O documento discute as propriedades e usos da madeira, incluindo: (1) sua classificação, estrutura e composição química; (2) as vantagens da madeira incluindo sua resistência mecânica e isolamento; (3) como a madeira é extraída e processada para produzir diferentes produtos como serraria e laminados.
2. Generalidades
• Mais antigo material de construção (palafitas);
• Facilidade de obtenção;
• Facilidade de adaptação.
3. Vantagens
Na flexão resiste tanto a esforços de tração como de
compressão;
Baixo peso próprio e grande resistência mecânica;
Grande capacidade de absorver choques;
Boas características de isolamento térmico e acústico;
Grande variedade de padrões;
Facilidade de ser trabalhada;
Ligações fáceis e simples
Custo de produção reduzido reservas renováveis.
4. Desvantagens
• Material heterogêneo e anisotrópico;
• Formas limitadas: alongadas e de seção
transversal reduzida;
• Deterioração fácil;
• Combustível;
• Variações volumétricas x Variação de umidade
5. Utilização das madeiras para fins
energéticos
Madeiras
Gaseificação
Hidrogenação
Carbonização
Hidrólise
sacarificação
Biodigestão
Combustão
Carvão
vegetal
Óleo
combustível Metanol
Madeira
combustível
Gás
metano
Etanol
6. Derivados da madeira
Madeira
Madeira
para fibra
Madeira
roliça
Chapa
de fibra
Celulose
e papel
Árvore
em pé
Resinagem
Breu Terebentina
Laminação
Serraria
Obtenção de
cavacos
Compensado
Madeira
serrada
Aglomerados
15. Classificação das árvores
• Fanerógamas (vegetais superiores)
• Endógenas/monocotiledoneas
• Germinação interna (desenvolvimento se processa de dentro para
fora)
• Bambu
• Palmeiras
16. Classificação das árvores
•Exógenas/dicotiledoneas
•Germinação externa (desenvolvimento se processa pela
adição de novas camadas concêntricas de células)
•Coníferas (Resinosas ou Gimnospermas)
•Sementes descobertas, folhas aciculares
•Frondosas (Folhosas ou Angiospermas)
•Sementes em frutos, folhas chatas
23. Crescimento das árvores
• Casca
– Protege as árvores contra agentes externos
• Camada cortiçal, líber ou floema (transporta a seiva
elaborada)
24. Crescimento das árvores
• Câmbio
• Tecido merismático (em constante
transformação)
• Açúcares e amidos; e
• Celulose e lignina (anéis de crescimento)
• Lenho
• Parte resistente das árvores
• Alburno ou branco, células atuantes, conduzem a seiva bruta
• Cerne, células impregnadas de lignina, resinas e taninos, mais denso
25. Crescimento das árvores
Medula
Miolo central, mole
Vestígio do vegetal jovem
Raios medulares
Transportam e armazenam a seiva
São desenvolvimentos transversais e radiais
Realizam uma amarração transversal das fibras
Inibem em parte a retratilidade
34. Desdobro
Peça de maior seção transversal (maior volume, maior quadrado inscrito na
seção da tora)
2
d
=
b
• Peça de maior momento resistente
– 0 ,5 7 d
=
b 0 ,8 2 d
=
h
36. Dimensões da madeira serrada (cm)
Pranchões
15,0 x 23,0
10,0 x 20,0
7,5 x 23,0
Vigas
15,0 x 15,0
7,5 x 15,0
7,5 x 11,5
5,0 x 20,0
5,0 x 15,0
• Caibros
– 7,5 x 7,5
– 7,5 x 5,0
– 5,0 x 7,0
– 5,0 x 6,0
• Sarrafos
– 3,8 x 7,5
– 2,2 x 7,5
• Tábuas
– 2,5 x 23,0
– 2,5 x 15,0
– 2,5 x 11,5
• Ripas
– 1,2 x 5,0
37. Dimensões da madeira beneficiada (cm)
Soalho
Seção de 2,0 x 10,0
Forro
Seção de 1,0 x 10,0
Batente
Seção de 4,5 x 14,5
Rodapé
Seção de 1,5 x 15,0
Seção de 1,5 x 10,0
Taco
Seção de 2,0 x 7,5
38. Propriedades físicas e mecânicas da
madeira
A escolha e utilização de determinada espécie para
fins industriais só poderá ser realizada com
conhecimento preciso de suas qualidades físicas e
mecânicas.
