2. • Doenças sexualmente transmissíveis (ou DST) ou Infecção
sexualmente transmissível (ou IST) é a designação pela qual é
conhecida uma categoria de patologias antigamente conhecidas como
doenças venéreas. São doenças infecciosas que se transmitem
essencialmente (porém não de forma exclusiva) pelo contato sexual. O
uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida mais
eficiente para prevenir a contaminação e impedir sua disseminação.
• Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas)
estão envolvidos na contaminação por DST, gerando diferentes
manifestações, como feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
• Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando
tratadas corretamente. Outras são de tratamento difícil ou permanecem
latentes, apesar da falsa sensação de melhora. As mulheres representam
um grupo que deve receber especial atenção, uma vez que em
diferentes casos de DST os sintomas levam tempo para tornarem-se
perceptíveis ou confundem-se com as reações orgânicas comuns de seu
organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida sexual
ativa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde.
• Certas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir
para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais,
malformações congênitas, e aborto (no caso de gestantes), câncer e até a
morte.
3. Cancro Duro - SífilisCancro Duro - Sífilis
Doença infecto-contagiosa sistêmica (acometeDoença infecto-contagiosa sistêmica (acomete
todo o organismo), que evolui de forma crônicatodo o organismo), que evolui de forma crônica
(lenta) e que tem períodos de acutização(lenta) e que tem períodos de acutização
(manifesta-se agudamente) e períodos de(manifesta-se agudamente) e períodos de
latência (sem manifestações). Podelatência (sem manifestações). Pode
comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos,comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos,
ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso).ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso).
De acordo com algumas características de suaDe acordo com algumas características de sua
evolução a sífilis divide-se em Primária,evolução a sífilis divide-se em Primária,
Secundária, Latente e Terciária ou Tardia.Secundária, Latente e Terciária ou Tardia.
Quando transmitida da mãe para o feto éQuando transmitida da mãe para o feto é
chamada de Sífilis Congênita.chamada de Sífilis Congênita.
4. O importante a ser considerado aqui é a sua lesão
primária, também chamada de cancro de inoculação
(cancro duro), que é a porta de entrada do agente no
organismo da pessoa.
Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro)
não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com
a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de
secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que
pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo
e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no
homem, mas que pode também ser encontrada nos
dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente
também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em
geral passa desapercebida. O cancro usualmente
desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes.
Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do
cancro, as reações sorológicas (exames realizados no
sangue) para sífilis tornam-se positivas.
5. Sífilis Secundária: é caracterizada pelaSífilis Secundária: é caracterizada pela
disseminação dos treponemas pelodisseminação dos treponemas pelo
organismo e ocorre de 4 a 8 semanas doorganismo e ocorre de 4 a 8 semanas do
aparecimento do cancro. Asaparecimento do cancro. As
manifestações nesta fase sãomanifestações nesta fase são
essencialmente dermatológicas e asessencialmente dermatológicas e as
reações sorológicas continuam positivas.reações sorológicas continuam positivas.
Sífilis Latente: nesta fase não existemSífilis Latente: nesta fase não existem
manifestações visíveis mas as reaçõesmanifestações visíveis mas as reações
sorológicas continuam positivas.sorológicas continuam positivas.
6. Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é consideradaSífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada
tardia após o primeiro ano de evolução emtardia após o primeiro ano de evolução em
pacientes não tratados ou inadequadamentepacientes não tratados ou inadequadamente
tratados. Apresentam-se após um períodotratados. Apresentam-se após um período
variável de latência sob a forma cutânea, óssea,variável de latência sob a forma cutânea, óssea,
cardiovascular, nervosa etc. As reaçõescardiovascular, nervosa etc. As reações
sorológicas continuam positivas também nestasorológicas continuam positivas também nesta
fase.fase.
Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto peloSífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo
Treponema por via transplacentária, a partir doTreponema por via transplacentária, a partir do
quarto mes da gestação. As manifestações daquarto mes da gestação. As manifestações da
doença, na maioria dos casos, estão presentesdoença, na maioria dos casos, estão presentes
já nos primeiros dias de vida e podem assumirjá nos primeiros dias de vida e podem assumir
formas graves, inclusive podendo levar ao óbitoformas graves, inclusive podendo levar ao óbito
da criança.da criança.
7. SinônimosSinônimos
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.
AgenteAgente
Treponema pallidumTreponema pallidum
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixoAbôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo
peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal.peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal.
Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
TransmissãoTransmissão
Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão deRelação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de
sangue contaminado, transplacentária (a partir do quartosangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto
mês de gestação). Eventualmente através de fômites.mês de gestação). Eventualmente através de fômites.
8. Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.
DiagnósticoDiagnóstico
Pesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicosPesquisa direta do agente nas lesões. Exames sorológicos
(VDRL, FTA-ABS etc)(VDRL, FTA-ABS etc)
TratamentoTratamento
Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce eMedicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e
adequadamente.adequadamente.
PrevençãoPrevenção
Camisinha pode proteger da contaminação genital se aCamisinha pode proteger da contaminação genital se a
lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual selesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se
detectar lesão genital no(a) parceiro(a).detectar lesão genital no(a) parceiro(a).
9.
10. CandidíaseCandidíase
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma dasA candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das
causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se porcausas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por
prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pelaprurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela
eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos,eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos,
semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vaginasemelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina
encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadasencontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas
(avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região(avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região
perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemiaperianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia
da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leveda glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve
edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em formaedema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma
de pontos), avermelhadas e pruriginosas.de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezesNa maioria das vezes
não é uma doença de transmissão sexualnão é uma doença de transmissão sexual . Em geral está. Em geral está
relacionada com a diminuição da resistência do organismo darelacionada com a diminuição da resistência do organismo da
pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimentopessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento
da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivosda infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos
(anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos(anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos
imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias doimunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do
organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.
11. SinônimosSinônimos
Monilíase, Micose por cândida,Monilíase, Micose por cândida, SapinhoSapinho
AgenteAgente
Candida albicans e outros.Candida albicans e outros.
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmicaSão raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica
(especialmente em imunodeprimidos).(especialmente em imunodeprimidos).
12. TransmissãoTransmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreçõesOcorre transmissão pelo contato com secreções
provenientes da boca, pele, vagina e dejetos deprovenientes da boca, pele, vagina e dejetos de
doentes ou portadores. A transmissão da mãedoentes ou portadores. A transmissão da mãe
para o recém-nascido (transmissão vertical)para o recém-nascido (transmissão vertical)
pode ocorrer durante o parto.pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, istoA infecção, em geral, é primária na mulher, isto
é, desenvolve-se em razão de fatores locais oué, desenvolve-se em razão de fatores locais ou
gerais que diminuem sua resistênciagerais que diminuem sua resistência
imunológica.imunológica.
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
Muito variável.Muito variável.
13. DiagnósticoDiagnóstico
Pesquisa do agente no material vaginal. OPesquisa do agente no material vaginal. O
resultado deve ser correlacionado com aresultado deve ser correlacionado com a
clínica.clínica.
TratamentoTratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.Medicamentos locais e/ou sistêmicos.
PrevençãoPrevenção
Higienização adequada. EvitarHigienização adequada. Evitar
vestimentas muito justas. Investigar evestimentas muito justas. Investigar e
tratar doença(s) predisponente(s).tratar doença(s) predisponente(s).
Camisinha.Camisinha.
14.
