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ENSINAR SOBRE O PASSADO À GERAÇÃO PRESENTE UTILIZANDO
TECNOLOGIAS DO FUTURO
RESUMO
Após a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o
ensino fundamental, que começou a vigorar em 2019, os professores dos anos
iniciais devem utilizar as tecnologias digitais em sala de aula. Assim, pensando
especialmente no ensino de História para os pequenos, surgiu a questão
norteadora do presente artigo: Será possível ensinar sobre o passado à geração
presente utilizando tecnologias do futuro? Tendo em mente que os alunos dos
anos iniciais do ensino fundamental são nativos digitais e vivem a óbvia imersão
na cibertecnologia, questionamos como isso pode auxiliar no processo de
ensino-aprendizagem. A metodologia utilizada no presente texto foi pensando
apenas na disciplina de História, direcionando nossa pesquisa para leitura atenta
do que está regulamentado na BNCC e em breve revisão bibliográfica, com o
objetivo de alertar que a escola deve utilizar cada vez mais as tecnologias digitais
da informação enquanto uma possibilidade de aproximar os conteúdos
programáticos da realidade da Base Nacional Comum Curricular. Por outro lado,
sabemos que isso exige do professor que se mantenha em constante
qualificação e atualização, certamente mais um dos grandes desafios do nosso
tempo. Apesar dos óbvios desafios, que não discutiremos no presente artigo,
concluímos com mais convicção de que é inegável que o uso das tecnologias
digitais da informação e comunicação no ensino motivam o aluno a ser
protagonista no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo sua curiosidade
científica, mediando as relações, a troca de saberes, estimulando a consciência
histórica e consciência coletiva, de forma que a escola se modernize,
acompanhando a geração de alunos que vivem num mundo cada vez mais
hipermidiático.
Palavras-chave: Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no Ensino
de História, Ensino de História nos anos iniciais, Cibercultura e ensino de
História, Ensino de História e novas tecnologias digitais, didática da História.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é repensar e sinalizar formas de tornar o ensino,
particularmente o de História, mais dinâmico, atrativo aos alunos dos anos
iniciais do ensino fundamental I, tornando-o uma aprendizagem significativa e
transformadora, utilizando as tecnologias digitais da informação e comunicação,
conforme preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para alunos
inseridos numa sociedade hipermídia.
Tendo isso em mente, passamos a pensar em como ajudar crianças pequenas,
que são nativos digitais, a se relacionarem com o passado através de meios que
reflitam uma real investigação histórica. Será possível ensinar sobre o passado
à geração presente utilizando tecnologias do futuro? Precisamos motivá-los a
fazer/aprender História com o maior número de fontes históricas disponíveis ao
nosso alcance, é urgente ampliarmos nossa visão do que é ensinar e aprender
História. Por isso, a inserção das tecnologias digitais da informação e
comunicação é imprescindível e urgente. É o que diz Le Goff, citando Febvre:
[…] a história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando estes
existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem documentos escritos quando não
existem. Com tudo o que a habilidade do historiador lhe permite utilizar para
fabricar o seu mel, na falta das flores habituais. Logo, com palavras. Signos.
Paisagens e telhas. Com as formas do campo e das ervas daninhas. Com os
eclipses da lua e a atrelagem dos cavalos de tiro. Com os exames de pedras
feitos pelos geólogos e com as análises de metais feitas pelos químicos. Numa
palavra, com tudo o que, pertencendo ao homem, serve o homem, exprime o
homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do
homem. (FEBVRE, apud LE GOFF, 1996, p. 540)
Aprender História pode, sim, ser estimulante e considerado importante pelos
alunos do ensino fundamental I. As autoras do livro “Ensino de História para o
Fundamental 1: Teoria e prática”, apontam que, para levarmos as crianças a
tomarem conhecimento da sua realidade e seu derredor, conseguindo observar
diferenças, semelhanças, permanências, mudanças e entrelaçamentos, faz-se
necessário um docente preparado, utilizando um método apropriado. Dessa
maneira, é possível levar a criança a concluir/descobrir que todas as pessoas
têm história. Na faixa etária dos anos iniciais do ensino fundamental, o ensino de
História tem um enorme potencial que pode auxiliar a criança a localizar-se no
contexto em que vive, capacitando-a a reconhecer-se como ser humano que faz
parte de um sistema de relações sociais e dar-se conta de que esse sistema foi
se formando no decorrer do tempo. (FERMIANO e SANTOS, 2014)
Concordando com isso, Hilary Cooper (2006) diz que o aprendizado sobre o
passado é parte integrante do desenvolvimento social, emocional e cognitivo da
criança. E, como professores, é isso que buscamos: o desenvolvimento do nosso
educando como um todo. Partindo desse raciocínio, para auxiliarmos no
desenvolvimento global dos alunos, é imprescindível que trabalhemos com o
passado, com a História que é a ciência que estuda o passado, contudo, sem
sermos antiquados. Neste artigo pretendemos mostrar que podemos trabalhar o
passado de forma atraente, moderna e utilizando as tecnologias digitais.
A saúde como afirmação das vidas na Educação Física escolar
RESUMO
Este artigo discute a relação da saúde com a Educação Física escolar a partir
do conceito de vida. Metodologicamente, estabelece uma interlocução com três
autores representantes de uma pedagogia crítica da disciplina. Após descrever
e comparar as suas perspectivas, sugere o conceito de “buen vivir” como
possibilidade de uma educação para a saúde na Educação Física escolar com
foco no desenvolvimento da “boa vida”.
Palavras-chave:
Educação Física; Saúde; Vida; Escola
INTRODUÇÃO
Neste artigo, problematizo a relação entre a saúde e a vida desde a Educação
Física escolar. Não é novidade afirmar que a disciplina fez da vida um dos seus
elementos legitimadores na instituição escolar moderna, de modo que ela pode
ser entendida como um dispositivo circunscrito à ambição de um poder que
investe na vida (biopoder) a fim de realizar, no corpo humano, a separação
absoluta do vivente e do falante, da zoé e da bios, do não-humano e do humano,
do organismo e do corpo, produzindo, assim, aquela fórmula que representaria,
para Foucault (1999), a especificidade da política do século XX: não mais fazer
morrer, mas fazer viver (eu acrescentaria sobreviver). O resultado desse
processo favoreceu a organização das subjetividades escolares em favor da
formação de corpos saudáveis, produtivos e úteis, ainda que dóceis. Essa
compreensão, cujas origens foram gestadas há muito tempo, se atualiza,
manifestando-se nos discursos que, ao vincularem razão e norma, seguem
promovendo a saúde com base em um vocabulário fisicalista que medicaliza a
vida! A Educação Física, portanto, é resultado de um paradigma que fez da
sobrevivência do organismo (da sua saúde, portanto) sua razão de ser. Talvez
essa paisagem epistemológica explique, ao menos em parte, a relativa demora
dos esforços socialmente críticos, não só no Brasil, em propor modos distintos
de se tratar pedagogicamente a saúde na Educação Física escolar, uma
tendência que começa a ser notada bem mais recentemente.1
Objetivo discutir, na única sessão do artigo, algumas iniciativas que pretendem
inscrever a saúde na Educação Física escolar não mais na ordem de um poder
sobre a vida, mas na direção de potencializá-la além da mera sobrevivência do
organismo (ressaltando, assim, um poder da vida).2 Os três registros que
privilegiei são diferentes (embora guardem afinidades entre si) e são produzidos
em distintos contextos. Refiro-me às contribuições de Valter Bracht, Mikael
Quennerstedt e David Kirk, reconhecidos representantes de uma pedagogia
crítica da Educação Física em seus países (respectivamente, Brasil, Suécia e
Escócia). Em todos eles, contudo, a saúde na Educação Física escolar passa a
ser entendida como afirmação das vidas.
