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Nº28
Abril de 2022
Fogueira do Galo 2021
Em Destaque
na reportagem
fotográfica
“Fogueira do
Galo”
Abril de 2022
MEMÓRIAS DO PASSADO
2
Guerras, um flagelo milenar
NOs conflitos entre os indivíduos fazem parte
da natureza humana desde os tempos primór-
dios: o indivíduo que tem ciúmes e mata o pró-
ximo, por um pedaço de terra, os jovens que
brigam por uma mulher e se matam, os irmãos
que se matam por questões de herança, os jo-
vens que matam para recuperar um telemóvel,
os adeptos de futebol, que competem para que-
rer ganhar a todo o custo, as tribos que se mas-
sacram para recuperar o gado e os alimentos,
os impérios que invadem continentes inteiros,
para recuperar recursos naturais , ou para
impor uma religião, uma ideologia política.
Aqui alguns exemplos historicos :
Na pré-história os egípcios invadiram a terra de
Israel, trouxeram de volta esse povo como es-
cravos;
No ano -330 aJC os gregos, com Alexandre o
Grande, empurraram a invasão de seu império
do Mediterrâneo para a Índia;
Os romanos invadiram e dominaram metade da
Europa, o Magrebe e o Oriente Médio, durante
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Os árabes no ano 700 conquistaram o norte da
África e parte da Europa;
Os turcos em 1354 conquistaram a parte dos
Balcãs, norte da África e Oriente Médio;~
A partir de 1500 os portugueses invadiram parte
da África, a Espanha a América Latina;
A partir de 1600, a França, a Inglaterra, os Paí-
ses Baixos invadiram metade do mundo e man-
tiveram o controle por 400 anos;
Os americanos em 1800 invadiram o Texas, Ca-
lifórnia, Novo México;
Em 1945, os alemães invadiram a Europa Orien-
tal, o Japão o Sudeste Asiático;
A China invadiu o Tibete em 1950;
No passado recente os soviéticos invadem o
Afeganistão 1979;
Os americanos invadem o Iraque em 2003;
Os Russos invadem a Ucrânia em 2022;
Infelizmente, conflitos entre indivíduos, guerras
entre estados, potencias , economicas , milita-
res, demograficas continuarão até o fim dos
tempos.
Tudo isso por um motivo, pode ser resumido em
uma palavra: poseder
Possuir o que você não tem, e quer a todo
custo, aplicando a lei do mais forte.
Autoria de Acurcio Pinto de Sousa
Abril de 2022 - POESIA
3
Autoria de Lusia Cardoso - 02/04/2022
I
Jeseus quando eresceu
começou a sua missão
a palavra do pai defendeu
na sua pregação
II
12 apostolos o seguiram
e o povo escutou
2 deles o trairam
arrependeu-se e se enforcou
III
Santanás o tentou
aparecem em forma humana
ele logo desconfiou
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IV
Por calfás ele passou
disse sou filho de Deus
calfás não gostou
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V
Calpa não encontraram
mas ouvi-lo era necessário
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VI
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nos ombros e vai acaminhando
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e também o vai ajudando
VII
Alivio ele sentiu
quando a mãe apareceu
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quando seu olhar ergueu
VIII
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CANTINHO DA POESIA
Abril de 2022 - POESIA
4
Autoria de Lusia Cardoso - 02/04/2022
IX
Veio a Verónica também
Seu sangue do resto limpou
Continuou até mais além
e ver a onde ficou
X
É despojadas dos seus vestidos
repartidos entre eles
nunca tinham assistido
a um acto daqueles
XI
Foi pregado na Cruz
com muito crueldade
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o rei da humanidade
XII
Descido foi Cruz
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e sentiu alívio também
XIII
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XIV
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abriu-se o sepulcro Jesus ao Céu se elevava
XV
Carreguemos a nossa cruz
com paciência e amor
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5
Abril de 2022 - POESIA
6
O felgar sempre foi no passado ,uma aldeia , onde a sua população , possuía a veia poética .
