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8-mai-17 Sociologia do Crime 1
ROBERT KING MERTON
Robert King Merton é um sociólogo norte-americano, nascido na Filadélfia em
5 de Julho de 1910, e morreu em Nova York em 23 de Fevereiro de 2003.
Merton é um estrutural funcionalista, foi presidente da associação americana
de sociólogos em 1957. Ganhou o mérito de estabelecer os fundamentos de
uma teoria geral da anomia, que foi posteriormente revisto e transformado pelo
autor em sua obra clássica Teoria e Estrutura Sociais. Também foi considerado
o pai fundador da sociologia moderna.
Pai da teoria de funções manifestas e latentes, e autor de obras como a análise
estrutural em sociologia (1975), Merton é um dos clássicos da escola
americana desta disciplina. Também importante foi o seu trabalho no campo da
sociologia da ciência. Muitas frases cunhadas por ele hoje são utilizados
diariamente, dentro e fora sociologia.
8-mai-17 Sociologia do Crime 2
 Funcionalismo: define que a sociedade é um sistema complexo onde as partes
trabalham juntos para promover a estabilidade da sociedade. Merton defendia que
a sociedade é um organismo com varias partes, e cada parte desempenha uma
função.
 Função Manifesta: são acções intencionais ou obvias.
 Função Latente: são acções não intencionais ou inconsciente, e suas
consequências são as mesmas da função manifesta.
 Disfunção: que também podem ser manifestas ou latentes, correspondem
a toda accão não reconhecida pela coletividade e que tal comportamento
tenha um efeito negativo na sociedade.
 Teoria da Anomia: o autor sob comento se utiliza da noção de “anomia” para
indicar como o desvio é um produto da própria estrutura social, absolutamente
normal, na medida em que esta própria estrutura acaba compelindo o indivíduo à
conduta desviante.
8-mai-17 Sociologia do Crime 3
 Conformidade: prosseguir objectivos culturais através de meios
socialmente aprovados.
 Inovação: usando meios socialmente não aprovados ou não
convencionais para obter metas culturalmente aprovadas.
 Ritualismo: usar os mesmos meios socialmente aprovados para
alcançar metas menos elusivas (mais modestas e humildes).
 Retraimento: rejeitar os objectivos culturais e os meios para obtê-
lo e encontrar uma maneira de escapar dele.
 Rebelião: rejeitar as metas e os meios culturais, então trabalhar
para substituí-los.
8-mai-17 Sociologia do Crime 4
1. Função (função manifesta, função latente);
2. Cultura (valores e normas);
3. Instituições Sociais (sistema de educação, justiça criminal,
sistema económico);
4. Desvio (violação estabelecidas em contextos culturais,
sociais e legais);
5. Crime (resultado de uma disjunção entre a cultura
norte-americana de valorização do sucesso e da
riqueza material).
8-mai-17 Sociologia do Crime 5
 A maior crítica que se faz à doutrina de Merton é a de
que ela somente explica a criminalidade das classes
sociais mais baixas.
 A teoria da anomia ainda é insuficiente para explicar
exactamente quem comete o crime. Nem todas as
pessoas que não têm oportunidades legítimas recorrem
ao crime para fazê-lo.
 A teoria da anomia não explica com clareza aqueles
indivíduos que fazem o crime por prazer ou por
desordem mental. Ela fundamentada no determinismo
económico. Ex: os psicopatas, crimes cibernéticos.
8-mai-17 Sociologia do Crime 6
Na perspectiva de Merton os funcionalistas definem a
anomia como fenómeno social normal presente no convívio
social humano desde sempre.
Merton afirma que o crime é o resultado de uma disjunção
entre a cultura ocidental (norte-americana) de valorização
do sucesso e da riqueza material e os meios legítimos
disponíveis para alcançá-los.
Assim, a Teoria da Anomia é bastante útil para a
compreensão dos movimentos mais gerais de depreciação
das leis e da autoridade do Estado e, por conseguinte, para
a identificação das tendências mais gerais da criminalidade.