Uma análise dos benefícios de se jogar videogames
Resumo
O hábito de se jogar videogames foi tratado durante muito tempo como uma
atividade de perda de tempo, isso quando não uma atividade catalisadora de
produtos negativos, como isolamento e aumento de agressividade. Incomodado
por esta exposição simplória de preconceitos, apresentei um outro lado , através
de pesquisas por artigos científicos, que sim, jogar pode ser bastante benéfico,
obtendo respostas em diversos campos do comportamento.
Palavras-chave: Consoles; Jogos Eletrônicos; Vantagens.
Introdução
Videogames são espaços lúdicos e artísticos em que a interação entre o objeto
e o jogador proporciona a formação de uma narrativa única e singular. Através
de mecanismos físicos de controle, ou mesmo através de sensores de
movimentos e captações cerebrais, o jogador consegue traduzir seu
envolvimento com o objetivo que o é dado, seja este pular obstáculos ou desviar
de tiros. Observado externamente, o hábito de se jogar videogames pode
parecer uma tarefa simplória e monótona, porém, ao se analisar mais
atentamente, é possível perceber que, por mais simples que seja o jogo, são
envolvidos diferentes sentidos, como a visão, a audição e o tato, além de fazer
com que sejam efetuados um número grande de cálculos cerebrais com
capacidade de previsão. Dada a capacidade absortiva de atenção que ocorre
quando se jogam jogos eletrônicos, além de seu estrondoso sucesso como meio
de entretenimento mais rentável que a indústria cinematográfica (BERIMBAU,
2015), começaram a surgir estudos sobre os possíveis efeitos físicos e
psicológicos em pessoas. Em Mind at Play: The Psychology of Video Games
(LOFTUS; LOFTUS, 1983), foi observado a motivação psicológica por parte dos
jogadores, e como essa motivação se relaciona com outros 2 aspectos, como a
capacidade de resolver problemas. Também apareceram estudos que
relacionavam mudanças comportamentais negativas decorrentes do hábito de
se jogar videogames, como o aumento da violência e reclusão social
(ANDERSON; DILL, 2000). Com alguns episódios de violência causados por
jogadores de videogame, como massacre em Columbine ou o tiroteio no
shopping Morumbi, ambos em 1999, os videogames ficaram estigmatizados
como um desencadeador de tendências negativas. Mas nem todos os
pesquisadores concordavam com essa visão. Eu, como estudante de Midialogia,
acredito que estes jogos são um dos grandes meios de mídia, que em si
encontram-se vídeos, sons e textos, com comunicação entre si e com o jogador.
Porém, ainda é grande o preconceito contra tal meio, se observando uma
inferiorização deste, em que é tratado como brinquedo de criança, ou como um
meio alienante ao jogador, cujo poder de transformação tem sua faceta voltada
ao negativo, e não como um incrível meio lúdico capaz de proporcionar
mudanças positivas a quem desfruta de seu objetivo primeiro. Eu, como jogador
de videogames desde a infância não me identifiquei com os resultados mais
propagados a respeito da violência ou isolamento social decorrentes do hábito
de se jogar, questionando sempre a metodologia e a população envolvida em
tais pesquisas. Em uma forma de balancear essa visão obscura sobre os
videogames, pesquisadores estudaram e obtiveram resultados que
demonstravam que jogar esses jogos podem possuir muitos efeitos benéficos.
Afinal, são os videogames vilões ou heróis? Qual é o lado bom de se jogar
videogame? Através deste trabalho busquei responder a estas questões,
apresentando pesquisas que demonstram existir o lado bom de se jogar, em
contraposição a demonstrar que os lados negativos são inexistentes
A MENTE PSICOPÁTICA DO SERIAL KILLER
RESUMO: Este trabalho científico abordará o conceito de psicopatia, diferenciando um sujeito
comum e um sujeito considerado psicopata, bem como fazendo a diferenciação do psicopata e
uma pessoa considerada louca ou com distúrbios mentais. Ainda será analisada as
características e traçará o perfil do psicopata, em foco o serial killer, dando ênfase aos crimes
cometidos por esses sujeitos. Como funciona a mente de um indivíduo com um distúrbio de
personalidade e emoções, que é a psicopatia. Esse trabalho também será explorado as espécies
de personalidades psicopáticas, como elas atuam e suas principais características. Será dado
enfoque ao criminoso em série, também conhecido como serial killer, traçando as suas
características principais, as espécies, o modo operandis do crime e como é feita a escolha da
vítima e como ela é tratada. Por fim, tratará do diagnóstico do perfil ou personalidade
psicopática de uma pessoa, e se é possível um tratamento. Além de um breve comentário as
medidas aplicadas ao agente que comete crimes, se são aplicadas penas comuns ou medidas de
segurança, se podem ser considerados seres inimputáveis, imputáveis ou semi-imputáveis.
Palavras-Chaves: Direito Penal. Psicopatia. Serial Killer. Mente Perturbada e Perigosa. Medida
de segurança.
INTRODUÇÃO
A mente é algo que domina todo o homem, é ela que faz com que pensemos, com que agimos,
é através dela que realizamos atos, grandes ou pequenos, bons ou ruins. Entretanto há pessoas
que possuem uma mente distorcida, ou até mesmo doentia, ou com algum retardo ou distúrbio
mental. Os famosos psicopatas são indivíduos que não são considerados loucos ou doentes
mentais, a deficiência deles encontra-se na falta de emoção, de sentimentos. Em muitos casos
são esses seres que cometem crimes de natureza cruéis e que chocam em grande proporção a
sociedade. Dentre dessa personalidade, há os criminosos em series, conhecidos também por
serial killers, que cometem crimes em massa com vítimas aleatória e de forma cruel sempre
deixando sua assinatura, ou seja, sua marca registrada de alguma forma no crime. No direito
penal brasileiro os doentes mentais são inimputáveis, ou em alguns casos considerados semi-
imputáveis, para os psicopatas em alguns casos são considerados semiimputáveis, mas em
outros são considerados imputável, sendo então possível a aplicação da pena comum aos
psicopatas. O grande problema está no modo como a medida é aplicada, não sendo muito
eficiente, devido à falta de lugar especifico para colocar esses indivíduos. Na maioria dos casos
os psicopatas são colocados no mesmo sistema prisional que os criminosos comuns, criando
assim uma facilidade para transformas esse criminoso em um especialista. Esse trabalho tem o
intuito de analisar esse perfil psicopático, inclusive suas principais características, a sua marca
registrada, a sua atuação, e em especial analisar o serial killer e seus aspectos criminosos e
características marcantes, como são realizados seus crimes, suas diferentes espécies de
assassinos. Para a finalização, será discutido a medida de segurança que melhor se aplicaria a
esses indivíduos, e se eles possuem imputabilidade, inimputabilidade ou se são semiimputáveis
aos alhos do direito penal brasileiro.