Gente humilde, simples , de condição modesta , mas com o gosto pela poesia . Esses felgarense , trans-
mitiam através dos versos, com palavras simples , a sua percepção da vida , nos mais vastos domínios :
vida social, infelicidades , tragédias , maleitas de amor ,etc .
Lembro-me , na minha infância ,que nas noites de inverno , nos longos serões , a volta da lareira ,comiam-
se , castanhas assados , e cozidas, e as gerações que nos precederam ( pais, avos ) , recitavam poemas
que nos aqueciam a alma . Infelizmente, a maioria desses poetas felgarenses, arquivavam os versos na sua
memoria ,recitavam-nos , mas não os transcreviam para livros ou cadernos. Uma grande parte , dessa ri-
queza cultural ,perdeu-se . Hoje na época da informática , as gerações felgarense presentes ,deviam tentar
salvaguardar , e publicar , essa riqueza cultural dos nossos , antepassados . « Um povo que esquece o seu
passado , não tem futuro »
Eu publico aqui uns versos , escritos pela minha mãe ,( Zulmira da Conceição Pinto ) sobre a aldeia do Felgar
, e faço votos para que os felgarenses, recolham ,arquivem , e publiquem os versos das gerações que nos
precederam.
POESIA A MINHA ALDEIA
Versos da Autoria da minha mãe ( Zulmira Pinto)
Este povo do felgar faz inveja
A muita gente
Tem o cimo do lugar
Um transporte permanente
O felgar tem boa gente
São todos muito humanos
So que de pouco a pouco
Se instalaram alguns estranhos
Tem a praça da Censura
De velhas e meia idade
Então as de minissaia
Levam ali que contar
Poetas felgarenses
Autoria de Acurcio Pinto de Sousa e Zulmira da Conceição Pinto
Tem conegos e engenheiros
Médicos e advogados
Trolhas e alguns padeiros
também tem desempregados
Tem professores ,militares de carreira
Todos com categoria
Também tem uma enfermeira
E técnicos de radiologia
Também ca tinha dois padres
Mas desistiram de ser
Ambos jà estão casados
Pro céu da vida viver
Tem uma igreja tão linda
Onde todos vão rezar
Pedirem a Deus perdão
Por estarem sempre a falar
Também tem uma capela
Que està muito bem situada
Tem um escadario
Para ver a santa barbara
CANTINHO DA POESIA
Abril de 2022 - POESIA
7
No lugar do espírito santo
Ainda tem outra capela
Alguns, por enquanto
La se vão ocupando dela
Tem o Bairro do Pombal
Onde fizeram um lar
Para o convívio dos velhos
Deste povo do Felgar
Tem uma escola importante
La no meio dos palheiros
Que da jeito aos pastores
Para de la fazerem lameiros
Tem o Bairro da Beleza
Esta muito bem situado
Ate davam para ministras
Ou secretarias de estado
Tem a Banda Musical
Que é muito encantadora
E o que tem mais importante
E só Nossa Senhora
Tem muita agua fresquinha
Nestas fontes a correr
Para dar a toda gente
Quem dela quizer beber
A muitas ruas na aldeia
Que esta tudo desabitado
Quase parece um terramoto
Ja do cicloro passado
Também tem quatro cafés
Para a malta enbebedar
Mas o destino para alguns
E terem que os fichar
Autoria de Acurcio Pinto de Sousa e Zulmira da Conceição Pinto
Também tem supermercados
Com tudo para comer
O bom frégés vai pagando
Mas o reles fica a dever
Tem um pronto a vestir
Para senhoras da alta roda
Porque para estes figorinos
Tem de andar sempre na
moda
Esta la em cima um bairro
novo
Situado no calvario
Tem la de tudo um pouco
Fazem la um bom diario
Tem o salão dos correios
É o que tem mais movimento
Onde tudo vai pagar
E receber o rendimento
É uma terra delicada
Tudo se fàz pois então
Ainda a dias ca se fez
A festa do tio joão
Teve bombo e guitarras
Um acordião bem tocado
Faziam trio de odemira
Era um conjunto engraçado
Também teve fogueteiro
Como não pudia faltar
E a banda de freguesia
