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Antonio Liccardo
Mineralogia de silicatos
e sua aplicação na gemologia
Área de Mineralogia-Gemologia
UFOP
Programação
• O que são silicatos
• Polimerização dos silicatos
• Propriedades físicas e químicas
• Gemas do grupo dos silicatos
• Bibliografia recomendada
• O que são silicatos
• O que são silicatos
• Silicatos constituem 92% da composição da crosta
terrestre.
• A poderosa ligação entre os íons de Si e O é,
literalmente o cimento que mantém unida a crosta da
Terra.
• Ligação iônica e covalente (50-50%)
• Interpenetração das superestruturas atômicas
• Cada íon de O tem o potencial de ligar-se com outro O
ou de entrar em outro agrupamento tetraédrico
originando uma diversidade de configurações.
• O que são silicatos
O Si4+ localizado na
região central, está
rodeado por quatro
átomos de oxigênio.
A estrutura básica
dos silicatos é o
tetraedro (SiO4)4-.
• O aumento de configurações ou agrupamentos
é chamado polimerização.
• O compartilhamento de oxigênios entre
tetraedros adjacentes pode gerar estruturas
de um alto grau de coesão (ex. quartzo)
• Quanto mais alta a temperatura de
formação mais baixo o grau de polimerização
• Polimerização dos silicatos
Coesita – SiO2 polimorfo de
alta pressão do quartzo
encontrado em zonas de
impacto de meteorito e como
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• Polimerização dos silicatos
• Polimerização dos silicatos
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química dos silicatos:
• Alumínio, Magnésio, Ferro, Manganês, Titânio,
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• Polimerização dos silicatos
Dana, 1959
• Polimerização dos silicatos
• Nesossilicatos
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Grupo da Fenacita
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Grupo do Zircão
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Grupo da Condrodita
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Espessartita
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Ocorre principalmente em rochas ígneas básicas,
ultrabásicas e mármores magnesianos. Principal
constituinte do manto superior e da crosta
oceânica. Mineral de fácil decomposição
Crisólita - Peridoto
(Mg,Fe)2SiO4
Olivina
Zircão - ZrSiO4
Jacinto
Tsavorita – Ca
Espessartita - Mn
Piropo - Mg
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hornblenda e augita.
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• Nesossilicatos
GRANADA -(Ca,Mg,Fe,Mn)3(Al,Fe,Cr)2(SiO4)3
Andaluzita – Al2SiO5
Pleocroismo forte
• Nesossilicatos
Cianita – Al2SiO5
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Titanita (Esfênio) –
CaTiO (SiO4 )
IR alto - dispersão
Dumortierita
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American Golden Topaz - MG
Topázio azul –
Coronel Murta - MG
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em topázio
incolor
• Nesossilicatos
• Sorossilicatos
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Zoisita
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Alanita
Hemimorfita
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Idocrásio
Ca10(Mg,Fe)2Al4(SiO4)5(Si2O7)2(OH)4
Tanzanita – tratamento
térmico
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Hemimorfita –
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por oxigênios em
comum, formando
estruturas circulares
características
• Ciclossilicatos
Cordierita
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Be3Al2(Si6O18)
Turmalina
Axinita
Crisocola
Schorlita - Fe
Elbaíta – Na(Li1.5,Al1.5Al6Si6O18(BO3)3(OH)4
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Cromodravita– Cr, Mg
Olenita
Buergerita - Fe
Povondraíta
Vanádiodravita
Liddicoatita
Uvita - Mg
Feruvita
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Verdelita
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Dravita
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Morganita
Esmeralda
Heliodoro
Bixbita
Goshenita
Iolita, safira d’água
Cordierita –Mg2Al3(AlSi5O18)
Pleocroismo forte
• Ciclossilicatos
Esmeralda e água marinha são as
gemas mais importante entre os
silicatos. Fe e Cr são os cromóforos
Estrutura cristalina reflete-se nos hábitos
prismáticos. Em berilos são comuns
canalículos vazios ao longo do eixo c. Estes
tubos quando visíveis são “defeitos” em água
marinhas.
