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Manual de engenharia No. 15
Atualização: 06/2020
1
Análise da capacidade de carga e do assentamento de estacas com
base em ensaios CPT
Programa: Estaca via CPT
Arquivo: Demo_manual_15.gpn
O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar o programa GEO5 Estaca via CPT.
Definição do problema
A definição geral do problema foi descrita em um dos capítulos apresentados anteriormente (12.
Fundações por estacas – Introdução). Analise a capacidade de carga e o assentamento de uma estaca
isolada ou de um grupo de estacas, de acordo com EN 1997-2.
Esboço do problema – estaca isolada analisada com base em ensaios CPT
Resolução
Para analisar este problema vamos utilizar o programa GEO5 Estaca via CPT. No texto abaixo,
vamos descrever a resolução deste problema passo-a-passo.
2
Na janela “Configurações”, utilize o botão “Selecionar configurações” (na parte central do ecrã).
Na caixa de diálogo “Lista de configurações” escolha a opção “Norma – EN 1997”. A metodologia de
dimensionamento não é importante, sendo que a análise será realizada de acordo com a Norma EN
1997-2: Geotechnical Design – Part 2: Ground investigation and testing.
Janela “Configurações”
Na primeira análise, vamos avaliar uma estaca isolada, não sendo necessário definir os
coeficientes de redução de correlação 43 ,  . Não vamos considerar a influência do atrito superficial
negativo. Nesta janela, também é possível definir o fator parcial de incerteza do modelo, que é
utilizado para reduzir a capacidade de suporte total da estaca calculada – vamos manter o valor de
origem igual a 1.0.
Nesta janela, vamos selecionar a opção “Realizar a classificação dos solos”. Esta opção assegura
que os parâmetros dos solos serão atribuídos automaticamente, para toda a tarefa, a partir dos
ensaios CPT realizados.
Nota: Os coeficientes de correlação 43 ,  e a capacidade de suporte total da estaca dependem
do número de ensaios CPT realizados. Quando existirem mais ensaios CPT, o valor dos coeficientes de
correlação é menor. Para dois ensaios de penetração estáticos, os valores dos coeficientes são
35.13 = , 27.14 = , de acordo com a Tabela A.10 - Coeficientes de Correlação para Avaliar a
Capacidade de Suporte de Estacas a partir de CPTs, presente na Norma EN 1997-1 (Parte A.3.3.3).
3
Agora, vamos passar à janela “CPT”. Aqui, vamos importar os ensaios existentes para o programa,
através dos botões “Importar” e “Adicionar”.
Janela “CPT”
Nota: Os ficheiros para importação (cpt_test1.gef, cpt_test2.gef) estão incluídos na pasta de
instalação GEO5 e estão localizados na pasta FINE, em documentos públicos.
Nota: Os ensaios CPT podem ser importados em vários formatos. No nosso exemplo, vamos
utilizar o formato Holandês GEF. Para mais informações, consulte a Ajuda do programa – clique em
F1 ou via online.
Nota: Também é possível adicionar ensaios CPT manualmente, através do botão “Adicionar CPT”.
Uma vez que é normal existir um número elevado de pontos de medição, é mais frequente utilizar a
importação de dados.
4
Após clicar no botão “OK”, os ensaios são carregados no programa e são exibidos os gráficos com
os valores medidos para a resistência de cone e para o atrito local.
Janela “CPT” – ensaios importados
Nota: Os ensaios CPT podem ser divididos em dois tipos. Os ensaios CPT normais, medem a
resistência de cone (qc) e o atrito superficial (fs). O segundo tipo é um ensaio mais detalhado
conhecido como CPTu, que também mede a pressão nos poros. Os ensaios CPTu são mais
dispendiosos e mais complexos a nível técnico. No entanto, o conhecimento da pressão nos poros (u)
é necessário para classificar os solos corretamente, com base nos resultados dos ensaios CPT. Se a
posição do nível freático for conhecida, o programa pode calcular a pressão nos poros
automaticamente. Isto está explicado no texto seguinte.
5
Selecione o ficheiro “cpt_test1” e clique no botão “Editar No. 1”. Após clicar no botão “Editar”,
abre-se a caixa de diálogo com os resultados detalhados do ensaio selecionado.
Janela “CPT” – cálculo da pressão nos poros
Nesta caixa de diálogo, clique no botão “Calcular u2”, na parte esquerda do ecrã, e defina o nível
freático pretendido à profundidade de 4.50 m.
