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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E GESTÕES HOTELEIRAS
CONTEMPORÂNEAS. UM DEBATE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE
VANTAGENS COMPETITIVAS.
MACHADO, Jorge Luiz.
OLIVEIRA JÚNIOR, Gerivaldo Santos de.
CRUZ, Bruno da Silva.
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Amado dos Santos.
A sustentabilidade ao longo das últimas décadas está se tornando uma
estratégia imperativa para que as organizações hoteleiras alcancem suas
metas e objetivos econômicos (GALPIN, 2015). Para Molina-Azorín (2015), a
influência das gestões ambientais sustentáveis sobre as vantagens
competitivas é analisada sobre seu impacto no custo e na diferenciação dos
produtos e serviços1
. Desse modo, nota-se que termos como “responsabilidade
social corporativa”, “esverdeamento” e “Triple-Botton-Line”estão ligados aos
esforços desses empreendimentos acerca da melhoria de suas performances
econômicas, sociais e ambientais (GALPIN, 2015). Para que possam ser
concretizados, Galpin (2015) menciona a necessidade de se adotar uma
abordagem sistêmica, buscando encontrar soluções inovadoras que acarretem
resultados organizacionais positivos perante a relação meio ambiente,
sociedade e empresas.
Entre outros documentos e conferências que alertam sobre a
problemática ambiental tem-se: a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente Humano (1972), o Relatório de Brundtland2
(1987) a ECO 92
(1992) (CORRÊA, 2009). Em específico ao Relatório de Brundtland, observa-se
que seus idealizadores apresentaram um olhar crítico sobre o modelo de
desenvolvimento dos países industrializados e reproduzidos pelos países em
1
Molina-Azorín (2015) acredita que essas estratégias podem produzir resultados positivos para
a satisfação do turista, além de poderem aumentar os índices de venda e fidelização, bem
como propiciar a conquista de novos mercados.
2
Objetivando traçar metas de desenvolvimento sustentável o Relatório de Brundtland publicado
em 1987, intitulado our common future, define que o “desenvolvimento sustentável é aquele
que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de suprir suas próprias necessidades” (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO, 1991, pág. 9).
desenvolvimento como o Brasil, ressaltando que o intensivo uso dos recursos
naturais, sem levar em consideração a capacidade de carga desses
ecossistemas, representa uma incongruência entre o desenvolvimento
sustentável e os padrões de consumo adotados (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE
O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991)
Nesse sentido, as indústrias, especificamente turístico-hoteleiras, têm
procurado adotar medidas para minimizar seus impactos negativos perante o
meio-ambiente. Chou (2014) pontua que em razão da deterioração ambiental e
do avanço do aquecimento global, a indústria hoteleira gradativamente tem
adotado atitudes mais “verdes”. Esse autor ressalta que adotar práticas verdes,
beneficia economicamente essa indústria turístico-hoteleira, gerando vantagens
competitivas, inovação, satisfação e a fidelização de seus clientes. Por isso,
verifica-se atualmente a importância de se refletir e buscar soluções pautadas
em princípios organizacionais ambientalmente responsáveis.
Para a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2004), o
desenvolvimento sustentável do turismo é um processo contínuo que requer
monitoramento constante dos impactos que a atividade pode causar, de modo
que, com adequadas ações de manejo seja possível minimizar suas inferências
negativas e maximizar seus aspectos positivos. Para tanto, o desafio aqui é
fazer com que os empresários de vários setoresprodutivos desenvolvam uma
gestão administrativa competitiva, objetivando usufruir os recursos naturais e
culturais disponíveis no planeta de maneira sustentável, relacionando suas
planificações e operacionalizações às questões econômicas, sociais ou
(socioculturais) e ambientais (GEERTS, 2014).