• Ciclossilicatos
• Ciclossilicatos
Morganita, heliodoro,
goshenita, bixbita e
berilo verde.
• Ciclossilicatos
Turmalina Na(Li1.5,Al1.5Al6Si6O18(BO3)3(OH)4
Rubelita
Verdelita
Indicolita
Melancia
Estrutura cristalina da turmalina formada em
torno de anéis Si16O18
A complexidade química da turmalina reflete-se
num zoneamento de cor dentro do próprio cristal
– lâminas de turmalina melancia - Madagascar
• Ciclossilicatos
Zoneamento de cor pode ocorrer
ao longo do eixo c ou ao longo do
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• Ciclossilicatos
• Inossilicatos
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Hiperstênio
Diopsídio
Hedenbergita
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Egirita
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Caolinita
Serpentina
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Pirofilita
Talco
Moscovita
Flogopita
Zinwaldita
Biotita
Lepidolita
Margarita
Clorita
Sepiolita
• Filossilicatos
• Tectossilicatos
Marialita
Meiolita
Analcima
Natrolita
Cabazita
Heulandita
Estibnita
Cristal de rocha
Ametista
Prasiolita
Citrino
Quartzo rosa
Fumê
Cornalina
Sardo
Crisiprásio
Ágata
Heliotrópio
Ônix
Jaspe
Sílex
Quartzo
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Cristobalita
Opala
Pedra da lua
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Amazonita
Ortoclásio
Labradorita
Microclínio
Ortoclásio
Albita
Anortita
Leucita
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Sodalita
Lazurita
Petalita
Wernerita
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Grupo da Sílica
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Cristal de rocha
Ametista
Prasiolita
Citrino
Quartzo rosa
Fumê
Opala
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Cornalina
Sardo
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Ágata
Crisoprásio
Sardo
Ônix
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Heliotrópio
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Sílex
Chert
Jaspe
Prásio
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• Tectossilicatos
Variedades cristalinas
Citrino
Ametista
Prasiolita
Fumê
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Quartzo rosa
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• Tectossilicatos
Variedades cristalinas
Quartzo incolor atualmente tem
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Opala SiO2.H2O
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Grupo da Sílica
• Tectossilicatos
Variedades crisptocristalinas fibrosas
Calcedônia
Crisoprásio
Heliotrópio
Sardo e
Sardonix
Cornalina
Ágatas tingidas de preto
fornecem 90% do ônix
consumido em joalheria.
Variedades listradas como o
ônix e o sardônix podem
ser trabalhadas em camadas
proporcionando efeitos de
cor e relevo.
A técnica milenar da glíptica
já era conhecida entre os
egípcios e alguns dos
camafeus produzidos ao
longo da história encontram-
se em museus entre as obras
de arte.
Ametista
Quartzo
Ágata
Quartzo
Ágata
Basalto
Heliotrópio
Zeólitas
Ágata
Grupo da Sílica
• Tectossilicatos
Freqüentemente as variedades do grupo
da sílica ocorrem associadas, mostrando
mudanças químico-ambientais no
processo de formação
No Rio Grande do Sul encontra-se a a
maior produção comercial de ágata do
mundo. Entre os processos de
beneficiamento está o tingimento.
Processo de tingimento de ágata – o material é mergulhado em corantes e aquecido
durante tempos variáveis. Ágatas são microporosas e com a dilatação dos interstícios o
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Jaspe
Prásio
Jaspes avermelhados e o
“pele-de-leopardo” são
muito utilizados em colares
e artesanato mineral
Grupo dos Feldspatos
(K,Na,Ca)(Si,Al)4O8
• Tectossilicatos
• Aluminossilicatos de K, Ca e Na
• Formam solução sólida – sistema ternário
• Cores variam de branco, amarelo a rosa
• Constituem 60% da crosta
• A composição é fator importante
• Feldspatos sódico-potássicos são mais
apropriados para a indústria cerâmica
• Rochas ígneas alcalinas
Ortoclásio
Anortita
Albita
Nome
Composição
(% em moléculas de Albita
(Ab) e Anortita (An)
Albita 90-100% Ab ; 0-10% An
Oligoclásio 70-90% Ab ; 10-30% An
Andesina 50-70% Ab ; 30-50% An
Labradorita 30-50% Ab ; 70-50% An
Bytownita 10-30% Ab ; 70-90% An
Anortita 0-10% Ab ; 90-100% An
Grupo dos Feldspatos
• Tectossilicatos
Microclínio – K(AlSi3O8)
A amazonita é o
representante gemológico
do feldspato Microclínio.