39. Propriedades físicas e mecânicas da
madeira
Ensaios de laboratório
Fatores que influenciam e determinam a variação de resultados
– Material
• Espécie botânica da
madeira
• Massa específica
• Diferença entre
alburno e cerne
• Umidade
• Defeitos
– Condições de
ensaio
• Velocidade de
aplicação da carga
• Formatos e
dimensões dos
corpos de prova
• Direção do esforço
em relação às
fibras
42. Características físicas
Umidade
Grande importância pois todas as propriedades mecânicas variam com o teor de
umidade
A água na madeira verde:
Água de constituição das células vivas
Não é alterada pela secagem;
Água de adesão ou impregnação
Satura as paredes da célula
Água de capilaridade ou livre
Enche os canais do tecido lenhoso
43. Ponto de Saturação das Fibras (PSF)
É o ponto onde a madeira perdeu toda a água livre
Não existe água livre mas as paredes e os tecidos estão
saturados e inchados
A remoção da água livre não causa alteração de volume
PSF 30% (variável em função da espécie)
Características físicas
44. Madeira seca ao ar
Fazendo-se a secagem por exposição ao ar, começa a
evaporar a água de impregnação ou adesão, até um
ponto de equilíbrio entre a umidade do ar e a da
madeira
A remoção da água de adesão é acompanhada de
variações volumétricas
Teor de umidade da madeira seca ao ar - 12 a 18%
Referência para determinação das características físicas
e mecânicas:
Teor de umidade normal internacional igual a 15%
45. A umidade na madeira
Denominação Teor de umidade
Madeira verde h > 30%
Madeira comercialmente
seca
18 < h < 23%
Madeira seca ao ar 12 < h < 18%
Madeira dessecada h < 12%
Abaixo de 23% de umidade pode-se considerar que a
madeira está ao abrigo do ataque dos agentes de
destruição (fungos e bactérias).
46. Retratilidade
Retratilidade
É a propriedade da madeira de alterar suas
dimensões e o volume quando o seu teor de
umidade varia entre o estado anidro e o estado
de saturação (impregnação) dos tecidos
celulósicos.
Volumétrica
Linear
Axial
Radial
Tangencial
47. • Contração volumétrica total
• perda % em volume, quando a madeira
passa do estado verde ao estado anidro
• corpos de prova 2 x 2 x 3 cm
Retratilidade
100
×
V
V
V
=
C
s
s
v
t
-
48. • Contração volumétrica parcial
• perda % em volume, quando a madeira
passa de estado úmido ao estado anidro
Retratilidade
100
×
V
V
V
=
C
s
s
h
h
-
49. Retratilidade
Coeficiente de retratilidade volumétrica
% de variação do volume para a variação de 1% da umidade
h
C
=
PSF
C
= h
t
η
30
20
10 Umidade, %
Contração
volumétrica,
%
10
5
15
50. Retratilidade linear
100
×
L
L
L
=
C
s
s
h
l
-
Corpos de prova 2 x 2 x 3 cm com pequenos pregos
fixados segundo as direções tangencial, axial e radial
• Contração axial é quase desprezível
• Contração tangencial = 2 x contração radial
• Cont. volumétrica=S(Cont. axial, tangencial e
radial)
• A madeira se contrai aproximadamente a metade
do total ao estabilizar sua umidade com o meio
ambiente
52. Retratilidade de madeiras
Retratilidade Verde a 0% Verde a 15%
Linear
tangencial
4 - 14 2 - 7
Linear radial 2 - 8 1 - 4
Linear axial 0,1 - 0,2 0,05 - 0,1
Volumétrica 7 - 21 3 - 10
53. Retratilidade de madeiras
Retratilidad
e total (%)
Qualificação Exemplos
15 a 20 Forte
Toras com grandes fendas de
secagem. Devem ser rapidamente
desdobradas.
10 a 15 Média
Toras com fendas médias de secagem.
Podem ser conservadas e usadas em
forma cilíndrica (galerias de minas,
pontaletes). Resinosas em geral.
5 a 10 Fraca
Toras com pequenas fendas, aptas
para marcenaria e laminados.