15. Herpes Simples GenitalHerpes Simples Genital
ConceitoConceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo deInfecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de
vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenasvírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas
bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida debolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de
cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com freqüência sãocicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com freqüência são
muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeiramuito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira
crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subseqüentes. Ocrise é, em geral, mais intensa e demorada que as subseqüentes. O
caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendocaráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo
ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crisesocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises
podem ser desencadeadas por fatores tais comopodem ser desencadeadas por fatores tais como stressstress emocional,emocional,
exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo vírus e não apresentar ou nuncaA pessoa pode estar contaminada pelo vírus e não apresentar ou nunca
ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmiti-lo a(ao) parceira(o)ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmiti-lo a(ao) parceira(o)
numa relação sexual.numa relação sexual.
16. SinônimosSinônimos
Herpes GenitalHerpes Genital
AgenteAgente
Virus do Herpes Genital ou Herpes SimplesVirus do Herpes Genital ou Herpes Simples
Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.
Observação:Observação: Outro tipo de Herpes Simples é oOutro tipo de Herpes Simples é o
HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. TemHSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem
ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1
e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2,e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2,
certamente em decorrência do aumento dacertamente em decorrência do aumento da
prática do sexo oral ou oro-genital.prática do sexo oral ou oro-genital.
17. • TransmissãoTransmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-
nascido na hora do parto.nascido na hora do parto.
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de
portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem,portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem,
a qualquer momento, manifestar a doença.a qualquer momento, manifestar a doença.
DiagnósticoDiagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico).O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico).
A cultura e a biópsia são raramente utilizados.A cultura e a biópsia são raramente utilizados.
18. TratamentoTratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura daNão existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da
doença. O tratamento tem por objetivo diminuir asdoença. O tratamento tem por objetivo diminuir as
manifestações da doença ou aumentar o intervalo entremanifestações da doença ou aumentar o intervalo entre
as crises.as crises.
PrevençãoPrevenção
Não está provado que a camisinha diminua aNão está provado que a camisinha diminua a
transmissibilidade da doença. Higienização genital antestransmissibilidade da doença. Higienização genital antes
e após o relacionamento sexual é recomendável.e após o relacionamento sexual é recomendável.
Escolha do(a) parceiro(a).Escolha do(a) parceiro(a).
19.
20. GonorréiaGonorréia
ConceitoConceito
Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pelaDoença infecto-contagiosa que se caracteriza pela
presença de abundante secreção purulenta (corrimento)presença de abundante secreção purulenta (corrimento)
pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher.pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher.
Este quadro freqüentemente é precedido por pruridoEste quadro freqüentemente é precedido por prurido
(coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em(coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em
alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como aalguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a
febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos oufebre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou
podem estar ausentes (maioria dos casos).podem estar ausentes (maioria dos casos).
SinônimosSinônimos
Uretrite Gonocócica, Blenorragia, FogagemUretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem
21. AgenteAgente
Neisseria gonorrhoeaeNeisseria gonorrhoeae
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixoAbôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo
peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatóriapeso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória
Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite.Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite.
Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia,Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia,
Infecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e OtiteInfecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e Otite
média do recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim comomédia do recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim como
a infecção por clamídia, é uma das principais causasa infecção por clamídia, é uma das principais causas
infecciosas de infertilidade feminina.infecciosas de infertilidade feminina.
22. TransmissãoTransmissão
Relação sexual. O risco de transmissão é superior aRelação sexual. O risco de transmissão é superior a
90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com
um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é deum(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de
cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso dacerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da
maioria das mulheres contaminadas), não afeta amaioria das mulheres contaminadas), não afeta a
transmissibilidade da doença.transmissibilidade da doença.
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
2 a 10 dias2 a 10 dias
23. DiagnósticoDiagnóstico
Exame das secreções coradas pelo Gram e/ouExame das secreções coradas pelo Gram e/ou
cultura do mesmo material.cultura do mesmo material.
TratamentoTratamento
Antibióticos.Antibióticos.
PrevençãoPrevenção
Camisinha. Higiene pós-coito.Camisinha. Higiene pós-coito.
24.