Freqüentemente apresenta
intercrescimentos (pertita)
Grupo dos Feldspatos
Plagioclásio – NaAlSi3O8 – CaAl2Si2O8
Dentro da variação
composicional dos
plagiclásios alguns
apresentam qualidade
gemológica. Estas
variedades são conhecidas
como pedra-do-sol, pedra-
da-lua e labradorita
Pedra-do-sol da
Índia – feldspato
com efeito
aventurino, ou
seja, com
inclusões de mica
Grupo dos Feldspatos
Pedra-da-lua da
Índia – adulária
com brilho leitoso
Labradorita
Grupo dos Feldspatóides
Lazurita (Na,Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2
Lápis Lázuli
Sodalita Na4(SiAlO4)3Cl
Petalita LiAlSi4O10
• Tectossilicatos
• Os silicatos como material gemológico
• Sendo o grupo dos silicatos o mais importante e
presente na crosta terrestre apresenta o maior
número de materiais gemológicos.
• As características estruturais dos silicatos em geral
apresentam resistência química e dureza quase
sempre alta, tornando-os apropriados para
aproveitamento como gema.
• Em termos de distribuição gemológica tectossilicatos e
ciclossilicatos apresentam maior variedade, enquanto
que filossilicatos são os menos apropriados para o uso
gemológico.
Para saber mais...
• Dana, J. D. (1981). Manual de
Mineralogia. Rio de Janeiro, Livros
Técnicos e Científicos, 2 vols.
• Hurlbut Jr. C.S. & Switzer G.S. 1980.
Gemologia. Barcelona, Omega. 243p.
• Klein C. & Hurlbut Jr. C.S. 1993.
Manual of Mineralogy. 21. ed. New York,
John Wiley & Sons. 681p.

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Mineralogia dos silicatos e suas aplicações em gemas

  • 1. Antonio Liccardo Mineralogia de silicatos e sua aplicação na gemologia Área de Mineralogia-Gemologia UFOP
  • 2. Programação • O que são silicatos • Polimerização dos silicatos • Propriedades físicas e químicas • Gemas do grupo dos silicatos • Bibliografia recomendada
  • 3. • O que são silicatos
  • 4. • O que são silicatos • Silicatos constituem 92% da composição da crosta terrestre. • A poderosa ligação entre os íons de Si e O é, literalmente o cimento que mantém unida a crosta da Terra. • Ligação iônica e covalente (50-50%) • Interpenetração das superestruturas atômicas • Cada íon de O tem o potencial de ligar-se com outro O ou de entrar em outro agrupamento tetraédrico originando uma diversidade de configurações.
  • 5. • O que são silicatos O Si4+ localizado na região central, está rodeado por quatro átomos de oxigênio. A estrutura básica dos silicatos é o tetraedro (SiO4)4-.
  • 6. • O aumento de configurações ou agrupamentos é chamado polimerização. • O compartilhamento de oxigênios entre tetraedros adjacentes pode gerar estruturas de um alto grau de coesão (ex. quartzo) • Quanto mais alta a temperatura de formação mais baixo o grau de polimerização • Polimerização dos silicatos Coesita – SiO2 polimorfo de alta pressão do quartzo encontrado em zonas de impacto de meteorito e como inclusão em diamantes
  • 7.
  • 9. • Polimerização dos silicatos Elementos que podem participar na estrutura química dos silicatos: • Alumínio, Magnésio, Ferro, Manganês, Titânio, Potássio, Rubídio, Bário, Berílio, álcalis e terras raras, entre outros.
