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Brasília/DF
2019
ª
Direção
Robert Cunha
Coordenação editorial
Regina Coelho
Revisão
Regina Coelho
Autora
Maria da Penha Amâncio
Editoração Eletrônica
Carlos Garcia
Sergio Viana
Wescley Ferreira
Projeto gráfico
Wescley Ferreira
Impressão e acabamento
Coronário Editora Gráfica Ltda
Imagens e ilustrações
Enovus
REDAÇÃO: TEMAS E PROPOSTAS
ENOVUS EDITORA
Endereço – QS 03 Rua 420 lt.02
Bl. III 2º PAVIMENTO Sala 36
Águas Claras – DF
Tel.: (61) 3563-1421
(61) 99214-0890
Site: www.enovuspublicacoes.com.br
Email: contato@enovuspublicacoes.com.br
Apresentação
O material didático Redação: temas e propostas faz parte de um grupo de três produtos: livro
didático, caderno de redação e temas e propostas de redação. Esses materiais foram criados a partir
da necessidade de haver uma obra que acrescente prática à teoria ministrada em sala de aula.
Redação: temas e propostas constitui-se de breves tópicos teóricos, mas seu ponto principal
reside na apresentação de temas e propostas dos quais os professores lançarão mão para serem
produzidos textos em laboratórios, oficinas, plantões ou outras práticas de redação.
A prática é de suma importância para o aprimoramento na produção de textos, portanto os am-
bientes supracitados são espaços privilegiados para discussão de temas e propostas. Além disso,
neles, principalmente, poderá haver o acompanhamento da produção textual e a correção criteriosa
feitos pelo professor ou monitor que detectará os problemas que a redação poderá apresentar. Des-
sa forma, o estudante poderá ser orientado ou reorientado na elaboração de seu texto.
Esperamos que este material seja um mecanismo que traga excelentes resultados para a pro-
dução de textos.
Enovus publicações.
Sumário
Temas e popostas de Redação
Proposta 1. O pessimismo em oposição ao otimismo: problema ou solução?...................................................... 9
Proposta 2. Os valores sociais da mulher do século XIX se aplicam às do século XXI? ...................................10
Proposta 3. O homem é produto do meio social em que está inserido?.............................................................. 11
Proposta 4. A importância de se formar bons leitores e escritores no Brasil de hoje.......................................12
Proposta 5. Alcoolismo: um problema familiar ou social?. ...................................................................................12
Proposta 6. O sistema prisional brasileiro na atualidade.......................................................................................13
Proposta 7. Automedicação: risco ou necessidade ...............................................................................................14
Proposta 8. Autocrítica e autoconhecimento: caminhos para o outro .................................................................15
Proposta 9. Privatização de espaços públicos........................................................................................................16
Proposta 10. 1000 lugares para conhecer antes de morrer (Carta).......................................................................17
Proposta 11. Carta argumentativa (1).......................................................................................................................18
Proposta 12. Carta argumentativa (2).......................................................................................................................18
Proposta 13. Carta argumentativa (3).......................................................................................................................19
Proposta 14. Carta argumentativa (4).......................................................................................................................19
Proposta 15. Crise hídrica .........................................................................................................................................19
Proposta 16. O celular no cotidiano das pessoas...................................................................................................20
Proposta 17. Banalização do corpo (séc XIX e XXI)................................................................................................21
Proposta 18. Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?...........................................22
Proposta 19. Os limites do humor entre a liberdade de expressão e o respeito aos direitos individuais ........23
Proposta 20. A influência dos pais pode ser positiva ou negativa na escolha profissional dos filhos? ........24
Proposta 21. Loucura (Subprograma 2015-2017 - 2ª Etapa) ..................................................................................24
Proposta 22. Escola inclusiva no Brasil: direito da família....................................................................................25
Proposta 23. Transformações da sociedade em tempo de globalização..............................................................26
Proposta 24. O histórico desafio de se valorizar o professor................................................................................26
Proposta 25. A importância da memória..................................................................................................................27
Proposta 26. Os desafios de conter os maus-tratos contra os animais...............................................................28
Proposta 27. A influencia da educação no trânsito no Brasil................................................................................29
Proposta 28. A persistência da violência contra a mulher.....................................................................................31
Proposta 29. Comentário Crítico...............................................................................................................................32
Proposta 30. Carta argumentativa ............................................................................................................................32
Proposta 31. Patriotismo de ocasião: exercício de cidadania?.............................................................................33
Proposta 32. Proposta Unicamp - Carlos Drummond.............................................................................................34
Proposta 33. Significados da tecnologia .................................................................................................................35
Proposta 34. As grandes transformações da humanidade....................................................................................36
PLANILHA DE CORREÇÃO
1. Apresentação textual (aspectos ou convenções da escrita) (1,0)
1.1 LEG – legibilidade (grafia inadequada ou ilegível)
1.2 MG – margem lateral					 (-0,1 por ocorrência)
1.3 RAS – rasura/uso de corretivo				
1.4 MAI – maiúscula/minúscula				
1.5 APG – alínea paragrafal
1.6 PIC – preenchimento inadequado do cabeçalho
2. Aspectos gramaticais (4,0)
2.1 A – acentuação/crase						Ocorrências:
2.2 ORT – ortografia					 até 2 (4)
2.3 P – pontuação						 de 3 a 6 (3)
2.4 T – translineação					 de 7 a 9 (2,5)
2.5 CN – concordância nominal				 de 10 a 12 (2)
2.6 CV – concordância verbal		 de 13 a 15 (1,5)
2.7 RN – regência nominal					 de 16 a 18 (1)
2.8 RV – regência verbal					 acima de 19 (0,5)
2.9 COL – colocação pronominal			
3. Argumentatividade/ progressão (aspectos textuais) (5,0)
3.1 AD – argumentação descontextualizada / incoerência
3.2 AI – argumentação inconsistente, insuficiente, parcial ou simplista
3.3 FC – falta de clareza / frase mal-estruturada ou quebra da estrutura do período
3.4 DIS – mudança da voz discursiva
3.5 ORAL – oralidade/coloquialismo/gíria			 Ocorrências:
3.6 FP – falta de progressividade / redundância / prolixidade 0 e 1 (5)
3.7 PL – período longo				 2 e 3 (4)
3.8 AMB – ambiguidade					 4 e 5 (3)
3.9 AC – ausência ou inadequação de conectivos		 6 a 7 (2)
3.10 EC – expressão clichê					 acima de 8 (1)
3.11 PSE – paralelismo semântico/sintático
3.12 RIP – repetição, omissão ou inadequação de palavras
4. Estrutura textual inadequada
4.1 Introdução/tese						 (-0,5)
4.2 Desenvolvimento 					 (-0,5)
4.3 Conclusão/proposta de intervenção			 (-0,5)
5. Gênero textual
5.1 Inadequação às características				 (-0,5)
5.2 Elementos textuais					 (-0,5)
6. Parágrafo-padrão (correção e argumentatividade)
- Muito bom (até 5,0)	 - Bom (até 4,0)	 - Regular (até 3,0)	 -Insuficiente (abaixo de 2,0)
7.Tema / Orientações
7.1 NL – Descumprimento do número mínimo de linhas	 (-0,1 por linha)
7.2 IO – Inobservância às orientações			 (-0,5)
7.3 IE – Inadequação à estrutura textual por parte		 (-0,5)
7.4 FT – fuga total ao tema ou à modalidade/cópia ou paráfrase (nota zero)
7
2º
Ano
EN VUS
Dicas para elaborar uma boa redação
Para a elaboração de um texto de qualidade, que
atenda às exigências da prova de redação, você deve
observar alguns passos:
1. Siga um planejamento e cumpra-o
adequadamente.
2. Leia os textos motivadores que acompanham
a prova de redação. Grife as ideias principais
de cada texto e procure relacioná-las ao tema,
mas não as reproduza de forma dissociada do
tema.
3. Procure levantar outras ideias que poderão es-
tar relacionadas aos textos da prova de Litera-
tura e de Língua Portuguesa e a sua vivência.
4. Baseado nesse levantamento de ideias, crie
uma tese em que você estabeleça seu ponto
de vista, problematize a questão ou dê o en-
foque desejado ao tema proposto. Sua tese
deve ser consistente e específica; ela será a
base de sua redação.
5. De acordo com o ponto de vista ou com o
problema levantado, selecione e organize os
argumentos e as opiniões mais pertinentes
(use os tipos estudados, tais como: oposi-
ção, causa/consequência, dados estatísticos,
exemplificação). Se você levantou um proble-
ma relacionado ao tema, elabore proposta de
intervenção para a questão abordada, que é
exigência da prova do ENEM, demonstrando
respeito aos direitos humanos e/ou resuma o
assunto tratado, reforçando a tese inicial.
Algumas dicas podem ajudar a melhorar seu
texto:
1. Lembre-se: as qualidades de um texto são
clareza (ele deve ser compreensível), coerên-
cia, elegância, correção (respeito à norma-
padrão), unidade, boa apresentação textual
(margens, paragrafação, letra legível).
2. As inadequações, tais como: gírias ou cha-
vões, isto é, lugares comuns, modismos e di-
tos populares constituem defeitos. Seu texto
precisa apresentar um diferencial, ser original.
3. Escreva com simplicidade. Escrever bem não
significa escrever difícil.
4. Ao defender seu ponto de vista, faça-o com
ponderação, equilíbrio, bom senso e imparcia-
lidade. Defesas apaixonadas, indiferentemen-
te do tema, não levarão o leitor a compartilhar
de suas ideias.
5. Ao exemplificar, cite casos que sejam de do-
mínio público e não de relacionamentos pes-
soais.
6. Mantenha-se fiel ao tema ou ao gênero. Para
isso, faça referência ao tema já na introdução
(sem copiá-lo) e respeite as características do
tipo de texto solicitado. A linguagem e o assun-
to devem ser adequados à finalidade a que
você se propõe. Revise sempre o que você
escreveu.
7. Evite usar etc., se o fizer, não escreva e antes
do termo.
8. Coerência é a adequada relação que se esta-
belece entre as partes do texto em uma pro-
gressão constante, isto é, para cada segmento
que ocorre no percurso você deve acrescen-
tar informações novas. Repetições que nada
trazem de novo contrariam o princípio da pro-
gressão discursiva.
9. O bom uso dos mecanismos de coesão (tanto
referencial quanto sequencial) evitará repe-
tição de palavras desnecessárias ou redun-
dâncias. Procure articular adequadamente as
orações, os períodos e os parágrafos e seja
criativo na utilização dos recursos coesivos,
não os repita desnecessariamente.
10. Com relação ao item anterior, atenção aos
pronomes relativos, especialmente onde, que
deve ser usado exclusivamente quando hou-
ver referência a lugar; em qualquer outra situa-
ção, utilize em que ou quando, de acordo com
o contexto. Ex: A cidade onde moro; o lugar
aonde vou; a democracia em que vivemos, o
ano de 2014, em que votamos (quando vota-
mos).
11. Elabore períodos que não ultrapassem três li-
nhas. Se o período for longo (em torno de 5 a
6 linhas), certamente não seremos capazes de
nos lembrar da ideia principal. Mas atenção ao
usar o ponto final antes de pronomes relativos,
ou de verbos no gerúndio ou de conjunções
subordinativas sem que o período esteja gra-
matical e semanticamente completo.
8
Praticando
o
Texto
12. Mantenha-se atualizado. Para isso, é impor-
tante a leitura de, pelo menos, um bom jornal,
aos domingos, principalmente as colunas de
opinião. Assista a programas de debate e críti-
ca, como Roda Viva, Observatório da Impren-
sa, no Canal Cultura e Futura, por exemplo,
telejornais, filmes e documentários. Conversa
entre familiares e amigos, leitura de livros em
geral são excelentes fontes de informação.
13. Para a revisão,
• utilize rascunho.
• não passe a redação a limpo somente copian-
do a primeira versão (rascunho); faça autocor-
reção.
Tipologia textual
Narração
Narrar é contar um fato fictício ou não, que ocor-
reu num determinado tempo e lugar envolvendo, prin-
cipalmente, personagens. O tempo predominante é o
passado.
Exemplo: “Salvador Dali nasceu na Catalunha, em
1904. Com 12 anos, ingressou numa escola de de-
senho e, em 1919, expôs em uma coletiva de jovens
pintores. A partir daí, firmou-se como um dos maiores
artistas do século XX. Em 1929 conheceu Gala, que
se tornaria musa e companheira inseparável. Morreu
em 1988.”
Descrição
É um texto em que se faz um retrato por escrito de
um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A clas-
se de palavras mais utilizada nessa produção é o adje-
tivo, pela sua função caracterizadora. Não há relação
de anterioridade e posterioridade. É criar com palavras
a imagem do que vai descrever.
Exemplo: “Eis São Paulo às sete da noite. O trân-
sito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas
conversam, mastigam e bebem em volta das mesas.
Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos pré-
dios.”
Dissertação
Os textos dissertativos podem ser classificados
como expositivos ou argumentativos.
Os textos dissertativos expositivos, também cha-
mados de explicativos, têm a finalidade de informar,
instruir o leitor e transmitir conhecimentos sobre uma
realidade específica. Pressupõe-se que o leitor receba
uma nova informação e a relacione com conhecimen-
tos que ele já detém. Duas funções da linguagem atu-
am nesse tipo de texto: a função referencial – aquela
que emprega o sentido denotativo das palavras – e a
função metalinguística – aquela que trabalha com con-
ceitos e definições. O uso de verbos no presente do
indicativo confere ao texto veracidade dos fatos, e dos
conectivos garante diversas relações de sentido: opo-
sição, causalidade, consecução, adição.
A estrutura desse tipo de texto é simples: introdu-
ção ao tema, definição do propósito da exposição; de-
senvolvimento dos pontos principais e conclusão, ou
seja, recapitulação das ideias essenciais da exposição.
É o mesmo que desenvolver ou explicar um assun-
to, discorrer sobre ele. Pertencem ao grupo dos textos
expositivos, os de apresentação científica, o relatório, o
texto didático. O texto dissertativo-expositivo está preo-
cupado com a transmissão de conhecimentos.
Já o texto dissertativo-argumentativo apresenta
ideias, estabelece um ponto de vista baseado em ar-
gumentos lógicos.
Dissertar, argumentativamente, é discorrer a res-
peito de um assunto ou de uma situação, defendendo
um ponto de vista ou uma opinião.
Não basta apresentar os argumentos; eles devem
ser fundamentados com dados, exemplos, situações
ou citações.
Exemplo: O brasileiro, nos últimos anos, tem reve-
lado uma profunda descrença nas instituições políticas
do país. Vários fatores têm concorrido para isso. Den-
tre eles, podem ser citados a incapacidade do governo
de controlar o processo inflacionário, a impunidade dos
que fazem mau uso do dinheiro público e o mau funcio-
namento dos legislativos.
Os textos que integram essa tipologia caracteri-
zam-se por expor o ponto de vista do autor a respeito
de determinado assunto, persuadindo o leitor com o
intuito de modificar seu comportamento.
A estrutura dessa tipologia é bastante convencio-
nal e é formada por três partes:
• Introdução: apresentação do assunto e do
posicionamento do autor a fim de formular
uma tese.
• Desenvolvimento: é formado pelos parágra-
fos que constituem a fundamentação da tese.
Geralmente cada parágrafo é responsável por
apresentar e desenvolver um argumento usan-
do técnicas diferentes, tais como: causa e efei-
to, citações, alusão histórica, comparações...
9
2º
Ano
EN VUS
• Conclusão: é o parágrafo no qual são retoma-
das as ideias principais de modo sucinto; ou é
o momento de expor uma proposta de solução
para o problema discutido. Também pode ser
apresentada uma pergunta retórica a fim de
fechar o texto.
Proposta 1
Texto 1
Bretram [...]
Um dia — era na Itália — saciado de vinho e mu-
lheres eu ia suicidar-me. A noite era escura e eu chega-
ra só na praia. Subi num rochedo: daí minha última voz
foi uma blasfêmia, meu último adeus uma maldição,
meu último... digo mal, porque senti-me erguido nas
águas pelo cabelo. Então na vertigem do afogo o anelo
da vida acordou-se em mim. A princípio tinha sido uma
cegueira, uma nuvem ante meus olhos, como aos da-
queles que labutavam nas trevas. A sede da vida veio
ardente: apertei aquele que me socorria: fiz tanto, em
uma palavra, que, sem querê-lo, matei-o. Cansado do
esforço desmaiei. [...]
O último beijo de amor [...]
– Não me chames Arnold! chama-me Artur, como
dantes. Artur! não ouves? Chama-me assim! Há tanto
tempo que não ouço me chamarem por esse nome!
... Eu era um louco! quis afogar meus pensamentos e
vaguei pelas cidades e pelas montanhas deixando em
toda a parte lágrimas... nas cavernas solitárias, nos
campos silenciosos, e nas mesas molhadas de vinho!
Vem, Giorgia! senta-te aqui, senta-te nos meus joelhos,
bem conchegada a meu coração... tua cabeça no meu
ombro! Vem! um beijo! quero sentir ainda uma vez o
perfume que respirava outrora nos teus lábios. Respi-
re-o eu e morra depois! ... Cinco anos! oh! tanto tempo
a esperar-te, a desejar uma hora no teu seio! ... De-
pois... escuta... tenho tanto a dizer-te! tantas lágrimas
a derramar no teu colo! Vem! e dir-te-ei toda a minha
história! minhas ilusões de amante e as noites malditas
da crápula e o tédio que me inspiravam aqueles beiços
frios das vendidas que me beijavam! Vem! contar-te-ei
tudo isto, dir-te-ei como profanei minh’alma e meu pas-
sado... e choraremos juntos... e nossas lágrimas nos
lavarão como a chuva lava as folhas do lodo!
Noite na taverna, de Álvares de Azevedo. Fragmento
Texto 2
O lado bom das coisas ruins
Para começar, precisamos de pessimistas por per-
to. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman:
“Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores,
todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não
existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas
forem otimistas, será um desastre”, afirma. Qualquer
empresa precisa de figuras que joguem a dura reali-
dade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes
financeiros, engenheiros de segurança...
Esse realismo é coisa pequena se comparado com
o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer
(1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo
sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade -
um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e
conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma
parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela va-
mos ao sucesso, então à frustração - e a uma nova
vontade.
Mas qual é o remédio, então? Se livrar das von-
tades e passar o resto da vida na cama sem produzir
mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não
foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa
visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessi-
mismo: o excesso de otimismo — propagandeado nas
últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda.
O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensa-
mento positivo desvairado, não tem nada de glorioso:
ele é uma fonte de ansiedade. Para o filósofo britânico
Roger Scruton, há algo pior do que o otimismo puro e
simples: o “otimismo inescrupuloso”, aquelas utopias
que levam populações inteiras a aceitar falácias e re-
sistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão
do nazismo - um regime terrível, mas essencialmente
otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com
a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de
Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessi-
mismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os
piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim,
é antever o pior.
Disponível em: http://super.abril.com.br
Após a leitura dos textos acima, que apresentam
caráter exclusivamente motivador, redija um texto dis-
sertativo, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas, sobre
o tema
O pessimismo em oposição ao
otimismo: problema ou solução?
10
Praticando
o
Texto
Proposta 2:
Texto 1
– Como se trata de nomes, eu também proponho
uma mudança. Em lugar de Lúcia – Diga-se Lúcifer.
Lucíola, de José de Alencar, p. 36.
Texto 2
No século XIX, acontecia a expansão da Revolu-
ção Industrial em outras partes do mundo e principal-
mente no Velho Continente. Em pouco tempo, vemos
a formação de grandes centros urbanos onde os tra-
balhadores ocupavam postos de trabalho diversos e
experimentavam um tipo de rotina nunca antes vista
em toda a História. A partir de então, as atividades de
entretenimento abocanhavam uma boa parte da renda
dos trabalhadores e grandes empresários da época.
Os meretrícios mais prestigiados tinham a fama
de organizarem grandes espetáculos com a explora-
ção dos dons artísticos de muitas de suas prostitutas.
Ao longo do tempo, esse tipo de proximidade entre a
prostituição e a arte acabou estigmatizando a carreira
artística de várias mulheres que nada tinham a ver com
esse tipo de atividade.
Ao perceber essas características da prostituição no
século XIX, vemos o desenvolvimento de contradições que
marcam tal período. Por um lado, a moral burguesa impu-
nha um rígido controle sobre os espaços e papéis das mu-
lheres na sociedade. Por outro, a riqueza e a desigualdade
promovidas por essa mesma sociedade estabeleciam o
crescimento dessa atrativa e desprezada atividade.
Disponível em: <http: //redesuper. com. br>
Texto 3
Leilão de virgindade e concurso “Miss
prostituta”: quem é a mulher do século XXI?
O movimento femininista por igualdade de direitos,
que teve início na década de 1960, nos Estados Uni-
dos, e chegou ao Brasil na década de 1970, durante
a ditadura militar, mudou radicalmente os valores da
sociedade em relação ao lugar da mulher. Em cerca
de 40 anos de luta, é incontestável o fato de que as
mulheres conquistaram muito.
No entanto, os reflexos do movimento feminista no
comportamento das mulheres do século XXI levantam
uma série de questões relacionadas à identidade femi-
nina nos dias atuais. De um lado, há os que aplaudem
as conquistas e defendem novas revoluções. Do outro,
há os que acreditam que a busca por igualdade de di-
reitos nada mais fez que desfavorecer a mulher, que,
hoje, acumula responsabilidades pelas quais não é de-
vidamente recompensada. O movimento teria transfor-
mado a mulher em objeto.
Enquanto questões como essas tomam conta de
debates sobre os rumos da mulher na sociedade atual,
casos como o da brasileira de 20 anos que leiloou a
virgindade pela internet, há cerca de duas semanas, e
do concurso para eleger a “miss prostituta”, realizado
em Belo Horizonte (MG) no dia 29 de setembro, provo-
cam polêmica. A partir de que ponto a “liberdade” toma
o sentido de “libertinagem”?
