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Revista BAUHAUS 1 
A importância da 
tipograa 
em um 
projeto gráco 
Ilustrador 
surpreende ao 
desenhar 
realísticamente 
no Ipad 
Coca ou Pepsi? 
Além do sabor 
marcante das 
duas,comparamos 
todos os logos 
Adobe muda 
política e 
decide vender 
software 
como serviço 
Flexograa no 
Brasil 
se iguala da 
europa 
REVISTA BAUHAUS/ ED 1. abril 2014 
BAUHAUS 
revista 
O FOOD DESIGN 
CRESCE ASSIM 
COMO A EXIGIÊNCIA 
DOS CONSUMIDORES.
SEMANA NACIONAL 
Cinearte apresenta Semana Nacional, durante toda a semana, filmes nacionais 
Revista BAUHAUS 
por menos de cinco reais. 
Venha prestígiar o que o cinema brasileiro tem de melhor. 
2
Uma foto por dia... 
O projeto “BH - UMA FOTO POR DIA” nasceu em junho de 2012 como uma forma de compilar em um blog as 
suas experiências diárias. Desde então, o portal não para de atrair adeptos, tanto de Belo Horizonte como de 
todo o Brasil. Empresário, fotógrafo, designer 3D e compositor de trilhas sonoras, Charles Tôrres é um grande 
admirador de fotografia e urbanidades; e sempre procura diluir tal fascínio em seus trabalhos. Ao longo de suas 
explorações, ele transcendeu as limitações e gêneros, sempre buscando criar novas tendências e descobrir 
novos caminhos. Apaixonado por música moderna, vida urbana e tecnologia, o artista condensa suas áreas de 
atuação em um único vetor, intencionado à sintetizar a vida metropolitana em uma forma de arte. 
Revista BAUHAUS 3 
Tipografia 
4 Projeto brinca com tipografia 
para revelar seus significados 
5 A importância da tipografia para 
um projeto gráfico 
Ilustração 
6Não é uma foto do Morgan Fre-eman, 
é uma ilustração feita no 
iPad 
7Israelense usa o horário de almo-ço 
para desenhar em mesa de 
vidro do trabalho 
Índice 
Eco Design 
8/9 Coca-Cola ou Pepsi? 
Design 
10/11 Food Design 
Tecnologia 
12 Adobe decide investir em sof-tware 
como serviço 
13Nike pode lançar o primeiro 
tênis com cordões automáticos 
em 2015 
Poster 
14 Artísta cria projeto de posters 
retrô da série Os Muppets 
15Já outro... criou um pôster para 
cada episódio da série Bre-aking 
Bad 
Portifólio 
18/19 Criatividade colaborativa 
Impressão 
20/23 Brasil se iguala a europa 
em impressão flexografica 
Expediente BAUHAUS 
Num. de tiragem.: 5.000 - Editor Chefe: Daniel Abreu - Diagramação e Produção: Bruno Azevedo - Fotografia: Fernanda Cristina - Redação: Isabela Fornéas - Planejamento: Jordy Lucas- 
Telefone de contato: (31) 3567-1017- Email: bauhaus@revista.com.br 
Site: www.bauhausrevista.com.br
Projeto brinca com tipografia de palavras 
para revelar seus significados 
Da criação do designer Arun Raj, o ‘Tipography Word Play’ tem objetivo de ajudar as 
Revista BAUHAUS 
pessoas no aprendizado do inglês 
De um jeito bem minimalista, Raj 
cria representações gráficas do 
significado de cada palavra, usan-do 
a tipografia de cada uma. Por 
exemplo: o T de death vira uma cruz sobre 
um fundo preto, criando uma rápida associa-ção 
com a morte. O P de jump aparece um 
pouco acima do restante das letras, como 
se realmente estivesse pulando. Já o T de 
helicopter é uma hélice, enquanto as duas 
letras O de baloon estão flutuando. 
É tudo muito bem pensado e certamente 
poderia ser aplicado em diversos idiomas, 
como forma de ampliar o vocabulário. 
É tudo muito bem pensado e certamente 
poderia ser aplicado em diversos idiomas, 
como forma de ampliar o vocabulário. 
O projeto pessoal é executado sempre 
que sobra um tempo para o designer, então 
vale ficar de olho para novas atualizações. 
Em seu portifólio 
( http://www.behance.net/arundesign ) é 
possível conferir todas as palavras, além de 
outros trabalhos assinados por ele. 
4
T I p o G R af IA 
A importância da tipografia 
para um projeto gráfico 
Revista BAUHAUS 5 
Garota com 
síndrome de 
Down cria 
tipografia para 
o time Barcelona 
A espanhola Anna Vives 
vai viver em agosto um 
momento inesquecível, 
ela tem síndrome de 
Down, verá todos os 
jogadores do Barcelona 
entrarem em campo 
usando a camisa com 
a tipografia criada por 
ela. A ideia surgiu da 
própria jovem e rece-beu 
total apoio do time 
espanhol. A a estreia 
do novo uniforme será 
durante o Troféu Joan 
Gamper, um torneio 
amistoso internacional 
de futebol interclubes 
disputado anualmente 
na CatalunhaO apoio 
tem permitido, entre 
outras coisas, que 
a jovem conheça os 
jogadores da equipe, 
incluindo seu maior 
ídolo, Andres Iniesta, o 
meio-campo 
O typedesigner Crystian 
Cruz, diretor de arte da 
revista Info, mostrou a im-portância 
da tipografia 
em um projeto gráfico, 
aos alunos da FAU da 
ECA-USP presentes na 
Semana Plug: de Design. 
Especialista em fontes, 
Crystian as estuda, como 
autodidata, há 10 anos. 
“É essencial saber qual o 
tipo certo de fonte para 
se utilizar em cada pro-jeto. 
Seja ele editorial ou 
não”,diz. 
Tipos e tipos 
A tipografia é essencial para 
um bom projeto gráfico, es-pecialmente 
no meio edito-rial. 
Nas revistas, a disposição 
das letras é responsável por 
chamar a atenção do leitor e 
prendê-lo à matéria. “Quando 
uma matéria está mal dia-gramada, 
você vê que tem 
algo errado. A leitura não flui. 
Você acha que o texto está 
chato. Mas o problema, muitas 
vezes, é da tipografia, não da 
reportagem”, diz Crystian. No 
caso dos livros, ela é impor-tante 
até mesmo para reduzir 
o tempo de leitura. Tanto mais 
legível a a letra,tanto melhor. 
