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Fevereiro 2019
NR 33
SUPERVISOR DE
ENTRADA
S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O S T R A B A L H O S E M
E S P A Ç O S C O N F I N A D O S
Cópia não autorizada
Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho
Somos a TesSeg
Soluções em Segurança do Trabalho
Criada em junho de 2015, a Tesseg é uma empresa que
fornece soluções em segurança do trabalho. A empresa
tem como diferencial o atendimento personalizado de
acordo com a necessidade de cada cliente.
Para atender aos clientes conta com uma equipe de
profissionais qualificados, habilitados e com supervisão
constante.
Tecnologia é o sobrenome da empresa, constantemente
se renovando a Tesseg investe em tecnologia para levar
agilidade aos parceiros.
ACOMPANHE
NOSSAS
REDES SOCIAIS
O Treinamento
O Norma Regulamentadora
Segurança do Trabalho
Definição Espaços Confinados
Classificação Espaços Confinados
Reconhecimento dos Riscos
Monitoramento dos Riscos
Controle dos Riscos
Programa de Proteção Respiratória
Proteção Contra Queda
Funcionamento dos Equipamentos
Análise Preliminar de Risco e Permissão de Entrada e Trabalho
Noções de Resgate e Primeiros Socorros
Movimentação, Remoção e Transporte de Vítimas
5
6
7
16
18
20
42
45
59
60
61
69
71
73
Conclusão 74
Identificação Espaços Confinados 17
Fontes e Referências 75
Cópia não autorizada
5
NR 33
Segurança e Saúde em
Espaço Confinado
LEI 6.514
Portaria 202/2012
O TREINAMENTO
Este material de apoio foi desenvolvido para o Treinamento de NR 33 –
Supervisor de Entrada- Segurança e Saúde em Espaço Confinado.
Sabemos que trabalhar com espaços confinados é conviver diariamente
com situações de risco - uma realidade da qual ninguém esta livre mesmo
em um momento relaxado, longe das funções profissionais, em casa ou
nas atividades de lazer..
40 HORAS
FORMAÇÃO SUPERVISOR
1 ANO
Validade
Procuramos direcionar nossa
metodologia de ensino, recursos
didáticos, atividades e materiais de
apoio, para que você tenha a melhor
experiência e sala e absorva o conteúdo
em atendimento ao currículo exigido
pela Norma Regulamentadora.
NOSSA PREOCUPAÇÃO
Aplicamos este curso à você e
esperamos promover a combinação
indivíduo - cargo - segurança,
alicerçando no treinamento a
implantação de conceitos e medidas
de prevenção de acidentes do trabalho
RESULTADO ESPERADO
Norma Regulamentadora
Duração
08 horas de duração
Cópia não autorizada
6
NORMA REGULAMENTADORA
A Norma Regulamentadora número 33 - Segurança e Saúde no Trabalho
com Espaços Confinados, conhecida como NR 33 tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços
confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos
riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes
espaços.
PUBLICAÇÃO
Lei 6.514
Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006
O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS
Área ou ambiente não projetado para ocupação
humana continua;
Área ou ambiente que possua meios limitados de
entrada e saída;
Cuja ventilação existente é insuficiente para remover
contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.
Cópia não autorizada
7
SEGURANÇA
DO TRABALHO
Segurança do Trabalho é conjunto de medidas e
ações aplicadas para prevenir acidentes nas
atividades das empresas, preservando a
integridade física do trabalhador e os bens
materiais da Empresa. Acidentes envolvendo
pessoas que executam trabalhos em espaços
confinados são extremamente danosos à saúde
dos trabalhadores.
550
mil
Acidentes do
Trabalho
Registrados
em 2017
Conceito Legal de
Acidente do Trabalho
Conforme a Lei n.º 8.213, de 24 de julho
de 1991, no seu artigo 19, acidente do
trabalho é conceituado da seguinte forma:
Acidente de trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho
a serviço de empresa ou de empregador
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11
desta Lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou
a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
Conceito
Prevencionista de
Acidente do Trabalho
O acidente de trabalho no conceito legal é
caracterizado quando dele decorre uma
lesão física, perturbação funcional ou
doença, levando à morte ou à perda total
ou parcial, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalhador.
Conceito legal de acidente do
trabalho que possui um cunho único
para atender a legislação
previdenciária, a NBR 14280:2001
O acidente do trabalho pode ser
definido como uma ocorrência não
programada inesperada ou não, que
interrompe ou interfere no processo
normal de uma atividade,
ocasionando perda de
tempo útil ou lesões aos
trabalhadores e/ou danos materiais.
Portanto, mesmo ocorrências que
não resultem lesões ou danos
materiais, devem ser encaradas
como acidente do trabalho.
Cópia não autorizada
8
LEGISLAÇÃO
Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem
na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos
trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e
segurança por meio de normas específicas. Coube ao Ministério do
Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas
Regulamentadoras – NR) por intermédio da Portaria n°3.214/78. A
partir de então uma série de outras portarias foram editadas pelo
Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar
normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas
pelas suas iniciais: NR. A fundamentação legal, que dá o
embasamento jurídico à existência destas NR’s, está nos artigos 154
a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
Cópia não autorizada
Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional
competente em matéria de segurança e medicina
do trabalho:
I – estabelecer, nos limites de sua competência,
normas sobre a aplicação dos preceitos deste
Capítulo, especialmente os referidos no art. 200.
Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho
estabelecer disposições complementares às
normas de que trata este Capítulo, tendo em
vista as peculiaridades de cada atividade ou
setor de trabalho, (...)
DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
NR RELACIONADAS À
ESPAÇO CONFINADO
As Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho não
devem ser interpretadas de forma isolada, e sim em conjunto com as demais
que estão relacionados.
Veja abaixo a relação das NR's relacionadas com a NR 33.
NR
1
NR
6
NR
7
NR
9
9
Cópia não autorizada
Estabelece a obrigatoriedade das Normas Regulamentadoras, que
devem ser atendidas pelas empresas privadas e públicas e pelos
órgãos públicos que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis - CLT.
Ela apresenta as responsabilidades do empregador, dos trabalhadores,
dos fabricantes e/ou importadores e do Ministério do Trabalho, quanto
aos EPI's.
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por
parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como CLT, do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da
saúde dos trabalhadores.
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por
parte de todos os empregadores que admitem trabalhadores, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR
10
NR
15
NR
18
Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos,
deforma a garantir a segurança e saúde do trabalhadores que, direta
ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade..
10
Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da
NR 15, alguns exemplos de agentes insalubres são Ruído Contínuo ou
Permanente; Ruído de Impacto; Exposição ao calor ou frio; Radiações
Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.
NR
16
São considerados atividades perigosas as atividades que podem
causar danos imediatos ao trabalhador por exemplo: Atividades com
Explosivos; Atividades com Inflamáveis; Atividades com Radiações
Ionizantes ou Substâncias Radiotivas, Atividades com Exposição a
Roubos ou outras violências físicas nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial.
Trata das condições de trabalho em canteiros de obras. Foi esta norma
que primeiro versou sobre trabalhos em espaço confinados, sobretudo
no que se refere a escavações e procedimentos de “trabalho a quente”
em ambientes confinados.
NR
35
Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o
trabalho em altura.
Veja as NR’s e
acompanhe suas
atualizações
http://trabalho.gov.br
Cópia não autorizada
Atividades e
Operações Perigosas
Segurança e no
Trabalho com
Espaços
Confinados
15
NORMAS TÉCNICAS
BRASILEIRAS - NBR
Existem Normas Brasileiras (NBR's) da Associação Brasileiras de Normas
Técnicas (ABNT), que também estão relacionadas à NR 33. São elas:
NBR 14009 - Análise Preliminar de Risco (APR)
Embora esta norma tenha sido elaborada para determinar
procedimentos de análises de riscos em máquinas, ele sugere as
diretrizes básicas para elaborar a APR em diversos ambientes ou
processos produtivos;
NBR 14606 - Postos de serviços: Entrada em Espaços Confinados
Trata dos procedimentos para entrada em espaços confinados em
postos de serviços;
NBR 14787 - Espaço Confinado: prevenção de acidentes,
procedimentos e Medidas de Proteção
Ao compararmos a NR 33 com esta norma técnica, notam-se diversas
semellhanças ou complementações.
Cópia não autorizada
11
A NR 33 relaciona uma série de itens com as diversas competências, tanto do
empregador como dos empregados, para realização das atividades em altura com
segurança:
EVITANDO ACIDENTES
RESPONSABILIDADES DO TRABALHADOR
• Colaborar com a empresa no cumprimento das exigência da NR 33;
• Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
• Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;
• Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com
relação aos espaços confinado.
Cópia não autorizada
12
EVITANDO ACIDENTES
RESPONSABILIDADES DO VIGIA
• Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores
autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da
atividade;
• Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente
com os trabalhadores autorizados;
• Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,
pública ou privada, quando necessário;
• Operar os movimentadores de pessoas; e
• Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista
ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído
por outro Vigia.
O Vigia não poderá realizar outras
tarefas que possam comprometer o
dever principal que é o de monitorar e
proteger os trabalhadores
autorizados;
Cópia não autorizada
13
EVITANDO ACIDENTES
RESPONSABILIDADES DO SUPERVISOR
• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e
que os meios para acioná-los estejam operantes;
• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
O Supervisor de Entrada
pode desempenhar a função
de Vigia.
Cópia não autorizada
14
EVITANDO ACIDENTES
RESPONSABILIDADES DA EMPRESA
•Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da NR;
• Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
•Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
•Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados de
forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;
•Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito,
da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR;
•Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
•Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores
das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar
em conformidade com esta NR;
• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco
grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e
• Garantir informações garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de
controle antes de cada acesso aos espaços confinados.
Cópia não autorizada
16
DEFINIÇÃO
A definição de espaço confinado, de acordo com a NR 33, é a seguinte:
"qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua,
que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio".
Não há necessidade da combinação das quatro definições para que o local de
trabalho seja considerado um espaço confinado.
Isso oferece a oportunidade de classificar, inspecionar ou liberar um espaço
confinado considerando um possível desenvolvimento de deficiência de
oxigênio em seu interior (resultante dos processos internos, como soldas), ou
até mesmo por interferências externas como gases de motores a combustão,
por exemplo.
Cabe ao responsável técnico, que é o profissional habilitado para identificar os
espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de
prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate., fazer a
avaliação de todos os ambientes "possivelmente confinados" e classificá-los a
partir de uma aplicação rigorosa da norma.
Cópia não autorizada
DE ESPAÇOS CONFINADOS
Cópia não autorizada
17
IDENTIFICAÇÃO
Acabamos de ver a definição para da NR 33 para Espaços Confinados, mas
podemos observar que esta definição se torna abrangente. Vamos analisar
da melhor forma como podemos reconhecer um Espaço Confinado,
garantindo assim a segurança da nossa equipe de trabalho.
Considerando os três focos de identificação da NR 33 temos:
“Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para
ocupação humana continua” - Define o espaço confinado com relação à
ocupação humana. A geometria é extremamente importante para o espaço
confinado, pois qualquer alteração geométrica pode transformar um espaço
“comum” em confinado, ou o inverso.
“Que possua meio limitados de entrada e saída” – Aqui a definição trabalha
os limites, isto é, as dimensões estreitas, as dificuldades específicas, da
entrada ou saída da área ou ambiente onde ocorrerão as atividades.
“Cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou
onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio” – Neste
trecho, o foco da norma é o risco mais grave e possivelmente o maior
causador de letalidades, nos trabalhos em espaços confinados: a atmosfera
imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS).
DOS ESPAÇOS CONFINADOS
Cópia não autorizada
18
CLASSIFICAÇÃO
São divididos em três níveis distintos, com base na severidade dos perigos
associados à cada nível:
Nível 1 – É o Espaço Confinado que possui uma condição IPVS, isso inclui,
mas não está limitado, a deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou
explosiva e/ou concentração de substâncias tóxicas ou mortais para o
trabalhador.
Nível 2 – É o Espaço Confinado que, em função da natureza dos trabalhos,
lay-out, configuração e/ou atmosfera interna, tem potencialidade para
provocar lesão ou qualquer tipo de enfermidade no trabalhador. E assim,
torna-se necessária a adoção de medidas de controle específicas para
viabilizar a entrada e execução de trabalho no seu interior. Não apresenta
qualquer condição IPVS.
Nível 3 – É um Espaço Confinado em que o perigo potencial não requer
nenhuma alteração específica no procedimento normal de trabalho. É o
ambiente confinado onde não existem riscos atmosféricos e onde critérios
técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para trabalho em
seu interior.
Atmosfera IPVS – Atmosfera
Imediatamente Perigosa à Vida ou à
Saúde – qualquer atmosfera que
apresente risco imediato à vida ou
produza imediato efeito debilitante à
saúde (NR 33 Anexo III – Glossário).
DOS ESPAÇOS CONFINADOS
TIPOS DE ESPAÇOS
CONFINADOS
19
Cópia não autorizada
Agricultura – Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques,
transportadores enclausurados, poços, cisternas, esgotos, valas,
trincheiras.
Alimentos – Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, silos,
tanques, misturadores, secadores, lavadoras de ar, tóneis.
Construção civil – Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações,
caixas, caixões.
Equipamentos e máquinas – Caldeiras, transportadores, coletores e
túneis.
Indústria do petróleo e indústrias químicas – Reatores, colunas de
destilação, tanques, torres de resfriamento, áreas de diques, tanques de
água, filtros coletores, precipitadores, lavadores de ar, secadores.
Metalurgia – Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques,
desengraxadores, coletores e cabines.
Serviços de sanitários, de águas e de esgotos; Serviços de gás,
eletricidade e telefonia – Poços de válvulas, galeria, cabos, caixas,
poços de água, estações elevatórias, entre outros.
Transporte – Tanques nas asas dos aviões, caminhões-tanque, vagões
ferroviários, tanque, navios-tanque.
Relacionamos a seguir alguns espaços confinados, os mais comuns, por
tipo de atividade econômica:
20
RECONHECIMENTO DOS RISCOS
NO TRABALHO COM ESPAÇO CONFINADO
O risco, de uma forma geral, é uma ameaça ou perigo de determinada
ocorrência. Quando se diz que estamos correndo um risco, nada mais é do
que estarmos sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um
episódio em que pode acarretar em alguma consequência.
O risco é empregado em diversos contextos, como por exemplo: o risco
ambiental, o risco de acidente, o risco de morte, o risco de epidemia, o risco
biológico (ameaça à saúde humana), o risco financeiro entre outros.
Em muitos casos, há dificuldade de reconhecer ou identificar tais agentes
causadores. Daí a necessidade dos supervisores serem bem treinados para
poder identificar, saber reconhecer e estar bem atento quanto aos riscos
existentes, visto que a probabilidade de dano imediato é maior em espaços
confinados, se comparada com uma exposição a estes mesmos agentes em
ambientes comuns. Isso porque eles podem gerar rapidamente uma
Condição Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS).
Cada tipo de agente é responsável por diferentes riscos que podem provocar
danos à saúde dos trabalhadores.
Como cada espaço confinado tem suas próprias características, os possíveis
danos também poderão ser específicos, dependendo dos fatores de riscos
presentes em cada local.
Risco é uma medida dos prejuízos
econômicos, danos ao meio ambiente ou
danos pessoais (mutilação, morte) tanto
em relação à probabilidade com que
aconteça quanto à magnitude com a qual
ocorra.
Cópia não autorizada
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RISCOS AMBIENTAIS
É toda e qualquer possibilidade de que algum elemento
ou circunstância existente num dado processo e
ambiente de trabalho possa causar danos à saúde e/ou
à integridade física do trabalhador
Consideram-se riscos ambientais os
agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho
que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo
de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador.
Cópia não autorizada
VIAS DE PENETRAÇÃO
Via respiratória: Ocorre através do sistema respiratório (nariz,
laringe, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares) e podem
penetrar gases, vapores, partículas, poeiras, névoas e fumos
metálicos.
Via Cutânea: Através da pele e da mucosa dos olhos as
substâncias penetram no organismo, contribuindo
significativamente para intoxicação. É para alguns produtos
químicos a principal via de penetração.
Via Digestiva ou oral: Através da boca, esôfago, estômago e
intestino as substâncias penetram no organismo em função de
acidentes ou hábitos de comer e beber em locais de trabalho.
Via Parental: Se entende como a penetração direta do
contaminante químico no organismo através de uma
descontinuidade da pele (ferida ou punção).
22
RUÍDO
O ruído esta sempre presente em qualquer local:
Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações
urbanas, som de maquinário etc. Porém se
ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados,
poderemos adquirir danos irreversíveis à nossa
saúde, por isso é muito importante identificarmos
as fontes mais ruidosas em nosso ambiente de
trabalho. A unidade de medida de intensidade do
ruído é o decibel (dB).
RISCO FÍSICO
EFEITO IMEDIATO NO
ESPAÇO CONFINADO
• Dificuldade de comunicação;
• Impossibilidade de audição do
alarme de um instrumento detector
de gases.
CONSEQUÊNCIAS
• Cansaço;
• Irritação;
• Dores de Cabeça;
• Surdez;
• Aumento na Pressão Arterial;
• Taquicardia;
• Perigo de Infarto.
O Limite de tolerância, estabelecido pela NR 15 para exposição ao ruído é
de 85dB(A). Recomenda-se, por medida preventiva, o uso de EPI a partir
de 80dB(A).
São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os
ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes,
radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
Cópia não autorizada
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VIBRAÇÃO
Um corpo está em vibração quando descreve um
movimento oscilatório em torno de um ponto fixo.
O número de vezes em que o ciclo completo do
movimento se repete durante o período de um
segundo é chamado de frequência e, é medida em
ciclos por segundo ou Hertz [Hz]. Ao contrário de
muito agentes ambientais, a vibração somente
será problema quando houver efetivo contato físico
entre um indivíduo e a fonte, o que auxilia no
reconhecimento da exposição.
RISCO FÍSICO
EPI
Deve ser utilizado Luvas anti-
vibração para atenuar os efeitos
CONSEQUÊNCIAS
• Cansaço;
• Irritação;
• Dores na coluna e membros;
• Doença do movimento;
• Artrite;
• Lesões ósseas, circulatórias e
dos tecidos moles.