Disponível em: <http: //redesuper. com. br>
Texto 4
O modelo feminino atual inclui obrigatoriamente
trabalho, finanças, filhos e amores. Tudo é importante
e tudo precisa ser atendido aqui e agora, no presen-
te. Mas falta selar um acordo entre o mulherão, que
conquistou definitivamente seu lugar ao sol, e a mu-
lherzinha, que perde noites de sono preocupada com a
aparência, a culpa de ficar pouco tempo com os filhos e
os dramas de relacionamentos cada vez mais fugazes.
“Queremos o cérebro da Marie Curie com as pernas da
Beyoncé, ser Ph.D. e ganhar muito dinheiro. Casar e
ter filhos não é obrigação, talvez uma escolha. Talvez”,
diz a bióloga potiguar Luíza Barros, de 26 anos.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.comRevistaEpo-
ca/0,,EM12 15942-5228,00.html
Após a leitura dos textos motivadores, escreva
uma dissertação-argumentativa, mínimo 25 linhas e
máximo 30 linhas, sobre o tema em questão:
Os valores sociais da mulher do sé-
culo XIX se aplicam às do século
XXI?
• use a 3ª pessoa.
• não dê título ao seu texto.
11
2º
Ano
EN VUS
Proposta 3:
Texto 1
https: //www. facebook. com/photo. php? fbid
Texto 2
Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma
teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações
humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas
por relações de causalidade. A crença determina que
qualquer acontecimento ocorre de forma conexa a ou-
tros de uma maneira já fixada, seja por um plano so-
brenatural seja pelas leis da natureza. (…)
http: //www. estudopratico. com. br/determinismo/.
Texto 3
“Bertoleza representava agora ao lado de João
Romão o papel tríplice de caixeiro, de criada e de
amante. Mourejava a valer, mas de cara alegre; às
quatro da madrugada estava já na faina de todos os
dias, aviando o café para os fregueses e depois pre-
parando o almoço para os trabalhadores de uma pe-
dreira que havia para além de um grande capinzal aos
fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao
balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado lá
por fora; fazia a sua quitanda durante o dia no intervalo
de outros serviços, e à noite passava-se para a porta
da venda, e, defronte de um fogareiro de barro, fritava
fígado e frigia sardinhas, que Romão ia pela manhã,
em mangas de camisa, de tamancos e sem meias,
comprar à praia do Peixe. E o demônio da mulher ain-
da encontrava tempo para lavar e consertar, além da
sua, a roupa do seu homem, que esta, valha a verda-
de, não era tanta.”
Fragmento da obra O cortiço,de Aluísio de Azevedo.
Texto 4
(...)
LÁZARO: Darrow defendeu que o juiz deveria ter
compaixão dos dois jovens assassinos porque o seu
ato foi o resultado de causas sobre as quais não tinham
controle. Deixa-me ler-te aquilo que ele realmente dis-
se: “Eu não sei o que fez esses dois rapazes cometer
esse ato de loucura, mas sei que há uma razão para
tal. Sei que eles não o engendraram. Sei que qualquer
uma causa, de um número infinito de causas que vão
até ao início, poderá ter determinado o espírito desses
rapazes, que vocês devem condenar à morte por malí-
cia, ódio e injustiça porque alguém, no passado, pecou
contra eles”.
CAROLINA: Realmente, isso é uma estratégia ar-
rojada para ser usada por um advogado de defesa!
LÁZARO: Claro. Ouve o resto. “A natureza é forte
e impiedosa. Ela funciona de um modo misterioso, e
nós somos as suas vítimas. Não podemos fazer muito
contra isso. A natureza faz o seu trabalho e nós faze-
mos a parte que nos compete.”
CAROLINA: Foi o juiz persuadido a reduzir a pena
dos criminosos?
LÁZARO: Parece que sim, eles foram condenados
à prisão perpétua, apesar de haver grande pressão,
por parte da opinião pública, para que a sentença fos-
se a pena de morte.
CAROLINA: O que pensam vocês da estratégia do
Darrow?
LÁZARO: Penso que é absurda, uma vez que se
baseia na falsa crença de que tudo o que nós fazemos
é determinado. Se isso fosse verdade, os dois assas-
sinos não poderiam ter agido livremente, o que é, ob-
viamente falso.
DANIEL: Eu diria que a posição, defendida por
Clarence Darrow, de que tudo o que nós fazemos está
determinado, está correta. Se isto quer dizer que os
dois assassinos não agiram livremente, então é nisso
que devemos acreditar.
LÁZARO: E tu, Carolina, o que dizes desse caso?
CAROLINA: Penso que a posição de Darrow, de
que tudo o que nós fazemos é causado por aconteci-
mentos prévios, está correta. Mas também penso que
somos livres e moralmente responsáveis por aquilo
que fazemos.
CAROLINA: Eu diria que há três questões princi-
pais: 1) Têm as pessoas livre-arbítrio? 2) É o determi-
nismo verdadeiro? 3) É o livre-arbítrio compatível com
12
Praticando
o
Texto
Proposta 5:
Proposta 4:
Texto 1
Como ensinar a seu filho que ler é um prazer
Pesquisas do mundo todo mostram que a criança
que lê e tem contato com a literatura desde cedo, prin-
cipalmente se for com o acompanhamento dos pais,
é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende, pro-
nuncia melhor as palavras e se comunica de forma ge-
ral. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criati-
vidade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos
e valores”, diz Márcia Tim, professora de literatura do
Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).
A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com
o mundo da escrita que, por sua vez, facilita a alfabe-
tização e ajuda em todas as disciplinas, já que o prin-
cipal suporte para o aprendizado na escola é o livro
didático. Ler também é importante, porque ajuda a fixar
a grafia correta das palavras.
Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se
torna muito mais preparado para os estudos, para o
trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato
com os livros pode mudar o futuro dos filhos.
http://educarparacrescer.abril.com.br/ Adaptado.
Texto 2
A importância da comunicação escrita
É sensível, no mundo contemporâneo, a importân-
cia da comunicação escrita no dia a dia. Não é nenhum
segredo que as melhores posições — em todas as pro-
fissões — são dadas aos melhores comunicadores. Para
estar sempre à frente é preciso falar, e, principalmente,
escrever bem.
Hoje em dia, nos comunicamos cada vez mais atra-
vés da Internet, e-mail, memorandos e cartas, e um texto
bem escrito pode ser fundamental em muitas situações.
O estudante ou profissional, seja ele de qualquer área,
precisa conhecer bem seu idioma e as normas de escrita
para que assim possa elaborar textos concisos e bem
estruturados que transmitam de forma clara seu objetivo,
ponto de vista ou intenção.
Escrever sempre foi uma habilidade vital nos ne-
gócios.
Em 1992, uma pesquisa feita pela Associated Press
com 402 companhias mostrou que os executivos iden-
tificaram a redação como a habilidade mais valorizada
em um empregado, mas disseram que 80% dos seus
empregados em todos os níveis precisavam melhorar
seus textos.
http://www.mundovestibular.com.br/
Com referência inicial aos textos, que são unica-
mente motivadores, redija um texto dissertativo-argu-
mentativo obedecendo à proposta 4. Mínimo 25 linhas
e máximo 30 linhas.
A importância de se formar bons lei-
tores e escritores no Brasil de hoje
o determinismo?
LÁZARO: A minha resposta a essas questões é
que as pessoas têm livre-arbítrio e que é incompatí-
vel com o determinismo, e, logo, que o determinismo
é falso.
DANIEL: O meu raciocínio é exatamente o opos-
to. Defendo que o determinismo é verdadeiro, logo, as
pessoas não têm livre-arbítrio.
(...)
http: //criticanarede. com/determinismo
Após a leitura dos textos motivadores, escreva
uma dissertação-argumentativa, mínimo 25 linhas e
máximo 30 linhas, sobre o tema:
O homem é produto do meio social
em que está inserido?
13
2º
Ano
EN VUS
Proposta 6:
Texto 1
“A desestruturação do sistema prisional traz à baila
o descrédito da prevenção e da reabilitação do conde-
nado. Nesse sentido, a sociedade brasileira encontra-se
em momento de extrema perplexidade em face do pa-
radoxo que é o atual sistema carcerário brasileiro, pois
de um lado temos o acentuado avanço da violência, o
clamor pelo recrudescimento de pena e, do outro lado,
a superpopulação prisional e as nefastas mazelas car-
cerárias.
Vários fatores culminaram para que chegássemos a
um precário sistema prisional. Entretanto, o abandono,
a falta de investimento e o descaso do poder público ao
longo dos anos vieram por agravar ainda mais o caos
chamado sistema prisional brasileiro. Sendo assim, a
prisão que outrora surgiu como um instrumento substi-
tutivo da pena de morte, das torturas públicas e cruéis,
atualmente não consegue efetivar o fim correcional da
pena, passando a ser apenas uma escola de aperfei-
çoamento do crime, além de ter como característica um
ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais
degenerados vícios, sendo impossível a ressocialização
de qualquer ser humano.
http://www.opera10.com.br/
Texto 2
Com relação aos textos motivadores e com base
nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma-
ção, redija texto dissertativo, com mínimo de 20 linhas,
na modalidade escrita formal da língua portuguesa so-
bre o tema:
O sistema prisional brasileiro
na atualidade
(UPE)
[...] O Brasil tem um número de alcoólatras estimado
em 15 milhões, o dobro da população da Suíça. Mas a
realidade pode ser ainda pior. Os médicos da Associa-
ção Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas, que
se dedicam a estudar dependência química no Brasil,
estimam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de bra-
sileiros, ou 19 milhões, tenham problemas graves com
a bebida. O alcoolismo mata 32 mil pessoas por ano
no Brasil, está por trás de 60% das mortes no trânsito e
72% dos homicídios. [...] Outra vertente estatística que
preocupa os médicos está entre os jovens. Eles estão
aprendendo a beber muito cedo. Uma pesquisa recente,
realizada pela Unifesp em São Paulo, com 661 adoles-
centes, detectou que 5% dos jovens entre 14 e 17 anos
bebem uma vez por semana ou mais e consomem cinco
ou mais doses em cada ocasião...
Revista Época, 12 de setembro de 2011/nº 695.
Considerando os textos acima, que apresentam ca-
ráter exclusivamente motivador, redija uma dissertação
-argumentativa, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas,
sobre o tema em questão:
Alcoolismo: um problema familiar
ou social?
Em seu desenvolvimento, aborde, necessáriamen-
te, os seguintes tópicos:
• resistência do alcoólatra em assumir o vício.
• o papel da mídia no agravamento da problemá-
tica.
• clínicas e grupos de apoio.
14
Praticando
o
Texto
Proposta 7:
Texto 1
Os perigos da automedicação
Quem nunca tomou um remédio sem prescrição
após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a
um amigo sobre qual medicamento ingerir em determi-
nadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista
como uma solução para o alívio imediato de alguns sin-
tomas, pode trazer consequências mais graves do que
se imagina.
A medicação por conta própria é um dos exemplos
de uso indevido de remédios, considerado um proble-
ma de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo
dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamen-
tos foram responsáveis por 28% de todas as notifica-
ções de intoxicação.
O uso de medicamentos de forma incorreta pode
acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que
a utilização inadequada pode esconder determinados
sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve
ser sempre redobrada.
O uso de remédios de maneira incorreta ou irracio-
nal pode trazer, ainda, consequências como: reações
alérgicas, dependência e até a morte e facilitação do
aumento da resistência de microrganismos, o que com-
promete a eficácia dos tratamentos.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
Texto 2
Fenômeno desejável, dentro de limites
Antes de demonizar a automedicação e pintá-la
como grande vilã da saúde pública, deve-se ter em
mente que, dentro de certos limites, ela é um fenôme-
no desejável. A Organização Mundial de Saúde, por
exemplo, a descreve como “necessária” e com função
complementar a todo sistema de saúde.
O importante aqui é não perder de vista a totali-
dade do espaço amostral. Se olharmos só para as in-
toxicações involuntárias e óbitos daí decorrentes, fica
mesmo parecendo que a automedicação é um mal a
eliminar. Mas é preciso considerar também que a es-
magadora maioria das doenças que afetam a popu-
lação é autolimitada, não requerendo mais do que o
alívio dos sintomas.
O desafio diante das autoridades é encontrar o
ponto ótimo na regulação que não onere demais o
sistema com consultas desnecessárias nem estimule
voos muito arriscados na automedicação.
Fonte: Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo.
Texto 3
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde
(OMS)
Em todo o mundo, mais de 50% de todos os me-
dicamentos receitados são dispensáveis ou são vendi-
dos de forma inadequada.
Cerca de 1/3 da população mundial tem carência
no acesso a medicamentos essenciais.
Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medi-
camentos de forma incorreta.
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
Texto 4
Texto 5
No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de
Machado de Assis, o personagem Brás Cubas contrai
pneumonia e, por não recorrer a nenhum médico, aca-
ba falecendo. Fora da literatura brasileira, o Brasil vive
uma realidade semelhante e mais preocupante que a
do livro, pois, além de as pessoas não procurarem aju-
da médica ao ficarem enfermas, praticam a automedi-
cação, o que torna mais grave o seu diagnóstico.
Disponível em: http://redacaonota1000. forum-livre.com/
15
2º
Ano
EN VUS
“Com efeito, um dia de manhã, estando a passe-
ar na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio
que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a
bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas
de volatim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a
contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu
os braços e as pernas, até tomar a forma de um X:
decifra-me ou devoro-te. Essa ideia era nada menos
que a invenção de um medicamento sublime, um em-
plastro anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa
melancólica humanidade. Na petição de privilégio que
então redigi, chamei a atenção do governo para esse
resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não ne-
guei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam
resultar da distribuição de um produto de tamanhos e
tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do
outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me
influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos
jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas
caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto
Brás Cubas.”
Memórias Póstumas de Brás Cubas – Cap. II – O Emplastro
Com referência inicial aos textos apresentados,
que são unicamente motivadores, produza um texto
argumentativo do gênero Artigo de Opinião sobre o se-
guinte tema:
Diante do atual sistema brasileiro
de saúde pública, a automedicação
se torna um risco ou uma necessi-
dade?
Instruções:
• Empregue a norma-padrão da Língua Portu-
guesa.
• Escreva em 1a
ou 3a
pessoa e, no mínimo, 25
linhas. Caso opte pela 1ª pessoa, assine como
João Cerqueira ou Joana Silva.
• Revise seu texto.
• Não reproduza em sua argumentação os tex-
tos motivadores apresentados nesta proposta.
Proposta 8:
(PUC-Rio)
Texto 1
O que é etnocentrismo?
Etnocentrismo é uma visão do mundo na qual o
nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e
todos os outros são pensados e sentidos através dos
nossos valores, nossos modelos, nossas definições do
que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto
como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano
afetivo, como o fato de sentirmos estranheza, medo,
hostilidade, etc. [...] Esse problema não é exclusivo de
uma determinada época nem de uma única sociedade.
Como uma espécie de pano de fundo da questão
etnocêntrica, temos a experiência de um choque cul-
tural. De um lado, está “um grupo do eu”, o “nosso”
grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas pa-
recidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita
nos mesmos deuses, distribui o poder da mesma for-
ma, empresta à vida significados em comum e proce-
de, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então,
de repente, nos deparamos com um “outro”, o grupo do
“diferente” que, às vezes, nem sequer faz coisas como
as nossas ou, quando as faz, é de forma tal que não
as reconhecemos como possíveis. Mais grave ainda:
esse “outro” também sobrevive à sua maneira, gosta
do seu jeito de viver, também está no mundo e, ainda
que diferente de nós, também existe. [...]
O grupo do “eu” faz, então, da sua visão a única
possível ou, mais discretamente, se for o caso, a me-
lhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro”
fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo,
anormal ou ininteligível. Esse processo resulta num
considerável reforço da identidade do “nosso” grupo.
É onde existe o saber, o trabalho, o progresso. A so-
ciedade do “outro” é atrasada. É o espaço da natureza,
cheio de selvagens, de bárbaros. Eles são estranhos
para nós.
Adaptado do livro “O Que é Etnocentrismo”, de Everardo
Rocha (Brasiliense, 1984, p. 7-22)
Texto 2
Descoberta de novos mundos
O antropólogo americano Loren Eiseley (1907-
1977) conta uma história que exprime um possível
encontro com outras realidades em nossa rotina. Para
Eiseley, descobrir outro mundo não é apenas um fato
imaginário, mas sim algo fantástico que acontece aos
homens e aos outros animais. Por vezes, as fronteiras
entre distintos universos resvalam ou interpenetram-
16
Praticando
o
Texto
Proposta 9:
Texto 1
O que são Parcerias Público-Privadas (PPP)?
A literatura internacional define uma PPP como
um contrato de longo prazo entre um governo (fede-
ral, estadual ou municipal) e uma entidade privada, no
qual essa entidade se compromete a oferecer serviços
de infraestrutura. Há diferentes tipos de contrato, em
que o setor público e o parceiro privado dividem entre
si as responsabilidades referentes ao financiamento,
ao projeto, construção, operação e manutenção da in-
fraestrutura. A empresa privada pode ser remunerada
tanto pela cobrança de tarifas diretamente aos usuários
(pedágio, por exemplo) quanto por pagamentos feitos a
ela diretamente pelo governo.
A definição acima difere do conceito de PPP estipu-
lado pela legislação brasileira, que é bem mais restrito.
[...] E qual seria a grande vantagem de um contrato de
PPP em relação ao modelo tradicional? A vantagem é
que, ao se contratar uma mesma empresa para cons-
truir (ou reformar/ampliar) uma infraestrutura e, em se-
guida, passar a operá-la, essa empresa terá incentivos
para fazer uma construção (reforma/ampliação) de boa
qualidade. Isso porque uma infraestrutura bem cons-
truída vai reduzir os custos de manutenção e reparo ao
longo do contrato de operação, bem como vai permitir a
prestação de um serviço de maior qualidade (viabilizan-
do ganhos financeiros quando a tarifa estiver atrelada à
qualidade do serviço prestado). [...].
Outra vantagem das PPPs é que elas trazem ca-
pital privado para investimentos em que antes só havia
dinheiro público. Como os orçamentos públicos estão
cada vez mais restritos frente à necessidade de man-
ter o equilíbrio fiscal, a entrada de capital privado é um
bem-vindo reforço ao financiamento das obras de infra-
estrutura.
Por Marcos Mendes. http: //www. brasil-economia-governo.org.br
Texto 2
GDF pretende repassar gestão de nove
espaços públicos a empresas
O governo do Distrito Federal anunciou que pre-
tende repassar à iniciativa privada a gestão de nove
empresas e espaços públicos ou serviços, como o Zo-
ológico, a Torre de TV, o Centro de Convenções, o Par-
que da Cidade, a iluminação pública da capital, o Par-
que Tecnológico Capital Digital, o Parque de Exposição
Granja do Torto e a Transbrasília (linhas de alta tensão
se: basta estar presente nesse momento. O antropó-
logo relata um fato que viu acontecer com um corvo:
“Esse corvo é meu vizinho e eu nunca lhe fiz mal algum,
mas ele tem o cuidado de se conservar no cimo das
árvores, de voar alto e de evitar a humanidade. O seu
mundo principia onde a minha vista acaba. Ora, uma
manhã, os nossos campos estavam mergulhados num
nevoeiro extraordinariamente espesso, e eu me dirigia
às apalpadelas para a estação. Bruscamente, à altura
dos meus olhos, surgiram duas asas negras, imensas,
precedidas por um bico gigantesco, e tudo isso passou
como um raio, soltando um grito de terror tal que eu
faço votos para que nunca mais ouça coisa semelhan-
te”. O grito não saiu da mente de Eiseley durante toda
a tarde, tamanha foi a sua intensidade. Em virtude do
denso nevoeiro, a fronteira entre o mundo do corvo e o
dele – um homem – resvalara, caíra, tombara. Aquele
corvo, que achava estar voando à altitude habitual, ti-
nha visto, subitamente, um espetáculo contrário, para
ele, às leis da natureza: um homem caminhando no
espaço, bem no centro do mundo dos corvos. A imensa
ave tinha se deparado com a manifestação de estra-
nheza mais completa que podia conceber. Na análise
de Eiseley, o animal tinha visto, pela primeira vez, um
fantástico homem voador: “Agora , quando me vê, lá
do alto, solta pequenos gritos, nos quais reconheço a
incerteza de um espírito cujo universo foi abalado. Já
não é e nunca mais será como os outros corvos”. Nin-
guém permanece igual quando se depara com o mun-
do do “outro”.
Adaptado do livro “O Despertar dos Mágicos”, de Louis
Pauwels (Tradução de Gina de Freitas para a editora Bertrand
Brasil, 1998, p. 23-25).
Formule um texto (de 20 a 25 linhas), dissertando a
respeito da questão do etnocentrismo na cultura oci-
dental. Serão valorizadas a coerência, a coesão e a
correção de sua escrita. Os trechos acima podem ser
citados, em seu texto, acompanhados, obrigatoriamen-
te, da menção às devidas fontes (nome do autor e título
da obra). Tema:
Autocrítica e autoconhecimento:
caminhos para o outro
17
2º
Ano
EN VUS
que passam por Águas Claras e Samambaia). As pro-
postas serão analisadas por grupos de trabalhos, que
devem elaborar em 60 dias as regras para a entrada do
capital privado.
O governador defende que o objetivo é promover
investimentos na cidade sem que o Estado tenha que
gastar para manutenção de serviços que não são es-
senciais à administração pública. “Não há nenhum tipo
de privatização. Há concessão de espaços para gestão
ou construção de equipamentos importantes”, reforçou
Rollemberg.
