1. Porta-viagens
Minigramática
A minigramática é um
apêndice desdobrável
com sínteses gramaticais.
Sempre que pretendas
trabalhar com a
minigramática, podes
abri-la e manter a página
escolhida lado a lado
com as páginas do Manual.
2. Minigramática
⁄. Sons................................................................ 2
⁄.⁄. Classificação dos sons: vogais, consoantes, semivogais . 2
⁄.2. Sequências de sons: ditongos e hiatos .................... 2
2. Sílabas ............................................................ 2
2.⁄. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas 3
2.2. Translineação ................................................ 3
2.3. Sílaba tónica / Sílaba átona................................ 3
3. Classes de palavras ........................................... 4
3.⁄. Nome .......................................................... 4
3.2. Adjetivo ...................................................... 5
3.3. Verbo ........................................................ 6
3.4. Advérbio .................................................... 9
3.5. Interjeição ................................................... ⁄0
3.6. Determinante ............................................... ⁄0
3.7. Pronome ..................................................... ⁄⁄
3.8. Quantificador ............................................... ⁄3
3.9. Preposição .................................................. ⁄3
3.⁄0. Conjunção .................................................. ⁄3
4.Grupos constituintes das frases .......................... ⁄4
5. Funções sintºáticas ............................................ ⁄5
5.⁄. Principais funções ao nível da frase ...................... ⁄5
5.2. Funções internas ao grupo verbal ........................ ⁄5
5.3. Outras funções ao nível da frase .......................... ⁄6
6. Frase .............................................................. ⁄6
6.⁄. Orações coordenadas ....................................... ⁄7
6.2. Orações subordinadas ..................................... ⁄8
7. Processos de formação de palavras ..................... ⁄8
8. Relações entre palavras ..................................... ⁄8
8.⁄. Relações semânticas ........................................ ⁄8
8.2. Relaç~ões de som e grafia .................................. ⁄9
9. Registo formal / informal .................................. ⁄9
⁄0. Discurso direto e discurso indireto ..................... 20
⁄⁄.Sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita .. 2⁄
3. 2
⁄. Sons
⁄.⁄. Classificação dos sons: vogais, consoantes e semivogais
⁄.2. Sequências de sons: ditongos e hiatos
Ditongo – sequência de uma vogal e uma semivogal [j] e [w] numa mesma sílaba. Num
ditongo apenas uma vogal pode ser acentuada. De acordo com a posição ocupada pela
semivogal, os ditongos podem ser:
¦!Dsftdfouft – a semivogal antecede a vogal.
¦!Efdsftdfouft – a semivogal vem depois da vogal.
Ditongos
Decrescentes orais
[aj] pai, sai
[aj] rei, sei
[aw] caule, cacau
[ew] europeu
[εw] escarcéu
[oj] oito, depois
[cj] dezoito, dói
Decrescentes nasais
[ãj] mãe, outrem, convém
[a
˜w] cão, contam
[õj] violões
Crescentes orais
[wa] quase, reguada
[
a
w ] quadrícula, aguadeiro
[wε] equestre
[wi] tranquilo
[wo] aquoso
[
c
w ] aquosos
Crescentes nasais
[wã] quando
[ ˜
we ] aguentar
Hiato – duas vogais seguidas que pertencem a duas sílabas diferentes.
ex.: fio; tia; água; país
2. Sílabas
A sílaba é um grupo de sons organizados dentro de uma palavra, pronunciados de uma só
vez. As sílabas mais comuns são constituídas pela sequência consoante / vogal.
Vogais Consoantes
Vogais orais
[a] alvo, batom, pá
[
a
] amigo, cama, a
[ࢱ] épico, ego, aberto, é
[e] sossego, lê, emprego
[i
_] escala, de, entre, pedir
[i] ida, vida, pia, e
[
c
] ópio, tropa, dó
[o] cor, povo, outro, andou
[u] uma, furo, menu, sorrir, pato
Vogais nasais
[a
˜] anda, perante, lã
[~ẽ] pente, comente
[ı̃] íntimo, vintena
[õ] ontem, conto
[~ũ] presunto, algum
Semivogais
[j] meia, pai, geada
[w] véu, mau, quadro
[p] pires, cuspir
[b] bico, abóbora
[t] treze, atilho
[d] dentuça, nadar
[k] cato, que, saque
[g] gatarrão, vagar
[f] ficar, rifar
[v] vaca, uva
[s] sapato, maçada, massagem,
conversa, máximo
[z] zimbre, casota, exame
[∫] chá, caixote, renascer, pobres
[З] já, viagem, desde
[l] luva, calaboiço
[ł] almofariz, farnel
[λ] filha
[m] mão, ama
[n] não, único, abdómen
[η] cunho, linha
[r] faro, pargo, olhar
[R] rua, carro, palro
4. 3
2.⁄. Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
Monossílabo Dissílabo Trissílabo Polissílabo
Palavra constituída por
uma única sílaba
Palavra constituída
por duas sílabas
Palavra constituída
por três sílabas
Palavra constituída
por mais de três
sílabas
nó
é
céu
ri-ma
mun-do
vi-da
pa-la-vra
ca-va-lo
sa-ú-de
co-to-ve-lo
ca-sa-men-to
a-que-ce-dor
2.2. Translineação
Translineação – é a divisão de uma palavra em duas partes para mudarmos de linha. Esta
divisão é feita de acordo com a divisão silábica.