Calculamos a pressão nos poros de ambos os ensaios desta forma.
Também é necessário introduzir o nível freático na janela “Nível freático”.
Janela “Nível freático”
6
Agora, passamos à janela “Classificação dos solos”. Selecione a classificação de acordo com
Robertson (2010). O rácio de área líquida do penetrómetro tem um valor standard de 0.75. Selecione
a opção “calcular” para calcular o peso volúmico através dos ensaios CPT. Por último, defina a
espessura mínima da camada como 0.50 m, de forma a obter uma visualização clara do perfil
geológico. Para mais informações, consulte a Ajuda do programa – clique em F1 ou via online.
Janela “Classificação dos solos”
Nota: A classificação dos solos é sempre realizada apenas para um ensaio CPT – é necessário
especificá-lo no campo correspondente.
Podemos saltar as janelas “Perfil”, “Solos” e “Atribuir” – todos os dados são preenchidos
automaticamente com base nos valores obtidos através dos ensaios CPT.
7
Na janela “Construção”, selecione a opção “estaca isolada”. De seguida, defina o valor da carga
vertical máxima atuante na estaca, conforme mostra a imagem abaixo. A carga de projeto é utilizada
para a análise da capacidade de suporte da estaca e a carga de serviço é utilizada para a análise de
assentamento.
Janela “Construção”
Na janela “Geometria”, vamos introduzir o material da estaca e a secção transversal, definir as
dimensões base, isto é, o diâmetro da estaca e o seu comprimento cravado no solo. Seguidamente,
vamos definir a técnica de execução da estaca. Neste caso, vamos considerar estacas escavadas sem
revestimento do furo ou estabilizado com lamas de escavação.
O coeficiente da capacidade de suporte da base da estaca p é calculado automaticamente.
Janela “Geometria”
8
Agora, passamos à janela “Capacidade de carga” para realizar a análise de verificação da estaca
isolada. Esta janela permite-nos visualizar os resultados obtidos.
Janela “Capacidade de carga”
O botão “Em detalhe” permite visualizar os resultados intermédios da análise da capacidade de
suporte vertical da estaca.
Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – capacidade de carga vertical
9
Nota: A análise da capacidade de suporte pode ser realizada para um ensaio em específico ou
para todos os ensaios.
A capacidade de suporte vertical de uma estaca dcR , corresponde à soma do atrito superficial
com a resistência da base da estaca (mais detalhes na Ajuda – F1). Para verificar a condição de
confiança, este valor deve ser superior ao valor da carga de projeto atuante dsF , .
− EN 1997-2: kNFkNR dsdc 0,70031,1070 ,, == SATISFAZ
De seguida, passamos à janela “Assentamento”, é possível visualizar a curva de carregamento
último da estaca e o assentamento resultante. O assentamento total da estaca é mmw d 6,15,1 = ,
para uma carga de serviço de kNFs 300= .
Janela “Assentamento” – Curva de carga última (diagrama de trabalho) de uma estaca
10
É possível visualizar os resultados detalhados através do botão “Em detalhe”.
Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – Assentamento
Grupo de estacas
Agora, vamos realizar a análise de um grupo de estacas com uma grelha rígida. Na janela
“Configurações”, selecione a opção “Reduzir coeficientes 43 ,  (estrutura rígida)“.
Janela “Configurações”
11
De seguida, passe para a janela “Construção”, onde vamos definir os parâmetros necessários para
a análise de um grupo de estacas. Vamos considerar a fundação por estacas (placa de capeamento e
estacas) como uma estrutura rígida, para a qual se assume que todas as estacas sofrem igual
assentamento. Definimos o número de estacas como 4.
Janela “Construção”
As restantes janelas não sofrem alterações.
Agora, volte à janela “Capacidade de carga”, para visualizar os resultados da análise.
Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – Capacidade de carga vertical
12
− EN 1997-2: kNFkNR dsdc 0.280037.4709 ,, == SATISFAZ
Conclusão
A análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada e de um grupo de estacas é
satisfatória. A principal vantagem da análise realizada com base nos resultados de ensaios CPT é a
rapidez e clareza. Esta metodologia está definida de acordo com a Norma EN 1997-2: Geotechnical
Design – Parte 2: Ground investigation and testing, sendo que a definição de parâmetros de
resistência, que por vezes se podem revelar ambíguos, não é necessária.