Fonte: <http: //g1.globo.com>(adaptado)
Texto 3
Texto 4
Com referência inicial aos textos motivadores apre-
sentados, que são unicamente motivadores, produza
um texto argumentativo do gênero Artigo de Opinião so-
bre o seguinte tema:
Privatização dos espaços públi-
cos, a melhor opção de progresso
no Brasil?
Instruções:
• Empregue a norma-padrão da Língua Portu-
guesa.
• Escreva em 1a
ou 3a
pessoa e, no mínimo, 25
linhas. Caso opte pela 1ª pessoa, assine como
José Teles ou Paula Menezes.
• Escreva um título.
• Revise seu texto e não reproduza em sua argu-
mentação os textos motivadores apresentados
nesta proposta.
Proposta 10:
(UNAMA)
Em importante periódico da imprensa brasileira, a
jornalista Mônica Bérgamo produziu a seguinte chama-
da para uma reportagem:
“1000 LUGARES PARA CONHECER ANTES DE
MORRER”, best-seller mundial da americana Patrícia
Schulz, lançado no Brasil pela Sextante, traz cerca de
20 paradas obrigatórias no país.
Entre essas 20 “paradas obrigatórias” brasileiras,
duas estão localizadas no estado do Pará: o Ver-o-Pe-
so e o Marajó. Mas certamente você, habitante de ou-
tras regiões do Brasil, conhece vários lugares, também
merecedores, na sua opinião, de serem conhecidos
por pessoas de qualquer lugar do mundo. Propõe-se,
então, que você escolha um desses lugares e escreva
uma carta argumentativa a um estrangeiro, real ou fic-
tício, para convencê-lo a vir conhecer o lugar que você
eleger. Em sua argumentação, ressalte as característi-
cas físicas e/ou humanas que fazem dele um lugar mui-
to especial. Não se esqueça de obedecer às seguintes
recomendações:
1. DESTINATÁRIO: estrangeiro, residente em ou-
tro país.
2. TRATAMENTO: tu, você, senhor ou senhora.
3. REMETENTE: um (a) morador (a) local.
4. O corpo da carta deve conter entre 18 e 25 li-
nhas.
5. Empregue a norma-padrão da Língua Portugue-
sa.
18
Praticando
o
Texto
Proposta 12:
Texto 1
“A faculdade, hoje, é tábua de salvação das fa-
mílias de classe média, que não conseguem acumu-
lar bens e precisam recompor seu patrimônio a cada
geração”, explica a socióloga Gisela Taschener, da
Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. Atualmente,
8% dos brasileiros possuem diploma universitário”. “A
universidade é valorizada porque, no mundo de hoje,
o capital do cidadão médio é sua escolaridade”, com-
pleta Gisela. Para as famílias que se equilibram com
dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade
de trocar o carro no final do ano, a faculdade dos filhos
é o único patrimônio que se pode deixar. Para os filhos
das famílias humildes, o diploma é uma das poucas
esperanças de ascensão social.
Veja, Escravos da Angústia, 12/11/1997
Texto 2
O vestibular, embora considerado injusto por mui-
tos, especialmente aqueles indolentes e incapazes de
superá-los, é um instrumento democrático, que propor-
ciona aos concorrentes igualdade de condições.
Vladimir Antonini, Curitiba, PR, Veja, Cartas, 19/11/97
Texto 3
Considero o vestibular a maior prova de ineficácia
do sistema educacional brasileiro. Não se pode anali-
sar um nível de conhecimento em apenas “uma tarde
de domingo”, principalmente porque estão presentes
aspectos emocionais que podem ser decisivos.
Rodrigo Frank de Souza Gomes, Fortaleza, CE, Veja, Cartas,
19/11/97
Texto 4
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, há um teste
depois do Ensino Médio, mas a avaliação depende de
várias outros fatores, entre eles o histórico escolar, as
cartas de recomendação e o resultado de entrevistas
na universidade. (...) Na França, quem conclui o Ensi-
no Médio tem direito à faculdade desde que seja capaz
de aguentar o ritmo puxado dos estudos superiores,
responsável pelo abandono do curso por mais da me-
tade dos matriculados.
Veja, Escravos da Angústia, 12/11/97
Proposta 11:
(UFMG) Leia estes trechos:
Texto 1
As mazelas do usuário
Haja paciência para usar computadores hoje em
dia. Mesmo os problemas de software do tipo interfa-
ces complicados, congelamentos constantes e erros
diversos são menos maus do que os desconfortos de
postura, iluminação, poluição sonora e outros que afe-
tam nosso corpo durante o uso do computador.
Antigamente, já foi muito pior, mas ainda hoje
quem mexe com computador está realmente muito in-
teressado ou não tem outra alternativa.
Lentamente, as cadeiras estão mais confortáveis,
escrivaninhas mais adaptadas e monitores com taxa
de atualização mais rápida, tudo isso cada vez mais
barato. Porém, mesmo com esses avanços, não foi
possível banir a dor nas costas, a lesão por esforço
repetitivo (LER), o cansaço nos olhos e na mente.
Van Amstel, Frederick. Disponível em: http://webinsider.uol.
com.br.
Texto 2
O destino do lixo digital
Um efeito da era digital que ninguém previu está
tirando o humor dos ambientalistas. Até 2004, deve-
rão ser descartados 315 milhões de micros em todo o
planeta.
O problema, no entanto, é maior do que o espaço
que monitores ou teclados ocupam na lata do lixo.
Muitas peças eletrônicas são feitas de metais pe-
sados, como mercúrio, níquel, cádmio, arsênio e chum-
bo, com efeitos tóxicos para a saúde do ser humano.
LOPES, A. L. Galileu. São Paulo, n. 109, ago. 2000. p. 66.
Redija uma carta aos autores dos textos 1 e 2, re-
futando os argumentos usados nesses trechos e apre-
sentando uma opinião diferente da defendida por eles.
• Não esqueça a data e o vocativo.
• Não assine sua carta. É proibida qualquer for-
ma de identificação.
19
2º
Ano
EN VUS
(VUNESP/98) Com referência aos textos elabore uma
CARTA ARGUMENTATIVA para o Ministro da Educa-
ção em que você explicite sua opinião sobre a neces-
sidade da realização do concurso vestibular para ter
acesso à universidade, desenvolvendo argumentos
adequados para defender seu ponto de vista. Dê-lhe
um título. É necessário assinar a carta com as suas ini-
ciais. O corpo da carta deve ter pelo menos 18 linhas.
Proposta 13:
(UNICAMP)
Durante o ano de 1995, intensificou-se no Rio de
Janeiro a onda de violência e sequestros. Uma das
respostas a essa onda de violência foi a Manifestação
Reage Rio, realizada no dia 28 de novembro como
um grande ato público a favor da paz. Na semana se-
guinte, em artigo publicado na página 2 da Folha de S.
Paulo, o jornalista Josias de Souza escreveu a esse
propósito: “O Rio que paga a carreirinha de coca é
o mesmo Rio que foge do sequestro, eis a verdade.
Diz-se que a violência vem do morro. Bobagem, tolice.
Como a passeata do Reage Rio, a violência também
é obra do carioca bem-posto. (...) Dois dos objetivos
palpáveis do Reage Rio são o reaparelhamento da
polícia e a urbanização das favelas. Erraram de alvo.
Estão mirando na direção errada. (...) Pouco adianta
dar novos 38 à polícia se não for interrompido o fluxo
de dinheiro que garante os AR-15 do tráfico.”
“O Rio cheira e berra”, 5/12/95
Essa análise é polêmica e você deverá levá-la em
consideração ao optar por uma das duas tarefas abai-
xo:
a) Concordando com a opinião do jornalista, es-
creva-lhe uma carta apresentando argumentos que a
apoiem.
b) Se você acha que o ato público cumpriu seus
objetivos, escreva uma carta aos organizadores, elo-
giando a iniciativa, defendendo sua validade e reba-
tendo os argumentos do jornalista.
Proposta 14
(VUNESP)
Há alguns anos, quando os acidentes de trânsito
aumentaram assustadoramente, começou-se a pensar
seriamente na educação para o trânsito. A tentativa de
conscientização da necessidade de obedecer à sinali-
zação, ao limite de velocidade, a fim de usar o veículo
como um meio de ida e não como uma possibilidade
de morte, ganhou dimensão nacional, incluindo orien-
tação nas escolas. No entanto, as estatísticas mostra-
vam que a violência no trânsito crescia cada vez mais.
Agora, com a implantação da nova lei, a imprensa noti-
cia a diminuição do número de acidentes, de mortes e
de multas, em até 40%. Mera coincidência?
Com referência às considerações dadas, faça uma
carta argumentativa para alguma publicação jornalísti-
ca ou responsáveis pelo setor no país, em que você
emita a sua opinião sobre o fato e, principalmente,
sobre a nova lei do trânsito recentemente implantada
no Brasil. Apresente sugestões de implementação da
nova lei de trânsito. É necessário assinar a carta com
o pseudônimo “Brasileiro Consciente”.
O corpo da carta deve ter entre 18 e 25 linhas.
Proposta 15:
Texto 1
No subsolo da América do Sul, há um imenso re-
servatório de água pura, com mais líquido do que o
existente em todos os rios do mundo. Essa fonte valio-
sa precisa ser protegida para que possa servir no futu-
ro. (...) No planeta, 97,3% da água está nos oceanos
e mares, 2% nas calotas polares e no vapor d’ água
da atmosfera, inacessíveis, e 0,7% nos rios, lagos e
aquíferos que nos abastecem. Enquanto os povos do
Oriente Médio penam por algumas gotas, o brasileiro
tem 20% do total de volume de água disponível na Ter-
ra. E não corre o risco de esgotamento, isto é, desde
que o Brasil adquira a competência necessária para
preservar suas fontes murmurantes e aprenda a mane-
jar a abundância com parcimônia. No entanto o nosso
desperdício chega a ser criminoso: na região Sudeste,
as companhias de abastecimento perdem em média
30% da água já tratada, em vazamentos. No Nordeste,
a perda chega a 60%. “Se isso não mudar, pode haver
muita água no país, mas um dia vai faltar na torneira”,
diz o geólogo Aldo Rebouças.
Revista SUPERINTERESSANTE, julho/09
20
Praticando
o
Texto
Proposta 16:
Texto 1
Geração celularizada
Até pouco tempo atrás, o celular não era tão indis-
pensável na vida das pessoas como hoje, estas se en-
contravam mais ou se falavam pelo telefone de casa.
O tempo passou, as novas tecnologias tornaram a
vida das pessoas um pouco mais fácil, e o celular cola-
borou para essa comodidade.
Hoje em dia, os celulares vêm mais equipados do
que nunca: câmera fotográfica, de vídeo, calculadora,
despertador, tocador de música, rádio, jogos etc. No
entanto, não esqueçamos que o telefone foi concebido
para nos comunicar.
Texto 2
Nos Estados Unidos, sete em cada dez adolescen-
tes têm smartphones. O uso excessivo do celular deu
origem ao documentário “screenagers”.
Esta semana uma pesquisa do IBGE mostrou que
o celular se tornou o principal meio de acesso à internet
no Brasil — e esse fenômeno não é uma exclusividade
daqui. Nos Estados Unidos, isso tem causado problema
doméstico.
É uma batalha diária. Nos Estados Unidos, sete em
cada dez adolescentes têm smartphones. Eles querem
cada vez mais tempo para usar. Os pais acham que eles
usam tempo demais. Lily reconhece: “É a maior briga da
minha casa. Eles abusam das telinhas”.
Para Stella, é uma questão de idade. “Quando a
minha mãe era criança, não tinha eletrônicos. Hoje, a
gente precisa deles pra socializar e se divertir”, diz.
É o velho “conflito de gerações”, em versão eletrôni-
ca. Dentro das telinhas cabe o mundo inteiro. E ainda o
bate-papo com os amigos, a rede social, a pesquisa da
escola, o dever de casa e a tentação do jogo. O proble-
ma é que quem mergulha fundo nesse universo virtual
acaba se esquecendo de olhar para o mundo aqui fora.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/04/
Texto 2
Conscientização. No Dia Internacional da Água
(22 de março), destacado hoje em todo o mundo, essa
é a palavra mais enfatizada pela professora Urânia P.
Sperling. O produto responsável pela vida das pes-
soas continua sendo um sonho para muitos. Pelotas,
agraciada com um manancial hídrico como poucas ci-
dades dispõem, não dá a importância que deveria à
água. A reeducação de nossos hábitos de consumo
não pode mais ser protelada – diz Urânia. Recai sobre
a nova geração, principalmente, essa tarefa. Embora o
planeta seja formado na sua grande maioria por água,
menos de 2% está disponível ao consumo, e essa pe-
quena fatia está sendo poluída, desperdiçada. É uma
questão cultural. Eu não vejo como possa ser resolvida
a curto prazo, afirma a professora.
enemred.blogspot.com/2013/06/
Texto 3
A filosofia grega parece começar com uma ideia
absurda, com a proposição: a água é a origem e a ma-
triz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-
nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões: em
primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque
o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro
lugar, porque nela, embora apenas em estado de cri-
sálida, está contido o pensamento: “Tudo é um”.
(Friedrich Nietzsche, “Os filósofos trágicos”, in: Os pré-socráti-
cos, Col. Os pensadores. São Paulo, Abril Cultural.)
Texto 4
Com referência inicial aos textos apresentados,
que são unicamente motivadores, redija uma disserta-
ção argumentativa sobre o seguinte tema:
Crise hídrica: reflexo de uma so-
ciedade de consumo
Instruções:
• Escreva, no mínimo, 25 linhas.
• Utilize 3ª pessoa.
• Na sua argumentação, relacione aspectos so-
cioeconômicos e culturais.
• Revise sua redação com atenção.
• Trechos copiados ou parafraseados serão des-
considerados.
21
2º
Ano
EN VUS
Produza uma carta do leitor para ser publicada no
jornal “Gazeta da Hora”, na seção Ideias em Confron-
to, com o propósito de emitir um posicionamento crítico
acerca da opinião sobre
o celular no cotidiano
das pessoas.
Instruções:
Sua carta deverá, obrigatoriamente, atender às se-
guintes exigências:
• apresentar argumentos que fundamentem o
seu ponto de vista;
• ser redigida na variedade padrão da Língua
Portuguesa;
• não ser escrita em versos;
• conter, no mínimo, 20 linhas (corpo do texto);
• ser assinada com UM dos seguintes pseudô-
nimos: Um cidadão brasileiro ou Uma cidadã
brasileira.
Texto 2
http://g1.globo.com/
Texto 3
Texto 4
“Minha história? Escutais: o passado é um túmulo!
Perguntai ao sepulcro a história do cadáver! Ele guarda
o segredo... Dir-vos-á apenas que tem no seio um corpo
que se corrompe! Lerei sobre a lousa um nome — e não
mais!”
Fragmento de Noite na Taverna - Álvares de Azevedo
Proposta de Redação:
Em Noite na Taverna não há justiça, probidade,
remorso nem compaixão. Os rapazes na taverna, en-
quanto contam suas aventuras, são como anjos da mor-
te e da destruição que semeiam a ruína e o desastre por
onde passam. Sua postura é narcisista. Apenas bus-
cam o prazer e a satisfação dos próprios desejos.
Nesse sentido, redija um texto dissertativo-argu-
mentativo em que se discuta como a banalização do
corpo, em suas diferentes modalidades, ocorria
com a juventude do século XIX, e de que forma ela
se revela no século XXI.
Proposta 17:
Texto 1
A adolescência, sobretudo no século XX, foi eleva-
da como representante e expressão máxima da juven-
tude, da potência, da beleza, da liberdade, do gozo, do
espírito crítico e contestador, do progresso, da disposi-
ção para a mudança e de tantos outros atributos que a
tornaram uma fase bastante prestigiada e cobiçada.
É verdade, também, que essa fase foi vista como
momento de vivência das grandes crises (afetivas, emo-
cionais, de identidade, de valores etc.) e sofrimentos.
Porém, tais crises foram consideradas positivas e
construtivas já que o saldo final sempre representava
um ganho e melhoria do sujeito. Aliás, a própria ideia
de crise alude a movimento, mudanças, ruptura e de-
sestruturação que, embora possam estar associadas a
sofrimentos, trazem como significação básica a poten-
cialização da vida e a dinamização do sujeito e do seu
mundo.
http://www.scielo.br/scielo
22
Praticando
o
Texto
Proposta 18:
(UNESP)
Texto 1
Dos 594 deputados e senadores em exercício no
Congresso Nacional, 190 (32%) já foram condenados
na Justiça e/ou nos Tribunais de Contas.
As ocorrências se encaixam em quatro grandes
áreas: irregularidades em contas e processos admi-
nistrativos no âmbito dos Tribunais de Contas (como
fraudes em licitações); citações na Justiça Eleitoral
(contas de campanha rejeitadas, compra de votos, por
exemplo); condenações na Justiça referentes à lida
com o bem público no exercício da função (enriqueci-
mento ilícito, peculato etc.); e outros (homicídio culpo-
so, trabalho degradante etc.).
Natália Paiva. www.transparencia.org.br. Adaptado.
Texto 2
Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou
um ideal de cidadania política sem vínculos com a
efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprende-
mos que devemos ser cidadãos; na prática, que não
é possível, nem desejável, comportarmo-nos como ci-
dadãos. A face política do modelo de identidade nacio-
nal é permanentemente corroída pelo desrespeito aos
nossos ideais de conduta.
Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradi-
ção democrática, na qual somos todos iguais perante
a lei em que o direito à vida, à liberdade e à busca da
felicidade é uma propriedade inalienável de cada um
de nós. Na realidade, ser brasileiro significa viver em
um sistema socioeconômico injusto, no qual a lei só
existe para os pobres e para os inimigos, e os direitos
individuais são monopólio dos poucos que têm muito.
Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo co-
agido a reagir de duas maneiras. Na primeira, com
apatia e desesperança. É o caso dos que continuam
acreditando nos valores ideais da cultura e não que-
rem converter-se ao cinismo das classes dominantes
e dos seus seguidores. Essas pessoas experimen-
tam uma notável diminuição da autoestima na iden-
tidade de cidadão, pois não aceitam conviver com o
baixo padrão de moralidade vigente, tampouco sabem
como agir honradamente sem se tornarem vítimas de
abusos e humilhações de toda ordem. Deixam-se as-
sim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à
identidade nacional, abandonando o país. Na segunda
maneira, a mais nociva, o indivíduo adere à ética da
sobrevivência ou à lei do vale-tudo: pensa escapar à
delinquência, tornando-se delinquente.
Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.
Texto 3
Se o eleitorado tem bastante clareza quanto à
falta de honestidade dos políticos brasileiros, não se
pode dizer o mesmo em relação à sua própria imagem
como “povo brasileiro”. Isto pode ser um reflexo do
aclamado “jeitinho brasileiro”, ora motivo de orgulho,
ora de vergonha.
De qualquer forma, fica claro que há problemas
tanto quando se fala de honestidade de uma forma
genérica, como quando há abordagem específica de
comportamentos antiéticos, alguns ilegais: a “caixinha”
para o guarda não multar, a sonegação de impostos,
a compra de produtos piratas, as fraudes no seguro,
entre outros. A questão que está posta aqui é que a
população parece não relacionar seus “pequenos des-
vios” com o comportamento desonesto atribuído aos
políticos.
Silvia Cervellini. www.ibope.com.br. Adaptado.
Com base nos textos apresentados e em seus
próprios conhecimentos, escreva uma redação de gê-
nero dissertativo-argumentativo, empregando a nor-
ma-padrão da Língua Portuguesa, com no mínimo 25
linhas, sobre o tema
Corrupção no Congresso Nacional:
reflexo da sociedade brasileira?
Seu texto deve apresentar obrigatoriamente os se-
guintes aspectos:
1. Argumentos com apoio no comentário a respei-
to da obra Noite na Taverna.
2. Reflexão sobre a banalização do corpo.
Instruções:
• Escreva, no mínimo, 25 linhas.
• Em seu texto, empregue 3a
pessoa.
• Revise sua redação com atenção.
23
2º
Ano
EN VUS
Proposta 19:
Universidade Federal de Lavras – UFLA (2014). O po-
liticamente correto acabou se transformando numa es-
pécie de censura. Na vida acadêmica acabou se trans-
formando numa espécie de lobby para eliminar pessoas
que não concordam com aquelas que têm poder ins-
titucional. No fundo se transformou numa espécie de
patrulha. E, nesse sentido, parece-me bastante imoral.
Pondé
Entre os humoristas daqui impera o velho discur-
so da liberdade de expressão. E o raciocínio de que a
própria graça da piada (ou ausência dela) dá a medida
do que deve ser dito ou não. “Acho absurdo usarem o
argumento da liberdade de expressão como justificativa
para esse tipo de piada. Não foi para isso que pessoas
morreram pela democracia”, diz o escritor, dramaturgo
e jornalista Marcelo Rubens Paiva. “Grosseria não é
um elemento de humor, é uma questão equivocada de
ignorância histórica, de não saber os limites do que é
engraçado.”
Osmar Paixão
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E CO-
LETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
III – ninguém será submetido a tortura nem a trata-
mento desumano ou degradante;
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcio-
nal ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
[...]
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, ar-
tística, científica e de comunicação independentemente
de censura ou licença;
[...]
Com referência inicial aos textos, que são única-
mente motivadires, redija um ARTIGO DE OPINIÃO
que discuta os limites do humor entre a liberdade
de expressão e o respeito aos direitos individuais.
24
Praticando
o
Texto
Proposta 20:
(UEM)
Texto 1
Influência dos pais na hora da escolha
Para a coordenadora do curso de Pedagogia do
Isca Faculdades, Alessandra Pascotto, os adolescen-
tes precisam de um direcionamento saudável, sem a
imposição dos pais. A influência deve ser vista como
uma orientação, segundo Alessandra. A pedagoga ex-
plicou que o adolescente não tem condição de fazer
essa escolha sozinho, por isso precisa da ajuda dos
pais, dos familiares e dos amigos. “Eles são muito jo-
vens e precisam de um direcionamento. Os pais podem
levá-los para fazer um teste vocacional, para conhecer
uma pessoa que é formada na área que escolheram e
até visitar a faculdade e conversar com os professores”.