  • 10. • Polimerização dos silicatos Dana, 1959
  • 12.
  • 13. • Nesossilicatos Grupo da Olivina Grupo da Fenacita Grupo da Granada Grupo do Zircão Grupo do Al2SiO5 Grupo da Condrodita Forsterita Fayalita Zircão Condrolita Datolita Titanita Dumortierita Andaluzita Sillimanita Cianita Topázio Estaurolita Piropo Almandina Espessartita Andradita Grossulária Uvarovita Fenacita Willemita
  • 14. • Nesossilicatos Fenacita - Be2 (SiO4) Ocorre principalmente em rochas ígneas básicas, ultrabásicas e mármores magnesianos. Principal constituinte do manto superior e da crosta oceânica. Mineral de fácil decomposição Crisólita - Peridoto (Mg,Fe)2SiO4 Olivina Zircão - ZrSiO4 Jacinto
  • 15. Tsavorita – Ca Espessartita - Mn Piropo - Mg Uvarovita – Ca e Cr Almandina - Fe Grossulária - Ca - Aparece em rochas metamórficas, associadas com hornblenda e augita. - É resistente ao intemperismo - Tipos ricos em Ca alteram-se mais rapidamente do que os tipos ricos em Fe,Mg, Al. - Exemplo de mineral isoestrutural, não obstante a quantidade de elementos que podem participar de sua estrutura • Nesossilicatos GRANADA -(Ca,Mg,Fe,Mn)3(Al,Fe,Cr)2(SiO4)3
  • 16. Andaluzita – Al2SiO5 Pleocroismo forte • Nesossilicatos Cianita – Al2SiO5 Dureza desigual Titanita (Esfênio) – CaTiO (SiO4 ) IR alto - dispersão Dumortierita (Al,Fe)7O3 (BO3) (SiO4 ) Quiastolita – Pedra cruz Inclusões carbonosas
  • 17. Topázio Al2[(F,OH)2SiO4] Topázio Imperial – Ouro Preto American Golden Topaz - MG Topázio azul – Coronel Murta - MG Tratamento em topázio incolor • Nesossilicatos
  • 18.
  • 19. • Sorossilicatos Clinozoisita Zoisita Epidoto Alanita Hemimorfita Zn4(Si2O7)(OH)2.H2O Lawsonita Prehnita Grupo do Epidoto Idocrásio Ca10(Mg,Fe)2Al4(SiO4)5(Si2O7)2(OH)4 Tanzanita – tratamento térmico Rubi na zoisita Hemimorfita – dureza 4,5 Vesuvianita
  • 20. Tetraedros ligados por oxigênios em comum, formando estruturas circulares características
  • 21. • Ciclossilicatos Cordierita Grupo do Berilo Be3Al2(Si6O18) Turmalina Axinita Crisocola Schorlita - Fe Elbaíta – Na(Li1.5,Al1.5Al6Si6O18(BO3)3(OH)4 Dravita – Mg Cromodravita– Cr, Mg Olenita Buergerita - Fe Povondraíta Vanádiodravita Liddicoatita Uvita - Mg Feruvita Rossmanita Foitita Magnesiofoitita Rubelita Verdelita Indicolita Acroíta Melancia Paraíba Dravita Água marinha Morganita Esmeralda Heliodoro Bixbita Goshenita Iolita, safira d’água Cordierita –Mg2Al3(AlSi5O18) Pleocroismo forte
  • 22. • Ciclossilicatos Esmeralda e água marinha são as gemas mais importante entre os silicatos. Fe e Cr são os cromóforos
  • 23. Estrutura cristalina reflete-se nos hábitos prismáticos. Em berilos são comuns canalículos vazios ao longo do eixo c. Estes tubos quando visíveis são “defeitos” em água marinhas. • Ciclossilicatos
  • 26. Estrutura cristalina da turmalina formada em torno de anéis Si16O18 A complexidade química da turmalina reflete-se num zoneamento de cor dentro do próprio cristal – lâminas de turmalina melancia - Madagascar • Ciclossilicatos
  • 27. Zoneamento de cor pode ocorrer ao longo do eixo c ou ao longo do eixo a Turmalina multicolorida dos pegmatitos de Madagascar. Abaixo megacristal de turmalina verde de Araçuaí - MG • Ciclossilicatos
  • 28.
