todos estes dados são utilizados para recomendação de
cultivares para determinadas regiões.
9 As análises são realizadas com objetivo de reduzir o efeito
ambiental, que pode ser devido a fatores como heterogeneidade
de solo, umidade, temperatura, dentre outros.
3.2. Definições
9Estatística experimental: envolve metodologia
utilizada no planejamento, execução e interpretação
dos experimentos;
9Experimento: trabalho experimental planejado com
objetivo de resolver um problema de interesse em
nosso campo de estudo;
9Tratamento: material cujo efeito deseja-se medir ou
comparar em um experimento (Ex: cultivares,
espaçamentos, doses de adubo, etc.);
9Parcela: unidade experimental básica a que se aplica
um tratamento no experimento (Ex: vaso, placa de
Petri, linha de 10m, talhão de 200 m2, um animal, etc);
9Variação ao acaso: aquelas que ocorrem no
experimento devido a fatores não controlados,
conhecidos ou não, que afetam os resultados
experimentais (Ex: diferença genética, pequenas
diferenças na fertilidade do solo / condições ambientais
/ dose de adubo / produtos químicos, incidência
desigual de pragas e doenças, erros de medidas, etc);
9Delineamento experimental: forma de dispor as
parcelas no experimento (Ex: DIC, DBC, DQL, etc).
3.3. Princípios básicos da experimentação
Casualização Repetição Controle Local
Reduzir efeito do ambiente
Parcela
Menor unidade experimental
Ex.: Uma parcela de milho corresponde a 5 m2 com 25 plantas,
sendo 5 metros lineares
5 m
1 m
0,2 m
Cada espécie tem tamanho de parcela determinado por
métodos estatísticos e diferem entre si.
Repetição : número de vezes que o tratamento ocorre
no experimento
O princípio da repetição (aumento do número de observações
em cada tratamento) é utilizado com intuito de aumentar a
confiabilidade dos resultados observados.
X X X
y Y y
F G E
F G E
= +
= +
Com uma repetição:
X Y X X Y y
X Y X Y X Y
( F F ) (G E ) (G E )
( F F ) (G G ) ( E E )
− = + − +
− = − + −
Conclusão:
9 Nota-se que as diferenças genotípicas são confundidas com
as diferenças ambientais. Com uso de repetições, e com os
valores fenotípicos médios, tem-se:
Com r repetições:
X Y
X Y X Y
( E E )
( F F ) (G G )
r
−
− = − +
Sem repetição:
A
Parcela 1
B
Parcela 2
Com repetição:
A
Parcela 1
A
Parcela 2
A
Parcela 3
A
Parcela 4
A
Parcela 5
B
Parcela 6
B
Parcela 7
B
Parcela 8
B
Parcela 9
B
Parcela 10
Assim, as diferenças ambientais (residuais) são divididas pelo
número de repetições e, portanto, têm seus efeitos reduzidos.
Os valores fenotípicos aproximam-se dos valores genotípicos a
medida que r aumenta. Logo, as comparações fenotípicas (FX -
FY) aproximam-se das genotípicas (GX - GY).
9Para caracteres de alta herdabilidade, às vezes não é preciso
utilizar repetições;
9 Para caracteres de baixa herdabilidade, sempre é preciso
utilizar repetições
Casualização: consiste em distribuir aleatoriamente (ao
acaso) os tratamentos nas parcelas
experimentais
9Dessa forma, qualquer tratamento tem a mesma chance de
ocupar uma determinada posição na parcela experimental (seja
ela favorável ou não), garantindo a independência dos erros
experimentais.
9Isto evita que um tratamento seja sistematicamente favorecido
por qualquer fator externo.
T1 a
T1 b
T1 c
T1 d
T2 a
T2 b
T2 c
T2 d
T3 a
T3 b
T3 c
T3 d
T4 a
T4 b
T4 c
T4 d
Efeito de manchas de solo (fertilidade) na experimentação