Do básico ao 
avançado 
A tipografia é impor-tantíssima 
para hierar-quizar 
os elementos de 
uma página. Retrancas, 
chapéus, títulos, subtítu-los, 
assinaturas, capitu-lares, 
textos, quadros, 
boxes, legendas, tabe-las, 
rodapés e créditos 
precisam ser inteligíveis 
para o leitor, que precisa 
entender sem grandes 
esforços a função e im-portância 
de cada um. 
Mas, a tipografia pode 
ir muito além. Ela tam-bém 
é usada para contar 
histórias de uma maneira 
mais visual. Nos anos 90, 
as mídias digitais, com 
os primeiros softwares 
de editoração eletrôni-ca, 
deram nova abertura 
aos typedesigners, que 
puderam fazer trabalhos 
mais autorais. Contudo, é 
importante ter bom sen-so. 
“Tem que levar em 
conta qual é o momento, 
qual é o perfil da revista, 
o que dá para ser feito e 
o que não dá”, diz Crys-tian.
Não é uma foto do Morgan Freeman, é 
uma ilustração feita no iPad 
Revista BAUHAUS 
Caso você não esteja convencido, basta 
assistir ao vídeo disponível no You Tube. 
É uma ilustração feita em um iPad usando 
apenas um dedo. A pintura do rosto do 
ator norte-americano Morgan Freeman foi 
feita pelo artista plástico Kyle Lambert, de 
26 anos, de Chesire, cidade do interior da 
Inglaterra. 
O desenho foi feito com 285 mil toques 
de pincel feitos com o dedo na tela do 
iPad e levou mais de 200 horas de traba-lho 
para ser realizado apenas nos “ajustes 
finos” da pintura: olhos, cabelo, pintas, textu-ra 
da barba e outros detalhes da face de 
Freeman. Para conseguir essa precisão, ele 
ampliou o desenho ao nível dos pixels. 
Igualmente fantástico é o 
vídeo criado por Lambert 
para mostrar o processo 
de criação do desenho. O 
vídeo já atingiu mais de 2,7 
milhões de visualizações 
no YouTube em apenas 24 
horas depois de ser postado 
na rede social de vídeos 
do Google. Que coisa linda 
não é? 
Disponível em: 
http://youtu.be/uEdRLlqdgA4 
6
ILUSTRADO 
Israelense usa o horário de almoço para 
desenhar em mesa de vidro do trabalho 
Para muita gente, o horário do almoço é sagrado: sentar 
para comer sem ninguém perturbando por perto. Tem uns 
que até fazem suas orações antes da refeição. Já outros, 
gostam de sair com a galera pra bater aquele papo e até 
falar mal do chefe! 
Mas encontramos alguém que é totalmente diferente. O 
israelense Zur Taman é um ilustrador, e na agência em que 
trabalha, usa a sua própria mesa para se inspirar. Isso mes-mo, 
para ele, o horário de almoço é para desenhar! Em seus 
rabiscos simples sobre a superfície lisa de vidro, ele dá vida 
à diversos personagens. Provavelmente, a mesa é de vidro 
para ele desenhar. 
Revista BAUHAUS 7 
DESIGN
Revista BAUHAUS 
Uma rival forte e agressiva 
para a Coca-Cola, que busca na 
nova geração sua gama de con-sumidores. 
PEPSI é uma marca 
autentica cada vez mais perce-bida 
pelos consumidores como 
inovadora, porém a coca-cola 
continua a conquistar as famílias 
do Brasil e do mundo, na sessão 
Eco desta edição vamos analisar 
os logos desssas gigantes de be-bidas 
8
Revista BAUHAUS 9
FOOD DESIGN 
Revista BAUHAUS 
O design design. sempre frequentou a 
cozinha. O mais comum, porém, é pensar na 
funcionalidade dos utensílios ou na apresen-tação 
dos pratos. Mas ele vai muito além da 
ergonomia dos talheres ou do visual escol-hido 
para a montagem de uma receita. 
“Comer é consumir design: ele está todos os 
dias em nossa mesa. O design faz parte da 
história da alimentação e, como ela, foi in-fluenciado 
por vários movimentos artísticos”, 
decreta Marc Brétillot, criador e professor 
do curso de design culinário da École Su-périeur 
dArt et de Design de Reims, uma 
referência na França. A concepção de al-guns 
produtos, segundo ele, faz parte da 
etimologia da palavra. É o caso de from-age, 
que vem da palavra “formage” - feito 
na fôrma. 
Arquitetos que viraram chefs, como Ana 
Soares, da Mesa III, estão entre aqueles 
que melhor elaboram formas e funcionali-dade. 
“Food design é trabalhar com as ad- 
10
Revista BAUHAUS 11 
versidades e usar o conhe-cimento 
para dar estrutura 
ao que se quer. Aprendi isso 
em Bolonha, há mais de uma 
década, quando estava me 
aperfeiçoando”, conta a 
chef. “Lá, tinha uma senhora 
de 80 anos que trabalhava 
no grupo da Marcella Ha-zan 
e me disse assim: 
Ouse, senhora Ana. A úni-ca 
coisa importante é man-ter 
a estrutura’.” Enquanto 
mostra como faz estampas 
nas massas, ela recorda 
um erro do qual extraiu boas lições. Foi quando 
preparou tortelli de zucca para uma festa co-mandada 
por Emmanuel Bassoleil e, na hora, a 
massa se abriu. “O recheio era muito úmido e a 
massa não tinha estrutura para suportar.” 
A questão da forma e do conteúdo está pre-sente 
desde os primórdios da chocolateria. As 
técnicas belgas usam mais moldes, e as france-sas, 
mais produtos banhados. “Os carrés, como 
diz o nome, têm o formato quadrado porque 
partimos do recheio. Fazemos o recheio numa 
fôrma grande e, quando cristaliza, cortamos 
quadradinhos que, depois, são banhados”, diz a 
chocolatière Renata Arassiro. 
Já as barras maciças devem ser mais finas 
para derreter na boca com rapidez. “Quem faz 
chocolate sabe que é assim, não pergunta por 
quê. Temos a noção de que todas as formas, que 
fazem parte da cultura do chocolate, foram de-senvolvidas 
para facilitar a degustação e maxi-mizar 
as sensações.” 
Design e funcionalidade convivem lado a lado 
na cozinha desde antes da Revolução Industrial. 
O que nem sempre se faz, entretanto, é uma 
reflexão sobre os motivos que levam a determi-nado 
resultado.
Adobe decide 
investir em 
software como 
serviço 
Revista BAUHAUS 
Empresa abandonou o sistema da venda fí-sica 
de seus aplicativos e passa a oferecê-los 
por meio de assinatura mensal, apostando no 
SAAS. 
