SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Materiais de Construção
Aglomerantes
Marcio Varela
Aglomerantes
 DEFINIÇÃO
 Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união entre os
grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de
pastas, argamassas, e concretos.
 Os principais aglomerantes são:
 Cimento;
 Cal Aérea;
 Cal Hidráulica; e
 Gesso.
Aglomerantes
 No concreto, se emprega cimento portland, que reage com a água e
endurece com o tempo.
 Classificação dos Aglomerantes
 Hidráulico Simples
 Hidráulico Composto
 Misto
 Aéreos
Aglomerantes
 Hidráulico Simples
 São aglomerantes que reagem em presença de água. São constituídos
de um único aglomerante, podendo ser misturados a outras
substâncias, em pequenas quantidades, com a finalidade de regular
sua pega.
 Exemplo: CPC – Cimento Portland Comum, Cal Hidráulica.
Aglomerantes
 Hidráulico Composto
 São aglomerantes simples, com adição de materiais com propriedades
cimentícias, tais como a Pozolana, Escórias, etc.
 Exemplo: CPZ - Cimento Portlan Pozolânico
 Misto
 É a mistura de dois ou mais aglomerantes simples.
 Exemplo: Cimento + cal
Aglomerantes
 Propriedades dos Aglomerantes
 Pega
 definida como sendo o tempo de início do endurecimento. A pega
se dá, quando a pasta começa a perder sua plasticidade.
 Fim de Pega
 o fim da pega se dá quando a pasta se solidifica totalmente, não
significando, no entanto, que ela tenha adquirido toda a sua
resistência, o que só será conseguido após anos.
Aglomerantes
 Coeficiente de Rendimento
 Rendimento é o volume de pasta obtido com uma unidade de
volume de aglomerante.
água.
de
volume
a
real;
específica
Massa
aparente;
específica
Massa
;
,
;










a
C
ou
V
V
C
r
ag
pasta
r
Aglomerantes
 Classificação Quanto a Pega
 Aglomerantes Aéreos
 Endurecem pela ação química ao CO2 do ar.
 Exemplo: Cal Aérea e Gesso??.
Aglomerantes
 Aglomerantes Hidráulicos
 Endurecem pela ação exclusiva da água, esse fenômeno é
denominado hidratação.
 Exemplo: Cal Hidráulica, Cimento Natural e Cimento Portland.
Aglomerantes
 Aglomerantes Inertes
 Endurecem por secagem.
 Exemplo: Argilas e Betumes.
Aglomerantes
 CAL
 É o produto que se obtém com a calcinação, à temperatura elevada de
pedras calcárias.
 Há dois tipos de cal utilizados em construções:
 hidratada e
 hidráulica.
Aglomerantes
 Produção da Cal
 Cal Hidratada
 A partir da "queima" da pedra calcária em fomos, obtemos a "cal viva"
ou "cal virgem". Esta não tem aplicação direta em construções, sendo
necessário antes de usá-la, fazer a "extinção" ou "hidratação" pelo
menos com 48 horas de antecedência.
CaCO3
100%
CaO + CO2
56% 44%
900 ºC
Aglomerantes
 Extinção da Cal
 A hidratação consiste em adicionar dois ou três volumes de água para
cada volume de cal. Há forte desprendimento de calor e após certo
tempo as pedras se esfarelam transformando-se em pasta branca, a
que se dá o nome de "CAL HIDRATADA" .
Ca(OH)2 + Calor
CaO + H2O
Aglomerantes
 É nesta forma que tem sua aplicação em construções, sendo
utilizada em argamassas na presença ou não de cimento para
assentamento de tijolos ou para revestimentos.
 A cal hidratada ou comum ou aérea endurece em contato com o CO2
do ar ao contrário da hidráulica, que exige o contato com a água.
Aglomerantes
 Classificação:
 As cales aéreas se classificam segundo dois critérios:
 1) Quanto à composição química classificam-se em:
 Cal Cálcica – teor de MgO < 20%
 Cal Magnesiana – teor de MgO > 20%
 Em ambos os casos, a soma de CaO e MgO deve ser maior que 95% e
os componentes argilosos como a SiO2 (sílica), Al2O3 (alumina) e
Fe2O3 (óxido de ferro) somam no máximo 5%.
Aglomerantes
 2) Quanto ao rendimento da pasta podem ser classificadas em:
 Cal gorda – são necessários menos de 550 kg de cal virgem
para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz mais de 1,82
m3 de pasta;
 Cal magra – são necessários mais de 550 kg de cal virgem para
produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz menos de 1,82 m3
de pasta
Aglomerantes
 Propriedades da cal aérea:
 Cor branca;
 Endurece com o tempo pela ação do CO2;
 Aumenta de 2 a 3 vezes de volume com a extinção;
 γ = 0,5 kg/dm3
 δ= 2,2 kg/dm3
 Endurecimento lento
Aglomerantes
 Utilização da cal:
 Argamassa simples e mista em alvenarias e revestimentos;
 Preparo de tintas;
 Tratamento de água;
 Correção de acidez do solo (agricultura);
Aglomerantes
 CAL HIDRÁULICA
 Extinção
 Depois do cozimento, as pedras são umedecidas para a extinção
(hidratação), com uma temperatura controlada na faixa de 150º C (o
controle da extinção é bastante rigoroso caso contrário, a água em excesso
combina-se com os silicatos e aluminatos).
Calcinação
Argiloso)
Mat.
(
C)
(900º
CO2