54. Retratilidade de madeiras
Tipo de construção
Teor de umidade
correspondente
Tipo de secagem
a realizar
Construções submersas, pilotis,
pontes, açudes, etc
30% - Madeira saturada
de água, acima do ponto
de saturação das fibras
Construções expostas a umidade,
não coberta e não abrigadas:
cimbres, torres, etc
18 a 23% - Madeiras
úmidas, ditas
“comercialmente secas”
Parcial no canteiro de
obras.
Construções abrigadas em local
coberto mas largamente aberto:
hangares, entrepostos, telheiros.
16 a 20% - Madeiras
relativamente secas
No canteiro ou artificial
sumária
Construções em locais fechados e
cobertos: carpintaria de telhados
13 a 17% - Madeiras
“secas ao ar”
Natural ou artificial até
15%
Locais fechados e aquecidos
10 a 12% - Madeiras
bem secas
Artificial
Locais com aquecimento artificial
8 a 10% - Madeiras
dessecadas
Artificial
56. Massa específica aparente
É o peso por unidade de volume aparente da madeira, a um determinado teor de
umidade
• Obtido pela pesagem e determinação do volume
aparente de C.P. 2 x 2 x 3 cm, retirado de todo o
diâmetro e comprimento da tora
h
h
h
V
P
D
57. Massa específica aparente
Peso, massa específica e volume estão intimamente ligados
A definição da massa específica deve ser em um teor de umidade padronizado
Umidade normal = 15%
)
1 5
(
1 5
h
d
D
D h
58. Massa específica aparente
Massa específica aparente - responsável pelas propriedades e mecânicas da madeira
100
15
1
1
100
1
1 5
h
D
D
D
d h
h
* d - coeficiente de variação da massa
específica para a variação de 1% de
umidade abaixo do PSF
60. Massa específica aparente de algumas
espécies nacionais, h = 15%
Espécie t/m3
Açoita-cavalo 0,62
Cabriúva 0,89
Canela-preta 0,63
Cedro 0,49
Eucalipto tereticornis 0,89
Louro 0,69
Peroba-rosa 0,76
Pinho 0,56
61. Propriedades mecânicas das madeiras
• Esforços principais, exercícios no sentido das
fibras, relacionados com a coesão axial do
material:
– Compressão, tração, flexão estática, flexão
dinâmica e cisalhamento
• Esforços secundários, exercidos
transversalmente às fibras, relacionados com a
sua coesão transversal:
– Compressão, torção, fendilhamento e tração.
62. Compressão axial de peças curtas
MB-26: C.P. 2 x 2 x 3 cm:
Seco ao ar
Verde
63. Compressão axial de peças curtas
Coeficiente de correção da resistência em função da umidade (de teor “h” para
15%):
• Relação entre a massa específica e a
resistência à compressão axial:
)
1 5
(
1 5
h
C
h
m
c X D
64. Compressão axial de peças curtas
O módulo de elasticidade à compressão é calculado para o
valor limite de proporcionalidade da curva experimental
(tensão x deformação unitária).
MB 26: corpos de prova de 6 x 6 x 18 cm (madeira verde).
65. Compressão axial de peças longas
(flambagem)
fl = resistência à compressão afetada pelo fenômeno da flambagem.
Índice de esbeltez da peça:
i
l
l = comprimento da peça
i = raio de giração mínimo
S
J
i
S
Pcrít
fl
66. Compressãoaxial de peças longas (flambagem)
• Trecho I: Para valores de < 40, a tensão crítica de
flambagem fl é igual à tensão limite da resistência à
compressão c, colunas curtas, condicionadas ao
comportamento em regime de deformações plásticas da
madeira.
fl = c
68. Compressãoaxial de peças longas (flambagem)
• Trecho II: valores 40 < < 0, correspondem a colunas
intermediárias, condicionado ao comportamento da madeira
no regime de deformação elastoplásticas, onde verifica-se
flambagem inelástica, isto é, com tensões superiores ao limite
de proporcionalidade:
p < fl < c
• A NB-11 considera o trecho, em favor da segurança, retilíneo, com a
seguinte equação empírica:
40
40
3
1
1
0
c
fl
70. Compressãoaxial de peças longas (flambagem)
• Trecho III: Colunas longas ( > 0), a ruptura acontece
dentro do domínio das deformações elásticas da
madeira, por flambagem, isto é, com tensões inferiores
ao limite de proporcionalidade.
