O Candeeiro - Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas, nº 1180
Dona Maria Djanira de Queiroz Martins, 44 anos e seu Francimar de Almeida, 50 anos, residem com sua filha na comunidade Baixa do Clementino, no município de Pereiro, distante 19 quilômetros da cidade.
Do quintal produtivo brotam os frutos da mesa de Francimar e Djanira
1. Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 7 • nº1180
Junho/2013
Do quintal produtivo brotam os frutos
da mesa de Francimar e Djanira
Dona Maria Djanira de Queiroz Martins, 44
anos e seu Francimar de Almeida, 50 anos,
residem com sua filha na comunidade Baixa
do Clementino, no município de Pereiro,
distante 19 quilômetros da cidade.
Até pouco tempo a família enfrentava grandes
desafios com a falta de água. A ausência do
recurso para o consumo humano e animal era
considerado o maior entrave para viver
naquela pequena localidade. E, produzir no
quintal de casa, só com muita teimosia.
“Quem não tem água nem pra beber e
cozinhar, como pode pensar em ter uma
plantação?”, questionava o agricultor.
A falta de terra para plantar também era
insuficiente. Logo que casaram, seu Francimar e dona Djanira trabalharam na terra do
sogro para garantir a alimentação da família. Somente depois, com a criação de uns bodes
conseguiu adquirir três hectares de terra. “A gente precisava da terra, porque o trabalhador
do campo sem terra não vive”, declara dona Djanira.
Mas, a vontade de ter uma produção de
frutíferas era tão grande, que seu Francimar
passou a economizar um pouco do dinheiro
que ganhava para comprar água para as
plantas.
No ano de 2011 a família foi beneficiada com
uma cisterna de placa, com capacidade para 16
mil litros de água, do programa Cisternas, da
Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA),
do Governo Estadual, executado pela
Organização Barreira Amigos Solidários
(Obas).
No ano seguinte receberam a cisterna-
calçadão,
Pereiro
2. Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará
do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), da
parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), executado
pela Obas. Essa cisterna consegue armazenar 52 mil litros de água.
A partir de então a vida começou a melhorar. “Com água para beber a nossa qualidade de
vida subiu”, diz seu Francimar. “Com a segunda água para plantar ficou melhor ainda”,
completou dona Djanira.
Com a água na biqueira da casa a família não perdeu tempo indo buscar longe. “A gente
mantém o quintal verdinho e carregado de frutas. Eu sempre planto as coisas aqui pra
gente comer: Manga, laranja, abacate, goiaba, mamão, graviola, cajueiro”.
Essas culturas já existiam no quintal de dona Djanira e seu Francimar e foi ampliada com a
água da cisterna. “Até a água para aguar as plantas era comprada e vinha de carro-pipa, de
cacimbas e barragens”, lembra Francimar.
A produção que brota do quintal do casal de agricultores é compartilhada com a
vizinhança e quem chega à sua residência. “O povo aqui pega é os baldes de goiaba, e
quem chega também come”, diz dona Djanira cheia de orgulho.
O objetivo é aumentar a plantação, ter uma renda melhor e alimentação sempre saudável
para a família.
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
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