(...)
Tão naturalmente como foi a escolha de Vitória
Pinatto, 18 anos, que está estudando para passar no
curso de Administração de Empresas. “Meus pais me
influenciaram de forma indireta. Minha mãe tem uma
loja e meu pai trabalha em uma empresa. Vendo o con-
tato deles com a área de administração, acabei optando
por fazer uma faculdade nessa área, espelho-me muito
neles”.
Stefanie Archilli (Texto adaptado de <http://www.jlmais.com
Texto 2
A 1ª escolha profissional do adolescente:
quem influencia?
Quem tem um adolescente em casa sabe, sente na
pele a pressão e a ansiedade do momento da primeira
escolha profissional. (...)
Esse momento é inegavelmente tenso. (...)
Desafia cada membro da família a pensar alter-
nativas, buscar seus próprios sonhos, tentar resgatar
aquele desejo de realizar algo que não foi possível até
então. Desde o clássico exemplo de pais sedentos por
realizar seus anseios através do filho até o envolvimen-
to de avós, tios, irmãos, primos e amigos de convivên-
cia próxima à família.
O jovem é visto como um papel em branco, pronto
para receber qualquer história, seja para salvar aquele
projeto que não teve sua chance no passado seja para
confirmar as próprias escolhas realizadas, devendo,
portanto, ser repetidas. (...)
O risco de o jovem ser direcionado é decidir a partir
de expectativas de outras pessoas (no caso, os pais), e
não de seus próprios anseios. Por consequência, abre-
se espaço à frustração, uma vez que as necessidades
pessoais (do adolescente) não foram consideradas.
Anaí Auada (Texto adaptado de <http://www.mundovestibular.
com.br/articles/
Tendo como apoio os textos 1 e 2, produza um AR-
TIGO DE OPINIÃO, com no mínimo 25 e no máximo
30 linhas sobre o tema “A influência dos pais pode
ser positiva ou negativa na escolha profissional dos
filhos?” Você deverá dar um título ao seu artigo. Para
orientar sua produção, considere que seu texto será
publicado em um jornal de circulação local, cujos leito-
res podem ter uma opinião diversa da sua, ou podem
não ter ainda uma opinião formada sobre a questão em
pauta.
Proposta 21 (Subprograma 2015-
2017 - 2ª Etapa)
Texto 1
(...)
— Nada tenho que ver com a ciência; mas, se tan-
tos homens em quem supomos juízo são reclusos por
dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alie-
nista?
(...)
O alienista oficiara à Câmara expondo: — 1°, que
verificara das estatísticas da vila e da Casa Verde, que
quatro quintos da população estavam aposentados
naquele estabelecimento; 2°, que esta deslocação de
população levara-o a examinar os fundamentos da sua
teoria das moléstias cerebrais, teoria que excluía do do-
mínio da razão todos os casos em que o equilíbrio das
faculdades não fosse perfeito e absoluto; 3°, que, desse
exame e do fato estatístico, resultara para ele a convic-
ção de que a verdadeira doutrina não era aquela, mas
a oposta, e portanto, que se devia admitir como normal
e exemplar o desequilíbrio das faculdades e como hipó-
teses patológicas todos os casos em que aquele equi-
líbrio fosse ininterrupto; 4°, que à vista disso declarava
à Câmara que ia dar liberdade aos reclusos da Casa
Verde e agasalhar nela as pessoas que se achassem
nas condições agora expostas. (...)
Entretanto, a Câmara adotou sem debate uma pos-
tura autorizando o alienista a agasalhar na Casa Verde
as pessoas que se achassem no gozo do perfeito equi-
líbrio das faculdades mentais.
Machado de Assis. O alienista (com adaptações).
25
2º
Ano
EN VUS
Texto 2
Temos de aceitar que nem toda angústia humana
é transtorno psiquiátrico e que não há uma pílula para
cada problema. Muitas emoções e comportamentos
são simplesmente parte da natureza humana. A medi-
cação psiquiátrica é essencial para tratar os verdadei-
ros problemas psiquiátricos. Um diagnóstico psiquiátri-
co preciso pode melhorar muito a vida de uma pessoa;
um impreciso provoca estigma e leva a tratamentos
desnecessários.
Allen Frances, em entrevista à Folha de S.Paulo.
11/9/2016.
Texto 3
A “caixa da normalidade” está cada vez menor e a
culpa é do excesso de diagnósticos de doenças men-
tais. Estamos patologizando comportamentos normais.
Dale Acher. In: Folhapress. 5/11/2013.
Considerando os fragmentos de texto acima como
motivadores e utilizando a modalidade padrão da língua
portuguesa, redija um texto dissertativo comentando o
diálogo a seguir, extraído da obra Alice no País das
Maravilhas, de Lewis Carroll. Em seu texto, argumente
a favor ou contra o que afirma o Gato, considerando
que a afirmação se aplica aos seres humanos em geral.
— Mas não quero me meter com gente louca,
Alice observou.
— Oh! É inevitável, disse o Gato, somos todos
loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca.
Proposta 22:
Texto 1
A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condi-
ções de acesso à educação e saúde e estabelece pu-
nições para atitudes discriminatórias contra essa par-
cela da população. Hoje no Brasil existem 45 milhões
de pessoas com algum tipo de deficiência.
A lei foi sancionada pelo governo federal em julho
e passa a valer somente agora, 180 dias após sua pu-
blicação no Diário Oficial da União. Um dos avanços
trazidos pela lei foi a proibição da cobrança de valores
adicionais em matrículas e mensalidades de institui-
ções de ensino privadas. O fim da chamada taxa extra,
cobrada apenas de alunos com deficiência, era uma
demanda de entidades que lutam pelos direitos das
pessoas com deficiência. Quem impedir ou dificultar
o ingresso da pessoa com deficiência em planos pri-
vados de saúde está sujeito a pena de dois a cinco
anos de detenção, além de multa. A mesma punição
se aplica a quem negar emprego, recusar assistência
médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em ra-
zão de sua deficiência.
Disponível em: < http://exame.abril.com.br/brasil/Adaptado.
Texto 2
A Constituição Brasileira, de 1988, prevê o direi-
to universal à Educação em seu artigo 208. O Esta-
tuto da Criança e do Adolescente, de 1990, garante
o mesmo. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases (Lei
9394/96) definiu regras a respeito da inclusão escolar,
que foram reforçadas pela Política Nacional de Espe-
cial na Perspectiva da Educação Inclusiva, publicada
em 2007. Todos esses passos foram dados em direção
a uma educação a que todos tenham acesso, indepen-
dentemente de dificuldades físicas e intelectuais – e
de qualquer outra natureza.
“Não há como dissociar a inclusão educacional da
social”, afirma a psicopedagoga Mary Lopes Frizanco,
de São Bernardo do Campo (SP), lembrando que a
exclusão escolar no Brasil também atinge os pobres
e outros grupos vítimas de preconceito. “As escolas
tiveram o prazo de 10 anos, dado pelo MEC, para se
adaptar à realidade da inclusão. Esse período acabou
em 2010, mas ainda estamos caminhando nesse sen-
tido”, pondera a especialista em educação especial.
[…]
Aceitar alunos com dificuldades de aprendizado é
uma coisa; garantir a eles o real acesso ao conteúdo é
outra. Em outras palavras, a inclusão na prática é dife-
rente da do papel. “Dar a vaga porque existe a lei não é
suficiente”, ressalta a psicopedagoga Sheila Pinheiro,
lembrando que, a partir do momento em que a escola
recebe uma criança com deficiência, todos, do porteiro
ao diretor, têm de participar do processo de inclusão.
“A diferença deve ser aceita com naturalidade, afinal,
todos somos singulares”, argumenta Mary Lopes.
Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/
26
Praticando
o
Texto
Proposta 23:
Queiramos ou não, vivemos em um mundo globa-
lizado.Entre outras coisas, isso significa que os desti-
nos dos diferentes povos que habitam a Terra se en-
contram cada vez mais interligados e imbricados uns
nos outros — fenômeno que vem sendo chamado de
transnacionalização da nossa vida cultural e econô-
mica. O outro lado dessa mesma moeda se chama
desterritorialização das pessoas — que, por motivos
diversos, tornam-se, em número cada vez maior, ci-
dadãs do mundo — e de suas práticas identitárias.
Essa nova relação entre as pessoas das diferentes
regiões do mundo, das mais variadas etnias e línguas,
de histórias e tradições diferentes se deu como conse-
quência imediata do rompimento de barreiras que, até
pouco tempo, pareciam intransponíveis e serviam de
impedimento a qualquer forma de aproximação entre
os povos, a não ser com propósitos nada amigáveis.
Kanavillil Rajagopalan. Por uma linguística crítica: lingua-
gem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial,
2003 (com adaptações).
O texto de Kanavillil Rajagopalan aborda algumas
transformações na vida em sociedade em tempos
de globalização. Indique uma delas e discorra sobre
suas consequências negativas para as sociedades.
Em seguida, elabore uma proposta de intervenção
que amenize tais efeitos negativos na vida sociocultu-
ral dos sujeitos envolvidos.
• Escreva, no mínimo, 20 linhas.
• Empregue a 3ª pessoa.
Proposta 24:
Texto 1
A escolha profissional passava necessariamente
pela ideia de frequentar um curso de qualidade, que
dava uma excelente cultura geral e preparo adequa-
do para exercer uma profissão que era reputada como
digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou
por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem
aceita e apontada às moças como exemplo de honesti-
dade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o
Texto 3
Aplicativo gratuito auxilia crianças
com deficiência
“Todas as crianças aprendem no dia a dia, brin-
cando, participando das atividades de vida diária, em
casa, na escola, em diversos ambientes. No caso de
uma criança com deficiência é da mesma forma, mas
esse aprendizado muitas vezes precisa de orientações
e um acompanhamento especializado”, defende.
Foi com essa proposta que ele criou o app Minha
Rotina Especial, lançado em 2015. A ideia era criar um
software de baixo custo, instalado num aparelho com
que as crianças já estão habituadas, com informações
personalizadas para ajudar em sua organização an-
tes da tarefa e visualização posterior para relembrar
o que foi feito, ajudando a reforçar o aprendizado. A
proposta também era que os cuidadores, os profissio-
nais de educação e reabilitação pudessem acompa-
nhar o desenvolvimento das crianças com deficiência,
personalizando orientações, compartilhando relatórios
e objetivos para as crianças com deficiência nas ativi-
dades diárias.
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/.
Texto 4
Até que, em 2008, após anos de debates, a Políti-
ca Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva acabou com a escolha entre ensi-
no regular e especial.
A nova política começou a mudar os padrões ao
definir com clareza como deve ser oferecida a Educa-
ção para todos os que têm deficiência. Não por aca-
so, nesse mesmo ano, pela primeira vez, o número de
alunos com necessidades especiais no ensino regular
superou o de matriculados em salas especiais.
Disponível em: < http://novaescola.org.br/
Proposta de redação:
Com referência inicial aos textos, que são unica-
mente motivadores, e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dis-
sertativo-argumentativo em norma-padrão da língua
portuguesa, com mínimo de 20 e máximo de 30 linhas,
sobre o tema:
Escola inclusiva no Brasil:
direito da família
27
2º
Ano
EN VUS
professor. A família tinha grande figura da professora e
do professor em grande consideração e estes detinham
um prestígio social que estava em claro desacordo com
a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um
prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo.
ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: a paixão pelo possível.
São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).
Texto 2
O estatuto social e econômico é a chave para o
estudo dos professores e da sua profissão. Num olhar
rápido temos a impressão de que a imagem social e
a condição econômica dos professores se encontram
num estado de grande degradação, sentimento que é
confirmado por certos discursos das organizações sin-
dicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada
vez que a análise é mais fina, os resultados são me-
nos concludentes e a profissão docente continua a re-
velar facetas atrativas. É evidente que há uma perda
de prestígio, associada à alteração do papel tradicional
dos professores no meio local: os professores do ensi-
no primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos
agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os
professores do ensino secundário já não pertencem à
elite social das cidades.
NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In
NÓVOA, A. (Ed.). Profissão professor. Porto: Porto Editora, 1995
(adaptado).
Texto 3
Disponível em: http://www.sinpro-rs.org.br. (adaptado).
Texto 4
Disponível em: http://www.sinprodf.org.br.
Com referencia à leitura dos textos motivadores e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
sobre o tema O histórico desafio de se valorizar o
professor, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e re-
lacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista. Escreva, pelo me-
nos, 20 linhas.
Proposta 25:
Texto 1
“– Não é possível guardar a mínima alegria — disse
ele. Em coisa alguma. Nenhum vitral retém a claridade.
(...) Ela apertou o braço do marido e sorriu, a sen-
tir que um júbilo quase angustioso jorrava de seu ínti-
mo. Compreendera que tudo aquilo era inapreensível:
enganara-se ou subestimara o instante ao julgar que
poderia guardá-lo. “Que este momento me possua, me
ilumine e desapareça — pensava. Eu o vivi. Eu o estou
vivendo.”
Sentia que a luz do sol a trespassava, como a um
vitral”.
Trecho do conto “O Vitral”, de Osman Lins.
Texto 2
Droga faz cérebro “esquecer” más lembranças
Cientistas descobriram um remédio que ajuda a
curar o sofrimento causado por más lembranças. De
acordo com o estudo publicado no periódico Journal
28
Praticando
o
Texto
of Clinical Endocrinology & Metabolism, sob o efeito
da droga metirapona, indivíduos que têm más recor-
dações reduzem a habilidade do cérebro de repassar
esses momentos. A pesquisa, desenvolvida pela Uni-
versidade de Montreal e pelo Centro de Estudos do
Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine (am-
bos no Canadá), desafia a teoria de que as memórias
não podem ser modificadas uma vez armazenadas no
cérebro.
http://veja.abril.com.br/ciencia/droga-faz-cerebro-esquecer
-mas-lembrancas/
Texto 3
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
Texto 4
Especialistas questionam droga que promete
“apagar” más lembranças
O ser humano contemporâneo tem tantas ferra-
mentas tecnológicas que perdeu a noção de humanida-
de. Esquece que o sofrimento é o motor do desenvol-
vimento humano. As medicações são eficientes, mas
estão diminuindo nossa força de romper nossos limites.
O sofrimento deve ser vencido, ele se transforma em
ação.
É o que defende Cecília Coimbra, de 73 anos, ex-
militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Era
estudante quando foi presa em 28 de agosto de 1970,
no Rio de Janeiro. Foi torturada e sofreu abusos sexu-
ais. No auge da crueldade, com o corpo nu e amarrado
em uma cadeira, foi exposta a um filhote de jacaré, que
percorreu sua pele. Esse cenário de horror fez parte de
sua vida por três meses e meio.
Após 15 anos, ela decidiu contar sua história por
meio do grupo Tortura Nunca Mais. Foi quando a dor
começou a ser amenizada: “Percebi que fui para outro
patamar. Eu saí daquela situação de vítima para a de
sobrevivente, que usa a sua dor para batalhar”, afir-
mou. Encarar a dor de frente é muito mais aconselhável
do que ficar se martirizando dentro de quatro paredes
de um consultório. Sem minhas lembranças, seria uma
pessoa mais pobre. Acho que minha vida enriqueceu
muito com essa experiência”.
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/
Os textos acima apresentam em comum ideias e
impressões sobre a memória, a necessidade de retê-la
e/ou de abandoná-la. Produza um texto dissertativo-ar-
gumentativo que reflita sobre
A importância da memória para a
constituição psíquica e social do
homem
Instruções:
• Trace um paralelo sobre as diversas maneiras
com as quais, no decorrer do tempo, o ser hu-
mano vem lidando com as lembranças.
• Escreva, no mínimo, 25 linhas.
• Em seu texto, empregue 3ª pessoa.
Proposta 26:
Leia os textos a seguir para fazer o que se pede.
Texto 1
O chefe do Governo Provisório da República dos
Estados Unidos do Brasil, usando das atribuições que
lhe confere o artigo 1. do decreto n. 19.398, de 11 de
novembro de 1930, decreta:
[...]
Art. 3. - Consideram-se maus-tratos:
I - Praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer
animal;
II - Manter animais em lugares anti-higiênicos ou
que lhes impeçam a respiração, o movimento ou o des-
canso, ou os privem de ar ou luz;
III - Obrigar animais a trabalhos excessivos ou su-
periores às suas forças e a todo ato que resulte em so-
frimento para deles obter esforços que, razoavelmente
não se lhes possam exigir senão com castigo;
IV - Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qual-
29
2º
Ano
EN VUS
quer órgão ou tecido, exceto a castração, só para ani-
mais domésticos, ou operações outras praticadas em
benefício exclusivo do animal e as exigidas para defesa
do homem, ou no interesse da ciência;
V - Abandonar animal doente, ferido, extenuado ou
mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que
humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assis-
tência veterinária;
[…]
VIII - Atrelar num mesmo veículo, instrumento agrí-
cola ou industrial, bovinos com suínos, com muares ou
com asinos, sendo somente permitido o trabalho em
conjunto a animais da mesma espécie;
IX - Atrelar animais a veículos sem os apetrechos
indispensáveis, como sejam balancins, ganchos e lan-
ças ou com arreios incompletos;
[…]
XI - Acoitar, golpear ou castigar por qualquer forma
a um animal caído sob o veículo ou com ele, devendo o
condutor desprendê-lo para levantar-se;
Texto 2
Quem vai ao circo que tem animais em suas exi-
bições quase nunca percebe a realidade por trás do
espetáculo. O sofrimento que esses animais passam
ao longo de suas vidas dentro do circo chega ser supe-
rior ao de um animal abandonado. Por trás de um urso
batendo palmas, um macaco vestido pedalando uma
bicicleta ou um elefante se equilibrando em uma pata
só, esconde-se toda uma série de torturas abomináveis
que transforma esses animais em meros fantoches de
seus “domadores”, que travestem suas covardias com
esses animais em “bravuras” ao enfiar a cabeça dentro
da boca ou obrigá-lo a se ajoelhar defronte a plateia.
[...]
Texto 3
O tratamento que os animais recebem
• Antes de chegarem no Circo, passam por me-
ses de tortura, que começa na captura em seu
habitat natural, são laçados, arrastados e mui-
tas vezes até alvejados para caírem feridos.
São transportados (traficados) em jaulas pe-
quenas e apertadas.
• Já no circo tem inicio o processo de domestica-
ção dos animais, em que levam surras diárias,
ficam sobre seus próprios excrementos, são
privados de alimentação e água, tudo isso até
que seu “espírito seja quebrado” e passem a
obedecer.
• Os elefantes sofrem de problemas nas patas
por falta de exercício, pois na natureza elefan-
tes andam dezenas de quilômetros diariamen-
te.
• No circo os elefantes permanecem acorrenta-
dos o tempo inteiro, e os outros animais ficam
enjaulados em condições extremas de maus-
tratos.
• O comportamento dos animais que ficam a
mexer constantemente a cabeça ou andando
próximo às grades num frenético vai e vem, é
uma das características de neurose e stress do
cativeiro. Esse comportamento também é en-
contrado em animais nos zoológicos.
Disponível em https://idealismodebuteco.wordpress.com/
Proposta de redação:
Considerando os textos acima de caráter exclusi-
vamente motivador, redija um texto dissertativo-argu-
mentativo sobre o seguinte tema : Os desafios em
conter os maus-tratos contra os animais. Seu texto
deve ter, no máximo, 30 linhas e, no mínimo, 25 linhas.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto
de vista.
Proposta 27:
Texto 1
O Governo Federal vai implementar um plano de
ação nacional para o enfrentamento das mortes em de-
corrência da violência no trânsito. A proposta do plano
de Segurança no Trânsito em Defesa da Vida envolve
sete ministérios – da Saúde, Cidades, Justiça, Trabalho
e Emprego, Previdência, Educação e Transportes –, co-
ordenados pela Casa Civil. A proposta foi apresentada
aos governadores com o objetivo de destacar a neces-
sidade da participação dos estados na coordenação de
ações e mobilização intersetorial e da sociedade para
reduzir a violência no trânsito. “No eixo Fiscalização,
a ideia é intensificar as ações, priorizando aspectos
como a mistura álcool/direção, excesso de velocidade,
uso dos equipamentos obrigatórios de segurança, ha-
bilitação válida e condição segura do veículo”, explicou
o ministro.
Fonte: http: //www. brasil. gov. br/saude/
30
Praticando
o
Texto
Texto 2
“Educar para o trânsito não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também deve contribuir
para formar cidadãos responsáveis, autônomos e comprometidos com a preservação da vida. Diante do quadro
de violência que vem se apresentando no trânsito e também em outras esferas sociais, torna-se necessário o en-
volvimento de toda a sociedade nessa tarefa de educar, na qual a família e a escola são a base formadora e não
podem se eximir de tal responsabilidade. ”
Fonte: http: //www. cettrans.com.br/educacao-de-transito. php
Texto 3
Com referência à leitura dos textos motivadores acima e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da Língua Portuguesa sobre o
tema A influência da educação no trânsito no Brasil. Apresente proposta de intervenção, que respeite os di-
reitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
Instruções:
• Empregue a norma-padrão da Língua Portuguesa, atentando-se à nova ortografia.
• Escreva em 3a
pessoa e, no mínimo, 25 linhas.
• Revise seu texto com atenção.
• Não reproduza em sua argumentação os textos motivadores apresentados na proposta.
31
2º
Ano
EN VUS
Proposta 28:
Texto 1
Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só
na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento
de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país.
WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.
br.
Texto 2
BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço
2014. Central de Atendimento à Mulher:
Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br
(adaptado)
Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br
(adaptado).
Texto 3
Texto 4
Fontes: Conselho Nacional de Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Políticas para as Mulheres
Disponível em: www.istoe.com.br (adaptado).
