1. Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir
para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte
frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez
pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). A nós, que nos dizem estas
palavras? Que nos diz, hoje, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?
EXCERTOS DA MENSAGEM PARA A QUARESMA DE 2014
PAPA FRANCISCO
MARÇO2014
TROFA-VILADOCONDE
BOLETIM FORMATIVO
E INFORMATIVO
DA VIGARARIA
QUARESMA
SE CONHECES
O caminho junto à praia
Por que não o segues?
Terás medo que a brisa do mar
Te proponha uma viagem que não ousarias?
SE CONHECES
O caminho das colinas
Por que não o segues?
Terás medo que o canto do Pastor
Te proponha uma viagem que não ousarias?
SE CONHECES
O caminho da RECONCILIAÇÃO
Por que não o segues?
Terás medo que a palavra PERDÃO
Te proponha uma viagem que não ousarias?
SE CONHECES
O caminho da PAZ
Por que não o segues?
Terás medo que a voz do AMOR
Te proponha uma viagem que não ousarias?
SE CONHECES
O caminho da VITÓRIA
Por que não o segues?
Terás medo que a carga do SOFRIMENTO
Te proponha uma viagem que não ousarias?
Quaresma/ Confissões
PARÓQUIA
Alvarelhos
Árvore
Aveleda
Azurara
S. Martinho
de Bougado
S. Tiago
de Bougado
Canidelo
S. Mamede
de Coronado
S. Romão
de Coronado
Covelas
Fajozes
Fornelo
Gião
Guidões
DATA
04 Abril 2014
(sexta-feira)
07 Abril 2014
(segunda-feira)
28 Março 2014
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09 Abril 2014
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26 Março 2014
(quarta-feira)
09 abril 2014
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PARÓQUIA
Guilhabreu
Labruge
Macieira
da Maia
Malta
Mindelo
Modivas
Mosteiró
Muro
Retorta
Tougues
Vairão
Vila
Chã
Vilar
Vilar
do Pinheiro
DATA
04 Abril 2014
(sexta-feira)
05 Abril 2014
(sábado)
11 Abril 2014
(sexta-feira)
11 Abril 2014
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10 Abril 2014
(quinta-feira)
08 Abril 2014
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28 Março 2014
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16 Abril 2014
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09h00
21h00
A GRAÇA DE CRISTO
Tais palavras dizem-nos, qual é o estilo de Deus. Deus revela-
-Se através dos meios da fragilidade e da pobreza. Cristo, fez-
-se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um
de nós; despojou-Se, “esvaziou-Se”, para Se tornar em tudo
semelhante a nós (cf. Fil 2,7; Heb 4,15). A razão de tudo isso
é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo
de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas
suas amadas criaturas.
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si
mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a
sua pobreza». Esta é a lógica da Encarnação e da Cruz (amor).
Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista
para O batizar, não o faz porque tem necessidade de conversão;
mas fá-lo para Se colocar no meio de nós pecadores, e carregar
sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele
escolheu para nos consolar, salvar, libertar. Fomos libertados,
não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza.
Em que consiste esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e
torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar. Aquilo
que nos dá verdadeira liberdade, salvação e felicidade é o seu
amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de
Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si
os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de
Deus. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho. Quando Jesus nos
convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30),
convida-nos a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno,
a tornar-nos filhos no Filho.
O NOSSO TESTEMUNHO
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de
Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos
salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é
verdade. Deus continua a salvar os homens e o mundo por
meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos,
na Palavra e na sua Igreja. A riqueza de Deus não pode passar
através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa
pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.
Nós somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las,
a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar.
A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza
sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos
distinguir três tipos de miséria: a miséria material, moral e
espiritual.Amisériamaterialéaquehabitualmentedesignamos
por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição
indigna da pessoa humana. Perante esta miséria, a Igreja oferece
o seu serviço, para ir ao encontro das necessidades e curar estas
2. QUARESMA: O que é?
É um tempo litúrgico que vai desde a
quarta-feira de cinzas até à Missa da
Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa).
Ao longo da história, os fiéis viram
o sentido da Quaresma como tempo
batismal: preparação para a celebração
da Páscoa do Senhor e entrada pessoal
no mistério pascal.
Quaresma é tempo propício para a
escuta da Palavra de Deus, levando o
crente à conversão e à aproximação de
Deus misericordioso e bom. A escuta da
Palavra de Deus faz-se através de cursos,
conferências, direção espiritual e leituras,
que aprofundem o sentimento da fé.
QUARESMA: Tempo de Oração.