Sem casualização (com repetição):
A
Parcela 1
A
Parcela 2
A
Parcela 3
A
Parcela 4
A
Parcela 5
B
Parcela 6
B
Parcela 7
B
Parcela 8
B
Parcela 9
B
Parcela 10
Com casualização (com repetição):
A
Parcela 1
B
Parcela 2
A
Parcela 3
B
Parcela 4
B
Parcela 5
B
Parcela 6
A
Parcela 7
A
Parcela 8
B
Parcela 9
A
Parcela 10
Controle local: princípio muito usado, mas não é
obrigatório. Ele consiste em distribuir os tratamentos
no campo em área homogêneas, ou seja subáreas
chamadas blocos
9 O controle local deve ser realizado quando se souber ou se
desconfiar da heterogeneidade da área experimental ou do
material a ser utilizado.
9 Sua finalidade é dividir um ambiente heterogêneo em sub-
ambientes homogêneos. Ele torna o experimento mais
eficiente porque reduz o erro experimental.
Exemplo:
Se a área experimental estiver em declive (as regiões
baixas são mais férteis do que as mais elevadas). Neste caso
deve-se considerar as linhas de nível do terreno e em cada linha
deve-se colocar todos os tratamentos.Este procedimento procura
evitar o favorecimento de um tratamento em detrimento de
outros.
Sem repetição, sem casualização, sem controle local:
A
Parcela 1
B
Parcela 2
Com repetição, com casualização, com controle local:
A
Bloco 1
B B
Bloco 2
A B
Bloco 3
A
A
Bloco 4
B A
Bloco 5
B B
Bloco 6
A
3.4. Delineamentos experimentais
Delineamento inteiramente ao acaso
Os experimentos inteiramente ao acaso são os mais simples.
Nestes delineamentos utilizam-se apenas os princípios da
repetição e da casualização.
Utilizado quando a área experimental é bastante homogênea:
casas de vegetação laboratórios.
Os tratamentos são alocados nas áreas experimentais utilizando-
se sorteios.
Exemplo: vasos em casa de vegetação
T1 a
T2 b
T3 d
T4 c
T2 b
T3 d
T3 a
T1 c
T3 c
T4 a
T1 d
T2 b
T4 d
T1 c
T2 b
T3 a
Modelo Matemático
Yij = m + ti + eij
Yij é a resposta ao tratamento i na repetição j
m é uma das constantes, geralmente, a média
ti é o efeito do tratamento i
eij é o erro experimental
Delineamento em blocos casualizados
Nestes tipo de delineamento, além dos princípios da repetição e
da casualização deve-se utilizar o princípio do controle local.
A área experimental deve ser subdividida em áreas homogêneas
que devem conter todos os tratamentos, sendo alocados por
sorteio. Isto caracteriza um bloco, que neste caso, é sinônimo de
repetição.
Exemplo: experimento em área com declive
T1
T2
T3
T5
T5
T4
T3
T1
T2
T4
T3
T5
T4
T1
T2 T1
T2
T1
T3
T4 T2
T1
T2
T3
T4
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco5
Declividade
Modelo Matemático
Yij = m + ti + bj + eij
Yij é a resposta ao tratamento i na repetição j
m é uma das constantes, geralmente, a média
ti é o efeito do tratamento i
bj é o efeito de bloco j
eij é o erro experimental
T1(1)
T2(1)
T3(1)
Tn(1)
T1(2)
T2(2)
T3(2)
Tn(2)
T4(2)
T4(1)
T1(3)
T2(3)
T3(3)
T4(3)
Tn(3) Tn(4)
T4(4)
T3(4)
T2(4)
T1(4) T1(5)
T2(5)
T3(5)
T4(5)
Tn(5)
Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco5 Médias
T1
T 2
T3
T4
Tn
E1
T 1 G1
5
E2
T 2 G2
5
E3
T 3 G3
5
E4
T 4 G4
5
...
En
Tn Gn
5
= +
= +
= +
= +
= +
Média das repetições:
3.5. Experimentação, ganho com seleção e herdabilidade
F G E
= +
• Fenótipo = genótipo + ambiente
2 2 2
F G E
σ σ σ
= +
• Variância
2
2 G
2 2
G E
h
σ
σ σ
=
+
• Herdabilidade
2
2 G
2 2
G E
GS h ds ds
σ
σ σ
 