25. Condiloma Acuminado -Condiloma Acuminado -
HPVHPV ConceitoConceito
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human PapillomaInfecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma
Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais,Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais,
ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis,ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis,
com aspecto de couve-flor (verrugas).com aspecto de couve-flor (verrugas).
Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, oOs locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o
prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e oprepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o
colo do útero na mulher.colo do útero na mulher.
Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamenteEm ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente
relacionado com o coito anal.relacionado com o coito anal.
Com alguma freqüência a lesão é pequena, de difícil visualização à vistaCom alguma freqüência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista
desarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes adesarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes a
infecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestaçãoinfecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestação
detectável pelo(a) paciente.detectável pelo(a) paciente.
SinônimosSinônimos
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.
26. AgenteAgente
Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. HPV é o nome de umPapilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus. HPV é o nome de um
grupo de vírus que inclui mais de 100 tipos. As verrugas genitais ougrupo de vírus que inclui mais de 100 tipos. As verrugas genitais ou
condilomas acuminados são apenas uma das manifestações dacondilomas acuminados são apenas uma das manifestações da
infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com osinfecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com os
tipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesõestipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões
nas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um potencialnas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um potencial
oncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outrosoncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outros
(HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem maior importância(HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem maior importância
clínica.clínica.
O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que seO espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se
conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecçõesconhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções
subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia,subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia,
colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem sercolposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser
diagnosticada por meio de testes para detecção do vírus).diagnosticada por meio de testes para detecção do vírus).
Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-
20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar
infectada pelos HPV.infectada pelos HPV.
A principal importância epidemiológica destas infecções deriva doA principal importância epidemiológica destas infecções deriva do
fato que do início da década de 80 para cá, foram publicadosfato que do início da década de 80 para cá, foram publicados
muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmentemuitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente
feminino.feminino.
27. Complicações/ConseqüênciasComplicações/Conseqüências
Câncer do colo do útero e vulva e, maisCâncer do colo do útero e vulva e, mais
raramente, câncer do pênis e também do ânus.raramente, câncer do pênis e também do ânus.
TransmissãoTransmissão
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral).Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral).
Mesmo que não ocorra penetração vaginal ouMesmo que não ocorra penetração vaginal ou
anal o virus pode ser transmitido.anal o virus pode ser transmitido.
O recém-nascido pode ser infectado pela mãeO recém-nascido pode ser infectado pela mãe
doente, durante o parto.doente, durante o parto.
Pode ocorrer também, embora mais raramente,Pode ocorrer também, embora mais raramente,
contaminação por outras vias (fômites) que nãocontaminação por outras vias (fômites) que não
a sexual : em banheiros, saunas, instrumentala sexual : em banheiros, saunas, instrumental
ginecológico, uso comum de roupas íntimas,ginecológico, uso comum de roupas íntimas,
toalhas etc.toalhas etc.
28. Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
Semanas a anos. (Como não é conhecido o tempo queSemanas a anos. (Como não é conhecido o tempo que
o vírus pode permanecer no estado latente e quais oso vírus pode permanecer no estado latente e quais os
fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões,fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões,
não é possível estabelecer o intervalor mínimo entre anão é possível estabelecer o intervalor mínimo entre a
contaminação e o desenvolvimento das lesões, quecontaminação e o desenvolvimento das lesões, que
pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).
DiagnósticoDiagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese eO diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e
exame físico). Eventualmente recorre-se a uma biópsiaexame físico). Eventualmente recorre-se a uma biópsia
da lesão suspeita.da lesão suspeita.
29. TratamentoTratamento
O tratamento visa a remoção das lesões (verrugas,O tratamento visa a remoção das lesões (verrugas,
condilomas e lesões do colo uterino).condilomas e lesões do colo uterino).
Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos,Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos,
quimioterápicos, cauterizações etc). As recidivasquimioterápicos, cauterizações etc). As recidivas
(retorno da doença) podem ocorrer e são freqüentes,(retorno da doença) podem ocorrer e são freqüentes,
mesmo com o tratamento adequado.mesmo com o tratamento adequado.