  • 29. • Inossilicatos Enstatita Hiperstênio Diopsídio Hedenbergita Espodumênio Jadeíta - Jade Egirita Augita Rodonita Wollastonita Pectolita - Larimar Antofilita Tremolita Actinolita Riebeckita Arfvedsonita Hornblenda Nefrita - Jade Crocidolita Olho de gato de actinolita Cadeias simples - piroxênios Cadeias duplas - anfibólios
  • 30. • Inossilicatos Pectolita – Larimar - Ca2NaHSi3O9 Silicatos de Sódio e Alumínio Jadeíta ou Nefrita - Jade Muiariquitã de jade Rodonita - (Mn,Ca,Fe)SiO3 Piroxênios - XY(Si,Al)2O6 X = Ca, Na, Fe, Mg, Zn, Mn e Li Y = Cr, Al, Fe. Mg, Mn, Sc, Ti, V
  • 31. Espodumênio - LiAlSi2O6 Diopsídio - CaMgSi2O6 • Inossilicatos Diopsídio Kunzita Hiddenita Cromodiopsídio - CaMgSi2O6
  • 32.
  • 35.
  • 36. • Tectossilicatos Marialita Meiolita Analcima Natrolita Cabazita Heulandita Estibnita Cristal de rocha Ametista Prasiolita Citrino Quartzo rosa Fumê Cornalina Sardo Crisiprásio Ágata Heliotrópio Ônix Jaspe Sílex Quartzo Tridimita Cristobalita Opala Pedra da lua Pedra do sol Amazonita Ortoclásio Labradorita Microclínio Ortoclásio Albita Anortita Leucita Nefelina Sodalita Lazurita Petalita Wernerita Grupo da Sílica Grupo dos Feldspatos Grupo dos Feldspatóides Grupo da Escapolita Grupo das Zeólitas
  • 37. Grupo da Sílica • Tectossilicatos Variedades cristalinas Variedades crisptocristalinas Cristal de rocha Ametista Prasiolita Citrino Quartzo rosa Fumê Opala Fibrosas Cornalina Sardo Calcedônia Ágata Crisoprásio Sardo Ônix Sardonix Heliotrópio Granulares Sílex Chert Jaspe Prásio
  • 38. Grupo da Sílica • Tectossilicatos Variedades cristalinas Citrino Ametista Prasiolita Fumê Cristal de rocha Quartzo rosa
  • 39. Grupo da Sílica – SiO2 • Tectossilicatos Variedades cristalinas Quartzo incolor atualmente tem sido alvo de grande interesse como material gemológico, causado por novos processos de tratamento de cor e pelo aproveitamento de materiais com inclusões, antes consideradas “defeitos”.
  • 40. O Brasil é o maior produtor do mundo de ametistas que ocorrem em basaltos. O principal tratamento da ametista é o aquecimento a 380º C para a produção da variedade amarela citrino. • Tectossilicatos
  • 41. Grupo da Sílica • Tectossilicatos Opala SiO2.H2O Opala de fogo México Variedades de opala produzidas em Pedro II, no Piauí Opala negra Austrália Opala branca - RS Jogo de cores é causado pela presença de esférulas de sílica microscópicas
  • 42. Grupo da Sílica • Tectossilicatos Variedades crisptocristalinas fibrosas Calcedônia Crisoprásio Heliotrópio Sardo e Sardonix Cornalina Ágatas tingidas de preto fornecem 90% do ônix consumido em joalheria.
  • 43. Variedades listradas como o ônix e o sardônix podem ser trabalhadas em camadas proporcionando efeitos de cor e relevo. A técnica milenar da glíptica já era conhecida entre os egípcios e alguns dos camafeus produzidos ao longo da história encontram- se em museus entre as obras de arte.
