Chico Buarque é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro reconhecido por suas críticas ao regime militar brasileiro através de suas canções. Ele esteve exilado na Itália na década de 1960 devido às ameaças do governo e teve algumas de suas músicas proibidas no Brasil. Além de compositor, Chico também escreveu peças de teatro e vários livros premiados.
2. Chico Buarque de Holanda (1944) é
músico, dramaturgo e escritor.
Revelou-se ao público da música
quando ganhou com a música “A
banda”, interpretada por Nara Leão,
primeiro Festival de Música Popular
Brasileira. Chico logo conquistou
reconhecimento de críticos e
público.
3. Crítica ao Regime Militar do Brasil
Ameaçado pelo regime militar, esteve auto exilado na Itália em 1969, onde
chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época, teve suas canções
Apesar de você (que dizem ser uma alusão negativa ao presidente Emílio
Garrastazu Médici, mas que Chico sustenta ser em referência à situação) e
"Cálice" proibidas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da
Adelaide, com o qual compôs apenas três canções: Milagre Brasileiro, Acorda
amor e Jorge Maravilha. Na Itália, Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla,
de quem fez a Minha História, versão em português (1970) da canção Gesù
Bambino (título verdadeiro 4 março 1943), de Lucio Dalla e Paola Palotino. Ao
voltar ao Brasil, continuou com composições que denunciavam aspectos sociais,
econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto.
Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra)
e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um
presidente do Brasil.
4. Francisco Buarque
de Hollanda
Também conhecido(a) como:
Chico Buarque
Nascimento:
19 de junho de 1944 (72 anos)
Local de nascimento:
Rio de Janeiro
Pais:
historiador Sérgio Buarque de Hollanda e pianista
Maria Amélia Cesário Alvim
Em 1946 a família muda-se para São Paulo
Em 1953, Chico e família foram morar na Ítalia
5. Início de Carreira
Em 1963 Chico Buarque ingressa no curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo, onde participa de movimentos estudantis. Nesse
mesmo ano participa do musical Balanço do Orfeu com a música "Tem mais
Samba", que segundo ele, foi o ponto de partida para sua carreira. Participa
também do show Primeira Audição, no Colégio Rio Branco, com a "Marcha Para
um Dia de Sol". Chico Buarque apresenta-se, em 1964, no programa Fino da
Bossa, comandado pela cantora Elis Regina. Chico logo conquistou o
reconhecimento do público. No ano seguinte lança seu primeiro disco compacto
com as músicas "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval". Faz também as
músicas para o poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto, que
ao ser apresentada no IV Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França,
ganha o prêmio de crítica e público. A Música Construção, 1971, que, junto com
“Pedro Pedreiro”, é uma das canções emblemáticas da vertente crítica, podendo-se
enquadrar como um testemunho doloroso das relações aviltantes entre o capital e o
trabalho.
6. Teatro e Literatura
Musicou as peças Morte e vida Severina e o infantil Os Saltimbancos. Escreveu também várias
peças de teatro, entre elas Roda Viva (proibida), Gota d'Água, Calabar (proibida), Ópera do
malandro e cinco livros: Estorvo, Benjamim, Budapeste, Leite Derramado e O irmão Alemão .
Chico Buarque sempre se destacou como cronista nos tempos de colégio; seu primeiro livro foi
publicado em 1966, trazendo os manuscritos das primeiras composições e o conto Ulisses, e ainda
uma crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre A Banda. Em 1974, escreve a novela pecuária
Fazenda modelo e, em 1979, Chapeuzinho Amarelo, um livro-poema para crianças. A bordo do Rui
Barbosa foi escrito em 1963 ou 1964 e publicado em 1981. Em 1991, publica o romance Estorvo
(vencedor do Prêmio Jabuti de melhor romance em 1992) e, quatro anos depois, escreve o livro
Benjamim. Em 2004, o romance Budapeste ganha o Prêmio Jabuti de Livro do Ano. Em 2009,
lança o livro Leite Derramado, que também recebe o Prêmio Jabuti de Livro do Ano. Em 2016, é
anunciada a estreia da versão teatral deste romance pelo Club Noir, estrelada por Helena Ignez e
Luiz Paetow. Oficialmente, a vendagem mínima de seus livros é de 500 mil exemplares no Brasil.