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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CApUERJ)
DISCIPLINA: BIOLOGIA
PROFESSORA: ANNA MARIA
ALUNA- MESTRE: DANIELLE BENTO DE SOUSA BARROS
ANO: 1º ANO TURMA:
APOSTILA: REPRODUÇÃO
A reprodução sexuada envolve a fusão de duas células especializadas – os gametas - de indivíduos de uma
mesma espécie. A esse processo se dá o nome de fecundação e dele se originam um ou mais indivíduos geneticamente
diferentes dos progenitores. Isso aumenta a variabilidade genética entre os organismos, possibilitando assim uma
diversidade maior entre eles e gerando sempre organismos capazes de se adaptar ao meio onde vivem.
Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que a reprodução
assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos, pois as populações formadas por indivíduos geneticamente
idênticos, como são os gerados por reprodução assexuada, são mais suscetíveis a alterações ambientais. Se ocorrer no
ambiente uma modificação que lhes seja desfavorável, todos os indivíduos podem morrer de uma vez só. Isso não
acontece com populações formadas por indivíduos que se reproduzem sexuadamente. Pois a alteração ambiental vai
afetar apenas uma parte da população, enquanto a outra parte sobrevive por ter em seu material genético condições
para resistir à alteração.
TIPOS DE FECUNDAÇÃO
A fecundação pode ser externa, quando ocorre fora do corpo, no meio ambiente, ou interna, quando ocorre no
corpo do indivíduo que produz os óvulos. Na fecundação interna ocorre a cópula e para isso a maioria dos animais
possui um órgão copulador, como o pênis.
O custo energético da produção de gametas é maior nas espécies com fecundação externa, pois tanto os
machos quanto as fêmeas produzem gametas em grande quantidade, para compensar a perda que o ambiente ocasiona.
Muitos gametas são levados pelas águas ou servem de alimentos para outros animais. Nos animais dotados de
fecundação interna, as fêmeas produzem apenas um ou alguns gametas por vez, e eles encontram-se protegidos dentro
do sistema reprodutor, com isso o custo energético usado em sua produção é bem menor.
Gametas: Os masculinos são os espermatozóides e os femininos, os óvulos. Ambos trazem a mesma
quantidade haplóide de cromossomos, mas apenas os gametas femininos possuem nutrientes, que alimentam o
embrião durante o seu desenvolvimento. Por sua vez, apenas os gametas masculinos são móveis, responsáveis pelo
encontro que pode acontecer no meio externo (fecundação externa) ou dentro do corpo da fêmea (fecundação interna).
FASES DA FECUNDAÇÃO
Quando um espermatozóide faz contato com a membrana
vitelínica ou zona pelúcida do óvulo, sua membrana funde-se a ela
liberando as enzimas presentes no acrossomo (reação acrossômica). Essas
enzimas abrem caminho para a penetração do espermatozóide e liberação
de seu núcleo no óvulo. Quando isso acontece a membrana do óvulo sofre
alterações químicas e elétricas, transformando-se na membrana de
fecundação, que impedem a entrada de outros espermatozóides.
No interior do óvulo, o núcleo do espermatozóide, agora chamado
pró-núcleo masculino, funde-se com o núcleo do óvulo, o pró-núcleo
feminino. Cada pró-núcleo traz um lote haplóide de cromossomos, e a fusão resulta em um lote diplóide, o zigoto ou
célula-ovo. Nessa célula, metade dos cromossomos tem origem paterna e metade, origem materna.
Todas as mitocôndrias do corpo do novo indivíduo são de origem materna, pois na fecundação as mitocôndrias
do espermatozóide desintegram-se no citoplasma do óvulo. Sendo assim o espermatozóide fornece para o zigoto
apenas o núcleo e o centríolo.
Hoje se sabe que há muitas doenças causadas por mutações no DNA mitocondrial e que elas são transmitidas
diretamente das mães para seus descendentes. Além disso, a análise do DNA mitocondrial tem sido usada em testes de
maternidade para verificar quem é a mãe de uma criança.
Após a fecundação então vamos ter a definição do sexo do embrião, que vai depender dos cromossomos
recebidos de cada gameta.
Irmãos Gêmeos - Pode acontecer de em uma
mesma gravidez nascer dois bebês, os chamados gêmeos.