CaO
CaO
Calor
a
fragmentad
Rocha
Aglomerantes
 Classificação:
Pode-se classificar as cales em:
 Grau de Hidraulicidade < 0,1 ⇒ Cal Aérea ⇒ Tempo de Endurecimento >
30 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,1 a 0,15 ⇒ Cal Fracamente Hidráulica ⇒
Tempo Endurecimento de 15 a 30 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,15 a 0,30 ⇒ Cal Medianamente
Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 10 a 15 dias;
%
%
%
%SiO
dade
Hidraulici
de
grau
o
Sendo 3
2
3
2
2
CaO
O
Fe
O
Al 


Aglomerantes
 Grau de Hidraulicidade de 0,30 a 0,40 ⇒ Cal Hidráulica ⇒ Tempo
Endurecimento de 5 a 10 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,40 a 0,50 ⇒ Cal Eminentemente
Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 2 a 4 dias;
Aglomerantes
 Gesso
 É encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4.2H2O), hemidrato ou
bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). E obtido a partir da
desidratação total ou parcial das mesmas.
 A Gipsita natural é calcinada (queimada) em diferentes temperaturas
dependendo do uso pretendido, classificando o gesso em:
Aglomerantes
 Gesso rápido ou gesso de estucador: obtido através da calcinação da
gipsita a uma temperatura entre 150° e 250° C, através da equação:
 Após a calcinação as pedras são moídas e confeccionadas as pastas para
utilização.
)
250
(150
2
1
1
2
1
.
2
.
0
0
2
2
4
2
4
C
a
Gipsita
O
H
O
H
CaSO
Calor
O
H
CaSO 


  Gipsita
O
H
CaSO
O
H
O
H
CaSO 2
.
2.
3
2
1
.
2. 2
4
2
2
4 







Aglomerantes
 O processo de pega do gesso inicia com 2 a 3 minutos após a mistura com
a água e termina 15 a 20 minutos após. Esse processo ocorre com
liberação de calor (processo exotérmico). O processo de ganho de
resistência do gesso pode durar semanas e é influenciado por:
 - tempo e temperatura de calcinação da gipsita;
 - finura do gesso;
 - quantidade de água de amassamento (água utilizada na mistura);
 - presença de impurezas.
Aglomerantes
 A gipsita é o tipo estrutural de gesso mais consumido na indústria
cimenteira, encontra-se no estado natural em grandes jazidas
sedimentares, geologicamente denominadas de evaporitos. As principais
jazidas economicamente exploradas encontram-se:
 a) na Serra de Araripina, em região confrontante dos estados do Ceará,
Pernanbuco e Piauí;
 b) na região de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte; e
 c) nas regiões de Codó, Balsas e Carolina, no Estado do Maranhão.
Aglomerantes
 Gesso Sintético ou Fosfogesso
 As enormes proporções de rejeitos industriais da fabricação do ácido
fosfórico no Sul e Sudeste do país motivaram a industrialização do
fosfogesso ou gesso sintético, a partir de 1975.
 A reação química que permite a obtenção do ácido fosfórico a partir da
apatita (minério natural de fosfato) é observada a seguir:
Ca3(PO4)2 + 3H2SO4 + 6H2O
Apatita ác. Sulfúrico água
2H3PO4 + 3(CaSO . 2H2O)
Ác. Fosfórico gipsita

