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Dra. Eneida Parizotto-Lee
Industry Engagement Manager, NIHR Oxford BRC (Ox-
ford University Hospitals NHS Foundation Trust & Univer-
sity of Oxford)
Atua diretamente na interface entre indústria e pesquisa
científica, firmando parcerias em áreas em que a universi-
dade tem alto grau de especialização. Tem PhD em gené-
tica e biologia molecular e experiência em diversas áreas,
incluindo desenvolvimento de fármacos e de vacinas.
Dr. Wen Hwa Lee
CEO - Action Against Age-Related Macular Degeneration
Co-Director - Oxford Martin Programme on Affordable
Medicines
Membro da Oxford Martin School e CEO de uma organiza-
ção que combate a enfermidade degeneração macular. O
professor Lee é biólogo molecular com larga experiência
na área de novos fármacos e na articulação de laços entre
academia, indústria e governo.
Dra. Margareth Dalcolmo
Pneumologista, pesquisadora da Fiocruz
Membro do grupo de especialistas sobre Covid-19 do Mi-
nistério da Saúde, a médica conduziu ensaios clínicos in-
ternacionais sobre doenças infectocontagiosas pulmona-
res como representante brasileira. É também Pesquisadora
na unidade de pacientes externos no Centro de Referência
Helio Fraga, da Fiocruz e consultora da OMS.
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Marcos Trindade
CEO e Sócio-Diretor do Grupo FSB
Flávio Castro
Sócio-Diretor do Grupo FSB
Gabriela Wolthers
Sócia-Diretora do Grupo FSB
Resumo em quatro itens
Melhor saída é a vacina, mas difusão de
esforços pode atrasá-la
Medidas mais eficazes, por enquanto, são
distanciamento social e proteção
Protocolos médicos são caros e demorados
Saúde e confiança estão no centro das relações
1.
2.
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4.
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MELHOR SAÍDA É A VACINA, MAS DIFUSÃO DE
ESFORÇOS PODE ATRASÁ-LA
A vacina para combater a COVID-19 já é uma realidade – exis-
tem hoje aproximadamente 120 projetos em andamento. A pes-
quisa de Oxford é a mais promissora e, se tudo correr bem, até
o final do ano as primeiras doses estarão disponíveis
Frente aos desafios, urgências e dificuldades de desenvolver
fármacos, a vacina é a melhor estratégia para combater o vírus.
Existem hoje 747 terapias consideradas possíveis tratamentos
para a Covid-19, sendo que mais de cem são vacinas. A maioria,
no entanto, está em estado experimental e pré-clínico.
Apenas no programa Recovery, de Oxford, há seis medicamen-
tos em avaliação pelos cientistas, que analisam sua eficácia.
Segundo estudos, a hidroxicloroquina já se mostrou ineficaz no
combate à Covid-19.
Oxford vem trabalhando nesses vetores há anos, o que tornou
possível a existência do programa Recovery neste momento.
Anteriormente, havia sido testada uma vacina para MERS, outra
forma de coronavírus.
Graças ao trabalho prévio dos pesquisadores, a vacina de Ox-
ford avançou para a fase 3 em poucos meses -- um processo
que normalmente demoraria anos.
Isso evidencia a importância do investimento contínuo em pesquisa.
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Para conferir a eficácia da vacina, voluntários estão sendo re-
crutados para as fases 2 (adultos com idade maior ou igual a
56 anos e um pequeno número de crianças) e 3 do estudo de
Oxford
Os melhores locais para teste são aqueles em que as taxas de
transmissão do vírus estão altas.
Ainda não é possível saber se a vacina de Oxford terá êxito,
mas, se ela funcionar, outras vacinas, usando a mesma tecno-
logia, podem surgir, o que aumenta a capacidade de manu-
fatura e de distribuição para todos.- A maneira como as pan-
demias surgem e desafiam a humanidade expõe falhas dos
sistemas, o que acaba obrigando o mundo a se unir.
Esta é uma corrida contra o tempo.
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MEDIDAS MAIS EFICAZES, POR ENQUANTO,
SÃO DISTANCIAMENTO E PROTEÇÃO
Fazendo um recuo histórico de três meses, o Brasil se deparou
com um patógeno novo e ameaçador. Desde o começo, sabia-
-se que a pandemia iria eclodir com força no país e que a con-
taminação se espalharia da população rica para as classes mais
baixas, considerando a demografia brasileira.
O SUS e o distanciamento social, um conceito que existe desde
a peste da idade média, foram as únicas armas que os médicos
tinham em mãos
Neste momento, as ações eficazes e concretas são o distan-
ciamento social, a desinfecção das mãos e o uso de máscaras.
7
PROTOCOLOS MÉDICOS SÃO CAROS
E DEMORADOS
Estudos realizados até agora indicam que não se deve insistir
no uso cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos que se
mostraram ineficazes.