= × = × 
+
 
• Ganho com a seleção
Com o uso de repetições:
• Variância fenotípica das médias
• Herdabilidade das médias
2
2 2 E
F G
r
σ
σ σ
= +
2
2 G
x 2
2 E
G
h
r
σ
σ
σ
=
+
Com o uso de repetições:
• Ganho com seleção (entre médias)
2
G
2
2 E
G
GS ds
r
σ
σ
σ
 
 
= × 
 
+
 
 
Com isso a σ2
F diminui, h2
x e o ganho com seleção aumenta
3.6. Interação Genótipo x Ambiente
Em um determinado ambiente, a manifestação fenotípica é o
resultado da ação do genótipo sob influência do meio.
Quando se considera uma série de ambientes, detecta-se, além
dos efeitos genéticos e ambientais, um efeito proporcionado pela
interação dos mesmos.
Qual implicação da interação Genótipo x Ambiente?
No caso de sua existência há possibilidade de o melhor genótipo
em um ambiente não o ser em outro. Este fato influencia o ganho
com a seleção e dificulta a recomendação de cultivares com ampla
adaptabilidade.
Cabe ao melhorista avaliar sua magnitude e significância,
quantificar seus efeitos sobre as técnicas de melhoramento e
estratégias de difusão de tecnologia e fornecer subsídios que
possibilitem adotar procedimentos para sua minimização ou
aproveitamento.
Causas da interação?
Fatores fisiológicos e bioquímicos próprios de cada genótipo
cultivado
A interação genótipo x ambiente ocorre quando há respostas
diferenciadas dos genótipos em relação à variação do ambiente.
A existência da interação está associada a dois fatores: o
denominado simples, que é proporcionado pela diferença de
variabilidade entre genótipos nos ambientes e o segundo
denominado complexo, que é dado pela falta de correlação entre
genótipos
Sem interação
Variedade 1
Variedade 2
Ambiente 1 Ambiente 2
Interação Simples
Variedade 2
Variedade 1
Ambiente 1 Ambiente 2
Interação Complexa
Variedade 2
Variedade 1
Ambiente 1 Ambiente 2
9• A inversão do comportamento causa problemas para o
melhoramento. Um material recomendado para um local, não pode
ser recomendado para outro;
9• É necessário um programa de melhoramento em cada local;
9• Essa situação é a mais comum na prática para os caracteres de
interesse comercial;
Conseqüências da interação genótipo x ambiente
9• Ocorre para os caracteres de baixa herdabilidade, ou seja, para
os que sofrem maior influência ambiental;
9• A presença desse tipo de interação aumenta os custos de
obtenção de novas variedades, pois é necessário conduzir
experimentos de avaliação em diferentes regiões;
9• Vantagem a longo prazo: preservação da variabilidade genética
nas lavouras, evitando que somente um dado genótipo seja
cultivado, o que aumentaria os riscos de quebras na produção em
função de alguma mudança ambiental (ex: nova doença).
3.7. Bibliografia
1. Ramalho, M.A.P.; Ferreira, D.F.; Oliveira, A.C.
Experimentação em genética e melhoramento de plantas
(2000). Ed. UFLA. Capítulos 3,4 e 5.
2. Ramalho, M.A.P.; Santos, J.B.; Pinto, C.A.B.P. Genética na
agropecuária (2001). Ed. UFLA. Capítulo 11.
3. www.ciagri.usp.br/~aafgarci/melhoram.html
Aula Prática
Itumbiara Goiânia Jataí
Conquista 1.993 3.012 3.056
Emgopa 315 1.823 2.806 2.815
FT-2000 1.235 2.722 3.225
MSOY-8001 1.800 2.772 2.769
L-7 1.924 2.572 2.251
L-8 1.751 2.409 2.099
L-9 1.877 2.673 2.497
Genótipo Ambiente
Tabela 1. Rendimento em grãos (kg/ha) de soja, avaliados em três
ambientes com sete genótipos
Fonte: Oliveira, A.B.; Duarte, J.B.; Pinheiro, J.B. Emprego da análise AMMI na
avaliação da estabilidade produtiva em soja. PAB, 38:357-364, 2003
Rendimento de grãos (kg/ha) de soja para sete genótipos em três ambientes
0
500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
Itumbiara Goiânia Jataí
Conquista
Emgopa 315
FT-2000
MSOY-8001
L-7
L-8
L-9

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula3.pdf

Princípios da estatística experimental
Princípios da estatística experimental   Princípios da estatística experimental
Princípios da estatística experimental UERGS
 
Frederico jose joaquim anakulomba 2015
Frederico jose joaquim anakulomba  2015Frederico jose joaquim anakulomba  2015
Frederico jose joaquim anakulomba 2015Fred Dom
 
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdf
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdfaula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdf
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdfEdyCipriano
 

Semelhante a Aula3.pdf (6)

Princípios da estatística experimental
Princípios da estatística experimental   Princípios da estatística experimental
Princípios da estatística experimental
 
