SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Tratamento da Informação na
Educação Básica
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Estar alfabetizado, neste final de século supõe saber ler e
interpretar dados apresentados, de maneira organizada e
construir representações, para formular e resolver problemas
que impliquem o recolhimento de dados e a análise dos
diversos tipos de informações.
Essa característica da vida contemporânea traz ao currículo
de Matemática uma demanda em abordar elementos do
tratamento da informação, desde os ciclos iniciais.
Podemos, de forma resumida, definir que o Tratamento da
Informação lida com um conjunto de saberes e
competências de natureza estatística, combinatória e de
análise de códigos existentes em nosso cotidiano.
INTRODUÇÃO
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: DISTINTOS CÓDIGOS EM NOSSA VIDA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem como unidade básica a ser
explorada em nossas aulas de matemática a que se refere ao Tratamento das
Informações, com os distintos códigos envolvidos nessas informações. O que
nos falta normalmente são as informações necessárias de como fazer essa
abordagem no cotidiano de nossas aulas de matemática.
Nessa aula, deixaremos algumas sugestões práticas de como esse tópico pode
ser abordado, de forma significativa e lúdica na Educação Infantil ou no Ensino
Fundamental.
Consultando o dicionário (Aurélio), encontraremos a seguinte definição para
código: Vocabulário ou sistema de sinais convencionais ou secretos utilizados em
correspondências ou comunicações.
Vamos apresentar nesse estudo alguns desses códigos, seu uso no dia-a-dia,
bem como sua exploração em situações de sala de aula. Analisaremos os
CÓDIGOS DE BARRAS, CPF e a CRIPTOGRAFIA. São exemplos ricos, do dia-
a-dia da maioria das pessoas e de grande aplicação em diversas áreas do
conhecimento, servindo de suporte para aulas de caráter interdisciplinar.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
1) A CRIPTOGRAFIA
criptografia descriptografia
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
A palavra criptografia vem do grego kryptos (escondido) + grafia
(escrita): e significa a arte ou ciência de escrever em cifra ou
código, ou seja, é um conjunto de técnicas que permitem tornar
incompreensível uma mensagem de forma a permitir que,
normalmente, apenas o destinatário a decifre e compreenda.
Atualmente, com a era de Internet, a criptografia se tornou
fundamental para a transmissão de informações, como nas
compras eletrônicas. É a procura, cada vez maior, pela segurança
tão importante para os usuários.
Nas aulas de matemática da Educação Básica diversas atividades
ricas e interdisciplinares podem ser desenvolvidas, usando
algumas noções simples sobre criptografia. Em seguida,
apresentaremos algumas dessas atividades.
INTRODUÇÃO
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Exemplo 1: Chave 3 – Julio César
Cada letra do alfabeto era substituída pela 3ª letra, anterior.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W
atacar xqxzxo
a b c d e f G h i j k l m n o p q r s t u v w x y z
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Sugestão de atividade: Chave numérica simples.
Exemplo 2 : Somar 4
Cada letra fica representada por um número que representa a sua
posição no alfabeto. Com essa chave, ela fica substituída pela letra
cujo número corresponde ao número original, aumentado de 4.
Quando acontecer do resultado ser superior ao 26, voltamos ao
início do alfabeto. Por exemplo, o número 28 corresponderá à letra
b, pois 28 = 26 + 2 (é o que denominamos, na aritmética modular,
congruência módulo 26).
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
CIDADE MARAVILHOSA GMHEHI QEVEZMPLSWE
+4
GMHEHI QEVEZMPLSWE
- 4
CIDADE MARAVILHOSA
Exemplo 3: Anterior (x – 1)
O PROFESSOR GANHA POUCO
N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN
-1
N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN
+1
O PROFESSOR GANHA POUCO
Comentário: Em classes do Ensino Médio o professor poderia
representar cada chave por uma função bijetora (para que tivesse
inversa) e o receptor da mensagem criptografada teria que obter a
função inversa, para traduzir a mensagem recebida.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
O Código de Polibio (204 a.C. a 122 a.C.)
1 2 3 4 5
1 A B C D E
2 F G H I J
3 K/Q L M N O
4 P R S T U
5 V W X Y Z
O historiador grego Políbio (204 a.C. a 122 a.C.), no seu livro
Histórias, descreve um exemplo muito antigo de um código
poligrâmico, que é atribuído aos seus contemporâneos Cleoxeno e
Democleto.
A idéia é cifrar uma letra com um par de números compreendidos