E, dentro desse contexto, pelo fato do setor hoteleiro contemporâneo
serum dos segmentos empresariais que estão em expansão3
, e que possui
grande visibilidade pelo fato de ser uma indústria relativamente nova, este setor
está implantando gradativamente políticas e práticas ambientais visando obter
certificações oficias para essas iniciativas, (GEERTS, 2014). As organizações
3
Ao analisar a geração de empregos diretos e indiretos, o WTTC descreve que em 2011 foram
gerados 7,65 milhões de empregos e, em 2012, 8,04 milhões, valores que representaram,
respectivamente, 7,8% e 8,3% do total de empregos gerados no país (WORLD TRAVEL
TOURISM COUNCIL, 2013a). Para o ano de 2013, estima-se um crescimento de 3,8%.
Projetam-se 10,59 milhões de empregos diretos e indiretos no ano de 2023, o que representa
aproximadamente 9,5% do total de empregos. (PLANO NACIONAL DE TURISMO 2013 – 2016
– PORTAL MINSTÉRIO DO TURISMO).
que se preocupam em adotar práticas pautadas em princípios socioambientais
sustentáveis fazem isso por vários motivos, entre eles estão: melhorar a
avaliação pública de seu estabelecimento, aumentar a satisfação de seus
clientes internos e externos, melhorar o comprometimento dos colaboradores,
estreitar relações com os investidores e até mesmo por questões éticas-morais,
(GEERTS, 2014).
O que se percebe é que as gestões sustentáveis devem buscar
minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos
provenientes das operações hoteleiras, no intuito de se gerar vantagens
competitivas aos meios de hospedagem. Para que isso efetivamente ocorra, o
desenvolvimento eco sustentável hoteleiro deve estarincondicionalmente
atrelado a todos os membros dessa organização, envolvendo todos os seus
"stakeholders" (SANTOS e MATSCHUCK, 2015).
Além dessas premissas, destaca-se aqui o fato da sustentabilidade
ambiental ser gerenciada por meio da padronização e das diretrizes propostas
pela ISO4
14001 – Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) (CAJAZEIRAS, 1997).
Essa ISO específica os requisitos para a implantação, manutenção, auditoria e
melhoramento continuo do SGA5
, através de normas que objetivam planejar,
organizar, responsabilizar e prever os usos dos recursos matérias e humanos e
seus impactos perante seu ecossistema (CAJAZEIRAS, 1997).
Como afirma a Tour Operators’ Initiative for Sustainable Tourism
Development (2003), a chave para um SGA bem-sucedido e eficiente é
assegurar o pleno apoio, a contribuição e a participação de todas as pessoas
envolvidas, inclusive funcionários, hóspedes, parceiros comerciais e
comunidades locais. O compromisso dos funcionários e a participação devem
vir de todas as partes da organização, não só da alta gerência. A educação dos
hóspedes também é parte importante de um SGA eficiente, visto que muitas de
suas medidas – tais como os atos de apagar as luzes e desligar aparelhos
elétricos, utilizar menos água ou evitar produtos locais insustentáveis – exigirão
4
Normas Internacionais ISO garantem que os produtos e serviços são seguros, confiáveis e de
boa qualidade. Para o negócio, eles são ferramentas estratégicas que reduzam os custos,
minimizando o desperdício e os erros e aumentando a produtividade. Eles ajudam as empresas
a aceder a novos mercados, o nível de igualdade para os países em desenvolvimento e facilitar
o comércio mundial livre e justo (tradução dos autores).
5
O SGA – Sistema de gestão ambiental é uma ferramenta gerencial que empresas podem
utilizar para ter controle e o acompanhamento ambiental. É um sistema criado para
acompanhar e implementar as atividades de proteção ao ambiente.
apoio ativo dos hóspedes como afirma a Tour Operators’ Initiative for
Sustainable Tourism Development (TOI, 2003)
Por tudo isso, acredita-se que as gestões hoteleiras contemporâneas
podem obter vantagens competitivas se buscarem implementar eficientemente
as normas e princípios contidos na ISO 14001. Molina-Azorín (2015) salienta
que esse tipo de gestão permite aos meios de hospedagem obter vantagens
competitivas no que concerne ao custo e a diferenciação. O referido autor
ainda menciona que os hotéis que implementarem tais práticas encontrarão
menos resistência na implementação de programas ambientais, além de
permitir o aumento de sua produtividade, levando a empresa a ganhar espaço
no mercado e melhorar sua competitividade.
