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Manual de engenharia No. 17
Atualização: 06/2020
1
Análise da capacidade de suporte vertical e assentamento de um
grupo de estacas
Programa: Grupo de Estacas
Arquivo: Demo_manual_17.gsp
O objetivo deste manual de engenharia é explicar as aplicações do programa GEO5 Grupo de
Estacas.
Introdução
As análises do programa Grupo de Estacas podem ser divididas em dois grupos:
− Método de mola
− Soluções analíticas
O método de mola calcula a deformação de toda a fundação por estacas e determina as forças
internas ao longo de cada estaca. O carregamento é definido como uma combinação ativa geral de
yxzyx HHMMMN ,,,,, . Os principais resultados obtidos através do método de mola são a rotação
e o deslocamento da placa rígida de capeamento de estacas e a armadura para cada estaca. O
método de mola está explicado no capítulo seguinte (18. Análise da deformação e dimensionamento
de um grupo de estacas).
A solução analítica é utilizada para analisar a capacidade de suporte vertical de um grupo de
estacas carregado apenas por uma força normal. O resultado da análise consiste na capacidade de
suporte vertical da fundação por estacas e no assentamento médio das estacas.
A solução analítica está subdividida de acordo com o tipo de solo:
− para solos coesivos
− para solos não coesivos
Considera-se que a capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas num solo coesivo está
em condições não drenadas. É determinada como a capacidade de suporte de uma porção de terra
em forma de prisma, que envolve o grupo de estacas, de acordo com FHWA. Apenas a coesão total
do solo (resistência ao corte não drenada) uc é definida para realizar esta análise.
2
O assentamento de um grupo de estacas em solo coesivo (em condições não drenadas) baseia-se
na análise de assentamento de uma fundação fictícia (conhecida como assentamento por
consolidação de um grupo de estacas ou método 2:1).
A análise do assentamento deste grupo de estacas considera a influência da profundidade da
fundação e a espessura da zona de deformação, de acordo com a metodologia para avaliar o
assentamento de fundações. Na República Checa e Eslováquia, é possível aplicar o procedimento de
acordo com a Norma CSN 73 1001 – Ground under spread foundations para a análise de
assentamento do grupo de estacas.
A avaliação de um grupo de estacas em solo não coesivo baseia-se em metodologias semelhantes
às utilizadas para a análise de estacas isoladas em solos não coesivos (conforme descrito no capítulo
13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada). Apenas é necessário adicionar
a eficiência do grupo de estacas, que reduz a capacidade de suporte vertical total da fundação por
estacas.
A curva de carregamento de um grupo de estacas em solo não coesivo é obtida da mesma forma
que a curva para uma estaca isolada (exemplificado no capítulo 14. Análise de assentamento de uma
estaca isolada), segundo o Prof. H. G. Poulos, com a exceção do assentamento total do grupo de
estacas, que é aumentado pelo fator de assentamento do grupo fg , o que permite considerar o
efeito individual das estacas do grupo. A extensão destes parâmetros depende do arranjo
geométrico do grupo de estacas.
3
Definição do problema
A definição geral do problema é descrita em um dos capítulos anteriores (12. Fundações por
estacas – introdução). Calcule a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas de acordo com a
Norma EN 1997-1 (DA 2), no seguimento do problema 13. Análise da capacidade de suporte vertical
de uma estaca isolada. O carregamento resultante, que compreende xy HMN ,, , atua no centro da
superfície superior da placa de capeamento das estacas.
Esboço do problema – grupo de estacas
Resolução
Para analisar este problema, vamos utilizar o programa GEO5 Grupo de Estacas. Para simplificar o
problema e acelerar a configuração dos parâmetros gerais do problema (geometria, solo, atribuição
de solos e perfil geológico), vamos utilizar a opção de importar dados a partir do problema 13.
Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada.
Nesta análise, vamos avaliar o grupo de estacas através dos métodos de cálculo analíticos
(NAVFAC DM 7.2, TENSÃO EFETIVA e CSN 73 1002), de forma idêntica ao realizado para a análise de
uma estaca isolada. Vamos focar-nos em outros parâmetros que afetam os resultados globais.