O modelo gold standard para pacientes em caso grave de Co-
vid-19 vem da Alemanha, país que usou apenas suporte de tera-
pia intensiva. Outros tratamentos para pacientes graves que se
mostram promissores são a infusão de plasma de convalescen-
te e o uso de antivirais e anti-inflamatórios biológicos.
Encontrar tratamentos para doenças novas como a Covid-19
é extremamente difícil, demorado e caro. É difícil porque não
se compreende com exatidão a biologia humana e a biologia
viral. É demorado pois, além da biologia, existem competi-
ções em vários níveis na pesquisa de medicamentos novos, o
que causa uma fragmentação de talentos e de investimentos,
desincentivando a inovação. É caro porque, como não enten-
demos bem os circuitos biológicos, não conseguimos saber
por onde começar a atacar a doença.
O que fazer, então, em tempos de pandemia? Recorre-se ao
reposicionamento de fármacos, ou seja, à tentativa de utilizar
para tratar a Covid-19 remédios indicados para outras doenças,
pelo menos até que haja uma vacina.
8
SAÚDE E CONFIANÇA ESTÃO NO CENTRO
DAS RELAÇÕES
Duas palavras nos acompanham desde o início da pandemia:
incerteza e solidariedade.
A comunicação pressupõe a construção de narrativas e, no ce-
nário atual, essas narrativas precisam ser reconstruídas.. Mais
do que nunca, é necessário mostrar o que está sendo feito e
transmitir esse conteúdo de uma forma emocional.
Marcas e empresas devem revisitar seus propósitos para res-
significar seus valores, deixando claro quem são e com quem
estão falando.
Saúde e confiança vão estar no centro das relações entre as
marcas e o consumidor.
Dentro do chamado “novo normal”, questões como solidarie-
dade, empatia, alimentação, cuidado com os mais velhos, no-
vas formas de trabalhar, estarão no centro das atenções e irão
chamar a atenção dos consumidores, que passarão a exigir um
posicionamento das marcas e empresas.
A emoção vai marcar a experiência de consumir.
Há um grande desafio para diferenciar as marcas em meio a
tantos ruídos e incertezas, por isso é preciso ressignificar pro-
cessos.
Existe uma pandemia de desinformação, tão perigosa quanto
a pandemia de coronavírus. Não se pode acreditar em tudo
que é dito, nem repassar notícias antes de checar a confiabi-
lidade da fonte.
9
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  • 1. 1
  • 2. 2 Dra. Eneida Parizotto-Lee Industry Engagement Manager, NIHR Oxford BRC (Ox- ford University Hospitals NHS Foundation Trust & Univer- sity of Oxford) Atua diretamente na interface entre indústria e pesquisa científica, firmando parcerias em áreas em que a universi- dade tem alto grau de especialização. Tem PhD em gené- tica e biologia molecular e experiência em diversas áreas, incluindo desenvolvimento de fármacos e de vacinas. Dr. Wen Hwa Lee CEO - Action Against Age-Related Macular Degeneration Co-Director - Oxford Martin Programme on Affordable Medicines Membro da Oxford Martin School e CEO de uma organiza- ção que combate a enfermidade degeneração macular. O professor Lee é biólogo molecular com larga experiência na área de novos fármacos e na articulação de laços entre academia, indústria e governo. Dra. Margareth Dalcolmo Pneumologista, pesquisadora da Fiocruz Membro do grupo de especialistas sobre Covid-19 do Mi- nistério da Saúde, a médica conduziu ensaios clínicos in- ternacionais sobre doenças infectocontagiosas pulmona- res como representante brasileira. É também Pesquisadora na unidade de pacientes externos no Centro de Referência Helio Fraga, da Fiocruz e consultora da OMS.
  • 3. 3 Marcos Trindade CEO e Sócio-Diretor do Grupo FSB Flávio Castro Sócio-Diretor do Grupo FSB Gabriela Wolthers Sócia-Diretora do Grupo FSB Resumo em quatro itens Melhor saída é a vacina, mas difusão de esforços pode atrasá-la Medidas mais eficazes, por enquanto, são distanciamento social e proteção Protocolos médicos são caros e demorados Saúde e confiança estão no centro das relações 1. 2. 3. 4.