Acompanhando uma tendência crescente no 
mercado de computação em nuvem, a Adobe 
lançou, nesta semana, um serviço de assinatura 
na nova atualização de seu Creative Cloud. 
De acordo com comunicado da empresa, a 
nova versão será a única forma através da 
qual os usuários poderão ter acesso às ferra-mentas 
da empresa, a partir de 17 de junho. 
A Creative Cloud reúne as ferramentas que o 
usuário possui e dá acesso a toda a sua equi-pe 
às versões mais recentes de todos os apli-cativos 
profissionais de criação próprios para 
desktop da Adobe, como Photoshop, o Illustra-tor 
e outros, além de novos recursos e atualiza-ções 
assim que estão disponíveis. 
A atualização do Creative Cloud inclui a nova 
geração de aplicações para desktop da Adobe 
– Adobe Photoshop CC, InDesign CC, Illustrator 
CC, Dreamweaver CC e Premiere Pro CC. As 
ferramentas de desktop da Adobe, conhecidas 
como Creative Suite (CS), vão passr a ter, a 
partir de agora, a marca CC para indicar que 
são parte integral do Creative Cloud. 
12
Nike pode lançar o primeiro tênis com 
cordões automáticos em 2015 
Em 2011, a Nike lançou o Air Mag, tênis de Marty Mcfly e vendeu 1,5 mil pares no eBay. 
Revista BAUHAUS 13 
Cordões tem origem no tênis do perso-nagem 
Marty McFly em “De Volta Para 
o Futuro - Parte II” 
A Nike pode lançar o primeiro tênis 
com cordões automáticos em 2015. Se-gundo 
informações do blog Sole Collec-tor, 
Tinker Hatfield, principal designer 
da empresa americana, confirmou que 
o tênis pode ser desenvolvido com em 
um ano. “Se nós vamos ver cordões au-tomáticos 
em 2015? Para isso, eu posso 
afirmar que sim”, disse Hatfield ao blog. 
Hatfield foi responsável pelos princi-pais 
tênis da empresa como Air Jordan, 
Air Max 1 e o Air Trainer. Em 2011, a Nike 
lançou o “Air Mag”, tênis de Marty Mcfly, 
personagem de Michael J.Fox em “De 
Volta Para o Futuro - Parte II” e vendeu 
1,5 mil pares no eBay; rendendo US$ 6 
milhões à fundação de Fox no combate 
ao Mal de Parkinson. No filme, o tênis ti-nha 
os cordões automáticos – até então 
peça de ficção.
Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets 
Revista BAUHAUS 
Foi a idéia do ilustrador 
Michael De Pippo, fanático 
pelos Muppets, e seus per-sonagens 
preferidos: a ban-da 
Dr. Teeth and the Elec-tric 
Mayhem composta por 
Dr. Teeth, Janice, Sgt. Floyd 
Pepper, Zoot e Animal. 
Pippo homenageou seus 
‘heróis do rock’ em car-tazes 
retrô com um visual 
bem limpo e poucas cores, 
que nos faz lembrar dos 
antigos cartazes de shows 
para anunciar um dos 
maiores shows do grupo, 
realizado em 1981. Ele 
salienta que os projetos 
não são licenciados pela 
Disney, pois é justamente 
uma criação de fã demon-strando 
toda a admiração 
pelos incríveis Muppets. 
14
Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Breaking Bad 
O artista gráfico Zsolt Molnár, após assistir a nossa série 
tão amada, teve a brilhante idéia de fazer um pôster 
para cada episódio de Breaking Bad (ou seja, 62 no to-tal) 
para homenagear a obra prima que acabara de ver. 
E o resultado disso ficou sensacional. 
Para isso, ele teve de assistir a série toda novamente. E 
a dedicação foi tamanha que, em média, ele viu os episó-dios 
umas 4-5 vezes, alguns até mais. Tendo finalizado 
a sua série de 62 cartazes em aproximadamente 400 
horas de trabalho. Completando cinco meses de trabalho. 
Revista BAUHAUS 15
CRATIVIDADE 
COLABORATIVA 
Hoje a arte enviada é do 
fotografo Rodrigues Neto 
de São Paulo, ele diz que a 
fotografia é incrível, per-mitindo 
paralisar o tempo 
e fazer do mesmo uma 
arte única e expressiva ‘‘é 
a minha intenção como 
fotógrafo’’ completa.
Brasil se iguala a europa em impressão 
Revista BAUHAUS 
flexografica 
A dinistradora de 
empresas Ana 
Carina Marcussi, pre-sidente 
executiva da 
Associação Brasileira 
Técnica de Flexogra-fia, 
Abflexo/FTA Brasil, 
garante que o País está entre os melhores 
do mundo em impressão flexográfica. “Nossa 
qualidade é comparada à da Europa e su-perior 
à dos Estados Unidos”, enfatiza. 
Representante comercial do Grupo Furnax 
e proprietária da Flexocom, Ana Marcussi 
aponta alguns desafios a serem vencidos 
pelo setor, como maior agilidade na produ-ção 
com redução de custos fabris e controle 
do processo de fabricação. 
Como a senhora avalia o crescimento da 
flexografia no Brasil? No ranking geral dos 
impressos de flexografia no mundo, que posi-ção 
o País ocupa? 
Ana Marcussi – Não existe um ranking glo-bal 
que nos mostre essa posição claramen-te; 
contudo, o que temos visto é que há um 
crescimento do uso da flexografia, tanto em 
banda larga quanto em banda estreita. Como 
o processo flexográfico evoluiu bastante nos 
últimos anos, principalmente em tecnologia, 
hoje é uma opção excelente de impressão 
para embalagens, rótulos e etiquetas, entre 
outros produtos. 
A flexo vem conseguindo imprimir produtos 
que até então eram feitos somente em roto-gravura 
ou offset. Exemplo disso são as em-balagens 
que exigem alta qualidade e que 
antes só era possível imprimir na roto. 
Em rótulos e etiquetas, também, muitos 
casos que antes usavam offset e serigrafia 
migraram para a flexo. O avanço da flexo 
deve-se à alta qualidade, melhores custos, 
processos industriais e materiais mais sus-tentáveis. 
Dos três segmentos de aplicação 
dessa tecnologia, a flexo tem maior atuação 
no de rótulos e etiquetas e caixas de papelão 
ondulado. Em flexíveis, a rotogravura ainda 
Ana Carina Marcussi 
20
Revista BAUHAUS 21 
abrange uma área maior, 
porém isso também é um 
bom sinal, ou seja, significa 
que podemos ganhar mais 
e mais espaço. Em quali-dade, 
o Brasil está entre 
os melhores do mundo em 
impressão flexográfica, se 
não é o melhor. Nossa qua-lidade 
é comparada à da 
Europa e superior à encon-trada 
nos Estados Unidos. 