Regras da translineação
Separam-se Não se separam
– hiatos (sa-úde, pa-ís)
– grupos de duas consoantes iguais
(car-ro, pas-so)
– consoantes que pertencem a duas sílabas
diferentes (al-guidar; bál-samo)
– ditongos (céu, pau, pai)
– os grupos ch, nh e lh (ma-cho, le-nha,
ma-lhada)
– grupos de consoantes que pertencem a uma
mesma sílaba (gru-po, trans– parente)
2.3. Sílaba tónica / Sílaba átona
A sílaba tónica é a sílaba que contém a vogal pronunciada com mais intensidade numa
palavra. Esta sílaba pode ou não ter acento gráfico. As restantes sílabas da palavra são
designadas átonas.
Sílaba tónica Sílaba átona
Casa; Casamento Casa; Casamento
2.3.⁄. Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tónica
Palavra esdrúxula Palavra grave Palavra aguda
A sílaba tónica é a antepenúltima A sílaba tónica é a penúltima A sílaba tónica é a última
esdrúxula
última
sílaba
saúde
cavalo
palavra
amanhã
só
pé
2.3.2. Regras básicas de acentuação gráfica
Palavras esdrúxulas Palavras graves Palavra agudas
Todas as palavras esdrúxulas são
acentuadas graficamente
São acentuadas se
terminarem em:
– l, n, r, s, x
– i(s), u(s)
– vogais e ditongos nasais
– ditongo aberto
– i, u tónicos após uma
vogal
São acentuadas se terminarem
em:
– a, e, o ou ditongo nasal
– ditongos abertos
– em e -ens, se a palavra tiver
mais do que uma sílaba
– i, u (se não formarem
ditongos)
5. 4
3. Classes de palavras
As palavras de uma língua organizam-se em grupos, chamados classes.
¦!!
Dmbttft!bcfsubt!– não podemos enumerar todas as palavras que as constituem, pois
podem ser acrescentadas novas palavras a estas classes. São classes abertas as classes
do nome, do adjetivo, do verbo, do advérbio e da interjeição.
¦!!
Dmbttft! gfdibebt! – são constituídas por um reduzido número de palavras e que
podemos enumerar. São classes fechadas as seguintes: determinantes, pronomes,
quantificadores, preposições e conjunções.
3.⁄. Classe do Nome
O nome é o núcleo do grupo nominal. Pode variar em número, género e grau e pode ser
acompanhado por um determinante ou um quantificador que o especifica.
Subclasses Definição Exemplos
Nomes próprios Nomes que individualizam aquilo a que se
referem.
A Maria faltou.
Nomes comuns Nomes que designam seres, objetos e realidades,
mas que não os individualizam.
A aluna faltou.
Nomes comuns
coletivos
No singular, designam um conjunto de seres ou
objetos que pertencem a uma mesma espécie ou
grupo.
A turma atrasou-se.
Os nomes variam em género, número e grau.
Flexão
do nome
Género*
Masculino cão pato -------- dente
Feminino cadela pata rocha --------
Número
Singular cão pato rocha dente
Plural cães patos rochas dentes
Grau
Aumentativo canzarrão patorra rochedo dentuça
Diminutivo cãozinho patinha rochinha dentinho
* Notas:
¦Há nomes que têm uma mesma forma para o feminino e para o masculino.
Ex.: o estudante/ a estudante (é o determinante que nos permite saber o género)
¦Outros têm apenas uma forma e um género.
Ex.: a pessoa (palavra no feminino, mas que designa pessoas dos dois sexos)
¦Outras ainda têm apenas uma forma para designar animais dos dois sexos e a distinção
é feita pelo uso das palavras macho e fêmea.
Ex.: golfinho-macho / golfinho-fêmea
¦Há, também, nomes cujo significado no feminino é diferente do significado no masculino.
Exs.: O bolo é de chocolate. / O Pedro chutou a bola com força.
6. 5
3.2. Classe do Adjetivo
O adjetivo é o núcleo do grupo adjetival. O adjetivo pode variar em número, género e grau
e tem como função determinar, modificar o nome.
Subclasses Definição Exemplos
Adjetivos
qualificativos
Exprimem a qualidade do nome. Podem ser
usados antes ou depois do nome e variam em
grau.
O pequeno moleiro.
O moleiro egoísta
Adjetivos
numerais
Usados para especificar a ordem, a posição. Estes
adjetivos vêm sempre antes do nome e podem
ser antecedidos por um determinante.
A primeira flor da
primavera.
Os adjetivos variam em género, número e grau concordando com o nome.