Eles podem ser oriundos de um mesmo zigoto,
apresentando-se extremamente semelhantes (gêmeos
homozigóticos) ou de dupla ovulação, sendo os gametas
femininos fecundados por mais de um espermatozóide
(gêmeos dizigóticos). Neste último caso, a semelhança
entre os irmãos não é regra, e eles podem apresentar sexos
distintos.
Os gêmeos xifópagos, ou siameses,
são monozigóticos, ou seja, formados a
partir do mesmo zigoto Eles são gêmeos
que nascem ligados por uma parte do corpo
e podem até mesmo ter uma parte do corpo
comum aos dois. Podem ser formados
quando o disco embrionário não chega a se dividir por completo, ou podem estar separados e se unirem depois em
alguma fase da gestação por partes semelhantes: cabeça com cabeça; abdômen com abdômen; nádegas com nádegas,
etc. Quando vemos alguma notícia de gêmeos que foram "separados" por cirurgia, trata-se, quase sempre, do segundo
tipo.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Depois de formado, o zigoto irá se dividir muitas vezes por mitose até originar um novo indivíduo.
Assim, todas as células que formam o corpo de um indivíduo possuem o mesmo patrimônio genético que existia no
zigoto.
Apesar disso, ao longo do desenvolvimento embrionário as células passam por um processo de diferenciação
celular em que alguns genes são “ativados” e outros são “desativados”, sendo que somente os “ativados” coordenam
as funções das células.
Surgem dessa maneira tipos celulares com formatos e funções distintos, que se organizam em tecidos.
Conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos. Os grupos de órgãos formam os sistemas que, por sua vez, formam
o organismo.
Existe grande diversidade de desenvolvimento embrionário entre os animais, mas, de modo geral, em
praticamente todos ocorrem três fases consecutivas: segmentação, gastrulação e organogênese.
Após a fecundação o desenvolvimento embrionário apresenta as etapas de segmentação que vão do zigoto até
o estágio de blástula. Muitas vezes há um estágio intermediário, a mórula.
A gastrulação é o período de desenvolvimento de blástula até a formação da gástrula, onde começa o
processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas.
No período de organogênese, há formação dos órgãos do animal, estágio em que as células que compõem os
respectivos tecidos se apresentarão especializadas.

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Reprodução e Desenvolvimento Embrionário

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COLÉGIO DE APLICAÇÃO FERNANDO RODRIGUES DA SILVEIRA (CApUERJ) DISCIPLINA: BIOLOGIA PROFESSORA: ANNA MARIA ALUNA- MESTRE: DANIELLE BENTO DE SOUSA BARROS ANO: 1º ANO TURMA: APOSTILA: REPRODUÇÃO A reprodução sexuada envolve a fusão de duas células especializadas – os gametas - de indivíduos de uma mesma espécie. A esse processo se dá o nome de fecundação e dele se originam um ou mais indivíduos geneticamente diferentes dos progenitores. Isso aumenta a variabilidade genética entre os organismos, possibilitando assim uma diversidade maior entre eles e gerando sempre organismos capazes de se adaptar ao meio onde vivem. Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que a reprodução assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos, pois as populações formadas por indivíduos geneticamente idênticos, como são os gerados por reprodução assexuada, são mais suscetíveis a alterações ambientais. Se ocorrer no ambiente uma modificação que lhes seja desfavorável, todos os indivíduos podem morrer de uma vez só. Isso não acontece com populações formadas por indivíduos que se reproduzem sexuadamente. Pois a alteração ambiental vai afetar apenas uma parte da população, enquanto a outra parte sobrevive por ter em seu material genético condições para resistir à alteração. TIPOS DE FECUNDAÇÃO A fecundação pode ser externa, quando ocorre fora do corpo, no meio ambiente, ou interna, quando ocorre no corpo do indivíduo que produz os óvulos. Na fecundação interna ocorre a cópula e para isso a maioria dos animais possui um órgão copulador, como o pênis. O custo energético da produção de gametas é maior nas espécies com fecundação externa, pois tanto os machos quanto as fêmeas produzem gametas em grande quantidade, para compensar a perda que o ambiente ocasiona. Muitos gametas são levados pelas águas ou servem de alimentos para outros animais. Nos animais dotados de fecundação interna, as fêmeas produzem apenas um ou alguns gametas por vez, e eles