Vibração Total: São aquelas recebidas por todo o corpo do trabalhador,
chamamos de Vibração de Corpo Inteiro. Podemos citar como exemplos de
atividades em que o trabalhador esta exposto a Vibração de Corpo Inteiros:
Atividades com britadeiras, veículos pesados, tratores, retroescavadeiras.
Vibração Parcial: São transmitidas aos membros superiores, chamados de
Vibrações de Mãos e Braços, normalmente são menos aplicados aos membros
inferiores. Um exemplo é a utilização de furadeiras, ferramentas manuais, serras e
martelos pneumáticos.
Beto Soares/Estúdio Boom
Cópia não autorizada
24
TEMPERATURAS EXTREMAS
Nos ambientes de trabalho serão consideradas temperaturas extremas o calor e o
frio emitidos através de fontes artificiais, ou seja, através de câmaras frigoríficas
para o frio e para o calor, através de fornos, caldeiras e equipamentos/máquinas
que irradiem calor.
A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre 20°C e 23°C.
RISCO FÍSICO
CALOR
Beto Soares/Estúdio Boom
É um dos agentes ambientais mais
frequentes nas indústrias. É comum
sua manifestação nas fundições,
usinas, fábricas, olarias, indústrias
metalúrgicas e siderúrgicas. O próprio
calor solar atinge, em muitos casos,
níveis elevados.
FRIO
O frio é um agente físico presente
em uma série de atividades
profissionais como as realizadas em
trabalhos de embalagem de carnes
e demais alimentos (frutas, sorvetes
e pescados), câmaras frigoríficas
(câmaras frias) e operação portuária
(manuseio de cargas congeladas).
NO ESPAÇO CONFINADO
Os espaços confinados ou
equipamentos que operam com altas
temperaturas deverão ter seu interior
avaliado conforme NR 15 e NHO 06
CONSEQUÊNCIAS
• Taquicardia;
• Aumento da pulsação;
• Cansaço;
• Irritação;
• Fadiga térmica;
• Prostação térmico;
• Choque térmico;
• Hipertensão
Cópia não autorizada
25
UMIDADE
A umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo
dependerá de como ela estará presente no ambiente, seja em menor ou
maior quantidade e também da forma como estamos expostos a ela.
Esta presente em diversos ambientes de trabalho, como por exemplo
lavanderias, lavagens, frigoríficos, cozinhas, pesca, areais, lavá-jato entre
outros.
RISCO FÍSICO
NO ESPAÇO CONFINADO
As atividades executadas em Espaços
Confinados excessivamente úmidos,
encharcados ou alagados, além de facilitar
doenças do aparelho respiratório, da pele
e circulatórias.
Beto Soares/Estúdio Boom
Cópia não autorizada
26
PRESSÕES ANORMAIS
As pressões anormais dividem-se em hiperbáricas e hipobáricas
.
As pressões hiperbáricas acontecem quando o trabalhador está sujeito a
pressões maiores que a pressão atmosférica. Podemos citar como exemplos
os trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de
perfuração, trabalhos executados por mergulhadores e caixões pneumáticos.
Quando o trabalhador estiver exposto às pressões hipobáricas estará sujeito
a pressões menores que a pressão atmosférica, ocorre quando o funcionário
está trabalhando em altitudes elevadas, exemplo: no topo de alguma
montanha.
RISCO FÍSICO
CONSEQUÊNCIAS
• Embolia traumática pelo ar;
• Embriaguez das profundidades;
• Intoxicação por oxigênio e gás cabônico;
• Dores musculares;
• Vômitos;
• Hemorragias pelo ouvido;
• Ruptura do tímpano.
Beto Soares/Estúdio Boom
Cópia não autorizada
27
RISCO QUÍMICO
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza
da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
Poeira é, basicamente, uma partícula sólida produzida por um rompimento
mecânico de sólidos, por meio de processos de moagem, atrito, impacto,
etc. Elas são categorizadas da seguinte forma: minerais, alcalinas, vegetais
e metálicas
POEIRAS
Poeira Mineral
São poeiras produzidas,
principalmente, em ações de
perfurações, extração mineral,
explosões, britagem de pedras,
etc.
Poeira Alcalina
É originária, principalmente, do
calcário e é responsável por
doenças pulmonares crônicas,
como enfisema pulmonar.
Poeira Vegetais
O trabalhador que exerce
atividades no campo, como em
campos de algodão, cana de
açúcar, etc, está exposto às
poeiras vegetais
Poeira Metálicas
São provenientes de atividades que
envolvam metais, como lixamento
de peças, por exemplo. Essas
partículas oferecem ao trabalhador
doenças do sistema respiratório e,
também, febre e calafrios
Cópia não autorizada
28
NEBLINA
São partículas suspensas no ar, decorrentes de
condensações de vapores, geralmente
provenientes da votatização de metais em fusão e
quase sempre acompanhada de oxidação. Não se
difundem a tendem a flocular-se e depositar-se,
sendo seu tamanho, menor que as partículas de
poeiras.Os trabalhos que geram fumos são
operações de soldagem ou fusões de metais, onde
haja concentração no ambiente
Beto Soares/Estúdio Boom
NÉVOAS
,A neblina também é composta por partículas no
estado físico líquido. Porém, essas partículas não
se originam da ruptura do líquido, mas sim da
condensação de vapores das substâncias que
estavam no estado líquido nas condições normais
de temperatura e pressão.
FUMOS METÁLICOS
São partículas líquidas resultantes da passagem
do estado de vapor ao estado líquido de vapores
ou separação mecânica de líquidos. Como
exemplo podemos citar o monóxido de carbono
liberado pelos escapamentos dos automóveis nas
garagens dos edifícios. Exemplos: pintura por
pistola, spray e em processos de lubrificação.
Cópia não autorizada
29
São agentes químicos que se
encontram no estado gasoso, em
condições ambientais de temperatura e
de pressão. Exemplo: Monóxido de
Carbono, cloro etc.
VAPORES
GASES
São agentes químicos que se encontram
no estado gasoso, mas que, em
condições ambientais de temperatura e
pressão, se encontram sob o estado
líquido ou sólido. Exemplo: vapor de
gasolina e vapor de água.
Cópia não autorizada
Os gases, os vapores e as névoas podem provocar efeitos irritantes,
asfixiantes ou anestésicos:
Efeitos irritantes: São causados, por exemplo, por ácido clorídrico,
ácido sulfúrico, amônia, soda caústica e cloro, que provocam irritação
das vias aéreas superiores.
Efeitos asfixiantes: Gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano,
monóxido de carbono e outros, causam dor de cabeça, náuseas,
sonolência, convulsões, coma e até morte.
Efeitos anestésicos: A maioria dos solventes orgênicos, assim como
butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno,
tem ação depressiva sobe o sistema nervoso central, provocando danos
aos diversos órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos
ao sistema formador de sangue.
30
Os riscos representados pelas substâncias químicas depende dos
seguintes fatores:
Concetração: Quanto maior for a concentração do produto, mais
rápidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo;
Índice Respiratória: Representa a quantidade de ar inalado pelo
trabalhador durante a jornada;
Sensibilidade Individual: É o nível de resistência de cada pessoa
com respostas orgânicas diferentes Independentemente dos outros
fatores;
Fatores que influenciam a
toxicidade dos contaminates
ambientais
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Tóxicidade: É o potencial tóxico da
substância no organismo;
Tempo de exposição: É o tempo que
o organismo fica exposto ao
contaminante.
31
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos,
parasitas, protozoários, vírus, entre outros
RISCO BIOLÓGICO
Fungos: São seres vivos, unicelulares ou pluricelulares, que podem
provocar doenças nos trabalhadores, como, por exemplo, micoses
na pele, na unha, na mucosa em forma de cogumelo.
Atividades expostas: trabalhos em aviários, matadouros,
jardinagem, trabalhos em estações de tratamento de esgotos,
estações de tratamento de águas etc.
Vírus: É um organismo com grande capacidade de automultiplicação.
Atividades expostas: trabalhos em laboratórios, escolas, creches etc.
Bactérias: São organismos microscópicos unicelulares. Podem ser
encontradas na forma de colônias ou isoladas.
Atividades expostas: trabalhos em esgotos, açougues, trabalhos
em hospitais etc..
Protozoários: São animais invertebrados
formados por uma única célula. Vivem no
solo e na água.
Atividades expostas: estações de
tratamento de esgotos, estações de
tratamento de águas etc.
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32
A organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como a
"aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos
e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o
homem e seus trabalho, e cujos resultados se medem em termos de
eficiência humana e bem-estar no trabalho".
Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e
fisiológicos, além de provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque
produzem alterações no organismo e no estado emocional,
comprometendo sua saúde, segurança e produtividade.
RISCO ERGONÔMICO
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O conforto do trabalhador no espaço confinado depende do tipo de
espaço, do serviço a ser realizado, do acesso de entrada e saída e das
suas condições psicofisiológicas. Cabe ao Médico do Trabalho
estabelecer medidas restritivas (quando for o caso) ao exercício laboral
neste tipo de ambiente.
Geralmente, não se permite que um trabalho, vigia ou integrante da
equipe de resgate, portador de obesidade mórbida trabalhe num local de
difícil acesso ou saída. Em caso de alergias respiratórias, como.
asma ou rinite alérgica, a liberação para
trabalhos em espaços confinados é
contraindicada, pois poderá ser necessário o
uso de proteção respiratória contra poeira,
vapores e gases, ou suprimento de ar puro.
Até mesmo gripe, sinusite, dermatoses etc.
por mais simples que possam parecer,
influenciam ergonomicamente, tornando o
trabalho físico mais pesado do que realmente
é, levando a posturas incorretas e posições
incomodam, que por duas vez, aceleram o
cansaço, dores musculares e fraqueza
33
Os agentes de acidentes ou mecânicos são comuns, já o espaço
confinado não foi projetado para ocupação humana contínua; tem
arranjo físico inadequado ou deficiente; estrutura geométrica irregular,
o que gera cantos vivos, saliências e depressões; grande
probabilidade de incêndio e explosão; transporte de materiais não
adequado; e visibilidade para percepção de perigos não suficiente.
Pode haver partes móveis como correntes, correias e polias
desprotegidas. Em alguns casos, encontraremos partes elétricas
expostas ou com proteções soltas. Animais peçonhentos, como
escorpiões, aranhas, ofídios e insetos, também são comuns em
determinados espaços confinados, portanto, têm ser considerados na
APR.
RISCO DE ACIDENTES
• Probabilidade de incêndio e explosão;
• Transporte de materiais não
adequados;
• Partes móveis desprotegidas;
• Partes elétricas expostas ou com
proteções soltas;
• Uso de equipamentos elétricos.
EXEMPLOS
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34
Os valores de Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde (atmosfera IPVS) são
valores utilizados pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança
Ocupacional (NIOSH) como critérios de respiração que foram desenvolvidos
em meados da década de 1970. A fundamentação dos parâmetros
estabelecidos para que uma determinada substância ou atmosfera seja
classificada como imediatamente perigoso à vida ou à saúde (IPVS) são
compilações dos fundamentos e fontes de informação utilizadas
pela NIOSH durante a determinação original de 387 valores teóricos
anteriores.
Além disso, a NIOSH continua a analisar documentar e revisar a metodologia
por trás da ciência e os valores de IDLHexistentes quando apropriado, e
obtiver novos valores de IDLH, ou atmosfera IPVS – no Brasil.
Segundo a NR 33 Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde é...
RISCOS ATMOSFÉRICOS
O QUE É ATMOSFERA IPVS?
É qualquer atmosfera que
apresente risco imediato à vida ou
produza imediato efeito debilitante
à saúde.
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35
Possui os elementos necessário para uma explosão |
incêndio:
• Combustível (gases ou vapores e poeiras inflamáveis
ou explosivas);
• Comburente (oxigênio do ar);
• Fonte de ignição (instrumentos que gerem faíscas,
energia estática).
ATMOSFERA INFLAMÁVEL E
EXPLOSIVA
LIMITE DE EXPLOSIVIDADE
A mistura de combustível e oxigênio que se ascenderá é diferente para cada gás
combustível específico. Este ponto crítico, definido como Limite de Explosividade,
fica entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de
Explosividade (LSE). Concentração abaixo de LIE, que é a concentração mínima
(ar/mistura de combustível) na qual o gás será concentrado e que se ascenderá,
são muito prováveis a se incendiar. Concentrações acima do LSE, o máximo de
concentração que se ascenderá são muito ricas para se queimar.
FONTES DE IGNIÇÃO
• Chamas abertas – Soldadores, aquecedores abertos ou material fumegantes;
• Centelha Elétrica – Fios soltos, terminais de conexão, revezamentos e tomadas;
• Faísca Produzida por Atrito – Ferramentas de ferro em contato com metal ou
cimento;
• Superfícies Quentes – Linhas de energia, resistência de aquecedores e
lâmpadas;
• Eletricidade Estática – Fluxo de fluídos através de tubos, cintos frouxos e
roldanas e transferência pneumática de matérias divididos;
• Reações Químicas – Reações entre substâncias químicas em contato com
oxigênio.
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36
Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de
saúde e até mesmo a morte. O seu efeito físico venenoso pode ser imediato,
retardado, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, exposição em
concentração baixa de gás carbônico causa dano cerebral não perceptível
enquanto que grandes concentrações resultam rapidamente em morte.
A presença dessas substâncias tóxicas é geralmente o resultado de material
previamente estocado no espaço, uso de revestimentos, solventes ou
preservativos ou material orgânico em decomposição, que além de deslocar o
oxigênio pode também produzir gazes tais como: metano, monóxido de
carbono, dióxido de carbono, gás sulfídrico. É também possível que o gás
tóxico entre em espaços confinados durante a “abertura” por causa de
procedimentos impróprios de isolamento.
Essas substâncias devem possuir “Limite de tolerância” determinados nas
Normas Nacionais e/ou Internacionais.
ATMOSFERA TÓXICA
Limites de tolerância (LT) – a concentração
transportada pelo ar, de um contaminante ao qual
se acredita que quase todos os funcionários
possam ser repetidamente expostos, todos os
dias, durante um período de trabalho de vida sem
desenvolver efeitos adversos. Esses são
geralmente expressos em Partes Por Milhões
(PPM) do contaminante. Isso é um termo usado
pela Conferência do Governo Americano e
Higienistas Industriais (ACGIH).
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38
Atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão
atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente
monitorada e controlada.
A presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados
como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o
ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de entrarmos
no interior de espaços confinados devemos monitorá-lo e garantirmos a presença
de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5 e 22%.
ATMOSFERA COM
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
• Consumo;
• Oxidação de metais;
• Adsorção;
• Inertizarão;
• Decomposição de materiais
orgânicos.
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE
OXIGÊNIO
CONSEQUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
23,5 ou mais Atmosfera enriquecida gera efeito narcótico,
risco elevado de explosão e/ou incêndio;
20,9% Concentração normal de oxigênio na atmosfera
19,5% Nível mínimo aceitável (seguro);
16% Desorientação, incapacidade de raciocínio e
dificuldades respiratórias;
14% Dificuldade em coordenação motora e fadiga
8% Dificuldade mental, desmaio
6% ou menos Extrema dificuldade respiratória e morte em
poucos minutos
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39
Quando o oxigênio excede 22% do volume a atmosfera passa a ser
conhecida como oxigênio enriquecido. Uma atmosfera de oxigênio
enriquecido é perigoso porque pode causar um sério risco de incêndio.
Matérias inflamáveis irão chegar ao ponto de ignição e queimarão muito
rápido em atmosferas de oxigênio enriquecido. A causa comum disto é o
vazamento de oxigênio de tubos ou cilindros.
Os trabalhadores e a equipe de resgate acreditam que uma atmosfera rica
em oxigênio apenas aumenta a probabilidade de combustão e reação com
materiais oleosos. Entretanto, há a inalação do oxigênio em excesso
(hiperóxia), podendo causar, entre outros danos, lesão ao ouvido –
Obstrução do canal que liga a faringe à caixa do tímpano. Trabalhadores
idosos podem sofrer miopia de caráter reversível.
ATMOSFERA
RICA OXIGÊNIO
ATENÇÃO
NUNCA USAR OXIGÊNIO
PURO PARA VENTILAR
ESPAÇO CONFINADO
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TIPOS DE GASES
AMONIACO (NH3) a amônia não é considerada “venenosa”, portanto os efeitos da
exposição a este gás são limitados à irritação e aos danos corrosivos que ele causa –
que são severos. Seu limite de tolerância é 20 ppm.
GÁS SULFIDRICO (H2S) é um dos piores agentes ambientais em termos potencial e
probabilidade de dano aos trabalhadores/vigias ou equipe de resgate, já que nosso
sistema olfativo não consegue detectar sua presença em concentrações superiores a
8,0 ppm, que é o seu limite de tolerância.
NITROGÊNIO é um gás inerte, não tóxico, sem odor, sem cor, sem sabor. Não é
inflamável,.
A exposição ao N2 em um ambiente pode ser fatal, pois ele é um agente supressor e
desloca o CO2 (Dioxido de Carbono) e o O2 (Oxigênio) completamente. Enquanto
alguns produtos químicos podem afetar as pessoas de forma mais ou menos intensa,
dependendo da maior ou menor resistência e tolerância de cada um, o N2 é bem mais
democrático. Ele afeta todos os indivíduos da mesma forma, desloca o Oxigênio,
tomando o seu lugar. Sem oxigênio não há vida. Seu limite de tolerância é 4 ppm.
Dor de cabeça
200 ppm
Palpitação
1.000 a 2.000 ppm
Inconsciência
2.000 a 2.500 ppm
Morte
4.000 ppm
METANO (CH4) sua exposição além de colocar o trabalhador em risco devido a sua
alta inflamabilidade, pode causar sonolência e levar à perda da consciência. Mais leve
que o ar, o metano tende a concentrar-se nos níveis superiores dos ambientes.
MONÓXIDO DE CARBONO (bastante nocivo),
por não possuir odor e cor pode permanecer por
muito tempo em espaços confinados sem que o
trabalhador/vigia o perceba a tempo de tomar
providências (evacuação de emergência,
ventilação ou exaustão). Isso pode causar
consequências graves aos trabalhadores expostos.