Flexão
do
adjetivo
Género* Número
Biformes
(duas formas) Uniformes
(uma forma)
Singular Plural
Masculino Feminino
Rapaz
pequeno
Rapariga
pequena
Rapaz egoísta
Rapariga egoísta
Rapaz pequeno
Rapaz egoísta
Rapazes pequenos
Rapazes egoístas
Dedicado Dedicada Livre Dedicado
Livre
Dedicados
Livres
Honesto Honesta Forte Honesto
Forte
Honestos
Fortes
* Nota: Há adjetivos que têm apenas uma forma para o feminino e masculino. Chamam-se
adjetivos uniformes. Os que apresentam duas formas, uma para o feminino e outra para o
masculino, chamam-se biformes.
Flexão
do
adjetivo
Grau* Exemplos
Normal
O rapaz de bronze é uma estátua
bonita
Comparativo
Superioridade
O rapaz de bronze é mais bonito do
que o rapaz do arco.
Igualdade
O rapaz de bronze é tão alto como o
rapaz do arco.
Inferioridade
O rapaz do arco é menos gentil do
que o rapaz de bronze.
Superlativo
Relativo
Superioridade Florinda é a mais ingénua.
Inferioridade O Gladíolo é o menos simples.
Absoluto
Sintético** O Gladíolo é vaidosíssimo.
Analítico O Gladíolo é muito vaidoso.
* Nota: Há adjetivos que não seguem as regras acima. Observa:
Adjetivos
irregulares
Grau normal Bom Mau Grande Pequeno
Comparativo de superioridade Melhor Pior Maior Menor
Superlativo
Absoluto Ótimo Péssimo Máximo Mínimo
Relativo O melhor O pior O maior O menor
** Muitos adjetivos, quando flexionados no grau superlativo absoluto sintético, alteram
a forma, assemelhando-se à forma latina.
7. 6
Adjetivos terminados em: Formam o superlativo em: Exemplos:
-vel -bilíssimo Amável – amabilíssimo
-z -císsimo Feliz – felicíssimo
-m (som nasal) – níssimo Comum – comuníssimo
-ão -aníssimo vão – vaníssimo
Outros superlativos irregulares:
Grau
normal
Grau superlativo
absoluto sintético
Amargo
Amigo
Antigo
Célebre
Cristão
Cruel
Doce
Fiel
Frio
Amaríssimo
Amicíssimo
Antiquíssimo
Celebérrimo
Cristianíssimo
Crudelíssimo
Dulcíssimo
Fidelíssimo
Frigidíssimo
Grau
normal
Grau superlativo
absoluto sintético
Humilde
Livre
Magnífico
Magro
Miúdo
Nobre
Pobre
Sábio
Simples
Humílimo (ou humilíssimo)
Libérrimo
Magnificentíssimo
Macérrimo (ou magríssimo)
Miudíssimo
Nobilíssimo
Paupérrimo (ou pobríssimo)
Sapientíssimo
Simplicíssimo(ousimplíssimo)
3.3. Classe do Verbo
O verbo pertence a uma classe de palavras aberta e varia em tempo, modo, pessoa e número.
O verbo é o núcleo de um grupo verbal.
Subclasses Características Exemplos
Principal
Intransitivo Não precisa de complemento. Os rapazes choraram.
Transitivo
Precisa de um complemento para
completar o sentido do verbo.
Ex.: Ontem, comprei iogurtes.
Ela foi às compras.
Eles deram uma prenda à
Joana.
Auxiliar
É usado antes do verbo principal. Ex.: Eu já tinha chegado,
quando a minha mãe telefonou.
Verbo auxiliar + verbo
principal = complexo verbal
Copulativo
Necessita de um predicativo do
sujeito.
Ser, estar, ficar, parecer,
permanecer, continuar, tornar-se,
andar, entre outros, são verbos
copulativos.
Ela está triste.
Em função da vogal temática*, podemos agrupar todos os verbos portugueses em três
conjugações:
⁄.a
ª Conjugação
-a
2.a
ª Conjugação:
-e
3.a
ª Conjugação:
-i
Cant-a-r Corr-e-r Part-i-r
Brincar, amar, lavar, dar,
estudar, pensar, ...
Perder, ver, crer, querer,
viver,... mas também pôr
Vestir, vir, ir, rir, refletir,
sentir, ...
Cantar
* Nota: A vogal temática é a última vogal do tema:
vogal temática
“R” do infinito
Tema
Radical
8. 7
Os verbos podem ser regulares, irregulares ou defetivos, no que respeita à conjugação.
Tipo de conjugação Características Exemplos
Regular
Não há alteração do radical quando
se conjuga o verbo.
Cantar
canto / cantei / cantava / cantarei
Correr
corro / corri / corria / correrei
Partir
parto / parti / partia / partirei
Irregular
Há alteração do radical e ou
a flexão do verbo não é igual à de um
verbo regular da mesma conjugação.
Dar
dou
Ser
sou / fui / era / serei
Ir
vou / fui / ia / irei
Defetivo
Apenas se conjuga em alguns tempos
e algumas pessoas. A maior parte
dos verbos defetivos pertence à 3ª.a
conjugação.
Colorir, florir, falir...
Haver, chover, nevar, trovejar,
florir, amanhecer, anoitecer…
Ladrar, miar, rugir, mugir, chiar,
zumbir, uivar...