Com referência à leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, apresentando proposta de inter-
venção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumen-
tos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
32
Praticando
o
Texto
Proposta 29:
Acesse o Youtube para assistir ao premiado curta
“Razão x Emoção”.
Essa animação inspirou o filme “Divertida Mente”
(Inside Out) da PIXAR.
Após a reprodução do filme, utilizando o registro
padrão, redija um comentário crítico sobre a produ-
ção.
Não se esqueça de apresentar a ficha técnica do
curta. Redija o comentário em 3ª pessoa. Respeite o
limite mínimo de 20 linhas.
Dê um título ao seu texto.
Proposta 30:
Texto 1
“O Cortiço”, um retrato da vida urbana no fim
do século 19
Romance ambientado no Rio de Janeiro desenha
painel da sociedade brasileira e de suas relações so-
ciais, econômicas e de poder.
“Esse livro é um cânone. É um dos primeiros que
trata, sobretudo, das personagens que trabalham. Ele
dá visibilidade à figura do trabalhador”. Em “O Corti-
ço”, temos uma gama de personagens trabalhadores,
de diferentes profissões – lavadora, ferreiro, operário
– reflexo das transformações que o País enfrentava:
determinação do fim do tráfico negreiro (1850) e da es-
cravatura (1888), decadência da economia açucareira,
industrialização e crescimento das cidades. Azevedo
tenta fotografar o real e traz todos esses elementos e
conflitos para o romance.
A história se dá em dois ambientes principais bem
diferentes, o cortiço do João Romão e o sobrado do
Barão Miranda, figura que representa a elite brasileira.
“Temos a presença de várias camadas socioeconômi-
cas, desde a classe dos mais humildes, passando pela
pequena classe média, burguesia e elite. O autor faz
uma síntese da sociedade naquela época”, ressalta An-
gela, que também é professora de Letras da Universi-
dade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
[... ]
O romance pretende denunciar a exploração do
homem pelo próprio homem, expondo situações e
relações de poder dentro de uma habitação coletiva.
A leitura atenta leva à compreensão da proposta do
Realismo-Naturalismo, que era pautado pela razão e
pretendia fazer uma investigação, quase científica, dos
mecanismos sociais.
Disponível em: <http: //ultimosegundo.ig.com.br/educacao/
o+cortico/>
Texto 2
Cinco livros brasileiros que
causaram polêmica
O Brasil tem grandes autores e histórias literárias
muito ricas. Algumas delas envolvem temas polêmicos
que chocaram a sociedade quando foram publicadas
e que ainda são tabu hoje em dia. De romances que
envolviam a sexualidade até crimes como racismo e
estupro, não faltam personagens brasileiros para re-
presentar temas polêmicos. Veja 5 obras da literatura
brasileira que abordam assuntos controversos.
(Luíza Antunes – Redação Super, atualizado em 24/01/2014)
1. “Caçadas de Pedrinho”, Monteiro Lobato.
2. “Bom-Crioulo”, Adolfo Caminha.
3. “O Cortiço”, Aluísio de Azevedo.
4. “Asfalto selvagem – Engraçadinha, seus
amores e seus pecados”, Nelson Rodrigues.
5. “Capitães de Areia”, Jorge Amado.
Um dos exemplos do Naturalismo na literatura bra-
sileira, “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, publicado
em 1890, chocou a sociedade ao trazer vários temas
polêmicos. A obra contava a história do dono de um
cortiço que queria enriquecer e dos habitantes do local,
corrompidos pelo ambiente em que viviam. Entre os
tabus, uma relação amorosa, incomum para a época,
entre duas mulheres, madrinha e afilhada. Para com-
pletar, a madrinha era prostituta e alicia a afilhada a
assumir a profissão.
Disponível em: <http: //super. abril. com. br/blogs/superlistas/
5-livros-brasileiros-polemica/>
Texto 3
“E durante dois anos o cortiço prosperou de dia
para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E
ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela
exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela flo-
resta implacável que lhe crescia junto da casa, por de-
baixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas
do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando
rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e aba-
lando tudo.”
(AZEVEDO,Aluísio. O Cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins,1974. p. 23; 33.)
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Redação - Temas e Propostas - 2 ano - 2019.pdf

  • 2. Direção Robert Cunha Coordenação editorial Regina Coelho Revisão Regina Coelho Autora Maria da Penha Amâncio Editoração Eletrônica Carlos Garcia Sergio Viana Wescley Ferreira Projeto gráfico Wescley Ferreira Impressão e acabamento Coronário Editora Gráfica Ltda Imagens e ilustrações Enovus REDAÇÃO: TEMAS E PROPOSTAS ENOVUS EDITORA Endereço – QS 03 Rua 420 lt.02 Bl. III 2º PAVIMENTO Sala 36 Águas Claras – DF Tel.: (61) 3563-1421 (61) 99214-0890 Site: www.enovuspublicacoes.com.br Email: contato@enovuspublicacoes.com.br
  • 3. Apresentação O material didático Redação: temas e propostas faz parte de um grupo de três produtos: livro didático, caderno de redação e temas e propostas de redação. Esses materiais foram criados a partir da necessidade de haver uma obra que acrescente prática à teoria ministrada em sala de aula. Redação: temas e propostas constitui-se de breves tópicos teóricos, mas seu ponto principal reside na apresentação de temas e propostas dos quais os professores lançarão mão para serem produzidos textos em laboratórios, oficinas, plantões ou outras práticas de redação. A prática é de suma importância para o aprimoramento na produção de textos, portanto os am- bientes supracitados são espaços privilegiados para discussão de temas e propostas. Além disso, neles, principalmente, poderá haver o acompanhamento da produção textual e a correção criteriosa feitos pelo professor ou monitor que detectará os problemas que a redação poderá apresentar. Des- sa forma, o estudante poderá ser orientado ou reorientado na elaboração de seu texto. Esperamos que este material seja um mecanismo que traga excelentes resultados para a pro- dução de textos. Enovus publicações.
  • 4.
  • 5. Sumário Temas e popostas de Redação Proposta 1. O pessimismo em oposição ao otimismo: problema ou solução?...................................................... 9 Proposta 2. Os valores sociais da mulher do século XIX se aplicam às do século XXI? ...................................10 Proposta 3. O homem é produto do meio social em que está inserido?.............................................................. 11 Proposta 4. A importância de se formar bons leitores e escritores no Brasil de hoje.......................................12 Proposta 5. Alcoolismo: um problema familiar ou social?. ...................................................................................12 Proposta 6. O sistema prisional brasileiro na atualidade.......................................................................................13 Proposta 7. Automedicação: risco ou necessidade ...............................................................................................14 Proposta 8. Autocrítica e autoconhecimento: caminhos para o outro .................................................................15 Proposta 9. Privatização de espaços públicos........................................................................................................16 Proposta 10. 1000 lugares para conhecer antes de morrer (Carta).......................................................................17 Proposta 11. Carta argumentativa (1).......................................................................................................................18 Proposta 12. Carta argumentativa (2).......................................................................................................................18 Proposta 13. Carta argumentativa (3).......................................................................................................................19 Proposta 14. Carta argumentativa (4).......................................................................................................................19 Proposta 15. Crise hídrica .........................................................................................................................................19 Proposta 16. O celular no cotidiano das pessoas...................................................................................................20 Proposta 17. Banalização do corpo (séc XIX e XXI)................................................................................................21 Proposta 18. Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?...........................................22 Proposta 19. Os limites do humor entre a liberdade de expressão e o respeito aos direitos individuais ........23 Proposta 20. A influência dos pais pode ser positiva ou negativa na escolha profissional dos filhos? ........24 Proposta 21. Loucura (Subprograma 2015-2017 - 2ª Etapa) ..................................................................................24 Proposta 22. Escola inclusiva no Brasil: direito da família....................................................................................25 Proposta 23. Transformações da sociedade em tempo de globalização..............................................................26 Proposta 24. O histórico desafio de se valorizar o professor................................................................................26 Proposta 25. A importância da memória..................................................................................................................27 Proposta 26. Os desafios de conter os maus-tratos contra os animais...............................................................28 Proposta 27. A influencia da educação no trânsito no Brasil................................................................................29 Proposta 28. A persistência da violência contra a mulher.....................................................................................31 Proposta 29. Comentário Crítico...............................................................................................................................32 Proposta 30. Carta argumentativa ............................................................................................................................32 Proposta 31. Patriotismo de ocasião: exercício de cidadania?.............................................................................33 Proposta 32. Proposta Unicamp - Carlos Drummond.............................................................................................34 Proposta 33. Significados da tecnologia .................................................................................................................35 Proposta 34. As grandes transformações da humanidade....................................................................................36
  • 6. PLANILHA DE CORREÇÃO 1. Apresentação textual (aspectos ou convenções da escrita) (1,0) 1.1 LEG – legibilidade (grafia inadequada ou ilegível) 1.2 MG – margem lateral (-0,1 por ocorrência) 1.3 RAS – rasura/uso de corretivo 1.4 MAI – maiúscula/minúscula 1.5 APG – alínea paragrafal 1.6 PIC – preenchimento inadequado do cabeçalho 2. Aspectos gramaticais (4,0) 2.1 A – acentuação/crase Ocorrências: 2.2 ORT – ortografia até 2 (4) 2.3 P – pontuação de 3 a 6 (3) 2.4 T – translineação de 7 a 9 (2,5) 2.5 CN – concordância nominal de 10 a 12 (2) 2.6 CV – concordância verbal de 13 a 15 (1,5) 2.7 RN – regência nominal de 16 a 18 (1) 2.8 RV – regência verbal acima de 19 (0,5) 2.9 COL – colocação pronominal 3. Argumentatividade/ progressão (aspectos textuais) (5,0) 3.1 AD – argumentação descontextualizada / incoerência 3.2 AI – argumentação inconsistente, insuficiente, parcial ou simplista 3.3 FC – falta de clareza / frase mal-estruturada ou quebra da estrutura do período 3.4 DIS – mudança da voz discursiva 3.5 ORAL – oralidade/coloquialismo/gíria Ocorrências: 3.6 FP – falta de progressividade / redundância / prolixidade 0 e 1 (5) 3.7 PL – período longo 2 e 3 (4) 3.8 AMB – ambiguidade 4 e 5 (3) 3.9 AC – ausência ou inadequação de conectivos 6 a 7 (2) 3.10 EC – expressão clichê acima de 8 (1) 3.11 PSE – paralelismo semântico/sintático 3.12 RIP – repetição, omissão ou inadequação de palavras 4. Estrutura textual inadequada 4.1 Introdução/tese (-0,5) 4.2 Desenvolvimento (-0,5) 4.3 Conclusão/proposta de intervenção (-0,5) 5. Gênero textual 5.1 Inadequação às características (-0,5) 5.2 Elementos textuais (-0,5) 6. Parágrafo-padrão (correção e argumentatividade) - Muito bom (até 5,0) - Bom (até 4,0) - Regular (até 3,0) -Insuficiente (abaixo de 2,0) 7.Tema / Orientações 7.1 NL – Descumprimento do número mínimo de linhas (-0,1 por linha) 7.2 IO – Inobservância às orientações (-0,5) 7.3 IE – Inadequação à estrutura textual por parte (-0,5) 7.4 FT – fuga total ao tema ou à modalidade/cópia ou paráfrase (nota zero)
  • 7. 7 2º Ano EN VUS Dicas para elaborar uma boa redação Para a elaboração de um texto de qualidade, que atenda às exigências da prova de redação, você deve observar alguns passos: 1. Siga um planejamento e cumpra-o adequadamente. 2. Leia os textos motivadores que acompanham a prova de redação. Grife as ideias principais de cada texto e procure relacioná-las ao tema, mas não as reproduza de forma dissociada do tema. 3. Procure levantar outras ideias que poderão es- tar relacionadas aos textos da prova de Litera- tura e de Língua Portuguesa e a sua vivência. 4. Baseado nesse levantamento de ideias, crie uma tese em que você estabeleça seu ponto de vista, problematize a questão ou dê o en- foque desejado ao tema proposto. Sua tese deve ser consistente e específica; ela será a base de sua redação. 5. De acordo com o ponto de vista ou com o problema levantado, selecione e organize os argumentos e as opiniões mais pertinentes (use os tipos estudados, tais como: oposi- ção, causa/consequência, dados estatísticos, exemplificação). Se você levantou um proble- ma relacionado ao tema, elabore proposta de intervenção para a questão abordada, que é exigência da prova do ENEM, demonstrando respeito aos direitos humanos e/ou resuma o assunto tratado, reforçando a tese inicial. Algumas dicas podem ajudar a melhorar seu texto: 1. Lembre-se: as qualidades de um texto são clareza (ele deve ser compreensível), coerên- cia, elegância, correção (respeito à norma- padrão), unidade, boa apresentação textual (margens, paragrafação, letra legível). 2. As inadequações, tais como: gírias ou cha- vões, isto é, lugares comuns, modismos e di- tos populares constituem defeitos. Seu texto precisa apresentar um diferencial, ser original. 3. Escreva com simplicidade. Escrever bem não significa escrever difícil. 4. Ao defender seu ponto de vista, faça-o com ponderação, equilíbrio, bom senso e imparcia- lidade. Defesas apaixonadas, indiferentemen- te do tema, não levarão o leitor a compartilhar de suas ideias. 5. Ao exemplificar, cite casos que sejam de do- mínio público e não de relacionamentos pes- soais. 6. Mantenha-se fiel ao tema ou ao gênero. Para isso, faça referência ao tema já na introdução (sem copiá-lo) e respeite as características do tipo de texto solicitado. A linguagem e o assun- to devem ser adequados à finalidade a que você se propõe. Revise sempre o que você escreveu. 7. Evite usar etc., se o fizer, não escreva e antes do termo. 8. Coerência é a adequada relação que se esta- belece entre as partes do texto em uma pro- gressão constante, isto é, para cada segmento que ocorre no percurso você deve acrescen- tar informações novas. Repetições que nada trazem de novo contrariam o princípio da pro- gressão discursiva. 9. O bom uso dos mecanismos de coesão (tanto referencial quanto sequencial) evitará repe- tição de palavras desnecessárias ou redun- dâncias. Procure articular adequadamente as orações, os períodos e os parágrafos e seja criativo na utilização dos recursos coesivos, não os repita desnecessariamente. 10. Com relação ao item anterior, atenção aos pronomes relativos, especialmente onde, que deve ser usado exclusivamente quando hou- ver referência a lugar; em qualquer outra situa- ção, utilize em que ou quando, de acordo com o contexto. Ex: A cidade onde moro; o lugar aonde vou; a democracia em que vivemos, o ano de 2014, em que votamos (quando vota- mos). 11. Elabore períodos que não ultrapassem três li- nhas. Se o período for longo (em torno de 5 a 6 linhas), certamente não seremos capazes de nos lembrar da ideia principal. Mas atenção ao usar o ponto final antes de pronomes relativos, ou de verbos no gerúndio ou de conjunções subordinativas sem que o período esteja gra- matical e semanticamente completo.
  • 8. 8 Praticando o Texto 12. Mantenha-se atualizado. Para isso, é impor- tante a leitura de, pelo menos, um bom jornal, aos domingos, principalmente as colunas de opinião. Assista a programas de debate e críti- ca, como Roda Viva, Observatório da Impren- sa, no Canal Cultura e Futura, por exemplo, telejornais, filmes e documentários. Conversa entre familiares e amigos, leitura de livros em geral são excelentes fontes de informação. 13. Para a revisão, • utilize rascunho. • não passe a redação a limpo somente copian- do a primeira versão (rascunho); faça autocor- reção. Tipologia textual Narração Narrar é contar um fato fictício ou não, que ocor- reu num determinado tempo e lugar envolvendo, prin- cipalmente, personagens. O tempo predominante é o passado. Exemplo: “Salvador Dali nasceu na Catalunha, em 1904. Com 12 anos, ingressou numa escola de de- senho e, em 1919, expôs em uma coletiva de jovens pintores. A partir daí, firmou-se como um dos maiores artistas do século XX. Em 1929 conheceu Gala, que se tornaria musa e companheira inseparável. Morreu em 1988.” Descrição É um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A clas- se de palavras mais utilizada nessa produção é o adje- tivo, pela sua função caracterizadora. Não há relação de anterioridade e posterioridade. É criar com palavras a imagem do que vai descrever. Exemplo: “Eis São Paulo às sete da noite. O trân- sito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos pré- dios.” Dissertação Os textos dissertativos podem ser classificados como expositivos ou argumentativos. Os textos dissertativos expositivos, também cha- mados de explicativos, têm a finalidade de informar, instruir o leitor e transmitir conhecimentos sobre uma realidade específica. Pressupõe-se que o leitor receba uma nova informação e a relacione com conhecimen- tos que ele já detém. Duas funções da linguagem atu- am nesse tipo de texto: a função referencial – aquela que emprega o sentido denotativo das palavras – e a função metalinguística – aquela que trabalha com con- ceitos e definições. O uso de verbos no presente do indicativo confere ao texto veracidade dos fatos, e dos conectivos garante diversas relações de sentido: opo- sição, causalidade, consecução, adição. A estrutura desse tipo de texto é simples: introdu- ção ao tema, definição do propósito da exposição; de- senvolvimento dos pontos principais e conclusão, ou seja, recapitulação das ideias essenciais da exposição. É o mesmo que desenvolver ou explicar um assun- to, discorrer sobre ele. Pertencem ao grupo dos textos expositivos, os de apresentação científica, o relatório, o texto didático. O texto dissertativo-expositivo está preo- cupado com a transmissão de conhecimentos. Já o texto dissertativo-argumentativo apresenta ideias, estabelece um ponto de vista baseado em ar- gumentos lógicos. Dissertar, argumentativamente, é discorrer a res- peito de um assunto ou de uma situação, defendendo um ponto de vista ou uma opinião. Não basta apresentar os argumentos; eles devem ser fundamentados com dados, exemplos, situações ou citações. Exemplo: O brasileiro, nos últimos anos, tem reve- lado uma profunda descrença nas instituições políticas do país. Vários fatores têm concorrido para isso. Den- tre eles, podem ser citados a incapacidade do governo de controlar o processo inflacionário, a impunidade dos que fazem mau uso do dinheiro público e o mau funcio- namento dos legislativos. Os textos que integram essa tipologia caracteri- zam-se por expor o ponto de vista do autor a respeito de determinado assunto, persuadindo o leitor com o intuito de modificar seu comportamento. A estrutura dessa tipologia é bastante convencio- nal e é formada por três partes: • Introdução: apresentação do assunto e do posicionamento do autor a fim de formular uma tese. • Desenvolvimento: é formado pelos parágra- fos que constituem a fundamentação da tese. Geralmente cada parágrafo é responsável por apresentar e desenvolver um argumento usan- do técnicas diferentes, tais como: causa e efei- to, citações, alusão histórica, comparações...
  • 9. 9 2º Ano EN VUS • Conclusão: é o parágrafo no qual são retoma- das as ideias principais de modo sucinto; ou é o momento de expor uma proposta de solução para o problema discutido. Também pode ser apresentada uma pergunta retórica a fim de fechar o texto. Proposta 1 Texto 1 Bretram [...] Um dia — era na Itália — saciado de vinho e mu- lheres eu ia suicidar-me. A noite era escura e eu chega- ra só na praia. Subi num rochedo: daí minha última voz foi uma blasfêmia, meu último adeus uma maldição, meu último... digo mal, porque senti-me erguido nas águas pelo cabelo. Então na vertigem do afogo o anelo da vida acordou-se em mim. A princípio tinha sido uma cegueira, uma nuvem ante meus olhos, como aos da- queles que labutavam nas trevas. A sede da vida veio ardente: apertei aquele que me socorria: fiz tanto, em uma palavra, que, sem querê-lo, matei-o. Cansado do esforço desmaiei. [...] O último beijo de amor [...] – Não me chames Arnold! chama-me Artur, como dantes. Artur! não ouves? Chama-me assim! Há tanto tempo que não ouço me chamarem por esse nome! ... Eu era um louco! quis afogar meus pensamentos e vaguei pelas cidades e pelas montanhas deixando em toda a parte lágrimas... nas cavernas solitárias, nos campos silenciosos, e nas mesas molhadas de vinho! Vem, Giorgia! senta-te aqui, senta-te nos meus joelhos, bem conchegada a meu coração... tua cabeça no meu ombro! Vem! um beijo! quero sentir ainda uma vez o perfume que respirava outrora nos teus lábios. Respi- re-o eu e morra depois! ... Cinco anos! oh! tanto tempo a esperar-te, a desejar uma hora no teu seio! ... De- pois... escuta... tenho tanto a dizer-te! tantas lágrimas a derramar no teu colo! Vem! e dir-te-ei toda a minha história! minhas ilusões de amante e as noites malditas da crápula e o tédio que me inspiravam aqueles beiços frios das vendidas que me beijavam! Vem! contar-te-ei tudo isto, dir-te-ei como profanei minh’alma e meu pas- sado... e choraremos juntos... e nossas lágrimas nos lavarão como a chuva lava as folhas do lodo! Noite na taverna, de Álvares de Azevedo. Fragmento Texto 2 O lado bom das coisas ruins Para começar, precisamos de pessimistas por per- to. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre”, afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura reali- dade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança... Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade - um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela va- mos ao sucesso, então à frustração - e a uma nova vontade. Mas qual é o remédio, então? Se livrar das von- tades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessi- mismo: o excesso de otimismo — propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensa- mento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. Para o filósofo britânico Roger Scruton, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o “otimismo inescrupuloso”, aquelas utopias que levam populações inteiras a aceitar falácias e re- sistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo - um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessi- mismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior. Disponível em: http://super.abril.com.br Após a leitura dos textos acima, que apresentam caráter exclusivamente motivador, redija um texto dis- sertativo, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas, sobre o tema O pessimismo em oposição ao otimismo: problema ou solução?