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula_2_Materiais de Construcao I-Aglomerantes.ppt

AULA_06_CIMENTO (1).pptx
AULA_06_CIMENTO (1).pptxAULA_06_CIMENTO (1).pptx
AULA_06_CIMENTO (1).pptxssuser61a6e8
 
Cimento conceitos basicos
Cimento   conceitos basicos Cimento   conceitos basicos
Cimento conceitos basicos Cesar Lamounier
 
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015profNICODEMOS
 
Apresentação calcário
Apresentação calcárioApresentação calcário
Apresentação calcárioPublicaTUDO
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassasfbnseabra
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxCleisianne Barbosa
 
Aula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfAula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfrodrigo428042
 
Calcinacao
CalcinacaoCalcinacao
Calcinacaozetec10
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicasIsabel Lopes
 
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasGeo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasNuno Correia
 

Semelhante a Aula_2_Materiais de Construcao I-Aglomerantes.ppt (20)

Cimento portland aula
Cimento portland aulaCimento portland aula
Cimento portland aula
 
AULA_06_CIMENTO (1).pptx
AULA_06_CIMENTO (1).pptxAULA_06_CIMENTO (1).pptx
AULA_06_CIMENTO (1).pptx
 
Cal ifba
Cal ifbaCal ifba
Cal ifba
 
aula 4 CIMENTO 2023.pptx
aula 4 CIMENTO 2023.pptxaula 4 CIMENTO 2023.pptx
aula 4 CIMENTO 2023.pptx
 
Revisâo cimento 4
Revisâo cimento 4Revisâo cimento 4
Revisâo cimento 4
 
Gesso e Cal
Gesso e CalGesso e Cal
Gesso e Cal
 
Cimento conceitos basicos
Cimento   conceitos basicos Cimento   conceitos basicos
Cimento conceitos basicos
 
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015
Aglomerantes cimento-cal-gesso-material auxiliar mc2015
 
apostila_cimentos.pdf
apostila_cimentos.pdfapostila_cimentos.pdf
apostila_cimentos.pdf
 
Cimento Portland
Cimento PortlandCimento Portland
Cimento Portland
 
Apresentação calcário
Apresentação calcárioApresentação calcário
Apresentação calcário
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassas
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
 
Aula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfAula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdf
 
Calcinacao
CalcinacaoCalcinacao
Calcinacao
 
Águas duras
Águas durasÁguas duras
Águas duras
 
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares  classificação quimiogénicasRochas sedimentares  classificação quimiogénicas
Rochas sedimentares classificação quimiogénicas
 
Aula 06 cimento
Aula 06  cimentoAula 06  cimento
Aula 06 cimento
 
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicasGeo 10   formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
Geo 10 formação de rochas sedimentares - rochas quimiogénicas
 
Cimento polimig
Cimento polimigCimento polimig
Cimento polimig
 

Último

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfMarcos Boaventura
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 

Último (7)