Em concentrações superiores ao seu limite de
tolerância, 39ppm (partículas de vapor ou gás por
milhão de partes de ar contaminado), o monóxido
de carbono pode causar danos irreversíveis ao
trabalhador, conforme segue:
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ÁREAS CLASSIFICADAS
A classificação de áreas de um local começa com a análise da
probabilidade da existência ou aparição de atmosferas explosivas.
É necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas
explosivas podendo ser gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda
poeiras/fibras combustíveis.
Parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de
amostras, flanges e etc. são considerados fontes de riscos.
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE RISCO
• Grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua
ou durante longos períodos;
• Grau primário aquelas fontes que geram risco de forma
periódica nas condições normais de operação;
• Grau secundário aquelas que geram risco em condições
anormais de operação e por curtos períodos.
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ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA
POR GASES E VAPORES
• Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva
por gases ou vapores é continua ou existe por longos períodos;
• Zona 1: local onde a atmosfera explosiva está presente em forma
ocasional e em condições normais de operação e sendo
normalmente geradas por fontes de risco de grau primário;
• Zona 2: local onde a atmosfera explosiva está presente somente
em condições anormais de operação e persiste somente por curtos
períodos de tempo, sendo geradas normalmente por fontes de risco
de grau secundário.
ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA
POR POEIRAS E FIBRAS
• Zona 20: local geradas por fontes de risco de grem que a
atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente
de forma permanente, por longos períodos ou ainda
frequentemente (estas zonas, igual a de gases e vapores são au
contínuo);
• Zona 21: local em que a atmosfera explosiva em forma de
nuvem de pó está presente em forma ocasional, e;
Em condições normais de operação da unidade (estas zonas,
igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de
grau primário);
• Zona 22: local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem
de pó existirá somente em condições anormais de operação e se
existir será somente por curto período de tempo (estas zonas,
igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de
grau secundário).
42
O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições
ambientais com utilização de equipamento adequado. As medições devem
ser efetuadas antes e durante da realização dos trabalhos, se estes forem
susceptíveis de produzir variações na atmosfera.
Estas medições devem ser efetuadas pelo Supervisor, do exterior do
espaço confinado. Se não for possível alcançar do exterior a totalidade do
espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias
para que a medição se efetue a partir de uma zona segura. O controle deve
ser mantido durante toda a operação pelo Vígia.
Falaremos no decorrer do curso sobre os equipamentos utilizados para
medição.
MONITORAMENTO
DOS RISCOS
Deve-se avaliar três pontos do espaço
confinado o TOPO, o MEIO e o FUNDO,
pois cada gás possui uma densidade
diferente podendo se concentrar portanto
em pontos diferentes do espaço
confinado..
• Misturas inflamáveis. Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite
Superior de Explosividade (LSE);
• Fumaça que obstrua a visão a uma distância de 1,5 metro ou menos;
• Concentração de O2 abaixo de 19,5% ou acima de 23%;
• Qualquer condição reconhecida como IPVS ou IDLH;
• Concentração de qualquer substância acima do Limite de Tolerância
conforme NR 15 ou ACGIH.
O MONITORAMENTO DEVE VERIFICAR
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43
No mercado existem várias marcas de instrumentos de avaliação e
monitoramento de gases, com múltiplas habilitações. Ao utilizar um equipamento
deste, é preciso considerar os possíveis gases que o espaço confinado poderá
apresentar, sendo as combinações mais comuns dos detectores de gases:
EQUIPAMENTOS DE
MEDIÇÃO
Oxigênio (O2): O alarme de oxigênio
deve ser ajustado para disparar
quando a concentração estiver abaixo
de 19,5 % ou acima de 23 % do
volume atmosférico;
Monóxido de Carbono (CO): O
limite de concentração estabelecido
pela NR 15 para 8 horas de
exposição é de 39ppm (partículas
por minuto).
Metano (CH4): O alerta do
equipamento ocorre quando a mistura
de ar/gás atingir 10% do Limite de
Explosividade (LIE) ou (LEL). Se o
gás inflamável atingir 100% do LEL e
ocorrer uma faísca ou outra fonte de
ignição, a mistura de ar e gás irá
inflamar e poderá ocorrer uma
explosão.
Gás Sulfídrico (H2S): O limite é de
8 ppm. Este gás pode tornar-se
imperceptível ao olfato humano em
altas concentrações. Por medida de
segurança, pode-se calibrar o
alarme para que dispare em
menores concentrações.
Ao executar trabalhos em atmosferas
contaminadas com inflamáveis, é necessário
eliminar pelo menos um dos dois elementos
restantes do triângulo do fogo: calor e
comburente. Como é mais difícil controlar e
manter o calor a uma temperatura segura, a
solução ideal é retirar o comburente, para isso
devemos inertizar o ambiente com a insuflação.
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44
Antes de efetuar a medição de gases em espaços confinados, é preciso
conhecer o medidor, saber como funciona e se está em condições de uso,
pois a vida de pessoas dependerá da leitura correta desse instrument. O
ideal é ter o manual e fazer uma lista de observações sobre os principais
itens como defeitos óbvios; calibração; bolsa de transporte; bateria;
condições da sonda e bomba aspiradora.
O detector de gases deve ser ligado em área descontaminada, também
conhecida como “ar fresco”, para que seus parâmetros iniciais se alinhem
com a calibração feita para o disparo de alarme. Este procedimento é
conhecido como “zerar” o instrumento.
TÉCNICAS DE MEDIÇÃO
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CALIBRAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS
As normas brasileiras determinam que os instrumentos de detecção de
gases sejam calibrados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO).
Quanto aos prazos de calibração, devem-se seguir as determinações do
fabricante do instrumento. Esse prazo é variável (geralmente de seis meses
ou um ano, podendo ser até mensal), dependendo das condições em que
esses equipamentos forem frequentemente expostos.
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O controle dos riscos está relacionado à quatro áreas:
CONTROLE DOS
RISCOS
Controle coletivo: visa assegurar a
segurança dos trabalhadores ou
pranseuntes que trabalham ou
transitam em torno do espaço
confinado;
Controle na fonte: visa impedir a
formação ou a dispersão do agente
no ambiente de trabalho.
Controle no meio: visa impedir que
o agente atinja os locais de trabalho,
em concentração ou em intensidade
para a exposição humana.
Controle no receptor: visa impedir
que o agente penetre no organismo
dos trabalhadores em concentração
ou em intensidade perigosa.
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CONTROLE COLETIVO
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs são dispositivos utilizados à
proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve
para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes, protegendo
contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o
ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do
trabalhador.
Deve ser afixada no corpo, estrutura, laterais ou paredes externas, próximo à
entrada do espaço confinado, uma placa com o número, código e/ou
nomenclatura do espaço confinado para permitir a sua rápida identificação,
garantindo que a entrada e o trabalho só ocorram no espaço confinado
programado. A sinalização do espaço confinado deve ser feita através do
modelo estabelecido no Anexo I - Sinalização para identificação de Espaço
Confinado. Durante as operações de entrada, as áreas próximas às entradas
do espaço confinado também devem ser sinalizadas e isoladas com fitas,
cones, cavaletes ou outro tipo de barreira. A sinalização e o isolamento evitam
quedas e a entrada no espaço confinado sem a emissão da Permissão de
Entrada e Trabalho.
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CONTROLE
NA FONTE
Seu objetivo é Impedir a formação ou a dispersão do
agente no ambiente de trabalho.
Podemos citar como medidas de controle na fonte:
• Substituição/modificação de substâncias
por outras de menor toxicidade;
• Modificação do processo ou operação,
• Isolamento de uma operação ou processo;
• Processo úmido para reduzir a
concentração de aerodispersóides sólidos.
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CONTROLE NO AMBIENTE
SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO
A aplicação correta e o perfeito funcionamento desses equipamentos ou sistemas
de ventilação e exaustão são imprescindíveis à vida das pessoas envolvidas nos
trabalhos em espaços confinados.
Antes de liberar a entrada dos trabalhadores em espaços confinados, é necessário
limpar o ambiente, torná-lo isento de gases, vapores e outras impurezas
indesejáveis.
Conforme o glossário da NR 33, "fazer a troca gasosa" equivale a purgar o
ambiente e pode ser feita por meio de ventilação ou exaustão ou, ainda pela
combinação das duas.
Purga: Pode ser feita
por meio de outras
técnicas, como lavagem
e vaporização.
A ventilação pode ser natural ou mecânica.
A primeira é conseguida por meio de
abertura das tampas do espaço confinado,
sendo uma técnica lenta e dependendo da
densidade dos gases presentes no
ambiente este procedimento poderá ser
ineficaz.
A ventilação mecânica por sua vez age
rapidamente, contudo se a atmosfera for
inflamável, é preciso atentar-se para o risco de incêndio ou explosão.
Para obter um ar limpo em um espaço confinado por meio de ventilação, é
necessário renovar sua atmosfera em pelo menos 7,5 vezes o seu volume. Isso se
não houver recontaminação. O tempo de insuflação é calculado em função das
dimensões do espaço confinado.
Pelo método de exaustão, os gases são puxados mecanicamente para fora do
espaço confinado e o ar "limpo" entra automaticamente por meio das aberturas
disponíveis. A troca por exaustão é mais rápida que por ventilação, principalmente
se o exaustor puder ser colocado próximo à contração dos contaminantes.
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SISTEMA DE ALARME
VISUAL OU SONORO
Medidores diretos de concentração pré determinada de gases e vapores.
Pode acionar o alarme, interromper processos ou comandar a operação
de sistemas conjugados (ventilação, redução de pressão e temperatura).
O equipamento deve possuir alarme sonoro, visual e vibratório, visor para
leitura instantânea, ser resistente ou à prova d’água, quando portado em
espaços confinados úmidos ou encharcados, e ser provido de
revestimento que resista a atmosferas corrosivas ou eventuais quedas.
A calibração deve ser executada por um Organismo de Certificação
Credenciado (OCC) pelo INMETRO.
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EQUIPAMENTO
INTRINSECAMENTE SEGURO
Intrinsecamente seguro é um método de proteção empregado
em atmosferas potencialmente explosivas. Tarefas que são certificadas
como "intrinsecamente seguras" são desenvolvidas para ser incapazes
de liberar energia suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para
causar ignição em materiais inflamáveis (gases ou partículas de poeira).
As ferramentas e/ou equipamentos Intrinsecamente seguros certificadas
são projetadas para evitar a liberação de energia suficiente para causar a
ignição de materiais inflamáveis. Os padrões se aplicam a todos os
equipamentos que podem criar uma ou mais variações de fontes
definidas de possível explosão.
Os rádios intrinsecamente seguros (IS) são especialmente desenvolvidos
para garantir uma comunicação eficiente e segura mesmo em locais
classificados com atmosfera explosiva. Os rádios IS possuem como
principal característica a capacidade de eliminar qualquer possibilidade
de descargas elétricas e faíscas, sendo muito utilizados em ambientes
como minas, off-shore e refinarias de petróleo.
Os rádios classificados como Ex i
(intrinsecamente seguro) possuem algumas
características de segurança próprias como uma
blindagem dupla, o funcionamento dos circuitos
internos através de baixos potenciais de energia,
além de mecanismos para evitar fontes de ignição
e calor.
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TRAVAMENTO
DE FONTES DE
ENERGIA
Lockout quer dizer "travamento", é o
processo que visa barrar ou impedir a
exposição do colaborador à energias
perigosas, evitam então que alguém
acesse uma determinada área restrita
inadvertidamente ou que ligue algum
equipamento que não esteja
preparado para ser utilizado. Isola
também fontes de energia que podem
queimar, cortar, prensar, eletrocutar ou
lesar o colaborador.
São restrições que ninguém pode
remover sem uma chave ou outro
mecanismo de destravamento. Alguns
exemplos são as travas de plástico ou
metal, grupos de bloqueio, cadeados e
até sistemas de segurança protegidos
por senha ou leitura corporal.
LOCK - OUT
TAG - OUT
Tagout é a etiquetagem, visa informar o
trabalhador sobre os perigos aos quais
ele pode estar exposto. Não fornece a
restrição direta.
TRAVA
Dispositivo (como chave ou
cadeado) utilizado para
garantir isolamento de
dispositivos que possam
liberar energia elétrica ou
mecânica de forma
acidental.
BLOQUEIO
Impede a liberação de
energias perigosas tais como:
pressão, combustíveis, água
e outros visando à contenção
para trabalho seguro em
espaços confinados.
LACRE
Braçadeira ou outro
dispositivo que precise ser
rompido para abrir um
equipamento.
ETIQUETAGEM
Colocação de rótulo num
dispositivo isolador de energia
para indicar que o dispositivo
e o equipamento a ser
controlado não podem ser
utilizados até a sua remoção..
Abertura intencional de um duto, tubo, linha,
tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada
para transportar materiais tóxicos, inflamáveis,
corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou
temperaturas capazes de causar danos materiais
ou pessoais.
ALIVIO
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CONTROLE NO
RECEPTOR
Ao se avaliar os trabalhadores que irão
exercer atividades em espaços
confinados, é necessário que o médico
atente para a existência de algumas
patologias que podem incapacitá-los
para a função.
Trabalhadores com histórico de
vertigens, perda de memória,
claustrofobia, dispnéia de esforço e
convulsões devem ser encaminhados
para atividades que não os exponham
ao ambiente de um espaço confinado.
Distúrbios de audição e visão devem ser
avaliados por meio de exames
complementares, pois podem
comprometer a percepção de sinais de
alarme ou a comunicação entre a
equipe, inclusive em situações de
resgate.
O exame médico admissional também
deve avaliar a aptidão de trabalhadores
com asma, diabetes insulino-
dependente e doenças cardiovasculares
específicas que comprometam a
eficiência cardíaca, pelo risco da
ocorrência de algum episódio quando
estiverem no interior do espaço
confinado.
Especial atenção deve ser dada ao
estado psicológico do trabalhador, sendo
pertinente observar o seu comportamento
durante o exame admissional. Um ânimo
deprimido ou exaltado (euforia), distração,
irritabilidade, podem ser sinais de
patologias mentais capazes de colocar
em risco própria integridade física e a do
grupo. A anamnese deve privilegiar,
ainda, a abordagem cuidadosa de
situações pessoais e familiares de
impacto como término de relacionamento,
morte de parentes próximos e situações
de endividamento.
Se necessário, o trabalhador deve ser
encaminhado para avaliação psicológica
por profissional especializado, o qual
deverá emitir laudo que embase o médico
examinador na classificação de “apto” ou
“inapto” para o trabalho. O
acompanhamento periódico do pessoal
que trabalha em espaços confinados
deve atentar para o controle das
condições acima citadas e o diagnóstico
precoce de patologias relacionadas ao
trabalho, tais como: doenças
osteomusculares em decorrência de
posturas forçadas e leptospirose no caso
de trabalhos em esgotos, galerias e
outras situações onde haja o risco da
presença de urina de animais infectados.
Deve-se, ainda, verificar se a vacinação
está de acordo com o seu calendário e a
função do trabalhador.
CONTROLE MÉDICO
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53
CAPACITAÇÃO
INICIAL E
PERIÓDICA
É uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os
riscos inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção
necessárias para minimizar ou neutralizar a exposição. O treinamento é
indispensável, independente da existência de outros métodos de controle,
ou seja, é uma medida complementar.
Tem como principal objetivo dar condições para que o trabalhador
identifique os riscos, nas medidas de prevenção, informar e desenvolver
habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados que
garantam a eficiência das medidas de controle adotadas.
Devido à complexidade dos procedimentos de segurança nesta atividade,
torna-se indispensável a adequada capacitação de todos os
trabalhadores envolvidos. A carga horária, conteúdos e periodicidade de
realização da capacitação dos Supervisores de Entrada, Vigias e
Trabalhadores Autorizados devem obedecer ao estabelecido no item
33.3.5
PERIODICIDADE
Bienal
CARGA HORÁRIA
8 horas
Cópia não autorizada
54
LIMITAÇÃO DO TEMPO
DE EXPOSIÇÃO
Para proteger os trabalhadores contra os riscos ambientais presentes no
local de trabalho, é preciso identificar os agentes ambientais, o tempo de
exposição para cada processo e suas funções. De acordo com a NR 15,
os limites de tolerância são a concentração ou a intensidade máxima ou
mínima do tempo de exposição à uma determinada natureza do agente
para que não cause danos à saúde e integridade física do trabalhador
durante a jornada de trabalho
Exemplo: Um trabalhador que exerce suas atividades em jornada de
trabalho de 8 horas diárias numa fábrica. O nível de ruído no setor A da
fábrica é 95dB. Porém, de acordo com o Ministério do Trabalho, o
máximo permitido é 85dB numa jornada de 8 horas. Neste caso, o nível
de exposição ultrapassa o Limite de Tolerância permitido, sendo assim, é
imprescindível que o engenheiro ou técnico em segurança do trabalho
adotem medidas de controle para eliminar ou reduzir o ruído para evitar
as doenças ocupacionais causadas por este agente físico.
Sendo assim uma das alternativas será a Limitação do Tempo de
Exposição.
Cópia não autorizada
55
CONTROLE DE ENTRADA
O controle de entrada e saída dos Trabalhadores
Autorizados deve ser rigoroso para que não ocorra o
fechamento do espaço confinado com trabalhadores
no seu interior. A contagem pode ser feita por meio
de crachás-espelhos, pulseiras ou outro sistema
controlado pelo Vigia.
COMUNICAÇÃO
A Vigia deve permacer em contato permanente com os
trabalhadores autorizados. A comunicação não deve
ser apenas sobre as condições físicas dos
Trabalhadores Autorizados, mas também sobre o
trabalho realizado e medidas de apoio. Caso a
comunicação seja feita por rádio, o equipamento
deverá ser adequado à classificação da área, com
pilhas ou baterias devidamente carregadas.
Qualquer situação de risco à segurança de qualquer
pessoa envolvida nessas atividades deve ser
imediatamente comunicada ao vigia ou ao supervisor
de entrada
Cópia não autorizada
56
A segurança e a saúde nos ambientes
de trabalho devem ser garantidas por
medidas de ordem geral ou específica
que assegurem a proteção coletiva dos
trabalhadores. Contudo na inviabilidade
técnica de adoção de medidas de
segurança de caráter coletivo ou
quando essas não garantirem a
proteção total do trabalhador, ou ainda
como uma forma adicional de proteção,
deve ser utilizado EPI, .