4
Definições específicas
Na janela “Configurações”, abrimos a “Lista de configurações” e selecionamos a opção “Norma –
EN 1997 – DA2”. Vamos manter o sistema de cálculo de “solução analítica”. Neste caso particular,
vamos considerar o tipo de solo como solo não coesivo porque vamos realizar a análise das estacas
para condições drenadas.
Caixa de diálogo “Lista de configurações”
Janela “Configurações”
Vamos importar os dados, de modo a evitar a introdução de todos os dados novamente. Para
importar os dados, é necessário começar por abrir o ficheiro relativo ao Manual No. 13. Análise da
capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada no programa GEO5 Estaca. Na barra de
ferramentas superior, clique no botão “Editar” e escolha a opção “Copiar dados”.
Programa “Estaca”
5
De seguida, no programa GEO5 Grupo de Estacas, vamos voltar a clicar em “Editar” na barra de
ferramentas superior e escolher a opção “Colar dados”. Desta forma, os dados necessários para a
análise serão transferidos e uma grande parte do trabalho de introdução de dados ficará completa.
Programa “Grupo de Estacas”
Na caixa de diálogo, vamos selecionar a transferência de todos os dados, à exceção das
“Configurações”, “Carga – LC” e “Nível Freático + Subsolo”.
Caixa de diálogo “Dados a transferir”
6
Agora, passamos à janela “Estrutura”. Vamos definir as dimensões em planta da laje de fundo
(placa de capeamento das estacas), o número de estacas pertencentes ao grupo, o diâmetro das
estacas e o espaçamento entre estacas (na direção x ou y ). Vamos definir a largura da placa de
capeamento como 6.50 m e inserir o número de estacas como 2, tanto na direção x como na direção
y.
Janela “Estrutura”
Seguidamente, na janela “Geometria”, é necessário definir a profundidade do nível freático, o
deslocamento da cabeça das estacas, a espessura da placa de capeamento e o comprimento das
estacas do grupo. Todas as estacas do grupo têm igual diâmetro e comprimento.
Janela “Geometria”
7
Na janela “Material”, vamos definir o peso volúmico da estrutura como 3
0.23 mkN= .
Janela “Material”
Seguidamente, vamos definir o carregamento. A capacidade de suporte vertical do grupo de
estacas é analisada para a carga de projeto, enquanto que a carga de serviço é utilizada para a
análise de assentamento. Clique no botão “Adicionar” e adicione uma nova carga de
dimensionamento e uma nova carga de serviço, conforme mostram as imagens abaixo.
Caixa de diálogo “Nova carga” – Carga de projeto (análise)
8
Caixa de diálogo “Nova carga” – Carga de serviço (imposta)
Vamos realizar a análise do grupo de estacas na janela “Capacidade vertical”. Para verificar a
condição de equilíbrio, o valor de gR deve ser superior ao valor da carga de projeto dV atuante
(mais detalhes na Ajuda – F1). Para o método de análise NAVFAC DM 7.2 e eficiência do grupo de
estacas La Barré (CSN 73 1002), de acordo com as configurações iniciais da análise, os resultados
para a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas são os seguintes:
− La Barré (CSN 73 1002): 84.0=g .
kNVkNR dg 86.699190.7491 == SATISFAZ
Janela “Capacidade vertical”
9
Nota: A capacidade de suporte vertical obtida para o grupo de estacas em solo não coesivo deve
ser reduzida, uma vez que as estacas se afetam estaticamente entre si. A análise do programa
contém vários métodos para determinar a eficiência do grupo de estacas g . Este parâmetro
adimensional (normalmente dentro do intervalo 0.5 a 1.0) reduz a capacidade de suporte vertical do
grupo de estacas gR , de acordo com:
− o número de estacas do grupo yx nn , ;
− o espaçamento ao centro entre estacas do grupo yx ss , ;
− o diâmetro das estacas do grupo d .
A eficiência do grupo de estacas g depende apenas da geometria definida para o grupo de
estacas. O método de análise selecionado não tem influência.
É possível verificar as variações da capacidade de suporte vertical tendo em conta a utilização de
outros métodos de determinação da eficiência do grupo de estacas g . Regressando à janela
“Configurações”, clique no botão “Editar”, na parte central do ecrã, e selecione as alternativas
restantes, “UFC 3-220-01A” e “Seiler-Keeney”, na secção “Grupo de estacas”.