O USO DAS DROGAS E O SISTEMA PENAL . A RELAÇÃO ENTRE A PROIBIÇÃO E A REDUÇÃO DE
DANOS
Resumo: O presente trabalho pretende demonstrar que a sociedade contemporânea sofre com
a toxicomania que, nos dias atuais, é um sintoma social, que vem aumentando gradativamente.
Objetiva comprovar que, não só a saúde pública é atingida,mas também a segurança pública
.Diante desse contexto , faz-se do Direito Penal um aliado, coibindo as principais condutas.
Apresenta a evolução das legislações que se adaptam à realidade. Além disso, possui feições
transdisciplinares no intuito de que a questão das drogas seja examinada não exclusivamente
pela visão jurídica criminal. Traz noções imprescindíveis de psicanálise e sociologia para que se
faça entender de maneira ampla acerca do uso de drogas e a toxicomania.
Palavras-chave: Crime, Entorpecente, Tóxico
INTRODUÇÃO O presente trabalho enfoca o crescimento do uso e o comércio de drogas.
Sustenta que a nova legislação penal, a despeito da despenalização do consumo, mantém a
índole proibicionista da Lei 6.368/76. Dentre as alterações ocorridas com a nova legislação ,
existem duas que são as principais : A descaracterização do porte para consumo próprio e o
aumento da pena mínima para a o tráfico das substâncias entorpecentes. Além dessa análise,
faz uma análise do impacto social, tendo em vista o aumento da violência decorrente do tráfico
ilícito dessas substâncias. Questiona-se a Lei 11.343, que altera o tratamento penal relacionado
as duas principais condutas, aumenta a pena do tráfico e reduz a pena do uso. Demonstra que
a nova legislação, ao prever punição mais branda para aqueles que praticam a conduta descrita
no art. 28 da Lei 11.343/06, não aplica mais a pena de prisão. Agora as penas previstas são : a
advertência sobre os efeitos das drogas , prestação de serviços a comunidade e medidas
educativas de comparecimento a programas ou curso educativo. Das reflexões propostas,
ressalta a necessidade que há de conscientizar que a prisão é a maior e, mais violenta de todas
as punições penais e, entretanto a nova lei ao permitir o encaminhamento coercitivo à chamada
Justiça Terapêutica (tratamento) sem fazer diferenciação entre usuários e dependentes, sem
voluntariedade viola a própria Constituição. Além dessas reflexões, o presente estudo apresenta
alguns resultados obtidos com a adoção de políticas de redução de danos no Brasil, nos Estados
Unidos e em países Europeus. A presente pesquisa reflete a importância existente com a
aplicação da Justiça Terapêutica, os resultados obtidos com a manutenção do proibicionismo e
a expansão do modelo sanitarista. Para tanto o trabalho foi dividido em 5 tópicos: O primeiro
tópico trata da evolução da legislação, o segundo define o que seria a droga no contexto jurídico
e social, o terceiro tópico relata a realidade social e o impacto na segurança pública; o quarto
tópico trata da prevenção; e o quinto e último tópico traça um perfil da Justiça Terapêutica no
Brasil, mais precisamente no Estado de Porto Alegre, demonstrando que manutenção do
proibicionismo e a expansão do modelo sanitarista, na realidade, prejudicam a efetivação de
políticas reducionistas. Assim, mesmo sendo a Justiça Terapêutica um modo alternativo ao
processo penal convencional , é ilusório como política reducionista de danos.O tratamento é
coercitivo, sob pena de ser restaurado o processo penal, o que viola um dos principais requisitos
da política de redução de danos que é o respeito à vontade do sujeito. 5 Busca-se responder,
com as reflexões, se a Justiça Terapêutica é efetiva na redução de danos, e se há falácia da tutela
ao Bem Jurídico Saúde Pública.
A EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A SUBSTITUIÇÃO DO TRABALHO HUMANO
RESUMO O objetivo deste estudo é refletir a respeito do modo que a Inteligência Artificial surgiu,
se desenvolveu e como este avanço pode afetar a condição atual de empregabilidade em um
futuro próximo. A pesquisa foi realizada por meio dos métodos de abordagem qualitativa,
análise exploratória e pesquisa bibliográfica, relacionando diversos autores sobre a mesma linha
de conhecimento do estudo almejado. Os resultados nos mostram que a mecanização na área
rural, anos atrás, gerou multidões de desempregados que se deslocaram às cidades em busca
de emprego em diversas funções. O desemprego era recorrente, mas não definitivo, o que nos
leva a acreditar que o mesmo ocorrerá futuramente: um remanejamento de pessoas que eram
empregadas em funções que se tornaram desnecessárias a humanos e que agora são mais bem
executadas por máquinas, abrindo novas oportunidades de atuação no mercado de trabalho.
Esta nova tecnologia pode agregar valor ao conhecimento humano, nos permitindo progredir e
conhecer os benefícios e efeitos desta área que ainda está em seus primeiros passos. Palavras
chave: Inteligência artificial. Tecnologia. Trabalho. Emprego.
1 INTRODUÇÃO Antigamente, era comum fazer pesquisas em grandes bibliotecas para obter
conhecimento. Hoje, graças à tecnologia consegue-se acessar facilmente qualquer tipo de
informação na palma da nossa mão, através de uma ciência revolucionária de transmissão de
dados a nível mundial, a internet, além de aplicativos e softwares que se desenvolvem cada vez
mais, para atender nossas necessidades, e é impossível não se ver integrado neste meio.
Segundo Marar (apud PRADO, 2016) apesar de ser um assunto contemporâneo, a origem da
Inteligência Artificial (IA) está ligada com a antiguidade clássica, na qual filósofos e estudiosos
do passado já idealizavam uma inteligência não humana, que era capaz de pensar por si própria,
para ser empregada como auxílio nos trabalhos, e em outras diversas situações. A Inteligência
Artificial, empregada à era da modernização, representa um avanço na área da robótica e
automação, devido às suas versatilidade e aplicabilidade. De acordo com Prado (2016), isso pode
apresentar valores positivos e negativos em questões sociais e econômicas, ligados
especificamente à área industrial, onde sua influência é destacada de modo dominante na área
tecnológica Este campo de estudo é mais uma área da ciência da computação, através da qual
se buscam realidades e propósitos diferentes de um modelo que seja simplesmente
programático, mas que pense independentemente, no qual suas atitudes sejam tomadas por
meio de dados e elementos, resultados de sua capacidade de entender e interagir com o meio.
Este tema gira principalmente em torno da pergunta: a Inteligência Artificial substituirá o ser
humano ou criará novas áreas de trabalho? Neste contexto, Wolkan (2018) explica que o
impacto pode ser grande, pois muitos empregos serão eliminados; mas será preciso preparar as
pessoas para que executem atividades que ainda não existem, pois novas ocupações e cargos
serão criados através de inovações significativas neste ambiente tecnológico. Neste trabalho,
são abordados aspectos relacionados à origem e à história da Inteligência Artificial, os benefícios
trazidos com a evolução das máquinas e o impacto social causado pela automatização das
tarefas. Também será apresentada e descrita a associação da Automação Industrial e a
Inteligência Artificial, desenvolvendo a correlação e seu impacto na sociedade, mais
especificamente sobre a questão trabalhista, além de demonstrar como a demanda do mercado
atual impulsionou o crescimento desta nova tecnologia.