Eventualmente, as lesões desaparecemEventualmente, as lesões desaparecem
espontaneamente. Não existe ainda um medicamentoespontaneamente. Não existe ainda um medicamento
que erradique o vírus, mas a cura da infecção podeque erradique o vírus, mas a cura da infecção pode
ocorrer por ação dos mecanismos de defesa doocorrer por ação dos mecanismos de defesa do
organismo.organismo.
Já existem vacinas para proteção contra alguns tiposJá existem vacinas para proteção contra alguns tipos
específicos do HPV, estando as mesmas indicadas paraespecíficos do HPV, estando as mesmas indicadas para
pessoas não contaminadas.pessoas não contaminadas.
30. PrevençãoPrevenção
Camisinha usada adequadamente, do início ao fim daCamisinha usada adequadamente, do início ao fim da
relação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceirorelação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceiro
fixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológicofixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológico
anual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo doanual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo do
útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexualútero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual
durante o tratamento.durante o tratamento.
Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional deEm 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina QuadrivalenteVigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente
produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contraproduzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra
os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheresos tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres
de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacinade 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina
confere proteção contra os vírus citados acima, os quaisconfere proteção contra os vírus citados acima, os quais
são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colosão responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo
do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugasdo útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas
(condilomas) genitais (tipos 6 e 11).(condilomas) genitais (tipos 6 e 11).
31.
32. Linfogranuloma VenéreoLinfogranuloma Venéreo
• ConceitoConceito
O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento deO Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de
uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que seuma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se
apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápulaapresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula
(elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e(elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e
frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmentefrequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente
do sexo feminino. Após a cura desta lesão primária, em geraldo sexo feminino. Após a cura desta lesão primária, em geral
depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é umadepois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma
inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% dasinchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das
vezes é de um lado só). Se este bubão não for tratadovezes é de um lado só). Se este bubão não for tratado
adequadamente ele evolui para o rompimento expontâneo eadequadamente ele evolui para o rompimento expontâneo e
formação de fístulas que drenam secreção purulenta.formação de fístulas que drenam secreção purulenta.
SinônimosSinônimos
Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.
33. • AgenteAgente
Chlamydia trachomatis.Chlamydia trachomatis.
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto)Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto)
crônica. Estreitamento do reto.crônica. Estreitamento do reto.
TransmissãoTransmissão
Relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto deRelação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de
pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção.pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção.
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
7 a 60 dias.7 a 60 dias.
34. • DiagnósticoDiagnóstico
Em geral o diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicasEm geral o diagnóstico é feito com base nas manifestações clínicas
(íngua, elefantíase genital, estenose uretral etc) sendo ocasional a(íngua, elefantíase genital, estenose uretral etc) sendo ocasional a
necessidade de comprovação laboratorial (teste de fixação denecessidade de comprovação laboratorial (teste de fixação de
complemento, cultura, biópsia etc).complemento, cultura, biópsia etc).
TratamentoTratamento
Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal.Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal.
Tratamento das fístulasTratamento das fístulas
PrevençãoPrevenção
Camisinha. Higienização após o coito.Camisinha. Higienização após o coito.
35.
36. GardnerellaGardnerella
• ConceitoConceito
A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginalA gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal
normal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheresnormal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheres
sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora,sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora,
ocorre um predomínio dessa bactéria (segundo alguns autores emocorre um predomínio dessa bactéria (segundo alguns autores em
associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus,associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus,
micoplasmas etc), temos um quadro que convencionou-se chamarmicoplasmas etc), temos um quadro que convencionou-se chamar
dede vaginose bacterianavaginose bacteriana ..
Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorreUsa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre
uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, poruma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, por
outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muitooutro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito
discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbriodiscretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio
microbiano vaginal normal.microbiano vaginal normal.
