Esta visita virtual propõe a exploração de 9 geossítios do Geopark Açores, incluindo caldeiras vulcânicas, campos de fumarolas, fontes termais e outros locais que ilustram a história geológica do arquipélago. Os alunos irão aprender sobre os processos vulcânicos em cada local utilizando uma ficha de trabalho.
Ficha de trabalho_ Visita Virtual ao Geopark Açores (Professor) (1).docx
1. ADN
CN7,
Edições
ASA
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Visita de estudo virtual | Geopark Açores
1. Introdução
O Geopark Açores assenta numa rede de geossítios, dispersos pelas nove ilhas do arquipélago dos
Açores e na zona marinha envolvente, que expressa a representatividade da geodiversidade que
caracteriza o território açoriano. Possui 121 geossítios, notáveis sob o ponto de vista científico, que
testemunham a história vulcânica dos Açores.
2. Saída de campo virtual
Propomos uma saída de campo virtual a nove geossítios do Geopark Açores. Cada paragem desta visita
virtual representa uma oportunidade para aplicar os conteúdos das Ciências Naturais a um contexto real.
Propomos que os alunos explorem a visita virtual utilizando a ficha de trabalho como guia, permitindo que
foquem a sua atenção nos aspetos essenciais de cada paragem, tirando o máximo proveito desta
experiência imersiva.
A visita de estudo virtual proposta tem a seguinte sequência:
Paragem Descrição do geossítio
Capítulos
abordados
P1-Caldeirado
vulcãodasSete
Cidades(ilhadeS.
Miguel)
O Vulcão das Sete Cidades é um vulcão de tipo central com uma enorme
depressão no topo, designada de caldeira, formada pelo colapso do cone
vulcânico. Esta grande depressão apresenta um contorno quase circular,
com diâmetro médio de 5,3 km, e ter-se-á formado há cerca de 36.000
anos. Nesta caldeira formaram-se as lagoas Verde e Azul (cujo espelho de
água está 260 m acima do nível do mar).
3.1. – Atividade
vulcânica
P2 – Caldeira do
vulcão das
Furnas (ilha de
S. Miguel)
O Vulcão das Furnas é um grande edifício vulcânico, formado por
numerosas erupções ao longo dos últimos 800 mil anos. Apresenta uma
caldeira com 8 km por 5,6 km. A zona em que o vulcão se localiza possui
uma importante geodiversidade, destacando-se a Lagoa das Furnas,
campos de fumarolas e uma grande variedade de nascentes de águas
minerais e termais. Neste local existem, ainda, diversas manifestações
culturais associadas à geologia fortemente enraizadas na população, como
é o caso do “Cozido das Furnas” (feito no solo quente do vulcão), os banhos
termais em poças ou piscinas naturais, o uso de lamas vulcânicas em
tratamentos diversos e a utilização de águas com diferentes características
medicinais, incluindo as conhecidas “águas azedas”.
P3 – Caldeira do
vulcão do Fogo
(ilha de S.
Miguel)
O Vulcão do Fogo é um vulcão de tipo central, formado ao longo dos
últimos 300 mil anos. No topo possui a mais jovem e mais pequena
caldeira da ilha de São Miguel, com um diâmetro médio de 2,8 km e
profundidade máxima de cerca de 400 m. Esta depressão vulcânica está
parcialmente preenchida por uma lagoa. Existem algumas praias de
pedra pomes nas suas margens, na sua maioria proveniente das encostas
adjacentes. Esta é a caldeira menos modificada pelo ser humano, cuja
praia foi eleita a melhor praia selvagem de Portugal, no âmbito do
concurso 7 Maravilhas - Praias de Portugal.
P4 – Fontanário
da Ribeira Seca
(ilha de S.
Miguel)
O Fontanário da Ribeira Seca constitui uma memória de uma erupção
que teve lugar em julho de 1563 e cujas escoadas de lava soterraram
parte da freguesia da Ribeira Seca. A erupção teve foco no Pico do
Sapateiro, implantado no flanco norte do vulcão do Fogo, e foi precedida
de uma outra erupção que ocorreu na caldeira do vulcão do Fogo. Este
antigo fontanário resistiu às escoadas de lava porque a lava era muito
fluida e envolveu a sua estrutura, conservando-a até ao presente. Mais
tarde, foi exposta devido a obras de escavação na zona.
P5 – Ponta da
Ferraria e Pico
O Pico das Camarinhas é o cone vulcânico responsável pelas escoadas de
lava que deram origem à fajã da Ponta da Ferraria, há cerca de 900 anos
3.1. – Atividade
vulcânica
2. ADN
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das Camarinhas
(ilha de S.