Frederico jose joaquim anakulomba 2015
Frederico jose joaquim anakulomba  2015Frederico jose joaquim anakulomba  2015
Frederico jose joaquim anakulomba 2015
 
Robust design
Robust designRobust design
Robust design
 
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdf
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdfaula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdf
aula_2_principios_basicos_de_experimentao.pdf
 
Anova 2__fatores_prof._ivan (2)
Anova  2__fatores_prof._ivan (2)Anova  2__fatores_prof._ivan (2)
Anova 2__fatores_prof._ivan (2)
 
Painel ciclo bicho mineiro
Painel ciclo bicho mineiroPainel ciclo bicho mineiro
Painel ciclo bicho mineiro
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 

Aula3.pdf

  • 1. 3. Experimentação em Genética e Melhoramento 3.1 Introdução 9O objetivo do melhoramento genético é obter genótipos superiores. Entretanto, o ambiente influencia na expressão de grande número de caracteres, podendo mascarar os efeitos dos genótipos. 9Para reduzir os efeitos ambientais e aproximar os efeitos fenotípicos e genotípicos, são empregadas técnicas de experimentação.
  • 2. 9 Para se avaliar o comportamento de cultivares quanto aos caracteres agronômicos, como produtividade, acamamento, altura, precocidade, etc, são realizados ensaios (experimentos) comparativos. 9 Todos estes dados são utilizados para recomendação de cultivares para determinadas regiões. 9 As análises são realizadas com objetivo de reduzir o efeito ambiental, que pode ser devido a fatores como heterogeneidade de solo, umidade, temperatura, dentre outros.
  • 3. 3.2. Definições 9Estatística experimental: envolve metodologia utilizada no planejamento, execução e interpretação dos experimentos; 9Experimento: trabalho experimental planejado com objetivo de resolver um problema de interesse em nosso campo de estudo; 9Tratamento: material cujo efeito deseja-se medir ou comparar em um experimento (Ex: cultivares, espaçamentos, doses de adubo, etc.);
  • 4. 9Parcela: unidade experimental básica a que se aplica um tratamento no experimento (Ex: vaso, placa de Petri, linha de 10m, talhão de 200 m2, um animal, etc); 9Variação ao acaso: aquelas que ocorrem no experimento devido a fatores não controlados, conhecidos ou não, que afetam os resultados experimentais (Ex: diferença genética, pequenas diferenças na fertilidade do solo / condições ambientais / dose de adubo / produtos químicos, incidência desigual de pragas e doenças, erros de medidas, etc); 9Delineamento experimental: forma de dispor as parcelas no experimento (Ex: DIC, DBC, DQL, etc).
  • 5. 3.3. Princípios básicos da experimentação Casualização Repetição Controle Local Reduzir efeito do ambiente
  • 6. Parcela Menor unidade experimental Ex.: Uma parcela de milho corresponde a 5 m2 com 25 plantas, sendo 5 metros lineares 5 m 1 m 0,2 m Cada espécie tem tamanho de parcela determinado por métodos estatísticos e diferem entre si.
  • 7. Repetição : número de vezes que o tratamento ocorre no experimento O princípio da repetição (aumento do número de observações em cada tratamento) é utilizado com intuito de aumentar a confiabilidade dos resultados observados. X X X y Y y F G E F G E = + = + Com uma repetição: X Y X X Y y X Y X Y X Y ( F F ) (G E ) (G E ) ( F F ) (G G ) ( E E ) − = + − + − = − + −
  • 8. Conclusão: 9 Nota-se que as diferenças genotípicas são confundidas com as diferenças ambientais. Com uso de repetições, e com os valores fenotípicos médios, tem-se: Com r repetições: X Y X Y X Y ( E E ) ( F F ) (G G ) r − − = − +
  • 9. Sem repetição: A Parcela 1 B Parcela 2 Com repetição: A Parcela 1 A Parcela 2 A Parcela 3 A Parcela 4 A Parcela 5 B Parcela 6 B Parcela 7 B Parcela 8 B Parcela 9 B Parcela 10