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 

Aula_2_Materiais de Construcao I-Aglomerantes.ppt

  • 2. Aglomerantes  DEFINIÇÃO  Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união entre os grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de pastas, argamassas, e concretos.  Os principais aglomerantes são:  Cimento;  Cal Aérea;  Cal Hidráulica; e  Gesso.
  • 3. Aglomerantes  No concreto, se emprega cimento portland, que reage com a água e endurece com o tempo.  Classificação dos Aglomerantes  Hidráulico Simples  Hidráulico Composto  Misto  Aéreos
  • 4. Aglomerantes  Hidráulico Simples  São aglomerantes que reagem em presença de água. São constituídos de um único aglomerante, podendo ser misturados a outras substâncias, em pequenas quantidades, com a finalidade de regular sua pega.  Exemplo: CPC – Cimento Portland Comum, Cal Hidráulica.
  • 5. Aglomerantes  Hidráulico Composto  São aglomerantes simples, com adição de materiais com propriedades cimentícias, tais como a Pozolana, Escórias, etc.  Exemplo: CPZ - Cimento Portlan Pozolânico  Misto  É a mistura de dois ou mais aglomerantes simples.  Exemplo: Cimento + cal
  • 6. Aglomerantes  Propriedades dos Aglomerantes  Pega  definida como sendo o tempo de início do endurecimento. A pega se dá, quando a pasta começa a perder sua plasticidade.  Fim de Pega  o fim da pega se dá quando a pasta se solidifica totalmente, não significando, no entanto, que ela tenha adquirido toda a sua resistência, o que só será conseguido após anos.
  • 7. Aglomerantes  Coeficiente de Rendimento  Rendimento é o volume de pasta obtido com uma unidade de volume de aglomerante. água. de volume a real; específica Massa aparente; específica Massa ; , ;           a C ou V V C r ag pasta r
  • 8. Aglomerantes  Classificação Quanto a Pega  Aglomerantes Aéreos  Endurecem pela ação química ao CO2 do ar.  Exemplo: Cal Aérea e Gesso??.
  • 9. Aglomerantes  Aglomerantes Hidráulicos  Endurecem pela ação exclusiva da água, esse fenômeno é denominado hidratação.  Exemplo: Cal Hidráulica, Cimento Natural e Cimento Portland.
  • 10. Aglomerantes  Aglomerantes Inertes  Endurecem por secagem.  Exemplo: Argilas e Betumes.
  • 11. Aglomerantes  CAL  É o produto que se obtém com a calcinação, à temperatura elevada de pedras calcárias.  Há dois tipos de cal utilizados em construções:  hidratada e  hidráulica.
  • 12. Aglomerantes  Produção da Cal  Cal Hidratada  A partir da "queima" da pedra calcária em fomos, obtemos a "cal viva" ou "cal virgem". Esta não tem aplicação direta em construções, sendo necessário antes de usá-la, fazer a "extinção" ou "hidratação" pelo menos com 48 horas de antecedência. CaCO3 100% CaO + CO2 56% 44% 900 ºC
  • 13. Aglomerantes  Extinção da Cal  A hidratação consiste em adicionar dois ou três volumes de água para cada volume de cal. Há forte desprendimento de calor e após certo tempo as pedras se esfarelam transformando-se em pasta branca, a que se dá o nome de "CAL HIDRATADA" . Ca(OH)2 + Calor CaO + H2O
  • 14. Aglomerantes  É nesta forma que tem sua aplicação em construções, sendo utilizada em argamassas na presença ou não de cimento para assentamento de tijolos ou para revestimentos.  A cal hidratada ou comum ou aérea endurece em contato com o CO2 do ar ao contrário da hidráulica, que exige o contato com a água.
  • 15. Aglomerantes  Classificação:  As cales aéreas se classificam segundo dois critérios:  1) Quanto à composição química classificam-se em:  Cal Cálcica – teor de MgO < 20%  Cal Magnesiana – teor de MgO > 20%  Em ambos os casos, a soma de CaO e MgO deve ser maior que 95% e os componentes argilosos como a SiO2 (sílica), Al2O3 (alumina) e Fe2O3 (óxido de ferro) somam no máximo 5%.
