O documento discute os diferentes tipos e modalidades da atividade racional humana, incluindo a intuição sensível e intelectual, a razão discursiva por meio da dedução, indução e abdução, e as posições filosóficas do realismo e idealismo sobre a natureza da razão.
2. A atividade racional
• Princípios da razão
• A razão no cotidiano
• As modalidades da
atividade racional
• A intuição: é uma
compreensão completa e
imediata de um objeto ou
de um fato.
Ana
Macedo/Futura
Press
Quando vamos comprar
legumes, entramos em
contato com suas
características sensíveis; com
isso, percebemos se está
verde ou maduro; pela
disponibilidade, pela
qualidade e pelo preço do
legume, podemos imaginar se
é época de safra e se esta foi
boa ou ruim; a partir daí,
podemos pensar nas
consequências disso para o
produtor daquele legume.
Assim, em uma simples ação
do dia a dia, desempenhamos
diferentes modalidades de
atividade racional. Na
imagem, mulher escolhe
legumes em feira, em
Salvador (BA), em 2015.
3. A atividade racional
Gerson
Gerloff/Pulsar
Imagens
• Intuição racional pode ser de dois tipos:
• Intuição sensível ou empírica
• Intuição intelectual.
• Os tipos de intuição
Quando um gato se aproxima de
nós, num só ato, captamos que ele
é um gato: vemos seu formato,
percebemos sua posição no
espaço, reconhecemos a textura
de seu pelo, aspiramos seu cheiro,
o ouvimos arfar, ronronar; temos
o gato por inteiro e de uma só vez
na intuição empírica. Foto de
2014, em Salto do Jacuí (RS).
4. A atividade racional
• Mito da caverna
Liberati/Acervo
do
artista
• Dois exemplos mais célebres de
intuição intelectual encontram-
se em Platão século IV a.C e em
Descartes século XVII.
• O cogito artesiano:cogito em
latim o verbo cogitare significa
pensar cogito é a primeira
pessoa do singular
Caricatura do cartunista Liberati
que retrata o filósofo e
matemático francês René
Descartes, tendo ao fundo uma
de suas contribuições à
Matemática, o plano cartesiano.
A filosofia do cogito baseia-se
na dúvida metódica,
instrumento que visa alcançar
princípios indubitáveis, tais
como “Penso, logo existo”.
5. A atividade racional
• A razão discursiva: dedução, indução e abdução
André
Dib/Pulsar
Imagens
• Razão discursiva ou o
raciocínio: ao contrário
da intuição o raciocínio é
o conhecimento que
exige provas e
demonstrações e se
realiza igualmente
Pedra do Ingá, em Ingá (PB), com inscrições rupestres (as itacoatiaras). Foto de 2014. O arqueólogo parte de
indícios para depois chegar a uma conclusão sobre fatos e hábitos de outras épocas históricas.
6. A atividade racional
• Dedução e Indução
• A dedução: consiste em partir de
uma verdade já conhecida e que
funciona como um princípio
geral.
• A indução: realiza um caminho
exatamente inverso ao da
dedução.
• A abdução
7. A atividade racional
• Peirce e os procedimentos racionais
SPL/Latinstock
• Dedução: Todos os feijões desta
saca são brancos
• Indução: Estes feijões eram desta
saca
• Abdução: Todos os feijões desta
saca são brancos
Charles Sanders Peirce também exemplificou sua teoria da abdução com
o cálculo da órbita de Marte pelo astrônomo alemão Johannes Kepler
(1571-1630). Ao notar que as posições de Marte não coincidiam com
uma órbita circular, Kepler supôs que essa órbita era elíptica, o que
posteriormente comprovou em cálculos mais precisos.
8. A atividade racional
• Realismo e Idealismo
Science Photo Library/Latinstock
• Realismo a posição filosófica
que afirma a existência da razão
objetiva
• Idealismo afirma apenas a
existência da razão subjetiva
• A razão subjetiva possui
princípios e modalidades
Representação do
modelo molecular da
melamina. Os
procedimentos da
Química orgânica
combinam aspectos
relacionados ao
realismo (por
exemplo, a suposição
da existência de
massa e quantidade
das substâncias) e ao
idealismo (formulando
hipóteses para aquilo
que não pode ser
diretamente
observado).
9. A atividade racional
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• Continuidade: A teoria crítica afirma que
existe a continuidade temporal ou
histórica entre as formas da
racionalidade.
• Descontinuidade
• O valor da razão
• A razão na filosofia contemporânea continuidade ou descontinuidade?
Metalúrgicas em Sheffield, Inglaterra, no início do século XX. De
acordo com os filósofos influenciados pelo estruturalismo, não é
possível falar em progresso ou retrocesso da razão, pois a história
é descontínua.