1. Semiótica – Definição
junho 13, 2006
Enquanto navegava na internet vi essa palavra e no mesmo instante me perguntei
quantas pessoas tinham alguma idéia do que significava (eu me incluia no grupo dos
que já tinham ouvido falar, mas não sabem explicar). Então, como para mim é
fundamental saber a definição de algo para conseguir entender, resolvi pesquisar sobre.
Semiótica é o estudo do processo de significação na natureza e na cultura. Os
problemas relacionados à semiótica, podem retroceder a pensadores como Platão e
Santo Agostinho, por exemplo. Entretanto, somente no início do século XX começou a
adquirir o status de ciência e autonomia. Às vezes a semiótica é considerada parte da
lingüística, outras vezes o inverso, e outras vezes ainda não é considerada parte da
linguística. Por ter uma ênfase grande na natureza social dos sistemas de signos [signo é
tudo o que tem sentido, um significado, é tudo que nos liga ao mundo] examinados ela
tende a ser extremamente crítica e abstrata. “A Semiótica defende, por exemplo, o uso
do raciocínio abdutivo que, ao contrário do dedutivo, tenta gerar hipóteses a partir da
mera observação da situação. Abdução é o nome bonito para o método de “tentativa-e-
erro”, tão empregado no uso de computadores”.
A própria origem da palavra (do grego semeiotiké, (arte) dos sinais, sintomas) explica
muitas coisas. Semiótica nada mais é do que a ciência do processo de contextualização
social e natural, ou seja, o estudo de como o objeto será entendido pelo “receptor”
considerando seu contexto social e natural (Tudo depende do contexto). Se você ainda
está se perguntando o que Web Design, Usabilidade, Arquitetura da Informação, e
Design de Interação têm a ver com isso… bem… já pensou em ser músico? rss…
Ela estuda o que fica entre o objeto e sua representação, encara a interface com um meio
de comunicação, e dando ênfase não apenas ao comportamento e apresentação dos
objetos, e sim ao seu significado. E a definição do Perfil Semiótico do usuário ajuda a
descobrir o que o usuário espera de uma apresentação visual da interface gráfica.
“Na primeira etapa, são abordadas expectativas perceptuais (primeiridade), como a
preferência por ambientes claros. Na segunda, são abordadas expectativas emocionais
(secundidade), como o desejo de sentir tranqüilidade. Na última etapa, são exploradas
as expectativas cognitivas (terceiridade), como a necessidade de alta discriminação.
Em cada etapa, o usuário aponta suas preferências interagindo com imagens, ou seja,
ele não precisa saber traduzir suas expectativas gráficas em palavras.”
Bem, suas possibilidades de uso são imensas, apesar desse estudo ainda não ter ganhado
a importância que (pelo menos na minha opinião) merece, pois em outras áreas, como
design gráfico, é um estudo muito respeitado.
Acho que é interessante observar sua ligação com a filosofia, que na minha opinião é
extremamente importante em todas as áreas onde precisa-se entender o comportamento,
as impressões, e os anseios do ser humano.
– Techo em itálico de Semiótica e AI –