Caixa de diálogo “Editar configurações atuais”
Para os restantes métodos de análise, o procedimento é análogo ao utilizado para resolver o
problema do Manual No. 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada. No
caso do método da tensão efetiva, vamos definir o coeficiente de capacidade de suporte Np como 30.
10
Os resultados da análise da capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas em solo não
coesivo (condições drenadas), com base no método utilizado para determinar a eficiência do grupo
de estacas g são apresentados na tabela seguinte:
− La Barré (CSN 73 1002): 84.0=g
− UFC 3-220-01A: 80.0=g
− Seiler-Keeney: 99.0=g
EN 1997-1, DA2
(solo não coesivo)
Método de análise
Eficiência do
grupo de
estacas
 −g
Capacidade de
suporte de cada
estaca
 kNRc
Capacidade de
suporte do grupo de
estacas
 kNRg
NAVFAC DM 7.2
0.84
2219.06
7491.90
0.80 7100.98
0.99 8829.18
TENSÃO EFETIVA
0.84
6172.80
20 840.41
0.80 19 572.96
0.99 24 560.34
CSN 73 1002
0.84
5776.18
19 501.36
0.80 18 483.79
0.99 22 982.28
Sumário de resultados – Capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas em condições
drenadas
Conclusão (capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas)
A capacidade de suporte vertical obtida para o grupo de estacas gR em solo não coesivo deve ser
reduzida (através da eficiência do grupo de estacas g ) porque as estacas afetam-se estaticamente
entre si. Geralmente, o efeito que as estacas têm entre si aumenta com a diminuição do
espaçamento entre estacas.
O projetista deve sempre considerar se a análise da capacidade de suporte vertical do grupo de
estacas deve ser realizada para condições drenadas ou não drenadas. O tipo de análise respetivo
difere significativamente.
11
Análise de assentamento do grupo de estacas
A análise de assentamento do grupo de estacas é idêntica à aplicada para uma estaca isolada,
sendo que o assentamento obtido é posteriormente multiplicado pelo fator de assentamento do
grupo fg .
Nota: O valor do fator de assentamento do grupo fg depende da geometria do grupo de estacas,
isto é, do diâmetro das estacas e da largura da placa de capeamento das estacas.
Vamos analisar o assentamento de um grupo de estacas segundo a teoria de Poulos. Vamos
utilizar os valores do módulo Es do Manual No. 14 Análise do assentamento de uma estaca isolada
(17 MPa para a 1ª camada, 24 MPa para a 2ª camada). O assentamento máximo considerado é de 50
mm.
Janela “Assentamento” – método NAVFAC DM 7.2
Os resultados da análise são apresentados na tabela seguinte:
Método de análise da
capacidade de suporte
vertical do grupo de
estacas
Carga no início da
mobilização do atrito
superficial  kNRyu
Assentamento do grupo de
estacas  mms para uma força
kNV 4000=
NAVFAC DM 7.2 3184.47 34.8
TENSÃO EFETIVA 7274.43 15.3
CSN 73 1002 8057.77 15.3
Sumário de resultados – Assentamento do grupo de estacas segundo Poulos
12
Conclusão (assentamento do grupo de estacas):
A partir dos resultados da análise é possível verificar que a capacidade de suporte vertical do
grupo de estacas difere, tendo em conta o assentamento. A análise de assentamento do grupo de
estacas em solo não coesivo (condições drenadas) baseia-se na teoria de assentamento linear, para a
qual os dados base a introduzir são os valores do atrito superficial sR e da resistência na base da
estaca bR .
Contrariamente, o assentamento do grupo de estacas em solo coesivo (condições não drenadas),
baseia-se na análise de uma fundação fictícia. Este método é conhecido como o assentamento por
consolidação de um grupo de estacas ou método 2:1. Para este grupo de estacas, a análise de
assentamento considera o efeito da profundidade da fundação medida a partir da superfície do
terreno e a profundidade da zona de deformação, de acordo com a metodologia para analisar
assentamentos em fundações.
