Guilherme de Almeida foi um poeta, jornalista e escritor brasileiro nascido em 1890. Ele se formou em direito em 1912 e trabalhou como promotor público antes de se dedicar à literatura. Almeida foi um dos fundadores do movimento modernista brasileiro e publicou diversas obras ao longo de sua carreira, incluindo Messidor e A Dança das Horas. Sua casa em São Paulo, Casa Guilherme de Almeida, preserva sua memória e legado literário.

1. GUILHERME DE
ALMEIDA

2. GUILHERME DE ANDRADE DE ALMEIDA
Data de nascimento: 24/07/1890
Local de nascimento: Campinas - SP
Data de morte: 11/07/1969 (78 anos)
Local de morte: São Paulo - SP
Ocupação: Jurista, jornalista, escritor, poeta
Grandes Obras: A Dança das Horas e Messidor
Prêmios: Prêmio Jabuti, 1968

3. Filho do jurista e professor de direito
Estevão de Araújo Almeida e de Angelina
de Andrade Almeida
Em 1912, concluiu o curso da Faculdade de
Direito do Largo de São Francisco
Após a formatura, atuou como promotor
público em Apiaí e em Mogi-Mirim
Trabalhou com o pai, nesse período passou a
se dedicar prioritariamente à atividade de
escritor.

4. Sua estreia literária se deu em 1916, com
Mon Coeur Balance e Leur Âme, peças
escritas em colaboração com Oswald de
Andrade e editadas sob o título de Théatre
Brésilien
Seu primeiro livro publicado foi Nós, em
seguida, A dança das horas, Messidor,
Horas de Sóror Dolorosa, o ensaio
Natalika e os atos em verso Scheherazada
e Narciso – A flor que foi um homem

5. Seu livro, Era uma Vez..., foi publicado em
1922, ano em que atuou com seu irmão Tácito
de Almeida, na realização da Semana de Arte
Moderna
No mesmo ano ajudou a fundar a revista
Klaxon, tendo realizado sua capa, assim como
os arrojados anúncios da Lacta.
Participou do grupo Verde-amarelista e
colaborou também com a Revista de
Antropofagia.

6. Em 1923, casou-se com Belkiss
Barroso do Amaral
Em 1925 publicou quatro livros de
poemas: Narciso, Encantamento,
Raça e Meu
Escreveu, também em 1925, a
conferência “Revelação do Brasil
pela poesia moderna”

7. Eleito em 1928 para a Academia
Paulista de Letras, dois anos depois para
a Academia Brasileira de Letras
Eleito "Príncipe dos Poetas
Brasileiros" em concurso patrocinado
pelo jornal Correio da Manhã, por meio
da seção “Escritores e livros“
Foi o responsável pela divulgação do
poemeto japonês Hakai no Brasil

8. HAIKAI

9. Um de seus poemas, “A Carta Que Eu Sei de Cor”, foi
declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, na
importante conferência “Poesia Moderníssima do Brasil“
Foi um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia
e Politica de São Paulo, onde lecionou Ciência Politica

10. Participou ativamente da Revolução
Constitucionalista, ao final desse
Movimento, foi preso e exilado em
Portugal
A estada naquele país forneceu elementos
para a elaboração de crônicas reunidas no
livro O meu Portugal

11. Elaborou a capa da primeira edição de
Paulicea Desvairada
Poema Nossa Bandeira
Autor da letra do Hino da Televisão
Brasileira
Proclamado "O poeta da Revolução de
32"
Sepultado no Mausoléu do Soldado
Constitucionalista de 1932

12. “Casa da Colina”
"A casa na colina é clara
e nova. A estrada sobe,
para, olha um instante e
desce."

13. Inaugurado em março de
1979, abriga o acervo
composto de objetos que
pertenceram ao poeta
paulista Guilherme de
Almeida, um dos mentores
do movimento modernista
brasileiro.

14. Tem como objetivos centrais preservar o legado e a
memória do poeta, bem como promover o
conhecimento de sua obra
Em julho, desde 2009, a Semana Guilherme de
Almeida, que concentra uma intensa programação em
homenagem ao poeta
A biblioteca da Casa Guilherme de Almeida reúne
cerca de 5.600 livros, incluindo-se os que pertenceram
ao poeta e os volumes agregados posteriormente

15. No acervo bibliográfico encontram-se, todas as
obras publicadas de Guilherme de Almeida,
entre as quais os exemplares do próprio autor
O Grupo de Pesquisa e Análise da Obra de
Guilherme de Almeida se reúne regularmente
para discutir aspectos da obra poética do autor
paulista
Em seu primeiro ano de atividade, o Grupo de
Pesquisa se dedicou à leitura da obra pré-
moderna de Guilherme de Almeida
http://www.casaguilhermedealmeida.org.br

16. PRINCIPAIS OBRAS
32 Livros de Poesia (1917-1968) :
•O sonho de Marina (infantil), 1941
•Toda a poesia (em 6 volumes), 1952
33 Traduções (1932-1965)
7 Prosas (1929-1962)
4 Ensaios (1926-1944)

17. Messidor (1919)–obra que inclui “Nós”, “A Dança das Horas e outros
poemas sob o título de “Suave Colheita”, traduzida para o francês por
Serge Milliete e editada na Antuérpia em 1923
Livro de Horas de Soror Dolorosa (1920)–com desenhos de J. Wasth
Rodrigues, no qual introduz a símil-rima, com apoio somente na vogal
tônica, ao gosto medieval
O Festim (1922)–Em datilografia, livro idealizado por Franco Zampari,
executado por A. Sandri, limitado a 25 cópias
Raça (1925)–Com capa de Yan de Almeida Prado. Este livro, juntamente
com “Meu”, são os que mais se aproximam do Modernismo

18. MEU
1925
Um álbum de retratos
Cada poema circunscreve uma
cena, cujas figuras são escolhidas
para descrever o ambiente tropical
Valorização de um traço poético
brasileiro autêntico
Guilherme de Almeida, liricamente,
irá imprimindo plasticidade aos
aspectos brasileiros da paisagem

19. Nunca conseguiu abandonar
sua formação neoclássica,
que alegrava a elite e a leitores
menos exigentes
Suas poesias com
características mais
modernistas revelam, no
entanto, uma forte criatividade
com o uso de versos livres e
num estilo inovador
Características

20. Sossego macio da tarde.
Um sol cansado
passa pelo rosto suado
uma nuvenzinha alva como um lenço
para enxugar as primeiras estrelas.
Silêncio.
E o sol vai caminhando sobre os montes
tranquilos
vai cochilando. E de repente
tropeça e cai redondamente
sob a pateada dos sapos e a vaia dos grilos.
Humorismo

21. O tom modernista faz-
se presente na temática
O poeta, no entanto,
jamais prescinde das rimas
Vale lembrar que o
virtuosismo técnico de
Guilherme de Almeida é
uma das características mais
marcantes de sua obra
Sossego macio da tarde.
Um sol cansado
passa pelo rosto suado
uma nuvenzinha alva como um lenço
para enxugar as primeiras estrelas.
Silêncio.
E o sol vai caminhando sobre os montes
tranquilos
vai cochilando. E de repente
tropeça e cai redondamente
sob a pateada dos sapos e a vaia dos
grilos.