37. • A vaginose por gardnerella pode não apresentarA vaginose por gardnerella pode não apresentar
manifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quandomanifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quando
ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por umocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um
corrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, comcorrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, com
bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativobolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo
desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado pordesagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por
algumas pacientes mas não é comum. Após umaalgumas pacientes mas não é comum. Após uma
relação sexual, com a presença do esperma (de pHrelação sexual, com a presença do esperma (de pH
básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer abásico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a
liberação de odor semelhante ao de peixe podre.liberação de odor semelhante ao de peixe podre.
38. • Foi detectada uma maior incidência da vaginoseFoi detectada uma maior incidência da vaginose
bacteriana em mulheres que tem múltiplos parceirosbacteriana em mulheres que tem múltiplos parceiros
sexuais.sexuais.
No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente,No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente,
de balanopostite (inflamação do prepúcio e glande). Ade balanopostite (inflamação do prepúcio e glande). A
uretrite é geralmente assintomática e raramenteuretrite é geralmente assintomática e raramente
necessita de tratamento. Quando presentes os sintomasnecessita de tratamento. Quando presentes os sintomas
restringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardorrestringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardor
(queimação) miccional. Raramente causa secreção(queimação) miccional. Raramente causa secreção
(corrimento) uretral. No homem contaminado é que(corrimento) uretral. No homem contaminado é que
podemos falar efetivamente que se trata de uma DST.podemos falar efetivamente que se trata de uma DST.
39. • FLORA MICROBIANA NORMAL :FLORA MICROBIANA NORMAL : Nosso organismo, a partir doNosso organismo, a partir do
nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, virus,nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, virus,
fungos etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca,fungos etc) os quais vão se localizando na pele e cavidades (boca,
vagina, uretra, intestinos etc) caracterizando o que se chama devagina, uretra, intestinos etc) caracterizando o que se chama de
Flora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porqueFlora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porque
estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo.estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo.
Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outrasExistem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras
infecções, uso de antibióticos, 'stress', depressão, gravidez, uso deinfecções, uso de antibióticos, 'stress', depressão, gravidez, uso de
DIU, uso de duchas vaginais sem recomendação médica etc) eDIU, uso de duchas vaginais sem recomendação médica etc) e
determinar o predomínio de um ou mais de seus germesdeterminar o predomínio de um ou mais de seus germes
componentes, causando então o aparecimento de uma infecção.componentes, causando então o aparecimento de uma infecção.
40. • SinônimosSinônimos
Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana.Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana.
AgenteAgente
Gardnerella vaginalis.Gardnerella vaginalis.
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Infertilidade. Salpingite. Endometrite. DIP. Ruptura prematura deInfertilidade. Salpingite. Endometrite. DIP. Ruptura prematura de
Membranas. Aborto. Aumento do risco de infecção pelo HIV seMembranas. Aborto. Aumento do risco de infecção pelo HIV se
houver contato com o vírus. Há aumento também do risco de sehouver contato com o vírus. Há aumento também do risco de se
contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase etc.contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase etc.
Durante a gestação pode ser causa de prematuridade ou RN deDurante a gestação pode ser causa de prematuridade ou RN de
baixo peso.baixo peso.
41. • TransmissãoTransmissão
Geralmente primária na mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer tambémGeralmente primária na mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer também
transmissão pelo contato genital entre parceiras sexuais femininastransmissão pelo contato genital entre parceiras sexuais femininas
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
De 2 a 21 dias.De 2 a 21 dias.
DiagnósticoDiagnóstico
Pesquisa do agente em material vaginal e/ou uretral. A interpretação do resultadoPesquisa do agente em material vaginal e/ou uretral. A interpretação do resultado
deve ser associado à clínica.deve ser associado à clínica.
TratamentoTratamento
Medicamentoso : Metronidazol, Clindamicina. Pode haver cura expontânea daMedicamentoso : Metronidazol, Clindamicina. Pode haver cura expontânea da
doença.doença.