EPI
EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Norma Regulamentadora
NR 06 - Equipamento de
Proteção Individual
a) usar o EPI , utilizando-o apenas para
a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e
conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para
uso;
d) cumprir as determinações do
empregador sobre o uso adequado
a) adquirir o EPI adequado ao risco de
cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o
aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre
o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando
danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica;
g) comunicar ao Órgão Competente
qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao
trabalhador, podendo ser adotaddos
livros, fichas ou sistema eletrônico.
RESPONSABILIDADES
DA EMPRESA
RESPONSABILIDADES
DO COLABORADOR
Cópia não autorizada
57
O capacete de segurança protege a cabeça do
trabalhador contra ferimentos causados por queda de
objetos de níveis elevados, impactos em objetos fixos e
até contra choques elétricos.. Deve possuir "jugular"
que evita a queda do capacete durante a atividade.
CAPACETE
LUVAS
As mãos é a parte do corpo onde com maior frequência
ocorrem lesões. Grande parte dessas lesões são
preveníveis. As luvas evitam, portanto, um contato direto
com materiais cortantes, abrasivos, quentes ou
corrosivos.
CALÇADO
Os calçados de segurança são equipamentos de
proteção individual essenciais para a proteção dos
membros inferiores (pés) dos trabalhadores em
diversas atividades profissionais.
ÓCULOS
São óculos específicos utilizados por trabalhadores
com a finalidade de proteger os olhos.
TIPOS DE EPI
VOCÊ CONHECE OS EPI QUE DEVE
UTILIZAR PARA REALIZAR SUAS ATIVIDADES?
Cópia não autorizada
58
Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15,
anexos I e II, conforme tabela de atenuação. Existem
diversos modelos disponíveis no mercado como o
protetor tipo plug e protetor concha.
PROTETOR AURICULAR
ROUPAS IMPERMEÁVEIS
Existem vários tipos de vestimentas impermeáveis
disponíveis no mercado e classificadas de acordo com os
tipos e os graus de riscos ambientais, podem ser
vestimentas totalmente encapsuladas, destinadas à
proteção contra gases; Vestimentas destinadas à proteção
contra líquidos em alto contato; Proteção contra partículas
sólidas e respingos de químicos líquidos e proteção parcial
contra partículas sólidas ou respingos parciais de químicos
líquidos.
RESPIRADORES E MASCARAS COM FILTRO
São equipamentos utilizados para filtrar o ar e só são
indicados em ambientes em que o oxigênio esteja num
volume próximo de 21%. Este equipamento é de pressão
negativa, portanto a possibilidade de contaminação por
produtos químicos é grande
RESPIRADOR AUTÔNOMO
Em atmosferas IPVS o colaborador deve contar com
alguma provisão de ar respirável, podendo ser utilizado o
respirador autônomo que, dependendo da capacidade do
cilindro e da prática do usuário, chega a durar de 30 a 40
minutos.
Cópia não autorizada
59
PROGRAMA DE
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Cópia não autorizada
O oxigênio é um elemento vital para os seres humanos. Em função disso,
a ocorrência de acidentes fatais causados pela sua deficiência em
espaços confinados é bastante comum.
Por conta de tais acidentes fatais, a NR 33, em seu subitem que trata das
medidas administrativas, determina ao empregador a implementação de
um Programa de Proteção Respiratória, a partir de levantamento feito
pela análise de risco, considerando as características atmosféricas, o
local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
A Instrução Normativa 1 (IN 1) de 1994 determina a implantação e
desenvolvimento de um Programa de Proteção Respiratória. De acordo
com essa instrução, cabe ao empregador adotar um conjunto de medidas
técnicas e administrativas para garantir aos seus empregados a devida
proteção respiratória.
Por conta de todos os riscos envolvidos a legislação determina um
programa e não apenas medidas de proteção respiratórias.
Este programa deve conter entre outras determinações os procedimentos
operacionais escritos; Avaliação médica do candidato ao uso de
respiradores; Seleção de respiradores; Ensaios de Vedação;
Manutenção. Higienização e Guarda dos Respiradores; Uso de
respiradores; Avaliação do nível de exposição do trabalhador.
43
60
ANÁLISE PRELIMINAR
DE RISCO
A Análise Preliminar de Risco (APR) é a principal
ferramenta utilizada no sistema de prevenção de
acidentes de qualquer processo laboral .
Nela são indicados os riscos ou perigos relacionados às
tarefas ou atividades a serem executadas. São
levantadas as fontes, situações ou atos que geram
perigo e os procedimentos e controles necessários
PERMISSÃO DE ENTRADA E
TRABALHO (PET)
A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento determinado pela NR
33, emitido pelo supervisor de entrada, que tem como objetivo verificar se todos
os procedimento previstos na APR foram respeitados, antes da entrada do
trabalho no espaço confinado.
A participação de todos os envolvidos nos trabalhos em espaços confinados,
desde o levantamento dos riscos e perigos até a emissão da PET, é muito
importante para a segurança dos trabalhadores autorizados.
Cópia não autorizada
61
PROTEÇÃO
CONTRA
QUEDAS
CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA
O mais conhecido equipamento de proteção individual para retenção de quedas é o
cinto de segurança tipo paraquedista.
Muitas vezes para realizar trabalhos em espaço confinados, acessar ambientes
como poços de visitas entre outros é necessário a utilização de escadas,
plataformas ou trabalhar suspensos. Nesses casos devemos seguir as normas
vigentes sobre Trabalho em Altura.
A NR 35 - Trabalho em Altura prevê como devem ser construídos, testados e
aplicados todos os dispositivos, como cintos de segurança, talabartes, trava-
quedas, cabos ou cordas, além de determinar responsabilidades, capacitação e
treinamentos para os trabalhadores que exercerão atividades em diferentes
níveis. Falaremos sobre alguns dos equipamentos de proteção contra queda a
seguir:
O funcionamento deste dispositivo é bastante simples: o cinto
de segurança distribui 100% de sua força de sustentação,
prendendo o corpo do trabalhador a um ponto fixo e seguro.
A validade do cinto de segurança (cinturão tipo paraquedista e
talabarte) está condicionada à manutenção da certificação junto
ao INMETRO. Em caso de ocorrência com uso do cinto de
segurança a empresa deverá substitui-lo imediatamente e
submete-lo as tratativas devidas.
Cópia não autorizada
62
FITAS E CINTAS DE ANCORAGEM
ACESSÓRIO PARA ANCORAGEM TEMPORÁRIA
Fitas e cistas de ancoragem são acessórios para instalação de ancoragens
temporárias, fabricadas de poliéster, facilmente transportáveis com
possibilidade de ajustes ou com a escolha do comprimento.
Podem ser encontradas nas categorias planas e tubulares e possuem carga de
ruptura de 18kN, 22 kN e 35 kN.
Existem cintas que possuem elementos metálicos nas extremidades ou laço de
poliéster, chamadas sling. Quando possuem emenda costurada, recebem o
nome de anel.
MODELOS UTILIZAÇÃO
Cópia não autorizada
A ancoragem constituída de cabos
metálicos devem suportar uma força de 15
kn no mínimo. Devem possuir sapatilhas
embutidas nos terminais fabricadas de
material dúctil e, se não forem de aço
inoxidável devem ser galvanizadas de
acordo com a ABNT NBR 2408.
LINHA DE VIDA
ANCORAGEM CABO DE AÇO
TRAVA QUEDAS
DESLIZANTE -
CABO DE AÇO
Utilizado em sistemas de linha de vida
vertical flexível (cabo de aço) para
proteção contra queda O dispositivo
trava automaticamente ao sofrer um
impacto e impede a movimentação.
• Evite que o equipamento entre em contato
com substâncias químicas que possam
causar danos ao produto;
• Não realize reparos ou modificações no
equipamento;
• Realize inspeções periódicas no
equipamento;
• Evite que o equipamento caia no chão.
CUIDADOS COM O USO
63
Cópia não autorizada
LINHA DE VIDA
ANCORAGEM COM CORDA
64
A ancoragem flexível constituída de corda de
fibras sintéticas devem suportar uma força de
22 kN, no mínimo. As cordas representam o
elemento básico para trabalho em altura e
para salvamento, Na maior parte das vezes a
corda representa a única via de acesso ao
local onde será realizado determinado
trabalho ou a única ligação do resgatista a um
local seguro, razão pela qual merece atenção
e cuidados especiais.
TRAVA QUEDAS
DESLIZANTE
CORDA
Possui as mesmas características do
trava-quedas para cabo de aço.
Para identificar se o trava-quedas é
indicado para cabo de aço ou corda você
deve observar as instruções gravadas no
corpo do dispositivo.
• Evite que o equipamento entre em contato
com substâncias químicas que possam
causar danos ao produto;
• Não realize reparos ou modificações no
equipamento;
• Realize inspeções periódicas no
equipamento;
• Evite que o equipamento caia no chão.
CUIDADOS COM O USO
Cópia não autorizada
65
O trava queda retrátil é um dispositivo anti-queda que dispõe de uma função de
travamento automático e mecanismo automático de retrocesso que mantem a
linha retrátil em tensão. A linha retrátil pode ser confeccionada de cabo metálico,
fita sintética ou corda sintética.
• O trava-quedas deve ser ancorados acima da
sua cabeça;
• Evite ângulo de deslocamento com
perpendicular de 45 graus e uma distância
minima de 1,75 metros do solo
• Realize inspeções periódicas no
equipamento;
• Evite que o equipamento caia no chão.
CUIDADOS COM O USO
TRAVA-QUEDAS
RETRÁTIL
fonte: super epi
fonte: resseg distribuidora
Cópia não autorizada
66
Mantenha sempre os dois "grampos" do
talabarte ancorados. Não prenda um dos
grampos em outro ponto, como por exemplo no
seu cinto de segurança, para que não o
incomode. Caso venha a ocorrer uma queda, o
absorvedor de energia pode não abrir-se por
completo, o que afeta diretamente sua
performance. Também pode fazer com que
você fique suspenso pelo ponto do cinto onde o
grampo foi fixado, deixando-o em uma péssima
posição à espera de um resgate.
TALABARTE EM Y
O talabarte duplo é utilizado em
situações em que exista a
necessidade de deslocamento por
estruturas, sem uma linha de vida ou
através de pontos fixos de
ancoragem.
O talabarte duplo possibilita um
deslocamento você permanece 100%
do tempo conectado a um dispositivo
de ancoragem
O absorvedor de impacto pode ser no
formato de “pacote” onde a fita especial
rompe-se após uma queda gerando um
mecanismo de desaceleração. Em alguns
produtos esse efeito pode ser alcançado
durante o rasgamento da costura em fi
tas tradicionais, em outras situações a
absorção de energia se dá em fi tas
especiais produzidas para esta finalidade.
Cópia não autorizada
43
67
AUXILIAR
DE LIGAÇÃO
MOSQUETÕES
Existem alguns tipos de mosquetões os
mais utilizados para trabalho em altura é
o "Mosquetão D" e "Mosquetão Oval".
Os mosquetões podem ser fabricados
em aço, alumínio ou inox. O mosquetão
em aço, possuem maior durabilidade
sendo a melhor opção para ambientes
como fábricas, urbano e industrial. São
mais pesados que o de alumínio e em
contato com a água ou ambientes muito
úmidos enferrujam, o que não acontece
com o mosquetão de inox e alumínio.
Os mosquetões em alumínio possuem
carga de ruptura maior que os de aço,
porém se submetido a atrito constante
com corda, locais inóspitos, substâncias
químicas corrosivas irá apresentar sinais
de desgastes e dependendo do caso
poderá perder sua resistência mecânica.
Mosquetão em aço inox são iguais aos
de aço, porém estes são para uso
exclusivo em situações de contato com
agentes químicos que danificariam o aço
ou alumínio.
O Mosquetão D deve ser utilizado como
primeira opção em sistemas de
ancoragem, tirolesas, resgate, ou seja,
quando cargas altas são esperadas,
pois sua resistência a ruptura é maior
comparado ao Mosquetão Oval.
Já o Mosquetão Oval deve ser utilizado
unto com talabartes duplos, trava-
quedas e fechamento de peitorais de
cintos para trabalhos em altura e
resgate, blocos de polia, etc. Deve ser
última opção quando é esperada
grande carga sobre ele, ou seja, se
você precisar montar uma ancoragem
e tiver um D e um oval, use o D na
ancoragem e o oval em você, já que
seu peso será em média 80-100 kg e a
ancoragem deverá suportar muito mais
que isso, dependendo da atividade.
Mosquetão Oval
Cópia não autorizada
43
68
O nó é o entrelaçamento de parte de uma ou mais cordas, formando uma
massa uniforme. Pode ter diversas destinações, como servir para
ancoragem, emenda de cordas, realizar cadeiras improvisadas etc.
Um nós faz uma corda perder a sua resistência e, se o componente que ele
se encontra em contato também ficar se atritando nele, haverá ainda mais
riscos, de forma que poderá haver ruptura da corda.
NÓS NO TRABALHO
EM ESPAÇO CONFINADO
TIPOS DE NÓS E AMARRAÇÕES
TIPOS DE NÓS
OITO DUPLO
Utilizado para
encordamento o oito duplo
é mais resistente que o
volta do fiel em que se
obtém uma alça fixa.
ORELHA COELHO
Nó realizado no meio da
corda para obter-se uma
alça a partir da qual
possa partir outra linha ou
ancoragem
VOLTA DO FIEL
Nó de ancoragem que tem por característica
ajustar-se à medida que é submetido a tração.
Pode ser feito pelo seio ou pelo chicote.
BORBOLETA
Nó realizado no meio da
corda para obter-se ma
alça a parir da qual possa
partir outra linha ou
ancoragem
PRUSSIK
Submetido a tensão, bloquear
ou travar e, aliviada a tensão,
ficar livre. Pode ser aplicado
em cordas de maior diâmetro
ou superfícies cilíndricas
Cópia não autorizada
43
69
TRIPE E MONOPÉ
Os equipamentos utilizados nos trabalhos em espaços confinados são
selecionados pelo, Responsável Técnico, que deve ser indicado pela empresa.
O Responsável Técnico é o profissional habilitado responsável pelo
estabelecimento de critérios para seleção e uso de todos os tipos de
equipamentos, tanto de proteção coletiva quanto individual, bem como a
avaliação peiódica do programa para trabalho em espaços confinados.
É sua responsabilidade utilizar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e
os Equipamentos de Proteção Coletivas - EPC oferecidos pela empresa.
Para entrar ou sair de um espaço confinado, sobretudo em situação de resgate,
pode ser necessário utilizar alguns equipamentos, conforme falaremos a seguir.
O tripé e monopé são equipamentos construídos em duralumínio ou aço e tê a
finalidade de sustentar o trabalhador para entrar em um espaço confinado.
Podem também ser utilizados durante operações e salvamento.
Os tripés e os monopés
têm de resistir a uma carga
estática de 15 kN (1.500
kg) conforme exigências
das NBR's
FUNCIONAMENTO
DE EQUIPAMENTOS
UTILIZADOS EM ESPAÇO
CONFINADO
Cópia não autorizada
43
70
GUINCHOS E CADEIRAS SUSPENSAS
São equipamentos manuais com cabo de aço, que trabalham
acoplados ao tripé ou monopé, possibilitando entrar, sair ou
resgatar pessoas em espaços confinados verticais. Geralmente
os guinchos com sistemas trava-quedas só devem ser utilizados
para resgate, uma vez que não foram projetados para entradas e
saídas constantes.
ESCADA DE FITA
A escada de fita (estribo), como diz o próprio nome, é
constituída de fita de poliamida e é utilizada pelo resgatista
que acompanha a maca, possibilitando um curto deslocamento
abaixo e acima da vítima, ou para facilitar o acesso da maca à
boca do espaço confinado.
ESCADA DE FITA
Equipamento desenvolvido para atender as necessidades dos
trabalhadores que exercem atividades em espaços
confinados, utilizado em conjunto com o cinto de
segurança de modo a subir ou descer uma pessoa durante um
resgate.
POLIAS
Servem para desviar o sentido de aplicação da força para
compor sistemas de vantagem mecânica, de acordo com a
forma de utilização, assim como servem para proporcionar o
deslize por uma corda. Existem diversos modelos, cada qual
com destinações específicas, dentre os quais destacamos
as polias simples ou duplas( referente ao número de rodas
da polia).
Cópia não autorizada
43
71
NOÇÕES DE
RESGATE
E PRIMEIROS
SOCORROS
EQUIPE DE SALVAMENTO
São pessoas capacitadas e treinadas para retirar trabalhadores dos espaços
confinados em situações de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros.
•A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e
resgate adequado ao espaço confinado;
•A empresa deve fornecer equipamentos e assessórios que possibilitem
meios seguros de resgate;
•Os trabalhadores dever ser treinados para situações de emergência e
resgate.
MACA
As macas são dispositivos utilizados
para resgatar e transportar vítimas.
Existem vários tipos de macas, quais
sejam: "envelope", "cesto", ou
rígidas, confeccionadas em madeira
ou poliamina. A opção pelo tipo
deste equipamento depende das
características do espaço confinado.
Cópia não autorizada
43
72
Acione a emergência;
PRIMEIROS SOCORROS
REANIMAÇÃO CARDIO VASCULAR - RCP
É um conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos
quando a circulação do sangue de uma pessoa para (parada
cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os
órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar
em necrose, pondo em risco a vida da pessoa.
Verifique a pulsação;
Inicie as compressões no tórax
sendo 100 a 120/mim com
profundidade de 5 cm;
Aguarde o socorro.
Cópia não autorizada
43
73
MOVIMENTAÇÃO,
REMOÇÃO E
TRANSPORTE
•O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em
resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros).
•O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões,
provocando sequelas irreversíveis ao acidentado.
•A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios próprios, nos
casos onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate.
Cópia não autorizada
43
74
CONCLUSÃO
Caro participante, chegamos ao fim do nosso curso NR 33 Supervisor - Segurança e
Saúde em Espaço Confinado -, onde conhecemos todas as diretriz da Norma
Regulamentadora - NR 33.