fl < p
• A curva é a hipérbole de Euler
2
2
l
EJ
Pcrít
2
2
E
fl
ou
72. Compressãoaxial de peças longas (flambagem)
Nova expressão da fórmula de Euller em função de 0:
c
c
fl
E
E
2
0
2
0
2
2
3
3
2
• Pela experiência temos p 2/3c podemos
determinar o valor de 0, ou seja, o limite de
aplicação da fórmula de Euller:
2
0
2
2
2
0
2
2
2
0
3
2
3
2
2
3
c
fl
fl
c
c
E
E
E
73. Tração axial
Estrutura fibrosa da madeira presta-se particularmente aos
esforços de tração axial (raramente rompe por tração pura)
t = (2 a 4) x c
74. Flexão estática
MB-26: Corpo de prova 2 x 2 x 30 cm
Madeira verde e seca ao ar
Carga aplicada diretamente por um cutelo, no centro do
vão biapoiado, de 24 cm, tangencialmente aos anéis de
crescimento
75. Flexão dinâmica (resiliência)
A resiliência é o trabalho necessário para romper um
corpo de prova mediante a aplicação de um choque.
Caracteriza a fragilidade do material.
O esforço é realizado por um choque aplicado no centro
do vão, com um pêndulo de Charpy.
76. Flexão dinâmica (resiliência)
k = coeficiente de resiliência
k g m
h
b
k
W 6
1 0
0,12 – 0,60 resinosas e as frondosas brandas
0,40 – 1,50 frondosas duras
Cota dinâmica = K/D2, onde D é a massa específica
k
77. Classificação das madeiras pela resiliência
Categoria
Cota
Dinâmica
Utilização
Madeiras
frágeis
< 0,8
Madeira inadequada ao
emprego em construções
móveis
Madeiras
medianamente
resilientes
0,8 a 1,2
Peças submetidas a
choques e vibrações:
vagões, carrocerias,
transversinas, caixaria
Madeiras
resilientes
> 1,2
Madeira para aviação,
cabo de ferramentas,
esquis, etc.
78. Compressão transversal
Aplicação do esforço de compressão no sentindo normal
as fibras da madeira:
Limite de elasticidade
Limite de resistência
Módulo de elasticidade.
79. Tração normal às fibras
Ao esforço normal das fibras opõe-se somente a aderência mútua das mesmas, esta
aderência é fraca e o deslocamento das fibras não exige um grande esforço
Aderência é função somente da composição química das substâncias de ligação entre as
fibras
80. Fendilhamento
É um esforço de tração transversal, aplicado na extremidade de uma peça
entalhada a fim de deslocar as fibras
82. Dureza
Resistência à penetração localizada
Dureza
Corpo de prova de 6 x 6 x 18 cm
Esfera com superfície média de 1 cm2
Mede-se a força necessária para cravar a esfera na madeira
84. Defeitos
2. De produção:
Desdobro mal conduzido.
3. De secagem:
Rachaduras, fendas e fendilhamento; e
Abaulamento, arqueamento, curvatura e curvatura lateral.
86. Classificação estrutural das peças de
madeira
Cálculo e execução de estruturas de madeira NB
11 - Item 49
Devem atender as especificações da ABNT
Peças de 2a categoria
Os defeitos máximos permitidos devem ser fixados de
forma que a resistência da peça seja igual a 60% da
resistência obtida em pequenos c.ps. isentos de defeitos.
87. Classificaçãoestruturaldas peçasde madeira
Cálculo e execução de estruturas de madeira
NB 11 - Item 49
Peças de 1a categoria
peças que apresentam resistência igual a pelo menos 85% da
resistência obtida em pequenos c.ps. isentos de defeitos.
88. Norma alemã - DIN
Classificação Defeitos
Alta resistência Diâmetro de nós
Resistência comum Quantidade de nós
Baixa resistência Inclinação do veio
89. Tensões admissíveis
Ensaios estruturais em laboratório oficiais;
Ensaios em pequenos corpos de prova isentos de
defeitos;
Correlações entre massa específica e
características mecânicas.