SAÚDE MENTAL: UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA
RESUMO O presente estudo tem como objetivo abordar o cenário da saúde mental no Programa
Saúde da Família (PSF) – Areias I – situado no bairro Areias no município de Ribeirão das Neves
– MG e compor um plano de ação para que haja a consolidação da saúde mental no município
e que ela seja exercida de forma efetiva.O enfoque deste presente estudo será na área da
enfermagem em saúde mental como requisito parcial para a conclusão do Curso de
Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Tendo esta última como foco de
atenção, pois será através das interações em seu seio que as mudanças ocorrerão e que o
portador de transtorno mental encontrará o apoio para adesão ao tratamento e a conquista de
sua dignidade. Uma vez que no modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza
a diminuição da oferta de leitos hospitalares e a criação de serviços substitutivos de atenção à
saúde mental, trazendo o portador de transtorno mental para dentro das dinâmicas familiares
que antes eram excluídos. Foi elaborado um diagnóstico situacional da área de abrangência da
ESF – Areias I, de acordo com o módulo sobre Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde do
Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Será proposto um plano de
ação de acordo com o modelo do Planejamento Estratégico (PES) e para o embasamento
científico foi realizada uma revisão literária com utilização dos seguintes descritores: “Estratégia
de Saúde da Família”, “Saúde Mental”, em site de busca como o SciELO, Lilacs e Biblioteca Virtual
da UFMG sobre o assunto; como critério de inclusão foram utilizados artigos publicados entre
os anos de 1990 a 2014. De acordo com o presente estudo foi constatado a importância da
Estratégia Saúde da Família na prevenção, promoção e recuperação da saúde dos portadores de
transtornos mentais, pois através do vínculo que se adquire com a população adscrita torna-se
possível a intervenção nos problemas dos mesmos.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família; Saúde Mental.
1 INTRODUÇÃO Até bem pouco tempo, a assistência ao doente mental apresentava-se centrada
nos hospitais psiquiátricos, locais de prática e saber médico, cujo modelo de atenção restringia-
se à internação e medicalização dos sintomas demonstrados pelo doente mental, excluindo-o
dos vínculos, das interações, de tudo o que se configura como elemento e produto de seu
conhecimento. Hoje, no modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza a
diminuição da oferta de leitos hospitalares e criação de serviços substitutivos de atenção à saúde
mental, deslocando, assim, o seguimento e evolução dos tratamentos para o interstício das
dinâmicas familiares mobilizadas pela inclusão dos portadores de transtorno mental. De
concreto, sabemos que não há serviços na comunidade suficientes e disponíveis que consigam
dar conta da demanda de portadores de transtorno mental e seus familiares com efetividade.
Sabemos também que a ocorrência de uma doença grave e de longa duração, como a doença
mental, ativa uma série de respostas nas pessoas de seu grupo social, especialmente, entre
aquelas do convívio familiar (COLVERO, 2004). Assim, evidenciamos que o retorno do doente
mental à família e à comunidade é polêmica e permeada por contradições; dentre estas, é
oportuno reiterarmos a carência de serviços extra-hospitalares na comunidade, a
descontinuidade dos programas de reinserção social do doente mental e a desconsideração dos
desgastes que ficam sujeitos os familiares. São aspectos que vêm sendo levantados por autores
em uma perspectiva crítica ao processo de desinstitucionalização no Brasil e em outros países
do ocidente Bragança (2013) citado por Sadigursky (1998). Lamentavelmente, na maior parte do
mundo, longe está de ser atribuída à saúde mental e aos transtornos mentais a mesma
importância dada à saúde física. Em vez disso, eles ficam em geral ignorados ou negligenciados.
Devido em parte a isso, o mundo está padecendo de uma crescente carga de transtornos
mentais e um crescente “desnível de tratamento”. Hoje, cerca de 450 milhões de pessoas
sofrem transtornos mentais ou de comportamento, mas apenas uma pequena minoria delas
recebe mesmo o tratamento mais básico. Nos países em desenvolvimento, é 10 deixada à
maioria das pessoas com transtornos mentais graves a tarefa de carregar como puderem o seu
fardo particular de depressão, demência, esquizofrenia e dependência de substâncias. Em
termos globais, muitos se transformam em vítimas por causa de sua doença e se convertem em
alvos de estigma e discriminação. Sabemos hoje que a maioria das doenças mentais e físicas é
influenciada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Sabemos que os
transtornos mentais têm sua base no cérebro. Sabemos que eles afetam pessoas de todas as
idades, em todos os países, e que causam sofrimento às famílias e comunidades, tanto como
aos indivíduos. E sabemos que, na maioria dos casos, podem ser diagnosticados e tratados de
uma forma efetiva em relação ao custo. Como resultado de nosso entendimento, os portadores
de transtornos mentais e comportamentais têm hoje uma nova esperança de levar vidas plenas
e produtivas nas respectivas comunidades (OMS, 2001). O Programa Saúde da Família (PSF) foi
implantado no Brasil, pelo Ministério da Saúde em 1994. É conhecido hoje como “Estratégia de
Saúde da Família”, por não se tratar mais apenas de um “programa”. A Estratégia de Saúde da
Família visa a reversão do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento
emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser o objeto
de atenção, no ambiente em que se vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo
saúde/doença. Este plano de ação tem como proposta discutir o problema da saúde mental no
município de Ribeirão das Neves – MG, especificamente na Estratégia Saúde da Família Areias I,
localizada no bairro Areias. Ribeirão das Neves é uma cidade localizada na região metropolitana
de Belo Horizonte – Grande BH – com uma população de 303.029 habitantes (IBGE, 2010), com
uma extensão territorial de 154.180 km², o município vive basicamente do comércio e possui
água tratada, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, ruas asfaltadas, rede de esgoto, 53 equipes
de ESF, duas UPAS, um hospital e serviços privados de saúde. Ainda conta com um Centro de
Assistência Psicossocial (CAPS), Centro de Assistência Psicossocial Infantil (CAPSI), Centro de
Assistência Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD), e um Núcleo de Assistência Psicossocial
(NAPS).