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Análise de estacas via CPT no GEO5

  • 1. Manual de engenharia No. 15 Atualização: 06/2020 1 Análise da capacidade de carga e do assentamento de estacas com base em ensaios CPT Programa: Estaca via CPT Arquivo: Demo_manual_15.gpn O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar o programa GEO5 Estaca via CPT. Definição do problema A definição geral do problema foi descrita em um dos capítulos apresentados anteriormente (12. Fundações por estacas – Introdução). Analise a capacidade de carga e o assentamento de uma estaca isolada ou de um grupo de estacas, de acordo com EN 1997-2. Esboço do problema – estaca isolada analisada com base em ensaios CPT Resolução Para analisar este problema vamos utilizar o programa GEO5 Estaca via CPT. No texto abaixo, vamos descrever a resolução deste problema passo-a-passo.
  • 2. 2 Na janela “Configurações”, utilize o botão “Selecionar configurações” (na parte central do ecrã). Na caixa de diálogo “Lista de configurações” escolha a opção “Norma – EN 1997”. A metodologia de dimensionamento não é importante, sendo que a análise será realizada de acordo com a Norma EN 1997-2: Geotechnical Design – Part 2: Ground investigation and testing. Janela “Configurações” Na primeira análise, vamos avaliar uma estaca isolada, não sendo necessário definir os coeficientes de redução de correlação 43 ,  . Não vamos considerar a influência do atrito superficial negativo. Nesta janela, também é possível definir o fator parcial de incerteza do modelo, que é utilizado para reduzir a capacidade de suporte total da estaca calculada – vamos manter o valor de origem igual a 1.0. Nesta janela, vamos selecionar a opção “Realizar a classificação dos solos”. Esta opção assegura que os parâmetros dos solos serão atribuídos automaticamente, para toda a tarefa, a partir dos ensaios CPT realizados. Nota: Os coeficientes de correlação 43 ,  e a capacidade de suporte total da estaca dependem do número de ensaios CPT realizados. Quando existirem mais ensaios CPT, o valor dos coeficientes de correlação é menor. Para dois ensaios de penetração estáticos, os valores dos coeficientes são 35.13 = , 27.14 = , de acordo com a Tabela A.10 - Coeficientes de Correlação para Avaliar a Capacidade de Suporte de Estacas a partir de CPTs, presente na Norma EN 1997-1 (Parte A.3.3.3).
  • 3. 3 Agora, vamos passar à janela “CPT”. Aqui, vamos importar os ensaios existentes para o programa, através dos botões “Importar” e “Adicionar”. Janela “CPT” Nota: Os ficheiros para importação (cpt_test1.gef, cpt_test2.gef) estão incluídos na pasta de instalação GEO5 e estão localizados na pasta FINE, em documentos públicos. Nota: Os ensaios CPT podem ser importados em vários formatos. No nosso exemplo, vamos utilizar o formato Holandês GEF. Para mais informações, consulte a Ajuda do programa – clique em F1 ou via online. Nota: Também é possível adicionar ensaios CPT manualmente, através do botão “Adicionar CPT”. Uma vez que é normal existir um número elevado de pontos de medição, é mais frequente utilizar a importação de dados.
  • 4. 4 Após clicar no botão “OK”, os ensaios são carregados no programa e são exibidos os gráficos com os valores medidos para a resistência de cone e para o atrito local. Janela “CPT” – ensaios importados Nota: Os ensaios CPT podem ser divididos em dois tipos. Os ensaios CPT normais, medem a resistência de cone (qc) e o atrito superficial (fs). O segundo tipo é um ensaio mais detalhado conhecido como CPTu, que também mede a pressão nos poros. Os ensaios CPTu são mais dispendiosos e mais complexos a nível técnico. No entanto, o conhecimento da pressão nos poros (u) é necessário para classificar os solos corretamente, com base nos resultados dos ensaios CPT. Se a posição do nível freático for conhecida, o programa pode calcular a pressão nos poros automaticamente. Isto está explicado no texto seguinte.
