A estação ferroviária de alta velocidade de Florença foi projetada por Norman Foster para conectar a cidade de Florença à rede ferroviária italiana de alta velocidade. O projeto se localiza perto do rio Arno e é constituído por um único volume escavado 25 metros abaixo do solo para se harmonizar com o contexto histórico da cidade. O design utiliza vidro e estruturas de aço para proporcionar iluminação natural e vista do céu dentro da estação.
2. ESTUDO DE CASO 01 – FLORENCE TAV STATION
NORMAN FOSTER
Nascido em Manchester em 1935, o arquiteto inglês é conhecido mundialmente por seu
estilo ousado e sua preocupação com o meio ambiente. Desde cedo demonstrou interesse por
arquitetura, principalmente pelas obras de Frank Lloyd Wright, Ludwig Mies van der Rohe e Le
Corbusier. Estudou Arquitetura na Universidade de Manchester, graduando-se em 1961. Concluiu
seu mestrado na Universidade de Yale, onde conheceu Richard Rogers, seu futuro parceiro
comercial. Discípulo de James Stirling e bandeira do pósmodernismo na arquitetura, Foster é um dos
arquitetos mais prestigiados e influentes da atualidade. Suas obras se caracterizam pela utilização
de soluções tecnologicamente inovadoras, evidenciadas por sistemas construtivos semelhantes aos
adotados na indústria pesada, e com preocupação com o meio ambiente. Criador da corrente
arquitetônica denominada high-tech, aos 77 anos Foster não pensa em se aposentar.
O ARQUITETO:
INTRODUÇÃO:
Como parte da criação de uma nova rede ferroviária de alta velocidade, o
Governo italiano instituiu um grande programa de reestruturação da estação, incluindo a
criação de novas estações.
Este foi o projeto o vencedor do concurso internacional da Station Florença, o qual oferece
uma nova instalação que irá se conectar com o que já existe em Santa Maria Novella.
Por um profundo respeito pela arquitetura da cidade magnifica e em busca de clareza de
movimento de passageiros, o esquema é uma celebração da experiência de entrada em
Florença e uma tentativa de reduzir as complexidades da viagem moderna, além disso, a
plasticidade da estação marca a entrada da cidade de arte.
ARQUITETANDO
3. A obra se localiza perto do rio Arno, na região de Florença - Itália, na antiga estação de Santa Novella, a Florence TAV
station tem como função ligar várias cidades na Itália. É possivel perceber que o projeto leva em consideração o entorno da região,
que tem características históricas e não abre mão de ser atual, contemporâneo, não sobrepondo sua arquitetura em meio as outras
e sim harmonizando.
LOCALIZAÇÃO:
ARQUITETANDO
5. A OBRA:
O edifício é construído por tuneis que chegam a estar até 25 metros abaixo do nível da
rua.A obra se caracteriza por ser um único volume com cerca de 454 metros de comprimento por 52
metros de largura, construído através da técnica de “cortar-e-cobrir”. Os passageiros se deslocam
através de elevadores e escadas. Entre o nível da plataforma e o da rua, existem outros dois níveis
compostos por lojas, escritórios, área de espera e o setor de distribuição de energia. O terraço no
nível da rua oferece uma ótima visão dos acontecimentos ao redor da estação.Na questão estrutural
o prédio é composto por vidros arqueados no teto, o que lembra as estruturas usadas no séc. XIX.
Quando chega-se na estação, com a entrada de luz natural, dá a sensação de o prédio de espaço e
luz. Uma pessoa pode ver o céu de dentro do prédio, assim como sentir o ar da cidade.A edificação
foi projetada dessa forma para que a sua manutenção seja fácil, diminuindo o consumo de energia,
reduzindo custos.A entrada de luz é essencial no projeto, assim como o controle de temperatura. O
teto arqueado permite que o ar quente entre e permaneça na estação através dos ventos
provenientes das ruas- A Itália, assim como outros países europeus, não tem uma temperatura
média muito elevada, sendo importante o aquecimento dos locais.Ainda na questão de iluminação e
energia, o prédio conta com placas fotovoltaicas para geração de energia. Os matérias utilizados
dentro da construção são de muita familiaridade para as pessoas que lá vivem. A estação tenta
manter a nostalgia que essas cidades histórica podem nos proporcionar, mas também misturam de
forma única a modernidade e facilidades do séc. XXI.
ARQUITETANDO
6. As áreas de comércio e escritórios estão
distribuídas e dois mezaninos, onde os mesmo encontram-se
acima a área de embarque e abaixo do hall de entrada onde
se tem uma vista total da área. Por ser um local com menor
espaço mas de nível plano, o arquiteto desceu a obra em 25
metros.
Pelo fato das áreas de serviço e comércio
estarem acima do nível do de transporte, não há um
cruzamento entre eles. a única forma de circulação é através
de escadas e elevadores.
A OBRA:
ARQUITETANDO
13. COBERTURA
A utilização da cúpula se deve
ao fato do edifício estar
afundado no terreno, iluminando
toda a área interna. Isso também
é favorecida pela forma dos
mezaninos, que criam uma
entrada direta de luz na área de
embarque.
ARQUITETANDO