Portanto, percebe-se que implementar uma gestão ambiental eficiente –
seja essa embasada ou não nas normas e princípios da ISO 14001 – é
essencial para o setor hoteleiro. Contudo, Han; Yoon (apud. SANTOS e
MATSCHUCK, 2015) mencionam que o impacto nefasto ao meio ambiente, em
parte corroborado pela operacionalidade negativa de algumas empresas do
ramo hoteleiro (CHEN, 2013) é sentido pelos seus clientes. Por isso, uma
politica de sustentabilidade ambiental é fundamental para a indústria hoteleira,
a fim de minimizar os impactos negativos produzidos por este setor, de forma a
não só atender uma clientela que está cada vez mais atenta aos problemas
ambientais, mas também prover a manutenção da competitividade e obtenção
de vantagens competitivas.
Para Porter (apud. Lubczyk, 2013, p.03) “[...] qualquer setor que produza
um bem ou preste algum serviço tem regras de concorrência representadas por
cinco forças competitivas [...]”. Michael E. Poter as define como sendo: a
entrada de novos concorrentes; a ameaça de produtos substitutos, o poder de
negociação dos compradores; o poder de negociação dos fornecedores e a
rivalidade entre os concorrentes. Para Porter “estas cinco forças se inter-
relacionam e estabelecem com exatidão e precisão a habilidade que uma
organização terá para obter o retorno sobre os seus investimentos” (apud.
LUBCZYK, 2013, p.41)
Segundo Lubczyk (2013), existem autores que defendem que por meio
dos recursos internos da empresa, a estruturação de sua vantagem
competitiva torna-se viável, sendo tal abordagem conhecida como “Teoria da
Visão Baseada em Recursos (VBR)” e/ou “Teoria de Penrose6
”. Esta apresenta
“um modelo de desempenho com foco nos recursos e nas capacidades
controladas por uma empresa como fonte de vantagem competitiva7
” (BARNEY
e HESTERLY, 2011, p. 58 apud LUBCZYK, 2013, p. 39 ).
Nesse sentido, Porter e Van der Linde (1995) afirmam que normativas
ambientais, quando adequadamente desenvolvidas, podem catalisar
inovações, diminuindo custos e agregando valores, permitindo, portanto, a
estruturação de uma vantagem competitiva.
Buscando inovar, diminuir custos e agregar valor, empreendimentos
hoteleiros estão modificando sua estrutura e gestão empresarial como
estratégia competitiva para diferenciar-se no mercado. Para Lubczyk (2013), os
meios de hospedagem que se preocupam com a questão ambiental acabam
diminuindo custos, aumentando a rentabilidade da organização, obtendo
vantagens competitivas perante as concorrentes. Já Kraemer (2006), relata que
a gestão ambiental começa a ser encarada como um assunto estratégico nas
organizações e que a empresa que não se adequar a esses preceitos está
fadada a perder competitividade em curto ou médio prazo.
6
Edith Penrose economist (1959), elaborou a The theory of the growth of the firm.
http://editorarevistas.mackenzie.br/. Acesso em 18 set 16.
7
Para Poter (1990, p.45), vantagem competitiva é “uma posição sustentável de uma empresa
para enfrentar as forças da concorrência num ramo específico, possibilitando a superação dos
rivais em termos de rentabilidade a longo prazo”. Já Correia (2011, p.43) define: “vantagem
competitiva ou diferencial competitivo é uma gama de características que possibilitam uma
organização [...] agregar maior valor sob o ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da
concorrência e, com isto, obtendo vantagens no mercado” (LUBCZYK, 2013, p.40).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. 2013 – 2016. Plano Nacional de Turismo. Disponível em:
http://www.turismo.gov.br/.Acesso em 06 set 2016, às11h30min.
CAJAZEIRAS, Jorge. E.R. ISO 14001: Manual de implantação. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 1997.
CHOU, Chia-Jung. Hotel’s environmental policies and employee personal
environmental beliefs: interactions and outcomes. Tourism Management, v.40,
n.1, p. 436-446, 2014.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
(CMMAD). Nosso Futuro Comum. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1991.