  • 5. 5 Selecione o ficheiro “cpt_test1” e clique no botão “Editar No. 1”. Após clicar no botão “Editar”, abre-se a caixa de diálogo com os resultados detalhados do ensaio selecionado. Janela “CPT” – cálculo da pressão nos poros Nesta caixa de diálogo, clique no botão “Calcular u2”, na parte esquerda do ecrã, e defina o nível freático pretendido à profundidade de 4.50 m. Calculamos a pressão nos poros de ambos os ensaios desta forma. Também é necessário introduzir o nível freático na janela “Nível freático”. Janela “Nível freático”
  • 6. 6 Agora, passamos à janela “Classificação dos solos”. Selecione a classificação de acordo com Robertson (2010). O rácio de área líquida do penetrómetro tem um valor standard de 0.75. Selecione a opção “calcular” para calcular o peso volúmico através dos ensaios CPT. Por último, defina a espessura mínima da camada como 0.50 m, de forma a obter uma visualização clara do perfil geológico. Para mais informações, consulte a Ajuda do programa – clique em F1 ou via online. Janela “Classificação dos solos” Nota: A classificação dos solos é sempre realizada apenas para um ensaio CPT – é necessário especificá-lo no campo correspondente. Podemos saltar as janelas “Perfil”, “Solos” e “Atribuir” – todos os dados são preenchidos automaticamente com base nos valores obtidos através dos ensaios CPT.
  • 7. 7 Na janela “Construção”, selecione a opção “estaca isolada”. De seguida, defina o valor da carga vertical máxima atuante na estaca, conforme mostra a imagem abaixo. A carga de projeto é utilizada para a análise da capacidade de suporte da estaca e a carga de serviço é utilizada para a análise de assentamento. Janela “Construção” Na janela “Geometria”, vamos introduzir o material da estaca e a secção transversal, definir as dimensões base, isto é, o diâmetro da estaca e o seu comprimento cravado no solo. Seguidamente, vamos definir a técnica de execução da estaca. Neste caso, vamos considerar estacas escavadas sem revestimento do furo ou estabilizado com lamas de escavação. O coeficiente da capacidade de suporte da base da estaca p é calculado automaticamente. Janela “Geometria”
  • 8. 8 Agora, passamos à janela “Capacidade de carga” para realizar a análise de verificação da estaca isolada. Esta janela permite-nos visualizar os resultados obtidos. Janela “Capacidade de carga” O botão “Em detalhe” permite visualizar os resultados intermédios da análise da capacidade de suporte vertical da estaca. Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – capacidade de carga vertical
  • 9. 9 Nota: A análise da capacidade de suporte pode ser realizada para um ensaio em específico ou para todos os ensaios. A capacidade de suporte vertical de uma estaca dcR , corresponde à soma do atrito superficial com a resistência da base da estaca (mais detalhes na Ajuda – F1). Para verificar a condição de confiança, este valor deve ser superior ao valor da carga de projeto atuante dsF , . − EN 1997-2: kNFkNR dsdc 0,70031,1070 ,, == SATISFAZ De seguida, passamos à janela “Assentamento”, é possível visualizar a curva de carregamento último da estaca e o assentamento resultante. O assentamento total da estaca é mmw d 6,15,1 = , para uma carga de serviço de kNFs 300= . Janela “Assentamento” – Curva de carga última (diagrama de trabalho) de uma estaca
  • 10. 10 É possível visualizar os resultados detalhados através do botão “Em detalhe”. Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – Assentamento Grupo de estacas Agora, vamos realizar a análise de um grupo de estacas com uma grelha rígida. Na janela “Configurações”, selecione a opção “Reduzir coeficientes 43 ,  (estrutura rígida)“. Janela “Configurações”
  • 11. 11 De seguida, passe para a janela “Construção”, onde vamos definir os parâmetros necessários para a análise de um grupo de estacas. Vamos considerar a fundação por estacas (placa de capeamento e estacas) como uma estrutura rígida, para a qual se assume que todas as estacas sofrem igual assentamento. Definimos o número de estacas como 4. Janela “Construção” As restantes janelas não sofrem alterações. Agora, volte à janela “Capacidade de carga”, para visualizar os resultados da análise. Caixa de diálogo “Verificação (em detalhe)” – Capacidade de carga vertical
  • 12. 12 − EN 1997-2: kNFkNR dsdc 0.280037.4709 ,, == SATISFAZ Conclusão A análise da capacidade de suporte vertical de uma estaca isolada e de um grupo de estacas é satisfatória. A principal vantagem da análise realizada com base nos resultados de ensaios CPT é a rapidez e clareza. Esta metodologia está definida de acordo com a Norma EN 1997-2: Geotechnical Design – Parte 2: Ground investigation and testing, sendo que a definição de parâmetros de resistência, que por vezes se podem revelar ambíguos, não é necessária.