encontram-se protegidos dentro do sistema reprodutor, com isso o custo energético usado em sua produção é bem menor. Gametas: Os masculinos são os espermatozóides e os femininos, os óvulos. Ambos trazem a mesma quantidade haplóide de cromossomos, mas apenas os gametas femininos possuem nutrientes, que alimentam o embrião durante o seu desenvolvimento. Por sua vez, apenas os gametas masculinos são móveis, responsáveis pelo encontro que pode acontecer no meio externo (fecundação externa) ou dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). FASES DA FECUNDAÇÃO Quando um espermatozóide faz contato com a membrana vitelínica ou zona pelúcida do óvulo, sua membrana funde-se a ela liberando as enzimas presentes no acrossomo (reação acrossômica). Essas enzimas abrem caminho para a penetração do espermatozóide e liberação de seu núcleo no óvulo. Quando isso acontece a membrana do óvulo sofre alterações químicas e elétricas, transformando-se na membrana de fecundação, que impedem a entrada de outros espermatozóides. No interior do óvulo, o núcleo do espermatozóide, agora chamado pró-núcleo masculino, funde-se com o núcleo do óvulo, o pró-núcleo feminino. Cada pró-núcleo traz um lote haplóide de cromossomos, e a fusão resulta em um lote diplóide, o zigoto ou célula-ovo. Nessa célula, metade dos cromossomos tem origem paterna e metade, origem materna. Todas as mitocôndrias do corpo do novo indivíduo são de origem materna, pois na fecundação as mitocôndrias do espermatozóide desintegram-se no citoplasma do óvulo. Sendo assim o espermatozóide fornece para o zigoto apenas o núcleo e o centríolo.
  • 2. Hoje se sabe que há muitas doenças causadas por mutações no DNA mitocondrial e que elas são transmitidas diretamente das mães para seus descendentes. Além disso, a análise do DNA mitocondrial tem sido usada em testes de maternidade para verificar quem é a mãe de uma criança. Após a fecundação então vamos ter a definição do sexo do embrião, que vai depender dos cromossomos recebidos de cada gameta. Irmãos Gêmeos - Pode acontecer de em uma mesma gravidez nascer dois bebês, os chamados gêmeos. Eles podem ser oriundos de um mesmo zigoto, apresentando-se extremamente semelhantes (gêmeos homozigóticos) ou de dupla ovulação, sendo os gametas femininos fecundados por mais de um espermatozóide (gêmeos dizigóticos). Neste último caso, a semelhança entre os irmãos não é regra, e eles podem apresentar sexos distintos. Os gêmeos xifópagos, ou siameses, são monozigóticos, ou seja, formados a partir do mesmo zigoto Eles são gêmeos que nascem ligados por uma parte do corpo e podem até mesmo ter uma parte do corpo comum aos dois. Podem ser formados quando o disco embrionário não chega a se dividir por completo, ou podem estar separados e se unirem depois em alguma fase da gestação por partes semelhantes: cabeça com cabeça; abdômen com abdômen; nádegas com nádegas, etc. Quando vemos alguma notícia de gêmeos que foram "separados" por cirurgia, trata-se, quase sempre, do segundo tipo. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Depois de formado, o zigoto irá se dividir muitas vezes por mitose até originar um novo indivíduo. Assim, todas as células que formam o corpo de um indivíduo possuem o mesmo patrimônio genético que existia no zigoto. Apesar disso, ao longo do desenvolvimento embrionário as células passam por um processo de diferenciação celular em que alguns genes são “ativados” e outros são “desativados”, sendo que somente os “ativados” coordenam as funções das células. Surgem dessa maneira tipos celulares com formatos e funções distintos, que se organizam em tecidos. Conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos. Os grupos de órgãos formam os sistemas que, por sua vez, formam o organismo. Existe grande diversidade de desenvolvimento embrionário entre os animais, mas, de modo geral, em praticamente todos ocorrem três fases consecutivas: segmentação, gastrulação e organogênese. Após a fecundação o desenvolvimento embrionário apresenta as etapas de segmentação que vão do zigoto até o estágio de blástula. Muitas vezes há um estágio intermediário, a mórula. A gastrulação é o período de desenvolvimento de blástula até a formação da gástrula, onde começa o processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas. No período de organogênese, há formação dos órgãos do animal, estágio em que as células que compõem os respectivos tecidos se apresentarão especializadas.