CORRÊA, Lazaro Roberto. Sustentabilidade na Construção Civil. Belo
Horizonte: 2009. Monografia em Gestão e Tecnologia na Construção Civil
(especialização), Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas
Gerais. Disponível em: http://especializacaocivil.demc.ufmg.br/ acesso em 06
set, às10h40min.
GALPIN, Timothy; WHITTINGTON, J.L.; BELL, Greg Bell. Is your sustainability
Strategy sustainable? Creating a culture of sustainability. Corporate
Governance, v.15, n.01, p.1-17, 2015.
GEERTS, Wouter. Environmental certification schemes: Hotel managers’ views
and perceptions. International Journal of Hospitality Management, v.39, nº
01, pp. 87- 96, 2014.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A busca de estratégias competitivas
através da gestão ambiental. 2006. Disponível em: scholar.google.com.br.
Acesso em 18 set 16, às 15h15min.
LUBCZYK, Darieli da Silva Gryczak. Sustentabilidade ambiental e estratégia
competitiva na hotelaria: um estudo de caso dos roteiros de charme. Irati,
2009. Monografia. Curso de Turismo da Universidade Estadual do Centro-
Oeste - UNICENTRO, Campus de Irati. Disponível em:
http://www2.unicentro.br/. Acesso em 16 set 2016, às14h30min.
SANTOS, Rodrigo Amado dos; MATSCHUCK, Tamires Chagas. A
Sustentabilidade e a Cadeia Produtiva Hoteleira: um estudo de Caso no JW
Marriott, Rio de Janeiro. Univali, v.17, n° 2, pp. 444 - 474, 2015.
MOLINA-AZORÍN, José F. The effects of quality and environmental
management on competitive advantage: A mixed methods study in the hotel
industry. Tourism Management, v. 50, nº 01, pp.41-54, 2015.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT). Guia de desenvolvimento
do turismo sustentável. Porto Alegre: Ed. Bookman Companhia, 2003.
TOUR OPERATORS’ INITIATIVE FOR SUSTAINABLE TOURISM
DEVELOPMENT. Sustainable tourism: the tour operators’ contribution.
France, 2003.

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Sustentabilidade ambiental e gestões hoteleiras contemporâneas: Um debate sobre a construção de vantagens competitivas

  • 1. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E GESTÕES HOTELEIRAS CONTEMPORÂNEAS. UM DEBATE SOBRE A CONSTRUÇÃO DE VANTAGENS COMPETITIVAS. MACHADO, Jorge Luiz. OLIVEIRA JÚNIOR, Gerivaldo Santos de. CRUZ, Bruno da Silva. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Amado dos Santos. A sustentabilidade ao longo das últimas décadas está se tornando uma estratégia imperativa para que as organizações hoteleiras alcancem suas metas e objetivos econômicos (GALPIN, 2015). Para Molina-Azorín (2015), a influência das gestões ambientais sustentáveis sobre as vantagens competitivas é analisada sobre seu impacto no custo e na diferenciação dos produtos e serviços1 . Desse modo, nota-se que termos como “responsabilidade social corporativa”, “esverdeamento” e “Triple-Botton-Line”estão ligados aos esforços desses empreendimentos acerca da melhoria de suas performances econômicas, sociais e ambientais (GALPIN, 2015). Para que possam ser concretizados, Galpin (2015) menciona a necessidade de se adotar uma abordagem sistêmica, buscando encontrar soluções inovadoras que acarretem resultados organizacionais positivos perante a relação meio ambiente, sociedade e empresas. Entre outros documentos e conferências que alertam sobre a problemática ambiental tem-se: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (1972), o Relatório de Brundtland2 (1987) a ECO 92 (1992) (CORRÊA, 2009). Em específico ao Relatório de Brundtland, observa-se que seus idealizadores apresentaram um olhar crítico sobre o modelo de desenvolvimento dos países industrializados e reproduzidos pelos países em 1 Molina-Azorín (2015) acredita que essas estratégias podem produzir resultados positivos para a satisfação do turista, além de poderem aumentar os índices de venda e fidelização, bem como propiciar a conquista de novos mercados. 2 Objetivando traçar metas de desenvolvimento sustentável o Relatório de Brundtland publicado em 1987, intitulado our common future, define que o “desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991, pág. 9).
