2. 2
Definições iniciais
Energia (uma definição):
“Capacidade de realizar trabalho”.
Formas de energia:
- Cinética (movim. macroscópico, térmica etc)
- Potencial (elétrica, gravitacional, elástica etc)
Matéria:
“Tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço.”
Principais estados da matéria:
Sólido, Líquido e gasoso.
(http://www.materiaprima.pro.br/estados/Estados.htm)
3. 3
Gás
• Forma indefinida;
• Arranjo totalmente
desordenado;
• Volume indefinido;
• Partículas livres para
se moverem.
Principais Estados da Matéria
Sólido
• Forma rígida;
• Arranjo compacto,
ordenado;
• Volume definido;
• Movimento
molecular restrito.
Líquido
• Forma indefinida;
• Arranjo
desordenado;
• Volume definido;
• Partículas movem-se
umas entre as outras.
←
→
sfriaRe
Aquece
←
→
sfriaRe
Aquece
4. 4
Grandeza física que indica o estado (grau de agitação)
das partículas de um corpo, caracterizando o seu
estado térmico.
Temperatura: Noção intuitiva
T1
T2
T1 > T2
T T
contato
T1 > Teq > T2
5. 5
Calor e sua propagação
Calor (uma definição):
“Calor é a energia térmica em trânsito, devido a
uma diferença de temperatura entre os corpos”.
Há transferência líquida de calor,
espontaneamente, do corpo mais quente para o
corpo mais frio.
6. 6
Unidades de medida de calor
caloria – cal
Joule – J
British thermal unit – Btu
A caloria é definida como a
quantidade de calor necessária
para se elevar de 14,5°C para
15,5°C uma quantidade de 1g
de água.
O Btu é a quantidade de calor pra elevar 1 lb
de água de 63°F para 64°F.
Joule - unidade adotada pelo SI para energia.
7. 7
Convenção para a Troca de calor
calor recebido
calor retirado
Q > 0
Q < 0
8. 8
Troca de Calor
Corpos em desequilíbrio térmico trocam calor para
alcançar o equilíbrio.
0...321 =++++ nQQQQ
Em um sistema isolado, a quantidade total de calor
trocado entre os corpos é nula, ou seja, o calor total
recebido pelos corpos mais frios é igual ao calor total
retirado dos corpos mais quentes.
9. 9
• Termodinâmica:
Estuda as interações (trocas de energia) entre um
sistema e suas vizinhanças.
• Transferência de calor:
Indica como ocorre e qual a velocidade com que o
calor é transportado.
10. 10
O que ocorre com a temperatura de um
corpo quando se transfere calor a ele??
A temperatura pode
aumentar ou não.
11. 11
Calor sensível
Quando o calor é utilizado pela substância apenas para
variar sua temperatura, sem alterar seu estado físico.
Ex.: aquecimento da água numa panela antes da fervura.
Q = C ∆T = m c ∆T
Q = quantidade de calor trocado [J, cal, kcal, BTU etc];
C = capacidade calorífica do corpo [J/ºC];
m = massa do corpo [g, kg];
c = calor específico da substância [J/(kg ºC)];
∆T = variação da temperatura (Tfinal - Tinicial) [K, ºC].
12. 12
H2O Barra de
ferro
Calores específicos
(a 25ºC e 1 atm) [J/(kg ºC]:
H2O = 4200; Gelo (0ºC) =2040
Etanol = 2400; Alumínio = 900;
Cobre = 390; Latão = 380;
Ferro = 450; Vidro = 840.