  • 10. Assim, as diferenças ambientais (residuais) são divididas pelo número de repetições e, portanto, têm seus efeitos reduzidos. Os valores fenotípicos aproximam-se dos valores genotípicos a medida que r aumenta. Logo, as comparações fenotípicas (FX - FY) aproximam-se das genotípicas (GX - GY).
  • 11. 9Para caracteres de alta herdabilidade, às vezes não é preciso utilizar repetições; 9 Para caracteres de baixa herdabilidade, sempre é preciso utilizar repetições
  • 12. Casualização: consiste em distribuir aleatoriamente (ao acaso) os tratamentos nas parcelas experimentais 9Dessa forma, qualquer tratamento tem a mesma chance de ocupar uma determinada posição na parcela experimental (seja ela favorável ou não), garantindo a independência dos erros experimentais. 9Isto evita que um tratamento seja sistematicamente favorecido por qualquer fator externo.
  • 13. T1 a T1 b T1 c T1 d T2 a T2 b T2 c T2 d T3 a T3 b T3 c T3 d T4 a T4 b T4 c T4 d Efeito de manchas de solo (fertilidade) na experimentação
  • 14. Sem casualização (com repetição): A Parcela 1 A Parcela 2 A Parcela 3 A Parcela 4 A Parcela 5 B Parcela 6 B Parcela 7 B Parcela 8 B Parcela 9 B Parcela 10 Com casualização (com repetição): A Parcela 1 B Parcela 2 A Parcela 3 B Parcela 4 B Parcela 5 B Parcela 6 A Parcela 7 A Parcela 8 B Parcela 9 A Parcela 10
  • 15. Controle local: princípio muito usado, mas não é obrigatório. Ele consiste em distribuir os tratamentos no campo em área homogêneas, ou seja subáreas chamadas blocos 9 O controle local deve ser realizado quando se souber ou se desconfiar da heterogeneidade da área experimental ou do material a ser utilizado. 9 Sua finalidade é dividir um ambiente heterogêneo em sub- ambientes homogêneos. Ele torna o experimento mais eficiente porque reduz o erro experimental.
  • 16. Exemplo: Se a área experimental estiver em declive (as regiões baixas são mais férteis do que as mais elevadas). Neste caso deve-se considerar as linhas de nível do terreno e em cada linha deve-se colocar todos os tratamentos.Este procedimento procura evitar o favorecimento de um tratamento em detrimento de outros.
  • 17. Sem repetição, sem casualização, sem controle local: A Parcela 1 B Parcela 2 Com repetição, com casualização, com controle local: A Bloco 1 B B Bloco 2 A B Bloco 3 A A Bloco 4 B A Bloco 5 B B Bloco 6 A
  • 18. 3.4. Delineamentos experimentais Delineamento inteiramente ao acaso Os experimentos inteiramente ao acaso são os mais simples. Nestes delineamentos utilizam-se apenas os princípios da repetição e da casualização. Utilizado quando a área experimental é bastante homogênea: casas de vegetação laboratórios. Os tratamentos são alocados nas áreas experimentais utilizando- se sorteios.
  • 19. Exemplo: vasos em casa de vegetação T1 a T2 b T3 d T4 c T2 b T3 d T3 a T1 c T3 c T4 a T1 d T2 b T4 d T1 c T2 b T3 a
  • 20. Modelo Matemático Yij = m + ti + eij Yij é a resposta ao tratamento i na repetição j m é uma das constantes, geralmente, a média ti é o efeito do tratamento i eij é o erro experimental
  • 21. Delineamento em blocos casualizados Nestes tipo de delineamento, além dos princípios da repetição e da casualização deve-se utilizar o princípio do controle local. A área experimental deve ser subdividida em áreas homogêneas que devem conter todos os tratamentos, sendo alocados por sorteio. Isto caracteriza um bloco, que neste caso, é sinônimo de repetição.
  • 22. Exemplo: experimento em área com declive T1 T2 T3 T5 T5 T4 T3 T1 T2 T4 T3 T5 T4 T1 T2 T1 T2 T1 T3 T4 T2 T1 T2 T3 T4 Bloco 1 Bloco 2 Bloco 3 Bloco 4 Bloco5 Declividade
  • 23. Modelo Matemático Yij = m + ti + bj + eij Yij é a resposta ao tratamento i na repetição j m é uma das constantes, geralmente, a média ti é o efeito do tratamento i bj é o efeito de bloco j eij é o erro experimental
  • 25. E1 T 1 G1 5 E2 T 2 G2 5 E3 T 3 G3 5 E4 T 4 G4 5 ... En Tn Gn 5 = + = + = + = + = + Média das repetições:
