1. Bruna
- Capa
- Introdução: Este trabalho foi-nos proposto no âmbito da disciplina de Filosofia,
leccionada pela professora Clara Gomes.
“Para os antigos, a retórica englobava tanto a arte de bem falar - ou eloquência -
como o estudo do discurso ou as técnicas de persuasão até mesmo de manipulação.”
Na atualidade, integrados numa sociedade de consumo, a massificação do consumo
e a facilidade de acesso aos bens induziram ao consumismo. Recorrendo a técnicas
de persuasão usadas pelos novos meios de comunicação, como a publicidade ou a
televisão. E como isto foi feito? Numa grande parte dos anúncios publicitários
através da diferenciação de géneros de forma a persuadir o consumidor. Mas será
ético na publicidade utilizar a diferenciação de géneros de forma a manipular o
consumidor?
Assim neste trabalho iremos fazer uma reflexão e abordar se será ético na
publicidade utilizar a desigualdade de géneros de forma a manipular o consumidor,
mais concretamente, responder a este problema filosófico explicando os argumentos
e dar exemplos de alguma publicidade manipuladora.
- Problema Filosofico: Será ético na publicidade utilizar a desigualdade de géneros de
forma a manipular o consumidor?
Madalena
• - Resposta ao problema: Será ético na publicidade utilizar a desigualdade de
géneros de forma a manipular o consumidor?
Não, não é.
Em primeiro lugar porque manipular é, substancialmente, argumentar de forma
imoral. No entanto, manipular recorrendo ao sexismo tem impactos agravantes, no
sentido em que transmite valores negativos ao auditório.
- Apresentaçao do 1º argumento
• - Explicaçao do 1º argumento: A primeira premissa é verdadeira porque é essa a
definição do termo.
2. • Quando alguém é influenciado a fazer algo, se não tiver razões para o fazer, é
porque não refletiu sobre a situação, ou seja, não a avaliou de forma
imparcial e autónoma. Assim, a segunda premissa também é verdadeira
porque a pessoa que havia sido influenciada fora restringida a pensar de
determinada forma, procedimento que renuncia o seu direito ao espírito
crítico.
• Um direito é um princípio ou norma considerado primordial, baseado na
natureza humana, que é anterior a tudo, isto é, jamais pode ser ignorado.
Desta forma, a terceira premissa é verdadeira pois ignorar um direito a
alguém é um atentado à moral. O argumento é válido pois, sendo todas as
premissas verdadeiras, a conclusão também o é.
• Uma vez que a publicidade não está comprometida com a verdade objetiva, o
poder persuasivo da mesma pode facilmente transformar-se em
manipulação. No entanto, manipular é imoral seja qual for o auditório.
• Assim, durante a argumentação, nunca se deve recorrer a este tipo de
persuasão.
• - Exemplo do 1º argumento: Esta foi uma publicidade pertencente a uma
campanha de sensibilização para os cuidados a ter com a publicidade, lançada em
1986, onde se vê uma mulher olhando diretamente para a câmara segurando uma
gilete aparentando cortar a barba.
• Na manchete diz: “Apesar daquilo que algumas pessoas pensam, a
publicidade não pode fazê-lo comprar algo que não precisa”. O objetivo desta
publicidade será sugerir que por muito mais que a utilização um produto para
barbear de utilização masculina poderá ser embaraçoso para uma mulher,
mais embaraçoso será se esta o adquirir baseada num anúncio publicitário.
- Apresentaçao do 2º argumento
• - explicação do 2º argumento: A primeira premissa é verificada à posteriori. É
frequente que se destine determinadas posições na sociedade a um género pois, a
grande maioria do mesmo tem competências que facilitam a execução de tais
trabalhos.
• Aceitando que a segunda premissa é verdadeira, visto que é essa a definição
do termo, parte-se para a veracidade da terceira premissa. A verdade não
pode ser fundamentada por exemplos esporádicos nos quais a afirmação
corresponde a realidade. Isto é, como diz a quarta premissa, para uma
afirmação ser justificada não se pode basear em ideias preconcebidas, mas
sim estar de tal forma fundamentada que seja impossível que esta seja falsa.
3. • Quando se discrimina quais as características e funções que cada sexo deve
desempenhar, baseadas, por sinal, no que a sociedade espera que cada
individuo seja e não no que este é, está-se a fomentar o sexismo.
• É inquestionável que homens e mulheres sejam biológica e/ou
fisiologicamente diferentes, no entanto, tal não implica que estejam
destinados a comportar-se de determinada maneira. Todos os seres humanos
têm direito à mesma dignidade social, por conseguinte, um individuo dum
sexo tem direito a comportar-se da forma usualmente estereotipada como
aquela a adotar pelo sexo oposto sem que tenha mudado de sexo.
• Assim, argumento é válido pois, se todas as premissas forem verdadeiras, a
conclusão também o é.
Davide
- MANIPULAÇÃO ATRAVÉS DA DIFERENCIAÇÃO DE GÉNERO
- HAMBÚRGER DA HARDEE’S - UMA ANÁLISE PORMENORIZADA
• Na publicidade ao novo hambúrguer da Hardee’s as técnica manipulativas da
publicidade são utilizadas de forma bastante engenhosa, de modo que esta seja
engenhosamente feita chegar ao público masculino:
• Em primeiro lugar a escolha de um local paradisíaco, o local onde qualquer um
desejaria estar.
• A escolha de uma atraente modelo que, para uma publicidade, executa poses
realmente atrevidas provocando no público-alvo desejo pelo produto que está a ser
publicitado, pelo simples facto de esse mesmo produto ser associado àquela figura
feminina. Além disso, os cortes de imagem destacando as regiões íntimas bem como
as performances eróticas da modelo, provocam no espectador excitação e desejo
sexual, enfatizando a associação do produto e aprazibilidade sexual, acabando por
resultar numa melhor técnica de marketing e acabando, a campanha publicitária por
ser mais eficaz.
• A recorrência a mensagens de duplo significado, como forma de persuadir o possível
consumidor a compartilhar aquilo que apreendeu, tentando mostrar como foi
inteligente em o perceber (apesar de ter sido intencional). Além disso o duplo
significado poderá estar relacionado com o tema de cariz sexual
• Concluindo a análise
• É estranho pensar como este tipo de publicidade é suficiente ética para passar na
Televisão (um serviço de divulgação de informação e portanto mais difundido tendo,
consequentemente, um maior alcance aos possíveis compradores que a internet),
enquanto o vídeo possui restrições etárias na Internet.