Calor específico e capacidade
calorífica
13. 13
Valores de c (25ºC e 1 atm)
Calor Específico Calor Específico Molar
Substância cal/(g.K) J/(kg.K) J/(mol.K)
Sólidos Elementares
Chumbo
Tungstênio
Prata
Cobre
Alumínio
0,0305
0,0321
0,0564
0,0923
0,215
128
134
236
386
900
26,5
24,8
25,5
24,5
24,4
Outros Sólidos
Latão
Granito
Vidro
Gelo (-10°C)
0,092
0,19
0,20
0,530
380
790
840
2.220
Líquidos
Mercúrio
Álcool etílico
Água do mar
Água doce
0,033
0,58
0,93
1,00
140
2.430
3.900
4.190
Fonte: Halliday
14. 14
Calor específico para gases
• Calor sensível a pressão constante:
∆H = Qp = m cp (Tfinal – Tinicial)
- cp é o calor específico do material a pressão constante;
- ∆H variação de entalpia do corpo (J, kcal etc.).
• Calor sensível a volume constante:
∆U = Qv = m cv (Tfinal – Tinicial)
- cv é o calor específico do material a volume constante;
- ∆U variação de energia interna do corpo (J, kcal etc.).
15. 15
Calor Latente
Quando o calor trocado é utilizado pela substância para
mudar de estado físico, sem variação de temperatura e
sob pressão constante, ele é chamado de calor latente.
Ex.: fornecimento de calor à água fervente.
VAPORIZAÇÃO
16. 16
O calor latente de mudança de estado pode ser:
endotérmico (Q > 0): As transformações de fusão,
vaporização e sublimação são endotérmicas pois a
matéria precisa absorver calor.
exotérmico (Q < 0): As transformações de liquefação,
solidificação e sublimação inversa são exotérmicas,
pois a matéria precisa liberar calor.
Mudança de fase
17. 17
Q = m L
- Q (J) quantidade de calor trocado;
- L (J/kg) calor latente da transformação física;
- m (kg) a massa que mudou de estado físico.
Como a pressão é constante:
Q = ∆H → L = h
- ∆H variação de entalpia da transformação física (J);
- h entalpia específica da transformação física (J/kg).
Cálculo da troca de calor latente
18. 18
Qual a velocidade de uma Troca de Calor?
Velocidade Fluxo de calor
t
Q
tempodeIntervalo
AáreaumaatravessaquecalordeQuantidade
q
∆
==
•
No SI, o fluxo de calor é dado em J/s ou Watt.
A
T1 > T2
Q
19. 19
“Grandeza física que indica a direção e permite o
cálculo da intensidade do fluxo de calor trocado entre
dois corpos”.
Temperatura (uma definição):
20. 20
Processos de Transferência de Calor
• Condução
• Convecção
• Radiação térmica
Condução Convecção Radiação térmica
23. 23
Condução
A transmissão de calor ocorre, partícula a partícula,
somente através da agitação molecular e dos
choques entre as moléculas do meio.
Calor
Condução de calor ao longo de uma barra.
Condução de calor ao longo de gás confinado.
T1 > T2
24. 24
Fluxo de Calor na Condução
• “Lei de Fourier”:
L
)TT(A
kqcond
21 −⋅
⋅=
•
k é a condutividade térmica [W/(m ºC)]
k (Fe a 300K) = 80,2 W/(m ºC)
k (água a 300K) = 5,9 x 10-1
W/(m ºC)
k (ar a 300K) = 2,6 x 10-2
W/(m ºC)
26. 26
Condução - Aplicações e conseqüências
• Conforto térmico corporal;
• Seleção de materiais para empregos específicos
na indústria (condutores e isolantes).
Por que os iglus são
feitos de gelo?
k (gelo a 0ºC) = 1,88 W/(m ºC)
cp (gelo a 0ºC) = 2040 J/(kg ºC)
27. 27
Convecção
Transmissão através da agitação
molecular e do movimento do
próprio meio ou de partes deste
meio;
Movimento de partículas mais
energéticas por entre partículas
menos energéticas;
É o transporte de calor típico dos
meios fluidos. Fonte: www.achillesmaciel.hpg.ig.com.br
28. 28
Na convecção natural, ou livre, o escoamento do
fluido é induzido por forças de empuxo, que vem de
diferenças de densidade causadas por variação de
temperatura do fluido.