PrevençãoPrevenção
Camisinha. Evitar duchas vaginais, exceto sob recomendação médica. LimitarCamisinha. Evitar duchas vaginais, exceto sob recomendação médica. Limitar
número de parceiros sexuais. Controles ginecológicos periódicos.número de parceiros sexuais. Controles ginecológicos periódicos.
42.
43. TricomoníaseTricomoníase
• ConceitoConceito
Doença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e genitalDoença infecto-contagiosa do sistema gênito-urinário do homem e genital
da mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geralda mulher. No homem causa uma uretrite de manifestações em geral
discretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada oudiscretas (ardor e/ou prurido uretral e secreção brancacenta, amarelada ou
amarelo esverdeada), podendo, eventualmente ser ausentes em alguns eamarelo esverdeada), podendo, eventualmente ser ausentes em alguns e
muito intensas em outros.muito intensas em outros.
É uma das principais causas de vaginite ou vulvovaginite da mulher adultaÉ uma das principais causas de vaginite ou vulvovaginite da mulher adulta
podendo porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica.podendo porém, cursar com pouca ou nenhuma manifestação clínica.
Quando presente, manifesta-se na mulher como um corrimento vaginalQuando presente, manifesta-se na mulher como um corrimento vaginal
amarelo esverdeado ou acinzentado, espumoso e com forte odoramarelo esverdeado ou acinzentado, espumoso e com forte odor
característico. Não é incomum também ocorrer irritação na região genitalcaracterístico. Não é incomum também ocorrer irritação na região genital
bem como sintomas miccionais que podem simular uma cistite (dor aobem como sintomas miccionais que podem simular uma cistite (dor ao
urinar e micções frequentes).urinar e micções frequentes).
SinônimosSinônimos
Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou uretral,Uretrite ou vaginite por Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou uretral,
Uretrite não gonocócica (UNG).Uretrite não gonocócica (UNG).
44. • AgenteAgente
Trichomonas vaginalis (protozoário).Trichomonas vaginalis (protozoário).
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Ruptura prematura de bolsa.Prematuridade. Baixo peso ao nascer. Ruptura prematura de bolsa.
TransmissãoTransmissão
Relação sexual (principalmente). A mulher pode ser infectada tantoRelação sexual (principalmente). A mulher pode ser infectada tanto
por parceiros do sexo masculino quanto do sexo feminino (porpor parceiros do sexo masculino quanto do sexo feminino (por
contato genital). O homem por parceiras do sexo feminino.contato genital). O homem por parceiras do sexo feminino.
É importante considerar aqui que mesmo a pessoa portadora daÉ importante considerar aqui que mesmo a pessoa portadora da
doença, mas sem sintomas, pode transmitir a infecção.doença, mas sem sintomas, pode transmitir a infecção.
Fômites.Fômites.
45. • Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
10 a 30 dias, em média.10 a 30 dias, em média.
DiagnósticoDiagnóstico
Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal.Pesquisa do agente em material uretral e/ou vaginal.
TratamentoTratamento
Quimioterápicos. O tratamento pode ser oral e local (naQuimioterápicos. O tratamento pode ser oral e local (na
mulher).mulher).
PrevençãoPrevenção
Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a).Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a).
46.
47. HIV - AIDSHIV - AIDS
• ConceitoConceito
Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações)Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações)
causado pela infecção crônica do organismo humanocausado pela infecção crônica do organismo humano
pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus).
O vírus compromete o funcionamento do sistemaO vírus compromete o funcionamento do sistema
imunológico humano, impedindo-o de executar suaimunológico humano, impedindo-o de executar sua
tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra astarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as
agressões externas (por bactérias, outros vírus,agressões externas (por bactérias, outros vírus,
parasitas e mesmo por células cancerígenas).parasitas e mesmo por células cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico oCom a progressiva lesão do sistema imunológico o
organismo humano se torna cada vez mais susceptível aorganismo humano se torna cada vez mais susceptível a
determinadas infecções e tumores, conhecidas comodeterminadas infecções e tumores, conhecidas como
doenças oportunísticas, que acabam por levar o doentedoenças oportunísticas, que acabam por levar o doente
à morte.à morte.
