Este estudo é importante para profissionais que trabalham com crianças portadoras de síndrome de Down, tendo em vista que a área acadêmica ainda não é muito voltada para deficientes. Mesmo que exista um avanço de pesquisas quanto ao público citado, ainda são poucos estudos existentes. No caso da Educação Física, segundo Duarte (2003 apud STRAPASSON; CARNIEL, 2007), somente a partir da última década, os cursos colocaram em seus programas curriculares, conteúdos relativos às pessoas com necessidades especiais e que o material didático que trata das formas de trabalho com essa população, escrito em nossa língua, é escasso. Com isso, “Contribuições da Educação Física para o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças entre 2 e 11 anos com Síndrome de Down ” visa fornecer aos profissionais informações quanto a atuação da Educação Física como meio desenvolvedor das crianças Down dentre a faixa etária citada.
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Contribuições da Educação Física para o desenvolvimento de crianças com síndrome de down
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
Metodologia da Pesquisa
Prof.ª Luciana Botelho
JULIANA BORGES
2.
3. Objetivo do estudo
Relevância do estudo
Descrição sintética da situação-problema
Referências
4. O objetivo é verificar as contribuições dos componentes da Educação
Física como procedimento ou estratégia para um melhor desenvolvimento
motor e cognitivo de crianças portadoras da síndrome entre 2 e 11 anos.
Analisar as características do desenvolvimento cognitivo e motor
propostas respectivamente por Jean Piaget e David Gallahue de crianças
entre 2 e 11 anos ditas normais e com síndrome de Down
Destacar possíveis atrasos ou até mesmo ausência de aspectos de
acordo com a divisão de faixas etárias
Identificar e relacionar os possíveis benefícios e atuação da Educação
Física.
5. O estudo visa fornecer aos profissionais e estudantes informações
quanto a atuação da Educação Física como meio desenvolvedor das
crianças Down dentre a faixa etária citada.
A área acadêmica ainda não é muito voltada para deficientes.
No caso da Educação Física, segundo Duarte (2003 apud
STRAPASSON; CARNIEL, 2007), somente a partir da última década, os
cursos colocaram em seus programas curriculares, conteúdos relativos
às pessoas com necessidades especiais e o material é escasso.
Importante para profissionais que trabalham com crianças portadoras de
síndrome de Down.
6.
7. Série de mudanças previsíveis e ordenadas que alteram os
mecanismos mentais pelos quais um indivíduo utiliza para sua
percepção, memória, pensamento, resolução de problemas e razão
Origem biológica, é modificada e ativada pela interação do organismo
com o meio (físico e social) que o rodeia
9. Mudança contínua do comportamento motor ao longo da vida
Começa com a concepção e cessa com a morte
Relacionado a idade, mas não é dependente dela
Provocado e alterado pela interação entre as exigências da tarefa
motora, condições do ambiente e biologia do indivíduo
(GALLAHUE; OZMUN, 2005)
14. Período pré-operatório (2 a 7 anos):
Emergência da linguagem => depende do desenvolvimento da
inteligência (córtex)
Egocêntricas => ausência de esquemas conceituais e da lógica
Percepção global (sem discriminar detalhes)
(TERRA, 2015)
15. Período das operações concretas (7 a 11 anos):
Capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos
de vista diferentes e de integrá-los de modo lógico e coerente
Interiorizar as ações => realizar operações mentalmente e não mais
apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-
motora
Prontas para iniciar um processo de aprendizagem sistemática*
(TERRA, 2015)
16. Fase dos movimentos fundamentais (2 a 7 anos)
Ativamente envolvidas na exploração e experimentação das
capacidades motoras dos seus corpos
Responder os estímulos com competência e controle motor
Padrões observáveis básicos de comportamento são correr e pular
(locomotores), arremessar e apanhar (manipulativos) e andar com
firmeza e equilíbrio unipodal (estabilizadores).
(GALLAHUE; OZMUN, 2005)
17. Fase dos movimentos especializados (7 a 10 anos):
Movimentos fundamentais já estão num estágio maduro, auxiliam no
desenvolvimento de atividades motoras complexas
Habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas
fundamentais são refinadas, combinadas e elaboradas para uso em
situações crescentes de exigência
(GALLAHUE; OZMUN, 2005)
18. Alteração genética que se encontra dentro das deficiências mentais,
causada por uma mutação biológica
Encefalopatias não progressivas => são doenças localizadas no
cérebro e constituem um conjunto de características físicas e mentais
específicas
Ocorre na concepção, em que uma das células germinativas
apresenta-se com 24 cromossomos, fazendo com que o indivíduo
fique com 47 cromossomos em cada célula
(SADOK, 1990 apud ORNELAS e SOUZA, 2001)
19. Trissomia no par 21.
O indivíduo Down apresenta um cromossomo extra e é este que
produz as alterações no seu desenvolvimento.