Convecção natural e forçada
Transporte natural de fluidos
Convecção natural
29. 29
Na convecção forçada o fluido é forçado a circular
sobre a superfície por meios externos, como uma
bomba, um ventilador, ventos atmosféricos.
Convecção natural e forçada
Convecção forçada
Transporte forçado
de fluidos
30. 30
Fluxo de Calor na Convecção
• “Lei de Newton do Resfriamento”:
)TT(Ahq sconv ∞
•
−⋅⋅=
- h é o coeficiente de transferência convectiva
de calor ou coeficiente de película [W/(m2
ºC)]
Área A
31. 31
Coeficiente de transferência
de calor por convecção - h
Processo h [W/(m2
K)]
Convecção natural
Gases
Líquidos
2 – 25
50 – 1.000
Convecção forçada
Gases
Líquidos
25 – 250
50 – 20.000
Convecção com mudança de fase
Ebulição ou condensação 2.500 – 100.000
Fonte: Incropera
32. 32
Convecção - Aplicações e
conseqüências
• Conforto ambiental;
• Refrigeração de circuitos elétricos.
33. 33
Irradiação ou radiação térmica
- Toda a matéria que se encontra a uma
temperatura acima do Zero Absoluto (0 K) irradia
energia térmica.
- Não necessita de meio material para ocorrer,
pois a energia é transportada por meio de ondas
eletromagnéticas.
- É mais eficiente quando ocorre no vácuo.
36. 36
Transmissão de calor por Radiação
itra QQQQ =++ 1=++ tra
de)(absorvida
Q
Q
a
i
a
= )aderefletivid(
Q
Q
r
i
r= )vidadetransmissi(
Q
Q
t
i
t=
37. 37
Reflexão
• O refletor perfeito (espelho ideal), r = 1.
Absorção
• Um corpo negro (absorvedor perfeito), a = 1.
• Um corpo cinzento, a < 1.
Transmissão
• Um corpo transparente, t ≠ 0 (zero).
• Um corpo opaco, t = 0 (zero).
1tra =++
Modelos adotados na radiação térmica
38. 38
Transmissão de calor por Radiação
Lei dos Intercâmbios: Todo bom absorvedor é um bom
emissor de radiação térmica e todo bom refletor é um
mau emissor de radiação térmica.
Corpo negro é também o emissor ideal de
radiação térmica (radiador ideal)!!!!
Corpos Escuros: bons absorvedores e emissores de
radiação térmica. Ex.: fuligem (a = ε = 0,94).
Corpos claros e polidos: maus absorvedores e emissores
de radiação térmica. Ex.: prata polida (a = ε = 0,02).
39. 39
Fluxo de calor na Radiação
“Lei de Stefan-Boltzmann”:
reais)(corpos
negro)(corponegro)(corpo
4rad
4
máxima
rad
T
A
q
E
T
A
q
E
⋅σ⋅ε=
=
⋅σ=
=
•
•
E – Poder emissivo [W/m2
];
ε – emissividade (0 ≤ ε ≤ 1);
σ – Constante de Stefan-Boltzmann [5,7 x 10-8
W/(m2
K4
)];
T – Temperatura absoluta do corpo (K).
40. 40
Fluxo de calor transferido por radiação
Para a troca de calor por radiação entre duas
superfícies, uma dentro da outra, separadas por um
gás que não interfere na transferência por radiação:
( )44
vizinhançaSuperfície
rad TT
A
q
−⋅⋅=
•
σε
Tsuperfície – Temperatura absoluta da superfície menor,
suposta mais quente;
Tvizinhança – Temperatura absoluta da superfície maior,
suposta mais fria.
41. 41
Radiação Térmica - Aplicações
• Fonte alternativa de energia;
• Previsões meteorológicas baseiam-se nas
emissões de infra-vermelho provenientes da
terra.
42. 42
Processos de Transferência de Calor
Trocador de Calor
Os diferentes mecanismos
de troca térmica ocorrem
simultaneamente nas mais
diversas situações.