A classe do verbo é uma classe variável. O verbo varia em modo, tempo, pessoa e número.
MODO – indica-nos a atitude do sujeito em relação ao que está a dizer.
TEMPO – indica-nos quando decorre a ação. Os tempos podem ser simples ou compostos.
Os tempos são compostos quando são conjugados com o verbo auxiliar ter ou haver.
Modo Atitude expressa Exemplos
Indicativo
Exprime uma realidade, um hábito, um facto, uma
verdade.
Hoje é sábado.
Conjuntivo Exprime uma condição, dúvida, possibilidade, desejo. Se fosse sábado!
Imperativo Exprime um pedido, conselho, ordem, convite,… Lê o livro.
Condicional
Exprime incerteza.
É usado para fazer pedidos ou manifestar desejos.
A concretização da ação está dependente de uma condição.
No próximo sábado,
gostaria de descansar.
Tempo Localização temporal Exemplo
Passado
Pretérito perfeito Traduz uma ação terminada. Vi o filme.
Pretérito
imperfeito
Traduz uma ação incompleta ou que
se repete no passado.
Via o filme, quando
chegaste.
Pretérito
mais-que-perfeito
Traduz uma ação passada que
decorre antes de outra também no
passado.
Vira o filme antes
de chegares.
Presente
Traduz uma ação simultânea ao
tempo que se fala, ou um hábito
ou rotina.
Só vou ao cinema
aos fins de semana.
Futuro
Traduz uma ação que se concretizará
no futuro.
Veremos o filme para a
semana.
11. 10
3.5. Classe da Interjeição
As interjeições transmitem emoções de um falante. São invariáveis.
Interjeições Exemplos
Alegria Ah! Oh!...
Animação Eia! Vamos! Força! Coragem!...
Aplauso Bravo! Viva! Bis…
Desejo Oh! Oxalá!...
Dor Ai! Ui!
Espanto Ah! Hi! Bolas! Caramba! Credo!
Impaciência Irra! Hem! Mau!
Invocação Ó! Pst! Eh! Ei!
Silêncio Psiu! Silêncio!
Suspensão Alto! Basta!
Terror Ui! Uh!
Cansaço Uf! Ah!
3.6. Classe do Determinante
Os determinantes aparecem geralmente antes do nome e têm como função especificar
o nome a que se referem. Concordam em género e número com o nome que antecedem.
Subclasses Significado Exemplos
Determinantes
artigos
(podem ser
contraídos com
preposições*)
Definidos
Indicam o grau de especificidade
do nome que antecedem e a que se
refere – definido (conhecido).
A Mariana estudou os
Egípcios na* (em a)
disciplina de História.
Indefinidos
Indica o grau de especificidade do
nome que antecede e a que se refere
– indefinido (desconhecido).
Um rapaz assaltou-me
num* (em um)
supermercado.
Determinantes
possessivos
Estabelecem uma relação de posse
entre o nome que o determinante
especifica e participante do discurso.
O meu livro está em
cima da tua secretária.
Determinantes
demonstrativos
Estabelecem uma relação de distância
ou proximidade entre o nome que
antecedem e o participante no
discurso ou outro elemento textual.
Este livro não está bem
estimado, mas aquele
livro está.
Determinantes
interrogativos
Precedem o nome aquando da
formulação de uma pergunta.
Que disciplinas
estudaste?
Artigos definidos Artigos indefinidos
Masculino Feminino Masculino Feminino
Singular o a Singular um uma
Plural os as Plural uns umas
12. 11
Demonstrativos
Singular Plural
Masculino
este
esse
aquele
Masculino
estes
esses
aqueles
Feminino
esta
essa
aquela
Feminino
estas
essas
aquelas
Interrogativos
Variáveis Invariáveis
Singular Plural
que
qual quais
3.7. Classe do Pronome
O pronome pode substituir um grupo nominal, um adjetivo, um grupo preposicional, uma
frase. Os pronomes são na maior parte variáveis em número e género. Há, no entanto, alguns
pronomes que são invariáveis. Os pronomes variam também em caso, isto é, de acordo com
a função sintática que desempenham nas frases.
Subclasses Significado Exemplos
Pronome
pessoal
Refere-se aos participantes no discurso. Varia em
número, género e de acordo com a função sintática
que o elemento que substituiu desempenha na
frase.
Ela deu-lhe o livro
Eu gostei de lê-lo.
Nós também gostámos
de o ler.
Pronome
demonstrativo
Estabelece uma relação de proximidade ou
distância ou com um participante no discurso ou
uma situação textual que o antecede.
– Viste o meu livro?
– É este?
Pronome
possessivo
Estabelece uma relação entre o objeto que é
possuído por alguém e a pessoa que o possui.
Geralmente estes pronomes surgem acompanhados
dos determinantes artigos definidos.
O meu livro é
interessante, e o teu?
Pronome
indefinido
Refere-se a pessoa ou situação desconhecida,
indefinida.
Ninguém trouxe os livros
para a biblioteca.
Pronome
relativo
Refere-se à situação textual que o antecede. O livro que te dei é um
dos meus preferidos.