entre 1 e 5, tendo por base uma tabela de 5 x 5. Desta forma, a
mensagem pode ser transmitida com dois grupos de 5 tochas. Por
exemplo, a letra E é transformada em 1 e 5 (veja abaixo), e pode
ser transmitida com 1 tocha à direita e 5 à esquerda.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
TOCHAS DE POLIBIO 443513231143 1415 41353224122435
O que estamos dizendo com a mensagem, usando o código de Polibio?
14151324214211341435 331534431122153443 4315134215441143
Cada letra é representada pela combinação de dois números,
os quais se referem à posição ocupada pela letra. Desta
forma, A é substituído por 11, B por 12..., L por 31, etc. A
mensagem cifrada torna-se uma seqüência de números que
variam de 11 a 15, 21 a 25, etc.
O código de Políbio se destaca porque se baseia na
decomposição da mensagem em letras individuais,
permitindo transmitir qualquer tipo de mensagem (note
que a representação de cada letra, por dois números
ordenados é muito semelhante ao que fazemos com as
coordenadas cartesianas).
DECIFRANDO MENSAGENS SECRETAS
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
AS MÁQUINAS DA RENASCENÇA
Na Renascença, a partir de 1300 d.C., que
começaram a surgir os primeiros dispositivos
criptográficos de importância. Os discos de cifragem
foram inventados nesta época. Como exemplo
pode-se citar o Disco de Alberti e a Grelha de
Cardano.
Cardano
G M P A L O E M T N
P N I S D L A G U R
E M J S R L E T A C
I D R U V N O R A N
H O Q U E Z A P T A
O receptor, de comum acordo com o emissor, colocava uma
“máscara” sobre a tabela, lendo a mensagem.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
DESAFIE O SEU RACIOCÍNIO
NÃO É TÃO DIFÍCIL QUANTO PARECE
1) As letras U,D,T,Q,C,_,_ formam o início de uma série inteligível. Se
você conseguir descobrir as duas letras seguintes, você verá um
número infinito de letras nesta série.
Se isto está com cara de criptologia pura, bem... não tem muito a ver.
Você vai entender o conceito assim que descobrir as duas letras.
A próxima letra será o S, pois a seqüência representa as iniciais dos
números naturais não nulos (um, dois, três, ...)
2) De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não
ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa
iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O
rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem
pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a
plravaa cmoo um tdoo.
É uma idéia que pode ser bem aproveitada pela criptografia!
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
2) OS CÓDIGOS DE BARRA
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Observe com atenção as embalagens a seguir. Verifique que todas têm um
código de barra (neste caso com 13 algarismos). Se você comparar essas
embalagens, através de informações como: País de origem, produto,
empresa, ... poderá tirar uma série de conclusões a respeito desses códigos
de barra.
Uma dica: Esse código, que é um dos mais usados no Mundo
todo, pode ser subdividido em 4 partes:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Interpretando os Códigos de Barras
O código de barras, que foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Uniform
Code Council (UCC), é lido por raio laser (leitura ótica). Com o domínio de
alguns conhecimentos simples, as pessoas também conseguem traduzir
esses códigos.
O código mais utilizado atualmente é o EAN/UCC-13, que usa um conjunto
de 13 dígitos, sendo que o último (chamado de dígito verificador) é obtido
mediante operações matemáticas com os outros 12, conforme veremos em
nosso estudo.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Dois produtos da
Nestlé - Brasil
789 1000 25260 4
78
9
10
00
14
81
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Dois produtos da Bombril - Brasil
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Dois produtos da
Colgate Palmolive - Brasil
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Dois produtos da
Flashmann Royal - Brasil
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
1) Através da sua observação nos exemplos dados, você
saberia inferir alguma conclusão sobre os três primeiros
algarismos do código?
Representam o País de registro do produto.
2) E sobre o segundo bloco, com 4 algarismos, o que você é
capaz de concluir?
Representam a Empresa fabricante.
3) E com relação ao terceiro bloco, com 5 algarismos, saberia
dizer alguma coisa?
Representam o produto daquela embalagem.
4) E sobre o décimo terceiro dígito, você foi capaz de descobrir
alguma coisa?
A seguir mostraremos.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
SOBRE O DÍGITO VERIFICADOR (13º ALGARISMO)
O sistema do cálculo desse dígito é o seguinte:
1. Escrevemos, abaixo dos demais 12 dígitos, da direita para a
esquerda, ordenadamente, os dígitos 3 e 1, repetindo-os,
sucessivamente.
2) Multiplicamos cada algarismo do código de barras por esses
dígitos, de acordo com a posição ocupada por cada um.
3) Somamos todos os produtos obtidos.
4) Subtraímos essa soma obtida pelo primeiro múltiplo de dez,
imediatamente superior ao resultado obtido. Esse será o valor do
dígito verificador.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Exemplo:Verifique o valor do dígito de controle do código de barras
abaixo:
Vamos escrever a seqüência dos 12 primeiros dígitos, repetindo
abaixo deles, da direita para a esquerda, a seqüência 3, 1, 3, 1, 3,
1,......
7 8 9 4 3 2 1 6 1 4 0 3
1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3
Vejamos agora a soma dos produtos encontrados:
S = 7 + 24 + 9 + 12 + 3 + 6 + 1 + 18 + 1 + 12 + 0 + 9 = 102
Finalmente, subtraímos 110 – 102, pois 110 é o primeiro múltiplo
de 10, após o 102. Resultado 8. Logo, como já esperávamos, o
dígito verificador desse código de barras EAN-13 é 8.
?
?
Maiores informações sobre o tema você encontrará no site:
http://www.eanbrasil.org.br
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
CADASTRO DAS PESSOAS FÍSICAS (CPF)
Você já sabe que todo trabalhador brasileiro possui um código que o identifica
na Receita Federal. É o Cadastro de Pessoa Física (CPF), que é constituído
de 11 algarismos, sendo que os dois últimos são chamados dígitos de
verificação ou controle.
Visando evitar fraudes, os dois dígitos de verificação são obtidos por meio
de operações envolvendo os outros nove, conforme mostraremos a seguir. É
um cálculo similar ao que vimos para os códigos de barras, denominado DV
11. É um cálculo que envolve uma parte da matemática que denominamos
aritmética modular e o cálculo de restos de divisões envolvendo números
naturais.
O DV 11 é obtido através do resto da divisão por 11 do somatório da
multiplicação de cada algarismo de uma determinada seqüência (base) pelos
dígitos 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e 0, respectivamente, da direita para a esquerda.
Caso o resto dessa divisão seja igual a 10, usa-se o dígito verificador igual a
0. No caso do CPF, o décimo dígito (que é o primeiro dígito verificador) é o
resultado do DV 11 dos outros nove algarismos. O décimo primeiro (que é o
segundo dígito verificador) é o DV 11 os outros dez algarismos.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Vejamos um exemplo: CPF: 862 697 057 – 97
Neste caso, os dois dígitos de verificação são 9 e 7.
Vamos aplicar a regra acima descrita e verificar se tais dígitos
de verificação estão corretos.
8 6 2 6 9 7 0 5 7 esses nove formam a 1ª
base
1. 2 3 4 5 6 7 8 9 dígitos a serem multiplicados
8 + 12 + 6 + 24 + 45 + 42 + 0 + 40 + 63 = 240
Se dividirmos 240 por 11, obteremos quociente 21 e resto 9,
que é primeiro dígito verificador.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
Vamos agora inserir esse décimo algarismo e formar a segunda base.
8 6 2 6 9 7 0 5 7 9 esses dez formam a 2ª base
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Verifique que agora a multiplicação vai de 9 até 0, já que a base é
composta por 10 algarismos. Efetuando as multiplicações, teremos:
0 + 6 + 4 + 18 + 36 + 35 + 0 + 35 +56 + 81 = 271
Se dividirmos 276 por 11, obteremos quociente 24 e resto 7, que é o
segundo dígito verificador.
Esse cálculo do dígito verificador é mais uma aplicação do que
chamamos de CONGRUËNCIA, MÓDULO 11, que se estuda na
aritmética modular.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
OBSERVAÇÃO: Temos ainda a informação de que o nono dígito (da
esquerda para a direita) representa a região fiscal onde o CPF foi
emitido. Verifique esse código na lista abaixo:
1 (DF-GO-MS-MT-TO), 2 (AC-AM-AP-PA-RO-RR), 3 (CE-MA-PI),
4 (AL-PB-PE-RN), 5 (BA-SE), 6 (MG), 7 (ES-RJ), 8 (SP),
9 (PR-SC) e 0 (RS).
Trabalhando com seus alunos
Esse tipo de trabalho com o CPF é uma excelente oportunidade de você
relacionar o conteúdo de divisibilidade, mais especificamente do resto da
divisão por 11, com o cotidiano das pessoas. Você poderia também questionar
a seus alunos se eles sabem qual a finalidade do CPF. Com as respostas
deles, você poderá desenvolver uma discussão sobre o tema, falando sobre o
imposto de renda e a finalidade dos impostos.
Atividades como essas com o CPF representam curiosidade e desafio para os
alunos e relacionam a Matemática com o cotidiano das pessoas.
Prepare outros desafios desse tipo. Esperamos que seus alunos gostem deles.
Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Tratamento Informação Educação