E a tecnologia é a grande 
responsável pelo avanço 
da flexografia no País. 
Qual é hoje o percentual 
no Brasil e no mundo dos 
impressos feitos em flexo-grafia? 
AM – Não existe uma 
estatística do setor, que 
fica entre plástico, papel, 
papel-cartão e papelão 
ondulado. Em todas as pa-lestras 
realizadas por es-pecialistas 
aqui no Brasil e 
fora, os gráficos apontam 
para a estagnação do 
processo offset e da roto-gravura, 
cujo crescimento 
tem sido irrisório, segun-do 
afirmam. No entanto, 
a curva ascendente da 
flexografia é muito grande 
e continua em crescimen-to 
no mundo. No exterior, 
as leis são mais rígidas 
na questão de segurança 
de alimentos e do meio 
ambiente, principalmente. 
No Brasil, essa realidade 
ainda não chegou; aqui 
praticamente não existe 
impressão à base de água 
para embalagens flexíveis. 
O que existe no País em 
termos desse tipo de impressão à base 
de água é para etiquetas e embalagens 
de papelão ondulado (neste caso, 100% 
da impressão utiliza esse método). 
Qual o futuro da flexografia? 
AM – Atualmente, os preços dos equi-pamentos 
de flexografia estão muito pa-recidos 
com os de rotogravura. Lá atrás, 
o investimento em uma máquina para a 
produção de embalagens flexíveis em fle-xo 
era muito baixo e em roto, muito alto. 
Hoje, não é mais. O preço de uma má-quina 
flexográfica muito boa, sem engre-nagens, 
totalmente eletrônica e com alta 
tecnologia quase se equipara ao de uma 
impressora em rotogravura. Na verdade, 
essa é que perdeu valor comercial. A flexo 
cresceu demais no Brasil e de forma muito 
rápida. Estima-se que existem atualmente, 
no País, mais de 11 mil indústrias de plásti-co, 
que envolvem a flexo e a rotogravura. 
Qual será o grande desafio para a fle-xografia 
nos próximos anos? 
AM – O apelo ecológico é o grande 
desafio da flexografia, bem como dos 
demais processos de impressão. Hoje, a 
maior parte da impressão em flexo banda 
larga é feita com tintas à base de sol-vente. 
Em flexografia, a banda larga re-presenta 
o volume maior, em toneladas, 
e uma grande demanda, em quantidade. 
A grande dificuldade das empresas, seja 
em roto ou em flexo, é o uso de tinta à 
base de solvente. Há ainda a questão 
dos plásticos. O uso do plástico biodegra-dável 
é baixo: pouquíssimas empresas o 
utilizam porque ele é muito caro. Faltam 
cultura e leis mais rígidas para incentivar 
o uso da impressão à base de água ou 
outra que não cause tanto dano ao meio 
ambiente, como a tinta EB (cura por fei-xe 
de elétrons) e materiais mais susten-táveis. 
Mas esse movimento já começou, 
não só na flexografia. 
Quais são as principais 
metas da flexografia atu-almente? 
AM – Redução de des-perdícios, 
para diminuição 
dos custos fabris, melhoria 
contínua de qualidade de 
impressão e estabilidade 
de padrão de qualidade. 
Tudo isso está voltado ao 
controle total do processo 
e exige investimento em 
mão de obra mais qualifi-cada, 
treinamento, conhe-cimento 
e equipamentos 
de inspeção e medição. 
Como a senhora enxerga 
a concorrência entre roto-gravura 
e flexografia? 
AM – A rotogrwwavura é 
um processo mais antigo e 
tradicional e, por isso, mais 
conhecido pelas empresas 
que usam embalagens. A 
melhora de qualidade em 
flexografia aos poucos vai 
ecoando nos clientes finais 
e isso, com certeza, trará 
mais volume para a fle-xografia 
a médio e longo 
prazos. O apelo ambiental 
e com relação à susten-tabilidade 
faz com que a 
flexografia cresça frente à 
rotogravura. 
Como será a aceitação 
das tintas UV e de cura 
por electron beam para as 
embalagens? 
AM – As tintas UV ofere-cem 
melhor qualidade de
Revista BAUHAUS 
impressão e mais brilho, mas causam maior 
impacto ambiental quando comparadas à 
cura por EB, que ainda está em fase de 
desenvolvimento no mundo. Sua vantagem 
é a possibilidade de eliminar a laminação 
e a menor geração de compostos orgâ-nicos 
voláteis, além da melhoria na quali-dade 
de impressão. O desafio enfrentado 
são os custos, ainda muito altos. 
Quais as regiões de maior potencial 
para a flexografia no Brasil? 
AM – O Sul e o Sudeste têm um maior 
volume atualmente. Nessas regiões estão 
os estados com maior modernização e 
conhecimento técnico e tecnológico. São 
Paulo vem em primeiro lugar, seguido por 
Santa Catarina. A tecnologia electron 
beam já chegou em São Paulo, na Antilhas, 
a primeira gráfica a desenvolvê-la no País. 
Com certeza, outras empresas devem es-tar 
correndo atrás disso. O Nordeste tam-bém 
se destaca, devido ao alto consumo. 
A região está crescendo muito em volume, 
protegida pelo governo e impulsionada 
pelo aumento do poder aquisitivo da po-pulação. 
A senhora acredita que a flexografia 
seguirá a mesma tendência do offset, que 
absorveu os birôs de pré-impressão? As 
clicherias serão absorvidas pelos conver-tedores? 
AM – Não acredito nessa possibilida-de, 
pois são muitos convertedores médios 
e pequenos, e a tecnologia de cliche-ria 
ainda é muito cara. É um investimen-to 
contínuo, que exige altíssimo nível da 
mão de obra e controle. É bem mais ba-rato 
para o convertedor fazer parceria 
com uma clicheria para que seja aten-dido 
plenamente em suas necessidades. 
No Brasil as clicherias possuem um ótimo 
nível técnico. 
Quais as grandes dificuldades do con-vertedor 
de papelão ondulado? 
AM – É um mercado bem consolidado e 
as empresas têm dificuldades diferentes 
dependendo do seu porte. Em comum há o 
desafio da melhoria contínua na qualidade 
da impressão. Nas grandes empresas os 
investimentos são altos. Já no segmento 
coberto pelos pequenos e médios negó-cios, 
com a chegada das máquinas asiá-ticas 
no Brasil, foi possível elevar muito o 
nível de qualidade do produto final, com 
redução dos custos de fabricação. A difi-culdade 
de todos ainda é o conhecimento 
técnico e investimentos em mão de obra e 
capacitação. 
