Robinson Shiba fundou o China in Box em 1992 após ter a ideia de trazer o modelo de entrega de comida chinesa em caixas que viu nos Estados Unidos. Ele teve dificuldades iniciais, mas expandiu rapidamente adotando o modelo de franquias. Posteriormente, precisou reestruturar os processos para acompanhar o crescimento acelerado. Atualmente, seu grupo Trend Foods opera diversas redes de alimentação.
Robinson Shiba - Do consultório para o China In Box
1. ROBINSON SHIBA
DO CONSULTÓRIO PARA CHINA IN BOX
HANTER DUARTE - BACHAREL EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO FATEC-PE
DISCIPLINA: ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL E EMPREENDEDORISMO
4º PERÍODO – PROF: HUGO ALBUQUERQUE
2. QUEM É ROBINSON SHIBA?
Robinson Shiba, paranaense, 49 anos, fundador do China in Box . Há 26 anos, Shiba
largou os consultórios para abrir um tele entrega de comida chinesa inspirado nos
restaurantes que conheceu numa temporada nos Estados Unidos. Hoje ele é dono da
Trend Foods, que faturou 209 milhões de reais no ano de 2010 vendendo comida
oriental e italiana.
Nascido em Maringá, no interior do Paraná. Filho de um dentista e de uma dona de
casa, cursou odontologia, como o pai, mas acabou se tornando empreendedor, como o
avô.
“Quando eu tinha 3 anos, nos mudamos para São Paulo, onde meu avô materno
queria que meu pai fosse seu sócio numa loja de material de construção. Meu pai
havia aberto um consultório e se dividia entre o comércio e os pacientes.
Inspirado nele, decidi entrar na faculdade de odontologia com a ideia de ganhar
dinheiro para investir num negócio próprio.” (Robinson Shiba, Exame.com)
3. A IDEIA DO NEGÓCIO
• Em 1989, faltando dois semestres para concluir o curso de odontologia, Shiba,
aproveitou as férias da faculdade para passar dois meses nos Estados Unidos
estudando inglês. Ao chegar lá, procurou emprego para ter seu próprio dinheiro.
Como entregador de pizza ou ajudante de cozinha, podia ganhar o suficiente para se
manter o tempo que quisesse. Trancou a faculdade e ficou mais de um ano no
exterior.
• Durante essa temporada, foi contratado para lavar louça num restaurante chinês e
percebeu que boa parte dos clientes pedia que a refeição fosse entregue em casa,
naquelas caixinhas de papelão que no Brasil só conhecia de ver nos filmes.
“Achei que poderia ser uma boa ideia abrir um negócio parecido em São Paulo.
Naquele tempo, quem quisesse pedir comida em domicílio tinha poucas opções,
como pizzas e sanduíches. Voltei a São Paulo decidido a abrir um tele entrega de
comida chinesa em caixas de papel, como conhecera nos Estados Unidos. Pedi a
meu pai um empréstimo para começar o negócio. Ele impôs uma condição,
primeiro, eu deveria terminar a faculdade. Como só faltava um ano, concordei.”
(Robinson Shiba, Exame.com)
4. PONDO O PROJETO EM PRÁTICA
• Os Planos de Shiba naufragaram pouco depois de se formar, quando o governo
bloqueou as contas bancárias durante o Plano Collor, num dos muitos pacotes
econômicos dos anos 90. Seu pai não pôde sacar o dinheiro que prometera
emprestar. O máximo que ele conseguiu fazer foi ajuda-lo a abrir um consultório de
dentista. Ser dentista não era um mau negócio. Um ano depois de formado, ele já
tinha três consultórios. De vez em quando, lembrava dos planos de vender comida
chinesa, mas não tomava nenhuma atitude. Só decidiu levar o projeto adiante
quando viu que estavam surgindo redes de fast food chinês nas praças de
alimentação dos shopping centers.
“Concluí que era questão de tempo até que alguém também tivesse a ideia de
abrir um tele entrega. Convenci meu pai a vender um apartamento para investir
no novo negócio. Também vendi dois dos meus consultórios.” (Robinson Shiba,
Exame.com)
5. INICIO DA HISTÓRIA DE SUCESSO
• A primeira China in Box foi aberta em São Paulo em outubro de 1992. No começo, ele
mesmo distribuía panfletos nos prédios da vizinhança. Andou por todas as ruas num
raio de 7 quilômetros do restaurante. Deixava um maço de folhetos com os porteiros,
a quem oferecia vales yakissoba para que ajudassem na divulgação. Em dois anos, a
marca já tinha seis lojas. Alguns clientes começaram a perguntar se vendíamos
franquias. Shiba decidiu se informar melhor sobre o assunto começou a ouvir
histórias de outras redes de fast food que estavam crescendo rapidamente graças às
franquias e contratou um consultor para ajuda-lo a entender como funcionava esse
modelo de negócios. Menos de dois anos depois de adotar o modelo de franquias a
marca já possuía 60 lojas franqueadas.
