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A Princesa de Gale




            Por ocasião da morte da Princesa Diana em 31 de agosto de 1997, Tony Blair,
primeiro ministro britânico, disse que “as pessoas gostavam de Diana e a amavam porque ela
era alguém do povo”. O funeral da Princesa Diana foi considerado um evento global. Países
como a China, Rússia e Cuba lamentaram a morte da Princesa de Gale que conquistou o título
de “princesa do coração do povo”.

             Diana usou o prestigio de sua beleza e fama para pedir o fim das minas na África.
Manifestou simpatia e solidariedade com as vítimas da Aids. Na Bósnia, consolou viúva de ex-
guerrilheiro. Abraçou crianças na índia e, em São Paulo, deu colo a crianças da Febem.
Distribuiu carinho e solidariedade através do contato físico com pessoas carentes, o que foi
considerado sua marca registrada.

             Ao contrario, porém, do estilo informal da princesa, a família real é o símbolo da
valorização da forma e da tradição.

            Em frente à capela do Palácio de St. Jones, em Londres, onde o corpo de Diana
permaneceu por uma semana, formou-se um mar de flores e cartões, mostrando que o mundo
é carente de pessoas que notabilizem pela solidariedade e envolvimento.

            Sem dúvida, a princesa mereceu ser honrada por romper com a tradição fria e
rígida de uma monarquia alienada, e por transformar-se numa imagem popular e carismática,
capaz de levar alegria ao coração de pessoas no mundo inteiro.

             Mérito incomparável maior, entretanto, é devido a Jesus Cristo, que deixou a
corte celestial para vir à Terra e tornar-se homem, (Jo 1:14a). Ele não só andou entre os
pobres, mas comeu com eles e vestiu a suas roupas. A popularidade resultante deste estilo
aberto e solidário lançou densa sombra sobre a liderança tímida dos formais sacerdotes e
escribas.

           Jesus deu colo às crianças, tocou os olhos do cego e a pele do leproso. Outros
puderam tocar nEle, pois se fazia acessível. Sabia que as pessoas precisavam de aceitação; por
isso distribui simpatia de uma maneira farta. As expectativas do povo simples eram satisfeitas
mediante o relacionamento com Sua pessoa.

            Não se pode descrever a emoção daqueles que foram privilegiados com a
presença e manifestação de carinho de Alguém cuja atenção era tão disputada.

             Há pessoas que temem relacionar-se com o povo. Às vezes, por medo de que se
descubra o vazio coberto pela formalidade e arrogância. Só quem está seguro de si mesmo
abre a porta da alma, na certeza de que sua vida não vai frustrar as expectativas.

             A cultura da igreja medieval supervalorizou a forma e a tradição. O rei assumia a
direção da vida e dos interesses do povo pelo simples fato de ser da linhagem real. Para que o
sacerdote influenciasse o pensamento e fosse obedecido, bastava ser ordenado ao ofício.
Naquele tempo, súditos e liderados aceitavam a autoridade de seus superiores meramente por
terem sido colocados em determinada função, e se curvavam ante sua pessoa devido ao fato
de estarem escudados na pompa e suntuosidade. Esse, porém, não é comportamento natural
do ser humano.

            Mesmo assim, há pessoas que, numa tentativa de manter atual o que é passado,
insistem em não conviver com os liderados, como se isso fosse condição par manter a
independência. Até mesmo líderes evangélicos relutam em conversar com pessoas simples,
comer sua comida, tomar suas filas e participar de suas experiências.

            Hoje, como no tempo de Cristo, o povo está cansado do formalismo, da tradição e
da autoridade imposta. As pessoas aceitam liderança conquistada mediante relacionamento,
mas desprezam a que não é democrática. Na verdade, os líderes e formadores da opinião do
povo não são pessoas diferentes na forma, mas nos princípios; pessoas que usam os calçados e
roupas de seus “súditos”, que sentam em seus bancos.

            É preciso ser igual, identificar-se, ser empático; ou seja, experimentar a vida do
lado do povo. Descer ao nível das pessoas comuns e partilhar os seus sentimentos e
esperanças dá originalidade ao líder, pastor ou ancião. Toda porta tem sua chave. E a chave do
coração do povo é empatia. Mais do que Diana, Jesus soube usar essa chave. E você?



            Texto de Vanderlei Dorneles adaptado por Jônatas A. Fernandes.