8-mai-17 Sociologia do Crime 7

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Perspectiva Funcionalista do Crime em Robert Merton

  • 1. 8-mai-17 Sociologia do Crime 1 ROBERT KING MERTON
  • 2. Robert King Merton é um sociólogo norte-americano, nascido na Filadélfia em 5 de Julho de 1910, e morreu em Nova York em 23 de Fevereiro de 2003. Merton é um estrutural funcionalista, foi presidente da associação americana de sociólogos em 1957. Ganhou o mérito de estabelecer os fundamentos de uma teoria geral da anomia, que foi posteriormente revisto e transformado pelo autor em sua obra clássica Teoria e Estrutura Sociais. Também foi considerado o pai fundador da sociologia moderna. Pai da teoria de funções manifestas e latentes, e autor de obras como a análise estrutural em sociologia (1975), Merton é um dos clássicos da escola americana desta disciplina. Também importante foi o seu trabalho no campo da sociologia da ciência. Muitas frases cunhadas por ele hoje são utilizados diariamente, dentro e fora sociologia. 8-mai-17 Sociologia do Crime 2
  • 3.  Funcionalismo: define que a sociedade é um sistema complexo onde as partes trabalham juntos para promover a estabilidade da sociedade. Merton defendia que a sociedade é um organismo com varias partes, e cada parte desempenha uma função.  Função Manifesta: são acções intencionais ou obvias.  Função Latente: são acções não intencionais ou inconsciente, e suas consequências são as mesmas da função manifesta.  Disfunção: que também podem ser manifestas ou latentes, correspondem a toda accão não reconhecida pela coletividade e que tal comportamento tenha um efeito negativo na sociedade.  Teoria da Anomia: o autor sob comento se utiliza da noção de “anomia” para indicar como o desvio é um produto da própria estrutura social, absolutamente normal, na medida em que esta própria estrutura acaba compelindo o indivíduo à conduta desviante. 8-mai-17 Sociologia do Crime 3
  • 4.  Conformidade: prosseguir objectivos culturais através de meios socialmente aprovados.  Inovação: usando meios socialmente não aprovados ou não convencionais para obter metas culturalmente aprovadas.  Ritualismo: usar os mesmos meios socialmente aprovados para alcançar metas menos elusivas (mais modestas e humildes).  Retraimento: rejeitar os objectivos culturais e os meios para obtê- lo e encontrar uma maneira de escapar dele.  Rebelião: rejeitar as metas e os meios culturais, então trabalhar para substituí-los. 8-mai-17 Sociologia do Crime 4
  • 5. 1. Função (função manifesta, função latente); 2. Cultura (valores e normas); 3. Instituições Sociais (sistema de educação, justiça criminal, sistema económico); 4. Desvio (violação estabelecidas em contextos culturais, sociais e legais); 5. Crime (resultado de uma disjunção entre a cultura norte-americana de valorização do sucesso e da riqueza material). 8-mai-17 Sociologia do Crime 5
  • 6.  A maior crítica que se faz à doutrina de Merton é a de que ela somente explica a criminalidade das classes sociais mais baixas.  A teoria da anomia ainda é insuficiente para explicar exactamente quem comete o crime. Nem todas as pessoas que não têm oportunidades legítimas recorrem ao crime para fazê-lo.  A teoria da anomia não explica com clareza aqueles indivíduos que fazem o crime por prazer ou por desordem mental. Ela fundamentada no determinismo económico. Ex: os psicopatas, crimes cibernéticos. 8-mai-17 Sociologia do Crime 6
  • 7. Na perspectiva de Merton os funcionalistas definem a anomia como fenómeno social normal presente no convívio social humano desde sempre. Merton afirma que o crime é o resultado de uma disjunção entre a cultura ocidental (norte-americana) de valorização do sucesso e da riqueza material e os meios legítimos disponíveis para alcançá-los. Assim, a Teoria da Anomia é bastante útil para a compreensão dos movimentos mais gerais de depreciação das leis e da autoridade do Estado e, por conseguinte, para a identificação das tendências mais gerais da criminalidade. 8-mai-17 Sociologia do Crime 7