Para a festinha animar
Também tinha quatro lagares
Para azeitona moer
Mas so jà trabalhão dois
Porque os outros acabaram por
morrer
Tinha do fabrica do pimento
vendia para portugal inteiro
Mas mudou a vida e o tempo
Acabou o pimenteiro
Avia também tecelagem
Para fazer cobertores
Mas após um acidente
Foi fechada com dores
Avia também moinhos
Onde moíam o pão
Percorriam as aldeias
Para recuperar o grão
Avia também oleiros
Mas ninguém quis aprender
Esta arte de pocareiros
O felgar deixou morrer
Havia tudo no felgar
Mas a vida era tão dura
Muitos tiveram que emigrar
Com dor e amargura
Este tempo acabou
Tudo mudou ,isso e certo
hoje a vida melhorou
mas o felgar ficou deserto
CANTINHO DA POESIA
Solução do número 27:
SUDOKU
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  • 3. Abril de 2022 - POESIA 3 Autoria de Lusia Cardoso - 02/04/2022 I Jeseus quando eresceu começou a sua missão a palavra do pai defendeu na sua pregação II 12 apostolos o seguiram e o povo escutou 2 deles o trairam arrependeu-se e se enforcou III Santanás o tentou aparecem em forma humana ele logo desconfiou o diabo pensa que o engana IV Por calfás ele passou disse sou filho de Deus calfás não gostou a pôncio pilatos foi levado V Calpa não encontraram mas ouvi-lo era necessário a condenação anunciaram o seu caminho foi até ao calvário VI Jesus carrega a cruz nos ombros e vai acaminhando o povo o conduz e também o vai ajudando VII Alivio ele sentiu quando a mãe apareceu grande amor nela viu quando seu olhar ergueu VIII Apareceu no caminho Cerineu que o ajudou parecia um anjinho que à beira dele chegou Paixão de Cristo CANTINHO DA POESIA
  • 4. Abril de 2022 - POESIA 4 Autoria de Lusia Cardoso - 02/04/2022 IX Veio a Verónica também Seu sangue do resto limpou Continuou até mais além e ver a onde ficou X É despojadas dos seus vestidos repartidos entre eles nunca tinham assistido a um acto daqueles XI Foi pregado na Cruz com muito crueldade mas ele era Jesus o rei da humanidade XII Descido foi Cruz para os braços de sua mãe com lágrimas beijou seu filho jesus e sentiu alívio também XIII A mãe e as 3 Marias o sepulcro guardaram juntaram-se outros fizeram vigilias e a ressurreição esperaram XIV No Sábado foi dado sinal que jesus ressuscitava nunca viram nada igual abriu-se o sepulcro Jesus ao Céu se elevava XV Carreguemos a nossa cruz com paciência e amor pedir ajuda a Jesus para lívio da nossa dor Paixão de Cristo Fotografias de António Teixeira CANTINHO DA POESIA
  • 5. Abril de 2021 - DESTAQUE Caserna Do Cimo do Lugar Caserna Do Cimo do Lugar Dezembro de 2021 - ATUALIDADE Fotografias de Carolina Dionísio, António Teixeira e Município de T.Moncorvo Abril 2022 REPORTAGEM FOTOGRÁFICA 5
  • 6. Abril de 2022 - POESIA 6 O felgar sempre foi no passado ,uma aldeia , onde a sua população , possuía a veia poética . Gente humilde, simples , de condição modesta , mas com o gosto pela poesia . Esses felgarense , trans- mitiam através dos versos, com palavras simples , a sua percepção da vida , nos mais vastos domínios : vida social, infelicidades , tragédias , maleitas de amor ,etc . Lembro-me , na minha infância ,que nas noites de inverno , nos longos serões , a volta da lareira ,comiam- se , castanhas assados , e cozidas, e as gerações que nos precederam ( pais, avos ) , recitavam poemas que nos aqueciam a alma . Infelizmente, a maioria desses poetas felgarenses, arquivavam os versos na sua memoria ,recitavam-nos , mas não os transcreviam para livros ou cadernos. Uma grande parte , dessa ri- queza cultural ,perdeu-se . Hoje na época da informática , as gerações felgarense