O que é importante hoje para se fazer 
um bom impresso em flexografia? 
AM – Ter um bom controle do processo, 
pois a flexo apresenta muitas variáveis. É 
necessário utilizar tecnologia de ponta, já 
que a flexografia chegou onde está muito 
por conta da tecnologia, que evoluiu muito, 
e de profissionais capacitados. 
Quais as competências exigidas de um 
profissional para atuar no mercado de fle-xografia? 
AM – Conhecimento técnico, experiên-cia 
e cabeça aberta para aprendizados 
e novas tecnologias. 
22
Um gelo 
sua noite. CRIAÇÃO: BRUNO AZEVEDO 
pra esquentar 
BEBA COM MODERAÇÃO, SE BEBER, NÃO DIRIJA.
TENHA 
LEMBRANÇAS 
ETERNAS... 
DAQUELES 
MOMENTOS 
INESQUECÍVEIS... 
PAPERFIX É O ÚNICO PAPEL 
FOTOGRÁFICO RESISTENTE 
A ÁGUA E AO TEMPO, 
PORQUE É REVESTIDO DE 
PLÁSTICO RECICLADO. 
ALÉM DE DURÁVEL,TRÁS 
UMA QUALIDADE INCRÍVEL 
PARA SUAS FOTOS, POR 
ISSO TEM O MELHOR CUSTO 
BENÉFICIO DO MERCADO. 
CRIAÇÃO:BRUNO AZEVEDO

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Revista Bauhaus

  • 1. Revista BAUHAUS 1 A importância da tipograa em um projeto gráco Ilustrador surpreende ao desenhar realísticamente no Ipad Coca ou Pepsi? Além do sabor marcante das duas,comparamos todos os logos Adobe muda política e decide vender software como serviço Flexograa no Brasil se iguala da europa REVISTA BAUHAUS/ ED 1. abril 2014 BAUHAUS revista O FOOD DESIGN CRESCE ASSIM COMO A EXIGIÊNCIA DOS CONSUMIDORES.
  • 2. SEMANA NACIONAL Cinearte apresenta Semana Nacional, durante toda a semana, filmes nacionais Revista BAUHAUS por menos de cinco reais. Venha prestígiar o que o cinema brasileiro tem de melhor. 2
  • 3. Uma foto por dia... O projeto “BH - UMA FOTO POR DIA” nasceu em junho de 2012 como uma forma de compilar em um blog as suas experiências diárias. Desde então, o portal não para de atrair adeptos, tanto de Belo Horizonte como de todo o Brasil. Empresário, fotógrafo, designer 3D e compositor de trilhas sonoras, Charles Tôrres é um grande admirador de fotografia e urbanidades; e sempre procura diluir tal fascínio em seus trabalhos. Ao longo de suas explorações, ele transcendeu as limitações e gêneros, sempre buscando criar novas tendências e descobrir novos caminhos. Apaixonado por música moderna, vida urbana e tecnologia, o artista condensa suas áreas de atuação em um único vetor, intencionado à sintetizar a vida metropolitana em uma forma de arte. Revista BAUHAUS 3 Tipografia 4 Projeto brinca com tipografia para revelar seus significados 5 A importância da tipografia para um projeto gráfico Ilustração 6Não é uma foto do Morgan Fre-eman, é uma ilustração feita no iPad 7Israelense usa o horário de almo-ço para desenhar em mesa de vidro do trabalho Índice Eco Design 8/9 Coca-Cola ou Pepsi? Design 10/11 Food Design Tecnologia 12 Adobe decide investir em sof-tware como serviço 13Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos em 2015 Poster 14 Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets 15Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Bre-aking Bad Portifólio 18/19 Criatividade colaborativa Impressão 20/23 Brasil se iguala a europa em impressão flexografica Expediente BAUHAUS Num. de tiragem.: 5.000 - Editor Chefe: Daniel Abreu - Diagramação e Produção: Bruno Azevedo - Fotografia: Fernanda Cristina - Redação: Isabela Fornéas - Planejamento: Jordy Lucas- Telefone de contato: (31) 3567-1017- Email: bauhaus@revista.com.br Site: www.bauhausrevista.com.br
  • 4. Projeto brinca com tipografia de palavras para revelar seus significados Da criação do designer Arun Raj, o ‘Tipography Word Play’ tem objetivo de ajudar as Revista BAUHAUS pessoas no aprendizado do inglês De um jeito bem minimalista, Raj cria representações gráficas do significado de cada palavra, usan-do a tipografia de cada uma. Por exemplo: o T de death vira uma cruz sobre um fundo preto, criando uma rápida associa-ção com a morte. O P de jump aparece um pouco acima do restante das letras, como se realmente estivesse pulando. Já o T de helicopter é uma hélice, enquanto as duas letras O de baloon estão flutuando. É tudo muito bem pensado e certamente poderia ser aplicado em diversos idiomas, como forma de ampliar o vocabulário. É tudo muito bem pensado e certamente poderia ser aplicado em diversos idiomas, como forma de ampliar o vocabulário. O projeto pessoal é executado sempre que sobra um tempo para o designer, então vale ficar de olho para novas atualizações. Em seu portifólio ( http://www.behance.net/arundesign ) é possível conferir todas as palavras, além de outros trabalhos assinados por ele. 4
  • 5. T I p o G R af IA A importância da tipografia para um projeto gráfico Revista BAUHAUS 5 Garota com síndrome de Down cria tipografia para o time Barcelona A espanhola Anna Vives vai viver em agosto um momento inesquecível, ela tem síndrome de Down, verá todos os jogadores do Barcelona entrarem em campo usando a camisa com a tipografia criada por ela. A ideia surgiu da própria jovem e rece-beu total apoio do time espanhol. A a estreia do novo uniforme será durante o Troféu Joan Gamper, um torneio amistoso internacional de futebol interclubes disputado anualmente na CatalunhaO apoio tem permitido, entre outras coisas, que a jovem conheça os jogadores da equipe, incluindo seu maior ídolo, Andres Iniesta, o meio-campo O typedesigner Crystian Cruz, diretor de arte da revista Info, mostrou a im-portância da tipografia em um projeto gráfico, aos alunos da FAU da ECA-USP presentes na Semana Plug: de Design. Especialista em fontes, Crystian as estuda, como autodidata, há 10 anos. “É essencial saber qual o tipo certo de fonte para se utilizar em cada pro-jeto. Seja ele editorial ou não”,diz. Tipos e tipos A tipografia é essencial para um bom projeto gráfico, es-pecialmente no meio edito-rial. Nas revistas, a disposição das letras é responsável por chamar a atenção do leitor e prendê-lo à matéria. “Quando uma matéria está mal dia-gramada, você vê que tem algo errado. A leitura não flui. Você acha que o texto está chato. Mas o problema, muitas vezes, é da tipografia, não da reportagem”, diz Crystian. No caso dos livros, ela é impor-tante até mesmo para reduzir o tempo de leitura. Tanto mais legível a a letra,tanto melhor. Do básico ao avançado A tipografia é impor-tantíssima para hierar-quizar os elementos de uma página. Retrancas, chapéus, títulos, subtítu-los, assinaturas, capitu-lares, textos, quadros, boxes, legendas, tabe-las, rodapés e créditos precisam ser inteligíveis para o leitor, que precisa entender sem grandes esforços a função e im-portância de cada um. Mas, a tipografia pode ir muito além. Ela tam-bém é usada para contar histórias de uma maneira mais visual. Nos anos 90, as mídias digitais, com os primeiros softwares de editoração eletrôni-ca, deram nova abertura aos typedesigners, que puderam fazer trabalhos mais autorais. Contudo, é importante ter bom sen-so. “Tem que levar em conta qual é o momento, qual é o perfil da revista, o que dá para ser feito e o que não dá”, diz Crys-tian.