  • 16. Aglomerantes  2) Quanto ao rendimento da pasta podem ser classificadas em:  Cal gorda – são necessários menos de 550 kg de cal virgem para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz mais de 1,82 m3 de pasta;  Cal magra – são necessários mais de 550 kg de cal virgem para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz menos de 1,82 m3 de pasta
  • 17. Aglomerantes  Propriedades da cal aérea:  Cor branca;  Endurece com o tempo pela ação do CO2;  Aumenta de 2 a 3 vezes de volume com a extinção;  γ = 0,5 kg/dm3  δ= 2,2 kg/dm3  Endurecimento lento
  • 18. Aglomerantes  Utilização da cal:  Argamassa simples e mista em alvenarias e revestimentos;  Preparo de tintas;  Tratamento de água;  Correção de acidez do solo (agricultura);
  • 19. Aglomerantes  CAL HIDRÁULICA  Extinção  Depois do cozimento, as pedras são umedecidas para a extinção (hidratação), com uma temperatura controlada na faixa de 150º C (o controle da extinção é bastante rigoroso caso contrário, a água em excesso combina-se com os silicatos e aluminatos). Calcinação Argiloso) Mat. ( C) (900º CO2      CaO CaO Calor a fragmentad Rocha
  • 20. Aglomerantes  Classificação: Pode-se classificar as cales em:  Grau de Hidraulicidade < 0,1 ⇒ Cal Aérea ⇒ Tempo de Endurecimento > 30 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,1 a 0,15 ⇒ Cal Fracamente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 15 a 30 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,15 a 0,30 ⇒ Cal Medianamente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 10 a 15 dias; % % % %SiO dade Hidraulici de grau o Sendo 3 2 3 2 2 CaO O Fe O Al   
  • 21. Aglomerantes  Grau de Hidraulicidade de 0,30 a 0,40 ⇒ Cal Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 5 a 10 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,40 a 0,50 ⇒ Cal Eminentemente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 2 a 4 dias;
  • 22. Aglomerantes  Gesso  É encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4.2H2O), hemidrato ou bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). E obtido a partir da desidratação total ou parcial das mesmas.  A Gipsita natural é calcinada (queimada) em diferentes temperaturas dependendo do uso pretendido, classificando o gesso em:
  • 23. Aglomerantes  Gesso rápido ou gesso de estucador: obtido através da calcinação da gipsita a uma temperatura entre 150° e 250° C, através da equação:  Após a calcinação as pedras são moídas e confeccionadas as pastas para utilização. ) 250 (150 2 1 1 2 1 . 2 . 0 0 2 2 4 2 4 C a Gipsita O H O H CaSO Calor O H CaSO      Gipsita O H CaSO O H O H CaSO 2 . 2. 3 2 1 . 2. 2 4 2 2 4        
  • 24. Aglomerantes  O processo de pega do gesso inicia com 2 a 3 minutos após a mistura com a água e termina 15 a 20 minutos após. Esse processo ocorre com liberação de calor (processo exotérmico). O processo de ganho de resistência do gesso pode durar semanas e é influenciado por:  - tempo e temperatura de calcinação da gipsita;  - finura do gesso;  - quantidade de água de amassamento (água utilizada na mistura);  - presença de impurezas.
  • 25. Aglomerantes  A gipsita é o tipo estrutural de gesso mais consumido na indústria cimenteira, encontra-se no estado natural em grandes jazidas sedimentares, geologicamente denominadas de evaporitos. As principais jazidas economicamente exploradas encontram-se:  a) na Serra de Araripina, em região confrontante dos estados do Ceará, Pernanbuco e Piauí;  b) na região de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte; e  c) nas regiões de Codó, Balsas e Carolina, no Estado do Maranhão.
  • 26. Aglomerantes  Gesso Sintético ou Fosfogesso  As enormes proporções de rejeitos industriais da fabricação do ácido fosfórico no Sul e Sudeste do país motivaram a industrialização do fosfogesso ou gesso sintético, a partir de 1975.  A reação química que permite a obtenção do ácido fosfórico a partir da apatita (minério natural de fosfato) é observada a seguir: Ca3(PO4)2 + 3H2SO4 + 6H2O Apatita ác. Sulfúrico água 2H3PO4 + 3(CaSO . 2H2O) Ác. Fosfórico gipsita