  • 4. 4 MELHOR SAÍDA É A VACINA, MAS DIFUSÃO DE ESFORÇOS PODE ATRASÁ-LA A vacina para combater a COVID-19 já é uma realidade – exis- tem hoje aproximadamente 120 projetos em andamento. A pes- quisa de Oxford é a mais promissora e, se tudo correr bem, até o final do ano as primeiras doses estarão disponíveis Frente aos desafios, urgências e dificuldades de desenvolver fármacos, a vacina é a melhor estratégia para combater o vírus. Existem hoje 747 terapias consideradas possíveis tratamentos para a Covid-19, sendo que mais de cem são vacinas. A maioria, no entanto, está em estado experimental e pré-clínico. Apenas no programa Recovery, de Oxford, há seis medicamen- tos em avaliação pelos cientistas, que analisam sua eficácia. Segundo estudos, a hidroxicloroquina já se mostrou ineficaz no combate à Covid-19. Oxford vem trabalhando nesses vetores há anos, o que tornou possível a existência do programa Recovery neste momento. Anteriormente, havia sido testada uma vacina para MERS, outra forma de coronavírus. Graças ao trabalho prévio dos pesquisadores, a vacina de Ox- ford avançou para a fase 3 em poucos meses -- um processo que normalmente demoraria anos. Isso evidencia a importância do investimento contínuo em pesquisa.
  • 5. 5 Para conferir a eficácia da vacina, voluntários estão sendo re- crutados para as fases 2 (adultos com idade maior ou igual a 56 anos e um pequeno número de crianças) e 3 do estudo de Oxford Os melhores locais para teste são aqueles em que as taxas de transmissão do vírus estão altas. Ainda não é possível saber se a vacina de Oxford terá êxito, mas, se ela funcionar, outras vacinas, usando a mesma tecno- logia, podem surgir, o que aumenta a capacidade de manu- fatura e de distribuição para todos.- A maneira como as pan- demias surgem e desafiam a humanidade expõe falhas dos sistemas, o que acaba obrigando o mundo a se unir. Esta é uma corrida contra o tempo.
  • 6. 6 MEDIDAS MAIS EFICAZES, POR ENQUANTO, SÃO DISTANCIAMENTO E PROTEÇÃO Fazendo um recuo histórico de três meses, o Brasil se deparou com um patógeno novo e ameaçador. Desde o começo, sabia- -se que a pandemia iria eclodir com força no país e que a con- taminação se espalharia da população rica para as classes mais baixas, considerando a demografia brasileira. O SUS e o distanciamento social, um conceito que existe desde a peste da idade média, foram as únicas armas que os médicos tinham em mãos Neste momento, as ações eficazes e concretas são o distan- ciamento social, a desinfecção das mãos e o uso de máscaras.
  • 7. 7 PROTOCOLOS MÉDICOS SÃO CAROS E DEMORADOS Estudos realizados até agora indicam que não se deve insistir no uso cloroquina e hidroxicloroquina, medicamentos que se mostraram ineficazes. O modelo gold standard para pacientes em caso grave de Co- vid-19 vem da Alemanha, país que usou apenas suporte de tera- pia intensiva. Outros tratamentos para pacientes graves que se mostram promissores são a infusão de plasma de convalescen- te e o uso de antivirais e anti-inflamatórios biológicos. Encontrar tratamentos para doenças novas como a Covid-19 é extremamente difícil, demorado e caro. É difícil porque não se compreende com exatidão a biologia humana e a biologia viral. É demorado pois, além da biologia, existem competi- ções em vários níveis na pesquisa de medicamentos novos, o que causa uma fragmentação de talentos e de investimentos, desincentivando a inovação. É caro porque, como não enten- demos bem os circuitos biológicos, não conseguimos saber por onde começar a atacar a doença. O que fazer, então, em tempos de pandemia? Recorre-se ao reposicionamento de fármacos, ou seja, à tentativa de utilizar para tratar a Covid-19 remédios indicados para outras doenças, pelo menos até que haja uma vacina.
  • 8. 8 SAÚDE E CONFIANÇA ESTÃO NO CENTRO DAS RELAÇÕES Duas palavras nos acompanham desde o início da pandemia: incerteza e solidariedade. A comunicação pressupõe a construção de narrativas e, no ce- nário atual, essas narrativas precisam ser reconstruídas.. Mais do que nunca, é necessário mostrar o que está sendo feito e transmitir esse conteúdo de uma forma emocional. Marcas e empresas devem revisitar seus propósitos para res- significar seus valores, deixando claro quem são e com quem estão falando. Saúde e confiança vão estar no centro das relações entre as marcas e o consumidor. Dentro do chamado “novo normal”, questões como solidarie- dade, empatia, alimentação, cuidado com os mais velhos, no- vas formas de trabalhar, estarão no centro das atenções e irão chamar a atenção dos consumidores, que passarão a exigir um posicionamento das marcas e empresas. A emoção vai marcar a experiência de consumir. Há um grande desafio para diferenciar as marcas em meio a tantos ruídos e incertezas, por isso é preciso ressignificar pro- cessos. Existe uma pandemia de desinformação, tão perigosa quanto a pandemia de coronavírus. Não se pode acreditar em tudo que é dito, nem repassar notícias antes de checar a confiabi- lidade da fonte.
  • 9. 9 Veja todo o Webinar em nosso canal do YouTube