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Mês de valorização da vida
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Ilustração:
www.freepik.com
A morte de uma pessoa é, em geral,
acompanhada de manifestações de
solidariedade, momento em que sobre o evento
fala-se abertamente. Mas quando essa morte
ocorre por suicídio, é comum instalar-se o
silêncio, buscar-se esconder a causa da morte e
a dor dos enlutados não é compartilhada, o que
gera ainda mais sofrimento.
Para cada suicídio, cinco a dez
pessoas (familiares, amigos)
são afetadas social, emocional
e economicamente. São os
chamados sobreviventes,
pessoas significativamente
impactadas pelo suicídio.
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Ilustração:
www.freepik.com
O luto por alguém que comete suicídio é
diferente do que ocorre em outras
formas de morte.
Exige muita energia psíquica da pessoa
sobrevivente em sua elaboração, pois são comuns
os sentimentos de culpa por não se terem
percebido os sinais, não se ter feito alguma
coisa que talvez evitasse o acontecimento, por
palavras ditas, ou não ditas.
São frequentes também
sentimentos de impotência, raiva,
ansiedade, medo, vergonha, desamparo,
tristeza, vazio, abandono, confusão e
rejeição.
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Quando alguém tira a própria vida, deixa para trás
interrogações que nunca serão inteiramente
respondidas.
Não há como simplificar o suicídio a
uma situação específica, pois é um
fenômeno causado pela combinação de
fatores acumulados ao longo da história
da vida do indivíduo que envolvem
componentes psicológicos, biológicos,
culturais, genéticos e socioambientais.
Importante ressaltar que nem toda
pessoa que comete suicídio dá sinais
de que iria se matar, e às vezes, pode
nem dá sinais de que estava sofrendo.
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Portanto, é preciso combater o tabu sobre suicídio!
Tanto para que os sobreviventes se sintam acolhidos
e possam elaborar seu luto, da sua maneira e no seu
tempo, quanto para aquelas que estejam em
sofrimento psíquico possam se sentir confortáveis
de falar sobre isso e pedir ajuda.
Precisamos combater o
estigma contra os
transtornos mentais!
Precisamos cuidar
da nossa saúde
mental!
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Ilustração:
www.freepik.com
Referência:
Botega, NJ. Crise suicida : avaliação
e manejo. Porto Alegre : Artmed,
2015. e-PUB.
Rocha, PG e Lima, DMA. Suicídio:
Peculiaridades do luto das famílias
sobreviventes e a atuação do
psicólogo. Psic. Clin., Rio de
Janeiro, vol.31, n.2, p. 323 – 344,
mai-ago/2019.
Texto elaborado por Isabelly
Florentino – Médica
psiquiatra do campus de
Princesa Isabel.
Arte elaborada por Priscila
Ferreira – Pedagoga –
COPAE-PI.
Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI)
Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
Ilustração:
www.freepik.com

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  • 1. Mês de valorização da vida Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI) Ilustração: www.freepik.com
  • 2. A morte de uma pessoa é, em geral, acompanhada de manifestações de solidariedade, momento em que sobre o evento fala-se abertamente. Mas quando essa morte ocorre por suicídio, é comum instalar-se o silêncio, buscar-se esconder a causa da morte e a dor dos enlutados não é compartilhada, o que gera ainda mais sofrimento. Para cada suicídio, cinco a dez pessoas (familiares, amigos) são afetadas social, emocional e economicamente. São os chamados sobreviventes, pessoas significativamente impactadas pelo suicídio. Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI) Ilustração: www.freepik.com
  • 3. O luto por alguém que comete suicídio é diferente do que ocorre em outras formas de morte. Exige muita energia psíquica da pessoa sobrevivente em sua elaboração, pois são comuns os sentimentos de culpa por não se terem percebido os sinais, não se ter feito alguma coisa que talvez evitasse o acontecimento, por palavras ditas, ou não ditas. São frequentes também sentimentos de impotência, raiva, ansiedade, medo, vergonha, desamparo, tristeza, vazio, abandono, confusão e rejeição. Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
  • 4. Quando alguém tira a própria vida, deixa para trás interrogações que nunca serão inteiramente respondidas. Não há como simplificar o suicídio a uma situação específica, pois é um fenômeno causado pela combinação de fatores acumulados ao longo da história da vida do indivíduo que envolvem componentes psicológicos, biológicos, culturais, genéticos e socioambientais. Importante ressaltar que nem toda pessoa que comete suicídio dá sinais de que iria se matar, e às vezes, pode nem dá sinais de que estava sofrendo. Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI)
  • 5. Portanto, é preciso combater o tabu sobre suicídio! Tanto para que os sobreviventes se sintam acolhidos e possam elaborar seu luto, da sua maneira e no seu tempo, quanto para aquelas que estejam em sofrimento psíquico possam se sentir confortáveis de falar sobre isso e pedir ajuda. Precisamos combater o estigma contra os transtornos mentais! Precisamos cuidar da nossa saúde mental! Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI) Ilustração: www.freepik.com
  • 6. Referência: Botega, NJ. Crise suicida : avaliação e manejo. Porto Alegre : Artmed, 2015. e-PUB. Rocha, PG e Lima, DMA. Suicídio: Peculiaridades do luto das famílias sobreviventes e a atuação do psicólogo. Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol.31, n.2, p. 323 – 344, mai-ago/2019. Texto elaborado por Isabelly Florentino – Médica psiquiatra do campus de Princesa Isabel. Arte elaborada por Priscila Ferreira – Pedagoga – COPAE-PI. Núcleo de Acompanhamento Psicossocial (NAPS-PI) Comissão de Saúde Mental (CSM-PI) Ilustração: www.freepik.com