Falamos sobre suas responsabilidades e da empresa na prevenção de acidentes do
trabalho, as medidas de controle e prevenção ao risco, os riscos ambientais e riscos
atmosféricos que devem ser avaliados para inicio ou continuidade das atividades.
Você que viu que nenhuma atividade em altura deve iniciar antes de ser realizada a
Análise Preliminar de Riscos - APR e emitida Permissão de Trabalho e Entrada - PT, o
isolamento e sinalização da área e a inspeção dos seus equipamentos de segurança.
Cópia não autorizada
VAMO RELEMBRAR?
Sua equipe de trabalho será compost por
Trabalhadores e Vigias e equipe de Resgate.
Suas principais responsabilidades como Supervisor de
Entrada serão: Emitir a Permissão de Entrada e
Trabalho antes do início das atividades; Executar os
testes, conferir os equipamentos e os procedimentos
contidos na Permissão de Entrada e Trabalho;
Assegurar que os serviços de emergência e
salvamento estejam disponíveis e que os meios para
acioná-los estejam operantes; Cancelar os
procedimentos de entrada e trabalho quando
necessário; e • Encerrar a Permissão de Entrada e
Trabalho após o término dos serviços.
•
Esperamos que o nosso curso
tenha contribuído com o seu
crescimento pessoal e
profissional. Até a próxima!
43
75
Cópia não autorizada
FONTES E REFERÊNCIAS
https://conect.online
https://www.saudeocupacional.org/
http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTY2NA==
http://profjairobrasil.blogspot.com/2014/03/gestao-de-sst-para-servidores-publicos.html
http://fazerseguranca.com/artigos_2016.03.10.php
http://www.prevencaonline.net/2013/11/o-que-significa-intrinsecamente-seguro.html
http://www.cursosegurancadotrabalho.net
http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2390
https://www.aecweb.com.br/c
http://www.acrotec.com.br/equipamentos-espaco-confinado
https://www.heart.org/
http://www.guiatrabalhista.com.br
https://www.superepi.com.br/trapezio-ajustavel-para-espaco-confinado-stf-tr8111-p908/
https://prolifeengenharia.com.br/treinamentos/area-classificada/
Os Riscos dos Trabalhos em Espaços Confinados - Eng° Luiz Carlos Saraiva Serrão, D. Sc.
Osvaldo Luis Gonçalves Quelhas, Eng° Gilson Brito Alves Lima
Guia Técnico NR 33 - Ministério do Trabalho Brasileiro
Espaços confinados – O que são? Quais os riscos associados? - Eng. Francisco Tiago
Clamote
Cartilha Trabalho em Altura – SIT Inspeção do Trabalho – Autor Luiz Carlos Lumbreras
Rocha –Segurança nas Atividades com Trabalho em Altura – SENAI – Autor Celso Flávio
Milan
Segurança e Saúde em Espaço Confinado - Trabalhadores e Vigias – SENA
Cartilha de Segurança Altiseg NR 35
Cópia não autorizada
Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho

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Apostila_NR 33 Supervisor.pdf

  • 1. Fevereiro 2019 NR 33 SUPERVISOR DE ENTRADA S E G U R A N Ç A E S A Ú D E N O S T R A B A L H O S E M E S P A Ç O S C O N F I N A D O S
  • 2. Cópia não autorizada Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho
  • 3. Somos a TesSeg Soluções em Segurança do Trabalho Criada em junho de 2015, a Tesseg é uma empresa que fornece soluções em segurança do trabalho. A empresa tem como diferencial o atendimento personalizado de acordo com a necessidade de cada cliente. Para atender aos clientes conta com uma equipe de profissionais qualificados, habilitados e com supervisão constante. Tecnologia é o sobrenome da empresa, constantemente se renovando a Tesseg investe em tecnologia para levar agilidade aos parceiros. ACOMPANHE NOSSAS REDES SOCIAIS
  • 4. O Treinamento O Norma Regulamentadora Segurança do Trabalho Definição Espaços Confinados Classificação Espaços Confinados Reconhecimento dos Riscos Monitoramento dos Riscos Controle dos Riscos Programa de Proteção Respiratória Proteção Contra Queda Funcionamento dos Equipamentos Análise Preliminar de Risco e Permissão de Entrada e Trabalho Noções de Resgate e Primeiros Socorros Movimentação, Remoção e Transporte de Vítimas 5 6 7 16 18 20 42 45 59 60 61 69 71 73 Conclusão 74 Identificação Espaços Confinados 17 Fontes e Referências 75 Cópia não autorizada
  • 5. 5 NR 33 Segurança e Saúde em Espaço Confinado LEI 6.514 Portaria 202/2012 O TREINAMENTO Este material de apoio foi desenvolvido para o Treinamento de NR 33 – Supervisor de Entrada- Segurança e Saúde em Espaço Confinado. Sabemos que trabalhar com espaços confinados é conviver diariamente com situações de risco - uma realidade da qual ninguém esta livre mesmo em um momento relaxado, longe das funções profissionais, em casa ou nas atividades de lazer.. 40 HORAS FORMAÇÃO SUPERVISOR 1 ANO Validade Procuramos direcionar nossa metodologia de ensino, recursos didáticos, atividades e materiais de apoio, para que você tenha a melhor experiência e sala e absorva o conteúdo em atendimento ao currículo exigido pela Norma Regulamentadora. NOSSA PREOCUPAÇÃO Aplicamos este curso à você e esperamos promover a combinação indivíduo - cargo - segurança, alicerçando no treinamento a implantação de conceitos e medidas de prevenção de acidentes do trabalho RESULTADO ESPERADO Norma Regulamentadora Duração 08 horas de duração Cópia não autorizada
  • 6. 6 NORMA REGULAMENTADORA A Norma Regulamentadora número 33 - Segurança e Saúde no Trabalho com Espaços Confinados, conhecida como NR 33 tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. PUBLICAÇÃO Lei 6.514 Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006 O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS Área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua; Área ou ambiente que possua meios limitados de entrada e saída; Cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Cópia não autorizada
  • 7. 7 SEGURANÇA DO TRABALHO Segurança do Trabalho é conjunto de medidas e ações aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas, preservando a integridade física do trabalhador e os bens materiais da Empresa. Acidentes envolvendo pessoas que executam trabalhos em espaços confinados são extremamente danosos à saúde dos trabalhadores. 550 mil Acidentes do Trabalho Registrados em 2017 Conceito Legal de Acidente do Trabalho Conforme a Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, no seu artigo 19, acidente do trabalho é conceituado da seguinte forma: Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Conceito Prevencionista de Acidente do Trabalho O acidente de trabalho no conceito legal é caracterizado quando dele decorre uma lesão física, perturbação funcional ou doença, levando à morte ou à perda total ou parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalhador. Conceito legal de acidente do trabalho que possui um cunho único para atender a legislação previdenciária, a NBR 14280:2001 O acidente do trabalho pode ser definido como uma ocorrência não programada inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil ou lesões aos trabalhadores e/ou danos materiais. Portanto, mesmo ocorrências que não resultem lesões ou danos materiais, devem ser encaradas como acidente do trabalho. Cópia não autorizada
  • 8. 8 LEGISLAÇÃO Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio de normas específicas. Coube ao Ministério do Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas Regulamentadoras – NR) por intermédio da Portaria n°3.214/78. A partir de então uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas pelas suas iniciais: NR. A fundamentação legal, que dá o embasamento jurídico à existência destas NR’s, está nos artigos 154 a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Cópia não autorizada Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I – estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200. Art. 200. Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, (...) DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
  • 9. NR RELACIONADAS À ESPAÇO CONFINADO As Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho não devem ser interpretadas de forma isolada, e sim em conjunto com as demais que estão relacionados. Veja abaixo a relação das NR's relacionadas com a NR 33. NR 1 NR 6 NR 7 NR 9 9 Cópia não autorizada Estabelece a obrigatoriedade das Normas Regulamentadoras, que devem ser atendidas pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis - CLT. Ela apresenta as responsabilidades do empregador, dos trabalhadores, dos fabricantes e/ou importadores e do Ministério do Trabalho, quanto aos EPI's. Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como CLT, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde dos trabalhadores. Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores que admitem trabalhadores, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
  • 10. NR 10 NR 15 NR 18 Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, deforma a garantir a segurança e saúde do trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.. 10 Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da NR 15, alguns exemplos de agentes insalubres são Ruído Contínuo ou Permanente; Ruído de Impacto; Exposição ao calor ou frio; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais. NR 16 São considerados atividades perigosas as atividades que podem causar danos imediatos ao trabalhador por exemplo: Atividades com Explosivos; Atividades com Inflamáveis; Atividades com Radiações Ionizantes ou Substâncias Radiotivas, Atividades com Exposição a Roubos ou outras violências físicas nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Trata das condições de trabalho em canteiros de obras. Foi esta norma que primeiro versou sobre trabalhos em espaço confinados, sobretudo no que se refere a escavações e procedimentos de “trabalho a quente” em ambientes confinados. NR 35 Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura. Veja as NR’s e acompanhe suas atualizações http://trabalho.gov.br Cópia não autorizada
  • 11. Atividades e Operações Perigosas Segurança e no Trabalho com Espaços Confinados 15 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS - NBR Existem Normas Brasileiras (NBR's) da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), que também estão relacionadas à NR 33. São elas: NBR 14009 - Análise Preliminar de Risco (APR) Embora esta norma tenha sido elaborada para determinar procedimentos de análises de riscos em máquinas, ele sugere as diretrizes básicas para elaborar a APR em diversos ambientes ou processos produtivos; NBR 14606 - Postos de serviços: Entrada em Espaços Confinados Trata dos procedimentos para entrada em espaços confinados em postos de serviços; NBR 14787 - Espaço Confinado: prevenção de acidentes, procedimentos e Medidas de Proteção Ao compararmos a NR 33 com esta norma técnica, notam-se diversas semellhanças ou complementações. Cópia não autorizada
  • 12. 11 A NR 33 relaciona uma série de itens com as diversas competências, tanto do empregador como dos empregados, para realização das atividades em altura com segurança: EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO TRABALHADOR • Colaborar com a empresa no cumprimento das exigência da NR 33; • Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; • Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; • Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinado. Cópia não autorizada
  • 13. 12 EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO VIGIA • Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; • Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; • Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; • Operar os movimentadores de pessoas; e • Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; Cópia não autorizada
  • 14. 13 EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DO SUPERVISOR • Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; • Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; • Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; • Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e • Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. Cópia não autorizada
  • 15. 14 EVITANDO ACIDENTES RESPONSABILIDADES DA EMPRESA •Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da NR; • Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; •Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; •Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; •Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; • Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR; •Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; •Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; • Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e • Garantir informações garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados. Cópia não autorizada
  • 16. 16 DEFINIÇÃO A definição de espaço confinado, de acordo com a NR 33, é a seguinte: "qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio". Não há necessidade da combinação das quatro definições para que o local de trabalho seja considerado um espaço confinado. Isso oferece a oportunidade de classificar, inspecionar ou liberar um espaço confinado considerando um possível desenvolvimento de deficiência de oxigênio em seu interior (resultante dos processos internos, como soldas), ou até mesmo por interferências externas como gases de motores a combustão, por exemplo. Cabe ao responsável técnico, que é o profissional habilitado para identificar os espaços confinados existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate., fazer a avaliação de todos os ambientes "possivelmente confinados" e classificá-los a partir de uma aplicação rigorosa da norma. Cópia não autorizada DE ESPAÇOS CONFINADOS
  • 17. Cópia não autorizada 17 IDENTIFICAÇÃO Acabamos de ver a definição para da NR 33 para Espaços Confinados, mas podemos observar que esta definição se torna abrangente. Vamos analisar da melhor forma como podemos reconhecer um Espaço Confinado, garantindo assim a segurança da nossa equipe de trabalho. Considerando os três focos de identificação da NR 33 temos: “Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana continua” - Define o espaço confinado com relação à ocupação humana. A geometria é extremamente importante para o espaço confinado, pois qualquer alteração geométrica pode transformar um espaço “comum” em confinado, ou o inverso. “Que possua meio limitados de entrada e saída” – Aqui a definição trabalha os limites, isto é, as dimensões estreitas, as dificuldades específicas, da entrada ou saída da área ou ambiente onde ocorrerão as atividades. “Cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio” – Neste trecho, o foco da norma é o risco mais grave e possivelmente o maior causador de letalidades, nos trabalhos em espaços confinados: a atmosfera imediatamente perigosa à vida e à saúde (IPVS). DOS ESPAÇOS CONFINADOS
  • 18. Cópia não autorizada 18 CLASSIFICAÇÃO São divididos em três níveis distintos, com base na severidade dos perigos associados à cada nível: Nível 1 – É o Espaço Confinado que possui uma condição IPVS, isso inclui, mas não está limitado, a deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou explosiva e/ou concentração de substâncias tóxicas ou mortais para o trabalhador. Nível 2 – É o Espaço Confinado que, em função da natureza dos trabalhos, lay-out, configuração e/ou atmosfera interna, tem potencialidade para provocar lesão ou qualquer tipo de enfermidade no trabalhador. E assim, torna-se necessária a adoção de medidas de controle específicas para viabilizar a entrada e execução de trabalho no seu interior. Não apresenta qualquer condição IPVS. Nível 3 – É um Espaço Confinado em que o perigo potencial não requer nenhuma alteração específica no procedimento normal de trabalho. É o ambiente confinado onde não existem riscos atmosféricos e onde critérios técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para trabalho em seu interior. Atmosfera IPVS – Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde – qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde (NR 33 Anexo III – Glossário). DOS ESPAÇOS CONFINADOS
  • 19. TIPOS DE ESPAÇOS CONFINADOS 19 Cópia não autorizada Agricultura – Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques, transportadores enclausurados, poços, cisternas, esgotos, valas, trincheiras. Alimentos – Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, silos, tanques, misturadores, secadores, lavadoras de ar, tóneis. Construção civil – Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações, caixas, caixões. Equipamentos e máquinas – Caldeiras, transportadores, coletores e túneis. Indústria do petróleo e indústrias químicas – Reatores, colunas de destilação, tanques, torres de resfriamento, áreas de diques, tanques de água, filtros coletores, precipitadores, lavadores de ar, secadores. Metalurgia – Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques, desengraxadores, coletores e cabines. Serviços de sanitários, de águas e de esgotos; Serviços de gás, eletricidade e telefonia – Poços de válvulas, galeria, cabos, caixas, poços de água, estações elevatórias, entre outros. Transporte – Tanques nas asas dos aviões, caminhões-tanque, vagões ferroviários, tanque, navios-tanque. Relacionamos a seguir alguns espaços confinados, os mais comuns, por tipo de atividade econômica:
  • 20. 20 RECONHECIMENTO DOS RISCOS NO TRABALHO COM ESPAÇO CONFINADO O risco, de uma forma geral, é uma ameaça ou perigo de determinada ocorrência. Quando se diz que estamos correndo um risco, nada mais é do que estarmos sujeito a passar por um episódio arriscado, ou seja, um episódio em que pode acarretar em alguma consequência. O risco é empregado em diversos contextos, como por exemplo: o risco ambiental, o risco de acidente, o risco de morte, o risco de epidemia, o risco biológico (ameaça à saúde humana), o risco financeiro entre outros. Em muitos casos, há dificuldade de reconhecer ou identificar tais agentes causadores. Daí a necessidade dos supervisores serem bem treinados para poder identificar, saber reconhecer e estar bem atento quanto aos riscos existentes, visto que a probabilidade de dano imediato é maior em espaços confinados, se comparada com uma exposição a estes mesmos agentes em ambientes comuns. Isso porque eles podem gerar rapidamente uma Condição Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS). Cada tipo de agente é responsável por diferentes riscos que podem provocar danos à saúde dos trabalhadores. Como cada espaço confinado tem suas próprias características, os possíveis danos também poderão ser específicos, dependendo dos fatores de riscos presentes em cada local. Risco é uma medida dos prejuízos econômicos, danos ao meio ambiente ou danos pessoais (mutilação, morte) tanto em relação à probabilidade com que aconteça quanto à magnitude com a qual ocorra. Cópia não autorizada
  • 21. 21 RISCOS AMBIENTAIS É toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente num dado processo e ambiente de trabalho possa causar danos à saúde e/ou à integridade física do trabalhador Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Cópia não autorizada VIAS DE PENETRAÇÃO Via respiratória: Ocorre através do sistema respiratório (nariz, laringe, traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares) e podem penetrar gases, vapores, partículas, poeiras, névoas e fumos metálicos. Via Cutânea: Através da pele e da mucosa dos olhos as substâncias penetram no organismo, contribuindo significativamente para intoxicação. É para alguns produtos químicos a principal via de penetração. Via Digestiva ou oral: Através da boca, esôfago, estômago e intestino as substâncias penetram no organismo em função de acidentes ou hábitos de comer e beber em locais de trabalho. Via Parental: Se entende como a penetração direta do contaminante químico no organismo através de uma descontinuidade da pele (ferida ou punção).