  • 2. desenvolvimento como o Brasil, ressaltando que o intensivo uso dos recursos naturais, sem levar em consideração a capacidade de carga desses ecossistemas, representa uma incongruência entre o desenvolvimento sustentável e os padrões de consumo adotados (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1991) Nesse sentido, as indústrias, especificamente turístico-hoteleiras, têm procurado adotar medidas para minimizar seus impactos negativos perante o meio-ambiente. Chou (2014) pontua que em razão da deterioração ambiental e do avanço do aquecimento global, a indústria hoteleira gradativamente tem adotado atitudes mais “verdes”. Esse autor ressalta que adotar práticas verdes, beneficia economicamente essa indústria turístico-hoteleira, gerando vantagens competitivas, inovação, satisfação e a fidelização de seus clientes. Por isso, verifica-se atualmente a importância de se refletir e buscar soluções pautadas em princípios organizacionais ambientalmente responsáveis. Para a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2004), o desenvolvimento sustentável do turismo é um processo contínuo que requer monitoramento constante dos impactos que a atividade pode causar, de modo que, com adequadas ações de manejo seja possível minimizar suas inferências negativas e maximizar seus aspectos positivos. Para tanto, o desafio aqui é fazer com que os empresários de vários setoresprodutivos desenvolvam uma gestão administrativa competitiva, objetivando usufruir os recursos naturais e culturais disponíveis no planeta de maneira sustentável, relacionando suas planificações e operacionalizações às questões econômicas, sociais ou (socioculturais) e ambientais (GEERTS, 2014). E, dentro desse contexto, pelo fato do setor hoteleiro contemporâneo serum dos segmentos empresariais que estão em expansão3 , e que possui grande visibilidade pelo fato de ser uma indústria relativamente nova, este setor está implantando gradativamente políticas e práticas ambientais visando obter certificações oficias para essas iniciativas, (GEERTS, 2014). As organizações 3 Ao analisar a geração de empregos diretos e indiretos, o WTTC descreve que em 2011 foram gerados 7,65 milhões de empregos e, em 2012, 8,04 milhões, valores que representaram, respectivamente, 7,8% e 8,3% do total de empregos gerados no país (WORLD TRAVEL TOURISM COUNCIL, 2013a). Para o ano de 2013, estima-se um crescimento de 3,8%. Projetam-se 10,59 milhões de empregos diretos e indiretos no ano de 2023, o que representa aproximadamente 9,5% do total de empregos. (PLANO NACIONAL DE TURISMO 2013 – 2016 – PORTAL MINSTÉRIO DO TURISMO).