O plano de ação será realizado na Estratégia de Saúde da Família Areias I, localizado no bairro
Areias, região de Justinópolis, região III, em Ribeirão das Neves-MG. A equipe é formada por
uma médica, uma enfermeira, duas técnicas em enfermagem, uma para procedimentos e a
outra para sala de vacinas, seis agentes comunitários de saúde, um dentista, uma técnica em
saúde bucal, uma auxiliar de saúde bucal e uma auxiliar de serviços gerais. A equipe atende uma
população de 840 famílias totalizando 3.800 pessoas. Atendemos dois bairros, bairro Areias e
bairro Santana I. Contamos também com uma psicóloga que realiza o matriciamento da saúde
mental na Unidade que vai à Unidade a cada 15 dias para discutirmos os casos em grupo e
dependendo do caso fazemos o atendimento compartilhado. No momento estamos sem
referência de profissional psiquiatra que antes tinhamos. De acordo com o diagnóstico
situacional realizado em setembro de 2013,constatamos que o maior problema da equipe é o
grande número de usuários que fazem uso de benzodiazepínicos e que dependem de
acompanhamento psiquiátrico, além de não dispormos do profissional psiquiatra na rede para
consultas eletivas. Apenas nos CAPS e NAPS do município. 40,0% 60,0% Densidade demográfcia
da amostra Distribuição por gênero 1 2 12 Diante disso, a Atenção Básica tem um importante
papel na assistência a certas demandas em saúde mental. O Ministério da Saúde avalia que cerca
de 9% da população apresenta transtornos mentais leves e de 6 a 8% apresenta transtornos
decorrentes do uso de álcool e outras drogas, pelos quais a atenção básica deve responsabilizar-
se. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 56% das equipes de Saúde da Família
referem realizar “alguma ação de Saúde Mental”. Por sua proximidade com as famílias e com as
comunidades, essas equipes se constituem em recurso estratégico para o enfrentamento de
diversas formas de sofrimento psíquico (BRASIL, 2003)

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  • 1. ENSINAR SOBRE O PASSADO À GERAÇÃO PRESENTE UTILIZANDO TECNOLOGIAS DO FUTURO RESUMO Após a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino fundamental, que começou a vigorar em 2019, os professores dos anos iniciais devem utilizar as tecnologias digitais em sala de aula. Assim, pensando especialmente no ensino de História para os pequenos, surgiu a questão norteadora do presente artigo: Será possível ensinar sobre o passado à geração presente utilizando tecnologias do futuro? Tendo em mente que os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental são nativos digitais e vivem a óbvia imersão na cibertecnologia, questionamos como isso pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. A metodologia utilizada no presente texto foi pensando apenas na disciplina de História, direcionando nossa pesquisa para leitura atenta do que está regulamentado na BNCC e em breve revisão bibliográfica, com o objetivo de alertar que a escola deve utilizar cada vez mais as tecnologias digitais da informação enquanto uma possibilidade de aproximar os conteúdos programáticos da realidade da Base Nacional Comum Curricular. Por outro lado, sabemos que isso exige do professor que se mantenha em constante qualificação e atualização, certamente mais um dos grandes desafios do nosso tempo. Apesar dos óbvios desafios, que não discutiremos no presente artigo, concluímos com mais convicção de que é inegável que o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação no ensino motivam o aluno a ser protagonista no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo sua curiosidade científica, mediando as relações, a troca de saberes, estimulando a consciência histórica e consciência coletiva, de forma que a escola se modernize, acompanhando a geração de alunos que vivem num mundo cada vez mais hipermidiático. Palavras-chave: Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no Ensino de História, Ensino de História nos anos iniciais, Cibercultura e ensino de História, Ensino de História e novas tecnologias digitais, didática da História. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo é repensar e sinalizar formas de tornar o ensino, particularmente o de História, mais dinâmico, atrativo aos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental I, tornando-o uma aprendizagem significativa e transformadora, utilizando as tecnologias digitais da informação e comunicação, conforme preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para alunos inseridos numa sociedade hipermídia. Tendo isso em mente, passamos a pensar em como ajudar crianças pequenas, que são nativos digitais, a se relacionarem com o passado através de meios que reflitam uma real investigação histórica. Será possível ensinar sobre o passado à geração presente utilizando tecnologias do futuro? Precisamos motivá-los a fazer/aprender História com o maior número de fontes históricas disponíveis ao nosso alcance, é urgente ampliarmos nossa visão do que é ensinar e aprender História. Por isso, a inserção das tecnologias digitais da informação e comunicação é imprescindível e urgente. É o que diz Le Goff, citando Febvre:
  • 2. […] a história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando estes existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem documentos escritos quando não existem. Com tudo o que a habilidade do historiador lhe permite utilizar para fabricar o seu mel, na falta das flores habituais. Logo, com palavras. Signos. Paisagens e telhas. Com as formas do campo e das ervas daninhas. Com os eclipses da lua e a atrelagem dos cavalos de tiro. Com os exames de pedras feitos pelos geólogos e com as análises de metais feitas pelos químicos. Numa palavra, com tudo o que, pertencendo ao homem, serve o homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem. (FEBVRE, apud LE GOFF, 1996, p. 540) Aprender História pode, sim, ser estimulante e considerado importante pelos alunos do ensino fundamental I. As autoras do livro “Ensino de História para o Fundamental 1: Teoria e prática”, apontam que, para levarmos as crianças a tomarem conhecimento da sua realidade e seu derredor, conseguindo observar diferenças, semelhanças, permanências, mudanças e entrelaçamentos, faz-se necessário um docente preparado, utilizando um método apropriado. Dessa maneira, é possível levar a criança a concluir/descobrir que todas as pessoas têm história. Na faixa etária dos anos iniciais do ensino fundamental, o ensino de História tem um enorme potencial que pode auxiliar a criança a localizar-se no contexto em que vive, capacitando-a a reconhecer-se como ser humano que faz parte de um sistema de relações sociais e dar-se conta de que esse sistema foi se formando no decorrer do tempo. (FERMIANO e SANTOS, 2014) Concordando com isso, Hilary Cooper (2006) diz que o aprendizado sobre o passado é parte integrante do desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. E, como professores, é isso que buscamos: o desenvolvimento do nosso educando como um todo. Partindo desse raciocínio, para auxiliarmos no desenvolvimento global dos alunos, é imprescindível que trabalhemos com o passado, com a História que é a ciência que estuda o passado, contudo, sem sermos antiquados. Neste artigo pretendemos mostrar que podemos trabalhar o passado de forma atraente, moderna e utilizando as tecnologias digitais.
  • 3. A saúde como afirmação das vidas na Educação Física escolar RESUMO Este artigo discute a relação da saúde com a Educação Física escolar a partir do conceito de vida. Metodologicamente, estabelece uma interlocução com três autores representantes de uma pedagogia crítica da disciplina. Após descrever e comparar as suas perspectivas, sugere o conceito de “buen vivir” como possibilidade de uma educação para a saúde na Educação Física escolar com foco no desenvolvimento da “boa vida”. Palavras-chave: Educação Física; Saúde; Vida; Escola INTRODUÇÃO Neste artigo, problematizo a relação entre a saúde e a vida desde a Educação Física escolar. Não é novidade afirmar que a disciplina fez da vida um dos seus elementos legitimadores na instituição escolar moderna, de modo que ela pode ser entendida como um dispositivo circunscrito à ambição de um poder que investe na vida (biopoder) a fim de realizar, no corpo humano, a separação absoluta do vivente e do falante, da zoé e da bios, do não-humano e do humano, do organismo e do corpo, produzindo, assim, aquela fórmula que representaria, para Foucault (1999), a especificidade da política do século XX: não mais fazer morrer, mas fazer viver (eu acrescentaria sobreviver). O resultado desse processo favoreceu a organização das subjetividades escolares em favor da formação de corpos saudáveis, produtivos e úteis, ainda que dóceis. Essa compreensão, cujas origens foram gestadas há muito tempo, se atualiza, manifestando-se nos discursos que, ao vincularem razão e norma, seguem promovendo a saúde com base em um vocabulário fisicalista que medicaliza a vida! A Educação Física, portanto, é resultado de um paradigma que fez da sobrevivência do organismo (da sua saúde, portanto) sua razão de ser. Talvez essa paisagem epistemológica explique, ao menos em parte, a relativa demora dos esforços socialmente críticos, não só no Brasil, em propor modos distintos de se tratar pedagogicamente a saúde na Educação Física escolar, uma tendência que começa a ser notada bem mais recentemente.1 Objetivo discutir, na única sessão do artigo, algumas iniciativas que pretendem inscrever a saúde na Educação Física escolar não mais na ordem de um poder sobre a vida, mas na direção de potencializá-la além da mera sobrevivência do organismo (ressaltando, assim, um poder da vida).2 Os três registros que privilegiei são diferentes (embora guardem afinidades entre si) e são produzidos em distintos contextos. Refiro-me às contribuições de Valter Bracht, Mikael Quennerstedt e David Kirk, reconhecidos representantes de uma pedagogia crítica da Educação Física em seus países (respectivamente, Brasil, Suécia e Escócia). Em todos eles, contudo, a saúde na Educação Física escolar passa a ser entendida como afirmação das vidas.