  • 22. 22 RUÍDO O ruído esta sempre presente em qualquer local: Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações urbanas, som de maquinário etc. Porém se ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados, poderemos adquirir danos irreversíveis à nossa saúde, por isso é muito importante identificarmos as fontes mais ruidosas em nosso ambiente de trabalho. A unidade de medida de intensidade do ruído é o decibel (dB). RISCO FÍSICO EFEITO IMEDIATO NO ESPAÇO CONFINADO • Dificuldade de comunicação; • Impossibilidade de audição do alarme de um instrumento detector de gases. CONSEQUÊNCIAS • Cansaço; • Irritação; • Dores de Cabeça; • Surdez; • Aumento na Pressão Arterial; • Taquicardia; • Perigo de Infarto. O Limite de tolerância, estabelecido pela NR 15 para exposição ao ruído é de 85dB(A). Recomenda-se, por medida preventiva, o uso de EPI a partir de 80dB(A). São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade. Cópia não autorizada
  • 23. 23 VIBRAÇÃO Um corpo está em vibração quando descreve um movimento oscilatório em torno de um ponto fixo. O número de vezes em que o ciclo completo do movimento se repete durante o período de um segundo é chamado de frequência e, é medida em ciclos por segundo ou Hertz [Hz]. Ao contrário de muito agentes ambientais, a vibração somente será problema quando houver efetivo contato físico entre um indivíduo e a fonte, o que auxilia no reconhecimento da exposição. RISCO FÍSICO EPI Deve ser utilizado Luvas anti- vibração para atenuar os efeitos CONSEQUÊNCIAS • Cansaço; • Irritação; • Dores na coluna e membros; • Doença do movimento; • Artrite; • Lesões ósseas, circulatórias e dos tecidos moles. Vibração Total: São aquelas recebidas por todo o corpo do trabalhador, chamamos de Vibração de Corpo Inteiro. Podemos citar como exemplos de atividades em que o trabalhador esta exposto a Vibração de Corpo Inteiros: Atividades com britadeiras, veículos pesados, tratores, retroescavadeiras. Vibração Parcial: São transmitidas aos membros superiores, chamados de Vibrações de Mãos e Braços, normalmente são menos aplicados aos membros inferiores. Um exemplo é a utilização de furadeiras, ferramentas manuais, serras e martelos pneumáticos. Beto Soares/Estúdio Boom Cópia não autorizada
  • 24. 24 TEMPERATURAS EXTREMAS Nos ambientes de trabalho serão consideradas temperaturas extremas o calor e o frio emitidos através de fontes artificiais, ou seja, através de câmaras frigoríficas para o frio e para o calor, através de fornos, caldeiras e equipamentos/máquinas que irradiem calor. A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre 20°C e 23°C. RISCO FÍSICO CALOR Beto Soares/Estúdio Boom É um dos agentes ambientais mais frequentes nas indústrias. É comum sua manifestação nas fundições, usinas, fábricas, olarias, indústrias metalúrgicas e siderúrgicas. O próprio calor solar atinge, em muitos casos, níveis elevados. FRIO O frio é um agente físico presente em uma série de atividades profissionais como as realizadas em trabalhos de embalagem de carnes e demais alimentos (frutas, sorvetes e pescados), câmaras frigoríficas (câmaras frias) e operação portuária (manuseio de cargas congeladas). NO ESPAÇO CONFINADO Os espaços confinados ou equipamentos que operam com altas temperaturas deverão ter seu interior avaliado conforme NR 15 e NHO 06 CONSEQUÊNCIAS • Taquicardia; • Aumento da pulsação; • Cansaço; • Irritação; • Fadiga térmica; • Prostação térmico; • Choque térmico; • Hipertensão Cópia não autorizada
  • 25. 25 UMIDADE A umidade pode ser benéfica ou maléfica para nosso corpo, tudo dependerá de como ela estará presente no ambiente, seja em menor ou maior quantidade e também da forma como estamos expostos a ela. Esta presente em diversos ambientes de trabalho, como por exemplo lavanderias, lavagens, frigoríficos, cozinhas, pesca, areais, lavá-jato entre outros. RISCO FÍSICO NO ESPAÇO CONFINADO As atividades executadas em Espaços Confinados excessivamente úmidos, encharcados ou alagados, além de facilitar doenças do aparelho respiratório, da pele e circulatórias. Beto Soares/Estúdio Boom Cópia não autorizada
  • 26. 26 PRESSÕES ANORMAIS As pressões anormais dividem-se em hiperbáricas e hipobáricas . As pressões hiperbáricas acontecem quando o trabalhador está sujeito a pressões maiores que a pressão atmosférica. Podemos citar como exemplos os trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, trabalhos executados por mergulhadores e caixões pneumáticos. Quando o trabalhador estiver exposto às pressões hipobáricas estará sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica, ocorre quando o funcionário está trabalhando em altitudes elevadas, exemplo: no topo de alguma montanha. RISCO FÍSICO CONSEQUÊNCIAS • Embolia traumática pelo ar; • Embriaguez das profundidades; • Intoxicação por oxigênio e gás cabônico; • Dores musculares; • Vômitos; • Hemorragias pelo ouvido; • Ruptura do tímpano. Beto Soares/Estúdio Boom Cópia não autorizada
  • 27. 27 RISCO QUÍMICO Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Poeira é, basicamente, uma partícula sólida produzida por um rompimento mecânico de sólidos, por meio de processos de moagem, atrito, impacto, etc. Elas são categorizadas da seguinte forma: minerais, alcalinas, vegetais e metálicas POEIRAS Poeira Mineral São poeiras produzidas, principalmente, em ações de perfurações, extração mineral, explosões, britagem de pedras, etc. Poeira Alcalina É originária, principalmente, do calcário e é responsável por doenças pulmonares crônicas, como enfisema pulmonar. Poeira Vegetais O trabalhador que exerce atividades no campo, como em campos de algodão, cana de açúcar, etc, está exposto às poeiras vegetais Poeira Metálicas São provenientes de atividades que envolvam metais, como lixamento de peças, por exemplo. Essas partículas oferecem ao trabalhador doenças do sistema respiratório e, também, febre e calafrios Cópia não autorizada
  • 28. 28 NEBLINA São partículas suspensas no ar, decorrentes de condensações de vapores, geralmente provenientes da votatização de metais em fusão e quase sempre acompanhada de oxidação. Não se difundem a tendem a flocular-se e depositar-se, sendo seu tamanho, menor que as partículas de poeiras.Os trabalhos que geram fumos são operações de soldagem ou fusões de metais, onde haja concentração no ambiente Beto Soares/Estúdio Boom NÉVOAS ,A neblina também é composta por partículas no estado físico líquido. Porém, essas partículas não se originam da ruptura do líquido, mas sim da condensação de vapores das substâncias que estavam no estado líquido nas condições normais de temperatura e pressão. FUMOS METÁLICOS São partículas líquidas resultantes da passagem do estado de vapor ao estado líquido de vapores ou separação mecânica de líquidos. Como exemplo podemos citar o monóxido de carbono liberado pelos escapamentos dos automóveis nas garagens dos edifícios. Exemplos: pintura por pistola, spray e em processos de lubrificação. Cópia não autorizada
  • 29. 29 São agentes químicos que se encontram no estado gasoso, em condições ambientais de temperatura e de pressão. Exemplo: Monóxido de Carbono, cloro etc. VAPORES GASES São agentes químicos que se encontram no estado gasoso, mas que, em condições ambientais de temperatura e pressão, se encontram sob o estado líquido ou sólido. Exemplo: vapor de gasolina e vapor de água. Cópia não autorizada Os gases, os vapores e as névoas podem provocar efeitos irritantes, asfixiantes ou anestésicos: Efeitos irritantes: São causados, por exemplo, por ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda caústica e cloro, que provocam irritação das vias aéreas superiores. Efeitos asfixiantes: Gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, metano, monóxido de carbono e outros, causam dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e até morte. Efeitos anestésicos: A maioria dos solventes orgênicos, assim como butano, propano, aldeídos, acetona, cloreto de carbono, benzeno, xileno, tem ação depressiva sobe o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos. O benzeno especialmente é responsável por danos ao sistema formador de sangue.
  • 30. 30 Os riscos representados pelas substâncias químicas depende dos seguintes fatores: Concetração: Quanto maior for a concentração do produto, mais rápidamente os seus efeitos nocivos se manifestarão no organismo; Índice Respiratória: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada; Sensibilidade Individual: É o nível de resistência de cada pessoa com respostas orgânicas diferentes Independentemente dos outros fatores; Fatores que influenciam a toxicidade dos contaminates ambientais Cópia não autorizada Tóxicidade: É o potencial tóxico da substância no organismo; Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
  • 31. 31 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros RISCO BIOLÓGICO Fungos: São seres vivos, unicelulares ou pluricelulares, que podem provocar doenças nos trabalhadores, como, por exemplo, micoses na pele, na unha, na mucosa em forma de cogumelo. Atividades expostas: trabalhos em aviários, matadouros, jardinagem, trabalhos em estações de tratamento de esgotos, estações de tratamento de águas etc. Vírus: É um organismo com grande capacidade de automultiplicação. Atividades expostas: trabalhos em laboratórios, escolas, creches etc. Bactérias: São organismos microscópicos unicelulares. Podem ser encontradas na forma de colônias ou isoladas. Atividades expostas: trabalhos em esgotos, açougues, trabalhos em hospitais etc.. Protozoários: São animais invertebrados formados por uma única célula. Vivem no solo e na água. Atividades expostas: estações de tratamento de esgotos, estações de tratamento de águas etc. Cópia não autorizada
  • 32. 32 A organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como a "aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e seus trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho". Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos, além de provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado emocional, comprometendo sua saúde, segurança e produtividade. RISCO ERGONÔMICO Cópia não autorizada O conforto do trabalhador no espaço confinado depende do tipo de espaço, do serviço a ser realizado, do acesso de entrada e saída e das suas condições psicofisiológicas. Cabe ao Médico do Trabalho estabelecer medidas restritivas (quando for o caso) ao exercício laboral neste tipo de ambiente. Geralmente, não se permite que um trabalho, vigia ou integrante da equipe de resgate, portador de obesidade mórbida trabalhe num local de difícil acesso ou saída. Em caso de alergias respiratórias, como. asma ou rinite alérgica, a liberação para trabalhos em espaços confinados é contraindicada, pois poderá ser necessário o uso de proteção respiratória contra poeira, vapores e gases, ou suprimento de ar puro. Até mesmo gripe, sinusite, dermatoses etc. por mais simples que possam parecer, influenciam ergonomicamente, tornando o trabalho físico mais pesado do que realmente é, levando a posturas incorretas e posições incomodam, que por duas vez, aceleram o cansaço, dores musculares e fraqueza
  • 33. 33 Os agentes de acidentes ou mecânicos são comuns, já o espaço confinado não foi projetado para ocupação humana contínua; tem arranjo físico inadequado ou deficiente; estrutura geométrica irregular, o que gera cantos vivos, saliências e depressões; grande probabilidade de incêndio e explosão; transporte de materiais não adequado; e visibilidade para percepção de perigos não suficiente. Pode haver partes móveis como correntes, correias e polias desprotegidas. Em alguns casos, encontraremos partes elétricas expostas ou com proteções soltas. Animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas, ofídios e insetos, também são comuns em determinados espaços confinados, portanto, têm ser considerados na APR. RISCO DE ACIDENTES • Probabilidade de incêndio e explosão; • Transporte de materiais não adequados; • Partes móveis desprotegidas; • Partes elétricas expostas ou com proteções soltas; • Uso de equipamentos elétricos. EXEMPLOS Cópia não autorizada
  • 34. 34 Os valores de Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde (atmosfera IPVS) são valores utilizados pelo Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional (NIOSH) como critérios de respiração que foram desenvolvidos em meados da década de 1970. A fundamentação dos parâmetros estabelecidos para que uma determinada substância ou atmosfera seja classificada como imediatamente perigoso à vida ou à saúde (IPVS) são compilações dos fundamentos e fontes de informação utilizadas pela NIOSH durante a determinação original de 387 valores teóricos anteriores. Além disso, a NIOSH continua a analisar documentar e revisar a metodologia por trás da ciência e os valores de IDLHexistentes quando apropriado, e obtiver novos valores de IDLH, ou atmosfera IPVS – no Brasil. Segundo a NR 33 Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde é... RISCOS ATMOSFÉRICOS O QUE É ATMOSFERA IPVS? É qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde. Cópia não autorizada
  • 35. 35 Possui os elementos necessário para uma explosão | incêndio: • Combustível (gases ou vapores e poeiras inflamáveis ou explosivas); • Comburente (oxigênio do ar); • Fonte de ignição (instrumentos que gerem faíscas, energia estática). ATMOSFERA INFLAMÁVEL E EXPLOSIVA LIMITE DE EXPLOSIVIDADE A mistura de combustível e oxigênio que se ascenderá é diferente para cada gás combustível específico. Este ponto crítico, definido como Limite de Explosividade, fica entre o Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE). Concentração abaixo de LIE, que é a concentração mínima (ar/mistura de combustível) na qual o gás será concentrado e que se ascenderá, são muito prováveis a se incendiar. Concentrações acima do LSE, o máximo de concentração que se ascenderá são muito ricas para se queimar. FONTES DE IGNIÇÃO • Chamas abertas – Soldadores, aquecedores abertos ou material fumegantes; • Centelha Elétrica – Fios soltos, terminais de conexão, revezamentos e tomadas; • Faísca Produzida por Atrito – Ferramentas de ferro em contato com metal ou cimento; • Superfícies Quentes – Linhas de energia, resistência de aquecedores e lâmpadas; • Eletricidade Estática – Fluxo de fluídos através de tubos, cintos frouxos e roldanas e transferência pneumática de matérias divididos; • Reações Químicas – Reações entre substâncias químicas em contato com oxigênio. Cópia não autorizada
  • 36. 36 Atmosferas tóxicas em espaços confinados podem causar sérios problemas de saúde e até mesmo a morte. O seu efeito físico venenoso pode ser imediato, retardado, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, exposição em concentração baixa de gás carbônico causa dano cerebral não perceptível enquanto que grandes concentrações resultam rapidamente em morte. A presença dessas substâncias tóxicas é geralmente o resultado de material previamente estocado no espaço, uso de revestimentos, solventes ou preservativos ou material orgânico em decomposição, que além de deslocar o oxigênio pode também produzir gazes tais como: metano, monóxido de carbono, dióxido de carbono, gás sulfídrico. É também possível que o gás tóxico entre em espaços confinados durante a “abertura” por causa de procedimentos impróprios de isolamento. Essas substâncias devem possuir “Limite de tolerância” determinados nas Normas Nacionais e/ou Internacionais. ATMOSFERA TÓXICA Limites de tolerância (LT) – a concentração transportada pelo ar, de um contaminante ao qual se acredita que quase todos os funcionários possam ser repetidamente expostos, todos os dias, durante um período de trabalho de vida sem desenvolver efeitos adversos. Esses são geralmente expressos em Partes Por Milhões (PPM) do contaminante. Isso é um termo usado pela Conferência do Governo Americano e Higienistas Industriais (ACGIH). Cópia não autorizada
  • 37. 38 Atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e controlada. A presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e por conseguinte tornam o ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de entrarmos no interior de espaços confinados devemos monitorá-lo e garantirmos a presença de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5 e 22%. ATMOSFERA COM DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO • Consumo; • Oxidação de metais; • Adsorção; • Inertizarão; • Decomposição de materiais orgânicos. CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO CONSEQUÊNCIA DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO 23,5 ou mais Atmosfera enriquecida gera efeito narcótico, risco elevado de explosão e/ou incêndio; 20,9% Concentração normal de oxigênio na atmosfera 19,5% Nível mínimo aceitável (seguro); 16% Desorientação, incapacidade de raciocínio e dificuldades respiratórias; 14% Dificuldade em coordenação motora e fadiga 8% Dificuldade mental, desmaio 6% ou menos Extrema dificuldade respiratória e morte em poucos minutos Cópia não autorizada
  • 38. 39 Quando o oxigênio excede 22% do volume a atmosfera passa a ser conhecida como oxigênio enriquecido. Uma atmosfera de oxigênio enriquecido é perigoso porque pode causar um sério risco de incêndio. Matérias inflamáveis irão chegar ao ponto de ignição e queimarão muito rápido em atmosferas de oxigênio enriquecido. A causa comum disto é o vazamento de oxigênio de tubos ou cilindros. Os trabalhadores e a equipe de resgate acreditam que uma atmosfera rica em oxigênio apenas aumenta a probabilidade de combustão e reação com materiais oleosos. Entretanto, há a inalação do oxigênio em excesso (hiperóxia), podendo causar, entre outros danos, lesão ao ouvido – Obstrução do canal que liga a faringe à caixa do tímpano. Trabalhadores idosos podem sofrer miopia de caráter reversível. ATMOSFERA RICA OXIGÊNIO ATENÇÃO NUNCA USAR OXIGÊNIO PURO PARA VENTILAR ESPAÇO CONFINADO Cópia não autorizada
  • 39. 37 Cópia não autorizada TIPOS DE GASES AMONIACO (NH3) a amônia não é considerada “venenosa”, portanto os efeitos da exposição a este gás são limitados à irritação e aos danos corrosivos que ele causa – que são severos. Seu limite de tolerância é 20 ppm. GÁS SULFIDRICO (H2S) é um dos piores agentes ambientais em termos potencial e probabilidade de dano aos trabalhadores/vigias ou equipe de resgate, já que nosso sistema olfativo não consegue detectar sua presença em concentrações superiores a 8,0 ppm, que é o seu limite de tolerância. NITROGÊNIO é um gás inerte, não tóxico, sem odor, sem cor, sem sabor. Não é inflamável,. A exposição ao N2 em um ambiente pode ser fatal, pois ele é um agente supressor e desloca o CO2 (Dioxido de Carbono) e o O2 (Oxigênio) completamente. Enquanto alguns produtos químicos podem afetar as pessoas de forma mais ou menos intensa, dependendo da maior ou menor resistência e tolerância de cada um, o N2 é bem mais democrático. Ele afeta todos os indivíduos da mesma forma, desloca o Oxigênio, tomando o seu lugar. Sem oxigênio não há vida. Seu limite de tolerância é 4 ppm. Dor de cabeça 200 ppm Palpitação 1.000 a 2.000 ppm Inconsciência 2.000 a 2.500 ppm Morte 4.000 ppm METANO (CH4) sua exposição além de colocar o trabalhador em risco devido a sua alta inflamabilidade, pode causar sonolência e levar à perda da consciência. Mais leve que o ar, o metano tende a concentrar-se nos níveis superiores dos ambientes. MONÓXIDO DE CARBONO (bastante nocivo), por não possuir odor e cor pode permanecer por muito tempo em espaços confinados sem que o trabalhador/vigia o perceba a tempo de tomar providências (evacuação de emergência, ventilação ou exaustão). Isso pode causar consequências graves aos trabalhadores expostos. Em concentrações superiores ao seu limite de tolerância, 39ppm (partículas de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado), o monóxido de carbono pode causar danos irreversíveis ao trabalhador, conforme segue:
  • 40. 40 Cópia não autorizada ÁREAS CLASSIFICADAS A classificação de áreas de um local começa com a análise da probabilidade da existência ou aparição de atmosferas explosivas. É necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas explosivas podendo ser gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda poeiras/fibras combustíveis. Parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de amostras, flanges e etc. são considerados fontes de riscos. CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE RISCO • Grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua ou durante longos períodos; • Grau primário aquelas fontes que geram risco de forma periódica nas condições normais de operação; • Grau secundário aquelas que geram risco em condições anormais de operação e por curtos períodos.
