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ROMANTISMO
EROS E PSIQUÊ
EROS E PSIQUÊ (FERNANDO PESSOA)
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino —
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não
tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira
tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos
pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e
não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não
trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se
irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:1-7
Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas"
Olavo Bilac
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!
CONTEXTO HISTÓRICO
 Segunda metade do século XVIII
 Revolução Francesa
 Ascenção da burguesia
 A estética da revolução, da rebeldia e do
inconformismo
CARACTERÍSTICAS
 Nacionalismo
 Individualismo
 Subjetivismo/ Egocentrismo
 Sentimentalismo exacerbado
 Idealização
 Grotesco X Sublime
 Volta ao passado medieval
 Amor cortês
 Vassalagem amorosa
 Erotismo
 Evasão na morte ou nos sonhos
 Literatura Gótica
 Desejo X Refreamento
 Eros e Thânatos
O
ROMANTISMO
NA EUROPA
 Sturm und Drang (tempestade
e ímpeto) foi um movimento
literário romântico alemão, que
ocorreu no período entre 1760
a 1780.
 Os autores desse movimento
postulavam uma poesia
mística, selvagem,
espontânea, em última
instância quase primitiva, onde
o que realmente tinha valor era
o Empfindung, o efeito da
emoção, imediato e poderoso:
emoção acima da razão.
INGLATERRA E FRANÇA
Românticos
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o
outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com
baladas
Que amam sem
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
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Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

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O Amor é fogo que arde sem se ver

  • 2.
  • 3.
  • 5. EROS E PSIQUÊ (FERNANDO PESSOA) Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera. Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado. Ele dela é ignorado. Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o Destino — Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E, vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora. E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era A Princesa que dormia.
  • 6. Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?
  • 7. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:1-7
  • 8. Via Láctea "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto A Via Láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e entender estrelas" Olavo Bilac
  • 9. Por ser exato O amor não cabe em si Por ser encantado O amor revela-se Por ser amor Invade E fim!
  • 10. CONTEXTO HISTÓRICO  Segunda metade do século XVIII  Revolução Francesa  Ascenção da burguesia  A estética da revolução, da rebeldia e do inconformismo
  • 11. CARACTERÍSTICAS  Nacionalismo  Individualismo  Subjetivismo/ Egocentrismo  Sentimentalismo exacerbado  Idealização  Grotesco X Sublime  Volta ao passado medieval  Amor cortês  Vassalagem amorosa  Erotismo  Evasão na morte ou nos sonhos  Literatura Gótica  Desejo X Refreamento  Eros e Thânatos
  • 12. O ROMANTISMO NA EUROPA  Sturm und Drang (tempestade e ímpeto) foi um movimento literário romântico alemão, que ocorreu no período entre 1760 a 1780.  Os autores desse movimento postulavam uma poesia mística, selvagem, espontânea, em última instância quase primitiva, onde o que realmente tinha valor era o Empfindung, o efeito da emoção, imediato e poderoso: emoção acima da razão.
  • 14. Românticos Românticos são poucos Românticos são loucos Desvairados Que querem ser o outro Que pensam que o outro É o paraíso... Românticos são lindos Românticos são limpos E pirados Que choram com baladas Que amam sem São tipos populares Que vivem pelos bares E mesmo certos Vão pedir perdão Que passam a noite em claro Conhecem o gosto raro De amar sem medo De outra desilusão... Romântico É uma espécie em extinção! Romântico É uma espécie em extinção!