(LEFEVRE, 1981 apud ORNELAS e SOUZA, 2001)
20. No que se refere ao aspecto cognitivo e
motor, o desenvolvimento se processa de
forma diferente e a aquisição tardia de uma
habilidade compromete a aquisição de
outras. Assim, desde o nascimento estas
crianças apresentam reações mais lentas
do que outras crianças.
(MOREIRA; HANIB; GUSMÃO, 2000).
21. “O portador de Síndrome de Down alcança o ápice de seu
desenvolvimento cognitivo, da linguagem e de esquemas
motores ao atingir a adolescência, iniciando-se então, um
declínio dessas capacidades”
(BISSOTO, 2005, p. 82).
22. As crianças apresentam muitas vezes diferenças com relação ao
tempo de aquisição dos principais marcos motores quando
comparadas à crianças neurologicamente normais, embora
demonstrem a mesma sequência desenvolvimentista.
A maturação do sistema nervoso é considerada a principal e, muitas
vezes, o único fator responsável por provocar mudanças no
comportamento motor.
(GESELL, 1928; MCGRAW, 1945 apud POLASTRI e BARELA, 2002;
POLASTRI e BARELA, 2002)
23. A linguagem é a área na qual a criança com a síndrome demonstra,
em geral, os maiores atrasos =>a habilidade de comunicação é
variável.
Déficit de atenção que pode comprometer seu envolvimento em
tarefas e na sua maneira de explorar o meio=> fatores neurológicos,
pela redução na formação de sinapses
Não acumulam informações na memória auditiva imediata de forma
constante
Déficit na memória a longo prazo, o que pode interferir na elaboração
de conceitos
(VOIVODIC, 2004 apud SILVA, 2009; MOREIRA; HANIB e GUSMÃO, 2000)
24. Hipotonia muscular generalizada
Pouca coordenação dos movimentos
Respiração bucal, cardiopatias em 40% dos casos
Hiperextensibilidade articular
Frouxidão ligamentar da primeira e segunda vértebra cervical (Atlas e
Áxis)
(NAHAS apud BOMFIM, 1996, p.61)
Lentidão na aprendizagem da marcha
Damasceno (1992 apud ORNELAS; SOUZA, 2001)
25. A criança terá fraco controle dos músculos e devido a isso, os
movimentos tendem a ser desajeitados e mal coordenados.
A frouxidão ligamentar das duas primeiras vértebras cervicais C1 e C2
expõe as crianças a sérios riscos de lesão na medula
(MOREIRA; HANIB e GUSMÃO, 2000)
Apresentam dificuldades de equilíbrio, isso é explicado devido ao
cerebelo ser uma estrutura menor que o normal nessas crianças.
(PUPO FILHO, 1997 apud SILVA, 2001 p.73)
26. A Educação Física, através da
utilização de atividades físicas,
exercícios, jogos recreativos e
esportivos, auxilia significativamente na
formação do indivíduo, apoiando-se em
bases científicas do conhecimento
biológico, pedagógico e psicológico
para atingir seus objetivos.
(RODRIGUES, 1993 apud SILVA, 2001
P.71)
27. As crianças Down, apesar de possuírem uma dificuldade da
aprendizagem motora e atraso cognitivo, também podem ser
beneficiadas com as atividades ministradas pelos educadores Físicos.
(SILVA; FERREIRA, 2001; STRAPASSON; CARNIEL, 2007)
O professor deve por em prática uma ação educacional interventora,
a fim de detectar, diagnosticar e promover a estimulação dos
distúrbios do desenvolvimento infantil, visando sua integração dentro
da sociedade em que vive.
Shimazaki (1994, p.41 apud ORNELAS; SOUZA, 2001)
28. Professor de Educação
Física
Definir os objetivos a serem alcançados, criando
um processo de ensino-aprendizagem
Avaliar a situação e a condição do
aluno
(ORNELAS; SOUZA, 2001, p. 83).
Aperfeiçoamento em sua totalidade, buscar a independência e satisfação
de suas necessidades
29. A estimulação essencial, isto é, o trabalho com o desenvolvimento
psicomotor da criança para que ela se torne independente dentro das
suas necessidades básicas.
Auxiliar de maneira que atinja níveis considerados “normais” para
cada idade, podendo, ampliar sua capacidade de aprendizagem
através de estimulações sistematizadas e planejadas.
(ORNELAS; SOUZA, 2001, p. 82-83).
30. Crianças portadoras de Síndrome de Down apresentam um atraso
significativo em seu desenvolvimento motor e cognitivo.
Dentre a faixa etária de 2 a 11 anos, estão presentes atrasos como no
processo da linguagem, déficit de atenção, memória a longo prazo,
construção de conceitos e raciocínios, coordenação motora,
equilíbrio, marcha e força.
Esses atrasos podem ser supridos através da intervenção de um
profissional de Educação Física, o qual atuará com a sistematização
de uma gama de atividades para a estimulação adequada.
31. BISSOTO, M. L. Desenvolvimento cognitivo e o processo de aprendizagem do portador de síndrome de Down: revendo concepções e perspectivas educacionais.
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