  • 41. 41 Cópia não autorizada ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA POR GASES E VAPORES • Zona 0: local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva por gases ou vapores é continua ou existe por longos períodos; • Zona 1: local onde a atmosfera explosiva está presente em forma ocasional e em condições normais de operação e sendo normalmente geradas por fontes de risco de grau primário; • Zona 2: local onde a atmosfera explosiva está presente somente em condições anormais de operação e persiste somente por curtos períodos de tempo, sendo geradas normalmente por fontes de risco de grau secundário. ZONEAMENTOS DA ÁREA CLASSIFICADA POR POEIRAS E FIBRAS • Zona 20: local geradas por fontes de risco de grem que a atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente de forma permanente, por longos períodos ou ainda frequentemente (estas zonas, igual a de gases e vapores são au contínuo); • Zona 21: local em que a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó está presente em forma ocasional, e; Em condições normais de operação da unidade (estas zonas, igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau primário); • Zona 22: local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó existirá somente em condições anormais de operação e se existir será somente por curto período de tempo (estas zonas, igual a de gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau secundário).
  • 42. 42 O controle dos riscos decorrentes de atmosferas perigosas requer medições ambientais com utilização de equipamento adequado. As medições devem ser efetuadas antes e durante da realização dos trabalhos, se estes forem susceptíveis de produzir variações na atmosfera. Estas medições devem ser efetuadas pelo Supervisor, do exterior do espaço confinado. Se não for possível alcançar do exterior a totalidade do espaço, deve-se avançar cautelosamente tomando as medidas necessárias para que a medição se efetue a partir de uma zona segura. O controle deve ser mantido durante toda a operação pelo Vígia. Falaremos no decorrer do curso sobre os equipamentos utilizados para medição. MONITORAMENTO DOS RISCOS Deve-se avaliar três pontos do espaço confinado o TOPO, o MEIO e o FUNDO, pois cada gás possui uma densidade diferente podendo se concentrar portanto em pontos diferentes do espaço confinado.. • Misturas inflamáveis. Limite Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE); • Fumaça que obstrua a visão a uma distância de 1,5 metro ou menos; • Concentração de O2 abaixo de 19,5% ou acima de 23%; • Qualquer condição reconhecida como IPVS ou IDLH; • Concentração de qualquer substância acima do Limite de Tolerância conforme NR 15 ou ACGIH. O MONITORAMENTO DEVE VERIFICAR Cópia não autorizada
  • 43. 43 No mercado existem várias marcas de instrumentos de avaliação e monitoramento de gases, com múltiplas habilitações. Ao utilizar um equipamento deste, é preciso considerar os possíveis gases que o espaço confinado poderá apresentar, sendo as combinações mais comuns dos detectores de gases: EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO Oxigênio (O2): O alarme de oxigênio deve ser ajustado para disparar quando a concentração estiver abaixo de 19,5 % ou acima de 23 % do volume atmosférico; Monóxido de Carbono (CO): O limite de concentração estabelecido pela NR 15 para 8 horas de exposição é de 39ppm (partículas por minuto). Metano (CH4): O alerta do equipamento ocorre quando a mistura de ar/gás atingir 10% do Limite de Explosividade (LIE) ou (LEL). Se o gás inflamável atingir 100% do LEL e ocorrer uma faísca ou outra fonte de ignição, a mistura de ar e gás irá inflamar e poderá ocorrer uma explosão. Gás Sulfídrico (H2S): O limite é de 8 ppm. Este gás pode tornar-se imperceptível ao olfato humano em altas concentrações. Por medida de segurança, pode-se calibrar o alarme para que dispare em menores concentrações. Ao executar trabalhos em atmosferas contaminadas com inflamáveis, é necessário eliminar pelo menos um dos dois elementos restantes do triângulo do fogo: calor e comburente. Como é mais difícil controlar e manter o calor a uma temperatura segura, a solução ideal é retirar o comburente, para isso devemos inertizar o ambiente com a insuflação. Cópia não autorizada
  • 44. 44 Antes de efetuar a medição de gases em espaços confinados, é preciso conhecer o medidor, saber como funciona e se está em condições de uso, pois a vida de pessoas dependerá da leitura correta desse instrument. O ideal é ter o manual e fazer uma lista de observações sobre os principais itens como defeitos óbvios; calibração; bolsa de transporte; bateria; condições da sonda e bomba aspiradora. O detector de gases deve ser ligado em área descontaminada, também conhecida como “ar fresco”, para que seus parâmetros iniciais se alinhem com a calibração feita para o disparo de alarme. Este procedimento é conhecido como “zerar” o instrumento. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO Cópia não autorizada CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS As normas brasileiras determinam que os instrumentos de detecção de gases sejam calibrados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Quanto aos prazos de calibração, devem-se seguir as determinações do fabricante do instrumento. Esse prazo é variável (geralmente de seis meses ou um ano, podendo ser até mensal), dependendo das condições em que esses equipamentos forem frequentemente expostos.
  • 45. 45 O controle dos riscos está relacionado à quatro áreas: CONTROLE DOS RISCOS Controle coletivo: visa assegurar a segurança dos trabalhadores ou pranseuntes que trabalham ou transitam em torno do espaço confinado; Controle na fonte: visa impedir a formação ou a dispersão do agente no ambiente de trabalho. Controle no meio: visa impedir que o agente atinja os locais de trabalho, em concentração ou em intensidade para a exposição humana. Controle no receptor: visa impedir que o agente penetre no organismo dos trabalhadores em concentração ou em intensidade perigosa. Cópia não autorizada
  • 46. 46 CONTROLE COLETIVO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs são dispositivos utilizados à proteção de trabalhadores durante realização de suas atividades. O EPC serve para neutralizar a ação dos agentes ambientais, evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o ambiente de trabalho não deve oferecer riscos à saúde ou à a segurança do trabalhador. Deve ser afixada no corpo, estrutura, laterais ou paredes externas, próximo à entrada do espaço confinado, uma placa com o número, código e/ou nomenclatura do espaço confinado para permitir a sua rápida identificação, garantindo que a entrada e o trabalho só ocorram no espaço confinado programado. A sinalização do espaço confinado deve ser feita através do modelo estabelecido no Anexo I - Sinalização para identificação de Espaço Confinado. Durante as operações de entrada, as áreas próximas às entradas do espaço confinado também devem ser sinalizadas e isoladas com fitas, cones, cavaletes ou outro tipo de barreira. A sinalização e o isolamento evitam quedas e a entrada no espaço confinado sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. Cópia não autorizada
  • 47. 47 CONTROLE NA FONTE Seu objetivo é Impedir a formação ou a dispersão do agente no ambiente de trabalho. Podemos citar como medidas de controle na fonte: • Substituição/modificação de substâncias por outras de menor toxicidade; • Modificação do processo ou operação, • Isolamento de uma operação ou processo; • Processo úmido para reduzir a concentração de aerodispersóides sólidos. Cópia não autorizada
  • 48. 48 CONTROLE NO AMBIENTE SISTEMAS DE VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO A aplicação correta e o perfeito funcionamento desses equipamentos ou sistemas de ventilação e exaustão são imprescindíveis à vida das pessoas envolvidas nos trabalhos em espaços confinados. Antes de liberar a entrada dos trabalhadores em espaços confinados, é necessário limpar o ambiente, torná-lo isento de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis. Conforme o glossário da NR 33, "fazer a troca gasosa" equivale a purgar o ambiente e pode ser feita por meio de ventilação ou exaustão ou, ainda pela combinação das duas. Purga: Pode ser feita por meio de outras técnicas, como lavagem e vaporização. A ventilação pode ser natural ou mecânica. A primeira é conseguida por meio de abertura das tampas do espaço confinado, sendo uma técnica lenta e dependendo da densidade dos gases presentes no ambiente este procedimento poderá ser ineficaz. A ventilação mecânica por sua vez age rapidamente, contudo se a atmosfera for inflamável, é preciso atentar-se para o risco de incêndio ou explosão. Para obter um ar limpo em um espaço confinado por meio de ventilação, é necessário renovar sua atmosfera em pelo menos 7,5 vezes o seu volume. Isso se não houver recontaminação. O tempo de insuflação é calculado em função das dimensões do espaço confinado. Pelo método de exaustão, os gases são puxados mecanicamente para fora do espaço confinado e o ar "limpo" entra automaticamente por meio das aberturas disponíveis. A troca por exaustão é mais rápida que por ventilação, principalmente se o exaustor puder ser colocado próximo à contração dos contaminantes. Cópia não autorizada
  • 49. 49 SISTEMA DE ALARME VISUAL OU SONORO Medidores diretos de concentração pré determinada de gases e vapores. Pode acionar o alarme, interromper processos ou comandar a operação de sistemas conjugados (ventilação, redução de pressão e temperatura). O equipamento deve possuir alarme sonoro, visual e vibratório, visor para leitura instantânea, ser resistente ou à prova d’água, quando portado em espaços confinados úmidos ou encharcados, e ser provido de revestimento que resista a atmosferas corrosivas ou eventuais quedas. A calibração deve ser executada por um Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO. Cópia não autorizada
  • 50. 50 EQUIPAMENTO INTRINSECAMENTE SEGURO Intrinsecamente seguro é um método de proteção empregado em atmosferas potencialmente explosivas. Tarefas que são certificadas como "intrinsecamente seguras" são desenvolvidas para ser incapazes de liberar energia suficiente, através de meios térmicos ou elétricos, para causar ignição em materiais inflamáveis (gases ou partículas de poeira). As ferramentas e/ou equipamentos Intrinsecamente seguros certificadas são projetadas para evitar a liberação de energia suficiente para causar a ignição de materiais inflamáveis. Os padrões se aplicam a todos os equipamentos que podem criar uma ou mais variações de fontes definidas de possível explosão. Os rádios intrinsecamente seguros (IS) são especialmente desenvolvidos para garantir uma comunicação eficiente e segura mesmo em locais classificados com atmosfera explosiva. Os rádios IS possuem como principal característica a capacidade de eliminar qualquer possibilidade de descargas elétricas e faíscas, sendo muito utilizados em ambientes como minas, off-shore e refinarias de petróleo. Os rádios classificados como Ex i (intrinsecamente seguro) possuem algumas características de segurança próprias como uma blindagem dupla, o funcionamento dos circuitos internos através de baixos potenciais de energia, além de mecanismos para evitar fontes de ignição e calor. Cópia não autorizada
  • 51. 51 TRAVAMENTO DE FONTES DE ENERGIA Lockout quer dizer "travamento", é o processo que visa barrar ou impedir a exposição do colaborador à energias perigosas, evitam então que alguém acesse uma determinada área restrita inadvertidamente ou que ligue algum equipamento que não esteja preparado para ser utilizado. Isola também fontes de energia que podem queimar, cortar, prensar, eletrocutar ou lesar o colaborador. São restrições que ninguém pode remover sem uma chave ou outro mecanismo de destravamento. Alguns exemplos são as travas de plástico ou metal, grupos de bloqueio, cadeados e até sistemas de segurança protegidos por senha ou leitura corporal. LOCK - OUT TAG - OUT Tagout é a etiquetagem, visa informar o trabalhador sobre os perigos aos quais ele pode estar exposto. Não fornece a restrição direta. TRAVA Dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir isolamento de dispositivos que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma acidental. BLOQUEIO Impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão, combustíveis, água e outros visando à contenção para trabalho seguro em espaços confinados. LACRE Braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um equipamento. ETIQUETAGEM Colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua remoção.. Abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis, corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar danos materiais ou pessoais. ALIVIO Cópia não autorizada
  • 52. 52 CONTROLE NO RECEPTOR Ao se avaliar os trabalhadores que irão exercer atividades em espaços confinados, é necessário que o médico atente para a existência de algumas patologias que podem incapacitá-los para a função. Trabalhadores com histórico de vertigens, perda de memória, claustrofobia, dispnéia de esforço e convulsões devem ser encaminhados para atividades que não os exponham ao ambiente de um espaço confinado. Distúrbios de audição e visão devem ser avaliados por meio de exames complementares, pois podem comprometer a percepção de sinais de alarme ou a comunicação entre a equipe, inclusive em situações de resgate. O exame médico admissional também deve avaliar a aptidão de trabalhadores com asma, diabetes insulino- dependente e doenças cardiovasculares específicas que comprometam a eficiência cardíaca, pelo risco da ocorrência de algum episódio quando estiverem no interior do espaço confinado. Especial atenção deve ser dada ao estado psicológico do trabalhador, sendo pertinente observar o seu comportamento durante o exame admissional. Um ânimo deprimido ou exaltado (euforia), distração, irritabilidade, podem ser sinais de patologias mentais capazes de colocar em risco própria integridade física e a do grupo. A anamnese deve privilegiar, ainda, a abordagem cuidadosa de situações pessoais e familiares de impacto como término de relacionamento, morte de parentes próximos e situações de endividamento. Se necessário, o trabalhador deve ser encaminhado para avaliação psicológica por profissional especializado, o qual deverá emitir laudo que embase o médico examinador na classificação de “apto” ou “inapto” para o trabalho. O acompanhamento periódico do pessoal que trabalha em espaços confinados deve atentar para o controle das condições acima citadas e o diagnóstico precoce de patologias relacionadas ao trabalho, tais como: doenças osteomusculares em decorrência de posturas forçadas e leptospirose no caso de trabalhos em esgotos, galerias e outras situações onde haja o risco da presença de urina de animais infectados. Deve-se, ainda, verificar se a vacinação está de acordo com o seu calendário e a função do trabalhador. CONTROLE MÉDICO Cópia não autorizada
  • 53. 53 CAPACITAÇÃO INICIAL E PERIÓDICA É uma obrigação legal do empregador, informar ao empregado sobre os riscos inerentes ao local de trabalho e sobre as medidas de prevenção necessárias para minimizar ou neutralizar a exposição. O treinamento é indispensável, independente da existência de outros métodos de controle, ou seja, é uma medida complementar. Tem como principal objetivo dar condições para que o trabalhador identifique os riscos, nas medidas de prevenção, informar e desenvolver habilidades referentes aos procedimentos operacionais apropriados que garantam a eficiência das medidas de controle adotadas. Devido à complexidade dos procedimentos de segurança nesta atividade, torna-se indispensável a adequada capacitação de todos os trabalhadores envolvidos. A carga horária, conteúdos e periodicidade de realização da capacitação dos Supervisores de Entrada, Vigias e Trabalhadores Autorizados devem obedecer ao estabelecido no item 33.3.5 PERIODICIDADE Bienal CARGA HORÁRIA 8 horas Cópia não autorizada
  • 54. 54 LIMITAÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO Para proteger os trabalhadores contra os riscos ambientais presentes no local de trabalho, é preciso identificar os agentes ambientais, o tempo de exposição para cada processo e suas funções. De acordo com a NR 15, os limites de tolerância são a concentração ou a intensidade máxima ou mínima do tempo de exposição à uma determinada natureza do agente para que não cause danos à saúde e integridade física do trabalhador durante a jornada de trabalho Exemplo: Um trabalhador que exerce suas atividades em jornada de trabalho de 8 horas diárias numa fábrica. O nível de ruído no setor A da fábrica é 95dB. Porém, de acordo com o Ministério do Trabalho, o máximo permitido é 85dB numa jornada de 8 horas. Neste caso, o nível de exposição ultrapassa o Limite de Tolerância permitido, sendo assim, é imprescindível que o engenheiro ou técnico em segurança do trabalho adotem medidas de controle para eliminar ou reduzir o ruído para evitar as doenças ocupacionais causadas por este agente físico. Sendo assim uma das alternativas será a Limitação do Tempo de Exposição. Cópia não autorizada
  • 55. 55 CONTROLE DE ENTRADA O controle de entrada e saída dos Trabalhadores Autorizados deve ser rigoroso para que não ocorra o fechamento do espaço confinado com trabalhadores no seu interior. A contagem pode ser feita por meio de crachás-espelhos, pulseiras ou outro sistema controlado pelo Vigia. COMUNICAÇÃO A Vigia deve permacer em contato permanente com os trabalhadores autorizados. A comunicação não deve ser apenas sobre as condições físicas dos Trabalhadores Autorizados, mas também sobre o trabalho realizado e medidas de apoio. Caso a comunicação seja feita por rádio, o equipamento deverá ser adequado à classificação da área, com pilhas ou baterias devidamente carregadas. Qualquer situação de risco à segurança de qualquer pessoa envolvida nessas atividades deve ser imediatamente comunicada ao vigia ou ao supervisor de entrada Cópia não autorizada
  • 56. 56 A segurança e a saúde nos ambientes de trabalho devem ser garantidas por medidas de ordem geral ou específica que assegurem a proteção coletiva dos trabalhadores. Contudo na inviabilidade técnica de adoção de medidas de segurança de caráter coletivo ou quando essas não garantirem a proteção total do trabalhador, ou ainda como uma forma adicional de proteção, deve ser utilizado EPI, . EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Norma Regulamentadora NR 06 - Equipamento de Proteção Individual a) usar o EPI , utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao Órgão Competente qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotaddos livros, fichas ou sistema eletrônico. RESPONSABILIDADES DA EMPRESA RESPONSABILIDADES DO COLABORADOR Cópia não autorizada
  • 57. 57 O capacete de segurança protege a cabeça do trabalhador contra ferimentos causados por queda de objetos de níveis elevados, impactos em objetos fixos e até contra choques elétricos.. Deve possuir "jugular" que evita a queda do capacete durante a atividade. CAPACETE LUVAS As mãos é a parte do corpo onde com maior frequência ocorrem lesões. Grande parte dessas lesões são preveníveis. As luvas evitam, portanto, um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, quentes ou corrosivos. CALÇADO Os calçados de segurança são equipamentos de proteção individual essenciais para a proteção dos membros inferiores (pés) dos trabalhadores em diversas atividades profissionais. ÓCULOS São óculos específicos utilizados por trabalhadores com a finalidade de proteger os olhos. TIPOS DE EPI VOCÊ CONHECE OS EPI QUE DEVE UTILIZAR PARA REALIZAR SUAS ATIVIDADES? Cópia não autorizada
  • 58. 58 Proteção do sistema auditivo do usuário contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15, anexos I e II, conforme tabela de atenuação. Existem diversos modelos disponíveis no mercado como o protetor tipo plug e protetor concha. PROTETOR AURICULAR ROUPAS IMPERMEÁVEIS Existem vários tipos de vestimentas impermeáveis disponíveis no mercado e classificadas de acordo com os tipos e os graus de riscos ambientais, podem ser vestimentas totalmente encapsuladas, destinadas à proteção contra gases; Vestimentas destinadas à proteção contra líquidos em alto contato; Proteção contra partículas sólidas e respingos de químicos líquidos e proteção parcial contra partículas sólidas ou respingos parciais de químicos líquidos. RESPIRADORES E MASCARAS COM FILTRO São equipamentos utilizados para filtrar o ar e só são indicados em ambientes em que o oxigênio esteja num volume próximo de 21%. Este equipamento é de pressão negativa, portanto a possibilidade de contaminação por produtos químicos é grande RESPIRADOR AUTÔNOMO Em atmosferas IPVS o colaborador deve contar com alguma provisão de ar respirável, podendo ser utilizado o respirador autônomo que, dependendo da capacidade do cilindro e da prática do usuário, chega a durar de 30 a 40 minutos. Cópia não autorizada
  • 59. 59 PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Cópia não autorizada O oxigênio é um elemento vital para os seres humanos. Em função disso, a ocorrência de acidentes fatais causados pela sua deficiência em espaços confinados é bastante comum. Por conta de tais acidentes fatais, a NR 33, em seu subitem que trata das medidas administrativas, determina ao empregador a implementação de um Programa de Proteção Respiratória, a partir de levantamento feito pela análise de risco, considerando as características atmosféricas, o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. A Instrução Normativa 1 (IN 1) de 1994 determina a implantação e desenvolvimento de um Programa de Proteção Respiratória. De acordo com essa instrução, cabe ao empregador adotar um conjunto de medidas técnicas e administrativas para garantir aos seus empregados a devida proteção respiratória. Por conta de todos os riscos envolvidos a legislação determina um programa e não apenas medidas de proteção respiratórias. Este programa deve conter entre outras determinações os procedimentos operacionais escritos; Avaliação médica do candidato ao uso de respiradores; Seleção de respiradores; Ensaios de Vedação; Manutenção. Higienização e Guarda dos Respiradores; Uso de respiradores; Avaliação do nível de exposição do trabalhador.