48. • A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição eA fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e
contaminação) da infecção manifesta-se em geral comocontaminação) da infecção manifesta-se em geral como
um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) queum quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que
pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelopode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo
corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentescorpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes
locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1
a 2 semanas e pode ser confundida com outras virosesa 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses
(gripe, mononucleose etc) bem como pode também(gripe, mononucleose etc) bem como pode também
passar desapercebida.passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos eOs sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e
comuns a várias doenças, não permitindo por si só ocomuns a várias doenças, não permitindo por si só o
diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente podediagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode
ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feitoser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito
após 90 dias (3 meses) da data da exposição ouapós 90 dias (3 meses) da data da exposição ou
provável contaminação.provável contaminação.
49. • SinônimosSinônimos
SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida,SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida,
HIV-doença.HIV-doença.
AgenteAgente
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2
subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.
Complicações/ConsequênciasComplicações/Consequências
Doenças oportunísticas, como a tuberculoseDoenças oportunísticas, como a tuberculose
miliar e determinadas pneumonias, alguns tiposmiliar e determinadas pneumonias, alguns tipos
de tumores, como certos linfomas e o Sarcomade tumores, como certos linfomas e o Sarcoma
de Kaposi. Distúrbios neurológicos.de Kaposi. Distúrbios neurológicos.
50. TransmissãoTransmissão
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados porSangue e líquidos grosseiramente contaminados por
sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.
Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) sãoOs beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são
seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus,seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus,
mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV.mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV.
O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.
Os beijos de boca aberta são considerados de baixoOs beijos de boca aberta são considerados de baixo
risco quanto a uma possível transmissão do HIV.risco quanto a uma possível transmissão do HIV.
Período de IncubaçãoPeríodo de Incubação
De 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e oDe 3 a 10 (ou mais) anos entre a contaminação e o
aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.
51. • DiagnósticoDiagnóstico
Por exames realizados no sangue do(a)Por exames realizados no sangue do(a)
paciente.paciente.
TratamentoTratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV,Existem drogas que inibem a replicação do HIV,
que devem ser usadas associadas, mas aindaque devem ser usadas associadas, mas ainda
não se pode falar em cura da AIDS.não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunísticas são, em sua maioriaAs doenças oportunísticas são, em sua maioria
tratáveis, mas há necessidade de uso contínuotratáveis, mas há necessidade de uso contínuo
de medicações para o controle dessasde medicações para o controle dessas
manifestações.manifestações.
52. • PrevençãoPrevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro:Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro:
relação monogâmica com parceiro comprovadamenterelação monogâmica com parceiro comprovadamente
HIV negativo, uso de camisinha.HIV negativo, uso de camisinha.
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado noNa transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no
manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigirmanejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir
que todo sangue a ser transfundido seja previamenteque todo sangue a ser transfundido seja previamente
testado para a presença do HIV, uso de luvas quandotestado para a presença do HIV, uso de luvas quando
estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmenteestiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente
contaminados). Não há, no momento, vacina efetivacontaminados). Não há, no momento, vacina efetiva
para a prevenção da infecção pelo HIV.para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da camisinha, apesarÉ necessário observar que o uso da camisinha, apesar
de proporcionar excelente proteção, não proporcionade proporcionar excelente proteção, não proporciona
proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequadoproteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado
etc). Repito, a maneira mais segura de se evitar oetc). Repito, a maneira mais segura de se evitar o
contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, comcontágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com
parceiro(a) que fez exames e você saiba que não estáparceiro(a) que fez exames e você saiba que não está
infectado(a).infectado(a).