Matematica unidade 08_seja
Matematica unidade 08_sejaMatematica unidade 08_seja
Matematica unidade 08_sejaBarto Freitas
 
Introdução a Microcontroladores PIC
Introdução a Microcontroladores PICIntrodução a Microcontroladores PIC
Introdução a Microcontroladores PICChellton Almeida
 
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdf
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdfContexto e Aplicações Dante - vol 3.pdf
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdfCristiane Silva
 
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdf
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdfprojeto-110828132648-phpapp02 (1).pdf
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdfJoyceLima490369
 
Ap mat em questoes gabarito 001 resolvidos
Ap mat em questoes gabarito  001 resolvidosAp mat em questoes gabarito  001 resolvidos
Ap mat em questoes gabarito 001 resolvidostrigono_metrico
 
Princípios Básicos do Sistema Decimal Posicional
Princípios Básicos do Sistema Decimal PosicionalPrincípios Básicos do Sistema Decimal Posicional
Princípios Básicos do Sistema Decimal PosicionalJoelma Santos
 
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2sinohara
 
Mat progressoes aritmeticas 002
Mat progressoes aritmeticas  002Mat progressoes aritmeticas  002
Mat progressoes aritmeticas 002trigono_metrico
 
o raciocínio algébrico
 o raciocínio algébrico o raciocínio algébrico
o raciocínio algébricoErasmo lopes
 
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088Naysa Taboada
 
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatóriacon_seguir
 
Quarta manha - slides-3 caderno 3
Quarta manha - slides-3 caderno 3Quarta manha - slides-3 caderno 3
Quarta manha - slides-3 caderno 3Fatima Lima
 
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º Ano
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º AnoCaderno do Futuro Língua Portuguesa 6º Ano
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º AnoFrederico Marques Sodré
 

Semelhante a Tratamento Informação Educação (20)

Matematica unidade 08_seja
Matematica unidade 08_sejaMatematica unidade 08_seja
Matematica unidade 08_seja
 
