O documento discute o "novo mandamento" de Jesus de que seus discípulos devem amar uns aos outros como Ele os amou. Ele destaca que este mandamento estabelece uma intimidade legítima entre os cristãos, garantindo confiança e entendimento mútuos, ao contrário do mandamento anterior de amar ao próximo como a si mesmo.
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O NOVO MANDAMENTO
“Um novo mandamento vos dou:
que vos ameia uns aos outros, como eu vos amei.”
Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 34.)
2. Jesus prediz que Pedro o vai negar
31 Depois que Judas saiu, Jesus disse: "Agora o Filho do homem é glorificado, e
Deus é glorificado nele.
32 Se Deus é glorificado nele, Deus também glorificará o Filho nele mesmo, e o
glorificará em breve.
33 "Meus filhinhos, vou estar com vocês apenas mais um pouco.
Vocês procurarão por mim e, como eu disse aos judeus, agora digo a vocês:
Para onde eu vou, vocês não podem ir.
34 "Um novo mandamento dou a vocês:
Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros.
3. 35 Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se
vocês se amarem uns aos outros".
36 Simão Pedro lhe perguntou: "Senhor, para onde vais?"
Jesus respondeu: "Para onde vou, vocês não podem seguir-me agora,
mas me seguirão mais tarde".
37 Pedro perguntou: "Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei
a minha vida por ti!"
38 Então Jesus respondeu: "Você dará a vida por mim?
Asseguro que, antes que o galo cante, você me negará três vezes!
4. A leitura despercebida do texto
induziria o leitor a sentir nessas
palavras do Mestre absoluta
identidade com o seu ensinamento
relativo à regra áurea .
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
5. O “ama a teu próximo como a ti mesmo”
é diverso do
“que vos ameis uns aos outros
como eu vos amei”. .
6. O primeiro institui um dever,
em cuja execução não é razoável que o
homem cogite da compreensão alheia.
O aprendiz amará o próximo
como a si mesmo.
7. Jesus, porém, engrandeceu a fórmula,
criando o novo mandamento na
comunidade cristã. O Mestre refere-se a
isso na derradeira reunião com os amigos
queridos, na intimidade dos corações.
8. A recomendação “que vos ameis uns
aos outros como eu vos amei”
assegura o regime da verdadeira
solidariedade entre os discípulos,
garante a confiança fraternal
e a certeza do entendimento recíproco.
9. Em todas as relações comuns,
o cristão amará o próximo como a si mesmo,
reconhecendo, contudo, que
no lar de sua fé conta com irmãos que
se amparam efetivamente uns aos outros.
10. Esse é o novo mandamento que estabeleceu a
intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo,
significando que, em seus ambientes de trabalho,
há quem se sacrifique e quem compreenda o
sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem
faz o bem e quem saiba agradecer.
11. Em qualquer círculo do Evangelho,
onde essa característica não assinala as
manifestações dos companheiros entre si,
os argumentos da Boa Nova podem haver
atingido os cérebros indagadores,
mas ainda não penetraram o santuário dos corações.