  • 6. Não é uma foto do Morgan Freeman, é uma ilustração feita no iPad Revista BAUHAUS Caso você não esteja convencido, basta assistir ao vídeo disponível no You Tube. É uma ilustração feita em um iPad usando apenas um dedo. A pintura do rosto do ator norte-americano Morgan Freeman foi feita pelo artista plástico Kyle Lambert, de 26 anos, de Chesire, cidade do interior da Inglaterra. O desenho foi feito com 285 mil toques de pincel feitos com o dedo na tela do iPad e levou mais de 200 horas de traba-lho para ser realizado apenas nos “ajustes finos” da pintura: olhos, cabelo, pintas, textu-ra da barba e outros detalhes da face de Freeman. Para conseguir essa precisão, ele ampliou o desenho ao nível dos pixels. Igualmente fantástico é o vídeo criado por Lambert para mostrar o processo de criação do desenho. O vídeo já atingiu mais de 2,7 milhões de visualizações no YouTube em apenas 24 horas depois de ser postado na rede social de vídeos do Google. Que coisa linda não é? Disponível em: http://youtu.be/uEdRLlqdgA4 6
  • 7. ILUSTRADO Israelense usa o horário de almoço para desenhar em mesa de vidro do trabalho Para muita gente, o horário do almoço é sagrado: sentar para comer sem ninguém perturbando por perto. Tem uns que até fazem suas orações antes da refeição. Já outros, gostam de sair com a galera pra bater aquele papo e até falar mal do chefe! Mas encontramos alguém que é totalmente diferente. O israelense Zur Taman é um ilustrador, e na agência em que trabalha, usa a sua própria mesa para se inspirar. Isso mes-mo, para ele, o horário de almoço é para desenhar! Em seus rabiscos simples sobre a superfície lisa de vidro, ele dá vida à diversos personagens. Provavelmente, a mesa é de vidro para ele desenhar. Revista BAUHAUS 7 DESIGN
  • 8. Revista BAUHAUS Uma rival forte e agressiva para a Coca-Cola, que busca na nova geração sua gama de con-sumidores. PEPSI é uma marca autentica cada vez mais perce-bida pelos consumidores como inovadora, porém a coca-cola continua a conquistar as famílias do Brasil e do mundo, na sessão Eco desta edição vamos analisar os logos desssas gigantes de be-bidas 8
  • 10. FOOD DESIGN Revista BAUHAUS O design design. sempre frequentou a cozinha. O mais comum, porém, é pensar na funcionalidade dos utensílios ou na apresen-tação dos pratos. Mas ele vai muito além da ergonomia dos talheres ou do visual escol-hido para a montagem de uma receita. “Comer é consumir design: ele está todos os dias em nossa mesa. O design faz parte da história da alimentação e, como ela, foi in-fluenciado por vários movimentos artísticos”, decreta Marc Brétillot, criador e professor do curso de design culinário da École Su-périeur dArt et de Design de Reims, uma referência na França. A concepção de al-guns produtos, segundo ele, faz parte da etimologia da palavra. É o caso de from-age, que vem da palavra “formage” - feito na fôrma. Arquitetos que viraram chefs, como Ana Soares, da Mesa III, estão entre aqueles que melhor elaboram formas e funcionali-dade. “Food design é trabalhar com as ad- 10
  • 11. Revista BAUHAUS 11 versidades e usar o conhe-cimento para dar estrutura ao que se quer. Aprendi isso em Bolonha, há mais de uma década, quando estava me aperfeiçoando”, conta a chef. “Lá, tinha uma senhora de 80 anos que trabalhava no grupo da Marcella Ha-zan e me disse assim: Ouse, senhora Ana. A úni-ca coisa importante é man-ter a estrutura’.” Enquanto mostra como faz estampas nas massas, ela recorda um erro do qual extraiu boas lições. Foi quando preparou tortelli de zucca para uma festa co-mandada por Emmanuel Bassoleil e, na hora, a massa se abriu. “O recheio era muito úmido e a massa não tinha estrutura para suportar.” A questão da forma e do conteúdo está pre-sente desde os primórdios da chocolateria. As técnicas belgas usam mais moldes, e as france-sas, mais produtos banhados. “Os carrés, como diz o nome, têm o formato quadrado porque partimos do recheio. Fazemos o recheio numa fôrma grande e, quando cristaliza, cortamos quadradinhos que, depois, são banhados”, diz a chocolatière Renata Arassiro. Já as barras maciças devem ser mais finas para derreter na boca com rapidez. “Quem faz chocolate sabe que é assim, não pergunta por quê. Temos a noção de que todas as formas, que fazem parte da cultura do chocolate, foram de-senvolvidas para facilitar a degustação e maxi-mizar as sensações.” Design e funcionalidade convivem lado a lado na cozinha desde antes da Revolução Industrial. O que nem sempre se faz, entretanto, é uma reflexão sobre os motivos que levam a determi-nado resultado.