  • 44. Ametista Quartzo Ágata Quartzo Ágata Basalto Heliotrópio Zeólitas Ágata Grupo da Sílica • Tectossilicatos Freqüentemente as variedades do grupo da sílica ocorrem associadas, mostrando mudanças químico-ambientais no processo de formação No Rio Grande do Sul encontra-se a a maior produção comercial de ágata do mundo. Entre os processos de beneficiamento está o tingimento.
  • 45. Processo de tingimento de ágata – o material é mergulhado em corantes e aquecido durante tempos variáveis. Ágatas são microporosas e com a dilatação dos interstícios o corante penetra e ressalta muitas vezes o bandamento. São produzidas toneladas de chapas, pirâmides, esferas, porta-livros... • Tectossilicatos
  • 46. cênica concêntrica Grupo da Sílica • Tectossilicatos Variedades crisptocristalinas fibrosas Classificação comercial de ágatas no Brasil (RS)
  • 48. Grupo da Sílica • Tectossilicatos Variedades crisptocristalinas granulares Sílex Chert Jaspe Prásio Jaspes avermelhados e o “pele-de-leopardo” são muito utilizados em colares e artesanato mineral
  • 49. Grupo dos Feldspatos (K,Na,Ca)(Si,Al)4O8 • Tectossilicatos • Aluminossilicatos de K, Ca e Na • Formam solução sólida – sistema ternário • Cores variam de branco, amarelo a rosa • Constituem 60% da crosta • A composição é fator importante • Feldspatos sódico-potássicos são mais apropriados para a indústria cerâmica • Rochas ígneas alcalinas
  • 50. Ortoclásio Anortita Albita Nome Composição (% em moléculas de Albita (Ab) e Anortita (An) Albita 90-100% Ab ; 0-10% An Oligoclásio 70-90% Ab ; 10-30% An Andesina 50-70% Ab ; 30-50% An Labradorita 30-50% Ab ; 70-50% An Bytownita 10-30% Ab ; 70-90% An Anortita 0-10% Ab ; 90-100% An
  • 51. Grupo dos Feldspatos • Tectossilicatos Microclínio – K(AlSi3O8) A amazonita é o representante gemológico do feldspato Microclínio. Freqüentemente apresenta intercrescimentos (pertita)
  • 52. Grupo dos Feldspatos Plagioclásio – NaAlSi3O8 – CaAl2Si2O8 Dentro da variação composicional dos plagiclásios alguns apresentam qualidade gemológica. Estas variedades são conhecidas como pedra-do-sol, pedra- da-lua e labradorita Pedra-do-sol da Índia – feldspato com efeito aventurino, ou seja, com inclusões de mica
  • 53. Grupo dos Feldspatos Pedra-da-lua da Índia – adulária com brilho leitoso Labradorita
  • 54. Grupo dos Feldspatóides Lazurita (Na,Ca)8(AlSiO4)6(SO4,S,Cl)2 Lápis Lázuli Sodalita Na4(SiAlO4)3Cl Petalita LiAlSi4O10 • Tectossilicatos
  • 55. • Os silicatos como material gemológico • Sendo o grupo dos silicatos o mais importante e presente na crosta terrestre apresenta o maior número de materiais gemológicos. • As características estruturais dos silicatos em geral apresentam resistência química e dureza quase sempre alta, tornando-os apropriados para aproveitamento como gema. • Em termos de distribuição gemológica tectossilicatos e ciclossilicatos apresentam maior variedade, enquanto que filossilicatos são os menos apropriados para o uso gemológico.
  • 56. Para saber mais... • Dana, J. D. (1981). Manual de Mineralogia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 2 vols. • Hurlbut Jr. C.S. & Switzer G.S. 1980. Gemologia. Barcelona, Omega. 243p. • Klein C. & Hurlbut Jr. C.S. 1993. Manual of Mineralogy. 21. ed. New York, John Wiley & Sons. 681p.