Possessivo
Pessoa
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
Um
possuidor
⁄.a
meu minha meus minhas
2.a
teu tua teus tuas
3.a
seu sua seus suas
Vários
possuidores
⁄.a
nosso nossa nossos nossas
2.a
vosso vossa vossos vossas
3.a
seu sua seus suas
13. 12
Pronomes pessoais
Sujeito C. Direto C. Indireto
Singular
⁄.a
pessoa
2.a
pessoa
3.a
pessoa
eu
tu
ele/ela
me
te
o, a, se
me
te
lhe
Plural
⁄.a
pessoa
2.a
pessoa
3.a
pessoa
nós
vós, vocês
eles/elas
nos
vos, se
os, as, se
nos
vos
lhes
Pronomes possessivos
Pessoa
Singular Plural
Masculino Feminino Masculino Feminino
Um
possuidor
⁄.a
meu minha meus minhas
2.a
teu tua teus tuas
3.a
seu sua seus suas
Vários
possuidores
⁄.a
nosso nossa nossos nossas
2.a
vosso vossa vossos vossas
3.a
seu sua seus suas
Pronomes demonstrativos
Variáveis Invariáveis
Singular Plural
isto
isso
aquilo
Masculino Feminino Masculino Feminino
este
esse
aquele
esta
essa
aquela
estes
esses
aqueles
estas
essas
aquelas
Pronomes indefinidos
Variáveis Invariáveis
Singular Plural
alguém/algo
ninguém
tudo
outrem
nada
cada
Masculino Feminino Masculino Feminino
algum
nenhum
todo
outro
muito
pouco
tanto
alguma
nenhuma
toda
outra
muita
pouca
tanta
alguns
nenhuns
todos
outros
muitos
poucos
tantos
vários
algumas
nenhumas
todas
outras
muitas
poucas
tantas
várias
bastante
qualquer
bastantes
quaisquer
Pronomes relativos
Variáveis Invariáveis
Singular Plural
que
quem
Masculino Feminino Masculino Feminino
o qual a qual os quais as quais
14. 13
3.8. Classe do Quantificador
Os quantificadores, tal como os determinantes, vêm antes de um nome e distinguem-se dos
determinantes por indicarem a quantidade, o número ou uma parte do nome a que se referem.
Subclasses Definição Exemplos
Quantificador
numeral
Indica-nos uma quantidade
precisa.
Tenho de fazer os trabalhos de casa
de cinco disciplinas.
3.9. Classe da Preposição
As preposições estabelecem uma relação entre elementos da frase. São o núcleo do grupo
preposicional. As preposições podem ser contraídas com os determinantes artigos.
Preposições
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, segundo, sob, sobre, trás
3.⁄0. Classe da Conjunção
Coordenativas – palavras que ligam frases ou elementos na frase (grupos constituintes).
Subclasses das conjunções
coordenativas
Significado Conjunções
Copulativas
Permitem adicionar ou ordenar
elementos.
e, nem, nem… nem
Adversativas
Exprimem o contraste, oposição
entre os elementos coordenados.
mas
Disjuntivas
Os elementos coordenados
aparecem como alternativa.
ou, ou… ou,
ora… ora
Subordinativas – palavras que introduzem frases e elementos que estão sintaticamente
dependentes do elemento ou frase subordinante.
Subclasses das
conjunções
subordinativas
Significado Conjunções
Finais Introduzem orações subordinadas que exprimem finalidade.
para
Causais
Introduzem orações subordinadas que exprimem o motivo,
a causa.
porque
como
Temporais
Introduzem orações subordinadas que dão indicação
temporal.
quando
enquanto
mal
Condicionais
Introduzem a condição para que a ação da frase
subordinante seja real.
se
Completivas Completam a informação da frase subordinante.
que
se
15. 14
4. Grupos constituintes da frase
Frase e constituintes da frase – as frases são constituídas por, pelo menos, um verbo
principal e por grupos de palavras que estabelecem relações entre si.
Grupo Nominal – grupo de palavras que se organiza a partir de um nome (núcleo do grupo
nominal) ou de um pronome.
Constituintes do grupo nominal
Nome
Determinante + nome
Pronome
Determinante + adjetivo + nome
Determinante + nome + adjetivo
Determinante + nome + preposição/artigo + nome
Quantificador + nome
Maria, chega aqui!
A Maria chegou tarde.
Ela chegou tarde.
A bela Maria chegou tarde.
A filha mais nova chegou tarde.
A filha da Maria chegou tarde.
Algumas raparigas chegaram tarde.
Grupo Verbal – grupo de palavras que, numa frase, se organiza a partir de um verbo (núcleo
do grupo verbal).
Constituintes do grupo verbal
Verbo
Verbo + grupo nominal
Verbo + grupo adverbial
Verbo + grupo preposicional
O rapaz caiu.
O rapaz estudou a lição.
O rapaz estudou atentamente.
O rapaz telefonou à mãe.
Grupo Adverbial – grupo de palavras que se organiza a partir de um advérbio (núcleo do
grupo adverbial).
Constituintes do grupo adverbial
Advérbio
Advérbio + advérbio
Advérbio + grupo preposicional
O rapaz viu a professora ontem.