  • 12. Adobe decide investir em software como serviço Revista BAUHAUS Empresa abandonou o sistema da venda fí-sica de seus aplicativos e passa a oferecê-los por meio de assinatura mensal, apostando no SAAS. Acompanhando uma tendência crescente no mercado de computação em nuvem, a Adobe lançou, nesta semana, um serviço de assinatura na nova atualização de seu Creative Cloud. De acordo com comunicado da empresa, a nova versão será a única forma através da qual os usuários poderão ter acesso às ferra-mentas da empresa, a partir de 17 de junho. A Creative Cloud reúne as ferramentas que o usuário possui e dá acesso a toda a sua equi-pe às versões mais recentes de todos os apli-cativos profissionais de criação próprios para desktop da Adobe, como Photoshop, o Illustra-tor e outros, além de novos recursos e atualiza-ções assim que estão disponíveis. A atualização do Creative Cloud inclui a nova geração de aplicações para desktop da Adobe – Adobe Photoshop CC, InDesign CC, Illustrator CC, Dreamweaver CC e Premiere Pro CC. As ferramentas de desktop da Adobe, conhecidas como Creative Suite (CS), vão passr a ter, a partir de agora, a marca CC para indicar que são parte integral do Creative Cloud. 12
  • 13. Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos em 2015 Em 2011, a Nike lançou o Air Mag, tênis de Marty Mcfly e vendeu 1,5 mil pares no eBay. Revista BAUHAUS 13 Cordões tem origem no tênis do perso-nagem Marty McFly em “De Volta Para o Futuro - Parte II” A Nike pode lançar o primeiro tênis com cordões automáticos em 2015. Se-gundo informações do blog Sole Collec-tor, Tinker Hatfield, principal designer da empresa americana, confirmou que o tênis pode ser desenvolvido com em um ano. “Se nós vamos ver cordões au-tomáticos em 2015? Para isso, eu posso afirmar que sim”, disse Hatfield ao blog. Hatfield foi responsável pelos princi-pais tênis da empresa como Air Jordan, Air Max 1 e o Air Trainer. Em 2011, a Nike lançou o “Air Mag”, tênis de Marty Mcfly, personagem de Michael J.Fox em “De Volta Para o Futuro - Parte II” e vendeu 1,5 mil pares no eBay; rendendo US$ 6 milhões à fundação de Fox no combate ao Mal de Parkinson. No filme, o tênis ti-nha os cordões automáticos – até então peça de ficção.
  • 14. Artísta cria projeto de posters retrô da série Os Muppets Revista BAUHAUS Foi a idéia do ilustrador Michael De Pippo, fanático pelos Muppets, e seus per-sonagens preferidos: a ban-da Dr. Teeth and the Elec-tric Mayhem composta por Dr. Teeth, Janice, Sgt. Floyd Pepper, Zoot e Animal. Pippo homenageou seus ‘heróis do rock’ em car-tazes retrô com um visual bem limpo e poucas cores, que nos faz lembrar dos antigos cartazes de shows para anunciar um dos maiores shows do grupo, realizado em 1981. Ele salienta que os projetos não são licenciados pela Disney, pois é justamente uma criação de fã demon-strando toda a admiração pelos incríveis Muppets. 14
  • 15. Já outro... criou um pôster para cada episódio da série Breaking Bad O artista gráfico Zsolt Molnár, após assistir a nossa série tão amada, teve a brilhante idéia de fazer um pôster para cada episódio de Breaking Bad (ou seja, 62 no to-tal) para homenagear a obra prima que acabara de ver. E o resultado disso ficou sensacional. Para isso, ele teve de assistir a série toda novamente. E a dedicação foi tamanha que, em média, ele viu os episó-dios umas 4-5 vezes, alguns até mais. Tendo finalizado a sua série de 62 cartazes em aproximadamente 400 horas de trabalho. Completando cinco meses de trabalho. Revista BAUHAUS 15
  • 16. CRATIVIDADE COLABORATIVA Hoje a arte enviada é do fotografo Rodrigues Neto de São Paulo, ele diz que a fotografia é incrível, per-mitindo paralisar o tempo e fazer do mesmo uma arte única e expressiva ‘‘é a minha intenção como fotógrafo’’ completa.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Brasil se iguala a europa em impressão Revista BAUHAUS flexografica A dinistradora de empresas Ana Carina Marcussi, pre-sidente executiva da Associação Brasileira Técnica de Flexogra-fia, Abflexo/FTA Brasil, garante que o País está entre os melhores do mundo em impressão flexográfica. “Nossa qualidade é comparada à da Europa e su-perior à dos Estados Unidos”, enfatiza. Representante comercial do Grupo Furnax e proprietária da Flexocom, Ana Marcussi aponta alguns desafios a serem vencidos pelo setor, como maior agilidade na produ-ção com redução de custos fabris e controle do processo de fabricação. Como a senhora avalia o crescimento da flexografia no Brasil? No ranking geral dos impressos de flexografia no mundo, que posi-ção o País ocupa? Ana Marcussi – Não existe um ranking glo-bal que nos mostre essa posição claramen-te; contudo, o que temos visto é que há um crescimento do uso da flexografia, tanto em banda larga quanto em banda estreita. Como o processo flexográfico evoluiu bastante nos últimos anos, principalmente em tecnologia, hoje é uma opção excelente de impressão para embalagens, rótulos e etiquetas, entre outros produtos. A flexo vem conseguindo imprimir produtos que até então eram feitos somente em roto-gravura ou offset. Exemplo disso são as em-balagens que exigem alta qualidade e que antes só era possível imprimir na roto. Em rótulos e etiquetas, também, muitos casos que antes usavam offset e serigrafia migraram para a flexo. O avanço da flexo deve-se à alta qualidade, melhores custos, processos industriais e materiais mais sus-tentáveis. Dos três segmentos de aplicação dessa tecnologia, a flexo tem maior atuação no de rótulos e etiquetas e caixas de papelão ondulado. Em flexíveis, a rotogravura ainda Ana Carina Marcussi 20