90. Ensaios estruturais em laboratórios oficiais
Descrição
Coeficiente
de segurança
Perda de resistência devido a defeitos 3/4
Duração das cargas
sobre as peças
Compressão 3/4
Flexão estática 9/16
Variabilidade dos
resultados
Desvio padrão 3/4
Coeficiente de
variação
3/4
Possibilidade de sobrecargas 2/3
NB 11 - Item 49b
91. Ensaios em pequenos corpos de prova isentos
de defeitos
NB 11 - Item 49c
As tensões são baseadas no valor médio da série verde
Os valores aplicam-se às peças de 2a categoria
Para as peças de 1a categoria majorar em 40% os valores das peças de 2a
categoria
Item 51 - Compressão axial de peças curtas
c
c
2 0
,
0
4 0
92. Ensaios em pequenoscorposde provaisentosde
defeitos
Item 52 - Compressão axial de peças esbeltas
a) 40 < < 0
b) > 0
40
40
3
1
1
0
c
fl
c
c
fl
E
E
2
0
2
0
2
2
8
3
3
2
4
93. Ensaios em pequenoscorposde provaisentosde
defeitos
Item 53 - Tração axial
• Item 54 - Flexão simples
f
t
1 5
,
0
f
f
1 5
,
0
94. Ensaios em pequenoscorposde provaisentosde
defeitos
Item 59 - Cisalhamento paralelo às fibras
Longitudinal em vigas
Em ligações
1 0
,
0
1 5
,
0
• Item 60 - Compressão normal às fibras
` função da área de atuação da carga
`
0 6
,
0
c
n
95. Ensaios em pequenoscorposde provaisentosde
defeitos
• Item 61 - Compressão inclinada em relação às fibras
2
2
cos
. sen
n
c
n
c
• Item 62 – Influência da umidade
• Coeficiente de umectação: h (para peças
submersas)
• Compressão paralela 0,8
• Flexão simples e tração paralela 0,8
• Compressão normal 0,6
96. Tensõesadmissíveis em função da massa específica
NB 11 item 47b
Para espécies refutadas de boa qualidade que ainda não tenham sido
estudadas em laboratórios, admite-se que suas características
mecânicas são iguais a ¾ dos valores correspondentes à sua massa
específica a 15% de umidade, obtidos nas curvas constantes no
Boletim n.º 31 do IPT.
97. Tensõesadmissíveis em função da massa específica
Resistência à compressão paralela às fibras
c = -1,04 + 663.D15
Flexão estática
f = -331,8 + 1619.D15
Módulo de elasticidade
E = 2570 + 144500.D15
Cisalhamento paralelo às fibras
Obs: Tensões em kgf/cm2
Massa específica (D) em g/cm3
1 5
1 8 0
5
,
2 5 D
99. Deterioração e preservação das madeiras
Deterioração
Putrefação ou podridão - 60%
Fungos e bactérias
Condições ambientais
Ar oxigênio atmosférico
Umidade h > 20%
Temperatura 20ºC < t < 30ºC
Ação de insetos xilófagos - 10%
Térmitas, cupins ou carunchos
100. Deterioração e preservação das madeiras
Deterioração
Ação de moluscos e crustáceos de água salgada - 5%
Teredos e liminória
Ação do fogo - 20%
Decomposição da madeira em CO2, vapor de água e cinzas
Ação mecânica do vento e ação de agentes químicos - 5%
101. Deterioração e preservação das madeiras
Preservação
Tratamento prévio
Remoção das cascas
Secagem
Natural
Artificial estufas
Desseivamento
Injeção de vapor de água saturado em estufas
102. Deterioração e preservação das madeiras
Processos de preservação
Processos superficiais
Pintura
Imersão simples
Carbonização incipiente
Processos de impregnação sem pressão à pressão atmosférica
Imersão em tanque com preservativo a 100oC 1 a 2 hs
Resfriamento no tanque; ou
Transferência para outro tanque com preservativo frio processo dos dois tanques
103. Deterioração e preservação das madeiras
Processos de impregnação sob pressão auto claves
Processo BETHELL ou das células cheias
Vácuo 560 mm de Hg
Admissão de preservativo a quente sob pressão 8 a 14 kgf/cm2
Vácuo para facilitar a secagem
Processo RUEPING ou das células vazias
Injeção de ar comprimido 1,5 a 7 kgf/cm2
Admissão do preservativo a quente sob pressão maior
Vácuo
104. Deterioração e preservação das madeiras
Eficiência do tratamento
Penetração
Testes colorimétricos
Observação direta
Absorção
Consumo de preservativo
105. Deterioração e preservação das madeiras
Ensaios de controle de deterioração
Avaliação da eficiência da preservação
Determinação do valor impeditivo
Dosagem mínima de preservativo
Corpos de prova
Terrenos abertos
Estacas preservadas
De 2 x 2 x 50 cm
De 5 x 10 x 50 cm
Comparação da vida útil com estacas testemunho sem tratamento
106. Deterioração e preservação das madeiras
Ensaios de controle de deterioração
Ensaios acelerados
Pequenos c.ps. isentos de defeitos
Contato com cultura de fungos
Avaliação da perda de:
Peso
Resistência mecânica
107. Deterioração e preservação das madeiras
Produtos tóxicos
Soluções salinas de sais inorgânicos
Cloreto de zinco
Cromato de zinco
Fluoreto de sódio sal de WOOLMANN
Cloreto de mercúrio
Sulfato de cobre
Sais de arsênio
Pentaclorofenol, etc.