  • 3. que se preocupam em adotar práticas pautadas em princípios socioambientais sustentáveis fazem isso por vários motivos, entre eles estão: melhorar a avaliação pública de seu estabelecimento, aumentar a satisfação de seus clientes internos e externos, melhorar o comprometimento dos colaboradores, estreitar relações com os investidores e até mesmo por questões éticas-morais, (GEERTS, 2014). O que se percebe é que as gestões sustentáveis devem buscar minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos provenientes das operações hoteleiras, no intuito de se gerar vantagens competitivas aos meios de hospedagem. Para que isso efetivamente ocorra, o desenvolvimento eco sustentável hoteleiro deve estarincondicionalmente atrelado a todos os membros dessa organização, envolvendo todos os seus "stakeholders" (SANTOS e MATSCHUCK, 2015). Além dessas premissas, destaca-se aqui o fato da sustentabilidade ambiental ser gerenciada por meio da padronização e das diretrizes propostas pela ISO4 14001 – Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) (CAJAZEIRAS, 1997). Essa ISO específica os requisitos para a implantação, manutenção, auditoria e melhoramento continuo do SGA5 , através de normas que objetivam planejar, organizar, responsabilizar e prever os usos dos recursos matérias e humanos e seus impactos perante seu ecossistema (CAJAZEIRAS, 1997). Como afirma a Tour Operators’ Initiative for Sustainable Tourism Development (2003), a chave para um SGA bem-sucedido e eficiente é assegurar o pleno apoio, a contribuição e a participação de todas as pessoas envolvidas, inclusive funcionários, hóspedes, parceiros comerciais e comunidades locais. O compromisso dos funcionários e a participação devem vir de todas as partes da organização, não só da alta gerência. A educação dos hóspedes também é parte importante de um SGA eficiente, visto que muitas de suas medidas – tais como os atos de apagar as luzes e desligar aparelhos elétricos, utilizar menos água ou evitar produtos locais insustentáveis – exigirão 4 Normas Internacionais ISO garantem que os produtos e serviços são seguros, confiáveis e de boa qualidade. Para o negócio, eles são ferramentas estratégicas que reduzam os custos, minimizando o desperdício e os erros e aumentando a produtividade. Eles ajudam as empresas a aceder a novos mercados, o nível de igualdade para os países em desenvolvimento e facilitar o comércio mundial livre e justo (tradução dos autores). 5 O SGA – Sistema de gestão ambiental é uma ferramenta gerencial que empresas podem utilizar para ter controle e o acompanhamento ambiental. É um sistema criado para acompanhar e implementar as atividades de proteção ao ambiente.
  • 4. apoio ativo dos hóspedes como afirma a Tour Operators’ Initiative for Sustainable Tourism Development (TOI, 2003) Por tudo isso, acredita-se que as gestões hoteleiras contemporâneas podem obter vantagens competitivas se buscarem implementar eficientemente as normas e princípios contidos na ISO 14001. Molina-Azorín (2015) salienta que esse tipo de gestão permite aos meios de hospedagem obter vantagens competitivas no que concerne ao custo e a diferenciação. O referido autor ainda menciona que os hotéis que implementarem tais práticas encontrarão menos resistência na implementação de programas ambientais, além de permitir o aumento de sua produtividade, levando a empresa a ganhar espaço no mercado e melhorar sua competitividade. Portanto, percebe-se que implementar uma gestão ambiental eficiente – seja essa embasada ou não nas normas e princípios da ISO 14001 – é essencial para o setor hoteleiro. Contudo, Han; Yoon (apud. SANTOS e MATSCHUCK, 2015) mencionam que o impacto nefasto ao meio ambiente, em parte corroborado pela operacionalidade negativa de algumas empresas do ramo hoteleiro (CHEN, 2013) é sentido pelos seus clientes. Por isso, uma politica de sustentabilidade ambiental é fundamental para a indústria hoteleira, a fim de minimizar os impactos negativos produzidos por este setor, de forma a não só atender uma clientela que está cada vez mais atenta aos problemas ambientais, mas também prover a manutenção da competitividade e obtenção de vantagens competitivas. Para Porter (apud. Lubczyk, 2013, p.03) “[...] qualquer setor que produza um bem ou preste algum serviço tem regras de concorrência representadas por cinco forças competitivas [...]”. Michael E. Poter as define como sendo: a entrada de novos concorrentes; a ameaça de produtos substitutos, o poder de negociação dos compradores; o poder de negociação dos fornecedores e a rivalidade entre os concorrentes. Para Porter “estas cinco forças se inter- relacionam e estabelecem com exatidão e precisão a habilidade que uma organização terá para obter o retorno sobre os seus investimentos” (apud. LUBCZYK, 2013, p.41) Segundo Lubczyk (2013), existem autores que defendem que por meio dos recursos internos da empresa, a estruturação de sua vantagem competitiva torna-se viável, sendo tal abordagem conhecida como “Teoria da