  • 21. Revista BAUHAUS 21 abrange uma área maior, porém isso também é um bom sinal, ou seja, significa que podemos ganhar mais e mais espaço. Em quali-dade, o Brasil está entre os melhores do mundo em impressão flexográfica, se não é o melhor. Nossa qua-lidade é comparada à da Europa e superior à encon-trada nos Estados Unidos. E a tecnologia é a grande responsável pelo avanço da flexografia no País. Qual é hoje o percentual no Brasil e no mundo dos impressos feitos em flexo-grafia? AM – Não existe uma estatística do setor, que fica entre plástico, papel, papel-cartão e papelão ondulado. Em todas as pa-lestras realizadas por es-pecialistas aqui no Brasil e fora, os gráficos apontam para a estagnação do processo offset e da roto-gravura, cujo crescimento tem sido irrisório, segun-do afirmam. No entanto, a curva ascendente da flexografia é muito grande e continua em crescimen-to no mundo. No exterior, as leis são mais rígidas na questão de segurança de alimentos e do meio ambiente, principalmente. No Brasil, essa realidade ainda não chegou; aqui praticamente não existe impressão à base de água para embalagens flexíveis. O que existe no País em termos desse tipo de impressão à base de água é para etiquetas e embalagens de papelão ondulado (neste caso, 100% da impressão utiliza esse método). Qual o futuro da flexografia? AM – Atualmente, os preços dos equi-pamentos de flexografia estão muito pa-recidos com os de rotogravura. Lá atrás, o investimento em uma máquina para a produção de embalagens flexíveis em fle-xo era muito baixo e em roto, muito alto. Hoje, não é mais. O preço de uma má-quina flexográfica muito boa, sem engre-nagens, totalmente eletrônica e com alta tecnologia quase se equipara ao de uma impressora em rotogravura. Na verdade, essa é que perdeu valor comercial. A flexo cresceu demais no Brasil e de forma muito rápida. Estima-se que existem atualmente, no País, mais de 11 mil indústrias de plásti-co, que envolvem a flexo e a rotogravura. Qual será o grande desafio para a fle-xografia nos próximos anos? AM – O apelo ecológico é o grande desafio da flexografia, bem como dos demais processos de impressão. Hoje, a maior parte da impressão em flexo banda larga é feita com tintas à base de sol-vente. Em flexografia, a banda larga re-presenta o volume maior, em toneladas, e uma grande demanda, em quantidade. A grande dificuldade das empresas, seja em roto ou em flexo, é o uso de tinta à base de solvente. Há ainda a questão dos plásticos. O uso do plástico biodegra-dável é baixo: pouquíssimas empresas o utilizam porque ele é muito caro. Faltam cultura e leis mais rígidas para incentivar o uso da impressão à base de água ou outra que não cause tanto dano ao meio ambiente, como a tinta EB (cura por fei-xe de elétrons) e materiais mais susten-táveis. Mas esse movimento já começou, não só na flexografia. Quais são as principais metas da flexografia atu-almente? AM – Redução de des-perdícios, para diminuição dos custos fabris, melhoria contínua de qualidade de impressão e estabilidade de padrão de qualidade. Tudo isso está voltado ao controle total do processo e exige investimento em mão de obra mais qualifi-cada, treinamento, conhe-cimento e equipamentos de inspeção e medição. Como a senhora enxerga a concorrência entre roto-gravura e flexografia? AM – A rotogrwwavura é um processo mais antigo e tradicional e, por isso, mais conhecido pelas empresas que usam embalagens. A melhora de qualidade em flexografia aos poucos vai ecoando nos clientes finais e isso, com certeza, trará mais volume para a fle-xografia a médio e longo prazos. O apelo ambiental e com relação à susten-tabilidade faz com que a flexografia cresça frente à rotogravura. Como será a aceitação das tintas UV e de cura por electron beam para as embalagens? AM – As tintas UV ofere-cem melhor qualidade de
  • 22. Revista BAUHAUS impressão e mais brilho, mas causam maior impacto ambiental quando comparadas à cura por EB, que ainda está em fase de desenvolvimento no mundo. Sua vantagem é a possibilidade de eliminar a laminação e a menor geração de compostos orgâ-nicos voláteis, além da melhoria na quali-dade de impressão. O desafio enfrentado são os custos, ainda muito altos. Quais as regiões de maior potencial para a flexografia no Brasil? AM – O Sul e o Sudeste têm um maior volume atualmente. Nessas regiões estão os estados com maior modernização e conhecimento técnico e tecnológico. São Paulo vem em primeiro lugar, seguido por Santa Catarina. A tecnologia electron beam já chegou em São Paulo, na Antilhas, a primeira gráfica a desenvolvê-la no País. Com certeza, outras empresas devem es-tar correndo atrás disso. O Nordeste tam-bém se destaca, devido ao alto consumo. A região está crescendo muito em volume, protegida pelo governo e impulsionada pelo aumento do poder aquisitivo da po-pulação. A senhora acredita que a flexografia seguirá a mesma tendência do offset, que absorveu os birôs de pré-impressão? As clicherias serão absorvidas pelos conver-tedores? AM – Não acredito nessa possibilida-de, pois são muitos convertedores médios e pequenos, e a tecnologia de cliche-ria ainda é muito cara. É um investimen-to contínuo, que exige altíssimo nível da mão de obra e controle. É bem mais ba-rato para o convertedor fazer parceria com uma clicheria para que seja aten-dido plenamente em suas necessidades. No Brasil as clicherias possuem um ótimo nível técnico. Quais as grandes dificuldades do con-vertedor de papelão ondulado? AM – É um mercado bem consolidado e as empresas têm dificuldades diferentes dependendo do seu porte. Em comum há o desafio da melhoria contínua na qualidade da impressão. Nas grandes empresas os investimentos são altos. Já no segmento coberto pelos pequenos e médios negó-cios, com a chegada das máquinas asiá-ticas no Brasil, foi possível elevar muito o nível de qualidade do produto final, com redução dos custos de fabricação. A difi-culdade de todos ainda é o conhecimento técnico e investimentos em mão de obra e capacitação. O que é importante hoje para se fazer um bom impresso em flexografia? AM – Ter um bom controle do processo, pois a flexo apresenta muitas variáveis. É necessário utilizar tecnologia de ponta, já que a flexografia chegou onde está muito por conta da tecnologia, que evoluiu muito, e de profissionais capacitados. Quais as competências exigidas de um profissional para atuar no mercado de fle-xografia? AM – Conhecimento técnico, experiên-cia e cabeça aberta para aprendizados e novas tecnologias. 22
  • 23. Um gelo sua noite. CRIAÇÃO: BRUNO AZEVEDO pra esquentar BEBA COM MODERAÇÃO, SE BEBER, NÃO DIRIJA.
  • 24. TENHA LEMBRANÇAS ETERNAS... DAQUELES MOMENTOS INESQUECÍVEIS... PAPERFIX É O ÚNICO PAPEL FOTOGRÁFICO RESISTENTE A ÁGUA E AO TEMPO, PORQUE É REVESTIDO DE PLÁSTICO RECICLADO. ALÉM DE DURÁVEL,TRÁS UMA QUALIDADE INCRÍVEL PARA SUAS FOTOS, POR ISSO TEM O MELHOR CUSTO BENÉFICIO DO MERCADO. CRIAÇÃO:BRUNO AZEVEDO