presentes ,deviam tentar salvaguardar , e publicar , essa riqueza cultural dos nossos , antepassados . « Um povo que esquece o seu passado , não tem futuro » Eu publico aqui uns versos , escritos pela minha mãe ,( Zulmira da Conceição Pinto ) sobre a aldeia do Felgar , e faço votos para que os felgarenses, recolham ,arquivem , e publiquem os versos das gerações que nos precederam. POESIA A MINHA ALDEIA Versos da Autoria da minha mãe ( Zulmira Pinto) Este povo do felgar faz inveja A muita gente Tem o cimo do lugar Um transporte permanente O felgar tem boa gente São todos muito humanos So que de pouco a pouco Se instalaram alguns estranhos Tem a praça da Censura De velhas e meia idade Então as de minissaia Levam ali que contar Poetas felgarenses Autoria de Acurcio Pinto de Sousa e Zulmira da Conceição Pinto Tem conegos e engenheiros Médicos e advogados Trolhas e alguns padeiros também tem desempregados Tem professores ,militares de carreira Todos com categoria Também tem uma enfermeira E técnicos de radiologia Também ca tinha dois padres Mas desistiram de ser Ambos jà estão casados Pro céu da vida viver Tem uma igreja tão linda Onde todos vão rezar Pedirem a Deus perdão Por estarem sempre a falar Também tem uma capela Que està muito bem situada Tem um escadario Para ver a santa barbara CANTINHO DA POESIA
  • 7. Abril de 2022 - POESIA 7 No lugar do espírito santo Ainda tem outra capela Alguns, por enquanto La se vão ocupando dela Tem o Bairro do Pombal Onde fizeram um lar Para o convívio dos velhos Deste povo do Felgar Tem uma escola importante La no meio dos palheiros Que da jeito aos pastores Para de la fazerem lameiros Tem o Bairro da Beleza Esta muito bem situado Ate davam para ministras Ou secretarias de estado Tem a Banda Musical Que é muito encantadora E o que tem mais importante E só Nossa Senhora Tem muita agua fresquinha Nestas fontes a correr Para dar a toda gente Quem dela quizer beber A muitas ruas na aldeia Que esta tudo desabitado Quase parece um terramoto Ja do cicloro passado Também tem quatro cafés Para a malta enbebedar Mas o destino para alguns E terem que os fichar Autoria de Acurcio Pinto de Sousa e Zulmira da Conceição Pinto Também tem supermercados Com tudo para comer O bom frégés vai pagando Mas o reles fica a dever Tem um pronto a vestir Para senhoras da alta roda Porque para estes figorinos Tem de andar sempre na moda Esta la em cima um bairro novo Situado no calvario Tem la de tudo um pouco Fazem la um bom diario Tem o salão dos correios É o que tem mais movimento Onde tudo vai pagar E receber o rendimento É uma terra delicada Tudo se fàz pois então Ainda a dias ca se fez A festa do tio joão Teve bombo e guitarras Um acordião bem tocado Faziam trio de odemira Era um conjunto engraçado Também teve fogueteiro Como não pudia faltar E a banda de freguesia Para a festinha animar Também tinha quatro lagares Para azeitona moer Mas so jà trabalhão dois Porque os outros acabaram por morrer Tinha do fabrica do pimento vendia para portugal inteiro Mas mudou a vida e o tempo Acabou o pimenteiro Avia também tecelagem Para fazer cobertores Mas após um acidente Foi fechada com dores Avia também moinhos Onde moíam o pão Percorriam as aldeias Para recuperar o grão Avia também oleiros Mas ninguém quis aprender Esta arte de pocareiros O felgar deixou morrer Havia tudo no felgar Mas a vida era tão dura Muitos tiveram que emigrar Com dor e amargura Este tempo acabou Tudo mudou ,isso e certo hoje a vida melhorou mas o felgar ficou deserto CANTINHO DA POESIA
  • 8. Solução do número 27: SUDOKU Abril de 2022 -PASSATEMPOS