Os dois métodos de análise variam significativamente e dão origem a resultados completamente
diferentes. Os autores dos programas GEO5 recomendam que a capacidade de suporte vertical e o
assentamento de grupos de estacas sejam calculados de acordo com a prática local.

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Análise da capacidade de suporte vertical e assentamento de um grupo de estacas em solo não coesivo

  • 1. Manual de engenharia No. 17 Atualização: 06/2020 1 Análise da capacidade de suporte vertical e assentamento de um grupo de estacas Programa: Grupo de Estacas Arquivo: Demo_manual_17.gsp O objetivo deste manual de engenharia é explicar as aplicações do programa GEO5 Grupo de Estacas. Introdução As análises do programa Grupo de Estacas podem ser divididas em dois grupos: − Método de mola − Soluções analíticas O método de mola calcula a deformação de toda a fundação por estacas e determina as forças internas ao longo de cada estaca. O carregamento é definido como uma combinação ativa geral de yxzyx HHMMMN ,,,,, . Os principais resultados obtidos através do método de mola são a rotação e o deslocamento da placa rígida de capeamento de estacas e a armadura para cada estaca. O método de mola está explicado no capítulo seguinte (18. Análise da deformação e dimensionamento de um grupo de estacas). A solução analítica é utilizada para analisar a capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas carregado apenas por uma força normal. O resultado da análise consiste na capacidade de suporte vertical da fundação por estacas e no assentamento médio das estacas. A solução analítica está subdividida de acordo com o tipo de solo: − para solos coesivos − para solos não coesivos Considera-se que a capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas num solo coesivo está em condições não drenadas. É determinada como a capacidade de suporte de uma porção de terra em forma de prisma, que envolve o grupo de estacas, de acordo com FHWA. Apenas a coesão total do solo (resistência ao corte não drenada) uc é definida para realizar esta análise.
  • 2. 2 O assentamento de um grupo de estacas em solo coesivo (em condições não drenadas) baseia-se na análise de assentamento de uma fundação fictícia (conhecida como assentamento por consolidação de um grupo de estacas ou método 2:1). A análise do assentamento deste grupo de estacas considera a influência da profundidade da fundação e a espessura da zona de deformação, de acordo com a metodologia para avaliar o assentamento de fundações. Na República Checa e Eslováquia, é possível aplicar o procedimento de acordo com a Norma CSN 73 1001 – Ground under spread foundations para a análise de assentamento do grupo de estacas. A avaliação de um grupo de estacas em solo não coesivo baseia-se em metodologias semelhantes às utilizadas para a análise de estacas isoladas em solos não coesivos (conforme descrito no capítulo 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada). Apenas é necessário adicionar a eficiência do grupo de estacas, que reduz a capacidade de suporte vertical total da fundação por estacas. A curva de carregamento de um grupo de estacas em solo não coesivo é obtida da mesma forma que a curva para uma estaca isolada (exemplificado no capítulo 14. Análise de assentamento de uma estaca isolada), segundo o Prof. H. G. Poulos, com a exceção do assentamento total do grupo de estacas, que é aumentado pelo fator de assentamento do grupo fg , o que permite considerar o efeito individual das estacas do grupo. A extensão destes parâmetros depende do arranjo geométrico do grupo de estacas.
  • 3. 3 Definição do problema A definição geral do problema é descrita em um dos capítulos anteriores (12. Fundações por estacas – introdução). Calcule a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas de acordo com a Norma EN 1997-1 (DA 2), no seguimento do problema 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada. O carregamento resultante, que compreende xy HMN ,, , atua no centro da superfície superior da placa de capeamento das estacas. Esboço do problema – grupo de estacas Resolução Para analisar este problema, vamos utilizar o programa GEO5 Grupo de Estacas. Para simplificar o problema e acelerar a configuração dos parâmetros gerais do problema (geometria, solo, atribuição de solos e perfil geológico), vamos utilizar a opção de importar dados a partir do problema 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada. Nesta análise, vamos avaliar o grupo de estacas através dos métodos de cálculo analíticos (NAVFAC DM 7.2, TENSÃO EFETIVA e CSN 73 1002), de forma idêntica ao realizado para a análise de uma estaca isolada. Vamos focar-nos em outros parâmetros que afetam os resultados globais.