A oração não pode ser palavreado
rotineiro e mecânico; tem de ser união
do crente com o seu Deus. Um diálogo
íntimo e amoroso, alimentado no
silêncio e na contemplação da Palavra de
Deus. “Entra no teu quarto, fecha a porta
” (Mt. 6,6). O Pai do céu deve ser a única
testemunha. Cristo retirava-se sozinho
para orar.
QUARESMA: Tempo de Caridade
Caridade é abertura aos outros,
especialmente aos mais necessitados. “O
que fizestes a um dos mais pequeninos,
a Mim o fizeste” (Mt. 25,40). É abrir
a bolsa e sobretudo o coração para
compreender e atenuar a aflição do
semelhante. É privarmo-nos de algo que
não nos é essencial e é proveitoso para
o próximo; é como que sentir uma voz
que nos chama em momentos difíceis; é
saciar uma boca entreaberta; é saborear
a alegria de dar em troca duma mão que
se abre para receber.
NORMAS LITÚRGICAS
Durante a Quaresma não é permitido ornamentar os altares com flores e o uso de
instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Recomenda-se neste
tempo a celebração da Eucaristia, do sacramento da Penitência (Confissão) e de
encontros de oração. É como que uma peregrinação espiritual para a conversão
pessoal a caminho da Páscoa libertadora.
CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL
Dois sacramentos são importantes no tempo quaresmal:
Batismo para o qual se preparam alguns (catecúmenos) e para outros que renovam
os compromissos (promessas) batismais. Penitência (reconciliação): reconhecimento
dos próprios pecados e esperança e confiança na misericórdia infinita de Deus.
Padre Celestiano Ruas, pároco de Macieira da Maia e Retorta
ABSTINÊNCIA:
É a privação voluntária de um alimento,
tradicionalmente a carne. Esta prática
deve lembrar-nos de que “nem só de pão
vive o homem” (Mt. 4,4). A abstinência
é obrigatória para todos os fiéis a partir
dos 14 anos completos. Todas as sextas-
-feiras do ano são de abstinência, com
caráter mais forte, durante o tempo
quaresmal.
JEJUM:
Consiste em fazer uma refeição principal ao dia. Não é para se ficar mais elegante,
gastar menos, poupar mais, mas para que possamos repartir o que não nos é essencial
com os outros que nada ou pouco têm; é dar do que é nosso e não do que nos sobra,
lembrando-nos de que o irmão também precisa de nós e espera a nossa ajuda. O
Jejum é obrigatório dos 18 aos 60 anos. A quarta-feira de cinzas e a sexta-feira santa
são dias obrigatórios de jejum e abstinência para todos os crentes. Por motivos de
falta de saúde, os doentes são dispensados destes dois preceitos.
O preceito penitencial pode ser substituído por outras formas, de escolha pessoal:
deixar de fumar, de comer doces, de assistir a um espetáculo, cinema ou teatro.
Pode ainda ser trocado pelo exercício da Via Sacra, pela leitura bíblica, participação
na Eucaristia, recitação do rosário e sobretudo pela prática da caridade (esmola),
orientada para uma finalidade definida pelo bispo diocesano.
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ORAÇÃO
Nestes dias, Senhor, chamas-nos
para reconhecer a nossa realidade
e voltarmos aos caminhos da paz.
Comocriançaspequenas,queremos
viver de desejos à nossa medida
e caminhar para caminhos, que não
sãos teus.
Deus de bondade, gritas e vens ao
nosso encontro
para que mudemos de rumo.
Nesta quaresma dá-nos, Senhor,
a graça de seguir o caminho do teu
Filho Jesus.
Amén.
Quaresma
chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres
e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando
os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso
orienta-se também para fazer com que cessem no mundo
as violações da dignidade humana, as discriminações e os
abusos, que estão na origem da miséria. Quando o poder, o
luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à
exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto,
é necessário que as consciências se convertam à justiça, à
igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste
em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas pessoas
perderam o sentido da vida; sem perspetivas de futuro,
perderamaesperança!Equantaspessoasseveemconstrangidas
a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho
que as priva da dignidade. Esta forma de miséria, que é causa
também de ruína económica, anda sempre associada com a
miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de
Deus e recusamos o seu amor.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual:
o cristão é chamado a levar o anúncio libertador de que existe o
perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado
e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para
a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos
anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança.
Possa, este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta
e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material,
moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no
anúncio do amor do Pai misericordioso. E poderemos fazê-lo
na medida em que estivermos configurados com Cristo, que
Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma
é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem
questionar-nosacercadoquenospodemosprivarafimdeajudar
e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos
que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento
sem esta dimensão penitencial.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos
por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo
e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente
estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude
pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e
agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha
oração para que cada crente e cada comunidade eclesial
percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos
que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa
Senhora vos guarde!