  • 10. 10 Praticando o Texto Proposta 2: Texto 1 – Como se trata de nomes, eu também proponho uma mudança. Em lugar de Lúcia – Diga-se Lúcifer. Lucíola, de José de Alencar, p. 36. Texto 2 No século XIX, acontecia a expansão da Revolu- ção Industrial em outras partes do mundo e principal- mente no Velho Continente. Em pouco tempo, vemos a formação de grandes centros urbanos onde os tra- balhadores ocupavam postos de trabalho diversos e experimentavam um tipo de rotina nunca antes vista em toda a História. A partir de então, as atividades de entretenimento abocanhavam uma boa parte da renda dos trabalhadores e grandes empresários da época. Os meretrícios mais prestigiados tinham a fama de organizarem grandes espetáculos com a explora- ção dos dons artísticos de muitas de suas prostitutas. Ao longo do tempo, esse tipo de proximidade entre a prostituição e a arte acabou estigmatizando a carreira artística de várias mulheres que nada tinham a ver com esse tipo de atividade. Ao perceber essas características da prostituição no século XIX, vemos o desenvolvimento de contradições que marcam tal período. Por um lado, a moral burguesa impu- nha um rígido controle sobre os espaços e papéis das mu- lheres na sociedade. Por outro, a riqueza e a desigualdade promovidas por essa mesma sociedade estabeleciam o crescimento dessa atrativa e desprezada atividade. Disponível em: <http: //redesuper. com. br> Texto 3 Leilão de virgindade e concurso “Miss prostituta”: quem é a mulher do século XXI? O movimento femininista por igualdade de direitos, que teve início na década de 1960, nos Estados Uni- dos, e chegou ao Brasil na década de 1970, durante a ditadura militar, mudou radicalmente os valores da sociedade em relação ao lugar da mulher. Em cerca de 40 anos de luta, é incontestável o fato de que as mulheres conquistaram muito. No entanto, os reflexos do movimento feminista no comportamento das mulheres do século XXI levantam uma série de questões relacionadas à identidade femi- nina nos dias atuais. De um lado, há os que aplaudem as conquistas e defendem novas revoluções. Do outro, há os que acreditam que a busca por igualdade de di- reitos nada mais fez que desfavorecer a mulher, que, hoje, acumula responsabilidades pelas quais não é de- vidamente recompensada. O movimento teria transfor- mado a mulher em objeto. Enquanto questões como essas tomam conta de debates sobre os rumos da mulher na sociedade atual, casos como o da brasileira de 20 anos que leiloou a virgindade pela internet, há cerca de duas semanas, e do concurso para eleger a “miss prostituta”, realizado em Belo Horizonte (MG) no dia 29 de setembro, provo- cam polêmica. A partir de que ponto a “liberdade” toma o sentido de “libertinagem”? Disponível em: <http: //redesuper. com. br> Texto 4 O modelo feminino atual inclui obrigatoriamente trabalho, finanças, filhos e amores. Tudo é importante e tudo precisa ser atendido aqui e agora, no presen- te. Mas falta selar um acordo entre o mulherão, que conquistou definitivamente seu lugar ao sol, e a mu- lherzinha, que perde noites de sono preocupada com a aparência, a culpa de ficar pouco tempo com os filhos e os dramas de relacionamentos cada vez mais fugazes. “Queremos o cérebro da Marie Curie com as pernas da Beyoncé, ser Ph.D. e ganhar muito dinheiro. Casar e ter filhos não é obrigação, talvez uma escolha. Talvez”, diz a bióloga potiguar Luíza Barros, de 26 anos. Disponível em: http://revistaepoca.globo.comRevistaEpo- ca/0,,EM12 15942-5228,00.html Após a leitura dos textos motivadores, escreva uma dissertação-argumentativa, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas, sobre o tema em questão: Os valores sociais da mulher do sé- culo XIX se aplicam às do século XXI? • use a 3ª pessoa. • não dê título ao seu texto.
  • 11. 11 2º Ano EN VUS Proposta 3: Texto 1 https: //www. facebook. com/photo. php? fbid Texto 2 Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas por relações de causalidade. A crença determina que qualquer acontecimento ocorre de forma conexa a ou- tros de uma maneira já fixada, seja por um plano so- brenatural seja pelas leis da natureza. (…) http: //www. estudopratico. com. br/determinismo/. Texto 3 “Bertoleza representava agora ao lado de João Romão o papel tríplice de caixeiro, de criada e de amante. Mourejava a valer, mas de cara alegre; às quatro da madrugada estava já na faina de todos os dias, aviando o café para os fregueses e depois pre- parando o almoço para os trabalhadores de uma pe- dreira que havia para além de um grande capinzal aos fundos da venda. Varria a casa, cozinhava, vendia ao balcão na taverna, quando o amigo andava ocupado lá por fora; fazia a sua quitanda durante o dia no intervalo de outros serviços, e à noite passava-se para a porta da venda, e, defronte de um fogareiro de barro, fritava fígado e frigia sardinhas, que Romão ia pela manhã, em mangas de camisa, de tamancos e sem meias, comprar à praia do Peixe. E o demônio da mulher ain- da encontrava tempo para lavar e consertar, além da sua, a roupa do seu homem, que esta, valha a verda- de, não era tanta.” Fragmento da obra O cortiço,de Aluísio de Azevedo. Texto 4 (...) LÁZARO: Darrow defendeu que o juiz deveria ter compaixão dos dois jovens assassinos porque o seu ato foi o resultado de causas sobre as quais não tinham controle. Deixa-me ler-te aquilo que ele realmente dis- se: “Eu não sei o que fez esses dois rapazes cometer esse ato de loucura, mas sei que há uma razão para tal. Sei que eles não o engendraram. Sei que qualquer uma causa, de um número infinito de causas que vão até ao início, poderá ter determinado o espírito desses rapazes, que vocês devem condenar à morte por malí- cia, ódio e injustiça porque alguém, no passado, pecou contra eles”. CAROLINA: Realmente, isso é uma estratégia ar- rojada para ser usada por um advogado de defesa! LÁZARO: Claro. Ouve o resto. “A natureza é forte e impiedosa. Ela funciona de um modo misterioso, e nós somos as suas vítimas. Não podemos fazer muito contra isso. A natureza faz o seu trabalho e nós faze- mos a parte que nos compete.” CAROLINA: Foi o juiz persuadido a reduzir a pena dos criminosos? LÁZARO: Parece que sim, eles foram condenados à prisão perpétua, apesar de haver grande pressão, por parte da opinião pública, para que a sentença fos- se a pena de morte. CAROLINA: O que pensam vocês da estratégia do Darrow? LÁZARO: Penso que é absurda, uma vez que se baseia na falsa crença de que tudo o que nós fazemos é determinado. Se isso fosse verdade, os dois assas- sinos não poderiam ter agido livremente, o que é, ob- viamente falso. DANIEL: Eu diria que a posição, defendida por Clarence Darrow, de que tudo o que nós fazemos está determinado, está correta. Se isto quer dizer que os dois assassinos não agiram livremente, então é nisso que devemos acreditar. LÁZARO: E tu, Carolina, o que dizes desse caso? CAROLINA: Penso que a posição de Darrow, de que tudo o que nós fazemos é causado por aconteci- mentos prévios, está correta. Mas também penso que somos livres e moralmente responsáveis por aquilo que fazemos. CAROLINA: Eu diria que há três questões princi- pais: 1) Têm as pessoas livre-arbítrio? 2) É o determi- nismo verdadeiro? 3) É o livre-arbítrio compatível com
  • 12. 12 Praticando o Texto Proposta 5: Proposta 4: Texto 1 Como ensinar a seu filho que ler é um prazer Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, prin- cipalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende, pro- nuncia melhor as palavras e se comunica de forma ge- ral. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criati- vidade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores”, diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP). A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita que, por sua vez, facilita a alfabe- tização e ajuda em todas as disciplinas, já que o prin- cipal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante, porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras. Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos filhos. http://educarparacrescer.abril.com.br/ Adaptado. Texto 2 A importância da comunicação escrita É sensível, no mundo contemporâneo, a importân- cia da comunicação escrita no dia a dia. Não é nenhum segredo que as melhores posições — em todas as pro- fissões — são dadas aos melhores comunicadores. Para estar sempre à frente é preciso falar, e, principalmente, escrever bem. Hoje em dia, nos comunicamos cada vez mais atra- vés da Internet, e-mail, memorandos e cartas, e um texto bem escrito pode ser fundamental em muitas situações. O estudante ou profissional, seja ele de qualquer área, precisa conhecer bem seu idioma e as normas de escrita para que assim possa elaborar textos concisos e bem estruturados que transmitam de forma clara seu objetivo, ponto de vista ou intenção. Escrever sempre foi uma habilidade vital nos ne- gócios. Em 1992, uma pesquisa feita pela Associated Press com 402 companhias mostrou que os executivos iden- tificaram a redação como a habilidade mais valorizada em um empregado, mas disseram que 80% dos seus empregados em todos os níveis precisavam melhorar seus textos. http://www.mundovestibular.com.br/ Com referência inicial aos textos, que são unica- mente motivadores, redija um texto dissertativo-argu- mentativo obedecendo à proposta 4. Mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas. A importância de se formar bons lei- tores e escritores no Brasil de hoje o determinismo? LÁZARO: A minha resposta a essas questões é que as pessoas têm livre-arbítrio e que é incompatí- vel com o determinismo, e, logo, que o determinismo é falso. DANIEL: O meu raciocínio é exatamente o opos- to. Defendo que o determinismo é verdadeiro, logo, as pessoas não têm livre-arbítrio. (...) http: //criticanarede. com/determinismo Após a leitura dos textos motivadores, escreva uma dissertação-argumentativa, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas, sobre o tema: O homem é produto do meio social em que está inserido?
  • 13. 13 2º Ano EN VUS Proposta 6: Texto 1 “A desestruturação do sistema prisional traz à baila o descrédito da prevenção e da reabilitação do conde- nado. Nesse sentido, a sociedade brasileira encontra-se em momento de extrema perplexidade em face do pa- radoxo que é o atual sistema carcerário brasileiro, pois de um lado temos o acentuado avanço da violência, o clamor pelo recrudescimento de pena e, do outro lado, a superpopulação prisional e as nefastas mazelas car- cerárias. Vários fatores culminaram para que chegássemos a um precário sistema prisional. Entretanto, o abandono, a falta de investimento e o descaso do poder público ao longo dos anos vieram por agravar ainda mais o caos chamado sistema prisional brasileiro. Sendo assim, a prisão que outrora surgiu como um instrumento substi- tutivo da pena de morte, das torturas públicas e cruéis, atualmente não consegue efetivar o fim correcional da pena, passando a ser apenas uma escola de aperfei- çoamento do crime, além de ter como característica um ambiente degradante e pernicioso, acometido dos mais degenerados vícios, sendo impossível a ressocialização de qualquer ser humano. http://www.opera10.com.br/ Texto 2 Com relação aos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua forma- ção, redija texto dissertativo, com mínimo de 20 linhas, na modalidade escrita formal da língua portuguesa so- bre o tema: O sistema prisional brasileiro na atualidade (UPE) [...] O Brasil tem um número de alcoólatras estimado em 15 milhões, o dobro da população da Suíça. Mas a realidade pode ser ainda pior. Os médicos da Associa- ção Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas, que se dedicam a estudar dependência química no Brasil, estimam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de bra- sileiros, ou 19 milhões, tenham problemas graves com a bebida. O alcoolismo mata 32 mil pessoas por ano no Brasil, está por trás de 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios. [...] Outra vertente estatística que preocupa os médicos está entre os jovens. Eles estão aprendendo a beber muito cedo. Uma pesquisa recente, realizada pela Unifesp em São Paulo, com 661 adoles- centes, detectou que 5% dos jovens entre 14 e 17 anos bebem uma vez por semana ou mais e consomem cinco ou mais doses em cada ocasião... Revista Época, 12 de setembro de 2011/nº 695. Considerando os textos acima, que apresentam ca- ráter exclusivamente motivador, redija uma dissertação -argumentativa, mínimo 25 linhas e máximo 30 linhas, sobre o tema em questão: Alcoolismo: um problema familiar ou social? Em seu desenvolvimento, aborde, necessáriamen- te, os seguintes tópicos: • resistência do alcoólatra em assumir o vício. • o papel da mídia no agravamento da problemá- tica. • clínicas e grupos de apoio.
  • 14. 14 Praticando o Texto Proposta 7: Texto 1 Os perigos da automedicação Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determi- nadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sin- tomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina. A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um proble- ma de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamen- tos foram responsáveis por 28% de todas as notifica- ções de intoxicação. O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracio- nal pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte e facilitação do aumento da resistência de microrganismos, o que com- promete a eficácia dos tratamentos. Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Texto 2 Fenômeno desejável, dentro de limites Antes de demonizar a automedicação e pintá-la como grande vilã da saúde pública, deve-se ter em mente que, dentro de certos limites, ela é um fenôme- no desejável. A Organização Mundial de Saúde, por exemplo, a descreve como “necessária” e com função complementar a todo sistema de saúde. O importante aqui é não perder de vista a totali- dade do espaço amostral. Se olharmos só para as in- toxicações involuntárias e óbitos daí decorrentes, fica mesmo parecendo que a automedicação é um mal a eliminar. Mas é preciso considerar também que a es- magadora maioria das doenças que afetam a popu- lação é autolimitada, não requerendo mais do que o alívio dos sintomas. O desafio diante das autoridades é encontrar o ponto ótimo na regulação que não onere demais o sistema com consultas desnecessárias nem estimule voos muito arriscados na automedicação. Fonte: Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo. Texto 3 Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) Em todo o mundo, mais de 50% de todos os me- dicamentos receitados são dispensáveis ou são vendi- dos de forma inadequada. Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais. Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medi- camentos de forma incorreta. Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Texto 4 Texto 5 No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o personagem Brás Cubas contrai pneumonia e, por não recorrer a nenhum médico, aca- ba falecendo. Fora da literatura brasileira, o Brasil vive uma realidade semelhante e mais preocupante que a do livro, pois, além de as pessoas não procurarem aju- da médica ao ficarem enfermas, praticam a automedi- cação, o que torna mais grave o seu diagnóstico. Disponível em: http://redacaonota1000. forum-livre.com/
  • 15. 15 2º Ano EN VUS “Com efeito, um dia de manhã, estando a passe- ar na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te. Essa ideia era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um em- plastro anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não ne- guei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas.” Memórias Póstumas de Brás Cubas – Cap. II – O Emplastro Com referência inicial aos textos apresentados, que são unicamente motivadores, produza um texto argumentativo do gênero Artigo de Opinião sobre o se- guinte tema: Diante do atual sistema brasileiro de saúde pública, a automedicação se torna um risco ou uma necessi- dade? Instruções: • Empregue a norma-padrão da Língua Portu- guesa. • Escreva em 1a ou 3a pessoa e, no mínimo, 25 linhas. Caso opte pela 1ª pessoa, assine como João Cerqueira ou Joana Silva. • Revise seu texto. • Não reproduza em sua argumentação os tex- tos motivadores apresentados nesta proposta. Proposta 8: (PUC-Rio) Texto 1 O que é etnocentrismo? Etnocentrismo é uma visão do mundo na qual o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como o fato de sentirmos estranheza, medo, hostilidade, etc. [...] Esse problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade. Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica, temos a experiência de um choque cul- tural. De um lado, está “um grupo do eu”, o “nosso” grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas pa- recidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, distribui o poder da mesma for- ma, empresta à vida significados em comum e proce- de, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então, de repente, nos deparamos com um “outro”, o grupo do “diferente” que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou, quando as faz, é de forma tal que não as reconhecemos como possíveis. Mais grave ainda: esse “outro” também sobrevive à sua maneira, gosta do seu jeito de viver, também está no mundo e, ainda que diferente de nós, também existe. [...] O grupo do “eu” faz, então, da sua visão a única possível ou, mais discretamente, se for o caso, a me- lhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do “outro” fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível. Esse processo resulta num considerável reforço da identidade do “nosso” grupo. É onde existe o saber, o trabalho, o progresso. A so- ciedade do “outro” é atrasada. É o espaço da natureza, cheio de selvagens, de bárbaros. Eles são estranhos para nós. Adaptado do livro “O Que é Etnocentrismo”, de Everardo Rocha (Brasiliense, 1984, p. 7-22) Texto 2 Descoberta de novos mundos O antropólogo americano Loren Eiseley (1907- 1977) conta uma história que exprime um possível encontro com outras realidades em nossa rotina. Para Eiseley, descobrir outro mundo não é apenas um fato imaginário, mas sim algo fantástico que acontece aos homens e aos outros animais. Por vezes, as fronteiras entre distintos universos resvalam ou interpenetram-
  • 16. 16 Praticando o Texto Proposta 9: Texto 1 O que são Parcerias Público-Privadas (PPP)? A literatura internacional define uma PPP como um contrato de longo prazo entre um governo (fede- ral, estadual ou municipal) e uma entidade privada, no qual essa entidade se compromete a oferecer serviços de infraestrutura. Há diferentes tipos de contrato, em que o setor público e o parceiro privado dividem entre si as responsabilidades referentes ao financiamento, ao projeto, construção, operação e manutenção da in- fraestrutura. A empresa privada pode ser remunerada tanto pela cobrança de tarifas diretamente aos usuários (pedágio, por exemplo) quanto por pagamentos feitos a ela diretamente pelo governo. A definição acima difere do conceito de PPP estipu- lado pela legislação brasileira, que é bem mais restrito. [...] E qual seria a grande vantagem de um contrato de PPP em relação ao modelo tradicional? A vantagem é que, ao se contratar uma mesma empresa para cons- truir (ou reformar/ampliar) uma infraestrutura e, em se- guida, passar a operá-la, essa empresa terá incentivos para fazer uma construção (reforma/ampliação) de boa qualidade. Isso porque uma infraestrutura bem cons- truída vai reduzir os custos de manutenção e reparo ao longo do contrato de operação, bem como vai permitir a prestação de um serviço de maior qualidade (viabilizan- do ganhos financeiros quando a tarifa estiver atrelada à qualidade do serviço prestado). [...]. Outra vantagem das PPPs é que elas trazem ca- pital privado para investimentos em que antes só havia dinheiro público. Como os orçamentos públicos estão cada vez mais restritos frente à necessidade de man- ter o equilíbrio fiscal, a entrada de capital privado é um bem-vindo reforço ao financiamento das obras de infra- estrutura. Por Marcos Mendes. http: //www. brasil-economia-governo.org.br Texto 2 GDF pretende repassar gestão de nove espaços públicos a empresas O governo do Distrito Federal anunciou que pre- tende repassar à iniciativa privada a gestão de nove empresas e espaços públicos ou serviços, como o Zo- ológico, a Torre de TV, o Centro de Convenções, o Par- que da Cidade, a iluminação pública da capital, o Par- que Tecnológico Capital Digital, o Parque de Exposição Granja do Torto e a Transbrasília (linhas de alta tensão se: basta estar presente nesse momento. O antropó- logo relata um fato que viu acontecer com um corvo: “Esse corvo é meu vizinho e eu nunca lhe fiz mal algum, mas ele tem o cuidado de se conservar no cimo das árvores, de voar alto e de evitar a humanidade. O seu mundo principia onde a minha vista acaba. Ora, uma manhã, os nossos campos estavam mergulhados num nevoeiro extraordinariamente espesso, e eu me dirigia às apalpadelas para a estação. Bruscamente, à altura dos meus olhos, surgiram duas asas negras, imensas, precedidas por um bico gigantesco, e tudo isso passou como um raio, soltando um grito de terror tal que eu faço votos para que nunca mais ouça coisa semelhan- te”. O grito não saiu da mente de Eiseley durante toda a tarde, tamanha foi a sua intensidade. Em virtude do denso nevoeiro, a fronteira entre o mundo do corvo e o dele – um homem – resvalara, caíra, tombara. Aquele corvo, que achava estar voando à altitude habitual, ti- nha visto, subitamente, um espetáculo contrário, para ele, às leis da natureza: um homem caminhando no espaço, bem no centro do mundo dos corvos. A imensa ave tinha se deparado com a manifestação de estra- nheza mais completa que podia conceber. Na análise de Eiseley, o animal tinha visto, pela primeira vez, um fantástico homem voador: “Agora , quando me vê, lá do alto, solta pequenos gritos, nos quais reconheço a incerteza de um espírito cujo universo foi abalado. Já não é e nunca mais será como os outros corvos”. Nin- guém permanece igual quando se depara com o mun- do do “outro”. Adaptado do livro “O Despertar dos Mágicos”, de Louis Pauwels (Tradução de Gina de Freitas para a editora Bertrand Brasil, 1998, p. 23-25). Formule um texto (de 20 a 25 linhas), dissertando a respeito da questão do etnocentrismo na cultura oci- dental. Serão valorizadas a coerência, a coesão e a correção de sua escrita. Os trechos acima podem ser citados, em seu texto, acompanhados, obrigatoriamen- te, da menção às devidas fontes (nome do autor e título da obra). Tema: Autocrítica e autoconhecimento: caminhos para o outro
  • 17. 17 2º Ano EN VUS que passam por Águas Claras e Samambaia). As pro- postas serão analisadas por grupos de trabalhos, que devem elaborar em 60 dias as regras para a entrada do capital privado. O governador defende que o objetivo é promover investimentos na cidade sem que o Estado tenha que gastar para manutenção de serviços que não são es- senciais à administração pública. “Não há nenhum tipo de privatização. Há concessão de espaços para gestão ou construção de equipamentos importantes”, reforçou Rollemberg. Fonte: <http: //g1.globo.com>(adaptado) Texto 3 Texto 4 Com referência inicial aos textos motivadores apre- sentados, que são unicamente motivadores, produza um texto argumentativo do gênero Artigo de Opinião so- bre o seguinte tema: Privatização dos espaços públi- cos, a melhor opção de progresso no Brasil? Instruções: • Empregue a norma-padrão da Língua Portu- guesa. • Escreva em 1a ou 3a pessoa e, no mínimo, 25 linhas. Caso opte pela 1ª pessoa, assine como José Teles ou Paula Menezes. • Escreva um título. • Revise seu texto e não reproduza em sua argu- mentação os textos motivadores apresentados nesta proposta. Proposta 10: (UNAMA) Em importante periódico da imprensa brasileira, a jornalista Mônica Bérgamo produziu a seguinte chama- da para uma reportagem: “1000 LUGARES PARA CONHECER ANTES DE MORRER”, best-seller mundial da americana Patrícia Schulz, lançado no Brasil pela Sextante, traz cerca de 20 paradas obrigatórias no país. Entre essas 20 “paradas obrigatórias” brasileiras, duas estão localizadas no estado do Pará: o Ver-o-Pe- so e o Marajó. Mas certamente você, habitante de ou- tras regiões do Brasil, conhece vários lugares, também merecedores, na sua opinião, de serem conhecidos por pessoas de qualquer lugar do mundo. Propõe-se, então, que você escolha um desses lugares e escreva uma carta argumentativa a um estrangeiro, real ou fic- tício, para convencê-lo a vir conhecer o lugar que você eleger. Em sua argumentação, ressalte as característi- cas físicas e/ou humanas que fazem dele um lugar mui- to especial. Não se esqueça de obedecer às seguintes recomendações: 1. DESTINATÁRIO: estrangeiro, residente em ou- tro país. 2. TRATAMENTO: tu, você, senhor ou senhora. 3. REMETENTE: um (a) morador (a) local. 4. O corpo da carta deve conter entre 18 e 25 li- nhas. 5. Empregue a norma-padrão da Língua Portugue- sa.