  • 60. 43 60 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO A Análise Preliminar de Risco (APR) é a principal ferramenta utilizada no sistema de prevenção de acidentes de qualquer processo laboral . Nela são indicados os riscos ou perigos relacionados às tarefas ou atividades a serem executadas. São levantadas as fontes, situações ou atos que geram perigo e os procedimentos e controles necessários PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET) A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é um documento determinado pela NR 33, emitido pelo supervisor de entrada, que tem como objetivo verificar se todos os procedimento previstos na APR foram respeitados, antes da entrada do trabalho no espaço confinado. A participação de todos os envolvidos nos trabalhos em espaços confinados, desde o levantamento dos riscos e perigos até a emissão da PET, é muito importante para a segurança dos trabalhadores autorizados. Cópia não autorizada
  • 61. 61 PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA O mais conhecido equipamento de proteção individual para retenção de quedas é o cinto de segurança tipo paraquedista. Muitas vezes para realizar trabalhos em espaço confinados, acessar ambientes como poços de visitas entre outros é necessário a utilização de escadas, plataformas ou trabalhar suspensos. Nesses casos devemos seguir as normas vigentes sobre Trabalho em Altura. A NR 35 - Trabalho em Altura prevê como devem ser construídos, testados e aplicados todos os dispositivos, como cintos de segurança, talabartes, trava- quedas, cabos ou cordas, além de determinar responsabilidades, capacitação e treinamentos para os trabalhadores que exercerão atividades em diferentes níveis. Falaremos sobre alguns dos equipamentos de proteção contra queda a seguir: O funcionamento deste dispositivo é bastante simples: o cinto de segurança distribui 100% de sua força de sustentação, prendendo o corpo do trabalhador a um ponto fixo e seguro. A validade do cinto de segurança (cinturão tipo paraquedista e talabarte) está condicionada à manutenção da certificação junto ao INMETRO. Em caso de ocorrência com uso do cinto de segurança a empresa deverá substitui-lo imediatamente e submete-lo as tratativas devidas. Cópia não autorizada
  • 62. 62 FITAS E CINTAS DE ANCORAGEM ACESSÓRIO PARA ANCORAGEM TEMPORÁRIA Fitas e cistas de ancoragem são acessórios para instalação de ancoragens temporárias, fabricadas de poliéster, facilmente transportáveis com possibilidade de ajustes ou com a escolha do comprimento. Podem ser encontradas nas categorias planas e tubulares e possuem carga de ruptura de 18kN, 22 kN e 35 kN. Existem cintas que possuem elementos metálicos nas extremidades ou laço de poliéster, chamadas sling. Quando possuem emenda costurada, recebem o nome de anel. MODELOS UTILIZAÇÃO Cópia não autorizada
  • 63. A ancoragem constituída de cabos metálicos devem suportar uma força de 15 kn no mínimo. Devem possuir sapatilhas embutidas nos terminais fabricadas de material dúctil e, se não forem de aço inoxidável devem ser galvanizadas de acordo com a ABNT NBR 2408. LINHA DE VIDA ANCORAGEM CABO DE AÇO TRAVA QUEDAS DESLIZANTE - CABO DE AÇO Utilizado em sistemas de linha de vida vertical flexível (cabo de aço) para proteção contra queda O dispositivo trava automaticamente ao sofrer um impacto e impede a movimentação. • Evite que o equipamento entre em contato com substâncias químicas que possam causar danos ao produto; • Não realize reparos ou modificações no equipamento; • Realize inspeções periódicas no equipamento; • Evite que o equipamento caia no chão. CUIDADOS COM O USO 63 Cópia não autorizada
  • 64. LINHA DE VIDA ANCORAGEM COM CORDA 64 A ancoragem flexível constituída de corda de fibras sintéticas devem suportar uma força de 22 kN, no mínimo. As cordas representam o elemento básico para trabalho em altura e para salvamento, Na maior parte das vezes a corda representa a única via de acesso ao local onde será realizado determinado trabalho ou a única ligação do resgatista a um local seguro, razão pela qual merece atenção e cuidados especiais. TRAVA QUEDAS DESLIZANTE CORDA Possui as mesmas características do trava-quedas para cabo de aço. Para identificar se o trava-quedas é indicado para cabo de aço ou corda você deve observar as instruções gravadas no corpo do dispositivo. • Evite que o equipamento entre em contato com substâncias químicas que possam causar danos ao produto; • Não realize reparos ou modificações no equipamento; • Realize inspeções periódicas no equipamento; • Evite que o equipamento caia no chão. CUIDADOS COM O USO Cópia não autorizada
  • 65. 65 O trava queda retrátil é um dispositivo anti-queda que dispõe de uma função de travamento automático e mecanismo automático de retrocesso que mantem a linha retrátil em tensão. A linha retrátil pode ser confeccionada de cabo metálico, fita sintética ou corda sintética. • O trava-quedas deve ser ancorados acima da sua cabeça; • Evite ângulo de deslocamento com perpendicular de 45 graus e uma distância minima de 1,75 metros do solo • Realize inspeções periódicas no equipamento; • Evite que o equipamento caia no chão. CUIDADOS COM O USO TRAVA-QUEDAS RETRÁTIL fonte: super epi fonte: resseg distribuidora Cópia não autorizada
  • 66. 66 Mantenha sempre os dois "grampos" do talabarte ancorados. Não prenda um dos grampos em outro ponto, como por exemplo no seu cinto de segurança, para que não o incomode. Caso venha a ocorrer uma queda, o absorvedor de energia pode não abrir-se por completo, o que afeta diretamente sua performance. Também pode fazer com que você fique suspenso pelo ponto do cinto onde o grampo foi fixado, deixando-o em uma péssima posição à espera de um resgate. TALABARTE EM Y O talabarte duplo é utilizado em situações em que exista a necessidade de deslocamento por estruturas, sem uma linha de vida ou através de pontos fixos de ancoragem. O talabarte duplo possibilita um deslocamento você permanece 100% do tempo conectado a um dispositivo de ancoragem O absorvedor de impacto pode ser no formato de “pacote” onde a fita especial rompe-se após uma queda gerando um mecanismo de desaceleração. Em alguns produtos esse efeito pode ser alcançado durante o rasgamento da costura em fi tas tradicionais, em outras situações a absorção de energia se dá em fi tas especiais produzidas para esta finalidade. Cópia não autorizada
  • 67. 43 67 AUXILIAR DE LIGAÇÃO MOSQUETÕES Existem alguns tipos de mosquetões os mais utilizados para trabalho em altura é o "Mosquetão D" e "Mosquetão Oval". Os mosquetões podem ser fabricados em aço, alumínio ou inox. O mosquetão em aço, possuem maior durabilidade sendo a melhor opção para ambientes como fábricas, urbano e industrial. São mais pesados que o de alumínio e em contato com a água ou ambientes muito úmidos enferrujam, o que não acontece com o mosquetão de inox e alumínio. Os mosquetões em alumínio possuem carga de ruptura maior que os de aço, porém se submetido a atrito constante com corda, locais inóspitos, substâncias químicas corrosivas irá apresentar sinais de desgastes e dependendo do caso poderá perder sua resistência mecânica. Mosquetão em aço inox são iguais aos de aço, porém estes são para uso exclusivo em situações de contato com agentes químicos que danificariam o aço ou alumínio. O Mosquetão D deve ser utilizado como primeira opção em sistemas de ancoragem, tirolesas, resgate, ou seja, quando cargas altas são esperadas, pois sua resistência a ruptura é maior comparado ao Mosquetão Oval. Já o Mosquetão Oval deve ser utilizado unto com talabartes duplos, trava- quedas e fechamento de peitorais de cintos para trabalhos em altura e resgate, blocos de polia, etc. Deve ser última opção quando é esperada grande carga sobre ele, ou seja, se você precisar montar uma ancoragem e tiver um D e um oval, use o D na ancoragem e o oval em você, já que seu peso será em média 80-100 kg e a ancoragem deverá suportar muito mais que isso, dependendo da atividade. Mosquetão Oval Cópia não autorizada
  • 68. 43 68 O nó é o entrelaçamento de parte de uma ou mais cordas, formando uma massa uniforme. Pode ter diversas destinações, como servir para ancoragem, emenda de cordas, realizar cadeiras improvisadas etc. Um nós faz uma corda perder a sua resistência e, se o componente que ele se encontra em contato também ficar se atritando nele, haverá ainda mais riscos, de forma que poderá haver ruptura da corda. NÓS NO TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO TIPOS DE NÓS E AMARRAÇÕES TIPOS DE NÓS OITO DUPLO Utilizado para encordamento o oito duplo é mais resistente que o volta do fiel em que se obtém uma alça fixa. ORELHA COELHO Nó realizado no meio da corda para obter-se uma alça a partir da qual possa partir outra linha ou ancoragem VOLTA DO FIEL Nó de ancoragem que tem por característica ajustar-se à medida que é submetido a tração. Pode ser feito pelo seio ou pelo chicote. BORBOLETA Nó realizado no meio da corda para obter-se ma alça a parir da qual possa partir outra linha ou ancoragem PRUSSIK Submetido a tensão, bloquear ou travar e, aliviada a tensão, ficar livre. Pode ser aplicado em cordas de maior diâmetro ou superfícies cilíndricas Cópia não autorizada
  • 69. 43 69 TRIPE E MONOPÉ Os equipamentos utilizados nos trabalhos em espaços confinados são selecionados pelo, Responsável Técnico, que deve ser indicado pela empresa. O Responsável Técnico é o profissional habilitado responsável pelo estabelecimento de critérios para seleção e uso de todos os tipos de equipamentos, tanto de proteção coletiva quanto individual, bem como a avaliação peiódica do programa para trabalho em espaços confinados. É sua responsabilidade utilizar os Equipamentos de Proteção Individual - EPI e os Equipamentos de Proteção Coletivas - EPC oferecidos pela empresa. Para entrar ou sair de um espaço confinado, sobretudo em situação de resgate, pode ser necessário utilizar alguns equipamentos, conforme falaremos a seguir. O tripé e monopé são equipamentos construídos em duralumínio ou aço e tê a finalidade de sustentar o trabalhador para entrar em um espaço confinado. Podem também ser utilizados durante operações e salvamento. Os tripés e os monopés têm de resistir a uma carga estática de 15 kN (1.500 kg) conforme exigências das NBR's FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM ESPAÇO CONFINADO Cópia não autorizada
  • 70. 43 70 GUINCHOS E CADEIRAS SUSPENSAS São equipamentos manuais com cabo de aço, que trabalham acoplados ao tripé ou monopé, possibilitando entrar, sair ou resgatar pessoas em espaços confinados verticais. Geralmente os guinchos com sistemas trava-quedas só devem ser utilizados para resgate, uma vez que não foram projetados para entradas e saídas constantes. ESCADA DE FITA A escada de fita (estribo), como diz o próprio nome, é constituída de fita de poliamida e é utilizada pelo resgatista que acompanha a maca, possibilitando um curto deslocamento abaixo e acima da vítima, ou para facilitar o acesso da maca à boca do espaço confinado. ESCADA DE FITA Equipamento desenvolvido para atender as necessidades dos trabalhadores que exercem atividades em espaços confinados, utilizado em conjunto com o cinto de segurança de modo a subir ou descer uma pessoa durante um resgate. POLIAS Servem para desviar o sentido de aplicação da força para compor sistemas de vantagem mecânica, de acordo com a forma de utilização, assim como servem para proporcionar o deslize por uma corda. Existem diversos modelos, cada qual com destinações específicas, dentre os quais destacamos as polias simples ou duplas( referente ao número de rodas da polia). Cópia não autorizada
  • 71. 43 71 NOÇÕES DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS EQUIPE DE SALVAMENTO São pessoas capacitadas e treinadas para retirar trabalhadores dos espaços confinados em situações de emergência e prestar-lhes os primeiros socorros. •A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequado ao espaço confinado; •A empresa deve fornecer equipamentos e assessórios que possibilitem meios seguros de resgate; •Os trabalhadores dever ser treinados para situações de emergência e resgate. MACA As macas são dispositivos utilizados para resgatar e transportar vítimas. Existem vários tipos de macas, quais sejam: "envelope", "cesto", ou rígidas, confeccionadas em madeira ou poliamina. A opção pelo tipo deste equipamento depende das características do espaço confinado. Cópia não autorizada
  • 72. 43 72 Acione a emergência; PRIMEIROS SOCORROS REANIMAÇÃO CARDIO VASCULAR - RCP É um conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de uma pessoa para (parada cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar em necrose, pondo em risco a vida da pessoa. Verifique a pulsação; Inicie as compressões no tórax sendo 100 a 120/mim com profundidade de 5 cm; Aguarde o socorro. Cópia não autorizada
  • 73. 43 73 MOVIMENTAÇÃO, REMOÇÃO E TRANSPORTE •O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, Anjos do Asfalto, outros). •O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. •A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios próprios, nos casos onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate. Cópia não autorizada
  • 74. 43 74 CONCLUSÃO Caro participante, chegamos ao fim do nosso curso NR 33 Supervisor - Segurança e Saúde em Espaço Confinado -, onde conhecemos todas as diretriz da Norma Regulamentadora - NR 33. Falamos sobre suas responsabilidades e da empresa na prevenção de acidentes do trabalho, as medidas de controle e prevenção ao risco, os riscos ambientais e riscos atmosféricos que devem ser avaliados para inicio ou continuidade das atividades. Você que viu que nenhuma atividade em altura deve iniciar antes de ser realizada a Análise Preliminar de Riscos - APR e emitida Permissão de Trabalho e Entrada - PT, o isolamento e sinalização da área e a inspeção dos seus equipamentos de segurança. Cópia não autorizada VAMO RELEMBRAR? Sua equipe de trabalho será compost por Trabalhadores e Vigias e equipe de Resgate. Suas principais responsabilidades como Supervisor de Entrada serão: Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e • Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. • Esperamos que o nosso curso tenha contribuído com o seu crescimento pessoal e profissional. Até a próxima!
  • 75. 43 75 Cópia não autorizada FONTES E REFERÊNCIAS https://conect.online https://www.saudeocupacional.org/ http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTY2NA== http://profjairobrasil.blogspot.com/2014/03/gestao-de-sst-para-servidores-publicos.html http://fazerseguranca.com/artigos_2016.03.10.php http://www.prevencaonline.net/2013/11/o-que-significa-intrinsecamente-seguro.html http://www.cursosegurancadotrabalho.net http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2390 https://www.aecweb.com.br/c http://www.acrotec.com.br/equipamentos-espaco-confinado https://www.heart.org/ http://www.guiatrabalhista.com.br https://www.superepi.com.br/trapezio-ajustavel-para-espaco-confinado-stf-tr8111-p908/ https://prolifeengenharia.com.br/treinamentos/area-classificada/ Os Riscos dos Trabalhos em Espaços Confinados - Eng° Luiz Carlos Saraiva Serrão, D. Sc. Osvaldo Luis Gonçalves Quelhas, Eng° Gilson Brito Alves Lima Guia Técnico NR 33 - Ministério do Trabalho Brasileiro Espaços confinados – O que são? Quais os riscos associados? - Eng. Francisco Tiago Clamote Cartilha Trabalho em Altura – SIT Inspeção do Trabalho – Autor Luiz Carlos Lumbreras Rocha –Segurança nas Atividades com Trabalho em Altura – SENAI – Autor Celso Flávio Milan Segurança e Saúde em Espaço Confinado - Trabalhadores e Vigias – SENA Cartilha de Segurança Altiseg NR 35
  • 76. Cópia não autorizada Desenvolvido por: Tesseg Segurança do Trabalho