  • 4. Uma análise dos benefícios de se jogar videogames Resumo O hábito de se jogar videogames foi tratado durante muito tempo como uma atividade de perda de tempo, isso quando não uma atividade catalisadora de produtos negativos, como isolamento e aumento de agressividade. Incomodado por esta exposição simplória de preconceitos, apresentei um outro lado , através de pesquisas por artigos científicos, que sim, jogar pode ser bastante benéfico, obtendo respostas em diversos campos do comportamento. Palavras-chave: Consoles; Jogos Eletrônicos; Vantagens. Introdução Videogames são espaços lúdicos e artísticos em que a interação entre o objeto e o jogador proporciona a formação de uma narrativa única e singular. Através de mecanismos físicos de controle, ou mesmo através de sensores de movimentos e captações cerebrais, o jogador consegue traduzir seu envolvimento com o objetivo que o é dado, seja este pular obstáculos ou desviar de tiros. Observado externamente, o hábito de se jogar videogames pode parecer uma tarefa simplória e monótona, porém, ao se analisar mais atentamente, é possível perceber que, por mais simples que seja o jogo, são envolvidos diferentes sentidos, como a visão, a audição e o tato, além de fazer com que sejam efetuados um número grande de cálculos cerebrais com capacidade de previsão. Dada a capacidade absortiva de atenção que ocorre quando se jogam jogos eletrônicos, além de seu estrondoso sucesso como meio de entretenimento mais rentável que a indústria cinematográfica (BERIMBAU, 2015), começaram a surgir estudos sobre os possíveis efeitos físicos e psicológicos em pessoas. Em Mind at Play: The Psychology of Video Games (LOFTUS; LOFTUS, 1983), foi observado a motivação psicológica por parte dos jogadores, e como essa motivação se relaciona com outros 2 aspectos, como a capacidade de resolver problemas. Também apareceram estudos que relacionavam mudanças comportamentais negativas decorrentes do hábito de se jogar videogames, como o aumento da violência e reclusão social (ANDERSON; DILL, 2000). Com alguns episódios de violência causados por jogadores de videogame, como massacre em Columbine ou o tiroteio no shopping Morumbi, ambos em 1999, os videogames ficaram estigmatizados como um desencadeador de tendências negativas. Mas nem todos os pesquisadores concordavam com essa visão. Eu, como estudante de Midialogia, acredito que estes jogos são um dos grandes meios de mídia, que em si encontram-se vídeos, sons e textos, com comunicação entre si e com o jogador. Porém, ainda é grande o preconceito contra tal meio, se observando uma inferiorização deste, em que é tratado como brinquedo de criança, ou como um meio alienante ao jogador, cujo poder de transformação tem sua faceta voltada ao negativo, e não como um incrível meio lúdico capaz de proporcionar mudanças positivas a quem desfruta de seu objetivo primeiro. Eu, como jogador de videogames desde a infância não me identifiquei com os resultados mais propagados a respeito da violência ou isolamento social decorrentes do hábito
  • 5. de se jogar, questionando sempre a metodologia e a população envolvida em tais pesquisas. Em uma forma de balancear essa visão obscura sobre os videogames, pesquisadores estudaram e obtiveram resultados que demonstravam que jogar esses jogos podem possuir muitos efeitos benéficos. Afinal, são os videogames vilões ou heróis? Qual é o lado bom de se jogar videogame? Através deste trabalho busquei responder a estas questões, apresentando pesquisas que demonstram existir o lado bom de se jogar, em contraposição a demonstrar que os lados negativos são inexistentes
  • 6. A MENTE PSICOPÁTICA DO SERIAL KILLER RESUMO: Este trabalho científico abordará o conceito de psicopatia, diferenciando um sujeito comum e um sujeito considerado psicopata, bem como fazendo a diferenciação do psicopata e uma pessoa considerada louca ou com distúrbios mentais. Ainda será analisada as características e traçará o perfil do psicopata, em foco o serial killer, dando ênfase aos crimes cometidos por esses sujeitos. Como funciona a mente de um indivíduo com um distúrbio de personalidade e emoções, que é a psicopatia. Esse trabalho também será explorado as espécies de personalidades psicopáticas, como elas atuam e suas principais características. Será dado enfoque ao criminoso em série, também conhecido como serial killer, traçando as suas características principais, as espécies, o modo operandis do crime e como é feita a escolha da vítima e como ela é tratada. Por fim, tratará do diagnóstico do perfil ou personalidade psicopática de uma pessoa, e se é possível um tratamento. Além de um breve comentário as medidas aplicadas ao agente que comete crimes, se são aplicadas penas comuns ou medidas de segurança, se podem ser considerados seres inimputáveis, imputáveis ou semi-imputáveis. Palavras-Chaves: Direito Penal. Psicopatia. Serial Killer. Mente Perturbada e Perigosa. Medida de segurança. INTRODUÇÃO A mente é algo que domina todo o homem, é ela que faz com que pensemos, com que agimos, é através dela que realizamos atos, grandes ou pequenos, bons ou ruins. Entretanto há pessoas que possuem uma mente distorcida, ou até mesmo doentia, ou com algum retardo ou distúrbio mental. Os famosos psicopatas são indivíduos que não são considerados loucos ou doentes mentais, a deficiência deles encontra-se na falta de emoção, de sentimentos. Em muitos casos são esses seres que cometem crimes de natureza cruéis e que chocam em grande proporção a sociedade. Dentre dessa personalidade, há os criminosos em series, conhecidos também por serial killers, que cometem crimes em massa com vítimas aleatória e de forma cruel sempre deixando sua assinatura, ou seja, sua marca registrada de alguma forma no crime. No direito penal brasileiro os doentes mentais são inimputáveis, ou em alguns casos considerados semi- imputáveis, para os psicopatas em alguns casos são considerados semiimputáveis, mas em outros são considerados imputável, sendo então possível a aplicação da pena comum aos psicopatas. O grande problema está no modo como a medida é aplicada, não sendo muito eficiente, devido à falta de lugar especifico para colocar esses indivíduos. Na maioria dos casos os psicopatas são colocados no mesmo sistema prisional que os criminosos comuns, criando assim uma facilidade para transformas esse criminoso em um especialista. Esse trabalho tem o intuito de analisar esse perfil psicopático, inclusive suas principais características, a sua marca registrada, a sua atuação, e em especial analisar o serial killer e seus aspectos criminosos e características marcantes, como são realizados seus crimes, suas diferentes espécies de assassinos. Para a finalização, será discutido a medida de segurança que melhor se aplicaria a esses indivíduos, e se eles possuem imputabilidade, inimputabilidade ou se são semiimputáveis aos alhos do direito penal brasileiro.