  • 18. 18 Praticando o Texto Proposta 12: Texto 1 “A faculdade, hoje, é tábua de salvação das fa- mílias de classe média, que não conseguem acumu- lar bens e precisam recompor seu patrimônio a cada geração”, explica a socióloga Gisela Taschener, da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. Atualmente, 8% dos brasileiros possuem diploma universitário”. “A universidade é valorizada porque, no mundo de hoje, o capital do cidadão médio é sua escolaridade”, com- pleta Gisela. Para as famílias que se equilibram com dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade de trocar o carro no final do ano, a faculdade dos filhos é o único patrimônio que se pode deixar. Para os filhos das famílias humildes, o diploma é uma das poucas esperanças de ascensão social. Veja, Escravos da Angústia, 12/11/1997 Texto 2 O vestibular, embora considerado injusto por mui- tos, especialmente aqueles indolentes e incapazes de superá-los, é um instrumento democrático, que propor- ciona aos concorrentes igualdade de condições. Vladimir Antonini, Curitiba, PR, Veja, Cartas, 19/11/97 Texto 3 Considero o vestibular a maior prova de ineficácia do sistema educacional brasileiro. Não se pode anali- sar um nível de conhecimento em apenas “uma tarde de domingo”, principalmente porque estão presentes aspectos emocionais que podem ser decisivos. Rodrigo Frank de Souza Gomes, Fortaleza, CE, Veja, Cartas, 19/11/97 Texto 4 Nos Estados Unidos e na Inglaterra, há um teste depois do Ensino Médio, mas a avaliação depende de várias outros fatores, entre eles o histórico escolar, as cartas de recomendação e o resultado de entrevistas na universidade. (...) Na França, quem conclui o Ensi- no Médio tem direito à faculdade desde que seja capaz de aguentar o ritmo puxado dos estudos superiores, responsável pelo abandono do curso por mais da me- tade dos matriculados. Veja, Escravos da Angústia, 12/11/97 Proposta 11: (UFMG) Leia estes trechos: Texto 1 As mazelas do usuário Haja paciência para usar computadores hoje em dia. Mesmo os problemas de software do tipo interfa- ces complicados, congelamentos constantes e erros diversos são menos maus do que os desconfortos de postura, iluminação, poluição sonora e outros que afe- tam nosso corpo durante o uso do computador. Antigamente, já foi muito pior, mas ainda hoje quem mexe com computador está realmente muito in- teressado ou não tem outra alternativa. Lentamente, as cadeiras estão mais confortáveis, escrivaninhas mais adaptadas e monitores com taxa de atualização mais rápida, tudo isso cada vez mais barato. Porém, mesmo com esses avanços, não foi possível banir a dor nas costas, a lesão por esforço repetitivo (LER), o cansaço nos olhos e na mente. Van Amstel, Frederick. Disponível em: http://webinsider.uol. com.br. Texto 2 O destino do lixo digital Um efeito da era digital que ninguém previu está tirando o humor dos ambientalistas. Até 2004, deve- rão ser descartados 315 milhões de micros em todo o planeta. O problema, no entanto, é maior do que o espaço que monitores ou teclados ocupam na lata do lixo. Muitas peças eletrônicas são feitas de metais pe- sados, como mercúrio, níquel, cádmio, arsênio e chum- bo, com efeitos tóxicos para a saúde do ser humano. LOPES, A. L. Galileu. São Paulo, n. 109, ago. 2000. p. 66. Redija uma carta aos autores dos textos 1 e 2, re- futando os argumentos usados nesses trechos e apre- sentando uma opinião diferente da defendida por eles. • Não esqueça a data e o vocativo. • Não assine sua carta. É proibida qualquer for- ma de identificação.
  • 19. 19 2º Ano EN VUS (VUNESP/98) Com referência aos textos elabore uma CARTA ARGUMENTATIVA para o Ministro da Educa- ção em que você explicite sua opinião sobre a neces- sidade da realização do concurso vestibular para ter acesso à universidade, desenvolvendo argumentos adequados para defender seu ponto de vista. Dê-lhe um título. É necessário assinar a carta com as suas ini- ciais. O corpo da carta deve ter pelo menos 18 linhas. Proposta 13: (UNICAMP) Durante o ano de 1995, intensificou-se no Rio de Janeiro a onda de violência e sequestros. Uma das respostas a essa onda de violência foi a Manifestação Reage Rio, realizada no dia 28 de novembro como um grande ato público a favor da paz. Na semana se- guinte, em artigo publicado na página 2 da Folha de S. Paulo, o jornalista Josias de Souza escreveu a esse propósito: “O Rio que paga a carreirinha de coca é o mesmo Rio que foge do sequestro, eis a verdade. Diz-se que a violência vem do morro. Bobagem, tolice. Como a passeata do Reage Rio, a violência também é obra do carioca bem-posto. (...) Dois dos objetivos palpáveis do Reage Rio são o reaparelhamento da polícia e a urbanização das favelas. Erraram de alvo. Estão mirando na direção errada. (...) Pouco adianta dar novos 38 à polícia se não for interrompido o fluxo de dinheiro que garante os AR-15 do tráfico.” “O Rio cheira e berra”, 5/12/95 Essa análise é polêmica e você deverá levá-la em consideração ao optar por uma das duas tarefas abai- xo: a) Concordando com a opinião do jornalista, es- creva-lhe uma carta apresentando argumentos que a apoiem. b) Se você acha que o ato público cumpriu seus objetivos, escreva uma carta aos organizadores, elo- giando a iniciativa, defendendo sua validade e reba- tendo os argumentos do jornalista. Proposta 14 (VUNESP) Há alguns anos, quando os acidentes de trânsito aumentaram assustadoramente, começou-se a pensar seriamente na educação para o trânsito. A tentativa de conscientização da necessidade de obedecer à sinali- zação, ao limite de velocidade, a fim de usar o veículo como um meio de ida e não como uma possibilidade de morte, ganhou dimensão nacional, incluindo orien- tação nas escolas. No entanto, as estatísticas mostra- vam que a violência no trânsito crescia cada vez mais. Agora, com a implantação da nova lei, a imprensa noti- cia a diminuição do número de acidentes, de mortes e de multas, em até 40%. Mera coincidência? Com referência às considerações dadas, faça uma carta argumentativa para alguma publicação jornalísti- ca ou responsáveis pelo setor no país, em que você emita a sua opinião sobre o fato e, principalmente, sobre a nova lei do trânsito recentemente implantada no Brasil. Apresente sugestões de implementação da nova lei de trânsito. É necessário assinar a carta com o pseudônimo “Brasileiro Consciente”. O corpo da carta deve ter entre 18 e 25 linhas. Proposta 15: Texto 1 No subsolo da América do Sul, há um imenso re- servatório de água pura, com mais líquido do que o existente em todos os rios do mundo. Essa fonte valio- sa precisa ser protegida para que possa servir no futu- ro. (...) No planeta, 97,3% da água está nos oceanos e mares, 2% nas calotas polares e no vapor d’ água da atmosfera, inacessíveis, e 0,7% nos rios, lagos e aquíferos que nos abastecem. Enquanto os povos do Oriente Médio penam por algumas gotas, o brasileiro tem 20% do total de volume de água disponível na Ter- ra. E não corre o risco de esgotamento, isto é, desde que o Brasil adquira a competência necessária para preservar suas fontes murmurantes e aprenda a mane- jar a abundância com parcimônia. No entanto o nosso desperdício chega a ser criminoso: na região Sudeste, as companhias de abastecimento perdem em média 30% da água já tratada, em vazamentos. No Nordeste, a perda chega a 60%. “Se isso não mudar, pode haver muita água no país, mas um dia vai faltar na torneira”, diz o geólogo Aldo Rebouças. Revista SUPERINTERESSANTE, julho/09
  • 20. 20 Praticando o Texto Proposta 16: Texto 1 Geração celularizada Até pouco tempo atrás, o celular não era tão indis- pensável na vida das pessoas como hoje, estas se en- contravam mais ou se falavam pelo telefone de casa. O tempo passou, as novas tecnologias tornaram a vida das pessoas um pouco mais fácil, e o celular cola- borou para essa comodidade. Hoje em dia, os celulares vêm mais equipados do que nunca: câmera fotográfica, de vídeo, calculadora, despertador, tocador de música, rádio, jogos etc. No entanto, não esqueçamos que o telefone foi concebido para nos comunicar. Texto 2 Nos Estados Unidos, sete em cada dez adolescen- tes têm smartphones. O uso excessivo do celular deu origem ao documentário “screenagers”. Esta semana uma pesquisa do IBGE mostrou que o celular se tornou o principal meio de acesso à internet no Brasil — e esse fenômeno não é uma exclusividade daqui. Nos Estados Unidos, isso tem causado problema doméstico. É uma batalha diária. Nos Estados Unidos, sete em cada dez adolescentes têm smartphones. Eles querem cada vez mais tempo para usar. Os pais acham que eles usam tempo demais. Lily reconhece: “É a maior briga da minha casa. Eles abusam das telinhas”. Para Stella, é uma questão de idade. “Quando a minha mãe era criança, não tinha eletrônicos. Hoje, a gente precisa deles pra socializar e se divertir”, diz. É o velho “conflito de gerações”, em versão eletrôni- ca. Dentro das telinhas cabe o mundo inteiro. E ainda o bate-papo com os amigos, a rede social, a pesquisa da escola, o dever de casa e a tentação do jogo. O proble- ma é que quem mergulha fundo nesse universo virtual acaba se esquecendo de olhar para o mundo aqui fora. http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/04/ Texto 2 Conscientização. No Dia Internacional da Água (22 de março), destacado hoje em todo o mundo, essa é a palavra mais enfatizada pela professora Urânia P. Sperling. O produto responsável pela vida das pes- soas continua sendo um sonho para muitos. Pelotas, agraciada com um manancial hídrico como poucas ci- dades dispõem, não dá a importância que deveria à água. A reeducação de nossos hábitos de consumo não pode mais ser protelada – diz Urânia. Recai sobre a nova geração, principalmente, essa tarefa. Embora o planeta seja formado na sua grande maioria por água, menos de 2% está disponível ao consumo, e essa pe- quena fatia está sendo poluída, desperdiçada. É uma questão cultural. Eu não vejo como possa ser resolvida a curto prazo, afirma a professora. enemred.blogspot.com/2013/06/ Texto 3 A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a ma- triz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter- nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de cri- sálida, está contido o pensamento: “Tudo é um”. (Friedrich Nietzsche, “Os filósofos trágicos”, in: Os pré-socráti- cos, Col. Os pensadores. São Paulo, Abril Cultural.) Texto 4 Com referência inicial aos textos apresentados, que são unicamente motivadores, redija uma disserta- ção argumentativa sobre o seguinte tema: Crise hídrica: reflexo de uma so- ciedade de consumo Instruções: • Escreva, no mínimo, 25 linhas. • Utilize 3ª pessoa. • Na sua argumentação, relacione aspectos so- cioeconômicos e culturais. • Revise sua redação com atenção. • Trechos copiados ou parafraseados serão des- considerados.
  • 21. 21 2º Ano EN VUS Produza uma carta do leitor para ser publicada no jornal “Gazeta da Hora”, na seção Ideias em Confron- to, com o propósito de emitir um posicionamento crítico acerca da opinião sobre o celular no cotidiano das pessoas. Instruções: Sua carta deverá, obrigatoriamente, atender às se- guintes exigências: • apresentar argumentos que fundamentem o seu ponto de vista; • ser redigida na variedade padrão da Língua Portuguesa; • não ser escrita em versos; • conter, no mínimo, 20 linhas (corpo do texto); • ser assinada com UM dos seguintes pseudô- nimos: Um cidadão brasileiro ou Uma cidadã brasileira. Texto 2 http://g1.globo.com/ Texto 3 Texto 4 “Minha história? Escutais: o passado é um túmulo! Perguntai ao sepulcro a história do cadáver! Ele guarda o segredo... Dir-vos-á apenas que tem no seio um corpo que se corrompe! Lerei sobre a lousa um nome — e não mais!” Fragmento de Noite na Taverna - Álvares de Azevedo Proposta de Redação: Em Noite na Taverna não há justiça, probidade, remorso nem compaixão. Os rapazes na taverna, en- quanto contam suas aventuras, são como anjos da mor- te e da destruição que semeiam a ruína e o desastre por onde passam. Sua postura é narcisista. Apenas bus- cam o prazer e a satisfação dos próprios desejos. Nesse sentido, redija um texto dissertativo-argu- mentativo em que se discuta como a banalização do corpo, em suas diferentes modalidades, ocorria com a juventude do século XIX, e de que forma ela se revela no século XXI. Proposta 17: Texto 1 A adolescência, sobretudo no século XX, foi eleva- da como representante e expressão máxima da juven- tude, da potência, da beleza, da liberdade, do gozo, do espírito crítico e contestador, do progresso, da disposi- ção para a mudança e de tantos outros atributos que a tornaram uma fase bastante prestigiada e cobiçada. É verdade, também, que essa fase foi vista como momento de vivência das grandes crises (afetivas, emo- cionais, de identidade, de valores etc.) e sofrimentos. Porém, tais crises foram consideradas positivas e construtivas já que o saldo final sempre representava um ganho e melhoria do sujeito. Aliás, a própria ideia de crise alude a movimento, mudanças, ruptura e de- sestruturação que, embora possam estar associadas a sofrimentos, trazem como significação básica a poten- cialização da vida e a dinamização do sujeito e do seu mundo. http://www.scielo.br/scielo
  • 22. 22 Praticando o Texto Proposta 18: (UNESP) Texto 1 Dos 594 deputados e senadores em exercício no Congresso Nacional, 190 (32%) já foram condenados na Justiça e/ou nos Tribunais de Contas. As ocorrências se encaixam em quatro grandes áreas: irregularidades em contas e processos admi- nistrativos no âmbito dos Tribunais de Contas (como fraudes em licitações); citações na Justiça Eleitoral (contas de campanha rejeitadas, compra de votos, por exemplo); condenações na Justiça referentes à lida com o bem público no exercício da função (enriqueci- mento ilícito, peculato etc.); e outros (homicídio culpo- so, trabalho degradante etc.). Natália Paiva. www.transparencia.org.br. Adaptado. Texto 2 Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem vínculos com a efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprende- mos que devemos ser cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como ci- dadãos. A face política do modelo de identidade nacio- nal é permanentemente corroída pelo desrespeito aos nossos ideais de conduta. Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradi- ção democrática, na qual somos todos iguais perante a lei em que o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma propriedade inalienável de cada um de nós. Na realidade, ser brasileiro significa viver em um sistema socioeconômico injusto, no qual a lei só existe para os pobres e para os inimigos, e os direitos individuais são monopólio dos poucos que têm muito. Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo co- agido a reagir de duas maneiras. Na primeira, com apatia e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores ideais da cultura e não que- rem converter-se ao cinismo das classes dominantes e dos seus seguidores. Essas pessoas experimen- tam uma notável diminuição da autoestima na iden- tidade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, tampouco sabem como agir honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilhações de toda ordem. Deixam-se as- sim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo adere à ética da sobrevivência ou à lei do vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornando-se delinquente. Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado. Texto 3 Se o eleitorado tem bastante clareza quanto à falta de honestidade dos políticos brasileiros, não se pode dizer o mesmo em relação à sua própria imagem como “povo brasileiro”. Isto pode ser um reflexo do aclamado “jeitinho brasileiro”, ora motivo de orgulho, ora de vergonha. De qualquer forma, fica claro que há problemas tanto quando se fala de honestidade de uma forma genérica, como quando há abordagem específica de comportamentos antiéticos, alguns ilegais: a “caixinha” para o guarda não multar, a sonegação de impostos, a compra de produtos piratas, as fraudes no seguro, entre outros. A questão que está posta aqui é que a população parece não relacionar seus “pequenos des- vios” com o comportamento desonesto atribuído aos políticos. Silvia Cervellini. www.ibope.com.br. Adaptado. Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma redação de gê- nero dissertativo-argumentativo, empregando a nor- ma-padrão da Língua Portuguesa, com no mínimo 25 linhas, sobre o tema Corrupção no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira? Seu texto deve apresentar obrigatoriamente os se- guintes aspectos: 1. Argumentos com apoio no comentário a respei- to da obra Noite na Taverna. 2. Reflexão sobre a banalização do corpo. Instruções: • Escreva, no mínimo, 25 linhas. • Em seu texto, empregue 3a pessoa. • Revise sua redação com atenção.
  • 23. 23 2º Ano EN VUS Proposta 19: Universidade Federal de Lavras – UFLA (2014). O po- liticamente correto acabou se transformando numa es- pécie de censura. Na vida acadêmica acabou se trans- formando numa espécie de lobby para eliminar pessoas que não concordam com aquelas que têm poder ins- titucional. No fundo se transformou numa espécie de patrulha. E, nesse sentido, parece-me bastante imoral. Pondé Entre os humoristas daqui impera o velho discur- so da liberdade de expressão. E o raciocínio de que a própria graça da piada (ou ausência dela) dá a medida do que deve ser dito ou não. “Acho absurdo usarem o argumento da liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada. Não foi para isso que pessoas morreram pela democracia”, diz o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva. “Grosseria não é um elemento de humor, é uma questão equivocada de ignorância histórica, de não saber os limites do que é engraçado.” Osmar Paixão CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E CO- LETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] III – ninguém será submetido a tortura nem a trata- mento desumano ou degradante; IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V – é assegurado o direito de resposta, proporcio- nal ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; [...] IX – é livre a expressão da atividade intelectual, ar- tística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença; [...] Com referência inicial aos textos, que são única- mente motivadires, redija um ARTIGO DE OPINIÃO que discuta os limites do humor entre a liberdade de expressão e o respeito aos direitos individuais.
  • 24. 24 Praticando o Texto Proposta 20: (UEM) Texto 1 Influência dos pais na hora da escolha Para a coordenadora do curso de Pedagogia do Isca Faculdades, Alessandra Pascotto, os adolescen- tes precisam de um direcionamento saudável, sem a imposição dos pais. A influência deve ser vista como uma orientação, segundo Alessandra. A pedagoga ex- plicou que o adolescente não tem condição de fazer essa escolha sozinho, por isso precisa da ajuda dos pais, dos familiares e dos amigos. “Eles são muito jo- vens e precisam de um direcionamento. Os pais podem levá-los para fazer um teste vocacional, para conhecer uma pessoa que é formada na área que escolheram e até visitar a faculdade e conversar com os professores”. (...) Tão naturalmente como foi a escolha de Vitória Pinatto, 18 anos, que está estudando para passar no curso de Administração de Empresas. “Meus pais me influenciaram de forma indireta. Minha mãe tem uma loja e meu pai trabalha em uma empresa. Vendo o con- tato deles com a área de administração, acabei optando por fazer uma faculdade nessa área, espelho-me muito neles”. Stefanie Archilli (Texto adaptado de <http://www.jlmais.com Texto 2 A 1ª escolha profissional do adolescente: quem influencia? Quem tem um adolescente em casa sabe, sente na pele a pressão e a ansiedade do momento da primeira escolha profissional. (...) Esse momento é inegavelmente tenso. (...) Desafia cada membro da família a pensar alter- nativas, buscar seus próprios sonhos, tentar resgatar aquele desejo de realizar algo que não foi possível até então. Desde o clássico exemplo de pais sedentos por realizar seus anseios através do filho até o envolvimen- to de avós, tios, irmãos, primos e amigos de convivên- cia próxima à família. O jovem é visto como um papel em branco, pronto para receber qualquer história, seja para salvar aquele projeto que não teve sua chance no passado seja para confirmar as próprias escolhas realizadas, devendo, portanto, ser repetidas. (...) O risco de o jovem ser direcionado é decidir a partir de expectativas de outras pessoas (no caso, os pais), e não de seus próprios anseios. Por consequência, abre- se espaço à frustração, uma vez que as necessidades pessoais (do adolescente) não foram consideradas. Anaí Auada (Texto adaptado de <http://www.mundovestibular. com.br/articles/ Tendo como apoio os textos 1 e 2, produza um AR- TIGO DE OPINIÃO, com no mínimo 25 e no máximo 30 linhas sobre o tema “A influência dos pais pode ser positiva ou negativa na escolha profissional dos filhos?” Você deverá dar um título ao seu artigo. Para orientar sua produção, considere que seu texto será publicado em um jornal de circulação local, cujos leito- res podem ter uma opinião diversa da sua, ou podem não ter ainda uma opinião formada sobre a questão em pauta. Proposta 21 (Subprograma 2015- 2017 - 2ª Etapa) Texto 1 (...) — Nada tenho que ver com a ciência; mas, se tan- tos homens em quem supomos juízo são reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alie- nista? (...) O alienista oficiara à Câmara expondo: — 1°, que verificara das estatísticas da vila e da Casa Verde, que quatro quintos da população estavam aposentados naquele estabelecimento; 2°, que esta deslocação de população levara-o a examinar os fundamentos da sua teoria das moléstias cerebrais, teoria que excluía do do- mínio da razão todos os casos em que o equilíbrio das faculdades não fosse perfeito e absoluto; 3°, que, desse exame e do fato estatístico, resultara para ele a convic- ção de que a verdadeira doutrina não era aquela, mas a oposta, e portanto, que se devia admitir como normal e exemplar o desequilíbrio das faculdades e como hipó- teses patológicas todos os casos em que aquele equi- líbrio fosse ininterrupto; 4°, que à vista disso declarava à Câmara que ia dar liberdade aos reclusos da Casa Verde e agasalhar nela as pessoas que se achassem nas condições agora expostas. (...) Entretanto, a Câmara adotou sem debate uma pos- tura autorizando o alienista a agasalhar na Casa Verde as pessoas que se achassem no gozo do perfeito equi- líbrio das faculdades mentais. Machado de Assis. O alienista (com adaptações).