Combinatoria
CombinatoriaCombinatoria
Combinatoria
 
Sistema decimal
Sistema decimalSistema decimal
Sistema decimal
 
Introdução a Microcontroladores PIC
Introdução a Microcontroladores PICIntrodução a Microcontroladores PIC
Introdução a Microcontroladores PIC
 
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdf
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdfContexto e Aplicações Dante - vol 3.pdf
Contexto e Aplicações Dante - vol 3.pdf
 
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdf
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdfprojeto-110828132648-phpapp02 (1).pdf
projeto-110828132648-phpapp02 (1).pdf
 
logica.pdf
logica.pdflogica.pdf
logica.pdf
 
Ap mat em questoes gabarito 001 resolvidos
Ap mat em questoes gabarito  001 resolvidosAp mat em questoes gabarito  001 resolvidos
Ap mat em questoes gabarito 001 resolvidos
 
Princípios Básicos do Sistema Decimal Posicional
Princípios Básicos do Sistema Decimal PosicionalPrincípios Básicos do Sistema Decimal Posicional
Princípios Básicos do Sistema Decimal Posicional
 
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2
Apostila de práticas_de_eletrônica_digital_ii2
 
Mat progressoes aritmeticas 002
Mat progressoes aritmeticas  002Mat progressoes aritmeticas  002
Mat progressoes aritmeticas 002
 
Lógica de programação e algoritmos
Lógica de programação e algoritmosLógica de programação e algoritmos
Lógica de programação e algoritmos
 
o raciocínio algébrico
 o raciocínio algébrico o raciocínio algébrico
o raciocínio algébrico
 
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088
Pacto.mec.gov.br images pdf_cadernosmat_pnaic_mat_caderno 3_pg001-088
 
Slide
SlideSlide
Slide
 
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória
05 eac proj vest mat módulo 1 noções de combinatória
 
Quarta manha - slides-3 caderno 3
Quarta manha - slides-3 caderno 3Quarta manha - slides-3 caderno 3
Quarta manha - slides-3 caderno 3
 
Dia Do Pi
Dia Do PiDia Do Pi
Dia Do Pi
 
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º Ano
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º AnoCaderno do Futuro Língua Portuguesa 6º Ano
Caderno do Futuro Língua Portuguesa 6º Ano
 
ApresentaçãO1
ApresentaçãO1ApresentaçãO1
ApresentaçãO1
 

Último

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 

Último (20)