108. Deterioração e preservação das madeiras
Produtos tóxicos
Óleos preservativos
Creosotos
Carbolíneos
Soluções oleosas
Substâncias tóxicas mais óleo de baixa viscosidade como veículo
109. Deterioração e preservação das madeiras
Produtos impermeabilizantes
Óleo crus
Tintas
Vernizes
Qualidades de um preservativo
Toxidez
Permanência
Alta penetração
Segurança à saúde e ao fogo
Não ser corrosivo a metais
120. Secagem da madeira
Secagem natural
A metade da umidade é evaporada em 30 dias
Atinge-se o equilíbrio higrométrico em 90 a 150 dias
Secagem artificial em estufas
Vantagens
Rapidez de secagem
Menores imobilizações de estoque e de capital
Teor de umidade final homogêneo
Menor perda de material
Esterilização do material fungos e insetos
121. Mecanismo de perda de umidade
Água de capilaridade
Água de impregnação
Diferença entre a tensão de vapor de água saturante que
impregna as paredes celulares na temperatura em que se
encontram e a tensão de vapor de água do ambiente na
temperatura em que se encontra
Parcela de água em combinação coloidal com a própria
substância da madeira
Evaporação superficial x difusão da umidade
Equilíbrio higroscópio
Curvas de secagem
122. Estufas de secagem
Fonte de calor
Dispositivo de umidificação
Dispositivo de circulação de ar
Esquema de funcionamento
Determina se o teor de umidade da madeira
Regulam-se a temperatura e a umidade da estufa para uma
umidade de equilíbrio higroscópio imediatamente inferior
Repetem-se as operações sucessivamente
123. Classificação das madeiras em função da
secagem
Tipo de secagem Madeira
Fácil secagem
Cedro, guarapuruvú, caixeta e
tamboril.
Média secagem
Pinho do Paraná, peroba rosa,
cabriúva, ipê, pau marfim,
feijó, açoita cavalo, jequitibá.
Difícil secagem
Imbuia, canela, amendoeira,
caviúna, aroeira, jatobá,
faveiro.
124. Estufas de secagem
Defeitos de secagem
Colapso
Achatamento das células devido à rápida retirada da água dos
poros celulares
Empenos
Fendas
127. Madeira transformada
Transformação na estrutura fibrosa
Correção de características negativas
Madeira reconstituída
Madeira aglomerada
Madeira compensada
128. Madeira transformada
Vantagens
Homogeneidade na composição e isotropia no comportamento
físico e mecânico;
Tratamentos de preservação;
Melhoria de características físicas e mecânicas;
Execução de chapas, blocos e formas moldadas para aplicação
diversas;
Aproveitamento integral do lenho.
129. Madeira reconstituída
Desfibramento do tecido lenhoso
Moega
Autoclave processo MASON
União das fibras por prensagem
Baixa pressão soft board
Alta pressão hard board
Ligantes
Lignina
Fenol, uréia, caseína, resinas sintéticas
130. Madeira aglomerada
Pequenos fragmentos de madeira
Lascas, virutas, maravalhas e flocos
Ligante
Mineral
Cimento Portland, gesso e magnésia Sorel
Orgânico
Uréia-formaldeido, uréia-melanina-formaldeido, fenol-formaldeido, etc.
Prensagem
A quente
A frio
134. Madeira compensada
Patente de 1886 WITIKOWSKI
Finas folhas de madeira coladas entre si
Disposição perpendicular das fibras de uma folha em relação às fibras da outra
folha
Número ímpar de folhas 3, 5, 7...
Extração da folha
Descascador 1 mm < e < 6 mm
Faqueadeira e = 1 mm