  • 25. 25 2º Ano EN VUS Texto 2 Temos de aceitar que nem toda angústia humana é transtorno psiquiátrico e que não há uma pílula para cada problema. Muitas emoções e comportamentos são simplesmente parte da natureza humana. A medi- cação psiquiátrica é essencial para tratar os verdadei- ros problemas psiquiátricos. Um diagnóstico psiquiátri- co preciso pode melhorar muito a vida de uma pessoa; um impreciso provoca estigma e leva a tratamentos desnecessários. Allen Frances, em entrevista à Folha de S.Paulo. 11/9/2016. Texto 3 A “caixa da normalidade” está cada vez menor e a culpa é do excesso de diagnósticos de doenças men- tais. Estamos patologizando comportamentos normais. Dale Acher. In: Folhapress. 5/11/2013. Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores e utilizando a modalidade padrão da língua portuguesa, redija um texto dissertativo comentando o diálogo a seguir, extraído da obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Em seu texto, argumente a favor ou contra o que afirma o Gato, considerando que a afirmação se aplica aos seres humanos em geral. — Mas não quero me meter com gente louca, Alice observou. — Oh! É inevitável, disse o Gato, somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca. Proposta 22: Texto 1 A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condi- ções de acesso à educação e saúde e estabelece pu- nições para atitudes discriminatórias contra essa par- cela da população. Hoje no Brasil existem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A lei foi sancionada pelo governo federal em julho e passa a valer somente agora, 180 dias após sua pu- blicação no Diário Oficial da União. Um dos avanços trazidos pela lei foi a proibição da cobrança de valores adicionais em matrículas e mensalidades de institui- ções de ensino privadas. O fim da chamada taxa extra, cobrada apenas de alunos com deficiência, era uma demanda de entidades que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência. Quem impedir ou dificultar o ingresso da pessoa com deficiência em planos pri- vados de saúde está sujeito a pena de dois a cinco anos de detenção, além de multa. A mesma punição se aplica a quem negar emprego, recusar assistência médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em ra- zão de sua deficiência. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/brasil/Adaptado. Texto 2 A Constituição Brasileira, de 1988, prevê o direi- to universal à Educação em seu artigo 208. O Esta- tuto da Criança e do Adolescente, de 1990, garante o mesmo. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) definiu regras a respeito da inclusão escolar, que foram reforçadas pela Política Nacional de Espe- cial na Perspectiva da Educação Inclusiva, publicada em 2007. Todos esses passos foram dados em direção a uma educação a que todos tenham acesso, indepen- dentemente de dificuldades físicas e intelectuais – e de qualquer outra natureza. “Não há como dissociar a inclusão educacional da social”, afirma a psicopedagoga Mary Lopes Frizanco, de São Bernardo do Campo (SP), lembrando que a exclusão escolar no Brasil também atinge os pobres e outros grupos vítimas de preconceito. “As escolas tiveram o prazo de 10 anos, dado pelo MEC, para se adaptar à realidade da inclusão. Esse período acabou em 2010, mas ainda estamos caminhando nesse sen- tido”, pondera a especialista em educação especial. […] Aceitar alunos com dificuldades de aprendizado é uma coisa; garantir a eles o real acesso ao conteúdo é outra. Em outras palavras, a inclusão na prática é dife- rente da do papel. “Dar a vaga porque existe a lei não é suficiente”, ressalta a psicopedagoga Sheila Pinheiro, lembrando que, a partir do momento em que a escola recebe uma criança com deficiência, todos, do porteiro ao diretor, têm de participar do processo de inclusão. “A diferença deve ser aceita com naturalidade, afinal, todos somos singulares”, argumenta Mary Lopes. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/
  • 26. 26 Praticando o Texto Proposta 23: Queiramos ou não, vivemos em um mundo globa- lizado.Entre outras coisas, isso significa que os desti- nos dos diferentes povos que habitam a Terra se en- contram cada vez mais interligados e imbricados uns nos outros — fenômeno que vem sendo chamado de transnacionalização da nossa vida cultural e econô- mica. O outro lado dessa mesma moeda se chama desterritorialização das pessoas — que, por motivos diversos, tornam-se, em número cada vez maior, ci- dadãs do mundo — e de suas práticas identitárias. Essa nova relação entre as pessoas das diferentes regiões do mundo, das mais variadas etnias e línguas, de histórias e tradições diferentes se deu como conse- quência imediata do rompimento de barreiras que, até pouco tempo, pareciam intransponíveis e serviam de impedimento a qualquer forma de aproximação entre os povos, a não ser com propósitos nada amigáveis. Kanavillil Rajagopalan. Por uma linguística crítica: lingua- gem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003 (com adaptações). O texto de Kanavillil Rajagopalan aborda algumas transformações na vida em sociedade em tempos de globalização. Indique uma delas e discorra sobre suas consequências negativas para as sociedades. Em seguida, elabore uma proposta de intervenção que amenize tais efeitos negativos na vida sociocultu- ral dos sujeitos envolvidos. • Escreva, no mínimo, 20 linhas. • Empregue a 3ª pessoa. Proposta 24: Texto 1 A escolha profissional passava necessariamente pela ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequa- do para exercer uma profissão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem aceita e apontada às moças como exemplo de honesti- dade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o Texto 3 Aplicativo gratuito auxilia crianças com deficiência “Todas as crianças aprendem no dia a dia, brin- cando, participando das atividades de vida diária, em casa, na escola, em diversos ambientes. No caso de uma criança com deficiência é da mesma forma, mas esse aprendizado muitas vezes precisa de orientações e um acompanhamento especializado”, defende. Foi com essa proposta que ele criou o app Minha Rotina Especial, lançado em 2015. A ideia era criar um software de baixo custo, instalado num aparelho com que as crianças já estão habituadas, com informações personalizadas para ajudar em sua organização an- tes da tarefa e visualização posterior para relembrar o que foi feito, ajudando a reforçar o aprendizado. A proposta também era que os cuidadores, os profissio- nais de educação e reabilitação pudessem acompa- nhar o desenvolvimento das crianças com deficiência, personalizando orientações, compartilhando relatórios e objetivos para as crianças com deficiência nas ativi- dades diárias. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/negocios/. Texto 4 Até que, em 2008, após anos de debates, a Políti- ca Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva acabou com a escolha entre ensi- no regular e especial. A nova política começou a mudar os padrões ao definir com clareza como deve ser oferecida a Educa- ção para todos os que têm deficiência. Não por aca- so, nesse mesmo ano, pela primeira vez, o número de alunos com necessidades especiais no ensino regular superou o de matriculados em salas especiais. Disponível em: < http://novaescola.org.br/ Proposta de redação: Com referência inicial aos textos, que são unica- mente motivadores, e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dis- sertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa, com mínimo de 20 e máximo de 30 linhas, sobre o tema: Escola inclusiva no Brasil: direito da família
  • 27. 27 2º Ano EN VUS professor. A família tinha grande figura da professora e do professor em grande consideração e estes detinham um prestígio social que estava em claro desacordo com a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo. ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado). Texto 2 O estatuto social e econômico é a chave para o estudo dos professores e da sua profissão. Num olhar rápido temos a impressão de que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de grande degradação, sentimento que é confirmado por certos discursos das organizações sin- dicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada vez que a análise é mais fina, os resultados são me- nos concludentes e a profissão docente continua a re- velar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensi- no primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades. NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In NÓVOA, A. (Ed.). Profissão professor. Porto: Porto Editora, 1995 (adaptado). Texto 3 Disponível em: http://www.sinpro-rs.org.br. (adaptado). Texto 4 Disponível em: http://www.sinprodf.org.br. Com referencia à leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema O histórico desafio de se valorizar o professor, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e re- lacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Escreva, pelo me- nos, 20 linhas. Proposta 25: Texto 1 “– Não é possível guardar a mínima alegria — disse ele. Em coisa alguma. Nenhum vitral retém a claridade. (...) Ela apertou o braço do marido e sorriu, a sen- tir que um júbilo quase angustioso jorrava de seu ínti- mo. Compreendera que tudo aquilo era inapreensível: enganara-se ou subestimara o instante ao julgar que poderia guardá-lo. “Que este momento me possua, me ilumine e desapareça — pensava. Eu o vivi. Eu o estou vivendo.” Sentia que a luz do sol a trespassava, como a um vitral”. Trecho do conto “O Vitral”, de Osman Lins. Texto 2 Droga faz cérebro “esquecer” más lembranças Cientistas descobriram um remédio que ajuda a curar o sofrimento causado por más lembranças. De acordo com o estudo publicado no periódico Journal
  • 28. 28 Praticando o Texto of Clinical Endocrinology & Metabolism, sob o efeito da droga metirapona, indivíduos que têm más recor- dações reduzem a habilidade do cérebro de repassar esses momentos. A pesquisa, desenvolvida pela Uni- versidade de Montreal e pelo Centro de Estudos do Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine (am- bos no Canadá), desafia a teoria de que as memórias não podem ser modificadas uma vez armazenadas no cérebro. http://veja.abril.com.br/ciencia/droga-faz-cerebro-esquecer -mas-lembrancas/ Texto 3 Memória Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão. Carlos Drummond de Andrade Texto 4 Especialistas questionam droga que promete “apagar” más lembranças O ser humano contemporâneo tem tantas ferra- mentas tecnológicas que perdeu a noção de humanida- de. Esquece que o sofrimento é o motor do desenvol- vimento humano. As medicações são eficientes, mas estão diminuindo nossa força de romper nossos limites. O sofrimento deve ser vencido, ele se transforma em ação. É o que defende Cecília Coimbra, de 73 anos, ex- militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Era estudante quando foi presa em 28 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro. Foi torturada e sofreu abusos sexu- ais. No auge da crueldade, com o corpo nu e amarrado em uma cadeira, foi exposta a um filhote de jacaré, que percorreu sua pele. Esse cenário de horror fez parte de sua vida por três meses e meio. Após 15 anos, ela decidiu contar sua história por meio do grupo Tortura Nunca Mais. Foi quando a dor começou a ser amenizada: “Percebi que fui para outro patamar. Eu saí daquela situação de vítima para a de sobrevivente, que usa a sua dor para batalhar”, afir- mou. Encarar a dor de frente é muito mais aconselhável do que ficar se martirizando dentro de quatro paredes de um consultório. Sem minhas lembranças, seria uma pessoa mais pobre. Acho que minha vida enriqueceu muito com essa experiência”. Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/ Os textos acima apresentam em comum ideias e impressões sobre a memória, a necessidade de retê-la e/ou de abandoná-la. Produza um texto dissertativo-ar- gumentativo que reflita sobre A importância da memória para a constituição psíquica e social do homem Instruções: • Trace um paralelo sobre as diversas maneiras com as quais, no decorrer do tempo, o ser hu- mano vem lidando com as lembranças. • Escreva, no mínimo, 25 linhas. • Em seu texto, empregue 3ª pessoa. Proposta 26: Leia os textos a seguir para fazer o que se pede. Texto 1 O chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, usando das atribuições que lhe confere o artigo 1. do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, decreta: [...] Art. 3. - Consideram-se maus-tratos: I - Praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal; II - Manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou o des- canso, ou os privem de ar ou luz; III - Obrigar animais a trabalhos excessivos ou su- periores às suas forças e a todo ato que resulte em so- frimento para deles obter esforços que, razoavelmente não se lhes possam exigir senão com castigo; IV - Golpear, ferir ou mutilar voluntariamente qual-
  • 29. 29 2º Ano EN VUS quer órgão ou tecido, exceto a castração, só para ani- mais domésticos, ou operações outras praticadas em benefício exclusivo do animal e as exigidas para defesa do homem, ou no interesse da ciência; V - Abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de ministrar-lhe tudo o que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive assis- tência veterinária; […] VIII - Atrelar num mesmo veículo, instrumento agrí- cola ou industrial, bovinos com suínos, com muares ou com asinos, sendo somente permitido o trabalho em conjunto a animais da mesma espécie; IX - Atrelar animais a veículos sem os apetrechos indispensáveis, como sejam balancins, ganchos e lan- ças ou com arreios incompletos; […] XI - Acoitar, golpear ou castigar por qualquer forma a um animal caído sob o veículo ou com ele, devendo o condutor desprendê-lo para levantar-se; Texto 2 Quem vai ao circo que tem animais em suas exi- bições quase nunca percebe a realidade por trás do espetáculo. O sofrimento que esses animais passam ao longo de suas vidas dentro do circo chega ser supe- rior ao de um animal abandonado. Por trás de um urso batendo palmas, um macaco vestido pedalando uma bicicleta ou um elefante se equilibrando em uma pata só, esconde-se toda uma série de torturas abomináveis que transforma esses animais em meros fantoches de seus “domadores”, que travestem suas covardias com esses animais em “bravuras” ao enfiar a cabeça dentro da boca ou obrigá-lo a se ajoelhar defronte a plateia. [...] Texto 3 O tratamento que os animais recebem • Antes de chegarem no Circo, passam por me- ses de tortura, que começa na captura em seu habitat natural, são laçados, arrastados e mui- tas vezes até alvejados para caírem feridos. São transportados (traficados) em jaulas pe- quenas e apertadas. • Já no circo tem inicio o processo de domestica- ção dos animais, em que levam surras diárias, ficam sobre seus próprios excrementos, são privados de alimentação e água, tudo isso até que seu “espírito seja quebrado” e passem a obedecer. • Os elefantes sofrem de problemas nas patas por falta de exercício, pois na natureza elefan- tes andam dezenas de quilômetros diariamen- te. • No circo os elefantes permanecem acorrenta- dos o tempo inteiro, e os outros animais ficam enjaulados em condições extremas de maus- tratos. • O comportamento dos animais que ficam a mexer constantemente a cabeça ou andando próximo às grades num frenético vai e vem, é uma das características de neurose e stress do cativeiro. Esse comportamento também é en- contrado em animais nos zoológicos. Disponível em https://idealismodebuteco.wordpress.com/ Proposta de redação: Considerando os textos acima de caráter exclusi- vamente motivador, redija um texto dissertativo-argu- mentativo sobre o seguinte tema : Os desafios em conter os maus-tratos contra os animais. Seu texto deve ter, no máximo, 30 linhas e, no mínimo, 25 linhas. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Proposta 27: Texto 1 O Governo Federal vai implementar um plano de ação nacional para o enfrentamento das mortes em de- corrência da violência no trânsito. A proposta do plano de Segurança no Trânsito em Defesa da Vida envolve sete ministérios – da Saúde, Cidades, Justiça, Trabalho e Emprego, Previdência, Educação e Transportes –, co- ordenados pela Casa Civil. A proposta foi apresentada aos governadores com o objetivo de destacar a neces- sidade da participação dos estados na coordenação de ações e mobilização intersetorial e da sociedade para reduzir a violência no trânsito. “No eixo Fiscalização, a ideia é intensificar as ações, priorizando aspectos como a mistura álcool/direção, excesso de velocidade, uso dos equipamentos obrigatórios de segurança, ha- bilitação válida e condição segura do veículo”, explicou o ministro. Fonte: http: //www. brasil. gov. br/saude/
  • 30. 30 Praticando o Texto Texto 2 “Educar para o trânsito não se limita apenas a ensinar regras de circulação, mas também deve contribuir para formar cidadãos responsáveis, autônomos e comprometidos com a preservação da vida. Diante do quadro de violência que vem se apresentando no trânsito e também em outras esferas sociais, torna-se necessário o en- volvimento de toda a sociedade nessa tarefa de educar, na qual a família e a escola são a base formadora e não podem se eximir de tal responsabilidade. ” Fonte: http: //www. cettrans.com.br/educacao-de-transito. php Texto 3 Com referência à leitura dos textos motivadores acima e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da Língua Portuguesa sobre o tema A influência da educação no trânsito no Brasil. Apresente proposta de intervenção, que respeite os di- reitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instruções: • Empregue a norma-padrão da Língua Portuguesa, atentando-se à nova ortografia. • Escreva em 3a pessoa e, no mínimo, 25 linhas. • Revise seu texto com atenção. • Não reproduza em sua argumentação os textos motivadores apresentados na proposta.
  • 31. 31 2º Ano EN VUS Proposta 28: Texto 1 Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país. WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org. br. Texto 2 BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço 2014. Central de Atendimento à Mulher: Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br (adaptado) Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br (adaptado). Texto 3 Texto 4 Fontes: Conselho Nacional de Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Políticas para as Mulheres Disponível em: www.istoe.com.br (adaptado). Com referência à leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, apresentando proposta de inter- venção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumen- tos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
  • 32. 32 Praticando o Texto Proposta 29: Acesse o Youtube para assistir ao premiado curta “Razão x Emoção”. Essa animação inspirou o filme “Divertida Mente” (Inside Out) da PIXAR. Após a reprodução do filme, utilizando o registro padrão, redija um comentário crítico sobre a produ- ção. Não se esqueça de apresentar a ficha técnica do curta. Redija o comentário em 3ª pessoa. Respeite o limite mínimo de 20 linhas. Dê um título ao seu texto. Proposta 30: Texto 1 “O Cortiço”, um retrato da vida urbana no fim do século 19 Romance ambientado no Rio de Janeiro desenha painel da sociedade brasileira e de suas relações so- ciais, econômicas e de poder. “Esse livro é um cânone. É um dos primeiros que trata, sobretudo, das personagens que trabalham. Ele dá visibilidade à figura do trabalhador”. Em “O Corti- ço”, temos uma gama de personagens trabalhadores, de diferentes profissões – lavadora, ferreiro, operário – reflexo das transformações que o País enfrentava: determinação do fim do tráfico negreiro (1850) e da es- cravatura (1888), decadência da economia açucareira, industrialização e crescimento das cidades. Azevedo tenta fotografar o real e traz todos esses elementos e conflitos para o romance. A história se dá em dois ambientes principais bem diferentes, o cortiço do João Romão e o sobrado do Barão Miranda, figura que representa a elite brasileira. “Temos a presença de várias camadas socioeconômi- cas, desde a classe dos mais humildes, passando pela pequena classe média, burguesia e elite. O autor faz uma síntese da sociedade naquela época”, ressalta An- gela, que também é professora de Letras da Universi- dade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). [... ] O romance pretende denunciar a exploração do homem pelo próprio homem, expondo situações e relações de poder dentro de uma habitação coletiva. A leitura atenta leva à compreensão da proposta do Realismo-Naturalismo, que era pautado pela razão e pretendia fazer uma investigação, quase científica, dos mecanismos sociais. Disponível em: <http: //ultimosegundo.ig.com.br/educacao/ o+cortico/> Texto 2 Cinco livros brasileiros que causaram polêmica O Brasil tem grandes autores e histórias literárias muito ricas. Algumas delas envolvem temas polêmicos que chocaram a sociedade quando foram publicadas e que ainda são tabu hoje em dia. De romances que envolviam a sexualidade até crimes como racismo e estupro, não faltam personagens brasileiros para re- presentar temas polêmicos. Veja 5 obras da literatura brasileira que abordam assuntos controversos. (Luíza Antunes – Redação Super, atualizado em 24/01/2014) 1. “Caçadas de Pedrinho”, Monteiro Lobato. 2. “Bom-Crioulo”, Adolfo Caminha. 3. “O Cortiço”, Aluísio de Azevedo. 4. “Asfalto selvagem – Engraçadinha, seus amores e seus pecados”, Nelson Rodrigues. 5. “Capitães de Areia”, Jorge Amado. Um dos exemplos do Naturalismo na literatura bra- sileira, “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, publicado em 1890, chocou a sociedade ao trazer vários temas polêmicos. A obra contava a história do dono de um cortiço que queria enriquecer e dos habitantes do local, corrompidos pelo ambiente em que viviam. Entre os tabus, uma relação amorosa, incomum para a época, entre duas mulheres, madrinha e afilhada. Para com- pletar, a madrinha era prostituta e alicia a afilhada a assumir a profissão. Disponível em: <http: //super. abril. com. br/blogs/superlistas/ 5-livros-brasileiros-polemica/> Texto 3 “E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela flo- resta implacável que lhe crescia junto da casa, por de- baixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e aba- lando tudo.” (AZEVEDO,Aluísio. O Cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins,1974. p. 23; 33.)