O rapaz corria mais rapidamente.
Felizmente para ti, já estás de férias.
Grupo Preposicional – grupo de palavras que se organiza a partir de uma preposição
(núcleo do grupo preposicional).
Constituintes do grupo preposicional
Preposição + grupo nominal
Preposição + advérbio
Preposição + oração
Duvido do rapaz.
Não via o rapaz desde ontem.
Por não acabar o trabalho, levei falta.
16. 15
5. Funções sintáticas
5.⁄. Principais funções ao nível da frase
Elementos da frase
Função sintática Características Exemplos
Sujeito
Grupo nominal
que pode ser
substituído por
um pronome
pessoal forma
de sujeito
Simples:
Constituído exclusivamente
por um grupo nominal ou por
uma oração.
O João foi ao Brasil.
Sujeito (grupo nominal = determinante + nome)
Quem não trabuca não manduca.
Sujeito (oração)
Composto:
Constituído por dois ou mais
grupos nominais ou orações
ligadas por coordenação.
O João, a Maria e o Alexandre foram de férias.
Sujeito composto (três grupos nominais
ligados por vírgula e pela conjunção
coordenada copulativa «e»)
Nulo:
Não é possível determinar de
forma clara e definida quem é
o sujeito da frase.
Fui a Londres durante as férias.
Diz-se que quem muito dorme, pouco aprende.
Há quem diga que quem muito dorme pouco
aprende.
Hoje anoiteceu mais cedo do que costume.
Predicado
Constituído pelo
grupo verbal, isto
é, pelo verbo,
principal ou
copulativo, e
predicativo do sujeito
ou complementos
por ele selecionados
e/ou modificadores
Presença de um verbo
copulativo seguido de um
predicativo do sujeito.
Ele é o meu melhor amigo.
(Verbo copulativo ser + grupo nominal)
Ela ficou aqui.
(verbo copulativo ficar + grupo adverbial)
Presença de um verbo
transitivo ou intransitivo ou
complexo verbal seguido dos
complementos exigidos pelo
verbo, para lhe completarem o
sentido e/ou por modificadores.
A Maria comprou um colar de pérolas.
(Predicado = verbo + complemento direto
exigido pela presença do verbo transitivo
comprar)
Ela chorou.
(Predicado = verbo intransitivo chorar)
5.2. Funções sintáticas internas ao grupo verbal
Função Sintática Características Exemplos
Complemento
direto
Grupo nominal exigido/ selecionado pelo
verbo que não é precedido por preposição
e que pode ser substituído pelos
pronomes pessoais «o», «a», «os», «as»
Ele comprou uma flor.
Ele comprou-a.
Complemento
indireto
Grupo preposicional exigido ou
selecionado pelo verbo e que pode ser
substituído pelos pronomes pessoais
«lhe», «lhes».
Ele comprou uma flor à Maria.
Ele comprou-lhe uma flor.
Complemento
oblíquo
Grupo preposicional ou adverbial
selecionado pelo verbo. Não pode
ser substituído por nenhum pronome
pessoal.
Ela mora ali.
(Advérbio = complemento oblíquo)
Ela mora em Lisboa.
(Preposição+nome=complemento
oblíquo)
Modificador
Grupo preposicional ou adverbial que
não é exigido pelo verbo.
Ontem cheguei tarde a casa.
(Advérbio = modificador)
Eles chegaram às onze horas.
(Grupo preposicional = modificador)
Predicativo
do sujeito
Grupo nominal, grupo adjetival, grupo
preposicional ou grupo adverbial
selecionado por um verbo copulativo.
O Manuel ficou triste.
(Grupo adjetival com a função de
predicativo do sujeito)
Ela ficou aqui.
(Grupo adverbial com a função de
predicativo do sujeito)
Compl. agente
da passiva
Grupo preposicional selecionado pelo
verbo de uma frase passiva.
A flor foi comprada pelo Miguel.
(cont.)
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5.3. Outras funções sintáticas ao nível da frase
Função sintática Características Exemplos
Vocativo
Palavra ou expressão que indica
ao interlocutor a quem se dirige
a frase.
Ó Miguel, não te atrases.
Modificador de frase
Grupo preposicional, grupo
adverbial ou oração que
modifica toda a frase.
Certamente, o Miguel chegará
tarde.
Se se atrasar, o Miguel perderá o
autocarro.
6. Frase
Características Exemplos
Frase
Declarativa É enunciada uma afirmação. O João é um bom desportista.
Interrogativa
Corresponde à formulação de
uma pergunta: é enunciada uma
informação, um pedido, ...
Onde fica o colégio onde estudas?
Imperativa
É usada para exprimir uma
ordem, um conselho ou um
pedido do falante.
Vai para casa descansar.
Come tudo!
Exclamativa
É usada para exprimir uma
emoção do falante.
Ela está tão irritada!
Afirmativa
Frase que se opõe à frase
negativa, ou seja, identifica-se
pela ausência do advérbio de
negação «não».
Hoje, vou às compras.
Negativa
Frase em que está presente o
advérbio de negação «não».
Hoje, não vou às compras.