  • 26. 3.5. Experimentação, ganho com seleção e herdabilidade F G E = + • Fenótipo = genótipo + ambiente 2 2 2 F G E σ σ σ = + • Variância 2 2 G 2 2 G E h σ σ σ = + • Herdabilidade 2 2 G 2 2 G E GS h ds ds σ σ σ   = × = ×  +   • Ganho com a seleção
  • 27. Com o uso de repetições: • Variância fenotípica das médias • Herdabilidade das médias 2 2 2 E F G r σ σ σ = + 2 2 G x 2 2 E G h r σ σ σ = +
  • 28. Com o uso de repetições: • Ganho com seleção (entre médias) 2 G 2 2 E G GS ds r σ σ σ     = ×    +     Com isso a σ2 F diminui, h2 x e o ganho com seleção aumenta
  • 29. 3.6. Interação Genótipo x Ambiente Em um determinado ambiente, a manifestação fenotípica é o resultado da ação do genótipo sob influência do meio. Quando se considera uma série de ambientes, detecta-se, além dos efeitos genéticos e ambientais, um efeito proporcionado pela interação dos mesmos. Qual implicação da interação Genótipo x Ambiente? No caso de sua existência há possibilidade de o melhor genótipo em um ambiente não o ser em outro. Este fato influencia o ganho com a seleção e dificulta a recomendação de cultivares com ampla adaptabilidade.
  • 30. Cabe ao melhorista avaliar sua magnitude e significância, quantificar seus efeitos sobre as técnicas de melhoramento e estratégias de difusão de tecnologia e fornecer subsídios que possibilitem adotar procedimentos para sua minimização ou aproveitamento. Causas da interação? Fatores fisiológicos e bioquímicos próprios de cada genótipo cultivado
  • 31. A interação genótipo x ambiente ocorre quando há respostas diferenciadas dos genótipos em relação à variação do ambiente. A existência da interação está associada a dois fatores: o denominado simples, que é proporcionado pela diferença de variabilidade entre genótipos nos ambientes e o segundo denominado complexo, que é dado pela falta de correlação entre genótipos
  • 32. Sem interação Variedade 1 Variedade 2 Ambiente 1 Ambiente 2
  • 33. Interação Simples Variedade 2 Variedade 1 Ambiente 1 Ambiente 2
  • 35. 9• A inversão do comportamento causa problemas para o melhoramento. Um material recomendado para um local, não pode ser recomendado para outro; 9• É necessário um programa de melhoramento em cada local; 9• Essa situação é a mais comum na prática para os caracteres de interesse comercial; Conseqüências da interação genótipo x ambiente
  • 36. 9• Ocorre para os caracteres de baixa herdabilidade, ou seja, para os que sofrem maior influência ambiental; 9• A presença desse tipo de interação aumenta os custos de obtenção de novas variedades, pois é necessário conduzir experimentos de avaliação em diferentes regiões; 9• Vantagem a longo prazo: preservação da variabilidade genética nas lavouras, evitando que somente um dado genótipo seja cultivado, o que aumentaria os riscos de quebras na produção em função de alguma mudança ambiental (ex: nova doença).
  • 37. 3.7. Bibliografia 1. Ramalho, M.A.P.; Ferreira, D.F.; Oliveira, A.C. Experimentação em genética e melhoramento de plantas (2000). Ed. UFLA. Capítulos 3,4 e 5. 2. Ramalho, M.A.P.; Santos, J.B.; Pinto, C.A.B.P. Genética na agropecuária (2001). Ed. UFLA. Capítulo 11. 3. www.ciagri.usp.br/~aafgarci/melhoram.html
  • 38. Aula Prática Itumbiara Goiânia Jataí Conquista 1.993 3.012 3.056 Emgopa 315 1.823 2.806 2.815 FT-2000 1.235 2.722 3.225 MSOY-8001 1.800 2.772 2.769 L-7 1.924 2.572 2.251 L-8 1.751 2.409 2.099 L-9 1.877 2.673 2.497 Genótipo Ambiente Tabela 1. Rendimento em grãos (kg/ha) de soja, avaliados em três ambientes com sete genótipos Fonte: Oliveira, A.B.; Duarte, J.B.; Pinheiro, J.B. Emprego da análise AMMI na avaliação da estabilidade produtiva em soja. PAB, 38:357-364, 2003
  • 39. Rendimento de grãos (kg/ha) de soja para sete genótipos em três ambientes 0 500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 Itumbiara Goiânia Jataí Conquista Emgopa 315 FT-2000 MSOY-8001 L-7 L-8 L-9