  • 7. O USO DAS DROGAS E O SISTEMA PENAL . A RELAÇÃO ENTRE A PROIBIÇÃO E A REDUÇÃO DE DANOS Resumo: O presente trabalho pretende demonstrar que a sociedade contemporânea sofre com a toxicomania que, nos dias atuais, é um sintoma social, que vem aumentando gradativamente. Objetiva comprovar que, não só a saúde pública é atingida,mas também a segurança pública .Diante desse contexto , faz-se do Direito Penal um aliado, coibindo as principais condutas. Apresenta a evolução das legislações que se adaptam à realidade. Além disso, possui feições transdisciplinares no intuito de que a questão das drogas seja examinada não exclusivamente pela visão jurídica criminal. Traz noções imprescindíveis de psicanálise e sociologia para que se faça entender de maneira ampla acerca do uso de drogas e a toxicomania. Palavras-chave: Crime, Entorpecente, Tóxico INTRODUÇÃO O presente trabalho enfoca o crescimento do uso e o comércio de drogas. Sustenta que a nova legislação penal, a despeito da despenalização do consumo, mantém a índole proibicionista da Lei 6.368/76. Dentre as alterações ocorridas com a nova legislação , existem duas que são as principais : A descaracterização do porte para consumo próprio e o aumento da pena mínima para a o tráfico das substâncias entorpecentes. Além dessa análise, faz uma análise do impacto social, tendo em vista o aumento da violência decorrente do tráfico ilícito dessas substâncias. Questiona-se a Lei 11.343, que altera o tratamento penal relacionado as duas principais condutas, aumenta a pena do tráfico e reduz a pena do uso. Demonstra que a nova legislação, ao prever punição mais branda para aqueles que praticam a conduta descrita no art. 28 da Lei 11.343/06, não aplica mais a pena de prisão. Agora as penas previstas são : a advertência sobre os efeitos das drogas , prestação de serviços a comunidade e medidas educativas de comparecimento a programas ou curso educativo. Das reflexões propostas, ressalta a necessidade que há de conscientizar que a prisão é a maior e, mais violenta de todas as punições penais e, entretanto a nova lei ao permitir o encaminhamento coercitivo à chamada Justiça Terapêutica (tratamento) sem fazer diferenciação entre usuários e dependentes, sem voluntariedade viola a própria Constituição. Além dessas reflexões, o presente estudo apresenta alguns resultados obtidos com a adoção de políticas de redução de danos no Brasil, nos Estados Unidos e em países Europeus. A presente pesquisa reflete a importância existente com a aplicação da Justiça Terapêutica, os resultados obtidos com a manutenção do proibicionismo e a expansão do modelo sanitarista. Para tanto o trabalho foi dividido em 5 tópicos: O primeiro tópico trata da evolução da legislação, o segundo define o que seria a droga no contexto jurídico e social, o terceiro tópico relata a realidade social e o impacto na segurança pública; o quarto tópico trata da prevenção; e o quinto e último tópico traça um perfil da Justiça Terapêutica no Brasil, mais precisamente no Estado de Porto Alegre, demonstrando que manutenção do proibicionismo e a expansão do modelo sanitarista, na realidade, prejudicam a efetivação de políticas reducionistas. Assim, mesmo sendo a Justiça Terapêutica um modo alternativo ao processo penal convencional , é ilusório como política reducionista de danos.O tratamento é coercitivo, sob pena de ser restaurado o processo penal, o que viola um dos principais requisitos da política de redução de danos que é o respeito à vontade do sujeito. 5 Busca-se responder, com as reflexões, se a Justiça Terapêutica é efetiva na redução de danos, e se há falácia da tutela ao Bem Jurídico Saúde Pública.
  • 8. A EVOLUÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A SUBSTITUIÇÃO DO TRABALHO HUMANO RESUMO O objetivo deste estudo é refletir a respeito do modo que a Inteligência Artificial surgiu, se desenvolveu e como este avanço pode afetar a condição atual de empregabilidade em um futuro próximo. A pesquisa foi realizada por meio dos métodos de abordagem qualitativa, análise exploratória e pesquisa bibliográfica, relacionando diversos autores sobre a mesma linha de conhecimento do estudo almejado. Os resultados nos mostram que a mecanização na área rural, anos atrás, gerou multidões de desempregados que se deslocaram às cidades em busca de emprego em diversas funções. O desemprego era recorrente, mas não definitivo, o que nos leva a acreditar que o mesmo ocorrerá futuramente: um remanejamento de pessoas que eram empregadas em funções que se tornaram desnecessárias a humanos e que agora são mais bem executadas por máquinas, abrindo novas oportunidades de atuação no mercado de trabalho. Esta nova tecnologia pode agregar valor ao conhecimento humano, nos permitindo progredir e conhecer os benefícios e efeitos desta área que ainda está em seus primeiros passos. Palavras chave: Inteligência artificial. Tecnologia. Trabalho. Emprego. 1 INTRODUÇÃO Antigamente, era comum fazer pesquisas em grandes bibliotecas para obter conhecimento. Hoje, graças à tecnologia consegue-se acessar facilmente qualquer tipo de informação na palma da nossa mão, através de uma ciência revolucionária de transmissão de dados a nível mundial, a internet, além de aplicativos e softwares que se desenvolvem cada vez mais, para atender nossas necessidades, e é impossível não se ver integrado neste meio. Segundo Marar (apud PRADO, 2016) apesar de ser um assunto contemporâneo, a origem da Inteligência Artificial (IA) está ligada com a antiguidade clássica, na qual filósofos e estudiosos do passado já idealizavam uma inteligência não humana, que era capaz de pensar por si própria, para ser empregada como auxílio nos trabalhos, e em outras diversas situações. A Inteligência Artificial, empregada à era da modernização, representa um avanço na área da robótica e automação, devido às suas versatilidade e aplicabilidade. De acordo com Prado (2016), isso pode apresentar valores positivos e negativos em questões sociais e econômicas, ligados especificamente à área industrial, onde sua influência é destacada de modo dominante na área tecnológica Este campo de estudo é mais uma área da ciência da computação, através da qual se buscam realidades e propósitos diferentes de um modelo que seja simplesmente programático, mas que pense independentemente, no qual suas atitudes sejam tomadas por meio de dados e elementos, resultados de sua capacidade de entender e interagir com o meio. Este tema gira principalmente em torno da pergunta: a Inteligência Artificial substituirá o ser humano ou criará novas áreas de trabalho? Neste contexto, Wolkan (2018) explica que o impacto pode ser grande, pois muitos empregos serão eliminados; mas será preciso preparar as pessoas para que executem atividades que ainda não existem, pois novas ocupações e cargos serão criados através de inovações significativas neste ambiente tecnológico. Neste trabalho, são abordados aspectos relacionados à origem e à história da Inteligência Artificial, os benefícios trazidos com a evolução das máquinas e o impacto social causado pela automatização das tarefas. Também será apresentada e descrita a associação da Automação Industrial e a Inteligência Artificial, desenvolvendo a correlação e seu impacto na sociedade, mais especificamente sobre a questão trabalhista, além de demonstrar como a demanda do mercado atual impulsionou o crescimento desta nova tecnologia.