"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 

Tratamento Informação Educação

  • 1. Tratamento da Informação na Educação Básica Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 2. Estar alfabetizado, neste final de século supõe saber ler e interpretar dados apresentados, de maneira organizada e construir representações, para formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise dos diversos tipos de informações. Essa característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abordar elementos do tratamento da informação, desde os ciclos iniciais. Podemos, de forma resumida, definir que o Tratamento da Informação lida com um conjunto de saberes e competências de natureza estatística, combinatória e de análise de códigos existentes em nosso cotidiano. INTRODUÇÃO Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 3. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO: DISTINTOS CÓDIGOS EM NOSSA VIDA Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem como unidade básica a ser explorada em nossas aulas de matemática a que se refere ao Tratamento das Informações, com os distintos códigos envolvidos nessas informações. O que nos falta normalmente são as informações necessárias de como fazer essa abordagem no cotidiano de nossas aulas de matemática. Nessa aula, deixaremos algumas sugestões práticas de como esse tópico pode ser abordado, de forma significativa e lúdica na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental. Consultando o dicionário (Aurélio), encontraremos a seguinte definição para código: Vocabulário ou sistema de sinais convencionais ou secretos utilizados em correspondências ou comunicações. Vamos apresentar nesse estudo alguns desses códigos, seu uso no dia-a-dia, bem como sua exploração em situações de sala de aula. Analisaremos os CÓDIGOS DE BARRAS, CPF e a CRIPTOGRAFIA. São exemplos ricos, do dia- a-dia da maioria das pessoas e de grande aplicação em diversas áreas do conhecimento, servindo de suporte para aulas de caráter interdisciplinar. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 4. 1) A CRIPTOGRAFIA criptografia descriptografia Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 5. A palavra criptografia vem do grego kryptos (escondido) + grafia (escrita): e significa a arte ou ciência de escrever em cifra ou código, ou seja, é um conjunto de técnicas que permitem tornar incompreensível uma mensagem de forma a permitir que, normalmente, apenas o destinatário a decifre e compreenda. Atualmente, com a era de Internet, a criptografia se tornou fundamental para a transmissão de informações, como nas compras eletrônicas. É a procura, cada vez maior, pela segurança tão importante para os usuários. Nas aulas de matemática da Educação Básica diversas atividades ricas e interdisciplinares podem ser desenvolvidas, usando algumas noções simples sobre criptografia. Em seguida, apresentaremos algumas dessas atividades. INTRODUÇÃO Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 6. Exemplo 1: Chave 3 – Julio César Cada letra do alfabeto era substituída pela 3ª letra, anterior. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W atacar xqxzxo a b c d e f G h i j k l m n o p q r s t u v w x y z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Sugestão de atividade: Chave numérica simples. Exemplo 2 : Somar 4 Cada letra fica representada por um número que representa a sua posição no alfabeto. Com essa chave, ela fica substituída pela letra cujo número corresponde ao número original, aumentado de 4. Quando acontecer do resultado ser superior ao 26, voltamos ao início do alfabeto. Por exemplo, o número 28 corresponderá à letra b, pois 28 = 26 + 2 (é o que denominamos, na aritmética modular, congruência módulo 26). Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 7. CIDADE MARAVILHOSA GMHEHI QEVEZMPLSWE +4 GMHEHI QEVEZMPLSWE - 4 CIDADE MARAVILHOSA Exemplo 3: Anterior (x – 1) O PROFESSOR GANHA POUCO N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN -1 N OQNEDRRNQ FZMGZ ONTBN +1 O PROFESSOR GANHA POUCO Comentário: Em classes do Ensino Médio o professor poderia representar cada chave por uma função bijetora (para que tivesse inversa) e o receptor da mensagem criptografada teria que obter a função inversa, para traduzir a mensagem recebida. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 8. O Código de Polibio (204 a.C. a 122 a.C.) 1 2 3 4 5 1 A B C D E 2 F G H I J 3 K/Q L M N O 4 P R S T U 5 V W X Y Z O historiador grego Políbio (204 a.C. a 122 a.C.), no seu livro Histórias, descreve um exemplo muito antigo de um código poligrâmico, que é atribuído aos seus contemporâneos Cleoxeno e Democleto. A idéia é cifrar uma letra com um par de números compreendidos entre 1 e 5, tendo por base uma tabela de 5 x 5. Desta forma, a mensagem pode ser transmitida com dois grupos de 5 tochas. Por exemplo, a letra E é transformada em 1 e 5 (veja abaixo), e pode ser transmitida com 1 tocha à direita e 5 à esquerda. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 9. TOCHAS DE POLIBIO 443513231143 1415 41353224122435 O que estamos dizendo com a mensagem, usando o código de Polibio? 14151324214211341435 331534431122153443 4315134215441143 Cada letra é representada pela combinação de dois números, os quais se referem à posição ocupada pela letra. Desta forma, A é substituído por 11, B por 12..., L por 31, etc. A mensagem cifrada torna-se uma seqüência de números que variam de 11 a 15, 21 a 25, etc. O código de Políbio se destaca porque se baseia na decomposição da mensagem em letras individuais, permitindo transmitir qualquer tipo de mensagem (note que a representação de cada letra, por dois números ordenados é muito semelhante ao que fazemos com as coordenadas cartesianas). DECIFRANDO MENSAGENS SECRETAS Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 10. AS MÁQUINAS DA RENASCENÇA Na Renascença, a partir de 1300 d.C., que começaram a surgir os primeiros dispositivos criptográficos de importância. Os discos de cifragem foram inventados nesta época. Como exemplo pode-se citar o Disco de Alberti e a Grelha de Cardano. Cardano G M P A L O E M T N P N I S D L A G U R E M J S R L E T A C I D R U V N O R A N H O Q U E Z A P T A O receptor, de comum acordo com o emissor, colocava uma “máscara” sobre a tabela, lendo a mensagem. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 11. DESAFIE O SEU RACIOCÍNIO NÃO É TÃO DIFÍCIL QUANTO PARECE 1) As letras U,D,T,Q,C,_,_ formam o início de uma série inteligível. Se você conseguir descobrir as duas letras seguintes, você verá um número infinito de letras nesta série. Se isto está com cara de criptologia pura, bem... não tem muito a ver. Você vai entender o conceito assim que descobrir as duas letras. A próxima letra será o S, pois a seqüência representa as iniciais dos números naturais não nulos (um, dois, três, ...) 2) De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. É uma idéia que pode ser bem aproveitada pela criptografia! Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 12. 2) OS CÓDIGOS DE BARRA Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 13. Observe com atenção as embalagens a seguir. Verifique que todas têm um código de barra (neste caso com 13 algarismos). Se você comparar essas embalagens, através de informações como: País de origem, produto, empresa, ... poderá tirar uma série de conclusões a respeito desses códigos de barra. Uma dica: Esse código, que é um dos mais usados no Mundo todo, pode ser subdividido em 4 partes: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Interpretando os Códigos de Barras O código de barras, que foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Uniform Code Council (UCC), é lido por raio laser (leitura ótica). Com o domínio de alguns conhecimentos simples, as pessoas também conseguem traduzir esses códigos. O código mais utilizado atualmente é o EAN/UCC-13, que usa um conjunto de 13 dígitos, sendo que o último (chamado de dígito verificador) é obtido mediante operações matemáticas com os outros 12, conforme veremos em nosso estudo. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 14. Dois produtos da Nestlé - Brasil 789 1000 25260 4 78 9 10 00 14 81 Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 15. Dois produtos da Bombril - Brasil Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 16. Dois produtos da Colgate Palmolive - Brasil Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 17. Dois produtos da Flashmann Royal - Brasil Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 18. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 19. 1) Através da sua observação nos exemplos dados, você saberia inferir alguma conclusão sobre os três primeiros algarismos do código? Representam o País de registro do produto. 2) E sobre o segundo bloco, com 4 algarismos, o que você é capaz de concluir? Representam a Empresa fabricante. 3) E com relação ao terceiro bloco, com 5 algarismos, saberia dizer alguma coisa? Representam o produto daquela embalagem. 4) E sobre o décimo terceiro dígito, você foi capaz de descobrir alguma coisa? A seguir mostraremos. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 20. SOBRE O DÍGITO VERIFICADOR (13º ALGARISMO) O sistema do cálculo desse dígito é o seguinte: 1. Escrevemos, abaixo dos demais 12 dígitos, da direita para a esquerda, ordenadamente, os dígitos 3 e 1, repetindo-os, sucessivamente. 