2. Metamorfismo
• É o processo pelo qual as rochas no interior da crusta são modificadas por
acção da temperatura, pressão e agentes químicos.
• No processo de metamorfismo podem ocorrer mudanças na textura, estrutura
e composição (mineralógica e química)
• Durante o metamorfismo as rochas mantêm o seu carácter sólido e por isso
retêm algumas das características primárias geradas da rocha original.
3. Agentes do Metamorfismo
• São agentes que vão provocar as alterações das rochas em
profundidade. Os principais factores são a mudança na
temperatura, pressão , composição dos fluídos e o tempo.
4. Temperatura
• Com o aumento da temperatura os
minerais podem tornar-se instáveis e
reagir uns com os outros levando ao
aparecimento de novas associações
minerais estáveis sob as novas
condições de temperatura.
5. Pressão
• A pressão litoestática ( pressão resultante do peso de
rochas sobrajacente) na crusta aumenta com a
profundidade.
• Os minerais das rochas que sofrem este tipo de pressão
tendem a ocupar menos espaço por isso a rocha
formada será constituida por minerais muito densos.
6. Cont.
As rochas em profundidades também estão
sujeitas a pressões resultantes dos movimentos
tectónicos (Pressão dirigida) que podem ser de
distenção, compressão ou cisalhamento.
Como consequência os minerais das rochas
passam a apresentar uma disposição orientada
(foliação).
7. Fluídos
Em uma rocha, os intersisticios entre os minerais estão ocupados por vários fluídos aquosos
como por exemplo o H2O e CO2, com diversos componentes químicos em solucção. Estes
fluídos interagem com os minerais com que estão em contacto, provocando alterações químicas
constantes, dando origem a novos minerais.
Os fluídos que vem de fora trazem para a rocha novos componntes, alterando assim a
composição química inicial. Por outro lado, se são expulsos da rocha, eles levam consigo em
solução outros componentes, alterando também a composião química inicial da rocha.
A esta alteração da composição química inical chama-se Metassomatismo.
9. Tempo
• O metamorfismo demora milhares de
anos para se realizar.
• Quanto maior for o tempo de exposição
das rochas aos factores do metamorfismo
maior será o grau do metamorfismo.
• O tempo possibilita a reorganização
mineralogia, o reajustamento textural e
estrutural das rochas.
10. Tipos de Metamorfismo
• Os tipos de metamorfismo são caracterizados de
acordo com a dominância de actuação dos agentes, a
extensão geográfica, o ambiente geotectónico, o
tempo de actuação destes agentes, etc.
11. Metamorfismo de Contacto
• O factor atuante é a temperatura.
• O magma ao atravessar as rochas
encaixantes, por estas possuirem baixa
temperatura em relação ao magma são
aquecidas provocando alterações
profundas na sua composição.
• A zona de alteração chama-se auréola
de metamorfsmo.
12. Metamorfismo Regional
• Ocorre em áreas geográficas grandes em
cinturões orogénicos nas margens de placas
convergentes. Tem origem no soterramento
progressivo das rochas para profundidades
cada vez maiores, estando progressivamente
sujeitas a pressões e temperaturas
crescentes.
• Quanto mais profundas estiverem as rochas
maior será o seu grau de metamorfismo.
13. Metamorfismo de Impacto
• É um tipo de metamorfismo raro;
• Energia do impacto é dissipada como
ondas de choque fraturando e deslocando
a rocha e formando a cratera de impacto;
• O metamorfismo de impacto é
caracterizado por condições de pressões e
temperaturas extremamente altas (dezenas
a centenas de kbars) provocadas pelas
ondas de impacto.
14. Metamorfismo Dinâmico ou
Cataclástico
• Está relacionado a movimentos crustais nas zonas de falhas;
• Durante este movimento os grãos dos minerais da rochas são
fragmentados ou mesmo pulverizados. Portanto, o metamorfismo
dinâmico é um processo mecânico.
15. Metamorfismo por Soterramento
• Resultado da compactação devido a
carga de sedimentos em bacias
sedimentares (soterramento de
espessas camadas sedimentares e
vulcânicas);
• As rochas preservam a textura da
rocha original.
16. Classificação das Rochas Metamórficas
• Os novos grãos de minerais que se formam durante o processo de
metamorfismo, são cristais de neoformação ou neoblastos, ou seja, durante o
metamorfismo há uma recristalização que pode ser total ou parcial.
• A classificação das rochas metamorficas pode ser:
• Quanto a genése;
• Quanto a textura; &
• Quanto a estrutura.
17. Classificação Quanto a Genése
• Rochas ortoderivadas: rochas metamórficas que provém de
rochas ígneas (tem como protólito rochas igneas), neste caso,
usa-se o prefixo “Orto”.
• Ex: Ortogneisse
• Rochas paraderivadas: tem como protólito rochas sedimentares,
neste caso, usa-se o prefixo “Para”.
• Ex: Paragneisse.
18. Classificação Quanto a Textura
• A textura das rochas metamorficas é sempre cristalina, podendo ser de granulação mais
ou menos fina ou grosseira.
• Granoblástica: grãos com mesma dimensão;
• Lepidoblástica: neoblastos lamelas ou escamas, como as Micas;
• Nematoblástica: Minerais orientados prismáticos (anfibóliose, piroxênios);
• Porfiroblástica: notam-se fenoblastos no seio de uma massa granoblástica.
20. Estrutura
• É comum as rochas metamórficas apresentarem orientação dos neoblastos, como resposta às altas
pressões exercidas durante a sua formação.
• Quando não há orientação dos neoblastos, diz-se que a rocha tem uma textura maciça, como é o caso
do Mármore.
• As estruturas com orientação dos neoblastos podem ser:
• Xistosidade (foliação): Orientação de minerais placosos e prismáticos.Típico de rochas que sofrem
pressão orientada;
• Lineação: quando ocorrem minerias de hábito acicular ou prismático que dão ideia de haver “linhas”
na rocha, como é o caso dos Anfibolitos.
21. CONT.
• Gnáissica: Orientação de feldspatos e quartzo. Ocorrem em rochas com
bastante Mica, mas com maior proporção de minerais como o quartzo e
feldspato, como o caso dos Gneisses.
• Cataclástica: ocorrem em rochas que sofreram efeitos de altas pressões e
baixas temperaturas (metamorfismo dinâmico).
• Bandamento: presença de faixas de coloração alternada (clara mais
escura).