Ativa
É posto em evidência o sujeito
da ação.
Eu aceitei a proposta.
Passiva
É posto em evidência o objeto
da ação através da forma verbal
e não o sujeito, que passa
a agente da passiva.
A proposta foi aceite por mim.
Simples
Frase que é constituída por um
verbo principal ou por um verbo
copulativo.
Hoje fui ao cinema.
Complexa
Frase que é constituída por
mais do que um verbo principal
ou verbo copulativo. A frase
complexa é constituída por duas
ou mais orações, ligadas através
de coordenação ou subordinação.
Quando cheguei ao cimo da
montanha,/
apreciei a magnífica paisagem,/
mas sofri as consequências da
pressão atmosférica.
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6.⁄. Orações coordenadas
São ligadas por conjunções coordenativas.
6.2. Orações subordinadas
São introduzidas por conjunções (ou locuções) subordinativas.
Nota: As orações subordinadas causais, temporais, condicionais e finais desempenham a
função sintática de um grupo adverbial: modificador
Orações coordenadas Significado Exemplos
Copulativas
Exprimem ideia de adição. Ele era um bom amigo e era
fiel.
Adversativas
Exprimem uma ideia de
contraste ou oposição.
Ofereci-lhe um lenço, mas ele
não quis.
Disjuntivas
Exprimem alternativa. Ou pedia desculpa ou tinha
falta de material.
Orações subordinadas Significado Exemplos
Causais
Exprimem o motivo ou a causa. Ele foi para o quarto estudar,
porque tinha teste.
Temporais
Exprimem ideia de tempo. Quando cheguei a casa, ele já
tinha estudado.
Condicionais
Exprimem uma condição. Se ele estudar muito, terá
boas notas.
Finais
Exprimem a finalidade Ele foi para o quarto para
estudar em silêncio.
Completivas
Completam o sentido do verbo
da frase subordinante
Ele disse que já tinha
estudado.
Relativas
Referem-se a um antecedente.
São introduzidas por pronomes
relativos.
O Pedro, que é bom aluno,
estuda bastante.
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7. Processos de formação de palavras
A derivação – consiste na junção de afixos a uma forma de base.
Processo
de formação
de palavras
Características Exemplos
Prefixação
Consiste na junção de um afixo (prefixo)
à esquerda da forma de base.
Infeliz
Sufixação
Consiste na junção de um afixo (sufixo)
à direita da forma de base.
Felizmente
Prefixação/Sufixação
Consiste na junção de um prefixo e
sufixo a uma forma de base. Uma
palavra é derivada por prefixação/
sufixação caso seja possível omitir um
dos afixos, obtendo assim uma palavra
intermédia.
Infelizmente –
Omitindo in- obtemos a palavra
felizmente
Omitindo -mente obtemos
a palavra infeliz.
Parassíntese
Consiste na junção de um prefixo e
sufixo a uma forma de base ao mesmo
tempo. Logo, não é possível obter uma
palavra intermédia como acontece no
processo anterior.
Amanhecer – não existem
palavras intermédias entre
a forma de base “manh” e a
palavra parassintética.
Composição – caracteriza-se pela junção de duas ou mais formas de base para formar uma
palavra.
Processo de formação
de palavras
Características Exemplos
Composição
Morfológica
Junção de dois radicais ou duas
palavras, por vezes, ligadas por
uma vogal de ligação. São vogais
de ligação o «i» e o «o».
Claustrofobia
Agricultura
Biblioteca
Morfossintática
Consiste na junção de duas ou
mais palavras: dois nomes; dois
adjetivos; um verbo e um nome.
Maria-rapaz
Bomba-relógio
Saca-rolhas
Abre-latas
8. Relações entre palavras
8.⁄. Relações semânticas
Relação Características Exemplos
Relação de semelhança
ou equivalência
Sinonímia Palavra que num mesmo
contexto pode substituir outra
sem que se altere o significado.
O dia está límpido.
O dia está claro.
Relação de oposição
Antonímia Palavras que têm significados
opostos.
O dia está claro.
O dia está escuro.
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8.2. Relações de som e grafia
Relação Características Significado Exemplos
Homónimas
Palavras que se escrevem e
pronunciam da mesma maneira.
Têm
significados
diferentes.
O canto do pássaro sossega-me.
Põe o banco no canto da sala.
Homófonas
Palavras que se pronunciam da
mesma maneira, mas que se
escrevem de forma diferente.
O cozido está fabuloso.
Espero que tenhas cosido as
minhas calças.
Homógrafas
Palavras que se escrevem da
mesma maneira, mas que se
pronunciam de forma diferente.
O padre pregou um sermão.
O pai pregou um prego na
parede.
Parónimas
Palavras muito semelhantes quer
do ponto de vista da pronúncia,
quer na forma como se escrevem.
O vestido é comprido.
Espero que tenhas cumprido os
teus deveres.
9. Registo formal/informal
Quando falamos com alguém temos de adequar o nosso discurso em função da relação que
estabelecemos com o nosso interlocutor, ou seja, do contexto. Assim, uma maior proximidade
ou distanciamento afetivo, social ou profissional condiciona a forma como nos dirigimos ao
nosso interlocutor, tendo por isso que adequar o vocabulário usado e as formas de tratamento.