2) Multiplicamos cada algarismo do código de barras por esses dígitos, de acordo com a posição ocupada por cada um. 3) Somamos todos os produtos obtidos. 4) Subtraímos essa soma obtida pelo primeiro múltiplo de dez, imediatamente superior ao resultado obtido. Esse será o valor do dígito verificador. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 21. Exemplo:Verifique o valor do dígito de controle do código de barras abaixo: Vamos escrever a seqüência dos 12 primeiros dígitos, repetindo abaixo deles, da direita para a esquerda, a seqüência 3, 1, 3, 1, 3, 1,...... 7 8 9 4 3 2 1 6 1 4 0 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 Vejamos agora a soma dos produtos encontrados: S = 7 + 24 + 9 + 12 + 3 + 6 + 1 + 18 + 1 + 12 + 0 + 9 = 102 Finalmente, subtraímos 110 – 102, pois 110 é o primeiro múltiplo de 10, após o 102. Resultado 8. Logo, como já esperávamos, o dígito verificador desse código de barras EAN-13 é 8. ? ? Maiores informações sobre o tema você encontrará no site: http://www.eanbrasil.org.br Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 22. CADASTRO DAS PESSOAS FÍSICAS (CPF) Você já sabe que todo trabalhador brasileiro possui um código que o identifica na Receita Federal. É o Cadastro de Pessoa Física (CPF), que é constituído de 11 algarismos, sendo que os dois últimos são chamados dígitos de verificação ou controle. Visando evitar fraudes, os dois dígitos de verificação são obtidos por meio de operações envolvendo os outros nove, conforme mostraremos a seguir. É um cálculo similar ao que vimos para os códigos de barras, denominado DV 11. É um cálculo que envolve uma parte da matemática que denominamos aritmética modular e o cálculo de restos de divisões envolvendo números naturais. O DV 11 é obtido através do resto da divisão por 11 do somatório da multiplicação de cada algarismo de uma determinada seqüência (base) pelos dígitos 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e 0, respectivamente, da direita para a esquerda. Caso o resto dessa divisão seja igual a 10, usa-se o dígito verificador igual a 0. No caso do CPF, o décimo dígito (que é o primeiro dígito verificador) é o resultado do DV 11 dos outros nove algarismos. O décimo primeiro (que é o segundo dígito verificador) é o DV 11 os outros dez algarismos. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 23. Vejamos um exemplo: CPF: 862 697 057 – 97 Neste caso, os dois dígitos de verificação são 9 e 7. Vamos aplicar a regra acima descrita e verificar se tais dígitos de verificação estão corretos. 8 6 2 6 9 7 0 5 7 esses nove formam a 1ª base 1. 2 3 4 5 6 7 8 9 dígitos a serem multiplicados 8 + 12 + 6 + 24 + 45 + 42 + 0 + 40 + 63 = 240 Se dividirmos 240 por 11, obteremos quociente 21 e resto 9, que é primeiro dígito verificador. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 24. Vamos agora inserir esse décimo algarismo e formar a segunda base. 8 6 2 6 9 7 0 5 7 9 esses dez formam a 2ª base 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Verifique que agora a multiplicação vai de 9 até 0, já que a base é composta por 10 algarismos. Efetuando as multiplicações, teremos: 0 + 6 + 4 + 18 + 36 + 35 + 0 + 35 +56 + 81 = 271 Se dividirmos 276 por 11, obteremos quociente 24 e resto 7, que é o segundo dígito verificador. Esse cálculo do dígito verificador é mais uma aplicação do que chamamos de CONGRUËNCIA, MÓDULO 11, que se estuda na aritmética modular. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação
  • 25. OBSERVAÇÃO: Temos ainda a informação de que o nono dígito (da esquerda para a direita) representa a região fiscal onde o CPF foi emitido. Verifique esse código na lista abaixo: 1 (DF-GO-MS-MT-TO), 2 (AC-AM-AP-PA-RO-RR), 3 (CE-MA-PI), 4 (AL-PB-PE-RN), 5 (BA-SE), 6 (MG), 7 (ES-RJ), 8 (SP), 9 (PR-SC) e 0 (RS). Trabalhando com seus alunos Esse tipo de trabalho com o CPF é uma excelente oportunidade de você relacionar o conteúdo de divisibilidade, mais especificamente do resto da divisão por 11, com o cotidiano das pessoas. Você poderia também questionar a seus alunos se eles sabem qual a finalidade do CPF. Com as respostas deles, você poderá desenvolver uma discussão sobre o tema, falando sobre o imposto de renda e a finalidade dos impostos. Atividades como essas com o CPF representam curiosidade e desafio para os alunos e relacionam a Matemática com o cotidiano das pessoas. Prepare outros desafios desse tipo. Esperamos que seus alunos gostem deles. Prof. Ilydio Pereira de Sá - Tratamento da Informação