“Eu cuidava de quase tudo sozinho escolhia os franqueados, os pontos de venda
e dava treinamento aos funcionários. Não percebi quanto era arriscado
administrar um negócio em rápida expansão. Costumo dizer que, se a minha
empresa fosse um carro, eu só saberia usar o acelerador.” (Robinson Shiba,
Exame.com)
6. PERÍODO DE EXPANSÃO
• Nessa época, as deficiências do negócio eram mascaradas pelo crescimento. Até que,
em 1998, os problemas começaram a aparecer. Shiba começou a perder o controle
dos custos, passou a ter dificuldade para saber quais pratos eram rentáveis e quais
davam prejuízo. Cada franqueado agia da maneira que achava melhor, e a rede
começou a perder padrão. Era o caos, foi preciso frear o crescimento e arrumar a
casa. Foram necessários dois anos para concluir o trabalho, contratou funcionários
experientes para ajudar na gestão e passou a se dedicar a funções mais estratégicas,
como planejar a expansão e negociar com fornecedores.
• No final dos anos 90, tentou internacionalizar o China in Box, abrindo unidades na
Argentina e no México. Apesar de ter ótimos planos esqueceu de perguntar se os
argentinos e os mexicanos gostavam de comida chinesa. Como os resultados não
apareceram, agiu rapidamente para encerrar a operação na Argentina. Em
compensação, foi bem- sucedido quando criou o Brevità, um tele entrega de comida
italiana que funciona dentro de algumas unidades China in Box para aproveitar a
ociosidade na cozinha e dos entregadores.
7. ESPIRITO EMPREENDEDOR
• Como inúmeros empreendedores, Shiba foi impulsivo em aproveitar qualquer
oportunidade que surgisse. Exemplo disso é que, dois meses depois de inaugurar a
China in Box, abriu com seu amigo Carlos Sadaki uma loja de produtos japoneses
num shopping paulista. Para aproveitar o espaço, montou um balcão de sushi, que
em pouco tempo se tornou a principal fonte de receitas. Meses depois, transformou a
loja num fast food de comida japonesa, que cresceu como uma rede independente, a
Gendai. Durante boa parte do tempo, foi apenas um investidor, sem maior
envolvimento na gestão. Em 2008, Sadaki e Shiba decidiram juntar a China in Box e a
Gendai numa empresa só, e criaram a Trend Foods. Hoje, o grupo tem mais de 200
unidades com as marcas Gendai, China in Box, Brevità e Owan, um fast food de
comida asiática.
“No período mais difícil, aprendi que um empreendedor não pode ser cabeça
dura a ponto de não voltar atrás quando suas ideias dão errado.” (Robinson
Shiba, Exame.com)
8. CONCLUSÃO
• Robinson Shiba é exemplo de empreendedor bem
sucedido, percebeu uma oportunidade e trouxe a ideia
para o Brasil. Na época havia o senso comum de que
comida oriental não tinha um aspecto saudável, com fama
de restaurantes e cozinhas sujas e alimentos de má
qualidade. Para evitar esse olhar, desde sua primeira
unidade o China in Box adota um design em suas lojas que
deixam suas cozinhas visíveis para que os clientes possam
observar a preparação dos alimentos e a limpeza. Há ainda
o cuidado com o cardápio, com informações e fotos
atrativas. O diferencial do China in Box foi o que o destacou
dos outros restaurantes chineses em São Paulo. Além de
ter se especializado apenas no serviço de entrega em
domicílio (Delivery), trouxe dos Estados Unidos a
embalagem de box de papel, ao invés de utilizar as
marmitas.
Robinson Shiba, Fundador do China in Box
9. BIBLIOGRAFIA
• O TEXTO FOI RETIRADO DE UMA ENTREVISTA QUE ROBINSON SHIBA CONCEDEU
A EXAME.COM EM 2011 CONTANDO SUA HISTÓRIA.
• http://exame.abril.com.br/pme/do-consultorio-para-a-cozinha/