Miguel)
atrás. No extremo sul da fajã brota uma nascente termal submarina (a
62°C) que, ao se misturar com a água do mar, cria uma peculiar zona de
banhos muito procurada por locais e por visitantes da ilha.
P6 – Furnas do
Enxofre (ilha
Terceira)
Este é o mais importante campo de fumarolas da ilha Terceira, constituído
por diversos focos que emitem essencialmente vapor de água (cerca de
97%) com temperaturas máximas da ordem de 95 a 98°C. Esta área termal
resulta da ascensão e libertação de vapor de água e gases vulcânicos
através de um complexo sistema subterrâneo de fendas, fraturas e poros.
P7 – Algar do
Carvão (ilha
Terceira)
O Algar do Carvão situa-se na zona central da ilha Terceira e corresponde
a uma chaminé vulcânica com 80 m de profundidade. O teto e paredes
desabaram em alguns locais, enquanto noutros estão revestidos por vidro
vulcânico (obsidiana). A água das chuvas que se infiltra alimenta um lago
de águas límpidas no seu interior e origina estalactites e estalagmites de
opala, que chegam a atingir cerca de 1 m de comprimento e 40 a 50 cm de
diâmetro, as mais belas e raras existentes em cavidades vulcânicas no
Mundo. A primeira descida ao algar ocorreu em 1893, estando aberto ao
público desde 1 de dezembro de 1968.
P8 – Vulcão dos
Capelinhos (ilha
do Faial)
O vulcão dos Capelinhos é o mais recente e mais ocidental dos vulcões que
formam a Península do Capelo, na ilha do Faial. A sua erupção teve início
no mar, a 27 de setembro de 1957. Esta primeira fase de atividade foi
caracterizada por grandes explosões e emissão de jatos de cinzas, colunas
de vapor de água e gases vulcânicos, alternando com períodos mais
calmos. Em novembro desse mesmo ano, a acumulação dos materiais
libertados pelo vulcão fez com que se tivesse ligado à ilha do Faial. Em maio
de 1958 a erupção passou a terrestre, com a formação de um cone e a
emissão de lava basáltica. Esta erupção vulcânica, que terminou a 24 de
outubro de 1958, marcou a dinâmica social da ilha. Em consequência da
erupção, cerca de 40% da população ativa emigrou, a maioria para os
Estados Unidos da América.
P9 – Caldeirão
(ilha do Corvo)
O Caldeirão corresponde a uma caldeira implantada no topo do vulcão
central da ilha do Corvo. A caldeira, com um diâmetro de mais de 2 km,
formou-se após uma erupção muito intensa do vulcão que levou ao
esvaziamento quase completo da câmara magmática e ao abatimento do
cone vulcânico. A depressão formada é ocupada por uma lagoa, com uma
profundidade máxima de 2 metros, e por alguns cones vulcânicos de
pequena dimensão.
3. Propostas de solução
1. A caldeira é uma grande depressão de contorno quase circular, com diâmetro médio de 5,3 km,
que se formou há cerca de 36.000 anos. Nesta caldeira estão implantadas duas lagoas, a Lagoa
Verde e a Lagoa Azul.
2. Três dos seguintes: o “Cozido das Furnas”, os banhos termais em poças ou piscinas naturais, o uso
de lamas vulcânicas em tratamentos diversos e a utilização de águas com diferentes características
medicinais, incluindo as conhecidas “águas azedas”.
3. A caldeira do vulcão do Fogo tem uma beleza invulgar e uma praia na margem da lagoa que foi
eleita a melhor praia selvagem no âmbito do concurso 7 Maravilhas - Praias de Portugal.
4. Este geossítio representa as evidências de uma erupção vulcânica que destruiu parte da freguesia
de Ribeira Seca em 1563. Portanto, recorda o perigo para as populações de viverem numa região
vulcânica.
5. Neste geossítio há uma peculiar zona balnear procurada por locais e por turistas devido à mistura
da água termal submarina com a água do mar.
3. ADN
CN7,
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ASA
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6. As fumarolas deste geossítio emitem essencialmente vapor de água e gases vulcânicos a
temperaturas elevadas (entre 95 e 98 ºC).
7. O Algar do Carvão corresponde a uma chaminé vulcânica com 80 m de profundidade.
8. A erupção iniciou-se a 27 de setembro de 1957.
9. A erupção vulcânica dos Capelinhos levou a que 40% da população ativa da ilha migrasse para
outros locais, a maioria para os Estados Unidos da América.
10. O Caldeirão formou-se após uma erupção muito intensa do vulcão que levou ao esvaziamento
quase completo da câmara magmática e ao abatimento do cone vulcânico.