  • 4. 4 Definições específicas Na janela “Configurações”, abrimos a “Lista de configurações” e selecionamos a opção “Norma – EN 1997 – DA2”. Vamos manter o sistema de cálculo de “solução analítica”. Neste caso particular, vamos considerar o tipo de solo como solo não coesivo porque vamos realizar a análise das estacas para condições drenadas. Caixa de diálogo “Lista de configurações” Janela “Configurações” Vamos importar os dados, de modo a evitar a introdução de todos os dados novamente. Para importar os dados, é necessário começar por abrir o ficheiro relativo ao Manual No. 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada no programa GEO5 Estaca. Na barra de ferramentas superior, clique no botão “Editar” e escolha a opção “Copiar dados”. Programa “Estaca”
  • 5. 5 De seguida, no programa GEO5 Grupo de Estacas, vamos voltar a clicar em “Editar” na barra de ferramentas superior e escolher a opção “Colar dados”. Desta forma, os dados necessários para a análise serão transferidos e uma grande parte do trabalho de introdução de dados ficará completa. Programa “Grupo de Estacas” Na caixa de diálogo, vamos selecionar a transferência de todos os dados, à exceção das “Configurações”, “Carga – LC” e “Nível Freático + Subsolo”. Caixa de diálogo “Dados a transferir”
  • 6. 6 Agora, passamos à janela “Estrutura”. Vamos definir as dimensões em planta da laje de fundo (placa de capeamento das estacas), o número de estacas pertencentes ao grupo, o diâmetro das estacas e o espaçamento entre estacas (na direção x ou y ). Vamos definir a largura da placa de capeamento como 6.50 m e inserir o número de estacas como 2, tanto na direção x como na direção y. Janela “Estrutura” Seguidamente, na janela “Geometria”, é necessário definir a profundidade do nível freático, o deslocamento da cabeça das estacas, a espessura da placa de capeamento e o comprimento das estacas do grupo. Todas as estacas do grupo têm igual diâmetro e comprimento. Janela “Geometria”
  • 7. 7 Na janela “Material”, vamos definir o peso volúmico da estrutura como 3 0.23 mkN= . Janela “Material” Seguidamente, vamos definir o carregamento. A capacidade de suporte vertical do grupo de estacas é analisada para a carga de projeto, enquanto que a carga de serviço é utilizada para a análise de assentamento. Clique no botão “Adicionar” e adicione uma nova carga de dimensionamento e uma nova carga de serviço, conforme mostram as imagens abaixo. Caixa de diálogo “Nova carga” – Carga de projeto (análise)
  • 8. 8 Caixa de diálogo “Nova carga” – Carga de serviço (imposta) Vamos realizar a análise do grupo de estacas na janela “Capacidade vertical”. Para verificar a condição de equilíbrio, o valor de gR deve ser superior ao valor da carga de projeto dV atuante (mais detalhes na Ajuda – F1). Para o método de análise NAVFAC DM 7.2 e eficiência do grupo de estacas La Barré (CSN 73 1002), de acordo com as configurações iniciais da análise, os resultados para a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas são os seguintes: − La Barré (CSN 73 1002): 84.0=g . kNVkNR dg 86.699190.7491 == SATISFAZ Janela “Capacidade vertical”
  • 9. 9 Nota: A capacidade de suporte vertical obtida para o grupo de estacas em solo não coesivo deve ser reduzida, uma vez que as estacas se afetam estaticamente entre si. A análise do programa contém vários métodos para determinar a eficiência do grupo de estacas g . Este parâmetro adimensional (normalmente dentro do intervalo 0.5 a 1.0) reduz a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas gR , de acordo com: − o número de estacas do grupo yx nn , ; − o espaçamento ao centro entre estacas do grupo yx ss , ; − o diâmetro das estacas do grupo d . A eficiência do grupo de estacas g depende apenas da geometria definida para o grupo de estacas. O método de análise selecionado não tem influência. É possível verificar as variações da capacidade de suporte vertical tendo em conta a utilização de outros métodos de determinação da eficiência do grupo de estacas g . Regressando à janela “Configurações”, clique no botão “Editar”, na parte central do ecrã, e selecione as alternativas restantes, “UFC 3-220-01A” e “Seiler-Keeney”, na secção “Grupo de estacas”. Caixa de diálogo “Editar configurações atuais” Para os restantes métodos de análise, o procedimento é análogo ao utilizado para resolver o problema do Manual No. 13. Análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada. No caso do método da tensão efetiva, vamos definir o coeficiente de capacidade de suporte Np como 30.