  • 9. SAÚDE MENTAL: UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA RESUMO O presente estudo tem como objetivo abordar o cenário da saúde mental no Programa Saúde da Família (PSF) – Areias I – situado no bairro Areias no município de Ribeirão das Neves – MG e compor um plano de ação para que haja a consolidação da saúde mental no município e que ela seja exercida de forma efetiva.O enfoque deste presente estudo será na área da enfermagem em saúde mental como requisito parcial para a conclusão do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Tendo esta última como foco de atenção, pois será através das interações em seu seio que as mudanças ocorrerão e que o portador de transtorno mental encontrará o apoio para adesão ao tratamento e a conquista de sua dignidade. Uma vez que no modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza a diminuição da oferta de leitos hospitalares e a criação de serviços substitutivos de atenção à saúde mental, trazendo o portador de transtorno mental para dentro das dinâmicas familiares que antes eram excluídos. Foi elaborado um diagnóstico situacional da área de abrangência da ESF – Areias I, de acordo com o módulo sobre Planejamento e Avaliação das Ações em Saúde do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Será proposto um plano de ação de acordo com o modelo do Planejamento Estratégico (PES) e para o embasamento científico foi realizada uma revisão literária com utilização dos seguintes descritores: “Estratégia de Saúde da Família”, “Saúde Mental”, em site de busca como o SciELO, Lilacs e Biblioteca Virtual da UFMG sobre o assunto; como critério de inclusão foram utilizados artigos publicados entre os anos de 1990 a 2014. De acordo com o presente estudo foi constatado a importância da Estratégia Saúde da Família na prevenção, promoção e recuperação da saúde dos portadores de transtornos mentais, pois através do vínculo que se adquire com a população adscrita torna-se possível a intervenção nos problemas dos mesmos. Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família; Saúde Mental. 1 INTRODUÇÃO Até bem pouco tempo, a assistência ao doente mental apresentava-se centrada nos hospitais psiquiátricos, locais de prática e saber médico, cujo modelo de atenção restringia- se à internação e medicalização dos sintomas demonstrados pelo doente mental, excluindo-o dos vínculos, das interações, de tudo o que se configura como elemento e produto de seu conhecimento. Hoje, no modelo de atenção atual, a política assistencial vigente preconiza a diminuição da oferta de leitos hospitalares e criação de serviços substitutivos de atenção à saúde mental, deslocando, assim, o seguimento e evolução dos tratamentos para o interstício das dinâmicas familiares mobilizadas pela inclusão dos portadores de transtorno mental. De concreto, sabemos que não há serviços na comunidade suficientes e disponíveis que consigam dar conta da demanda de portadores de transtorno mental e seus familiares com efetividade. Sabemos também que a ocorrência de uma doença grave e de longa duração, como a doença mental, ativa uma série de respostas nas pessoas de seu grupo social, especialmente, entre aquelas do convívio familiar (COLVERO, 2004). Assim, evidenciamos que o retorno do doente mental à família e à comunidade é polêmica e permeada por contradições; dentre estas, é oportuno reiterarmos a carência de serviços extra-hospitalares na comunidade, a descontinuidade dos programas de reinserção social do doente mental e a desconsideração dos desgastes que ficam sujeitos os familiares. São aspectos que vêm sendo levantados por autores em uma perspectiva crítica ao processo de desinstitucionalização no Brasil e em outros países do ocidente Bragança (2013) citado por Sadigursky (1998). Lamentavelmente, na maior parte do mundo, longe está de ser atribuída à saúde mental e aos transtornos mentais a mesma importância dada à saúde física. Em vez disso, eles ficam em geral ignorados ou negligenciados. Devido em parte a isso, o mundo está padecendo de uma crescente carga de transtornos
  • 10. mentais e um crescente “desnível de tratamento”. Hoje, cerca de 450 milhões de pessoas sofrem transtornos mentais ou de comportamento, mas apenas uma pequena minoria delas recebe mesmo o tratamento mais básico. Nos países em desenvolvimento, é 10 deixada à maioria das pessoas com transtornos mentais graves a tarefa de carregar como puderem o seu fardo particular de depressão, demência, esquizofrenia e dependência de substâncias. Em termos globais, muitos se transformam em vítimas por causa de sua doença e se convertem em alvos de estigma e discriminação. Sabemos hoje que a maioria das doenças mentais e físicas é influenciada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Sabemos que os transtornos mentais têm sua base no cérebro. Sabemos que eles afetam pessoas de todas as idades, em todos os países, e que causam sofrimento às famílias e comunidades, tanto como aos indivíduos. E sabemos que, na maioria dos casos, podem ser diagnosticados e tratados de uma forma efetiva em relação ao custo. Como resultado de nosso entendimento, os portadores de transtornos mentais e comportamentais têm hoje uma nova esperança de levar vidas plenas e produtivas nas respectivas comunidades (OMS, 2001). O Programa Saúde da Família (PSF) foi implantado no Brasil, pelo Ministério da Saúde em 1994. É conhecido hoje como “Estratégia de Saúde da Família”, por não se tratar mais apenas de um “programa”. A Estratégia de Saúde da Família visa a reversão do modelo assistencial vigente, onde predomina o atendimento emergencial ao doente, na maioria das vezes em grandes hospitais. A família passa a ser o objeto de atenção, no ambiente em que se vive, permitindo uma compreensão ampliada do processo saúde/doença. Este plano de ação tem como proposta discutir o problema da saúde mental no município de Ribeirão das Neves – MG, especificamente na Estratégia Saúde da Família Areias I, localizada no bairro Areias. Ribeirão das Neves é uma cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte – Grande BH – com uma população de 303.029 habitantes (IBGE, 2010), com uma extensão territorial de 154.180 km², o município vive basicamente do comércio e possui água tratada, energia elétrica, telefonia fixa e móvel, ruas asfaltadas, rede de esgoto, 53 equipes de ESF, duas UPAS, um hospital e serviços privados de saúde. Ainda conta com um Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), Centro de Assistência Psicossocial Infantil (CAPSI), Centro de Assistência Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD), e um Núcleo de Assistência Psicossocial (NAPS). O plano de ação será realizado na Estratégia de Saúde da Família Areias I, localizado no bairro Areias, região de Justinópolis, região III, em Ribeirão das Neves-MG. A equipe é formada por uma médica, uma enfermeira, duas técnicas em enfermagem, uma para procedimentos e a outra para sala de vacinas, seis agentes comunitários de saúde, um dentista, uma técnica em saúde bucal, uma auxiliar de saúde bucal e uma auxiliar de serviços gerais. A equipe atende uma população de 840 famílias totalizando 3.800 pessoas. Atendemos dois bairros, bairro Areias e bairro Santana I. Contamos também com uma psicóloga que realiza o matriciamento da saúde mental na Unidade que vai à Unidade a cada 15 dias para discutirmos os casos em grupo e dependendo do caso fazemos o atendimento compartilhado. No momento estamos sem referência de profissional psiquiatra que antes tinhamos. De acordo com o diagnóstico situacional realizado em setembro de 2013,constatamos que o maior problema da equipe é o grande número de usuários que fazem uso de benzodiazepínicos e que dependem de acompanhamento psiquiátrico, além de não dispormos do profissional psiquiatra na rede para consultas eletivas. Apenas nos CAPS e NAPS do município. 40,0% 60,0% Densidade demográfcia da amostra Distribuição por gênero 1 2 12 Diante disso, a Atenção Básica tem um importante papel na assistência a certas demandas em saúde mental. O Ministério da Saúde avalia que cerca de 9% da população apresenta transtornos mentais leves e de 6 a 8% apresenta transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas, pelos quais a atenção básica deve responsabilizar-
  • 11. se. Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 56% das equipes de Saúde da Família referem realizar “alguma ação de Saúde Mental”. Por sua proximidade com as famílias e com as comunidades, essas equipes se constituem em recurso estratégico para o enfrentamento de diversas formas de sofrimento psíquico (BRASIL, 2003)