                                                       http://fithoslusecjon.blogspot.com.br/

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  • 1. A Princesa de Gale Por ocasião da morte da Princesa Diana em 31 de agosto de 1997, Tony Blair, primeiro ministro britânico, disse que “as pessoas gostavam de Diana e a amavam porque ela era alguém do povo”. O funeral da Princesa Diana foi considerado um evento global. Países como a China, Rússia e Cuba lamentaram a morte da Princesa de Gale que conquistou o título de “princesa do coração do povo”. Diana usou o prestigio de sua beleza e fama para pedir o fim das minas na África. Manifestou simpatia e solidariedade com as vítimas da Aids. Na Bósnia, consolou viúva de ex- guerrilheiro. Abraçou crianças na índia e, em São Paulo, deu colo a crianças da Febem. Distribuiu carinho e solidariedade através do contato físico com pessoas carentes, o que foi considerado sua marca registrada. Ao contrario, porém, do estilo informal da princesa, a família real é o símbolo da valorização da forma e da tradição. Em frente à capela do Palácio de St. Jones, em Londres, onde o corpo de Diana permaneceu por uma semana, formou-se um mar de flores e cartões, mostrando que o mundo é carente de pessoas que notabilizem pela solidariedade e envolvimento. Sem dúvida, a princesa mereceu ser honrada por romper com a tradição fria e rígida de uma monarquia alienada, e por transformar-se numa imagem popular e carismática, capaz de levar alegria ao coração de pessoas no mundo inteiro. Mérito incomparável maior, entretanto, é devido a Jesus Cristo, que deixou a corte celestial para vir à Terra e tornar-se homem, (Jo 1:14a). Ele não só andou entre os pobres, mas comeu com eles e vestiu a suas roupas. A popularidade resultante deste estilo aberto e solidário lançou densa sombra sobre a liderança tímida dos formais sacerdotes e escribas. Jesus deu colo às crianças, tocou os olhos do cego e a pele do leproso. Outros puderam tocar nEle, pois se fazia acessível. Sabia que as pessoas precisavam de aceitação; por
  • 2. isso distribui simpatia de uma maneira farta. As expectativas do povo simples eram satisfeitas mediante o relacionamento com Sua pessoa. Não se pode descrever a emoção daqueles que foram privilegiados com a presença e manifestação de carinho de Alguém cuja atenção era tão disputada. Há pessoas que temem relacionar-se com o povo. Às vezes, por medo de que se descubra o vazio coberto pela formalidade e arrogância. Só quem está seguro de si mesmo abre a porta da alma, na certeza de que sua vida não vai frustrar as expectativas. A cultura da igreja medieval supervalorizou a forma e a tradição. O rei assumia a direção da vida e dos interesses do povo pelo simples fato de ser da linhagem real. Para que o sacerdote influenciasse o pensamento e fosse obedecido, bastava ser ordenado ao ofício. Naquele tempo, súditos e liderados aceitavam a autoridade de seus superiores meramente por terem sido colocados em determinada função, e se curvavam ante sua pessoa devido ao fato de estarem escudados na pompa e suntuosidade. Esse, porém, não é comportamento natural do ser humano. Mesmo assim, há pessoas que, numa tentativa de manter atual o que é passado, insistem em não conviver com os liderados, como se isso fosse condição par manter a independência. Até mesmo líderes evangélicos relutam em conversar com pessoas simples, comer sua comida, tomar suas filas e participar de suas experiências. Hoje, como no tempo de Cristo, o povo está cansado do formalismo, da tradição e da autoridade imposta. As pessoas aceitam liderança conquistada mediante relacionamento, mas desprezam a que não é democrática. Na verdade, os líderes e formadores da opinião do povo não são pessoas diferentes na forma, mas nos princípios; pessoas que usam os calçados e roupas de seus “súditos”, que sentam em seus bancos. É preciso ser igual, identificar-se, ser empático; ou seja, experimentar a vida do lado do povo. Descer ao nível das pessoas comuns e partilhar os seus sentimentos e esperanças dá originalidade ao líder, pastor ou ancião. Toda porta tem sua chave. E a chave do coração do povo é empatia. Mais do que Diana, Jesus soube usar essa chave. E você? Texto de Vanderlei Dorneles adaptado por Jônatas A. Fernandes. http://fithoslusecjon.blogspot.com.br/