  • 10. 10 Os resultados da análise da capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas em solo não coesivo (condições drenadas), com base no método utilizado para determinar a eficiência do grupo de estacas g são apresentados na tabela seguinte: − La Barré (CSN 73 1002): 84.0=g − UFC 3-220-01A: 80.0=g − Seiler-Keeney: 99.0=g EN 1997-1, DA2 (solo não coesivo) Método de análise Eficiência do grupo de estacas  −g Capacidade de suporte de cada estaca  kNRc Capacidade de suporte do grupo de estacas  kNRg NAVFAC DM 7.2 0.84 2219.06 7491.90 0.80 7100.98 0.99 8829.18 TENSÃO EFETIVA 0.84 6172.80 20 840.41 0.80 19 572.96 0.99 24 560.34 CSN 73 1002 0.84 5776.18 19 501.36 0.80 18 483.79 0.99 22 982.28 Sumário de resultados – Capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas em condições drenadas Conclusão (capacidade de suporte vertical de um grupo de estacas) A capacidade de suporte vertical obtida para o grupo de estacas gR em solo não coesivo deve ser reduzida (através da eficiência do grupo de estacas g ) porque as estacas afetam-se estaticamente entre si. Geralmente, o efeito que as estacas têm entre si aumenta com a diminuição do espaçamento entre estacas. O projetista deve sempre considerar se a análise da capacidade de suporte vertical do grupo de estacas deve ser realizada para condições drenadas ou não drenadas. O tipo de análise respetivo difere significativamente.
  • 11. 11 Análise de assentamento do grupo de estacas A análise de assentamento do grupo de estacas é idêntica à aplicada para uma estaca isolada, sendo que o assentamento obtido é posteriormente multiplicado pelo fator de assentamento do grupo fg . Nota: O valor do fator de assentamento do grupo fg depende da geometria do grupo de estacas, isto é, do diâmetro das estacas e da largura da placa de capeamento das estacas. Vamos analisar o assentamento de um grupo de estacas segundo a teoria de Poulos. Vamos utilizar os valores do módulo Es do Manual No. 14 Análise do assentamento de uma estaca isolada (17 MPa para a 1ª camada, 24 MPa para a 2ª camada). O assentamento máximo considerado é de 50 mm. Janela “Assentamento” – método NAVFAC DM 7.2 Os resultados da análise são apresentados na tabela seguinte: Método de análise da capacidade de suporte vertical do grupo de estacas Carga no início da mobilização do atrito superficial  kNRyu Assentamento do grupo de estacas  mms para uma força kNV 4000= NAVFAC DM 7.2 3184.47 34.8 TENSÃO EFETIVA 7274.43 15.3 CSN 73 1002 8057.77 15.3 Sumário de resultados – Assentamento do grupo de estacas segundo Poulos
  • 12. 12 Conclusão (assentamento do grupo de estacas): A partir dos resultados da análise é possível verificar que a capacidade de suporte vertical do grupo de estacas difere, tendo em conta o assentamento. A análise de assentamento do grupo de estacas em solo não coesivo (condições drenadas) baseia-se na teoria de assentamento linear, para a qual os dados base a introduzir são os valores do atrito superficial sR e da resistência na base da estaca bR . Contrariamente, o assentamento do grupo de estacas em solo coesivo (condições não drenadas), baseia-se na análise de uma fundação fictícia. Este método é conhecido como o assentamento por consolidação de um grupo de estacas ou método 2:1. Para este grupo de estacas, a análise de assentamento considera o efeito da profundidade da fundação medida a partir da superfície do terreno e a profundidade da zona de deformação, de acordo com a metodologia para analisar assentamentos em fundações. Os dois métodos de análise variam significativamente e dão origem a resultados completamente diferentes. Os autores dos programas GEO5 recomendam que a capacidade de suporte vertical e o assentamento de grupos de estacas sejam calculados de acordo com a prática local.