Formas de tratamento
Forma de tratamento Usado para Abreviaturas
Vossa Alteza Príncipes, arquiduques e duques V.A.
Vossa Majestade Reis e imperadores V.M.
Vossa Eminência Cardeais V. Emªª.a
Vossa Excelência
Reverendíssima
Bispos e Arcebispos V. Exª.a
ª Rev.ma
Vossa Paternidade Abades, Superiores de Convento V.P.
Vossa Reverência ou
Vossa Reverendíssima
Sacerdotes em geral V. Rev.ª Ou V. Rev.ma
Vossa Santidade Papa V.S.
Vossa Magnificência Reitores das Universidades V. Magª.a
Vossa Excelência Qualquer pessoa a quem, em princípio
se quer manifestar grande respeito
(principalmente numa carta, num ofício)
Cargos honoríficos
V. Exª.a
Vossa Senhoria
Pessoas de cerimónia
Cargos honoríficos
V.Sª.
Senhor Presidente/Ministro Cargos honoríficos ---------------
Senhor professor/doutor Vida académica Dr.
Senhor/Senhora
Usados para mostrar maior respeito ou
distãncia social no tratamento
Sr./ Sra.ª
Você
Classes mais altas – considerado elegante
Estratos sociais mais baixos – respeito e
deferência.
Estratos superiores de certas regiões –
considerado deselegante.
---------------
Tu
Usado na intimidade, entre iguais e de
mais velhos para os mais novos.
---------------
21. 20
⁄0. Discurso direto e discurso indireto
Por vezes, ao comunicarmos, temos a necessidade de reproduzir mensagens que foram
ditas por outras pessoas. Quer na oralidade, quer na escrita podemos fazê-lo de duas formas:
Discurso direto Discurso indireto
Ao usarmos o discurso direto, reproduzimos
exatamente, palavra a palavra, o que foi dito
por outra pessoa.
Ao usarmos o discurso indireto, vamos fazer
algumas alterações ao que foi dito inicialmente,
fazendo adequações que se relacionam com os
marcadores temporais e espaciais (advérbios que
exprimem tempo e lugar, tempos e modos verbais)
e com o locutor (pronomes e determinantes).
Na escrita, o discurso direto é indicado através
do uso do travessão, antecedido por parágrafo
(espaço em branco).
Na escrita, o discurso indireto insere-se no
discurso do falante.
Exemplo:
A Mafalda perguntou ao Manelito:
– Já fizeste os trabalhos de casa?
– Ainda não acabei. Estou a acabar a cópia de
Língua Portuguesa. — Suspirou o Manelito.
Exemplo:
A Mafalda perguntou ao Manelito se já tinha
feito os trabalhos de casa e ele respondeu-lhe,
suspirando,que ainda não tinha acabado, que
estava a acabar a cópia de Língua Portuguesa.
Em ambos os casos, no discurso direto e no discurso indireto, são usados verbos que introduzem
o relato do discurso, que nos indicam que aquela mensagem foi dita por alguém. São os verbos
introdutores do relato discurso.
Exemplos:
Segredar Completar Arriscar Replicar Murmurar
Afirmar Lamentar Gritar Contar Protestar
Contestar Declarar Negar Perguntar Insistir
Adiantar Decidir Exclamar Responder Sugerir
Acrescentar Propor Suspirar Avisar Explicar
⁄⁄. Sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita
Sinais de pontuação Regras básicas de pontuação
Ponto . É usado no final das frases, para indicar um período ou um
parágrafo.
Vírgula
, É usada para:
– separar elementos de uma enumeração;
– delimitar informação acessória, no meio de uma oração;
– antes de algumas orações;
– depois dos advérbios sim e não;
Atenção: Não se separa o sujeito do predicado com uma
vírgula, nem o verbo dos complementos.
Ponto e vírgula ; Usam-se:
– quando já existem vírgulas na frase;
– em áreas científicas para fazer enumerações.
Dois pontos : Usam-se para:
– introduzir o discurso direto;
– introduzir enumerações.
Ponto de interrogação ? Usa-se para formular perguntas.
Ponto de exclamação ! Usa-se no final de frases exclamativas para exprimir os
sentimentos do interlocutor.
22. Sinais de pontuação Regras básicas de pontuação
Travessão
_ Usa-se no discurso direto para introduzir as falas das
personagens.
Usa-se, tal como a vírgula e os parênteses, para delimitar
informação acessória.
Reticências
... Usam-se para indicar ao leitor que ficou algo por dizer.
Podem também indicar hesitação, dúvida por parte do
interlocutor ou que este foi interrompido, não tendo por
isso concluído o discurso.
Sinais auxiliares de escrita Regras básicas de uso
Parênteses curvos ( ) Usam-se, tal como as vírgulas e o travessão, para delimitar
informação acessória.
Parênteses retos [ ] Indicam que houve uma parte do texto/enunciado que foi
omitido.
Aspas «», “” São usadas nas citações, para pôr em destaque alguma
palavra.