  • 5. Visão Baseada em Recursos (VBR)” e/ou “Teoria de Penrose6 ”. Esta apresenta “um modelo de desempenho com foco nos recursos e nas capacidades controladas por uma empresa como fonte de vantagem competitiva7 ” (BARNEY e HESTERLY, 2011, p. 58 apud LUBCZYK, 2013, p. 39 ). Nesse sentido, Porter e Van der Linde (1995) afirmam que normativas ambientais, quando adequadamente desenvolvidas, podem catalisar inovações, diminuindo custos e agregando valores, permitindo, portanto, a estruturação de uma vantagem competitiva. Buscando inovar, diminuir custos e agregar valor, empreendimentos hoteleiros estão modificando sua estrutura e gestão empresarial como estratégia competitiva para diferenciar-se no mercado. Para Lubczyk (2013), os meios de hospedagem que se preocupam com a questão ambiental acabam diminuindo custos, aumentando a rentabilidade da organização, obtendo vantagens competitivas perante as concorrentes. Já Kraemer (2006), relata que a gestão ambiental começa a ser encarada como um assunto estratégico nas organizações e que a empresa que não se adequar a esses preceitos está fadada a perder competitividade em curto ou médio prazo. 6 Edith Penrose economist (1959), elaborou a The theory of the growth of the firm. http://editorarevistas.mackenzie.br/. Acesso em 18 set 16. 7 Para Poter (1990, p.45), vantagem competitiva é “uma posição sustentável de uma empresa para enfrentar as forças da concorrência num ramo específico, possibilitando a superação dos rivais em termos de rentabilidade a longo prazo”. Já Correia (2011, p.43) define: “vantagem competitiva ou diferencial competitivo é uma gama de características que possibilitam uma organização [...] agregar maior valor sob o ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da concorrência e, com isto, obtendo vantagens no mercado” (LUBCZYK, 2013, p.40).
  • 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL. 2013 – 2016. Plano Nacional de Turismo. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/.Acesso em 06 set 2016, às11h30min. CAJAZEIRAS, Jorge. E.R. ISO 14001: Manual de implantação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. CHOU, Chia-Jung. Hotel’s environmental policies and employee personal environmental beliefs: interactions and outcomes. Tourism Management, v.40, n.1, p. 436-446, 2014. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso Futuro Comum. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1991. CORRÊA, Lazaro Roberto. Sustentabilidade na Construção Civil. Belo Horizonte: 2009. Monografia em Gestão e Tecnologia na Construção Civil (especialização), Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em: http://especializacaocivil.demc.ufmg.br/ acesso em 06 set, às10h40min. GALPIN, Timothy; WHITTINGTON, J.L.; BELL, Greg Bell. Is your sustainability Strategy sustainable? Creating a culture of sustainability. Corporate Governance, v.15, n.01, p.1-17, 2015. GEERTS, Wouter. Environmental certification schemes: Hotel managers’ views and perceptions. International Journal of Hospitality Management, v.39, nº 01, pp. 87- 96, 2014. KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A busca de estratégias competitivas através da gestão ambiental. 2006. Disponível em: scholar.google.com.br. Acesso em 18 set 16, às 15h15min. LUBCZYK, Darieli da Silva Gryczak. Sustentabilidade ambiental e estratégia competitiva na hotelaria: um estudo de caso dos roteiros de charme. Irati, 2009. Monografia. Curso de Turismo da Universidade Estadual do Centro- Oeste - UNICENTRO, Campus de Irati. Disponível em: http://www2.unicentro.br/. Acesso em 16 set 2016, às14h30min. SANTOS, Rodrigo Amado dos; MATSCHUCK, Tamires Chagas. A Sustentabilidade e a Cadeia Produtiva Hoteleira: um estudo de Caso no JW Marriott, Rio de Janeiro. Univali, v.17, n° 2, pp. 444 - 474, 2015.
  • 7. MOLINA-AZORÍN, José F. The effects of quality and environmental management on competitive advantage: A mixed methods study in the hotel industry. Tourism Management, v. 50, nº 01, pp.41-54, 2015. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO (OMT). Guia de desenvolvimento do turismo sustentável. Porto Alegre: Ed. Bookman Companhia, 2003. TOUR OPERATORS’ INITIATIVE FOR SUSTAINABLE TOURISM DEVELOPMENT. Sustainable tourism: the tour operators’ contribution. France, 2003.